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As Três

Fadas da
Baróvia
Um COmPIlADO COm hIStóRIAS AntIGAS
SObRE AS GRAnDES fADAS E A
DECADÊnCIA DO mUnDO
Três eram elas.

Três grandes fadas, cada uma com um reino,


Cada uma com um poder, cada uma com um domínio.
A Fada das Florestas, com suas asas verdes,
Cuida de plantas e animais, supervisora dos seres.
A Fada das Águas, com seus cabelos azuis,
Supervisiona chuva, rios e lagos, sempre a fluir.
A Fada das Montanhas, com seu manto marrom,
Cuida dos vales e da terra, protege o chão.
Juntas, as fadas governam todo o reino,
Em paz e harmonia, mantendo o equilíbrio em tudo.
Deixe o vento soprar, a chuva cair,
Deixe a natureza seguir seu curso, deixe-a se abrir.
E as fadas continuarão a cuidar,
De cada elemento e ser, sem nunca parar.

Antes que os mortais vivessem no vale conhecido como Barovia, três seres
celestiais — as irmãs feéricas - supervisionavam a flora, a fauna e a terra.
Juntos em sua unidade, elas eram a própria Mãe Natureza cuidando do vale.

Cada uma das irmãs feéricas forneceu seu amor e cuidado sobre o vale em sua
própria maneira:

A Fada das Florestas supervisionava as plantas e animais.


A Fada das Águas supervisionava chuva, lagos e rios.
A Fada das Montanhas cuidava dos vales e da terra.

Junta era responsáveis pelo equilíbrio e harmonia das estações. Quando os


primeiros humanos pisaram aqui, viram-nas como protetoras e deusas. Dignas de
respeito.
Um pequeno compilado sobre a história Das Três, a rainhas fadas que reinaram
sobre a Baróvia desde tempos antigos. Mães que amaram seus filhos.

Informações sobre Ritual de Homenagem ás Fadas

Durante séculos, as pessoas viveram em harmonia com a natureza no vale e se


sentiram abençoadas pelas fadas. Quatro vezes por ano, os druidas buscavam os
sinais nos Fanes, recitavam poemas rituais e traziam presentes para as fadas:

† Uma flor Tser para o equinócio da primavera


† Um pequeno cacho de uvas Barovianas para o solstício de verão
† Um alqueire de vermelho Maçãs barovianas para o equinócio de outono
† Um pão feito de trigo baroviano para o inverno solstício

A Fadas das Florestas forjou a Gema Verde


A Fadas das Monhtanhas forjou a Gema Vermelha
A Fada das Águas forjou a Gema Azul.

Durante o dia mais longo do verão, o solstício de verão, quando o sol estava
no zênite, os druidas chegavam a cada um dos Fanes e colocavam flores ao
redor das pedras e agradeciam às fadas por uma primavera maravilhosa . Na
noite mais longa, o solstício de inverno, os druidas acendiam velas e traziam
pães frescos e quentes como presentes para manter as fadas aquecidas
durante as longas noites de inverno.
Então vieram anos de tormento.

O primeiro dos Deuses dos homens foi o Pai Corvo. Senhor da noite e dos
mistérios além dos domínios das Fadas. Dessa escuridão recém descoberta, uma
miríade de novas divindades profanas começaram a ser cultuadas, aglutinadas na
personificação da Dama da Noite.

Então, séculos depois, o Senhor do Amanhecer surge como uma nova visão
religiosa. Esquece os cultos antigos às fadas, à proteção do Pai Corvo, e caça toda
forma de culto conectado à Dama da Noite.

Círculos de Pedra e as Gemas


Notando que tempos sombrios se aproximavam, as grandes fadas criaram círculos
de poder e gemas poderosas que manteriam a ordem do mundo natural mesmo
sem sua presença ou existência.

O primeiro círculo de pedra foi construído na borda da floresta como uma


homenagem à Fada das Florestas. Outro círculo foi construído às margens de um
longo rio, como homenagem à Fada das águas. O terceiro círculo foi construído
em uma alta colina, com sua face voltada para grandes montanhas, como
homenagem a Fadas das Montanhas.

Durante períodos do ano, o solstício de verão e inverno, os povos originários


traziam velas, pães frescos, flores e bebidas, para agraciar as fadas.

Nesses dias a Baróvia era um vale rico e exuberante, seus vales férteis possuíam
flora saudável e bonita. Notando que seus poderes definhavam-se, as fadas
rumaram para uma colina cheia de âmbar, onde seu poder mágico flui-a em
ambulância, e cada Fada escolheu um fragmento de âmbar da montanha e criou
uma Gema da Alma. Então colocaram nelas parte do seu pode e essência que
manteria seu poder nessa terra mesmo que um dia morressem.

As gemas foram colocadas em seus respectivos círculos de pedra e visitados


durante os solstícios pelos druídas da Baróvia
Os Primeiros Governantes
Quando os primeiros reis chegaram, trouxeram sua religião, o Senhor da Manhã.
Sob pretexto de expansão, os conquistadores queimaram monumentos, expulsaram
povos originários e entraram em guerra. Eventualmente, as pessoas das aldeias se
esqueceram das fadas e pagaram seu tributo ao rei e ao Senhor do Amanhecer, e
não mais às Fadas. Eles construíram muros, queimaram inimigos e rotularam
religiões antigas como paganismo mau quisto.

Os druidas, com suas crenças não mais bem-vindas nas aldeias, espalharam-se
para norte e sul da Baróvia. A guerra devastou a Baróvia.

Grande Guerra
Então uma linhagem decidiu findar com todos os seus inimigos. O príncipe dos
Zarovichs criou o exército mais poderoso já visto e decidiu findar com qualquer
fonte de poder inimigo. Então ele reivindicou a terra como sua. Queimou cultos,
templos e fortalezas, minou os poderes feéricos, nem notar que a escuridão estava
se alastrando cada vez mais pela Baróvia. Uma escuridão se abateu como fumaça
negra de guerra pairando pesadamente no ar baroviano.

Uma névoa espessa cobria as terras em palidez fria e cinza. As névoas diminuíram
a magia das fadas e desequilibraram sua conexão com a terra e o próprio ciclo da
vida.

Havia algo indefinível nas brumas. Eles pareciam ter sua própria mente. A névoa
envolveu o vale e o ciclo da vida diminuiu. Os sinais de vida brotando na
primavera haviam desaparecido, os animais nasceram com olhos ocos de escuridão,
as flores não desabrochavam mais e os ovos eram pretos. Novas criaturas
horríveis emergiram da floresta, as plantações começaram a apodrecer e a terra
ficou escura. Os sinais da escuridão também assaltavam as aldeias, pois nasciam
bebês que não choravam nem riam; alguns acreditavam que eles não tinham
alma. Quando as fadas descobriram essa reviravolta final, ficaram profundamente
perturbadas e frenéticas. Seus apelos aos poderes superiores ficaram sem resposta.
Algo estava muito errado com a ordem natural.

As fadas acreditavam que a nuvem de escuridão que cercava o príncipe deu origem
às terríveis névoas.
Então, o príncipe queimou e destruiu toda a força mágica que mantinha a Baróvia,
como certeza de que não poderia ser atacado. Ele matou o Dragão, banhou-se em
sue sangue e deitou-se sobre seus ossos. Seu coração fora levado e mantido como
fonte inesgotável de poder. Por fim, rumou para as mesmas colinas de ambas e lá
efetuou pactos com forças antigas e ancestrais dessa terra. Seu coração era um
poço sem fundo de desespero. A postura do príncipe era tal que afetava tudo ao
seu redor. Sua busca por poder o lançou numa grande escuridão sobre a terra e
afetou as próprias névoas.

O Coração da Tristeza
Quando o Dragão foi morto, o príncipe Zarovich tomou seu coração e o arrastou
para o topo de seu castelo. Uma fonte inesgotável para seu poder mágico. Com o
Coração da Tristeza ele é eternamente invulnerável. Mas as fadas acreditam que
esse coração é a própria personificação da amargura e solidão que o príncipe vive.
Sem que o Coração seja destruído ou reconstruído, a maldade nunca se afastará
dessa terra.

O Pai Corvo
Quando as fadas foram esquecidas, seus círculos de pedra foram abandonados,
queimados e largados. Sua Gemas tomadas, saqueadas e espalhadas. O Pai Corvo
foi o único que conseguiu ainda exercer sua influência, pensando no futuro, na
restauração do mundo. Sua sombra ainda paira sobre essa terra, protegendo seus
primeiros devotos em sigilo e silêncio.

O Destino das Três Fadas


Há lendas que elas ainda existem, estão entre nós, esquecidas de tudo que
viveram, presas em uma volta eterna e infindável, sem saber qual o seu destino.
Há grande suspeita que Baba Lysaga, seja uma dessas grandes Fadas.
Baba Lysaga
Há lendas que afirmam que Baba Lysaga foi quem, no fim do seu poder, pediu
socorre e pediu que o dragão Argynvost viesse para Baróvia para solucionar o mal
que se abatia nessa terra. Ela usou sua magia restante para lançar um poderoso
feitiço para invocar o dragão de prata. Argynvost criou um secto de guerreiros ao
seu redor e guardaram toda a magia do mundo em seus corredores. Depois disso
ela desapareceu. Argynvost protegeu essas terras por séculos, como mantenedor da
magia e força contrária às forças das trevas. Porém, seu castelo e fortaleza foram
tomadas pelo exército dos Zarovichs, seus guardiões vencidos, o dragão tombado e
seu conhecimento usurpado.

Há rumores de que a velha bruxa seja uma das três grandes Fadas e que reside
nas ruínas brejosas de Berez. Onde defina com seu poder e planos de retomada
da Baróvia. Porém a mesma fez pactos com forças sombrias, mas mesmas forças
que fez do príncipe Strahd um demónio, disposta a lutar contra ele com as
mesmas armas, e o faz com orgulho diabólico.

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