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Fadas da
Baróvia
Um COmPIlADO COm hIStóRIAS AntIGAS
SObRE AS GRAnDES fADAS E A
DECADÊnCIA DO mUnDO
Três eram elas.
Antes que os mortais vivessem no vale conhecido como Barovia, três seres
celestiais — as irmãs feéricas - supervisionavam a flora, a fauna e a terra.
Juntos em sua unidade, elas eram a própria Mãe Natureza cuidando do vale.
Cada uma das irmãs feéricas forneceu seu amor e cuidado sobre o vale em sua
própria maneira:
Durante o dia mais longo do verão, o solstício de verão, quando o sol estava
no zênite, os druidas chegavam a cada um dos Fanes e colocavam flores ao
redor das pedras e agradeciam às fadas por uma primavera maravilhosa . Na
noite mais longa, o solstício de inverno, os druidas acendiam velas e traziam
pães frescos e quentes como presentes para manter as fadas aquecidas
durante as longas noites de inverno.
Então vieram anos de tormento.
O primeiro dos Deuses dos homens foi o Pai Corvo. Senhor da noite e dos
mistérios além dos domínios das Fadas. Dessa escuridão recém descoberta, uma
miríade de novas divindades profanas começaram a ser cultuadas, aglutinadas na
personificação da Dama da Noite.
Então, séculos depois, o Senhor do Amanhecer surge como uma nova visão
religiosa. Esquece os cultos antigos às fadas, à proteção do Pai Corvo, e caça toda
forma de culto conectado à Dama da Noite.
Nesses dias a Baróvia era um vale rico e exuberante, seus vales férteis possuíam
flora saudável e bonita. Notando que seus poderes definhavam-se, as fadas
rumaram para uma colina cheia de âmbar, onde seu poder mágico flui-a em
ambulância, e cada Fada escolheu um fragmento de âmbar da montanha e criou
uma Gema da Alma. Então colocaram nelas parte do seu pode e essência que
manteria seu poder nessa terra mesmo que um dia morressem.
Os druidas, com suas crenças não mais bem-vindas nas aldeias, espalharam-se
para norte e sul da Baróvia. A guerra devastou a Baróvia.
Grande Guerra
Então uma linhagem decidiu findar com todos os seus inimigos. O príncipe dos
Zarovichs criou o exército mais poderoso já visto e decidiu findar com qualquer
fonte de poder inimigo. Então ele reivindicou a terra como sua. Queimou cultos,
templos e fortalezas, minou os poderes feéricos, nem notar que a escuridão estava
se alastrando cada vez mais pela Baróvia. Uma escuridão se abateu como fumaça
negra de guerra pairando pesadamente no ar baroviano.
Uma névoa espessa cobria as terras em palidez fria e cinza. As névoas diminuíram
a magia das fadas e desequilibraram sua conexão com a terra e o próprio ciclo da
vida.
Havia algo indefinível nas brumas. Eles pareciam ter sua própria mente. A névoa
envolveu o vale e o ciclo da vida diminuiu. Os sinais de vida brotando na
primavera haviam desaparecido, os animais nasceram com olhos ocos de escuridão,
as flores não desabrochavam mais e os ovos eram pretos. Novas criaturas
horríveis emergiram da floresta, as plantações começaram a apodrecer e a terra
ficou escura. Os sinais da escuridão também assaltavam as aldeias, pois nasciam
bebês que não choravam nem riam; alguns acreditavam que eles não tinham
alma. Quando as fadas descobriram essa reviravolta final, ficaram profundamente
perturbadas e frenéticas. Seus apelos aos poderes superiores ficaram sem resposta.
Algo estava muito errado com a ordem natural.
As fadas acreditavam que a nuvem de escuridão que cercava o príncipe deu origem
às terríveis névoas.
Então, o príncipe queimou e destruiu toda a força mágica que mantinha a Baróvia,
como certeza de que não poderia ser atacado. Ele matou o Dragão, banhou-se em
sue sangue e deitou-se sobre seus ossos. Seu coração fora levado e mantido como
fonte inesgotável de poder. Por fim, rumou para as mesmas colinas de ambas e lá
efetuou pactos com forças antigas e ancestrais dessa terra. Seu coração era um
poço sem fundo de desespero. A postura do príncipe era tal que afetava tudo ao
seu redor. Sua busca por poder o lançou numa grande escuridão sobre a terra e
afetou as próprias névoas.
O Coração da Tristeza
Quando o Dragão foi morto, o príncipe Zarovich tomou seu coração e o arrastou
para o topo de seu castelo. Uma fonte inesgotável para seu poder mágico. Com o
Coração da Tristeza ele é eternamente invulnerável. Mas as fadas acreditam que
esse coração é a própria personificação da amargura e solidão que o príncipe vive.
Sem que o Coração seja destruído ou reconstruído, a maldade nunca se afastará
dessa terra.
O Pai Corvo
Quando as fadas foram esquecidas, seus círculos de pedra foram abandonados,
queimados e largados. Sua Gemas tomadas, saqueadas e espalhadas. O Pai Corvo
foi o único que conseguiu ainda exercer sua influência, pensando no futuro, na
restauração do mundo. Sua sombra ainda paira sobre essa terra, protegendo seus
primeiros devotos em sigilo e silêncio.
Há rumores de que a velha bruxa seja uma das três grandes Fadas e que reside
nas ruínas brejosas de Berez. Onde defina com seu poder e planos de retomada
da Baróvia. Porém a mesma fez pactos com forças sombrias, mas mesmas forças
que fez do príncipe Strahd um demónio, disposta a lutar contra ele com as
mesmas armas, e o faz com orgulho diabólico.