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A RAVEN QUEEN

Ela já foi uma rainha elfa, cujo povo a amava mais do que amava os deuses. Hoje, ela governa do
Trono dos Corvos dentro da Fortaleza das Memórias, um castelo labiríntico nas profundezas da
desolação de Shadowfell. De lá ela envia seus corvos para encontrar almas interessantes que ela
possa arrancar de vários planos de existência. Uma vez que eles estão em Shadowfell, ela observa
enquanto essas almas tentam desvendar o mistério de seu ser até, finalmente, ficarem loucas no
processo.

ORIGEM DA RAINHA DOS CORVOS


Nymmestra Durothil(“Nym”) nasceu na ilha de Evermeet, que fica à deriva entre Faerûn e Feywild
e é acessível apenas para aqueles que conhecem os caminhos secretos que um navio guiado pelas
estrelas deve navegar. Em Evermeet, Nym foi uma herdeira privilegiada da Casa Durothil, uma
dinastia de elfos dourados com longos laços com a linha real e um legado de grandes generais e
grandes magos. Nym aspirava a se tornar uma maga famosa e estudou por décadas nas Torres do
Sol e da Lua. Mas na verdade, ela era uma “criança selvagem” mais interessada em festas do que
em dominar a Arte.

No que se tornaria a última das muitas excursões a Taltempla, a Cidade da Magia, Nym exagerou na
ingestão de hidromel (como era seu costume). Em sua embriaguez, ela desencadeou um duelo
arcano com não um, mas três outros magos. Apesar de seu estado de embriaguez, ela superou todos
os três, inadvertidamente causando uma lesão grave a um deles. Sua família não poderia protegê-la
desta última indiscrição e demonstração de mau julgamento. Nym foi banida de Evermeet e enviada
para a Costa da Espada por um século para aprender a ser humilde e ganhar sabedoria.

Nym finalmente chegou em Silverymoon, onde continuou a se comportar mal. A “maga selvagem”
tornou-se uma figura conhecida no tribunal, e ela foi presa e levada perante Lord Taern
“Thunderspell” Hornblade. Ele sabia que estava lidando com um membro da Casa Durothil, então,
em vez de bani-la da cidade, ele prendeu braçadeiras mágicas nos pulsos de Nym que apagaram
permanentemente todas as memórias de seus estudos mágicos. Foi uma experiência humilhante que
irritou Nym infinitamente. Ela passou meses procurando um meio de desfazer a magia e, no
decorrer de sua pesquisa, conheceu vários magos e bardos. Sem querer, ela se viu criando uma rede
de amigos e descobriu que estava aprendendo muito mais sobre magia e o mundo. Ela também
encontrou uma maneira de concentrar sua energia que era, digamos, menos autodestrutiva.
Eventualmente, sem nem mesmo tentar, ela ganhou a confiança do Alto Harpista em Silverymoon,
que lhe ensinou o mantra dos Harpistas: “magia é uma forma de poder, e poder é perigoso nas mãos
erradas”. Nym percebeu que teria que aprender a Arte novamente do zero, só que desta vez ela
pretende fazê-lo com sabedoria.
Nym passou a viajar pelo mundo em busca de esclarecimento. Foi numa dessas viagens que ela se
deparou com Bahamut, o próprio dragão de platina, que lhe ofereceu um pacto em troca de seus
serviços. Ela se tornou a primeira warlock de Bahamut. Ela ainda usa as braçadeiras, agora sem
magia, como um lembrete do que ela pode realizar se se comportar bem.

Em 1385 CV, quando a Praga Mágica atingiu e devastou Faerûn, o contato com Evermeet foi
perdido. Todos os portais permanentes para lá pararam de funcionar e os esforços dos outros reinos
feéricos em Faerûn para restabelecer o contato falharam, e acreditava-se que Evermeet fora
destruída. O que poucos sabiam é que Evermeet foi de fato transportada para a Feywild e persiste
lá. Apenas um eco da ilha física, sem estruturas ou habitantes, permaneceu no plano material.
Um século depois da praga mágica, Nymmestra iniciou uma nova colonização de Evermeet.
Durante anos ela teve a ajuda dos Salvadores de Evermeet na defesa e reconstrução do império que
hoje é a ilha dos elfos. Ela se casou com Korfel Miritar, príncipe de Myth Drannor e ambos foram
coroados rei e rainha de Evermeet.
Nymmestra tinha realizado um de seus sonhos, que era restaurar Leuthilspar, a capital de Evermeet.
Entretanto, ela ainda tinha um outro sonho secreto, ela desejava que os elfos voltassem para
Arvandor – o plano superior aonde habitam as deidades élficas. Porém, Corellon e Lolth estavam
presos em conflito interminável, que dificultava a realização desse desejo.
Nymmestra compartilhou seu sonho com seus súditos leais, que por sua vez ofereceram suas almas
e a magia para que pude-se elevar-se a um status divino, para só assim conseguir a atenção de
Corellon e Lolth. A esperança deles era poder convencer as duas divindades a se reconciliarem,
salvando assim o panteão fragmentado dos elfos.
Ao passo que o sonho de Nymmestra era divulgado entre seus súditos, mais e mais elfos se
juntavam a sua causa, formando assim uma legião de seguidores. Essa legião se auto intitulou
shadar-kai.
A recolonização de Evermeet liderada por Nymmestra não foi mero capricho, e sim parte de seu
objetivo final. Nymmestra acreditava que o caminho mais próximo para Arvandor era através da
Feywild – o plano das fadas. Evermeet, é o lugar no plano material com as conexões mais fortes
para Feywild e até mesmo para Arvandor, pois a ilha verde é um fragmento de Arvandor que foi
puxado para o plano material através da alta magia élfica. Por anos Nymmestra e os shadar-kai
mantiveram abertos portais para a Faéria através da sua magia. O objetivo final deles era abrir um
portal através do Feywild que os levaria direto para Arvandor e finalmente permitir que os élfos de
Evermeet, e quem sabe todos os élfos do mundo voltassem para sua terra ancestral.

O que Nymmestra não esperava é que entre os Salvadores de Evermeet existia uma traidora –
Snarla, a duquesa das chamas. Durante sua visita aos nove infernos de Baator, Snarla havia sido
corrompida por Titivilus, que a convenceu a assinar um contrato de serviço em troca de poderes
fora do alcance natural da duquesa. Snarla era a conselheira a da rainha e a maior protetora da ilha.
Ninguém estava acima dela a não ser a própria rainha e rei. Mas ela não estava satisfeita com isso
ela queria mais, ela queria ser a rainha da ilha dos elfos, e graças ao pacto que ele fez com duque de
Dis ela tinha o poder para conseguir o que queria.

Na noite em Nymmestra estava realizando o ritual que abriria o portal para Arvandor, foi a noite
que Snarla usou os poderes concedidos pelo contrato com Titivilus para tirar a vida da rainha dos
elfos de Evermeet. Percebendo a traição Nymmestra, agora já uma semideusa, rogou uma maldição
sobre Snarla. A magia do ritual usado para abrir o portal foi corrompida pelo ódio e fúria de
Nymmestra. Quando o poder do contrato infernal finalmente teve efeito, a magia do ritual e do
portal Isso puxou a Nymmestra, e todos os shadar-kai para Shadowfell, onde ela foi morta
instantaneamente. De sua mente e corpo arruinados, a Raven Queen nasceu. Contudo, ela não foi
sozinha. Algo que ninguém não percebeu no momento do desastre, é que a magia do contrato fez
com que ela fosse transportada, junto com todos os que estavam sob seu domínio, para o 1º século
de Toril.

Depois da tragédia consumada, os shadar-kai observavam enquanto sua rainha caía cada vez mais
profundamente em uma loucura divina. Sua dor e turbulência sobre a traição de sua conselheira e
amiga de confiança, a destruição de seu sonho, e seu fracasso em atingir a divindade contribuíram
para sua queda em uma tristeza inextinguível. Ao mesmo tempo, a energia do ritual corrompido era
ainda a estava transformando, quebrando sua forma de física em uma entidade composta de
símbolos, imagens, e percepções. Para evitar que ela dissipasse inteiramente no nada, a rainha usou
os últimos vestígios de seu poder pessoal para puxar memórias mortas de Shadowfell para ela,
criando um manto de identidades que a sustentou. Ao longo dos séculos, essas memórias sombrias
se acumularam e se amontoaram para dar forma à entidade agora conhecida como a Raven Queen.
A FORTALEZA DAS MEMÓRIAS
Corellon Larethian, a divindade suprema dos elfos, encarou as ações de Nymmestra como uma
traição a sem teça que ele mesmo deu a todos os elfos milênios atrás. Como punição, ele apagou da
memória de todas os elfos do mundo a memória da existência de Nymmestra. Isso, por sua vez
acelerou o processo de desaparecimento da forma física da Raven Queen.
Para manter seu poder e forma física a Raven Queen se alimenta de memórias. Desde que alcançou
a divindade, a Rainha Raven preencheu seu reino com sobras e memórias, obsessivamente
coletando tais essências de restos de deuses mortos e mortais que estavam espalhados por todo a
Shadowfell.
A partir desses fragmentos metafísicos ela formou sua nova casa, um castelo retorcido que os
shadar-kai chamam de Fortaleza das Memórias. A fortaleza é um lugar triste, repleto de ecos
incessantes do passado. Bandos de corvos que agem como seus olhos e ouvidos escurecem os céus
ao redor quando eles emergem de dentro, carregando suas mensagens enigmáticas e presságios em
todo o multiverso.

Coleção Bizarra. Dentro da Fortaleza das Memórias etão bugigangas e itens que a Raven Queen
acha irresistíveis, memórias arrancadas do passado das pessoas que foram investidos de profundos
sentimentos de dor, tristeza, saudade, culpa ou remorso. Esses itens são trazidos para ela como
presentes do shadar-kai. Essas bugigangas podem incluir móveis, relógios, espelhos, joias e
brinquedos. Além disso aparecendo na fortaleza são visões fantasmagóricas de pessoas, lugares e
animais de estimação. Qualquer uma dessas coisas pode espontaneamente aparecer neste covil, cada
objeto e aparição sendo uma representação metafórica de alguma história – grande ou pequena –
que estava saturada de emoção crua.
Quando a Raven Queen vê algo que ela deseja, ela manda seus corvos para guiarem os shadar-kai
entre os planos em busca desses itens. Algumas vezes eles voltam com almas.

UMA MISSÃO PARA A FORTALEZA DAS MEMÓRIAS


Porque a Rainha Raven tem um poder divino, ela pode colocar um grupo de aventureiros dentro de
um semiplano que é criado da psique de um dos personagens. Ao entrar na Fortaleza das Memórias,
ou encontrar com a Raven Queen, um personagem pode ser transportado para um estranho mundo
de conto de fadas extraído de suas experiências, cheio de metáforas, parábolas e alegorias, todas as
quais desafiam fragilidades, medos e desejos desse personagem. Muito pode ser aprendido com as
aventuras dentro da fortaleza e se submetendo ao teste da Raven Queen, mas muito também pode
ser perdido. Muitos aventureiros nunca voltam da fortaleza, para sempre presos em um mundo
criado por sua própria experiência.

ENCONTRANDO O RAVEN QUEEN


Os mortais que entram no reino da Raven Queen são quase instantaneamente confrontados com um
vislumbre de seus próprios panoramas. Porque ela é fascinada por emoções, a Raven Queen penetra
nas mentes inconscientes e memórias de seus visitantes, trazendo visões das profundezas de suas
psiques. Alguns desses visitantes são as almas inconscientes de pessoas que partiram que foram
puxados para as garras da Raven Queen, outros são viajantes astrais que foram capturados e presos
dentro de Shadowfell por sua magia, mas alguns raros vêm por sua própria vontade, buscando
conhecimento ou liberdade de um passado sombrio.
Muitos desses indivíduos ousados são aventureiros que sabem do terrível poder da Raven Queen, e
ainda assim viajam para o Shadowfell para passar por seu julgamento, permitindo que os segredos
de suas almas sejam desvendados e revelados. As razões pelas quais as pessoas se sujeitariam a
estas experiências perigosas são numerosas, incluindo:
 Para se libertar de um passado sombrio e terrível. É dito que a Raven Queen pode fazer você
enfrentar seus medos; alguns encontram uma maneira de ir além deles, mas outros podem
enlouquecer.
 Para descobrir os segredos de alguém que está morto. Aventureiros talvez precisem ir à
Shadowfell para encontrar uma alma que foi reivindicada pela Rainha Raven, esperando
para desbloquear suas memórias.
 Para buscar respostas que somente a Raven Queen poderia conhecer. O reino dela contém
inúmeras memórias de todo o multiverso. Aventureiros desesperado podem procurá-la como
último recurso ou ser conduzidos a seu reino por uma série de pistas tentadoras.
O propósito da Raven Queen é de grande importância, ela serve como uma espécie de filtro,
limpando almas que se agarram ao medo e à dor, forçando-os a confrontar seus negócios inacabados
para que eles sejam libertados de sua bagagem mortal e poderem subir para explorar planos
superiores de existência.

A INFLUÊNCIA DA RAVEN QUEEN


O desejo da Raven Queen de interferir nos assuntos dos deuses e seu subsequente fracasso foi
considerado nada menos que traição por Corellon e Lolth. Como um resultado, a realidade física de
seu reino foi mudada para o Shadowfell, e a memória de sua existência foi apagado das mentes dos
elfos. Inicialmente, nenhum mortal sabia da existência dela, mas ao longo dos séculos, aqueles que
viajaram para o Shadowfell e aqueles que encontraram shadar-kai no mundo viram ou ouviram
contos de, uma fortaleza escura, uma figura misteriosa rodeada por servos magros e dezenas de
corvos aparentemente sencientes. A maioria das pessoas que já ouviram falar da Rainha Raven a
veem através de uma lente de medo supersticioso, atribuindo a ela todos os tipos de ocorrências
estranhas, contratempos e coincidências. Mas aqueles que estudam seriamente o arcano – bruxos,
magos, feiticeiros e afins – sabem que o efeito dela sobre o mundo é mais abrangente do que isso.

Audiência Após a Morte. Alguns aventureiros afirmam ter sido visitado pela Raven Queen após
suas mortes – antes que seus amigos leais pagassem para tê-los ressuscitados. Enquanto eles
estavam na vida após a morte, o Raven Queen os alistou para uma missão para completar uma
tarefa, adquirir um item específico, ou talvez para viajar para um local e simplesmente esperar. A
maioria daqueles que falaram sobre essas visitas dizem que se sentiram compelidas a cumprir suas
ordens, porque as visões transmitidas pela Raven Queen deixaram claro que a busca era, de alguma
forma, parte de um propósito maior.
A razão da Rainha Raven possui muitas razões para comungar dessa maneira. Primeiramente ela
está usando pessoas como peões em um jogo inescrutável, as regras dos quais são conhecidos
apenas por ela. Além disso, ela está equilibrando o multiverso por ter mortais completando várias
tarefas. E por fim, é nesses momentos de reverência a ela que a Raven Queen relembra um
fragmento de seu antigo eu, assim a ajudando a manter sua essência viva.

SERVOS DA RAINHA
Os shadar-kai estão vinculados à Rainha Raven, amaldiçoados a servi-la para sempre em
Shadowfell. Eles moram em lugares fora da Fortaleza das Memórias, geralmente com muito medo
do lugar para entrar de boa vontade. Em suas comunidades eles reencenam seus antigos rituais e
cerimônias, em uma imitação pálida dos dias em que eles viviam na vida e na luz de seu reino agora
perdido.
Quando shadar-kai estão no Pendor das Sombras, seus corpos e os rostos são velhos e enrugados,
exibindo todos os efeitos da terrível magia que os despojou de sua antiga beleza élfica. Para
esconder suas faces, eles costumam usar máscaras de metal ou madeira, mas mesmo essas
coberturas são melancólicos na aparência. Quando shadar-kai são enviados para longe do Pendor
das Sombras para fazer uma licitação, eles assumem características juvenis semelhantes àquelas de
outros elfos, embora sua pele permaneça mortalmente pálida.
Servos imortais. O shadar-kai sabem disso quando eles morrem, a Raven Queen captura suas almas
e os leva de volta para Shadowfell, onde são ressuscitados para servi-la mais uma vez. Assim, eles
consideram a morte como uma condição temporária, e muitos shadar-kai cuidam pouco da concha
física que habitam atualmente.
Os, shadar-kai sabem que aqueles que vêm voluntariamente à torre da Raven Queen estão lá para
implorar a ela por algo, e assim eles tentam preparar esses visitantes para o que eles vão enfrentar.
Os servos da rainha falam com qualquer aventureiro indagador sobre a gravidade da emoção, como
a tristeza pesa na sua alma enquanto ele viaja por Shadowfell e a melhor forma de perseverar no
teste da Raven Queen
Siga os Corvos. Quando a Raven Queen vê uma alma ou um pedaço de informação que ela deseja,
ela lhe envia corvos para alertar o shadar-kai. Seus asseclas então colocam sua confiança nesses
guias crípticos para conduzi-los para onde as barreiras são mais fracas para que possam deslizar
através dos planos até seu destino. Uma vez em seu destino, o shadar-kai observa e espera,
procurando as tragédias que sua rainha deseja que eles colecionem. As vezes eles são pequenos: um
amante rejeitado, um item perdido, uma traição. Mas algumas tragédias são muito mais graves: um
assassinato, uma guerra, uma barganha diabólica. Para trazer de volta uma bugiganga para sua
rainha, os shadar-kai usam sua magia sombria. Se um alvo está vivendo, eles magicamente se
infiltram na mente da pessoa e extirpam os pedaços desejados de emoção, ou se o alvo estiver perto
da morte, o shadar-kai captura toda a alma para trazer de volta para a Raven Queen.
Sedimento de Memória. Shadar-kai são muito interessados no lodo mágico no fundo do Rio Styx
que guarda as memórias e identidades de almas-perdidas. Qualquer aventureiros que viajam para os
Nove Infernos para obter um frasco deste pó provavelmente chamará a atenção dos shadar-kai, que
tentará roubar ou negociar por ele. Os aventureiros também podem trazer um pouco do sedimento
como um presente para a Raven Queen. O que ela daria em troca nunca é conhecido com
antecedência, mas seus benefícios vêm em muitas formas maravilhosas: a restauração de uma alma-
perdida, a redescoberta de uma memória perdida, ou um vislumbre do conhecimento esquecido dos
antigos.

OS DOMÍNIOS DO MEDO
Quando um governante poderoso comete um ato maligno tão hediondo ou sofre alguma perda tão
terrível ao ponto de chamar a atenção da Raven Queen ela usa seu poder divino para arrastar e
vincular toda a região e pessoas governadas por aquele regente para o Shadowfell, criando assim
um Domínio do Medo. Esses domínios, são uma série de semiplanos localizados em um canto
remoto de Shadowfell e escondidos do resto do plano por grossas paredes de névoa. As brumas que
cercam os domínios impedem que qualquer pessoa presa dentro dele saia por meios convencionais.

A Barovia é o domínio do medo mais antigo de todos. A tragédia que afetou não só o Conde Strahd
von Zarovich, mas também toda sua família atraiu a atença da Raven Queen que arrastou todo o
vale para um canto remoto de Shadowfell e o cercou com uma barreira de névoa mágica. Desde
então ela observa as atividades do vampiro e seus visitantes. Muitos foram os aventurei-os que
caíram vítimas das presas do vampiro, seus lacaios ou dos outros perigos do vale. Toda essa dor e
tristeza geram emoções e memórias tão intensas que conferem poder inigualável a Raven Queen.
A Raven Queen já observava Strahd desde sua infância, pois a baba dele era uma de suas poucas
devotas humanas no plano material, e ela constantemente orava a ela pedindo a proteção do bebê.

Após a criação do primeiro domínio do medo, mais alguns se seguiram e hoje cerca de seis ou sete
deles. Contudo, o objetivo da Raven Queen não é apenas se deliciar com as experiências
traumáticas dos habitantes e visitantes dos seus Domínios do Medo. Lembre-se que o objetivo dela
é muito maior do que poder pessoal. Ele deseja ajudar esses governantes fracassados a superarem
seus traumas e sua dor e a se tornarem entidades superiores capazes de auxiliarem a manter o
equilíbrio do universo. Entretanto, ela não interfere no desenrolar de sua estadia nos seus
respectivos domínios. Assim como ela, tanto como mortal como divindade, aprendeu de seus
próprios erros e ficou mais forte com isso, ela espera que eles façam o mesmo – não importa
quantos séculos isso demore.
Adicionalmente, esses domínios servem de terreno de testes para aqueles que agem como seus
clérigos e paladinos, ou par aqueles que fazem pactos de warlock com ela.
AS CONSEQUÊNCIAS DO ESQUECIMENTO
Após a morte de Nymmestra, Snarla usou um filtro do amor para fazer o rei de Evermeet, Korfel
Miritar, se apaixonar por ela. Ela se casou com ele se tornando a nova rainha de Evermeet.
Nymmestra tinha uma ideologia muito liberal e aceitava todas as raças de Faerûn na sua cidade e na
sua ilha. Ideologia essa que ela ensinou Korfel a aceitar. Por Corellon ter apagado da memória de
todos os élfos a memória da existência de Nymmestra, o rei de Evermeet perdeu esse pensamento
liberal e decidiu que todos os povos não feéricos que habitavam Evermeet deveriam ser removidos.
Ele deu a todos os assentamentos em questão um ano para reunirem suas coisas e encontrar um
novo local para viverem.

Atualmente, em 1490, a ilha verde de Evermeet é novamente a ilha dos elfos. A única criatura não
feérica da ilha é Snarla, a esposa do rei. Os meio elfos puderam permanecer na ilha. Os anões
fugiram para o reino anão recém-restaurado por Nordak e Dagnal Dankil na montanha Iron Star,
que ficaram felizes em recebê-los. Juntos eles construíram a Nova Kazordoom. Os halflings
buscaram refúgio com Merric, que os recebeu de braços abertos e recrutou para sua organização – O
Bhaal Spawn. Os humanos e os gnomos se espalharam por diferentes cidades da Costa da Espada.

A Raven Queen e os deuses élficos são os únicos no universo que sabem o que realmente aconteceu
na noite do ritual, pois ela roubou essa memória da mente de Snarla. Na noite do ritual, Snarla foi
amaldiçoada por Nymmestra com uma forma de loucura permanente, levando ela a acreditar que
inimigos poderosos a estão caçando e seus agentes estão em todos os lugares que ela vai. Ela passou
a sentir a observada o tempo todo. Após ter coletado o poder do contrato com Titivilus, ela teve que
cumprir com a sua parte do acordo. Ela teve que introduzir alguns baatezu no templo de Corellon
em Leuthilspar. Esses baatezu passaram a contaminar e corromper os sacerdotes e clérigos de
Corellon, influenciando seus ritos e suas ações. Aos poucos os baatezu estão introduzindo outros
agentes de Baator em Leuthilspar e se preparando para uma grande invasão infernal na ilha verde.

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