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A Guerra dos Antigos

O uso indiscriminado da magia pelos altaneiros fez irradiar


da Nascente da Eternidade
(https://lendasdeazeroth.com.br/locais/nascente-da-
eternidade/) ondas de energia que se espiralaram em direção
à Grande Treva Infinita, e tal fluxo foi sentido por mentes
alienígenas perversas. Sargeras
(https://lendasdeazeroth.com.br/personagens/sargeras-o-
tita-da-escuridao/)– o Grande Inimigo de toda a vida, o
Destruidor de Mundos – sentiu essa irradiação poderosa, o
que o atraiu ao distante ponto de origem da fonte de poder.
Ao observar o mundo primitivo de Azeroth e perceber a
energia ilimitada da Nascente da Eternidade, Sargeras foi
consumido por voracidade insaciável. O grande deus sombrio
do Vazio Inominável decidiu destruir o jovem mundo e
reclamar sua energia para si. Assim, uma inocente Azeroth se
tornou alvo de Sargeras e sua vasta Legião Ardente,
composta de um milhão de demônios urrantes saídos de
todos os recantos do universo, sedentos de conquistas.
Arquimonde
(https://lendasdeazeroth.com.br/personagens/archimonde/),
o Corruptor, e Mannoroth
(https://lendasdeazeroth.com.br/personagens/mannoroth/),
o Destruidor, ambos tenentes de Sargeras, prepararam seus
lacaios infernais para o ataque.

A Rainha Azshara, extasiada pela própria magia, se tornou


vítima do poder inegável de Sargeras e concordou em lhe
conceder acesso a Azeroth. Até mesmo seus servos
altaneiros cederam à inexorável corrupção da magia e
passaram a adorar Sargeras como deus. Para demonstrar
lealdade à Legião, os altaneiros ajudaram a rainha a abrir um
imenso portal em turbilhão nas profundezas da Nascente da
Eternidade.
Após os preparativos iniciais, Sargeras lançou uma
catastrófica invasão a Azeroth. Os demônios guerreiros da
Legião Ardente irromperam no mundo pela Nascente da
Eternidade e cercaram as cidades noctiélficas ainda
adormecidas. Liderada por Arquimonde e Mannoroth, a
Legião varreu as terras de Kalimdor, deixando em seu rastro
apenas desolação e cinzas. Os bruxos demoníacos evocaram
infernais abrasadores que descenderam dos céus qual
meteoros avernosos sobre as graciosas torres dos templos
de Kalimdor. Fileiras de demonarcas, assassinos sedentos de
sangue, marcharam sobre os campos de Azeroth e
esmagaram quem se pusesse em seu caminho. Bandos de
demoníacos canisvis selvagens arrasaram os campos
livremente. Diante do cenário devastador, os corajosos
guerreiros Kaldorei, malgrado todos os esforços de defesa da
terra matal, foram forçados, passo a passo, a ceder perante a
carnificina da Legião.

Coube a Malfurion Tempesfúria encontrar ajuda para seu


povo sitiado. Mesmo sendo o próprio irmão, Illidan, um
praticante das artes dos altaneiros, Malfurion enfureceu-se
com a crescente corrupção que se espraiava por entre as
classes superiores. Após convencer Illidan a abandonar os
perigos dessa obsessão, o elfo noturno partiu ao encontro de
Cenarius na tentativa de elaborar uma resistência. A bela e
jovem sacerdotisa Tyrande concordou em acompanhar os
irmãos em nome de Eluna. Embora ambos compartilhassem
uma paixão pela sacerdotisa, o coração de Tyrande pertencia
somente a Malfurion. Illidan ressentiu-se do romance que
florescia entre o casal, mas a dor em seu coração não se
comparava à dor da abstinência de magia.

Illidan, que se tornara dependente das energias


fortalecedoras da magia, lutava para manter sob controle a
sede pelo poder da Nascente da Eternidade. Com a ajuda
paciente de Tyrande, no entanto, ele conseguiu se abster e
ajudar o irmão a encontrar o semideus recluso Cenarius.
Então habitando as sagradas Clareiras da Lua, no distante
Monte Hyjal, Cenarius concordou em ajudar os elfos
noturnos a encontrar os dragões ancestrais e clamar por
socorro. Os dragões, liderados pela leviatã vermelha
Alexstrasza, concordaram em enviar as poderosas revoadas
para fazer frente aos demônios e seus mestres infernais.

Invocando os espíritos da floresta encantada, Cenarius


arregimentou um exército de homens-árvore ancestrais,
conhecidos como ancientes, e os liderou no confronto com a
Legião numa ousada investida. As forças aliadas
convergiram ao templo de Azshara e à Nascente da
Eternidade, e a guerra eclodiu. Apesar da força dos novos
aliados, Malfurion e seus irmãos de armas perceberam que a
potência bélica não bastaria para derrotar a Legião.

Enquanto a batalha feroz se estendia por toda a capital de


Azshara, a delirante rainha esperava ansiosa a chegada de
Sargeras. O senhor da Legião se preparava para atravessar a
Nascente da Eternidade e lançar-se sobre o mundo assolado
pela guerra. Quando a descomunal sombra do demônio se
aproximou da superfície da Nascente, Azshara reuniu seus
mais poderosos seguidores altaneiros. Apenas com a união
de seus poderes mágicos seria possível criar um portal
grande o suficiente para Sargeras.

Com a batalha a devastar os campos incendiados de


Kalimdor, uma reviravolta terrível ocorreu. Os detalhes desse
acontecimentos se perderam no tempo, mas sabe-se que
Neltharion, o Aspecto Dragônico da Terra, enlouqueceu
durante um importante confronto com a Legião Ardente. Da
couraça negra do dragão irromperam chamas e fúria,
fazendo com que seu corpo se rompesse. O antigo Aspecto
da Terra mudou o nome para Asa da Morte, se voltou contra
os irmãos e fez recuar as cinco revoadas.
Tão destrutiva foi a súbita traição de Asa da Morte que as
cinco revoadas jamais se recuperaram. Feridos e aturdidos,
Alexstrasza e os nobres dragões foram forçados a abandonar
os aliados mortais. Malfurion e os outros combatentes, agora
em desvantagem numérica, sobreviveram ao morticínio por
um fio.

Malfurion, convencido de que a Nascente da Eternidade era o


cordão umbilical que ligava os demônios ao mundo físico,
insistiu que fosse destruída. Seus companheiros, cientes de
que a Nascente era a fonte de seu próprio poder e
imortalidade, horrorizaram-se perante tão leviana ideia.
Tyrande, no entanto, compreendeu a sabedoria da proposta
de Malfurion e convenceu Cenarius e seus camaradas a
invadir o templo de Azshara e destruir de uma vez por todas a
Nascente.

Nascente da Eternidade – A Cisão do Mundo

Ciente de que a destruição da Nascente significaria nunca


mais poder manipular magia, Illidan, num arroubo de
egoísmo, abandonou o grupo e alertou os altaneiros sobre o
plano de Malfurion. Devido à insanidade causada pelo vício e
ao ressentimento pela relação de seu irmão com Tyrande,
Illidan não sentiu remorso algum em trair Malfurion e se aliar
a Azshara e seus séquito. Acima de tudo, Illidan jurou
proteger o poder da Nascente a qualquer custo.

Com o coração partido pela partida do irmão, Malfurion


liderou os companheiros até o coração do templo de
Azshara. Ao invadir a câmara de audiência principal,
encontraram os altaneiros executando o sombrio
encantamento final. O feitiço comunal produziu um vórtice
instável de poder nas profundezas turbulentas da Nascente.
A sombra imponente de Sargeras se aproximava cada vez
mais da superfície, e Malfurion e seus aliados se lançaram ao
ataque.
Azshara, advertida por Illidan, estava mais do que preparada
para o embate. Quase todos os seguidores de Malfurion
pereceram frente aos poderes da rainha insana. Tyrande, ao
tentar atacá-la pelas costas, foi surpreendida pelos guardas
pessoais da rainha. Embora os tenha sobrepujado, terminou
gravemente ferida. Ao ver sua amada ao chão, Malfurion foi
arrebatado por um ímpeto assassino e decidiu dar fim à vida
de Azshara.

A guerra consumia o interior e o exterior do templo quando


Illidan emergiu das sombras às margens da grandiosa
Nascente. Tendo confeccionado um conjunto de recipientes
especiais, ele ajoelhou-se e encheu cada um com as águas
brilhantes da Nascente. Convencido de que os demônios
esmagariam a civilização noctiélfica, ele planejava roubar a
água sagrada e guardar a energia para si.

O decorrer da batalha entre Malfurion e Azshara lançou ao


caos o feitiço cuidadosamente trabalhado dos altaneiros. O
vórtice instável nas profundezas da Nascente explodiu,
provocando uma reação em cadeia que dividiria o mundo
para todo o sempre. A explosão colossal fez ruir o templo,
lançando terremotos por toda a terra torturada. A terrível
batalha entre a Legião e os elfos noturnos prosseguiu ao
redor e acima da capital arruinada até que as águas
cintilantes ascenderam e caíram sobre a própria Nascente,
destruindo-a.

A catastrófica explosão da Nascente fez


partir a terra e manchar os céus.

Como consequência da implosão da Nascente, o esqueleto


do mundo se partiu e as feridas abertas foram invadidas pelo
mar. Quase oitenta por cento da superfície terrestre de
Kalimdor foi fragmentada, deixando apenas um punhado de
continentes separados em torno do mar violento que surgira.
No centro do novo mar, onde antes havia a Nascente da
Eternidade, restou uma tempestade tumultuosa de vagas
furiosas e energias caóticas. A terrível cicatriz, conhecida
como Voragem, não cessaria jamais seu turbilhão furioso,
uma recordação permanente da terrível catástrofe… e da
utopia perdida para todo o sempre.De alguma forma, a
Rainha Azshara e sua elite de altaneiros conseguiram, contra
todas as expectativas, sobreviver ao ordálio. Torturados e
corrompidos pelos poderes que haviam liberado, Azshara e
seus seguidores foram arrastados para o mar voraz pela
implosão da Nascente. Amaldiçoados e transformados, eles
se tornaram as odiosas e serpentinas nagas. Tamanha fúria
fez Azshara se expandir e tornar uma monstruosidade
gigantesca, refletindo a malícia e a perversidade que sempre
mantivera oculta em seu interior.

Nas profundezas da Voragem, as nagas construíram uma


nova cidade, Nazjatar, de onde reconstruiriam seu poder.
Mais de dez mil anos se passariam até que as nagas
revelassem sua existência ao mundo da superfície.

O Monte Hyjal e a Dádiva de Illidan

Os poucos elfos noturnos que sobreviveram à terrível


explosão se juntaram em jangadas rústicas e, após uma
longa viagem, chegaram à única porção de terra que suas
vistas alcançavam. Não se sabe como, mas, graças a Eluna,
Malfurion, Tyrande e Cenarius sobreviveram à Grande Cisão.
Os heróis, cansados, concordaram em liderar os
sobreviventes e estabelecer um novo lar para seu povo.
Conforme avançavam em silêncio, caminharam sobre os
destroços de seu mundo e perceberam que suas paixões
haviam sido a causa da destruição que os cercava. Embora
Sargeras e sua Legião tivessem sido expulsos do mundo pela
destruição da Nascente, caberia ainda a Malfurion e seus
companheiros ponderar sobre o terrível preço da
vitória.Muitos altaneiros sobreviveram ilesos ao desastre.
Junto a outros elfos noturnos, eles conseguiram chegar à
costa. Apesar de Malfurion desconfiar das motivações dos
altaneiros, ele estava satisfeito pelo fato de que eles não
poderiam causar grandes problemas sem as energias da
Nascente.

Assim que os elfos noturnos aportaram na costa da nova


terra, viram que Hyjal, a montanha sagrada, havia sobrevivido
à catástrofe. Buscando estabelecer um novo lar para si,
Malfurion e o restante dos elfos noturnos subiram as
encostas de Hyjal e chegaram ao topo cortado pelos ventos.
Ao descerem o vale arborizado, aninhado entre os enormes
picos da montanha, eles encontraram um lago pequeno e
tranquilo. Para seu horror, perceberam que a água do lago
havia sido conspurcada pela magia.

Illidan, que também sobrevivera à Cisão, havia chegado ao


cume de Hyjal muito antes de Malfurion e dos elfos noturnos.
Em meio ao empenho obsessivo em manter o fluxo de magia
no mundo, Illidan despejara as preciosas águas da Nascente
da Eternidade de seus recipientes no lago da montanha. As
energias poderosas da Nascente entraram em ignição e
amalgamaram-se em uma nova Nascente da Eternidade.
Illidan estava extasiado. Ele acreditava que a nova Nascente
seria uma dádiva para as gerações futuras e ficou chocado
quando seu irmão foi atrás dele. Malfurion lhe explicou que o
caos era inerente à magia e que o uso de tal poder levaria à
corrupção e à guerra. Ainda assim, Illidan se recusou a
renunciar aos poderes mágicos.

Plenamente consciente dos resultados vindouros das


maquinações de Illidan, Malfurion decidiu cuidar da ambição
doentia do irmão de uma vez por todas. Com a ajuda de
Cenarius, Malfurion selou Illidan em uma caverna onde
permaneceria preso e impotente até o fim dos tempos. Para
certificar-se de que o irmão não conseguiria fugir, Malfurion
concedeu a Maiev Cantonegro poderes para assumir a
função de carcereira de Illidan.
Preocupados com a possibilidade de uma catástrofe ainda
maior resultar da destruição da nova Nascente, os elfos
noturnos a deixaram intocada. Contudo, Malfurion declarou
que eles nunca mais praticariam as artes mágicas. Sob os
olhos vigilantes de Cenarius, começaram a estudar as artes
ancestrais do druidismo, que lhes permitiriam curar a terra
devastada e fazer crescer mais uma vez suas amadas
florestas aos pés do Monte Hyjal.

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