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SÃO MATEUS-ES
2016
DONIZETTE BORGES JUNIOR
RAFAEL OLIVEIRA PESSANHA
SÃO MATEUS-ES
2016
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
CDD: 620.1
Bibliotecária Rossanna dos Santos Santana Rubim – CRB6 ES 403
DONIZETTE BORGES JUNIOR
.
DEDICATÓRIA
This paper developed a sizing an innovative trailer that can be used to jet-ski,
cars and motorcycles, in order to optimize space in homes avoiding having more than
one type of trailer. However, by having a structure of easy construction, many
companies and individuals manufacture this product without knowing if it is functionally
reliable and without engineering expertise, obtaining an oversized product and risks of
accidents. Then, structural analysis and dynamics using engineering tools was
performed for an optimized product and with the standards of the accredited inspection
bodies. Thus, with data analysis calculations, it can be concluded that the structure of
the trailer is designed optimized product with a cheap material easy construction and
the standards required by accredited inspection (CIU's).
𝑎- aceleração [𝑚⁄𝑠 2 ]
𝑚- massa [𝑘𝑔]
𝑀- Momento [𝑁. 𝑚]
𝐴- Área [𝑚2 ]
𝐹- Força [𝑁]
𝑡- Tempo [𝑠]
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 17
OBJETIVO ........................................................................................................ 18
1.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................... 19
1.3 MOTIVAÇÃO .................................................................................................... 19
2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ................................................................. 21
REBOQUE ........................................................................................................ 21
2.1.1 Reboques de carro ......................................................................................... 21
2.1.2 Reboques de moto ......................................................................................... 22
2.1.3 Reboques de jet-ski ....................................................................................... 23
2.2 NORMAS TÉCNICAS PARA FABRICAÇÃO DE REBOQUE ....................... 24
2.2.1 Chassi .............................................................................................................. 24
2.2.2 Carroceria e seus componentes .................................................................. 25
2.2.3 Dimensões ....................................................................................................... 25
2.2.4 Para-choques .................................................................................................. 26
2.2.5 Para-lamas ....................................................................................................... 26
2.2.6 Rodas e pneus ................................................................................................ 27
2.2.7 Suspensão ....................................................................................................... 29
2.3 ROLAMENTOS ................................................................................................ 29
2.3.1 Rolamentos de esferas .................................................................................. 31
2.3.2 Rolamento de rolos........................................................................................ 34
2.3.3 Dimensionamento do rolamento ................................................................. 38
2.4 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS ................................................................... 41
2.5 DINÂMICA ........................................................................................................ 46
2.6 SOLDAGEM ..................................................................................................... 48
3 DIMENSIONAMENTO ..................................................................................... 52
CALCULO DOS ESFORÇOS .......................................................................... 55
3.1.1 Esforços dinâmicos do carro ....................................................................... 55
3.1.2 Esforços dinâmicos do jet-ski...................................................................... 57
3.1.3 Esforços dinâmicos da moto ....................................................................... 59
3.2 CÁLCULO DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS .......................................... 62
3.2.1 Deflexão da parte do chassi que sustenta a estrutura do carro ............ 62
3.2.2 Deflexão causada por duas motos na estrutura ....................................... 63
3.2.3 Deflexão da estrutura causada pelo carregamento do jet-ski ................ 63
3.2.4 Deflexão da base do carro ............................................................................ 64
3.2.5 Deflexão da base da moto ............................................................................ 64
3.2.6 Deflexão da base do jet-ski........................................................................... 65
3.2.7 Eixo do rolamento do carro .......................................................................... 66
3.2.8 Gonzo ............................................................................................................... 68
3.2.9 Eixo rolamento jet-ski .................................................................................... 68
3.2.10 Pino que fixa a estrutura do jet-ski ............................................................. 69
3.2.11 Cordão de solda do suporte de apoio do jet-ski ....................................... 70
3.2.12 Largura do cordão de solda da barra onde o apoio do carro ................. 71
3.2.13 Cordão de solda da barra onde fica o apoio do jet-ski ............................ 72
3.2.14 Estrutura que suporta o jet-ski .................................................................... 73
3.3 DIMENSIONAMENTO DO ROLAMENTO ...................................................... 74
4 RESULTADOS ................................................................................................. 75
5 CONCLUSÃO .................................................................................................. 82
6 REFERÊNCIA .................................................................................................. 83
APÊNDICE – DESENHO TECNICO DO REBOQUE .................................... 85
ANEXO A CATÁLOGO SUSPENSÃO DO REBOQUE............................. 104
ANEXO B CATÁLOGO ROLAMENTO ..................................................... 106
ANEXO C CATÁLOGO TUBO DA ESTRUTURA DO REBOQUE ............ 107
ANEXO D CATÁLOGO TUBO DA ESTRUTURA DO REBOQUE ............ 108
ANEXO E TABELA AÇO ESTRUTURAL A36 .......................................... 109
ANEXO F CATÁLOGO DE PNEUS DE LINHA LEVE .............................. 110
17
1 INTRODUÇÃO
O Brasil em seus momentos de crise usou como estratégia, incentivo fiscal como,
redução de IPI entre outros impostos para abaixar os preços de automóveis e manter
aquecido o mercado brasileiro, com isso o padrão de mobilidade urbana no Brasil foi
radicalmente alterado e vem se alterando nos últimos anos com o aumento acelerado
da taxa de motorização da população, segundo uma pesquisa feita pelo DENATRAN.
100
90
80
Quantidade em milhões
70
60 2001
50 2012
40 2016
30
20
10
0
Automóveis motos demais veículos Total
50
45
40
35
População em milhões
30
25 População Residente
20
15
10
0
1991 1996 2000 2011
Fonte: Elaborado pelos autores em Instituto brasileiro de geografia e estatística com base em
(2004,2011)
Tendo em vista esses dados, existem uma grande possibilidade de que boa parte
da população que possui carro e moto, também pode possuir jet-ski, e com isso há a
possibilidade de transportar simultaneamente com auxilio de reboque o carro, moto
ou jet-ski.
Sabendo-se dessa necessidade, e visando que muita das vezes os proprietários
não possuem espaço em suas residências para ter um reboque para cada finalidade
é que se surgiu a ideia de projetar um único reboque que executaria as três funções.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é projetar um reboque inovador, algo que não exista
ainda no mercado e que possua a capacidade de transportar carro, moto e jet-ski sem
a necessidade de ter um reboque para cada função e assim solucionar o problema de
espaço físico para guardar os reboques nas residências.
19
O trabalho foi dividido em quatro capítulos. Cada capítulo possui o seu respectivo
objetivo:
Capítulo 1: Apresentação, motivação e objetivo do trabalho.
Capítulo 2: Revisão bibliográfica. Nesse capítulo é mostrada uma pesquisa de
todas as informações relevantes para a elaboração do projeto.
Capítulo 3: Dimensionamento do projeto. Nesse capítulo são mostrados todos
os cálculos envolvidos no dimensionamento. Além disso, são mostrados
seleções de materiais e equipamentos adequados de acordo com as
especificações técnicas de fabricantes.
Capítulo 4: Resultados.
Além desses capítulos, também há no final do trabalho em anexo as tabelas dos
fabricantes, catálogos e elementos utilizados no projeto com as dimensões e
especificações, e no apêndice os desenho técnicos.
1.3 MOTIVAÇÃO
Sendo assim, a motivação deste projeto, criar um reboque inovador com todas
as normas que o regulamentam e conhecimentos de engenharia, para se obter um
projeto otimizado, sem risco de causar acidentes.
21
2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
REBOQUE
Segundo Grison (2005) define-se reboque de linha leve como sendo utilitários
rodoviários para transporte de vários tipos de cargas, com um custo baixo e pouca
complexidade mecânica, manutenção simples e tracionada por veículos de pequeno
porte. O reboque é bastante utilizado principalmente para guardar e transportar
grandes volumes de bagagem. Dentre os principais tipos de reboques estão os: tipo
baú (fechada), fazendinha (de madeira), para barcos, jet-skis, motos, carros e a
famosa carreta-barraca (PIVARI, 2008).
De forma geral, por possuírem uma estrutura de fácil construção muitas
empresas ou pessoas que desconhecem conceitos de engenharia fabricam o reboque
sem saber se ele é funcionalmente confiável. Visando reduzir o risco de acidentes no
trânsito envolvendo reboques, a legislação vem se tornando mais rigorosas. Os
responsáveis de liberarem o licenciamento de um projeto de reboque são o
DENATRAN e o INMETRO, tendo ele passar por testes definidos e somente depois
de passar pelo teste estará apto para a comercialização.
No entanto nem sempre os testes realizados são suficientes para garantir um
bom desempenho do reboque. Sabendo que são raros os estudos encontrados na
bibliografia técnica ou em trabalhos científicos direcionados aos reboques, será
desenvolvido a seguir um estudo de reboque inovador que pode ser utilizado para
transportar carro, moto e jet-ski seguindo as normas técnicas de fabricação e
conceitos de engenharia para se obter um produto com maior desempenho.
direção hidráulica, câmbio e banda de pneu que sofreria mais desgaste e seu eixo
traseiro vai rodando no chão.
Fonte: (http://www.tatuifacil.com.br/guedes)
Fonte: (http://www.carroceriascasagrande.com.br)
preferem as motos como transporte diário. Este tipo de reboque pode variar em até
três canaletas, o número de eixos também podem variar.
Fonte: (http://www.itanhandureboques.com)
Sua maior utilização é para quem gosta de embarcações. Para esse tipo de
reboque existe também a opção de um ou dois eixos.
Fonte: (http://www.engatevolpato.com.br)
24
2.2.1 Chassi
2.2.3 Dimensões
2.2.4 Para-choques
2.2.5 Para-lamas
Figura 9: Para-lamas
2.2.7 Suspensão
2.3 ROLAMENTOS
Carga axial (𝐹𝑎 ) é a carga que atua na direção do eixo longitudinal do rolamento.
Os rolos cônicos trapezoidais inseridos como corpos rolantes são guiados pelo
rebordo maior do anel interno. Esse tipo de rolamento permite grande capacidade de
carga radial e num único sentido a carga axial. Em geral, igualmente ao rolamento de
esferas de contato angular, é montado contraposto a outro rolamento que suporta
carga no sentido oposto, nesse caso, em função do ajuste do espaçamento entre os
anéis internos ou entre os anéis externos na direção axial, permite-se selecionar a
folga interna adequada.
Esse tipo de rolamento é separável, o que facilita a montagem e desmontagem
pelo fato de poderem ser instalados de forma independente.
As gaiolas geralmente utilizadas nesse tipo de rolamento são as prensadas de
aço.
36
𝐶𝑜 = 𝑓𝑠 ∙ 𝑃𝑜 [𝑘𝑁] 𝐸𝑄. 01
𝑃𝑜 = 𝑋𝑜 . 𝐹𝑟 + 𝑌𝑜 . 𝐹𝑎 [𝑘𝑁] 𝐸𝑄. 02
𝐹𝑎
𝑃𝑜 = 𝐹𝑟 [𝑘𝑁] 𝑝𝑎𝑟𝑎 ⁄𝐹 ≤ 0,8 𝐸𝑄. 04
𝑟
𝐹𝑎
𝑃𝑜 = 0,6 ∙ 𝐹𝑟 + 0,5 ∙ 𝐹𝑎 [𝑘𝑁] 𝑝𝑎𝑟𝑎 ⁄𝐹 > 0,8 𝐸𝑄. 05
𝑟
𝑛𝑚á𝑥 2
𝐹𝑎𝑚í𝑛 = 𝑀 ∙ ( ) [𝑘𝑁] 𝐸𝑄. 06
1000
A constante de carga mínima M é indicada nas tabelas. Como 𝑛𝑚á𝑥 deve-se
tomar o numero de rolamentos. A carga estática para rolamentos axiais de esferas
transmitem somente forças axiais, para o que vale:
𝑃0 = 𝐹𝑎 [𝑘𝑁] EQ. 07
𝐹𝑎
𝑃𝑜 = 𝐹𝑟 [𝑘𝑁] 𝑝𝑎𝑟𝑎 ⁄𝐹 ≤ 1,9 𝐸𝑄. 09
𝑟
𝐹𝑎
𝑃𝑜 = 0,5 ∙ 𝐹𝑟 + 0,26 ∙ 𝐹𝑎 [𝑘𝑁] 𝑝𝑎𝑟𝑎 ⁄𝐹 > 1,9 𝐸𝑄. 10
𝑟
Rolamento individual:
𝐹𝑎
𝑃 = 𝐹𝑟 [𝑘𝑁] 𝑝𝑎𝑟𝑎 ⁄𝐹 ≤ 𝑒 𝐸𝑄. 12
𝑟
𝐹𝑎
𝑃 = 0,4 ∙ 𝐹𝑟 + 𝑌 ∙ 𝐹𝑎 [𝑘𝑁] 𝑝𝑎𝑟𝑎 ⁄𝐹 > 𝑒 𝐸𝑄. 13
𝑟
𝐹𝑎
𝑃 = 𝐹𝑟 + 1,12 ∙ 𝑌 ∙ 𝐹𝑎 [𝑘𝑁] 𝑝𝑎𝑟𝑎 ⁄𝐹 ≤ 𝑒 𝐸𝑄. 14
𝑟
𝐹𝑎
𝑃 = 0,67 ∙ 𝐹𝑟 + 1,12 ∙ 𝑌 ∙ 𝐹𝑎 [𝑘𝑁] 𝑝𝑎𝑟𝑎 ⁄𝐹 > 𝑒 𝐸𝑄. 15
𝑟
𝐹𝑟 e𝐹𝑎 são as forças atuantes sobre o par de rolamentos. Os valores Y e 𝑒 são obtidos
das tabelas para rolamentos de uma carreira.
Rolamentos de rolos cônicos pareados conforme a prescrição FAG N11CA:
𝐹𝑎
𝑃 = 𝐹𝑟 + 𝑌 ∙ 𝐹𝑎 [𝑘𝑁] 𝑝𝑎𝑟𝑎 ⁄𝐹 ≤ 𝑒 𝐸𝑄. 16
𝑟
𝐹𝑎
𝑃 = 0,67 ∙ 𝐹𝑟 + 𝑌 ∙ 𝐹𝑎 [𝑘𝑁] 𝑝𝑎𝑟𝑎 ⁄𝐹 > 𝑒 𝐸𝑄. 17
𝑟
𝐹
𝜏= 𝐸𝑄. 19
𝐴
42
Quando estas forças agem axialmente o material poderá sofrer compressão (A)
ou uma tração (B) conforme a figura 24 abaixo.
𝐿𝑖 − 𝐿𝑜 ∆𝐿
𝜖= = 𝐸𝑄. 20
𝐴𝑜 𝐿𝑜
Fonte: http://www.infoescola.com/fisica/ensaio-de-tracao/
A partir das informações obtidas nos ensaios e nos diagramas, é possível saber
como o material empregado no projeto irá atuar sob as condições de tração,
compressão, flexão, cisalhamento e torção.
A relação linear entre tensão e deformação para uma barra em tração ou
compressão simples em que 𝜎 é a taxa axial, 𝜀 é a deformação axial e 𝐸 é uma
constante de proporcionalidade conhecida como modulo de elasticidade do material
(GERE AND GOODNO, 2010), expressa pela equação:
𝜎 = 𝐸. 𝜀 𝐸𝑄. 21
𝑃𝑟𝑢𝑝
𝐹𝑆 = 𝐸𝑄. 22
𝑃𝑎𝑑𝑚
𝜋 2 . 𝐸. 𝐽
𝑃𝑐𝑟 = 𝐸𝑄. 23
𝑙2
𝑑2𝑣 𝑀
2
= 𝐸𝑄. 24
𝑑𝑥 𝐸. 𝐼
𝑏 . ℎ³
𝐼= 𝐸𝑄. 26
12
2.5 DINÂMICA
Nesta seção será mostrada a dinâmica do reboque, isto é a relação existente entre
as forças que atuam no corpo rígido, a forma, a massa do corpo, e o movimento
produzido (BEER, 2006).
Segundo Hibbeler (2010) a aplicação de sistema de forças pode fazer o corpo
transladar e rotacionar, tal movimento é governado pela equação:
∑𝐹 = 𝑚. 𝑎 𝐸𝑄. 27
𝑣 − 𝑣0
𝑎= 𝐸𝑄. 28
𝑡
47
∑ 𝑭 = 𝑚. 𝒂 𝑮 𝐸𝑄. 29
∑ 𝐹𝑥 = 𝑚. (𝑎𝐺 ) 𝐸𝑄. 30
∑ 𝐹𝑌 = 𝑚. (𝑎𝐺 ) 𝐸𝑄. 31
∑ 𝐹𝑥 = 𝑚(𝒂𝐺 )𝑥
∑ 𝐹𝑦 = 𝑚(𝒂𝐺 )𝑦
∑ 𝑀𝐺 = 𝐼𝐺 𝒂
48
ou
∑ 𝑀𝑝 = ∑(𝑀𝑘 )𝑝 𝐸𝑄. 32
Além das forças externas que atuam sobre o reboque, a força de atrito também
aparecerá devido a frenagem do veículo, que é causada sempre que a superfície de
um corpo tende a escorregar sobre outro, cada corpo exerce sobre o outro uma força
paralela às superfícies. Essa força é inerente ao contato entre as superfícies e
chamamos de força de atrito (HALLIDAY,2009), tal força é definida como:
2.6 SOLDAGEM
Fonte: http://www.esab.com.br
ℎ ℎ
𝑎1 = ∴ 𝑎2 = 𝐸𝑄. 34
cos 𝛽 sin 𝛽
𝑅𝐿
𝜏𝑎𝑑𝑚 = 𝐸𝑄. 36
𝐴𝑔𝑎𝑟𝑔𝑎𝑛𝑡𝑎
0,5 . 𝑃𝑦
𝜏𝑎𝑑𝑚 = 𝐸𝑄. 37
𝐴𝑔𝑎𝑟𝑔𝑎𝑛𝑡𝑎
1 0,5 . 𝑃𝑦
𝑎 = 𝑎1 = 𝑎2 = ∙( ) 𝐸𝑄. 38
0,707. 𝐿 𝜏𝑎𝑑𝑚
3 DIMENSIONAMENTO
Figura 32: Vista inferior do chassi para mostrar o feixe de mola fixado a estrutura.
Já para determinar o perfil ‘’U’’ utilizado para transportar a moto foi necessário
definir quais categorias de moto o reboque poderia carregar. Com a intenção de
abranger o máximo de categorias de motos possíveis, determinou-se que o reboque
carregaria motos de até 1000 cc, sendo assim, tendo a capacidade de carregar
qualquer tipo de moto com cilindrada inferior. Após identificado a cilindrada da moto
que o reboque seria capaz de transportar, verificou-se a largura do pneu que as motos
de 1000 cc possuem, e assim foi determinado a largura do perfil com base nesses
valores. A segunda condição para determinar a altura que o perfil ‘’U’’, foi baseado no
contato que o pneu do carro com a plataforma que o sustenta como mostra a Figura
33, e desejando que o pneu do carro mantivesse a maior área de contato com a
plataforma.
Figura 33: Vista ampliada do contato do pneu do carro com a plataforma giratória.
54
Uma vista lateral do reboque carregando o carro como mostra a Figura 35, foi
utilizada para simplificar o entendimento do diagrama de força utilizado para
realização dos cálculos.
A primeira situação de cálculo foi desenvolvida para os esforços que o carro faz
sobre o reboque como mostra a Figura 36 abaixo:
µ = 0,83+
− 0,06 𝑐𝑜𝑚 𝐴𝐵𝑆
𝐵𝑦 −4088,20 𝑁
𝐶 15335,04 𝑁
𝑓𝑎𝑡𝐴 3018,77 𝑁
Após encontrar os esforços que o carro esta submetido, foi então calculado as
forças ao qual o rolamento da plataforma giratória (Figura 37) estará submetido.
57
Para o cálculo dos esforços do Jet-ski (FIGURA 39), utilizou-se o peso de 500
kg, valor esse baseado nos jet-skis mais pesados do mercado, também será utilizado
o mesmo dado de aceleração que foi utilizado para o carro, pois simula a pior situação,
será considerado o centro de gravidade do Jet-ski de acordo com o software
Solidworks, devido a falta de referência sobre o assunto.
Uma vista lateral do reboque carregando o jet-ski como mostra a Figura 41, foi
utilizada para simplificar o entendimento do diagrama de força utilizado para
realização dos cálculos.
60
Para o cálculo de esforços da moto sobre o reboque (FIGURA 42), também foi
utilizado os mesmos dados de aceleração mostrados nas duas situações anteriores,
o centro de gravidade foi definido de acordo com o software Solidworks.
𝐸𝑥 1478 𝑁
Figura 45: Diagrama de esforços para cálculo de deflexão da parte do chassi que
sustenta a estrutura do carro.
63
Como a estrutura tem três apoios e esta sofrendo duas cargas como mostrado
na Figura 46, foi utilizado o método da superposição descrito por Hibeller (2010) para
determinar a deflexão e inércia mostrada na Figura 44 através da equação geral 24 e
26, obtém assim 𝜗𝑚𝑎𝑥2 = 3,02 𝑚𝑚.
Figura 46: Diagrama de esforços para cálculo de deflexão causada pelas motos na
estrutura.
Como a disposição das cargas são as mesmas, porém esforços diferentes que
no cálculo anterior como mostrado na Figura 47 abaixo, o método e a equação para
determinar a deflexão são os mesmos, assim determinamos uma deflexão de 𝜗𝑚𝑎𝑥 =
3,22 𝑚𝑚.
Figura 47: Diagrama de esforços para cálculo de deflexão da estrutura que sustenta
o jet-ski.
64
Figura 49: Diagrama de forças para cálculo de deflexão na base móvel do carro.
Figura 51: Diagrama de forças para cálculo de deflexão na base fixa da moto.
3.2.8 Gonzo
de 𝐷𝑝𝑖𝑛𝑜.𝑗𝑒𝑡 = 6,50𝑚𝑚
70
Para essa estrutura que esta sendo axialmente comprimida Figura 65, deve-se
determinar a flambagem, para saber se o material pode-se romper com a carga que
esta atuando sobre ela. Para isso, é determinada a carga crítica, através da equação
19 com base no valor de tensão de escoamento, em seguida é calculada a carga
admissível, com a equação 22, utilizando-se o mesmo fator de segurança para as
situações anteriores.
Obtendo assim uma carga admissível de 𝑃𝑎𝑑𝑚 = 150 𝐾𝑁,como a carga que
está atuando é de 𝑅𝑦 = 4,8 𝐾𝑁, o material não sofrerá flambagem.
Embora a carga admissível esteja amplamente maior que a carga atuando, o
equipamento não poderá ter dimensões diferentes da calculada por questões
geométricas do eixo e do rolamento.
𝐹𝑎
𝐹𝑅
1
, 𝑃0 = 𝐹𝑟
2 .𝑌0
Se for maior utiliza-se a equação 02, que foi o caso ocorrido. Assim,
determinando a carga estática equivalente, sendo que como o rolamento utilizado
para o carro será individual e do fabricante FAG,𝑋𝑜 tem valor de 0,4 de acordo com o
próprio fabricante e 𝑌𝑜 depende do diâmetro do rolamento, já que o diâmetro mínimo
do eixo deve ser maior ou igual a 14 mm para não sofrer cisalhamento, o diâmetro do
rolamento escolhido foi o de 15 mm, onde,𝑌𝑜 = 0,95, obtendo assim uma carga
estática equivalente de 11,8 𝐾𝑁, em seguida é calculado a capacidade de carga 𝐶0
que depende de 𝑓𝑠 , que foi considerado de 1,2, que é o utilizado para exigências
normais, que através da equação 01 obtém assim uma capacidade de carga de
14,2 𝐾𝑁, como o rolamento escolhido suporta ate 15 𝐾𝑁, o rolamento escolhido
(Rolamento Cônico FAG 30202) está apto para o sistema.
Por questão de manutenção o mesmo rolamento será utilizado para o Jet-ski
sendo que a capacidade de carga 𝐶0 = 7 𝐾𝑁 e o que foi utilizado no carro,
suporta15 𝐾𝑁, o que mostra então, que o rolamento esta apto também para as
condições que serão sofridas pelo Jet-ski.
75
4 RESULTADOS
Para rebocar a moto, gira-se a plataforma no ângulo de 90º, após isso, abra-se
o perfil U (FIGURA 54 e 55) e em seguida trava-se na parte soldada. (FIGURA 57),
após isso se coloca as motos e trave as rodas nas canaletas.
5 CONCLUSÃO
6 REFERÊNCIA
MELCONIAN, Sarkis. Elementos de máquinas. 9. ed. rev. São. Paulo: Érica, 2008.
Ying-wei WANG; Jian-da WU and Chao-nan LIN. Skidmark. Pattern and Identification
of ABS-Equipped Passenger Car. Journal of the Eastern Asia Society for
Transportation Studies, Vol. 6. P. 3401 - 3412, 2005.
85
ANEXOS
ANEXO A
ANEXO B
‘
Figura 80: Quadro de especificações do rolamento
ANEXO C
Fonte: Arcelor
108
ANEXO D
Fonte: Arcelor
109
ANEXO E
ANEXO F