transcorreu no século XIX e, se comparado ao cenário da Europa Ocidental, pode ser considerado TARDIO. Uma península, vários reinos • Reino do Piemonte-Sardenha: Estado monárquico, governado pela Dinastia de Savoia, família aristocrática de origem italiana. Era o único território na península governado por italianos. • Lombardia-Venécia: Sob controle austríaco. • Estados Papais: sob comando do Papa e da Igreja Católica Romana. • Reino das Duas Sicílias: governados pela Dinastia Bourbon, governantes também na França entre 1815 e a Revolução de 1830. • Parma, Módena e Toscana: ducados governados pela dinastia Habsburgo. Uma península, vários reinos Projetos de unificação • Risorgimento – Liderado por Camilo di Cavour, primeiro ministro piemontês, defendia uma posição pragmática cujo objetivo era a expansão do reino de Piemonte e o fim da presença estrangeira, sobretudo, austríaca na Itália. – Estratégia: apoio à Inglaterra e à França na guerra da Crimeia contra a Rússia (1853-1856). O objetivo de tal aliança era simples: ganhar voz internacional e ter o apoio, sobretudo francês, contra a Áustria, maior obstáculo à unificação italiana sob a liderança de Piemonte. Projetos de unificação • Jovem Itália – Liderado por Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi (que lutou em movimentos revolucionários na América Latina), defendia a instalação de uma República democrática na Itália. – Estratégia: Os camisas vermelhas, liderados por Garibaldi, tomaram o reino das duas Sicilias, comandado pelos Bourbons (dinastia que já governou a França). Devido ao apoio de Piemonte, as conquistas foram anexadas ao território piemontês. Mais tarde, os camisas vermelhas, tentaram tomar Roma, mas não conseguiram, pois Napoleão III era o defensor papal. O caminho para a unificação 1848: a Jovem Itália consegue o apoio de Carlos Alberto, rei de Piemonte-Sardenha, e trava algumas batalhas com os austríacos para a libertação dos Estados do norte do país. Eles são derrotados, e então Carlos Alberto abdica do trono em favor de seu filho, Vitor Emanuel II. Camillo Benso, Conde de Cavour – nomeado em 1852 O caminho para a unificação Em 1860, Garibaldi consegue dominar as Duas Sicílias, no sul do país, vencendo os Bourbon. O caminho para a unificação Em 1861, Vitor Emanuel II conquista quase todos os territórios que eram dominados pela Áustria (com exceção de Veneza). O sul, por meio de um plebiscito, decide por se incorporar ao território conquistado por Piemonte-Sardenha, e Vitor Emanuel II é declarado Rei da Itália. Garibaldi se afasta da vida pública. VIVA V.E.R.D.I. – Vittorio Emanuele Re d’Itália O caminho para a unificação Em 1866, a “Itália” conquista Veneza. A Áustria estava enfraquecida por ter direcionado os seus esforços para a guerra contra a Prússia. O caminho para a unificação Em 1866, a “Itália” conquista Veneza. A Áustria estava enfraquecida por ter direcionado os seus esforços para a guerra contra a Prússia. Finalmente Roma O Exército italiano só tomou Roma em 1870 graças à guerra franco-prussiana que obrigou o exército francês de Napoleão III voltar à França para defender a Pátria. Questão Romana O Papa Pio IX não aceitou passivamente a anexação de Roma e proibiu os fiéis de votarem nas eleições para o parlamento italiano. Além disso, o Papa considerava-se prisioneiro dentro do Vaticano. Somente em 1929 com a assinatura do Tratado de Latrão, entre o Papa Pio XI e o ditador Mussolini, que a questão foi solucionada com a criação do Estado do Vaticano sob liderança papal e a indenização paga pelo Estado à Igreja devido à perda de territórios. Entretanto, não haviam italianos “No momento da unificação, em 1860, estimou-se que não mais de 2,5% de seus habitantes falava a língua italiana no dia-a-dia, o resto falando idiomas de tal forma diferentes, que professores enviados pelo Estado italiano para a Sicília, na década de 1860, foram confundidos com ingleses, provavelmente uma percentagem vem maior, mas ainda uma modesta minoria, teria se sentido naquela data como italianos. Não é de se admirar que Massimo d’Azeglio (1792- 1866) tivesse exclamado em 1860: ‘fizemos a Itália; agora precisamos fazer os italianos’”. (HOBSBAWM, Eric J. A era do capital: 1848-1875. RJ, Paz e Terra, 1977 p. 104).