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DEFINIÇÕES
Refugiado: pessoa que, temendo ser perseguida por motivos de raça, religião, nacionalidade,
pertencimento a grupo social ou opiniões políticas, se encontra fora do país de sua
nacionalidade e não pode ou, em virtude desse temor, não quer valer-se da proteção desse
país; ou ainda que, se não tem nacionalidade e se encontra fora do país no qual tinha
residência habitual em consequência de tais acontecimentos, não pode ou, devido ao temor,
não quer voltar a ele.
Apátridas: Pessoa que não são titulares de nenhuma nacionalidade e também não são
consideradas nacionais de nenhum estado. São populações que vivem em situação de
apatridia e costumam sofrer grandes privações e perseguições. É possível ser apátrida e
refugiado ao mesmo tempo
Vítima de xenofobia: Pessoas que são alvos de sentimentos de hostilidade, violências e ódio
por serem estrangeiras ou consideradas estrangeiras.
- Documentação:
- Acolhimento Institucional;
- Alimentação
- Saúde
- Educação e capacitação
- Assistência Jurídica
Invisibilidade seletiva: Saúde, educação e assistência não veem, mas segurança e controle sim.
Legislações:
A lei nº 6.815/1980, em seu artigo 1º, define que “Em tempo de paz, qualquer estrangeiro
poderá, satisfeitas as condições desta Lei, entrar e permanecer no Brasil e dele sair,
resguardados os interesses nacionais”. Além desta lei, o Brasil faz parte da Convenção das
Nações Unidas de 1951, que trata do Estatuto do Refugiado, do Protocolo de 1967, além de ter
criado a lei nº 9.474/97, que reconhece os direitos e deveres dos refugiados no país e cria o
CONARE (Comitê Nacional para Refugiados).
Quem de nós não tem sangue de migrante? O Brasil é formado por migrantes desde aquilo
que entendemos como sua origem – alguns considerados positivos para o desenvolvimento
outros estigmatizados.
“Estar desamparado e vulnerável favorece, ainda, relações abusivas. Ē deixar o sujeito à mercê
diante de situações como trabalho escravo, tráfico de pessoas, abusos sexuais, violências
físicas e morais, sem relatar os inúmeros casos de preconceitos e xenofobia”.
Criar espaços concretos de participação e pertencimento como atores sociais para migrantes:
conferências, audiências públicas, conselhos e eventos como esse são possibilidades.
Olhar para nós mesmos e perguntar o que aquela pessoa toca em mim. O que eu penso e sinto
sobre ela? Onde ela me toca? Como percebe-la como uma igual?
Migração e psicologia
“Zizek (2015) diz que não se pode deixar levar pelo discurso que os estrangeiros
representam uma ameaça aos valores dos nacionais, o que não passa de apenas uma
racionalização. A explicação é que a presença do estrangeiro perturba, gera um mal-estar”.
“Segundo Silva e Cremasco (2016), estar em outro país e se deparar com toda a gama
de dificuldades, desde a impossibilidade de falar a língua, compreender e ser compreendido,
até as mais corriqueiras atividades como se locomover, procurar ajuda, saber como se
comportar, é desorganizador. Assim, a autonomia do sujeito se encontra prejudicada e ele se
percebe precisando de amparo” (material, simbólico e afetivo).