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50 minutos e você estaria em uma mesa com uma professora filósofa da UERJ (ela
tambem é docente na nossa instituição). Gostaríamos, se possível, que falasse um
pouco do centenário da obra de Gustave Le Bon Psychologie Politique et
Defénse Social.
1) Histórico;
1.1. Precursores
1.1.1. Le Bom;
Essa obra de Le Bon (1910) foi traduzida para diversos idiomas, dentre os quais o
espanhol (1911) e o português (1921),
Em 1908, Vitor de Brito publicou no Brasil um
livro chamado Gaspar Martins e Julio de Castilhos: estudo
crítico de psychologia política
Le Bon levantou nessa obra um conjunto de
temários que continuam atuais na Psicologia Política, ainda
que vistos por outros olhares. Sindicalismo, (neo)colonialismos,
governança e relações internacionais são alguns
deles. Algo bastante significativo para nós, é o fato de Le
Bon (1921, p. 6) pensar na Psicologia Política como sendo
“sciencia do governo” e ser “tão necessária que os estadistas
não a poderiam dispensar”. Nesse sentido, podemos
dizer que um dos temas que mais se desenvolve na Psicologia
Política contemporânea refere-se às políticas públicas
ou, porque não dizer, à essa sciência do governo.
É clara a influência desse autor no desenvolvimento
de textos psicossociais de Freud, como apontou
Serge Moscovici (1996). Do mesmo modo, as contribuições
de Wilhelm Reich (1976, 1988), Antonio Gramsci (1992),
Charles Merriam (1924), Harold Lasswell (1933, 1948), Alfred
Sauvy (1949, 1957), Andrea Devoto (1960), William
Stnone (1974) e outros certamente colocam de manifesto
diferenças e antagonismos entre a Psicologia Política leboniana,
o desenvolvimento dela própria, bem como de seu
atual estado da arte.
Para a libertação, para a transformação social
[…] a psicologia política da América hispano e
lusoparlante encontra o caminho que a vincula
à ação e aos problemas mais urgentes desses
países, mas não como colocou Le Bon nos
princípios do século, desde o poder e para governar
“melhor”, mas para construir uma sociedade
que possa dar a si mesma um governo
de acordo com suas necessidades.” (Montero e
Dorna, 1993, p. 12)
Para Le Bon (1921, p. 7), “a psychologia politica se edifica com materiaes diversos, de
que os principaes são: a psychologia individual a psychologia das multidões e, enfim, a
das raças.”
1.2. Fundação
1.2.1. Alemanha
W. Reich
(1897-1957), com sua psicologia das massas do fascismo (1933),
está na base da PP alemã. Além de proporcionar importante reflexão
psicopolítica ao analisar os fundamentos políticos e sexuais de adesão
ao fascismo, Reich também criou o primeiro periódico que recebeu o
nome de PP.
Menos da metade dos profs de psi foram forçados a deixar o a Alemanha
nazista.
1.2.2. EUA
1.2.3. Institucionalização
1.3. Síntese
2) Definições;
Debido a eso Krosnick y McGraw (2002) exhortan a desarrollar una psicología política
“propiamente dicha” (PPPD)1 cuyo objetivo debería ser el producir teorías en su campo
específico de estudio que pudiesen aplicarse a otras ramas de la psicología, en lugar de tomar
teorías desarrolladas en la psicología y trasladarlas a estudios generados en el campo de la
ciencia política. Las teorías de esta PPPD deberían ser hechas en función de aspectos
sustantivos, conceptuales y metodológicos, tomando en cuenta el contexto político, que es un
ámbito natural de la conducta social humana, para generar principios psicológicos de carácter
general pancontextuales, que pudiesen enriquecer todo el ámbito de la psicología; incluyendo
en él lo político, pues también es objeto de la conducta humana.
Billig (1986) para distinguir entre una PP que, como luego han dicho Krosnick y
McGraw (2002), incluiría a la política como parte de su objeto de conocimiento; en tanto que
la Psicología de la Política, correspondería a la definición tradicional antes mencionada que
supone la separación entre las esferas de la psicología y de la política.
Esta discusión podría parecer bizantina, pero en realidad, la pregunta inicial puede ser
respondida con mayor o menos dificultad, según se adopte una definición que la limite al
establecimiento, descripción e interpretación de formas de interacción entre el nivel
psicosocial de la vida humana y la vida política de los seres humanos; o bien se pretenda
otorgar a la PP una tarea un poco más ardua, que extiende esa labor hasta la comprensión de
la política como actividad humana y de sus efectos sobre esa vida humana, sus procesos y
fenómenos psicológicos incluidos.
3.1.
Así, Margaret Hermann en 1986, en su capítulo introductorio
a una recopilación organizada por ella misma, implícitamente coloca un objetivo de esta rama
de la psicología, al preguntarse ¿Cómo es que “los factores psicológicos ayudan a
determinar la conducta política y cómo las acciones políticas afectan 3 a los factores
psicológicos”? (Hermann, 1986:1-2). Lo cual es coherente con su definición basada en la
interacción entre ambos campos. Sin embargo, algo de análisis de discurso puede ayudar a
definir un poco mas el sentido de esa interacción: Los verbos usados indican que lo
psicológico ayuda; lo político afecta. Esto parece indicar que la relación no es simétrica. El
aspecto político incide, marca influencia, o como la misma Hermann añade: “tiene un impacto
sobre cómo es la gente” (Hermann, 1986:2). Hay pues un escalón, una diferencia semántica,
una brecha de significado entre ambas esferas, que ayuda a configurar el lugar auxiliar
asignado a la psicología.
Sabucedo (1996:25-27) siguiendo a Deutsch (1983, citado por Sabucedo, 1996), define los
objetivos a través del objeto, es decir, a través de los temas investigados. Estos son
clasificados en las siguientes categorías: El individuo como actor político; movimientos
políticos; líderes y personas políticas; condiciones y estructuras políticas; relaciones entre
grupos políticos; procesos políticos y estudios monográficos, los cuales estarían referidos a
casos concretos en el sentido de tratar de localizaciones geográficas o temporales específicas,
lo cual de hecho puede también referirse a cualquiera de los aspectos anteriores
Definições:
(dissertação)
Sandoval (1997) elabora um breve percurso histórico dos estudos sobre o comportamento
político. O autor defende que a análise deste fenômeno, no século XX, foi predominantemente
de cunho determinista. Ele divide os referenciais sociológicos para se pensar tal
comportamento em duas grandes correntes: estruturalismo e categorialismo. Segundo os
teóricos dessas linhas, o comportamento político seria determinado por variáveis sociológicas.
O primeiro grupo daria ênfase às estruturas econômica e social, e o segundo destacaria a
determinação de diversas categorias sociais como idade, sexo, trabalho, raça, etc. Assim
sendo, para entender a forma como as pessoas se comportam politicamente seria, segundo
esses referenciais, desnecessário olhar para o sujeito, uma vez que as variáveis sociológicas
explicariam o fenômeno.
Outra abordagem explicitada por Sandoval (1997) é a chamada psicologia das massas. Tendo
como seu principal teórico Le Bon, a psicologia das massas defende a irracionalidade das ações
coletivas e entende que o indivíduo em grupo perde parte de sua capacidade racional,
havendo uma “regressão” a estados predominantemente instintivos e violentos (Le Bon,
1910). Segundo Sandoval (1997), algumas destas vertentes da psicologia utilizam em sua
argumentação pressupostos biológicos na tentativa de explicar que tais comportamentos
seriam determinados por uma origem genética e fisiológica.
Na leitura realizada por Sandoval (1997), mesmo com suas diferenças, as abordagens
sociológicas e a da psicologia das massas possuiriam um ponto em comum. Ambas destacam
um papel pouco ativo do sujeito nos seus processos de inserção social. A primeira por
entender que o indivíduo é determinado por categorias ou estruturas que o transcendem, e a
segunda por defender a perda da racionalidade e do controle individual em uma situação de
ação coletiva.
Segundo o autor, essas abordagens são, a partir dos anos 50, consideradas insuficientes para
explicar o comportamento político por seus excessos deterministas. Surgem vertentes
psicoculturais que se tornam hegemônicas nesse campo, tendo destaque o referencial da
cultura política nos anos 60 e 70. No entanto, ao final dessas décadas ficam evidentes os
limites destas abordagens. No polo oposto da generalidade sociológica, tais abordagens foram
consideradas demasiadamente microcósmicas. A saída para essa questão foi a tentativa de
aproximação entre as vertentes psicossociais e sociológicas. Sandoval (1997) defende que a
possibilidade de uma ciência do comportamento político se encontra na transdisciplinaridade,
e define esse momento de aproximação de diversas áreas do saber com o mesmo interesse
como o ponto de partida da sociologia do comportamento político e da psicologia política.
Escrevendo sobre a Psicologia Política, Montero e Dorna destacam que uma de suas
características marcantes “é sua estreita correspondência com sistemas de vida, sociedades
específicas com fenômenos sociais particulares [...]. Trata-se de uma psicologia que responde
às vivências e exigências do lugar em que é produzida” (1993, p. 13).
Artig
Categoria temática
os
Concepções sobre temas políticos e construção de práticas cotidianas: análise de
concepções dos indivíduos sobre temas políticos e suas implicações em práticas
164
cotidianas ou de práticas cotidianas relativas ao enfrentamento/reprodução de relações
de dominação.
Modelos teóricos e dimensão política: análise de modelos teóricos referentes a relações
73
de dominação ou sobre a relação entre ciência e política.
Política pública: análise de políticas públicas quanto à avaliação, construção e/ou
58
atuação profissional.
Ação coletiva: análise da dinâmica de movimentos sociais ou de outras formas de
25
comportamento coletivo.
Intervenções políticas: análise de intervenções, distintas das políticas públicas, que
11
visam visibilizar e enfrentar relações de dominação.
Estado: análise da organização do Estado, focalizando as estruturas institucionais e a
07
atuação de partidos políticos.
Tabela 2: Quantidade de artigos publicados entre 1995 e 2014 em cada categoria temática
pela taxa de crescimento entre os governos FHC e PT
Quantidade de artigos
Categorias temáticas 1995- 2003- 2011- Taxa de
2002 2010 2014 crescimento
Política Pública 3 21 33 18,0 x
Ação Coletiva 2 7 13 10,0 x
Concepções sobre temas políticos e
15 59 82 9,4 x
construção de práticas cotidianas
Modelos teóricos e dimensão política 7 32 31 9,0 x
Estado 1 2 4 5,0 x
Intervenção Política 2 6 3 4,5 x
Total 30 127 166 9,8 x
Concluir:
Sonhar uma sociedade que tenha como prioridade a vida e a dignidade e não o lucro.