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Breve história da

psicologia social
Diego Drescher de Castro

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Descrever o surgimento da psicologia social como campo de estudos.


> Elencar os principais teóricos da psicologia social e suas contribuições.
> Identificar os principais objetos de estudo da psicologia social.

Introdução
Ao se deparar com a expressão “psicologia social”, você deve ter imaginado
algumas possíveis definições para essa área do conhecimento. Talvez uma
delas tenha considerado a ideia de que a psicologia social se ocupa das rela-
ções sociais entre indivíduos. Tal entendimento estaria parcialmente correto.
Isso porque, se a psicologia social pensa as relações sociais, é possível inferir
que toda a psicologia é social, pois a psicologia está implicada no estudo dos
indivíduos, e todos os indivíduos habitam o mundo a partir de relações sociais.
Sendo assim, você pode estar se perguntando o que a psicologia social teria
de diferente das outras áreas da psicologia, uma vez que as relações sociais
são, de alguma forma, objeto de estudo para toda a psicologia. Para responder
a essa pergunta, é necessário primeiramente entender o que significa “social”
e de que forma essa noção é importante para a psicologia.
Neste capítulo, você poderá compreender o contexto histórico e as pro-
blemáticas que fizeram o social emergir como campo de estudos. Além disso,
você vai conhecer os principais autores e seus respectivos posicionamentos
teóricos que contribuíram para a constituição da psicologia social. Por fim,
vamos refletir sobre a ideia de social como objeto de estudo.
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O social como campo de estudos


Para compreendermos o surgimento da psicologia social como campo de
estudos, devemos olhar para um momento específico da história: a passagem
do século XVIII para o XIX. Nesse período ocorre, principalmente na Europa,
uma efervescência política e social que reposiciona a relação entre o ser
humano e o conhecimento. O filósofo Michel Foucault (2000) vai denominar
essa reconfiguração da relação com o pensamento de “episteme moderna”.
Esse reposicionamento na maneira de pensar e organizar as formas de sa-
ber (episteme) vai criar aquilo que hoje conhecemos como “ciências humanas”.
É a partir dessa virada epistemológica que o ser humano deixa de se colocar
apenas como um observador externo à natureza para se colocar também
como um objeto de estudo. Dito de outra maneira, é a partir da episteme
moderna que o ser humano começa a tomar a si mesmo e suas relações como
um campo de estudos e a organizar isso em disciplinas (FOUCAULT, 1996).
Nesse contexto, vão surgir campos do conhecimento muito importantes nos
dias de hoje, como a estatística, a sociologia, a antropologia e a psicologia.
O social começa a se constituir como campo problemático para a psicologia
a partir da segunda metade do século XIX, sobretudo em função das mudan-
ças nas relações de trabalho produzidas pela intensificação do processo de
industrialização. Há um intenso crescimento de um proletariado urbano que
não é comportado pela estrutura das cidades, bem como a precarização
das relações de trabalho, o que, entre outros motivos, leva a uma crescente
insatisfação popular na Europa (SILVA, 2004).
A pauperização produzida pelo aumento da desigualdade social é o prin-
cipal fator para o surgimento do fenômeno das massas, o crescimento de
revoltas populares e, mais tarde, a organização coletiva de trabalhadores nos
sindicatos. Tais aspectos são fundamentais para entender como o social vai
constituindo-se como uma problemática e, consequentemente, um campo de
estudos. Isso acontece num momento em que o ideal republicano se depara
com a impossibilidade de conciliar os preceitos da democracia com uma
perspectiva econômica fundamentada no acúmulo de capital (SILVA, 2004).
Ou seja, os ideais liberais iluministas encontravam um paradoxo: ao mesmo
tempo que defendiam o livre acesso ao trabalho, condenavam a intervenção
do Estado para garantir trabalho para todas as pessoas.
Nesse contexto, a psicologia social surge como campo do saber que busca
estratégias de controle para criar “[...] mentes calculáveis e indivíduos ad-
ministráveis” (ROSE, 2008, p. 156). O contexto político e econômico do final
do século XIX e início do século XX produzia uma crescente demanda de
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organização e administração dos indivíduos em regimes particulares e de


acordo com suas habilidades, destacando-se espaços como a indústria, a
escola, o exército, entre outros (FOUCAULT, 2014).
A psicologia social surge não de um conhecimento orgânico sobre o funcio-
namento da mente humana, mas de demandas sociopolíticas sobre a melhor
forma de se controlarem e administrarem os corpos nas organizações. Isso
implica dizer que a psicologia social, principalmente na primeira metade do
século XX, vai produzir as normas que atestam quais são os indivíduos aptos
ao trabalho, à educação e, no limite, ao convívio em sociedade. A partir disso,
é necessário dizer que a psicologia esteve muitas vezes a serviço de uma
lógica eugenista, que ajudava a ditar quais seres humanos teriam o direito à
vida e ao convívio social (ROSE, 2008).

Eugenia é um termo criado no século XIX para nomear uma teoria que
buscava justificativas científicas para sustentar práticas racistas e
excluir sujeitos indesejados da sociedade. O movimento eugenista foi responsável
pela violência contra diversas populações ao longo da história e, na América
Latina, teve influência direta sobre a forma como as populações indígenas e de
pessoas negras escravizadas foram segregadas e violentadas pela sociedade
civil e pelo Estado.
Para saber mais sobre o movimento eugênico na América Latina, recomen-
damos o livro A hora da eugenia: raça, gênero e nação na América Latina, da
historiadora Nancy Leys Stepan (2005).

Contudo, ainda que o surgimento da psicologia social esteja alinhado


com as demandas dos Estados liberais da Europa do início do século XX, isso
não restringe a existência dessa área do conhecimento. A psicologia social
é múltipla, e seus rumos e posicionamentos estão diretamente ligados ao
contexto sócio-histórico em que ela se insere. Por exemplo, a psicologia
social que surge na América Latina a partir dos anos 1970 é marcada por uma
forte contestação às teorias produzidas até então sobre o social e ao caráter
normatizador que sustentavam. A influência do pensamento marxista e a
preocupação com as realidades locais e a transformação social reconfiguraram
a psicologia social, que, até então, apresentava um forte caráter experimental
e individualista (BOCK, 2001).
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Como veremos a seguir, apesar de sua história relativamente recente,


a psicologia social não tem uma única definição ou alinhamento teórico. A
psicologia social é, ao mesmo tempo, produto e produtora do mundo, e suas
vertentes e paradigmas foram se constituindo de acordo com o contexto sócio-
-histórico e as possibilidades de cada época. O saber produzido a respeito do
social não é resultado de uma progressão racionalista e lógica, como ocorre
nas ciências exatas, mas de um arranjo específico de cada época.

Principais paradigmas e autores da


psicologia social
A psicologia social pode ser dividida em duas grandes correntes teóricas: a
psicologia social psicológica e a psicologia social sociológica. Dessas duas
correntes, derivam outras perspectivas, cada uma trazendo leituras dife-
rentes a depender da época e do contexto em que se inserem. Nesta seção,
você terá uma visão geral sobre as principais vertentes da psicologia social,
conhecendo seus principais autores.
A efervescência política e social na Europa vai produzir as bases para
aquilo que no século XX vai ser chamado psicologia social sociológica, para-
digma predominante no continente nos dias atuais e que privilegia o estudo
dos fenômenos que emergem da sociedade e seus diferentes grupos. Esse
paradigma vai ganhar maior relevância a partir da Segunda Guerra Mundial,
ainda que suas bases teóricas e primeiras problematizações sejam datadas
do final do século XIX (ÁLVARO; GARRIDO, 2006).
A partir dos anos 1970, a psicologia social na Europa vai se debruçar sobre
as questões referentes às identidades sociais, sendo um dos campos mais
proeminentes o das representações sociais. Seu principal teórico é o romeno
Serge Moscovici, que vai pensar essa teoria a partir de uma perspectiva que
busca transformar o não familiar em familiar, dando sentido àquilo que é des-
conhecido. Essa perspectiva teórica pensa a construção de significados para
eventos que emergem do senso comum (ÁLVARO; GARRIDO, 2006). Moscovici
vai buscar na sociologia o conceito de representação social para designar “[...]
fenômenos múltiplos, observados e estudados em termos de complexidades
individuais e coletivas ou psicológicas e sociais” (SÊGA, 2000, p. 128).
Em uma perspectiva oposta à dos movimentos da Europa e sob forte
influência do behaviorismo, a psicologia social vai se consolidar no início do
século XX nos Estados Unidos a partir de um paradigma chamado psicologia
social psicológica. Fundamentado em uma lógica experimental de estudo
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dos indivíduos e pautado pela objetividade, esse paradigma busca entender


como os indivíduos respondem em dinâmicas grupais ou interpessoais. As
principais investigações realizadas por psicólogos ancorados no referencial
da psicologia social norte-americana dizem respeito aos campos da cognição
social, das atitudes e dos processos grupais. Além disso, outras vertentes
que têm se mostrado promissoras nesse contexto são a psicologia social
evolucionista e a neurociência social (FERREIRA, 2010).
Até os anos 1970, essa perspectiva era predominante também no Brasil,
sendo seu principal expoente o pesquisador Aroldo Rodrigues, que ganhou
notoriedade nacional após realizar seu doutorado em psicologia social nos
Estados Unidos. A perspectiva defendida por Aroldo e inspirada nas pesquisas
norte-americanas enxergava a psicologia social como uma ciência neutra,
que buscava relacionar fatores e variáveis para estudar as interações sociais.
Uma das principais críticas de Aroldo Rodrigues em relação à psicologia social
brasileira dizia respeito àquilo que o autor julgava como uma predominância
de visões políticas em relação a teorias e métodos (LIMA, 2009).
Tal posicionamento já prenunciava a crise pela qual a psicologia social
passaria no início da década de 1970, a partir de uma disputa entre uma pers-
pectiva da psicologia social que se supunha neutra e “puramente científica”
e, em contraposição, um viés que pretendia entender o social como espaço
de produção e transformação. A hegemonia da psicologia social psicológica
seria posta em xeque por uma série de pesquisadores na América Latina,
principalmente pela aproximação das teorias em psicologia social com o
contexto local, uma vez que a maior parte da América Latina se encontrava
reprimida pelas ditaduras civis-militares (BOCK et al., 2007).
Pode-se dizer que, na América Latina, a psicologia social vai ganhar re-
levância na segunda metade do século XX, principalmente a partir dos anos
1970, quando assume um posicionamento crítico em relação à psicologia
social psicológica e ao seu individualismo experimental. A crescente desi-
gualdade social e a violência das ditaduras civis-militares impulsionaram
um movimento que buscava reposicionar a psicologia social e aproximá-la
das realidades locais. Nesse contexto, surge a psicologia social crítica, cujas
principais referências são o psicólogo Martin-Baró e a psicóloga Silvia Lane,
tendo sido esta responsável pela criação e consolidação da psicologia social
sócio-histórica. Um dos principais aspectos dessa perspectiva é pensar o
social a partir de uma produção teórica que deve emergir dos contextos locais
e da realidade latino-americana. Influenciada pelo pensamento marxista, essa
vertente surge a partir de uma preocupação da psicologia em transformar e
ser transformada pelo seu entorno (FERREIRA, 2010).
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A psicologia social crítica foi muito influenciada por outros movi-


mentos que aconteciam na América Latina na década de 1960 e que
se posicionavam como resistência às ditaduras civis-militares que assolavam
a região. Dois pensadores brasileiros que influenciaram essa vertente da psi-
cologia social são Paulo Freire, com seu trabalho na área da educação popular,
e Leonardo Boff, expoente da teologia da libertação.
Para conhecer um pouco mais sobre essa influência, você pode ler o livro
Pedagogia do oprimido, de Paulo Freire (2013). O livro é uma das principais
obras desse educador e filósofo brasileiro, que é reconhecido mundialmente.

Também com forte influência na América Latina e em alinhamento com a


psicologia social sociológica, a psicologia social pós-estruturalista coloca em
questão as naturalizações produzidas pela lógica capitalística. Tendo como
principais referências os franceses Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix
Guattari e, no Brasil, a psicóloga Suely Rolnik, essa perspectiva se materializa
no paradigma ético-estético-político que pensa a indissociabilidade entre
esses conceitos e o posicionamento crítico como estratégias para resistir
aos modos de subjetivação hegemônicos impostos pelo capitalismo mundial
integrado. Essa teorização ganha força no Brasil a partir da década de 1980,
quando da intensificação da globalização e do neoliberalismo (GUATTARI;
ROLNIK, 1996). O paradigma ético-estético-político vai entender a psicologia
social a partir de uma impossibilidade de separação entre sujeito e social,
compreendendo que essas categorias estão em constante coprodução e,
diferentemente do que propõem perspectivas positivistas, que não é possível
haver descolamento ou neutralidade em relação ao social. A indissociabilidade
entre sujeito e social faz com que essa perspectiva se paute por um exercício
de problematização constante dos modos de viver, em oposição à afirmação
de verdades e totalizações.
Contemporaneamente, a psicologia social tem se aproximado dos estudos
feministas, antirracistas e descoloniais para pensar as opressões de gênero,
raça e colonialidade, respectivamente. Ainda que essas perspectivas devessem
ser transversais a todas as produções, independentemente de sua afiliação
teórica, é de fundamental importância o surgimento dessas perspectivas na
psicologia social — afinal, não é possível compreender o mundo sem levar
em consideração as manifestações de poder e hegemonia que perpetuam
quaisquer formas de preconceito e dominação.
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Para conhecer um pouco mais sobre os estudos feministas, antirracis-


tas e descoloniais e refletir sobre a sua importância para a psicologia
social, recomendamos os livros Racismo estrutural, de Sílvio Almeida (2019), e
Mulheres, raça e classe, de Angela Davis (2016).

A partir desse breve panorama histórico, fica evidente que a psicologia


social é múltipla e que suas problematizações e seus objetos de estudo
estão em reverberação com os movimentos do mundo. A multiplicação de
teorias e entendimentos a respeito do social durante o último século não diz
respeito a uma evolução da ciência, que permite captar objetos até então
despercebidos. O crescimento da psicologia social e de suas perspectivas
teóricas está diretamente relacionado com a dinamicidade do social, que
produz e é produzido por todas essas leituras de mundo.

Objetos de estudo?
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a história da psicologia social
e seus principais marcos teóricos, é inevitável questionar-se quais seriam
seus objetos de estudo. Primeiramente, é necessário dizer que não existe
resposta direta para essa pergunta, uma vez que a noção de objeto de estudo
já estaria, por si só, alinhada a uma perspectiva positivista. Essa leitura é
herdeira do Iluminismo e de uma cisão entre sujeito e objeto de pesquisa,
produzindo uma hierarquização do conhecimento e colocando pesquisadores
em uma posição pretensamente neutra e distante das questões pesquisadas
(BUCK-MORSS, 2000).
Por outro lado, é inegável que a psicologia (assim como todas as outras
ciências humanas) acaba aceitando uma certa subordinação aos critérios e
às regulamentações para acessar o ambiente acadêmico (DREYFUS; RABINOW,
1995). Dito de outra maneira, essa posição acaba sendo paradoxal: para poder
criticar a lógica científica e a hierarquização dos saberes, essas disciplinas
precisam compactuar com alguns aspectos que vão na contramão daquilo
que elas defendem.
Talvez, mais do que definir e delimitar os objetos da psicologia social, seja
importante sustentar uma certa indefinição. Isso, ainda que possa parecer
muito amplo em um primeiro momento, acaba sendo importante como estra-
tégia para a apostar na multiplicidade do social (SILVA, 2004). Caso contrário,
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corre-se o risco de produzir uma perspectiva totalizante e universalista sobre


o social, deixando de lado especificidades e apagando contextos locais e
diferenças socioeconômicas.
Como você vem acompanhando ao longo deste capítulo, o social é multi-
facetado e as teorizações a seu respeito são amplas e complexas. Por outro
lado, o senso comum parte da noção de que o social é algo dado e comum
a todas as pessoas. O social, por essa perspectiva, seria o plano em que se
inscrevem as relações humanas. Tal definição, ainda que funcione no senso
comum, acaba produzindo um efeito planificador acerca das teorizações
sobre o social. Essa simplificação pode facilmente se tornar generalização
e universalização.
A leitura que pensa o social como algo intrínseco a todos os seres humanos
acaba se confundindo com a noção de sociabilidade, conforme explica Silva
(2004), apresentando-o como se fosse uma condição natural à humanidade.
A proposta que a autora lança é “[...] deixar de tomar o social como evidência
e passar a constituí-lo como um problema”, o que implica deixar de entendê-
-lo como algo natural e estanque para tomá-lo como produção a partir de
multiplicidades, uma construção a partir de um campo de forças em dado
momento histórico (SILVA, 2004, p. 13).
Dito de outra maneira, o social pode ser pensado como um campo variável,
que é produzido a partir da forma como os seres humanos habitam determi-
nado espaço, em determinado tempo e a partir de determinadas práticas. Isso
implica dizer que o social está em constante transformação e não pode ser
apreendido como algo único e imutável. Deixar de tomar o social como uma
evidência ou uma determinação histórica significa entender como esse campo
foi se constituindo a partir das condições de possibilidade de cada época.
Ao problematizarmos a noção de social e suas teorizações ao longo da
história, fica evidente que o percurso teórico não se constitui como uma linha
evolutiva de racionalidade científica. Essa perspectiva deixa o entendimento
acerca do social aberto, possibilitando entendê-lo como campo de criação
e transformação. A relação da psicologia com o social não se restringe à
aplicação de técnicas e à delimitação de verdades; ela é antes um processo
constante de coprodução, em que o social tem mais a dizer sobre a psicologia
do que a psicologia sobre o social (SILVA, 2004). Assim sendo, o convite que
pode ser feito a você é para ocupar de maneira crítica esse campo de disputas
teóricas que se ocupa do social e com o qual a psicologia pode contribuir muito.
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Entender o social como uma problematização, e não como uma


evidência, é uma ideia baseada no método genealógico proposto
pelo filósofo francês Michel Foucault. Em linhas gerais, a genealogia pode ser
pensada como uma estratégia de análise das formas de exercício de poder. Ao
propor essa perspectiva, Foucault vai na contramão do entendimento da história
como um encadeamento linear de fatos. O autor vai pensar em uma história
que acontece a partir do contexto de cada época, abrindo mão de uma ideia de
objetividade histórica para pensar as condições de possibilidade da história.
Para saber mais sobre a perspectiva genealógica de Michel Foucault, você
pode ler o livro Microfísica do poder (FOUCAULT, 2015).

Referências
ÁLVARO, J. L.; GARRIDO, A. Psicologia social: perspectivas psicológicas e sociológicas.
São Paulo: McGraw-Hill, 2006.
BOCK, A. M. B. A psicologia sócio-histórica: uma perspectiva crítica em psicologia. In:
BOCK, A. M. B.; GONÇALVES, M. G. M.; FURTADO, O. (org.) Psicologia sócio-histórica: uma
perspectiva crítica em psicologia. São Paulo: Cortez, 2001. p. 15-35.
BOCK, A. M. B. et al. Sílvia Lane e o projeto do “Compromisso Social da Psicologia”.
Psicologia & Sociedade, v. 19, ed. especial 2, p. 46-56, 2007.
BUCK-MORSS, S. Hegel and Haiti. Critical Inquiry, v. 26, n. 4, p. 821-865, 2000.
DREYFUS, H.; RABINOW, P. Michel Foucault: uma trajetória filosófica: para além do
estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
FERREIRA, M. C. A psicologia social contemporânea: principais tendências e perspectivas
nacionais e internacionais. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 26, n. especial, p. 51-64, 2010.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1996.
FOUCAULT, M. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. 8. ed.
São Paulo: Martins Fontes, 2000.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2015.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento das prisões. 42. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
GUATTARI, F.; ROLNIK, S. Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.
LIMA, R. S. História da psicologia social no Rio de Janeiro: dois importantes personagens.
Fractal: Revista de Psicologia, v. 21, n. 2, p. 409-423, maio/ago. 2009.
ROSE, N. Psicologia como uma ciência social. Psicologia & Sociedade, v. 20, n. 2, p.
155-164, 2008.
SÊGA, R. A. O conceito de representação social nas obras de Denise Jodelet e Serge
Moscovici. Anos 90, v. 8, n. 13, p. 128-133, jul. 2000.
SILVA, R. N. Notas para uma genealogia da psicologia social. Psicologia & Sociedade,
v. 16, n. 2, p. 12-19, 2004.
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Leituras recomendadas
ALMEIDA, S. Racismo estrutural: feminismos plurais. [S. l.]: Jandaíra, 2019.
DAVIS, A. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2013.
STEPAN, N. L. A hora da eugenia: raça, gênero e nação na América Latina. Rio de janeiro:
Fiocruz, 2005.

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