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Introdução a Biologia Celular

Profª. Me. Sabrina Grego Alves


Biologia

• É uma palavra formada pelos termos gregos


“bios” (vida) e “logos” (estudo),
cujo significado literal é “estudo da vida”.

• É uma ciência natural que estuda a origem e


as características dos seres vivos (animal e
vegetal) e suas interações com o ambiente.
Citologia

• Citologia: A palavra "citologia" vem do


grego, onde kytos = célula e logos = estudo.
• Citologia, atualmente designada Biologia
Celular, é a ciência que estuda a estrutura, a
composição e a fisiologia das células, através
das membranas celulares, do citoesqueleto, das
organelas citoplasmáticas e dos componentes
nucleares.
Histologia

• Histologia significa a ciência que estuda os


tecidos (origem grego-histos: rede ou tecido;
logia: ramo de aprendizado). Por estabelecer
o significado de aspectos microscópicos
característicos de células e tecidos, os estudos
histológicos elucidam as relações entre
estrutura e função.
Embriologia

• A embriologia é uma área da biologia que


estuda o desenvolvimento embrionário dos
organismos vivos, ou seja, o processo de
formação do embrião a partir de uma única
célula, o zigoto, que originará um novo ser
vivo.

• OBS: Zigoto ou Ovo é a célula diploide resultante da união dos núcleos de


duas células mutuamente compatíveis. É o produto da reprodução sexuada.
Célula

• Célula é o nível estrutural mais simples do


corpo.
• As células se diferenciam-se de acordo com a
função que desempenha.

Célula adiposa Célula muscular Neurônio


Tecidos

• Os tecidos são formados por conjuntos de


células.
• Exemplos de tecidos:
- Epitelial,
- Muscular,
- Nervoso,
- Conjuntivo.
Tecido Epitelial

• Cobre e reveste a superfície do corpo.


• Reveste as cavidades, os ductos e os vasos.

As camadas da pele
Tecido Muscular

• Movimenta o esqueleto
• FA o bombeamento do sangue
• Desloca os alimentos através do tubo
digestivo.
Tecido Nervoso

• O tecido nervoso forma o encéfalo, a medula


espinhal e os nervos.
Tecido conjuntivo

• Age como suporte, sustentando outros tecidos.


Órgãos

• Os órgãos são formados pela combinação de


dois ou mais tecidos capacitados a realizar
atividades fisiológicas mais complexas.
• EX: Estômago, coração, fígado, olho.
Sistemas

• É o conjunto dos órgãos - Sistema endócrino,


do corpo que executam - Sistema circulatório,
suas funções de forma - Sistema respiratório,
harmônica para o bem
estar do organismo. - Sistema urinário,
• Ex: - Sistema reprodutor
masculino e feminino,
- Sistema tegumentar,
- Sistema digestório,
- Sistema esquelético,
- Sistema nervoso,
O organismo

• Ser vivo único, composto por órgãos,


organelas e estruturas, responsáveis por vários
processos necessários e inerentes a vida.
• Designação do corpo humano.
Esquematização básica

CÉLULAS
TECIDOS
ÓRGÃOS
SISTEMAS

CORPO
Interatividade

• Faça um desenho esquematizando o organismo


desde a célula até a formação do corpo
propriamente dito.
Unidades de medida

• 1 milímetro = 1000 micrômetros


• 1 micrômetro = 1000 nanômetros

• Unidades de medidas muito diminutas.


• Utilizada para mensurar células, bactérias,
vírus, dentre outras estruturas microscópicas.
BIOLOGIA CELULAR
Células Procariontes e células
eucariontes
• A célula é a menor unidade funcional que
constitui os seres vivos.
• Enquanto alguns organismos são formados
apenas por uma célula, como as bactérias,
existem seres pluricelulares, que possuem uma
grande quantidade de células, como o ser
humano.
• Os tipos de células existentes são classificados
basicamente em dois grandes grupos de acordo
com a estrutura celular e funcionamento:
• São elas:
• As células procariontes e
• As células eucariontes.
• A principal diferença entre células
procariontes e células eucariontes é a
existência ou a ausência de envoltório ao redor
do núcleo.
• As células eucariontes ou eucarióticas
possuem um núcleo que contém vários
cromossomos circundados por uma membrana
nuclear.
Cromossomos
• Os cromossomos são
corpúsculos compactos que
carregam a informação
genética.
Cada cromossomo é
constituído por uma longa e
linear molécula de DNA
associada a proteínas.
• Os cromossomos estão Fonte:
https://www.google.com/search?q=po+que+s%C3%A3o+c

presentes no núcleo das romossomos&rlz=1C1FCXM_p

células eucarióticas e a sua


quantidade varia em cada
espécie.
• O núcleo das células procarióticas consiste em
uma molécula circular única de DNA que não
está envolto por uma membrana, ficando em
contato direto com o citoplasma.
• Dentre os micro-organismos, é importante
saber que as bactérias são procariontes e os
fungos são organismos eucariontes.
• Além das diferenças do núcleo, outros aspectos
distinguem uma célula eucariótica de uma
procariótica, tais como:
• Células eucarióticas contém organelas, como
mitocôncrias, lisossomos, ribossomos e são células
maiores.
• Células procarióticas são desprovidas de organelas e
seus ribossomos são menores.
• OBS: Os ribossomos são responsáveis pela síntese
proteica.
• A maioria dos seres procariotos possui uma
parede celular composta por peptideoglicano
(polímero de aminoácidos e açúcares).
• Os eucariotos não possuem peptideoglicano e
podem ser envoltos por uma membrana celular
flexível ou, no caso dos fungos, a parede
celular é composta por quitina
(polissacarídeo).
• A membrana celular dos eucariotos contém
esteróis (colesterol), que aumentam a
resistência dessa membrana; já os procariotos
não possuem.
• Em bactérias, é possível encontrar moléculas
circulares de DNA, denominadas de
plasmídeos, que os eucariotos não apresentam.
Resumo
Células procariontes Células eucariontes
Envoltório nuclear Ausente Presente
Cromossomos Único Múltiplos
Organelas Ausentes Presentes
Parede celular Peptideoplicano Quitina em fungos
Membrana mais resistente
Ribossomos Menores Maiores
Membrana celular Sem esteróis Com esteróis
Plasmídeos Presentes Ausentes

OBS: Plasmídeos ou plasmídios são moléculas circulares duplas de DNA capazes de se


reproduzir independentemente do DNA cromossômico.
Pesquisar

• As primeiras formas de vida que surgiram no


planeta Terra provavelmente eram
procariontes, devido aos achados
arqueológicos de aproximadamente 3 bilhões
de anos.

• TORTORA, G. et. Al. Microbiologia.8.ed.


Porto Alegre: Artmed, 2008. p.6 -18
Componentes da Matéria viva
Componentes da

SCOTT CAMAZINE/PHOTORESEARCHES/LATINSTOCK
matéria viva
C 98% da massa
corporal da
H maioria dos
seres vivos
O
- Carbono
N - Hidrogênio
- Oxigênio
P - Nitrogênio
- Fósforo
S - enxofre

Foto de um modelo de molécula de DNA


Substâncias orgânicas
Gráficos das porcentagens em massa das principais substâncias presentes na matéria viva

Em A, os cálculos incluem a água. Em B, a água não foi considerada.


Constituição das células eucariontes
• As células eucarióticas são compostas por três
componentes básicos:
• - Membrana plasmática,
• - Citoplasma e
• - Núcleo.

Fonte: http://ajudaescolar.weebly.com/-biologia-celular.html
• A célula eucariótica possui externamente um
envoltório denominado de membrana
plasmática. Sua estrutura é representada por
uma bicamada de fosfolipídios contendo
proteínas. Seu tamanho é de 0,008 até 0,01 de
um micrômetro.
• Portanto, a membrana plasmática só pode ser
percebida com a utilização de microscópio.
• A membrana plasmática mantém contato
direto com o citoplasma, como também com
alguns de seus componentes.
• A estrutura dessa membrana é responsável
pela sua capacidade de permeabilidade
seletiva, afirmação que também é válida para
muitas organelas citoplasmáticas de
membrana.
• O citoplasma possui uma matriz citoplasmática
também denominada de citossol. É formado
por uma substância coloidal, a qual é aquosa,
contendo moléculas químicas simples e
complexas, além das organelas
citoplasmáticas.
• No citoplasma ocorre uma série de reações
químicas vitais para o funcionamento celular.
• No citoplasma também se faz presente o
núcleo, o qual é coordenador das atividades
celulares. Portanto, a membrana plasmática
envolve, protege, faz comunicações e realiza
uma série de atividades , mantendo a
integridade celular.
• A membrana plasmática é a estrutura que
separa o meio extracelular do meio
intracelular.
• Sua constituição química facilita e regula o
transporte de substâncias para dentro e para
fora da célula, através dos seus constituintes
químicos. A estabilidade desta estrutura
membranosa é devida aos seus constituintes
fosfolipídeos.
• Dessa forma, as proteínas, como também os
carboidratos presentes nesta membrana,
desempenham funções como receptores de
sinais químicos. Além disso, transportam íons
e moléculas para os meios intra e extra celular;
formam completos de aderências como
moléculas extracelulares; e ainda comunicação
com as células adjacentes e com o meio
extracelular.
• Há proteínas que atravessam toda a espessura
das membranas, comunicando moléculas
extracelulares com moléculas intracelulares.
• A estrutura da bicamada de fosfolipídeos
possui a cabeça polar hidrofílica, a qual possui
afinidade por água e repele lipídeos e sua
porção alongada que é hidrofóbica, de
hidrocarbonetos que repele água e tem
afinidade com lipídeos.
Esquematização da membrana plasmática

Glicoproteínas
Funções da membrana plasmática

• Barreira seletiva,
• Transporte seletivo com ou sem gasto de
energia,
• Regulação iônica do citoplasma,
• Construção de junções intercelulares,
• Processo de sinalização celular.
Transportes pela membrana plasmática

• O principal solvente encontrado na natureza é a água ,


considerada como solvente universal, pois é
dispersante, dispersora, desfaz e dissolve os solutos.
Portanto, a solução é constituída de um solvente mais
um soluto. Substâncias que são dissolvidas em água
são denominadas hidrossolúveis . Há concentrações
hipertônicas e concentrações hipotônicas,
respectivamente com maior ou menor concentração
de soluto.
• Em 2003, médicos Americanos (Makinnom e
Agre) ganharam prêmio nobel de Química,
pois descobriram os canais existentes na
membrana plasmática que controlam o fluxo
de água e de íons cálcio.
• Há na membrana canais específicos para
entrada e saída de água e íons: cálcio, potássio,
sódio, cloro, dentre outros.
Transporte passivo

• O transporte passivo não requer consumo de


energia e depende do gradiente de
concentração (diferença de concentração dos
meios intra e extra celular).
• Há transporte passivo por difusão simples, por
difusão facilitada e por osmose.
Difusão simples
• A difusão simples é um tipo
de transporte passivo de
substâncias através da
membrana celular. É um
processo que ocorre da
região em que as partículas
estão mais concentradas
para regiões em que sua
concentração é menor, até
que se atinja um equilíbrio
nas concentrações.
Difusão facilitada

• Difusão Facilitada:
ocorre com auxílio de
proteína transportadora
(permease), que se liga
à substância e a
transporta para dentro
ou fora da célula – isso
ocorre com a glicose e
os aminoácidos por
exemplo.
Osmose
• osmose é um tipo
de transporte passivo, que
ocorre a favor de um
gradiente de concentração,
portanto, sem gasto de
energia. Nesse tipo
de transporte, a água
atravessa a membrana
plasmática no sentido do
meio menos concentrado
(hipotônico) para o meio
mais concentrado
(hipertônico).
Transporte Ativo

• O transporte ativo consiste na transferência de


substâncias de uma região de baixa
concentração para uma região de alta
concentração, realizada por intermédio de
dispêndio de energia proveniente do
metabolismo.
• A membrana proteica utiliza normalmente o
ATP como fonte de energia para o transporte
ativo.
Transporte ativo
Comparação
Principais Organelas Citoplasmáticas

• Mitocôndrias.
• Endoplasmático (liso e
rugoso)
• Complexo de Golgi.
• Lisossomos.
• Peroxissomos.
Mitocôndria

• A mitocôndria é uma das organelas celulares


mais importantes, também sendo extremamente
relevante para a respiração celular.
• É abastecida pela célula que a hospeda por
substâncias orgânicas como a glicose, as quais processa
e converte em energia sob a forma de ATP, que devolve
para a célula hospedeira, sendo energia química que
pode ser usada em reações bioquímicas que necessitem
de dispêndio de energia.
Mitocôndria
Doenças mitocondriais

• Doenças mitocondriais são doenças genéticas e


hereditárias caracterizadas pela deficiência ou
diminuição da atividade das mitocôndrias, não
havendo produção suficiente de energia na
célula, o que pode resultar na morte das células
e, a longo prazo, falência do órgão.
• As mitocôndrias são responsáveis pela produção de
mais de 90% da energia necessária para que as células
desempenhem a sua função.
• Além disso, as mitocôndrias também estão envolvidas
no processo de formação do grupo heme das
hemoglobinas, no metabolismo do colesterol, de
neurotransmissores e na produção de radicais livres.
Assim, qualquer alteração no funcionamento das
mitocôndrias pode ter graves consequências para a
saúde.
Mitocôndria
• Os sintomas das doenças mitocondriais variam
de acordo com a mutação, número de
mitocôndrias afetadas dentro de uma célula e
quantidade de células comprometidas. Além
disso, os podem variar de acordo com o local
em que as células e mitocôndrias estão
localizadas.
• De uma forma geral, os sinais e sintomas que
podem ser indicativos de doença mitocondrial
são:
• Fraqueza muscular e perda de coordenação muscular,
uma vez que os músculos necessitam de grande
quantidade de energia;
• Alterações cognitivas e degeneração do cérebro;
• Alterações gastrointestinais, quando há mutações
relacionadas com o sistema digestivo;
• Problemas cardíacos, oftalmológicos, renais ou
hepáticos.
• As doenças mitocondriais podem aparecer em
qualquer momento da vida, no entanto quanto
mais cedo for a manifestação da mutação, mais
grave são os sintomas e maior o grau de
letalidade.
• As doenças mitocondriais são genéticas, ou seja, se
manifestam de acordo com a presença ou ausência de
mutações no DNA mitocondrial e conforme o
impacto da mutação dentro da célula. Cada célula do
corpo possui centenas de mitocôndrias no seu
citoplasma, cada uma com seu próprio material
genético.
• As mitocôndrias presentes dentro da mesma célula
podem ser diferentes entre si, assim como a
quantidade e tipo de DNA da mitocôndria pode ser
diferente de célula para célula.
• A doença mitocondrial acontece quando dentro
da mesma célula há mitocôndrias cujo material
genético está mutado e isso possui impacto
negativo no funcionamento da mitocôndria.
Dessa forma, quanto mais mitocôndrias
defeituosas, menor é a quantidade de energia
produzida e maior é a probabilidade de haver
morte celular, o que compromete o
funcionamento do órgão a qual a célula
pertence.
Possíveis tratamentos

• O tratamento para a doença mitocondrial tem como


objetivo promover o bem-estar da pessoa e retardar a
progressão da doença, podendo ser recomendado pelo
médico o uso de vitaminas, hidratação e alimentação
equilibrada. Além disso, é desaconselhado a prática
de atividades físicas muito intensas para que não haja
deficiência de energia para manutenção das
atividades essenciais do organismo. Assim, é
importante que a pessoa conserve a sua energia.
CURIOSIDADE

• Apesar de não haver tratamento específico para as


doenças mitocondriais, é possível evitar que a
mutação continua do DNA mitocondrial seja passada
de geração para geração. Isso aconteceria por meio da
combinação do núcleo da célula-ovo, que
corresponde ao óvulo fecundado com o
espermatozoide, com mitocôndrias saudáveis de outra
mulher, chamada de doadora de mitocôndria.
• Obs: Técnica ainda não aceita pelos comitês de ética
em pesquisa envolvendo seres humanos (Dez/2020).
Retículo endoplasmático liso e rugoso

• Os retículos são organelas citoplasmáticas muito


diminutas, não perceptíveis na microscopia óptica,
mesmo com o aumento máximo de 1000x.

Possui redes de cavidades internas


denominadas de lúmen ou simplesmente de
luz.
• O retículo endoplasmático,
ou ergastoplasma, é uma
organela exclusiva de células
eucariontes.
• Constituído por uma rede de
túbulos e vesículas achatados e
interconectados, que se
comunicam com o envoltório.
• Existem dois tipos de retículos,
classificados de acordo com a
presença ou ausência
de ribossomas na sua
superfície: rugoso ou
granular e liso, respectivamente.
Funções
• O retículo endoplasmático tem papel fundamental na síntese
de proteínas e lipídios, na desintoxicação celular e no transporte
intracelular.
• OBS: Ribossomos são estruturas nas quais são produzidas as proteínas das
células. Também podem estar presentes soltos no citoplasma
• Esse tipo de retículo é muito desenvolvido em
células com funções secretoras. São os casos,
por exemplo, das células do pâncreas, que
secretam enzimas digestivas, das células que
constituem a parede do intestino, que
secretam muco, e das células secretoras, nos
alvéolos pulmonares, que produzem
lipoproteína surfactante.
Retículo endoplasmático rugoso
• O retículo endoplasmático
rugoso ou granular (RER ou
REG), também
designado retículo Robossomos
endoplasmático granuloso é
formado por sistemas de
vesículas achatadas
com ribossomos aderidos à
membrana, o que lhe
confere aspecto granular.
As moléculas de proteínas
produzidas dentro do RER são
enviadas para fora da célula.
• Graças aos ribossomas aderidos a suas
membranas, o retículo endoplasmático rugoso
atua na produção de certas proteínas celulares
como o colágeno, que é uma proteína
produzida pelo RER do fibroblasto.

Camada Derme da pele


Retículo endoplasmático liso

• O retículo endoplasmático liso (REL), também


chamado retículo endoplasmático agranular, é
formado por sistemas de túbulos cilíndricos e
sem ribossomas aderidos à membrana.
• O REL tem, como uma de suas principais funções, a
desintoxicação do organismo, atuando na degradação
do etanol ingerido em bebidas alcoólicas, assim como
a degradação de medicamentos ingeridos pelo
organismo como antibióticos e barbitúricos
(substâncias anestésicas).
• Esse tipo de retículo é abundante principalmente em
células do fígado, gónadas e pâncreas.
RE e a tolerância ao álcool
• O álcool, drogas e sedativos, quando consumidos em excesso
ou com frequência, induzem à proliferação do retículo não-
granuloso e de suas enzimas.
• Isto aumenta a tolerância do organismo à droga, ou seja, são
necessárias doses cada vez mais altas para que esta possa fazer
algum efeito. Esta tolerância a uma substância pode tornar o
organismo tolerante a outras substâncias úteis ao mesmo,
como remédios. Por essa razão, é importante que se entenda os
problemas decorrentes da excessiva ingestão de bebidas
alcoólicas, drogas e do uso de medicamentos sem prescrição e
controle médico.
Complexo de golgi
• O complexo de Golgi também conhecido como
aparelho de Golgi é uma organela
citoplasmática responsável por atividades de
transporte de secreção celular.
• Funciona como “correio” da célula.
• O complexo golgiense é
um conjunto de vesículas
achatadas (cisternas) que
possuem porções laterais
dilatadas e estão dispostas
uma em cima da outra,
formando uma espécie de
pilha. Cada vesícula achada,
que é uma espécie de saco
membranoso, garante que o
material dentro dela não se
misture com o material Algumas secreções são
transportadas pelas vesículas.
presente no citoplasma.
• No entanto, a organela não está ligada à
produção de secreções proteicas, mas sim à
concentração, modificação e eliminação dessas
secreções.
• O complexo de Golgi também está associado a
formação do acrossomo nas células sexuais
masculinas (espermatozoides).
O aparelho de Golgi e sua importância

• O muco é uma das substâncias processadas e


eliminadas pelo aparelho de Golgi, tendo papel
importante na lubrificação de alguns órgãos.
• As enzimas digestivas do pâncreas também
são processadas pelo complexo de Golgi.
• Elas são produzidas no retículo
endoplasmático rugoso e depois são levadas
até o aparelho de Golgi, sendo empacotadas
neste e acumuladas em um dos pólos da célula
pancreática.
• Ao chegar um aviso de alimento que está para
passar por processo de digestão, essas bolsas
se movem até a membrana plasmática, onde se
fundirão e eliminarão todo seu conteúdo.
Peroxissomos
• Os peroxissomos ou
peroxissomas são organelas
citoplasmáticas presentes
nas células de animais e
plantas.
• Elas possuem enzimas
digestivas que são
responsáveis por degradar
gorduras e aminoácidos no
interior das células sem
prejudicar os tecidos.
• O peroxissomo, organela esférica rica em
enzimas oxidativas, está presente nas células
eucarióticas.
• Sua função principal é a digestão oxidativa de
uma determinada substância.
• As enzimas presentes nesta organela realizam
processos de oxidação de substâncias e com
isso , esta substância será destruída.
Ação oxidativa
• A principal função do peroxissomos é digerir algumas
substâncias. Isso porque em seu interior estão armazenadas
as enzimas oxidases.
• Essas enzimas oxidam os ácidos graxos para a síntese de
colesterol. Nas reações de oxidação é produzido o peróxido de
hidrogênio (H2O2), e por isso essa organela recebe esse nome.
• No corpo humano, os peroxissomos são encontrados nas
células que formam os rins (células renais) e o fígado (células
hepáticas).
• No fígado, eles auxiliam na produção de sais biliares e também
na neutralização de algumas substâncias tóxicas para o corpo
através da enzima catalase.
• Os peroxissomos também realizam a oxidação
dos ácidos graxos. Ao oxidar ácidos graxos, há
liberação de energia existente nos nutrientes
ingeridos.
• Por oxidação, as células hepáticas mantém os
níveis normais sanguíneos de lipídeos e
colesterol.
Lisossomos

• Lisossomos são organelas membranosas. Estão


presentes em células eucarióticas.
• Em seu interior estão armazenadas as enzimas
que realizam a digestão intracelular, podendo
conter lipases, proteases, nucleases e outros
tipos de enzimas digestivas.
• Essas estruturas estão relacionadas com
o processo de digestão intracelular, sendo
capazes de garantir a digestão de materiais
capturados no meio externo e de estruturas
obsoletas da própria célula.
processo de digestão intracelular.
IMGENS_ RESUMO
Célula animal

2 Organização do citoplasma X SAIR


Complexo
golgiense

FACE
TRANS

FACE
CIS

2 Organização do citoplasma X SAIR


Lisossomo
Bolsa membranosa
com enzimas digestivas

Esquema das funções


heterofágica e autofágica dos
lisossomos

2 Organização do citoplasma X SAIR


Atividade

• Escolha uma das


organelas citadas.
• Desenhe a organela e
explique com suas
palavras qual sua
principal função.
Referências
• ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; Raff, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P.
Molecular Biology of the Cell. New York: Garland Science. 2002. ARCHIBALD,
J. M. Origin of eukaryotic cells: 40 years on. Symbiosis, v. 54; 2011
• SANTOS, R. R.; MELO, R.; SANTOS, G. Origem Endossimbiótica das Células
Eucarióticas: Fundamento e Perspectivas. Documenta 12. Lisboa:
CFCUL/MARE/FCT. 2019.
• JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 11 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

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