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2 – Em qual destas frases a vírgula foi empregada para marcar a omissão do verbo?
a) Ter um apartamento no térreo é ter as vantagens de uma casa, além de poder desfrutar de um jardim.
b) Compre sem susto: a loja é virtual; os direitos, reais
c) Para quem não conhece o mercado financeiro, procuramos usar uma linguagem livre do economês.
d) A sensação é de estar perdido: você não vai encontrar ninguém no Jalapão, mas vai ver a natureza intocada
e) Esta é a informação mais importante para a preservação da água: sabendo usar, não vai faltar
3 – Aponte a alternativa que justifica corretamente o emprego das vírgulas na seguinte frase: “Guri que finta
banco, escritório, repartição, fila, balcão, pedido de certidão, imposto a pagar.” (Lourenço Diaféria)
a) Separar o aposto.
b) Separar o vocativo.
c) Separar orações coordenadas assindéticas.
d) Separar oração subordinada adverbial da oração principal.
e) Separar palavras com a mesma função sintática.
8) O Programa Mulheres está mudando. Novo cenário, novos apresentadores, muito charme, mais
informação, moda, comportamento e prestação de serviços. Assista amanhã, a revista eletrônica
feminina que é a referência do gênero na TV.
a) Por que não está adequada a vírgula empregada após a palavra “amanhã”?
b) A inclusão de uma vírgula após o termo “feminina” alteraria o entendimento da frase. Nesse caso, o
que seria modificado em relação ao significado de “revista eletrônica feminina”?
9) As aspas marcam o uso de uma palavra ou expressão de variedade linguística diversa da que foi
usada no restante da frase em:
a) Essa visão desemboca na busca ilimitada do lucro, na apologia do empresário privado como o
“grande herói” contemporâneo.
b) Pude ver a obra de Machado de Assis de vários ângulos, sem participar de nenhuma visão
“oficialesca”.
c) Nas recentes discussões sobre os “fundamentos” da economia brasileira, o governo deu ênfase ao
equilíbrio fiscal.
d) O prêmio Darwin, que “homenageia” mortes estúpidas, foi instituído em 1993.
e) Em fazendas de Minas e Santa Catarina, quem aprecia o campo pode curtir o frio, ouvindo “causos”
à beira da fogueira.
10) O rápido e grande avanço observado no ambiente da produção, por meio do surgimento de novas
estratégias de manufatura, impôs mudanças profundas na forma de produzir. Uma das técnicas mais
atingidas por essas mudanças é a que se refere ao gerenciamento de custos.
Até os anos 70, as despesas diretas de mão-de-obra e material respondiam pela quase totalidade dos
custos totais. Despesas indiretas, como qualidade, controle de produção, compras etc., representavam
uma pequena proporção desses custos. Em decorrência, os métodos tradicionais de alocação das
despesas indiretas recomendavam, por uma questão de simplificação, meramente ratear tais despesas,
com base em critérios pouco complexos.
Entretanto, a estrutura de custos dos produtos vem alterando-se muito nos últimos tempos. Antes, as
despesas indiretas representavam apenas algo em torno de 5% dos custos; hoje, já alcançam valores
médios superiores a 35%, havendo casos de empresas em que elas podem atingir 70%.
Por outro lado, no passado, os custos de medição das despesas eram elevados, e a diversificação dos
produtos, pequena. Hoje, com o avanço tecnológico, os custos de medição estão menores e permitem
apuração mais precisa. Nos tempos atuais, também a diversidade de produtos e serviços vem crescendo
devido à tendência de se procurar atingir uma operação que atenda aos clientes com produtos e
serviços personalizados. Essas considerações permitem afirmar que o sistema tradicional de
levantamento de custos tornou-se inadequado.
(Adaptado de COGAN, Samuel. São Paulo: RAE - Revista de Administração de Empresas, volume 39,
número 2, abril-junho de 1999, p. 47)
No último parágrafo do texto, há uma vírgula entre produtos e pequena. Essa vírgula:
a) Está correta, já que separa o sujeito de seu verbo.
b) Está incorreta por separar um substantivo do respectivo adjetivo.
c) Está correta, pois indica a omissão de um verbo.
d) Está incorreta, pois separa do núcleo do sujeito o seu adjunto adnominal.
e) Está correta, pois é normal separar com vírgula o sujeito de seu predicativo.
13) Nas frases abaixo, em cada um dos retângulos, você pode colocar ou não um sinal de pontuação.
Quando decidir usar ponto, não é necessário corrigir, com letra maiúscula, a palavra seguinte.
Habituada a alardear previsões catastróficas[ ] nem sempre confirmadas[ ] a Organização Mundial de
Saúde[ ]OMS[ ]resolveu promover[ ]um tardio acerto de contas[ ]com as conquistas[ ]forjadas no
interminável duelo da humanidade[ ]contra a morte[ ]o relatório anual da entidade[ ]divulgado neste
mês[ ] conclui o seguinte[ ]“a população mundial[ ] nunca teve uma perspectiva[ ] de vida tão
saudável[ ]o século XXI não traz simplesmente a probabilidade de uma vida mais longa[ ]mas também
[ ]uma qualidade de vida superior[ ]com menos doenças[ ]” a probabilidade de uma vida mais longa,
mas também uma qualidade de vida superior, com menos doenças .”
14) A questão abaixo refere-se ao texto retirado de “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, transcrito
abaixo.
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz
aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou
da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não
fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou
quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.
- Continue, disse eu acordando.
- Já acabei, murmurou ele.
- São muito bonitos.
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No
dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me “Dom Casmurro”. Os
vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal
pegou. Nem por isso me zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam-
me assim, alguns em bilhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.” “ ___ Vou para
Petrópolis, Dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho Novo,
e vai lá passar uns quinze dias comigo.” “___ Meu caro Dom Casmurro, não cuide que o dispenso do
teatro amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não
lhe dou moça.”
Não consultes dicionários. “Casmurro” não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o
vulgo de homem calado e metido consigo. “Dom” veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo.
Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração ___ se não tiver
outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe
guardo ranço. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que
apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.
Em todas as alternativas os recursos gráficos estão adequadamente explicados, EXCETO:
a) O travessão foi usado no quinto parágrafo para introduzir os diferentes bilhetes, escritos por
diferentes pessoas.
b) As aspas em “Dom” foram utilizadas para indicar que a palavra é um estrangeirismo.
c) O travessão foi usado nos parágrafos 2, 3 e 4 para indicar a fala dos interlocutores no diálogo.
d) As aspas estão sendo usados em “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você” para indicar uma
citação.
15) Leia atentamente o fragmento de texto abaixo, de As Três Marias, de Rachel de Queiroz. Depois,
responda à questão nele baseada.
As irmãs [Trata-se de freiras, como se perceberá adiante.- Nota da Banca Examinadora] me
intimidavam sempre, como no primeiro dia. Não saberia nunca ficar à vontade com elas, como Glória,
discutir, pedir coisas. E, muito menos, igual a Maria José, escolher entre as irmãs uma amiga, tomá-la
como conselheira e confidente.
E dava-me mágoa essa inibição; as irmãs eram porém tão distantes, tão diferentes! Ser-me-ia
impossível descobrir entre mim e elas pontos de identificação, como o faziam Maria José e Glória.
Considerava-as fora da humanidade, não me abandonara nunca a impressão de distância sobrenatural
que me haviam dado na noite da chegada.
Não conseguiria imaginar uma irmã, comendo, vestindo-se, dormindo; não podia crer que
houvesse um coração de mulher, um corpo de mulher debaixo da lã pesada do hábito.
No segundo parágrafo do texto, um termo deveria, de acordo com a norma culta, ter-se
apresentado entre vírgulas. Diga qual é esse termo e explique por que ele deveria ter vindo entre
vírgulas.
17) O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha
infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés
de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge (que nós chamávamos
simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do
bairro, porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de
tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros
de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o
imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia
crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e
subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve
balanceio na brisa da tarde.
(Rubem Braga: Cajueiro. In: O Verão e as Mulheres. 5ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1991, p. 84-5.)
Uma das normas estabelecidas para o uso da vírgula impõe que este sinal de pontuação serve
para separar elementos que exercem a mesma função sintática, desde que tais elementos não venham
unidos por conjunções aditivas. Este princípio vem formulado em muitas Gramáticas, entre as quais a
de Celso Cunha, Gramática do Português Contemporâneo, e a de Gladstone Chaves de Melo,
Gramática Fundamental da Língua Portuguesa. Rubem Braga desobedeceu a essa norma no trecho:
a) O cajueiro já devia ser velho quando nasci.
b) Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge ...
c) Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira ...
d) Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro lá no alto ...
e) … ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir
pelo cajueiro acima ...
Redija um texto em que você responda à pergunta-título do texto. Apresente argumentos que
sustentem sua posição. (Texto opinativo ou de opinião: é um texto breve e claro na interpretação dos
fatos. É opinativo porque o sujeito que escreve emite opinião, ou seja, expõe o que pensa sobre o
assunto em pauta, mas é um texto devidamente fundamentado, não fere a ética e o rigor da escrita.
Para a elaboração de seu texto, utilize de 8 a 15 linhas.
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