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Racismo

EstRutuRal
Disciplina: Sociologia
Professor: Cícero
Racismo EstRutuRal
Silvio Almeida afirma que o conceito de raça foi
desenvolvido pelo Estado burguês (capitalista)
elegendo o sujeito universal (homem branco) e
organizando as relações políticas, econômicas e
jurídicas com o fim de preservar este grupo
hegemônico.
O racismo é uma tecnologia de poder disciplinar
que opera por meio do controle havendo, por
conseguinte, a discriminação sistêmica de grupos
étnico-raciais subalternizados.
tecnologia de poder disciplinar
Michel Foucault desenvolveu a ideia de
tecnologia de poder disciplinar.
É um tipo de poder que se exerce sobre
indivíduos, sobre seus corpos. A função da
disciplina é produzir “corpos dóceis”, que
possam ser moldados, configurados segundo as
necessidades sociais.
Um segundo aspecto da tecnologia disciplinar
é sua ação de controle das atividades.
A disciplina, por meio do
adestramento dos corpos, produz
indivíduos. E eles são o tempo todo
vigiados e controlados. Quando se
desviam do comportamento
esperado, são punidos. A punição
tem a função de normalizar sua
ação, de fazer com que os
indivíduos voltem a agir conforme
o esperado.
Racismo: é um fenômeno sistêmico. O racismo está
entranhando nas estruturas de poder, este atinge
somente grupos étnico-raciais subalternizados.
Preconceito: externaliza-se como um julgamento
prévio.
Discriminação: é um tratamento diferenciado.
Almeida diferencia o racismo em individual,
institucional e estrutural.
Na concepção individual o racismo é considerado
mediante uma ideia de “patologia”, atribuído a
determinadas pessoas a partir de características
fenotípicas, a cor da pele e as praticas culturais.
No racismo institucional, o que se observa é a presença massiva de determinado grupo étnico-racial nas instituições, o
qual irá trabalhar para fortalecer e manter esse grupo determinado no poder. O legislativo, o judiciário, o executivo, e
grandes corporações são aparelhadas com pessoas do grupo hegemônico.
Essas relações de poder fazem parte da essência das instituições, que contribuem para a hegemonia (domínio) de
determinados grupos em favor de seus interesses sociais, políticos e econômicos, definindo regras e condutas que são
naturalizadas.
O racismo estrutural é “uma decorrência da própria estrutura social, ou seja, do
modo ‘normal’ com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas
e até familiares, não sendo uma patologia social e nem um desarranjo
institucional.”
No Brasil operou-se, por meio da força, a domesticação dos corpos dos sujeitos.
A sociedade considera normal que a maioria das pessoas negras receba menores
salários, sujeitam-se aos trabalhos mais degradantes, não frequentarem as
universidades, não ocuparem funções de poder, morarem em regiões periféricas e
serem assassinadas com frequência por comandos dos Estados.
Portanto, o racismo não é um resquício da escravidão, mas
sim um instrumento que se constitui na modernidade e no
capitalismo. O racismo é uma expressão das estruturas do
capitalismo forjadas pela escravidão que, dependendo das
tensões e contradições, necessita ser renovado de tempos em
tempos.
A superação do racismo exige considerá-lo como elemento
estrutural dos processos de dominação para a constituição de
modos alternativos na organização de uma sociedade.
Entendendo o capitalismo como incapaz de possibilitar a
integração social mediante as normas estabelecidas em certos
contextos históricos.
38% Mulheres pretas ou pardas
35% Homens Pretos e pardos
13% Mulheres brancas
12% Homens brancos
2% Outros
40% Mulheres pretas ou pardas
37% Homens pretos ou pardos
12% Mulheres Brancas
10% Homens Brancos
1% Outros

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