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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

Reflexões sobre o uso do termo “mimimi”

Ensaio apresentado como avaliação


parcial da disciplina de Psicologia
Política válida pelo 2° semestre de
2020, ministrada pelo Prof. Dr.
Marco Aurélio Máximo Prado.
Discente: Gabriel Braga Calegari

Belo-Horizonte, MG
2021
*Este Ensaio é fruto de comentários e reflexões que produzi durante a disciplina de
Psicologia Política. Dito isto, esclareço aqui que optei por condensar a parte de
comentários e o ensaio num só trabalho, assim como permitido pelo professor em aula
do dia 18/03/21.
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A origem da expressão “mimimi” é incerta, mas seu uso se alastrou nas redes
sociais dos últimos anos, principalmente em “debates” feitos de modo online sobre
diversos assuntos, normalmente envolvendo pautas políticas, ambientais e assuntos
relacionados a minorias.
Alguns artigos já trabalharam o uso da expressão com diversos enfoques. Feres,
Rebello, Ribeiro e Monnerat (2020) analisam memes caracterizados como “mimimi”
que tratam de questões relacionadas às mulheres, na busca de compreender como é
fabricado um estereótipo. Tendo como motor um conjunto de memes em torno da
máxima “bela, recatada e do lar” elas tratam do meme como um recurso comunicativo
se valendo da análise do discurso e da teoria das representações sociais para
fundamentar o trabalho. Vieira et al. (2018), em trabalho apresentado no congresso na
Universidade do Vale do Paraíba fazem uma análise exploratória e narrativa a respeito
da construção social do “mimimi”. Se valendo de referências diversas da psicologia
Social a artigo lança mão principalmente das categorias de preconceito e estereótipo.
Pinto (2019) trabalhando do ponto de vista linguístico busca evidenciar o papel da
metalinguagem no funcionamento da linguagem como ação social enquadrando o
“mimimi” como parte desse processo que deslegitima um ato de fala desde antes de sua
realização.
Contudo, acredito que se utilizando o pensamento de Jacques Rancière e seu
princípio da igualdade como um verificador, possa haver uma certa virada na
compreensão do uso do mimimi por setores hegemônicos, principalmente, quando estes
a utilizam em debates relacionados as disputas minoritárias, que também são o enfoque
dos artigos citados acima. Para atender este objetivo do ensaio, primeiro se faz
necessária uma apresentação do pensamento do autor, seguida da análise do uso da
expressão de acordo com seu pensamento.
Com os usos contemporâneos do termo, argumento de forma breve e esboçada
como o alastramento do “mimimi”, vem se aproximando do conceito de significante
vazio de Ernesto Laclau.
É importante destacar que neste trabalho não considerei apenas memes (apesar
de trazer alguns exemplos verbo-visuais) para a análise, mas a manifestação geral do
termo “mimimi”, seja verbal, textual ou imagética. O que está em questão é como ele
funciona. Outro aspecto interessante é que nenhum dos autores que aqui fundamentam
este ensaio foram utilizados em nenhum dos artigos pesquisados.

Fundamentação teórica
.
Para que se compreenda o universo conceitual de Rancière é necessário entender

o conceito de partilha do sensível. Tal conceito já havia surgido em algumas obras do

autor antes do livro “A partilha do sensível” propriamente dito e nele o autor a descreve

como o

“(...) um sistema de evidências sensíveis que revela, ao


mesmo tempo, a existência de um comum e dos recortes
que nele definem lugares e partes respectivas. Uma
partilha do sensível fixa portanto, ao mesmo tempo, um
comum partilhado e partes exclusivas. Essa repartição das
partes e dos lugares se funda numa partilha de espaços,
tempos e tipos de atividade que determina propriamente a
maneira como um comum se presta à participação e como
uns e outros tomam parte nessa partilha.”(Rancière, 2009,
p.15).
Outra noção importante elaborada pelo autor é o conceito de político. Esta noção

se trata da junção de duas ordens a policial e a política (Machado, 2013). A ordem

policial caracteriza no qual as imagens buscariam um consenso, ela é o que fixa os

sujeitos e as posições na partilha do sensível (Machado, 2013). Em contraposição a

ordem policial a ordem política seria a criação de um dissenso por meio da publicização

de um conflito, criando uma fissura na partilha do sensível, ao contrário da ordem

policial que estabelece as hierarquizações (Machado, 2013).


A partilha do sensível operada pela ordem policial sempre gera um dano, pois na

divisão das parcelas numa comunidade, há sempre os sem parte, sendo o povo esse

nome, essa forma de subjetivação desse dano imemorial e sempre atual (Rancière,

1996). O dano retira da distribuição do dizível, visível e audível o status de discurso da

maioria dos seres falantes – o povo (Rancière, 1996).

Para Machado (2013), o conceito de subjetivação se refere a uma dupla

operação: uma desidentificação (dos nomes e dos lugares fixados pela ordem policial) e

uma identificação - com algo outro, uma pluralidade, possibilitado pela operação

política. Contudo a subjetivação política sempre envolve a exposição de um dano, por

meio da criação de uma cena de dissenso que leva a uma desidentificação dos nomes

atribuídos aos sujeitos pela ordem policial (identidade).

O método proposto pelo filósofo Francês implica numa ruptura na hierarquia

entre discursos da ciência versus um discurso da vida comum (Marques & Prado, 2018).

A igualdade seria um princípio verificador que revelaria o dano da partilha do sensível,

na divisão dos seres que possuem o logos e aqueles que não o possuem. Desse modo, o

autor propõe escrever sobre as experiências dos indivíduos sem representá-las (Marques

& Prado, 2018). A poética do conhecimento se refere, dessa maneira, a fazer operar uma

redistribuição na linguagem retirando objetos, narrativas e corpos de um status que

historicamente se atribui a eles, fazendo proliferar nomes, palavras e usos (Marques &

Prado, 2018).

Tal é o propósito da cena: fazer aparecer um dissenso que confronte a maneira

de enquadrar o comum, reorganizando assim o tecido sensível no encontro conflitivo

entre a ordem policial e a ordem política. Não há, então, desmontagem, desconstrução

nem destruição das narrativas, mas reinserção e extração alterando a organização da


realidade e suas relações entre discursividades, temporalidades e visibilidades (Marques

& Prado, 2018).

Costumeiramente se divide a obra de Rancière em dois blocos distintos: uma

primeira fase no qual o autor se dedicaria a política entre os anos de 1974 e 1998.

Depois, o autor se aproxima da reflexão sobre teoria estética com a publicação de livros

como A partilha do sensível e O destino das imagens. Essa divisão é arbitrária já que

para o filósofo a estética é política (Marques & Prado, 2018).

As reflexões desenvolvidas na segunda fase do autor, surge de uma necessidade

sentido pelo argelino-francês de se voltar para a estética e a produção artística em geral

para aprofundar suas análises em relação à partilha do sensível. Rancière argumenta que

a política de uma obra não reside na intenção do artista, ainda que esta seja

revolucionária. A significação proposta pelo artista não necessariamente corresponde à

recepção do espectador de uma obra, que produz este significado ativamente. A política

de uma obra para o francês está na potência que ela tem de fissurar a partilha policial do

sensível, estabelecendo um dissenso. Dessa maneira a arte política diz de um

tensionamento e não necessariamente reside na intenção do artista de expor as mazelas

sociais ou visar a mobilização social. A política de uma obra está na sua capacidade de

reconfigurar regimes de visibilidade, de questionar ordens opressoras (Correio &

Marques, 2014).

No livro o espectador emancipado, Rancière (2010) diz que a monumentalização

da obra não deve ser reduzida a pura demonstração como parte de uma estratégia

retórica, na qual seja valorizada uma eficácia espetacular, superestimando o artista ou

identificando a potência política da obra com as intenções de seus feitores.

A obra de Ernesto Laclau possui muitas semelhanças com a do autor francês,


tendo ele mesmo já se manifestado publicamente dessa semelhança. Vindo de um

contexto teórico que ele nomeia como “Pós-marxismo”, o autor propõe alguns

conceitos, numa parceria com Chantall Mouffe”, importantes para a compreensão

política da contemporaneidade.

Retomando a noção de Gramsci, Laclau desenvolve seu conceito de hegemonia

como o projeto que visa conferir sentido ao social, buscando homogeneizá-lo, mas

nunca se completando, pois é incapaz de acabar com todos os antogonismos presentes

no sócius (Modelli, 2015).

Já o conceito de articulação se refere à práticas que estabelecem um jogo de

diferenças, onde se constituem mutuamente. A articulação sempre aproxima dois

objetos, transformando-os no processo. Este conceito nos aponta a importância da

contingencialidade no pensamento do autor (Marques, 2020).

Ainda segundo o autor há duas lógicas discursivas: a lógica da equivalência e a

lógica da diferença. A lógica da diferença surge de diversas demandas do corpo social –

o povo – que não são atendidas pelo projeto hegemônico. Essas demandas podem entrar

numa lógica de equivalência para fortalecerem um projeto político que possuem um

impacto maior nas instituições. Contudo, também a hegemonia se vale de lógicas de

equivalências para lidar com essas demandas (Laclau, 2013)

A expressão “mimimi”
Usos do “mimimi” aqui analisados referem-se a quando a expressão é utilizada
para desqualificar a fala de outro grupo seja baseada em: gênero, classe, sexualidade,
raça, religião, faixa etária, nacionalidade ou qualquer outro marcador da diferença.

O que leva um cartaz publicitário de uma luta antirracista a trazer em destaque


os dizeres “racismo não é mimimi”? Ora a própria noção que sua luta contra a
discriminação é tratada dessa forma. Quais os efeitos de uma pessoa, um grupo uma
empresa ou uma autoridade política se referir a lutas minoritárias?
No texto “O dano: política e polícia”, presente no Livro O desentendimento,
Rancière (1996) analisa como os plebeus reclamaram uma voz do império Romano.
Analisando um texto de um historiador ele expõe toda a querela (uma cena de dissenso),
na qual um dos legisladores escutou a voz dos plebeus. Aqueles que compartilhavam
junto de tal legislador o acusaram de doente, inválido.
Na conjuntura atual alguns grupos minoritários também se valem da internet
como um espaço para usar suas vozes, realizar suas denúncias, fazer valerem suas
realidades respectivas. Desse modo, houve uma certa reconfiguração na partilha do
sensível, pois vozes que não eram ouvidas ou não podiam falar, encontraram um espaço
(ainda que problemático) para exporem sua ideias. Como reação muitos setores
conservadores tendem a tratar como ruído e não como um saber as situações vividas por
diversos grupos minoritários.
Ora, esta expressão usada principalmente na internet, mas que se alastrou para
usos cotidianos e que guarda uma relação grande com o termo “politicamente
(in)correto”, é uma tentativa policial de manter como ruído – mimimi – as
reivindicações das parcelas que não tem parte na partilha do sensível. É um movimento
que circula todas as reivindicações – com seus teores políticos, pois perturbam a partilha
policial do sensível – como um status de não científicos, não válidos, não discursivos:
apenas um ruído, um mimimi. É esta a análise de Rancière quando ele resgata o
pensamento aristotélico quando ele separa os animais falantes daqueles que só emitem
ruídos – aqueles que não têm parte na distribuição discursiva da comunidade.
Dessa maneira este uso tenta fixar uma partilha policial do sensível que está em
vias de se reconfigurar. Eis a potência política – no sentido Ranceriano - de atos que
provocam como reação o uso da expressão “mimimi” ela está sempre perturbando uma
ordem que não destina o status de fala a determinados grupos, rompendo uma hierarquia
discursiva fixada pela ordem policial na distribuição do sensível. Ele surge numa cena
de dissenso. A potência política está em tais atos, mas é como se fechassem os ouvidos:
não ouço ruídos de animais não falantes, “é tudo mimimi”. É como se as cenas de
dissenso fossem encerradas ou apaziguadas no uso da expressão. O princípio verificador
da igualdade se revela na aclamação de uma voz por parte desses grupos, mas se
evidencia a desigualdade quando o que se ouve é só ruído.
No cartaz exposto acima, mostra-se uma tentativa de que não se reduza as
reclamações à esta expressão. É como se dissessem: “temos vozes, estamos falando”;
“não é barulho, é demanda”.
Seria o “mimimi” uma estratégia policial, para lidar com esse ato político que
reclama uma parte dos sem parte? Com a teoria de Ernesto Laclau (2013), podemos
entender melhor este ponto.
Deslocamentos

Com recentes usos por parte do Presidente da República deste termo – alguns
que se enquadram perfeitamente na análise proporcionada pelo ensaio – parece que o
termo “mimimi” vem sofrendo alguns deslocamentos em seus usos. Bolsonaro se
utilizou deste termo para se referir a atual pandemia de coronavírus que estamos
vivenciando. Sua exata fala foi: "Vocês não ficaram em casa. Não se acovardaram. Temos que
enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?" (G1,
2020). Deste modo a expressão condensa negacionismo científico, teorias da
conspiração, inabilidade na administração pública, sendo evidente que isolamento social
significa “mimimi”, que argumentar em favor desta política não significa mais que uma
reclamação.
Tal deslocamento coloca a questão se a expressão não vem se tornando o que
Laclau (2013) chamou de significante vazio. Segundo Gomes (2016), o significante
vazio
“faz convergir múltiplos significados em um
mesmo discurso a ponto de se perder o sentido
inicial, justamente pelo excesso de sentidos
incorporados, e assim provocar forte adesão para
um conjunto vasto e variado de indivíduos .”
(pag.4)

O significante vazio se faz em cada “ato individual de significação”. É

importante pra uma hegemonia tenha sucesso que ela lance mão de significantes vazios.

No livro “A razão populista”, Laclau (2013) desenvolve a noção de que os significantes

vazios criam uma lógica de equivalência no contexto das diferenças de demandas de

uma sociedade (lógica da diferença).

Para além destes efeitos analisados neste ensaio, até mesmo compreendendo-os,

não estaria o “mimimi” se tornando esse significante que pode ser usado em diversas

situações para deslegitimar não só as partes que não tem parte na partilha do sensível,

mas para discriminar correntes políticas, dados científicos, propostas diversas, dentre

outros. Até mesmo sua estrutura linguística e fonética pode remeter não só ao ruído

como a infantilização. Contudo suas significações se atualizam de acordo com o

contexto utilizado – como é próprio do significante vazio – afim de criar uma lógica de

equivalência entre as diferenças, contribuindo no funcionamento da hegemonia.

Neste contexto, muitas pessoas se valem de uma extensão do “mimimi” para a

expressão “geração mimimi”, por exemplo nesta entrevista publicada no blog

radiogeracao intitulada “A geração mimimi está criticando demais sem propor

soluções”. Nela Lúcia Costa, diretora executiva da Stato (consultoria de RH) justifica o

mimimi “pelas constantes reclamações, falta de protagonismo e de responsabilidade

desses jovens” (Radiogeracao, 2019). Aqui o “mimimi” parece abranger uma parcela

maior da população do que aqueles destinados a marcadores identitários, se referindo a

uma geração inteira. Desta forma o “mimimi” pode flutuar para deslegitimar qualquer

critica, apontamento ou visão diferente da tradicional, contribuindo para a sua

compreensão com um significante vazio.


Desse modo, o “mimimi” cria uma lógica de equivalência entre diversas

demandas de lutas minoritárias, estabelecendo um caminho discursivo para essas

demandas. Retomando o exemplo do cartaz “Racismo não é mimimi”, percebe-se que

quando as demandas sociais lançam mão deste tipo de resposta elas já estão sujeitas a

essa lógica de equivalência suscitada por esse significante vazio que é o “mimimi”. Essa

noção se resume bem na frase “É tudo mimimi”.

Conclusão
Por meio deste ensaio, podemos perceber que o pensamento de Rancière nos
proporciona uma chave de leitura importante para compreendermos os usos mais
recorrentes no passado recente do termo “mimimi”.
Os usos contemporâneos desta expressão, por parte do presidente da república e
de seus apoiadores nos aponta, com Ernesto Laclau a flutuação que tal expressão vêm
adquirindo, se aproximando do que o autor chama de significante vazio. Qual a função
deste significante vazio no bolsonarismo vivenciado atualmente no Brasil?
Outro caminho de pesquisa relacionado a expressão seria os afetos suscitados
pela sua utilização. Mouffe (2018), no texto “The affects of democracy”, nos fala da
importância dos afetos na democracia, ou como ela prefere nomear, das paixões. Uma
análise mais detida na dinâmica dos afetos envolvidos nas cenas de dissenso em que o
“mimimi” emerge auxiliaria na compreensão de sua performance política.
Pesquisas mais exaustivas sobre o uso da expressão poderiam nos trazer
caminhos mais sólidos para responder tais questões, assim como o papel do termo nos
discursos políticos da atualidade.
Referências

G1 Globo, (2021). 'Chega de frescura, de mimimi': frase de Bolsonaro repercute na

imprensa internacional. G1, Brasil, 05 de março de 2021

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/03/05/chega-de-frescura-de-mimimi-frase-de-

bolsonaro-repercute-na-imprensa-internacional.ghtml

Feres, B.S., Rebello, I.S., Ribeiro, P.F.N. & Monnerat, R.S.M. (2020). Mimimi de

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Marques, A.C.S. & Correio, A.S.A. (2014). Rancière e a política das imagens: rosto,

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Marques, A.C.S. & Prado, M.A.M. (2018). O método da igualdade em Jacques

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Marques, M. de S. (2020). Status Ontológico da Teoria do Discurso (TD) em Laclau e

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Modelli, F.S. (2019). Ernesto Laclau e sua contribuição para a teoria política. Plural,

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Mouffe, C. (2018). The affects of democracy. Eurozine, online. Disponível em: <

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Ranciere, J. (1996) O dano: política e polícia. IN Ranciere, J. O desentendimento. Rio

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Rancière J. (2009). A partilha do Sensível: estética e política. Tradução: Mônica Costa

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Vieira da Silva, B.C. et. al. (2018). O “mi mi mi”: uma análise psicossocial. XXII

Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVIII Encontro Latino Americano

de Pós-Graduação e VIII Encontro de Iniciação à Docência - Universidade do Vale do

Paraíba.

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