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CENTRO UNIVERSITÁRIO DOM PEDRO II

CURSO DE MEDICINA

Amanda da Silva Cavalcante, Ayla Bethânia Magalhaes Alves, Clícia Oliveira Borges, Irinalva Almeida do Espirito Santo, Joana Louise Cardoso Viana, João Victor

Araújo Santana, Lucas Medeiros Lemos, Manuela de Oliveira Santana, Natalia Fidelis Gonçalves, Rayana Cristina Carvalho Ribeiro, Regina Stefane Araújo de Souza

NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE BIOSSEGURANÇA DE INGRESSANTES NO CURSO DE MEDICINA EM UM CENTRO UNVERSITÁRIO

NA CIDADE DE SALVADOR- BAHIA

Salvador/BA

2022
Amanda da Silva Cavalcante, Ayla Bethânia Magalhaes Alves, Clícia Oliveira Borges, Irinalva Almeida do Espirito Santo, Joana Louise Cardoso Viana, João Victor

Araújo Santana, Lucas Medeiros Lemos, Manuela de Oliveira Santana, Natalia Fidelis Gonçalves, Rayana Cristina Carvalho Ribeiro, Regina Stefane Araújo de Souza

NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE BIOSSEGURANÇA DE INGRESSANTES NO CURSO DE MEDICINA EM UM CENTRO UNVERSITÁRIO

NA CIDADE DE SALVADOR- BAHIA

Artigo científico apresentado à disciplina Pesquisa Científica, do terceiro semestre, do curso de graduação em Medicina do Centro Universitário

Dom Pedro II.

Orientadora: Dra. Julita

Salvador/BA

2022
INTRODUÇÃO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) define a biossegurança como: “condição de segurança alcançada por um

conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana,

animal e o meio ambiente” (ANVISA, 2014).

Os agentes de risco, sejam eles de natureza: biológica, química, física, ergonômica ou de acidentes, como preconiza os princípios básicos de

contenção de riscos à saúde, são fruto ou efeito da atividade antrópica. (ALVES, 2020).

No Brasil, a biossegurança foi regulamentada e discutida no final da década de 1980, sob influência da experiência e por inciativas

internacionais, porém muito incipiente. Antes deste período citado acima, os assuntos relacionados a biossegurança eram citados à proteção

social e ocupacional dos trabalhadores, emergindo apenas em situações pontuais (PEREIRA et al., 2010).

A biossegurança no Brasil é compreendida como um campo do conhecimento que se estrutura no dia-a-dia com questões voltadas

aos organismos geneticamente modificados (OGM) e seus derivados assim como nos ambientes onde não estão presentes as atividades

relacionadas com à biotecnologia, e sim relacionadas à proteção social e ocupacional dos trabalhadores, sendo compreendida como

biossegurança legal e biossegurança praticada, respectivamente (PEREIRA et al.; 2012).

Ao ingressarem na Universidade, muitos jovens chegam neste campo com pouco ou sem nenhum conhecimento sobre a necessidade

de capacitação em biossegurança.

“No Brasil, a ANVISA recomenda, entre as medidas de biossegurança, capacitar profissionais para a tarefa de identificar situações
potencialmente perigosas, como falhas nos procedimentos de biossegurança, na paramentação e desparamentação correta, para
evitar efeitos adversos do uso, como complicações cutâneas relacionadas ao tempo de uso, que pode gerar inadequada utilização
dos equipamentos de proteção individual, com consequente contaminação” (SILVA et al., 2022).

Em nenhuma circunstância é excessivo lembrar que a questão educacional e formativa pode estimular a criação de núcleos de

excelência para o desenvolvimento desta área, nesse caso, se tratando de aprendizes ingressantes no curso de Medicina logo no primeiro período

de formação (RIBEIRO, 2016).

Correlacionando a importância da biossegurança no campo acadêmico, as atividades de ensino independentemente de sua forma, sendo praticas

ou teóricas neste contexto, são importantes para o aprendizado do aluno de Medicina, mesmo que seja inconsciente. O dia-a-dia de práticas com

embasamento teórico torna-se importante na prevenção de acidentes ocupacionais desde seu momento acadêmico (ANTUNES et al.,2010).

Estudantes, colaboradores e profissionais envolvidos com os agentes de risco para a biossegurança, devem conhecer detalhadamente

sobre este assunto com intuito de promover segurança e orientação em seus espaços de atuação.

O cotidiano dos estudantes de Medicina proporciona as mesmas práticas diárias em locais específicos como: laboratórios e salas de atendimento

aos pacientes. Portanto é necessário instituir nesses locais, medidas de biossegurança pré-elaboradas com intuito de evitar riscos à saúde.

Assim, o objetivo deste estudo foi verificar se os estudantes ingressantes em Medicina do Centro Universitário Dom Pedro II possuam

algum nível de conhecimento sobre biossegurança para contenção de riscos em saúde. Foi descrito o perfil sociodemográfico dos estudantes

ingressantes em Medicina do Centro Universitário Dom Pedro II e verificou-se a origem do conhecimento sobre biossegurança e contenção de

riscos dos estudantes ingressantes em Medicina do Centro Universitário Dom Pedro II.
MÉTODO

O desenho do estudo foi transversal, descritivo e prospectivo.

O cenário de estudo foi no Centro Universitário Dom Pedro II, instituição de ensino superior privada na cidade de Salvador-Bahia.

A população alvo foi composta por estudantes ingressantes do primeiro semestre letivo do curso de Medicina. Foram inclusos

estudantes do primeiro semestre. Foram excluídos estudantes menores de 18 anos e aqueles que possuíam conhecimento técnico sobre a

temática proposta.

As variáveis de interesse para o estudo foram o perfil sociodemográfico como idade, sexo e grau de escolaridade, além da análise do

nível de conhecimento que os ingressantes desta instituição possuíam sobre biossegurança.

A aquisição dos dados ocorreu no decorrer do semestre 2022.2. Os estudantes foram abordados ao longo do semestre de forma

padronizada.

O instrumento de investigação que foi utilizado na coleta de informações consistiu em questionário de dez perguntas que abordou o

nível de conhecimento dos referidos estudantes sobre biossegurança para a contenção de riscos à saúde, este questionário foi estruturado e

elaborado na ferramenta GoogleForms, com base na literatura e adaptação dos pesquisadores do presente estudo. Assim, somente perguntas

que realmente tiveram relação com o problema levantado estavam no molde de caracteres, espaçamento, entrelinhas, diagramação e tabulação,

que, após a obtenção das informações dos amostrados, comprovou estatisticamente e mensurou com confiabilidade a amostragem . O

preenchimento do questionário foi por meio de Respostas Únicas (RUs), sim ou não, ademais, perguntas de múltipla escolha com apenas uma

resposta correta e uma questão discursiva confirmando o nível de conhecimento. Esse questionário ocorreu via link GoogleForms, QRCode ou

impresso no mesmo padrão.

Os pesquisadores se reversaram em duplas em cada turno e transmitiram as informações relevantes sobre o estudo de forma clara.

Todos foram convidados e participaram do estudo de forma a consentir voluntariamente com assinatura do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE). Após a aprovação do comitê de ética, a qual o estudo foi submetido, a pesquisa seguiu para análise das respostas obtidas via

questionário supracitado.

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Segurança e controle de qualidade no laboratório de microbiologia clínica (Módulo II).
Brasília: ANVISA, 2014;
ALVES SILVA T, Almeida Aragão S, Bispo de Andrade M, Santos Ribeiro B. Importancia de la enseñanza de bioseguridad en entrenamiento
técnico de enfermería: informe de experiencia. RUE [Internet]. 2 de agosto de 2020 [citado 29 de marzo de 2022];15(1). Disponível em:
https://rue.fenf.edu.uy/index.php/rue/article/view/294;

OLIVEIRA, Juliana da Silva et al. Biossegurança sob a ótica dos graduandos de enfermagem [Biosafety in the view of final-year nursing students]
[Bioseguridad bajo la óptica de los estudiantes de enfermería]. Revista Enfermagem UERJ, [S.l.], v. 25, p. e14074, mar. 2017. ISSN 0104-3552.
Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/14074>. Acesso em: 29 mar. 2022.
doi:https://doi.org/10.12957/reuerj.2017.14074;
Pereira, Maria Eveline de Castro et al. Construção do conhecimento em biossegurança: uma revisão da produção acadêmica nacional na área de
saúde (1989-2009). Saúde e Sociedade [online]. 2010, v. 19, n. 2 [Acessado  17 Maio 2022] , pp. 395-404. Disponível em:
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Pereira, Maria Eveline de Castro et al. A importância da abordagem contextual no ensino de biossegurança. Ciência & Saúde Coletiva [online].
2012, v. 17, n. 6 [Acessado 20 maio 2022], pp. 1643-1648. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-81232012000600027>. Epub
12 Jun 2012. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012000600027 ;
Ribeiro, Gerusa, Pires, Denise Elvira Pires de e Scherer, Magda Duarte dos AnjosPráticas de biossegurança no ensino técnico de enfermagem.
Trabalho, Educação e Saúde [online]. 2016, v. 14, n. 3 [Acessado 17 maio 2022], pp. 871-888. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1981-7746-
sol00019>. ISSN 1981-7746. https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00019;
Silva, Olvani Martins da et al. Biosafety measures to prevent COVID-19 in healthcare professionals: an integrative review. Revista Brasileira de
Enfermagem [online]. 2022, v. 75, n. 1 [Accessed 29 March 2022], e20201191. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0034-7167-2020-1191>.
Epub 06 Sept 2021. ISSN 1984-0446. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2020-1191.
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Questionário

1-Você conhece o termo biossegurança?


Sim ( )
Não ( )

2-Como você conceitua biossegurança de acordo com as alternativas abaixo? Assinale apenas uma das alternativas.

a)Um conjunto de procedimentos de urgência e emergência;


b)Apenas segurança biológica dos seres humanos em seus ambientes de trabalho;
c)Um conjunto de procedimentos que visam assegurar os seres vivos e ambientes, visando a prevenção de riscos;
d)A segurança patrimonial de instituições governamentais e não governamentais.
e) Não se aplica.

3-Você sabe diferenciar um equipamento de proteção individual (EPI) de um equipamento de proteção coletiva(EPC)?

Sim ( )
Não ( )

4-Qual das alternativas abaixo demonstra, respectivamente, um equipamento de proteção individual (EPI) e um equipamento de proteção coletiva
(EPC) usado em um laboratório de saúde?

a)Jaleco e extintor de incêndio


b)Luvas e óculos de proteção
c)Joelheira e lava olhos
d)Tênis e luvas
e)Caixa perfurocortante e Jaleco

5-Você sabe quais são os riscos associados a biossegurança?

Sim ( )

Não ( )

6-Que riscos abaixo estão relacionados às normas de biossegurança em saúde?

a)Risco químico e inerentes ao solo

b)Risco de acidente e risco patrimonial

c)Risco físico e imaterial

d)Risco ergonômico e de acidente


7-Você já ouviu falar sobre normas regulamentadoras ligadas a biossegurança?

Sim ( )

Não ( )

8- Qual das normas abaixo pode ser relacionada aos parâmetros de biossegurança?

a)Normas regulamentadoras

b)Normas de responsabilidade

c)Normas reparadoras

d)Normas de revalidação

e)Não se aplica

9-Você utiliza, no seu dia a dia, algum item de biossegurança?

Sim ( )

Não ( )

Se sim, qual?

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10-Conhece o termo mapa de risco?

Sim ( )

Não ( )

11-Qual das alternativas abaixo que apresenta a representação de um mapa de riscos?

a)

Opção 1
b)

Opção 2

c)

Opção 3

d)

Opção 4

Qual a origem do seu conhecimento prévio sobre biossegurança?


R: ----------------------------------------------------

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