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Esta obra não poderá ser vendida!

Fagner Araujo Costa

O CULTO QUE DEUS


RECEBE

PREG de Graça
Projeto Restaurando o Evangelho da Graça
de Graça
Esta obra não poderá ser vendida!

Fagner Araujo Costa

O CULTO QUE DEUS


RECEBE

PREG de Graça
Projeto Restaurando o Evangelho da Graça
de Graça

Maio de 2022

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Copyright de Fagner Araujo Costa
2ª Edição 2022

ARTE DA CAPA
Fagner Araujo Costa
Fonte da imagem da capa: https://www.abiblia.org/ver.php?id=9838

Todos os direitos reservados. Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais – Lei
9.610/98

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ÍNDICE

1. O que é Culto? ----------------------------------------------------------------- 05

2. O Culto Profético --------------------------------------------------------------- 10

3. O Culto sob a Direção do Espírito -------------------------------------------12

4. O Culto que queima a língua -------------------------------------------------14

5. O Culto Racional ---------------------------------------------------------------- 17

6. O Culto Transformador --------------------------------------------------------20

7. O Culto Renovador -------------------------------------------------------------23

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1. O que é Culto?

No livro O Poder da Adoração, o Senhor me deu a oportunidade de ministrar


sobre a diferença entre a oferta (culto) de Abel e a oferta (culto) de Caim. Na ocasião,
escrevi:

(...) se o nosso coração e a nossa vida não estiverem centralizados em Deus, se não
estiverem condizendo com aquilo que declaramos nessas manifestações, nosso culto não
passará de um mero ritual.
A Bíblia diz, em Gênesis 4: 3-7(a), o seguinte:

“Acontece que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao
Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste.
Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não
se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante. Então, lhe
disse o SENHOR: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se
procederes bem, não é certo que serás aceito?”

Perceba aqui dois elementos fundamentais pelos quais a oferta de Abel foi aceita: o
seu coração e o seu procedimento.
A Bíblia diz que o Senhor agradou-se “de Abel e de sua oferta”, ou seja, primeiro
de Abel, depois de sua oferta.
Primeiro Deus olha para o ofertante, depois para a oferta.
Primeiro Deus olha para as intenções e propósitos do seu coração e, em seguida,
para suas obras.
O segundo elemento, o procedimento, também diferenciou a oferta de Abel da
oferta de Caim. Perceba que Caim trouxe uma oferta do fruto da terra, enquanto Abel
trouxe uma oferta das primícias do seu rebanho. A questão não é quem ofertou mais, mas
quem ofertou o seu melhor. A Bíblia não diz que Abel deu mais a Deus, ela diz que ele
ofertou das primícias, ou seja, o seu melhor.
Se o coração de Caim e seu procedimento estivessem centralizados em Deus, sua
oferta também seria aceita. Se o ofertante Caim estivesse com as intenções do coração
firmadas em Deus e se seu interesse fosse dar o melhor de si, manifestando isso em seu
procedimento, certamente também seria aceito.

Note que a Bíblia não está sugerindo uma competição religiosa, pra ver quem
oferece o melhor culto. O texto bíblico que serve de base para esta reflexão é claro
quando mostra que Deus, ao reprovar Caim, declara-lhe que ele seria aceito como
adorador caso seu coração e sua conduta mudassem. Além disso, a competição
religiosa (ou intolerância) de Caim, sua inveja em relação ao seu irmão e sua ira foram
os fatores que o levaram a cometer o primeiro homicídio da História.

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O propósito da Palavra de Deus, e que procurei deixar claro naquela obra que
escrevi, é nos ensinar a ser e proceder da forma correta, independente de reprovação
humana, perseguição religiosa, circunstâncias adversas, perdas ou danos.

Refletindo mais sobre o assunto, conversando com alguns pastores sobre o tema
e com o Espírito Santo, recebi do Senhor mais revelações a respeito do tema, as quais
compartilharei nesta presente obra. Posso afirmar que aqui estamos trilhando mais
um pedacinho da ponte que o Senhor propõe para nós no Caminho de conhecê-lo cada
vez mais.

Tais revelações da Palavra são de enorme importância, visto que não podemos
aceitar a prática de cultos mecânicos, superficiais, que não são capazes de produzir
nenhum efeito espiritual. Muitos têm se acostumado com uma vida religiosa e com o
culto superficial. Muitos têm aceitado uma visão distorcida do significado do culto.

Afinal, o que é o culto? Para quem ele é prestado? A quem ele tem que agradar?

Estamos muito acostumados a dizer: “o culto foi uma benção!”, “fulano, você
gostou do culto?”, “Você viu que palavra maravilhosa ciclano trouxe? E a voz de
beltrana no louvor? Como é linda!”, “Mas que roupa era aquela da irmã?”.

Sentiu a familiaridade das expressões? Muito comum não é?

Pois é. Uma vez o Senhor disse que da boca sai o que o coração está cheio. Em
outras palavras, nossas expressões cotidianas revelam nossos sentimentos e
pensamentos. Revelam nossas crenças e preconceitos, nossas opiniões e expectativas.

No linguajar “evangeliquês”, tais expressões revelam uma visão equivocada do


que o culto é para nós, como se ele tivesse que nos agradar. A pregação precisa ser
eloquente, o pregador precisa estar bem alinhado e suas doces palavras devem
massagear nosso ego. As músicas e os instrumentos são para deleite das nossas
emoções e a preocupação nossa em relação ao outro não é o que está ocorrendo em
seu interior (frustrações, angústias, problemas), mas sim a nossa balança observadora
e julgadora a respeito de sua aparência exterior. Não digo com isto que as pessoas
devem se vestir de modo indecente, muito pelo contrário. Mas que devíamos nos
preocupar menos em observar os erros dos outros, nos concentrar mais nos nossos e
compreendermos que os erros cometidos externamente são resultados dos erros
cometidos internamente.

O texto bíblico de Gênesis citado anteriormente revela qual é a oferta (ou culto)
que Deus recebe. Mas antes de qualquer conclusão, vamos compreender o que é de
fato o culto.

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Culto é oferta. Simples assim, porque Deus é simples. Ele simplifica as coisas pra
nós, mas nós gostamos muito de complicar as coisas...

Cultuar é simplesmente ofertar. É ofertar o seu coração, a sua gratidão, os seus


talentos, a sua adoração, enfim, a sua vida. É cultivar um relacionamento profundo
com o objeto de culto.

A raiz da palavra vem da mesma origem de cultivar. Então, por analogia,


podemos dizer que cultuar algo ou alguém é cultivá-lo, é investir em um
relacionamento profundo com aquilo ou com aquele. É contribuir para que ele se
desenvolva e permaneça.

Se você cultiva maçãs, você investe nelas. Você tem um relacionamento com
maçãs. Então você entende de maçãs. Você gosta delas. E elas devem corresponder ao
seu cultivo, pois, do contrário, você não as cultivaria. Pode ser que muitas pessoas não
gostem de maçãs. Mas isso não importa pra você, pois você as cultiva, você gosta delas
e elas correspondem, elas te alimentam, saciam sua fome, te dão prazer e se for o
caso, até te fazem prosperar.

Então, o culto é uma oferta para Deus! O louvor é para Ele! A adoração pertence
a Ele! E quem tem que se agradar é Ele! Nosso coração, palavras, talentos e ações são
depositados diante dele como sementes de um relacionamento. Ele foi quem começou
esse cultivo! Ele plantou a semente de nossa existência, mas nós pecamos e nos
direcionamos para a morte. Ele providenciou e plantou a semente da nossa salvação,
Cristo. Este morreu e foi sepultado, a semente da nossa salvação e redenção. Ele
ressuscitou, a semente da nossa ressureição. Ele regou a Terra com sua Chuva de
Poder ao nos enviar o Seu Espírito. Ele voltará para nos colher!!! Aleluia!

Culto é isso! Deus nos cultiva e nós o cultivamos porque Ele nos cultivou
primeiro!

Não importa se tem muita gente no mundo que não gosta de Deus e não quer
nem saber de Jesus ou do Espírito Santo! Nós o amamos porque Ele nos amou
primeiro! Pronto, cabou! Culto é isso! Pouco importa se o irmão gaguejou na pregação,
se suas palavras foram rudes ou se a mensagem foi de correção e deu uma pancada
em nosso ego. Pouco importa se as vozes dos cantores desafinaram, se os
instrumentos rangeram, se fulano não estava com a roupa da moda ou não estava de
acordo com nossos padrões. Importa o seguinte: Deus recebeu seu culto? Você pôde
sair da reunião com a certeza de que Ele se agradou de você e de sua oferta?

É claro que podemos saber a resposta de Deus ao nosso culto, porque assim
como Ele fez com Abel e Caim, Ele faz conosco hoje. Ele se manifesta a respeito do
nosso culto.

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Quando o nosso culto O agrada, Ele responde com o poder do Seu Espírito! Ele
rega a Terra pra que ela se torne mais produtiva. Ele cultiva o que O agrada!

Nosso espírito recebe a confirmação do Espírito do Senhor de que Ele ouviu


nossas orações e nos auxiliará. Sua Palavra é marcante, sendo eloquente ou não. O
louvor liberta, havendo profissionalismo ou não. E o mais importante: Deus manifesta
a Sua Presença!

Então, em vez de nos questionarmos se o culto foi bom, devemos nos questionar
se notamos a Presença Dele. O que mais importa é isso, a Presença do Noivo da Igreja.
Ele tem que estar ali, Ele tem que ser o centro das atenções e não o cantor (a)
convidado (a) que pagamos caro pra trazer não sei de onde. É Ele quem deve nos atrair
e atrair os pecadores ao arrependimento e não artistas de renome do meio gospel.

Nada contra o trabalho e o talento desses artistas. Que o Senhor os abençoe e


continue usando. Mas Deus está nos alertando para não sairmos do foco! Quem tem
ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Se considerarmos isso, podemos mudar nosso pensamento, nossos sentimentos


e consequentemente nosso linguajar. Aí passaremos a concentrar nossa atenção na
direção certa. Passaremos a cultivá-lo (cultuá-lo) preocupando-nos, sobretudo, em
agradá-lo. Buscando mais intimidade, mais relacionamento. Ele se manifestará cada
vez mais fortemente, falará conosco cada vez mais profundamente. Como resultado,
passaremos a falar mais ou menos assim:

“Nossa, como foi gloriosa a manifestação do Senhor! Como ELE falou


tremendamente através do louvor e da Palavra! Como foi bom sentir a Presença de
Deus!”.

“Que maravilha! O Senhor curou muitas pessoas!”.

“Pessoas oprimidas pelo diabo, através de traumas emocionais e doenças físicas


foram curadas!”.

“O Senhor falou comigo! Que Deus tremendo é esse?”

Essa será a nossa colheita e ao mesmo tempo a semeadura DELE!

Mas falando em culto e cultivo, vamos considerar uma diferença importante: Por
exemplo, você cultiva maças, você não as cultua. O culto vem da mesma raiz do
cultivo, mas seu significado é bem mais profundo. O cultivo no sentido propriamente
agrícola não pressupõe um sentimento tão profundo e envolvente quanto o culto.

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Se eu te dissesse que você cultua suas maçãs, estaria dizendo que você as adora,
que você vive em função delas, não é mesmo? É mais do que cultivar. Quem cultua
cultiva, mas nem todo aquele que cultiva cultua.

Assim é com a vida espiritual. Você pode estar cultivando um relacionamento


com Deus, mas pode não o estar cultuando. É o caso de Caim, o agricultor.

Cultuar envolve rendição, envolve sacrifício. Quando você cultua, você é capaz
de abrir mão de algo precioso pelo objeto de culto. É o caso de Abel, o pastor.

Caim até queria um relacionamento com Deus, mas só que no nível da


superficialidade. O “cultivo” de Abel foi mais profundo. Em seu coração ele adorava
tanto a Deus, que abriu mão “das primícias do seu rebanho”. Ele abriu mão das
primeiras crias das ovelhas. Era o que ele tinha de melhor.

Você pode estar “cultivando” um relacionamento com Deus, mas não estar
recebendo a aprovação Dele, por estar ainda no mecanicismo da mera obrigação
religiosa. Você vai às reuniões porque acredita que a religião te tornará um bom
cidadão, porque acredita que as pessoas vão te notar na assembleia e sua imagem
social será positiva. Você está preocupado com isso, com sua imagem! Pode até ser
que sinta ciúme se a imagem de outra pessoa se destacar. Se alguém prega melhor do
que você, canta melhor do que você, se veste melhor do que você ou faz qualquer
outra coisa melhor do que você, porque o que importa na sua mentalidade
mecanicista e superficial é a aparência, o exterior.

Mas Deus vê o que ninguém vê. Ele enxerga o seu coração, como enxergou
muito bem, sem precisar de nenhum tipo de lente, o coração de Abel e o coração de
Caim.

Ei! Olhe pro seu coração! Foi assim o alerta de Deus pra Caim depois do seu
culto. O pecado está batendo à porta! Ele está entrando! Rápido Caim, antes que seja
tarde! Feche a porta do seu coração para o pecado, abra o seu coração para Mim,
deixe-Me entrar e reinar sobre sua vida! (Leia Gênesis 4: 6-7). Deus o convidou ao
arrependimento. Mas ele estava tão cego e surdo na sua superficialidade que não
conseguiu sentir a Presença de Deus no poder e na dimensão de Sua Palavra!

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2. O Culto Profético

O culto de Abel é profético!

As primícias do seu rebanho é uma referência a Cristo. Sim, Ele foi as primícias
dos que dormem.

As primeiras crias das ovelhas de Abel eram cordeiros primogênitos. Abel seguiu
o modelo de Deus ao providenciar vestes para Adão e Eva depois do pecado (Leia
Gênesis 3: 21). Deus sacrificou e retirou peles de animal para cobrir as vergonhas (a
nudez como representação do pecado) do primeiro casal. Deus sacrificou para cobrir o
pecado! Deus fez um sacrifício pelo homem, prefigurando o maior sacrifício, previsto
antes mesmo da criação do mundo, o sacrifício do Seu Filho. O sacrifício do
Primogênito que era Unigênito.

Seguindo o modelo de Deus, Abel fez um ato profético: ele sacrificou o seu
melhor prefigurando Aquele que sacrificaria o Filho por amor a nós. O culto de Abel
revelava Cristo. Então, podemos concluir que o centro, o foco do culto de Abel é Cristo,
o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!

Quando ofertamos a Deus o nosso melhor, independente da aprovação ou


reprovação dos homens, quando dedicamos nossa vida (e não apenas algumas horas
de reunião) em santidade ao Senhor, estamos confiando Nele, em Seu cuidado por
nós. Estamos confiando em Seu amor ao nos depositar inteiramente em suas mãos,
como fez Isaque. Estamos também compartilhando da Sua Visão. Estamos
concordando com Ele. Concordando com o Seu Sacrifício Supremo, o Sacrifício do Seu
Filho. Estamos crendo em Sua Ressurreição e Provisão!

Este é o culto que Deus recebe! O culto que centraliza Cristo e sua Obra!

Quando saltamos de alegria, aplaudimos, dançamos, cantamos, vibramos por


causa do que ELE FEZ POR NÓS E CONTINUA FAZENDO!

Quando silenciamos, ficamos quietinhos em reverência à Sua Palavra ministrada,


não por mero senso de religiosidade e medo de reprovação das pessoas, mas por
temor e respeito a Deus.

O culto que Deus recebe é completo: tem alegria e tem temor. Tem silêncio e
tem barulho santo. O silêncio é profético: representa a reverência Àquele que deu sua
vida por nós em sacrifício na cruz, representa nossa dor por sua morte. O barulho

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santo é profético: representa nossa alegria por Sua Ressurreição e pela certeza de Sua
Vinda! O culto que Deus recebe é profético! Nosso culto deve ser profético!

O culto que Ele recebe tem vibração e estrépito de prazer e também tem
lágrimas e pesar pelo pecado. Alegramo-nos com os que se alegram e choramos com
os que choram. Somos solidários uns com os outros. Somos Igreja, somos corpo,
somos família.

No culto que Deus recebe não há espaço pra inveja, ciúme, contenda, disputa
por posição eclesiástica, por cargos na igreja, por nada que nos destaque, pois o centro
é Cristo. Estamos ensaiando a convivência nos céus (e isso também é profético!!!). Está
escrito no livro do Apocalipse que na Eternidade ELE, o SENHOR, será a nossa Luz e,
por isso, não haverá necessidade de sol nem de lua (Leia Apocalipse 21: 22-23). O
Senhor é o Centro! Precisamos treinar isso profeticamente aqui na terra em nosso
culto (que, diga-se de passagem, não se restringe às quatro paredes do templo nem a
cerimônias).

Também não há brecha para a preguiça e o comodismo, pois sentimos prazer e


honra em servir ao Senhor. Sentimo-nos úteis e privilegiados por poder trabalhar como
cooperadores em Sua Obra. Sim porque a Obra é DELE. Nós somos CO-OPERADORES.

Ainda é válido ressaltar que não há espaço para o ativismo, pois o Senhor não se
agrada se estivermos ansiosos por algum motivo, nem mesmo por Sua Obra. Como
Maria, a irmã de Lázaro, escolhemos a melhor parte, pois em determinados momentos
o Senhor quer que a gente pare para ouvi-lo. Ele quer que entremos em seu repouso,
em seu descanso.

Precisamos acordar para isso, para o culto que Deus recebe.

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3. O Culto sob a Direção do Espírito

Temos perdido muito tempo com vários extremismos, superficialidades e


mecanicismos. Queremos alcançar o mundo, mas não sob o governo do Espírito e sim
com as nossas estratégias tacanhas. Em vez de pararmos pra ouvir a direção do
Senhor, e assim a executarmos, montamos nossos planos, os executamos e a cara
quebramos... Nos decepcionamos por vê-los frustrados, por não vermos a
correspondência das pessoas ou por vermos as igrejas “crescendo” numericamente e
“esvaziando” espiritualmente. Vemos igrejas cheias de crentes carnais, que foram
convencidos, mas não foram convertidos...

Precisamos seguir a estratégia dada pelo Senhor no dia da Sua Ascensão aos
céus.

Ele disse: fiquem em Jerusalém até que do alto sejam revestidos de poder, e
sereis minhas testemunhas de onde vocês estiverem até os confins da terra (Leia Atos
1: 1-8).

Precisamos buscar mais a Presença de Deus em oração. Sim, precisamos orar


mais, precisamos ler mais a Palavra, precisamos fugir mais das distrações do
entretenimento que o mundo está oferecendo à Igreja.

Precisamos fazer como os homens de Deus que elogiamos por terem dedicado
suas vidas ao Senhor em oração, palavra, vida e serviço. Em vez de simplesmente
elogiar, precisamos fazer o mesmo.

Se assim o fizermos, estaremos prestando o culto que Deus recebe. Ele se


agradará de nós e da nossa oferta e responderá com o poder do alto, o poder do Seu
Espírito. Assim, seremos testemunhas revestidas de poder e não meros religiosos
munidos de estratégias carnais.

Não vai importar tanto se o templo é grande ou pequeno, se tem ar


condicionado ou se as cadeiras são acolchoadas, pois nosso alvo não é agradar as elites
locais. Nossa preocupação será agradar ao Senhor e Ele ama a simplicidade.

Jesus não entrou em Jerusalém montado numa carruagem elegante, mas num
jumentinho. Em seu nascimento, o berço não era de ouro, era de palha e comida de
animais. Sua profissão não era de cônsul romano, mas de carpinteiro. Seu lar não era
um casarão ou um palacete à beira mar, embora tivesse uma casinha na beira da praia,
o Filho do Homem não tinha onde reclinar a cabeça, Ele peregrinou nessa Terra!

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Chega irmãos desse falso evangelho materialista! A prosperidade financeira é
bíblica, mas não é o nosso foco! Os que querem ser ricos caem em laço e tentação do
diabo! Foi o que disse o apóstolo Paulo e foi o que o SENHOR ensinou!

Se entrar alguma autoridade política ou homem rico da cidade no templo e


entrar também um pobre ou mendigo, nós não vamos privilegiar aquele em
detrimento deste, pois o Senhor não se agrada de acepção de pessoas! O culto tem
que agradar a Deus e não às autoridades! Que o rico se sente ao lado do pobre! Que o
governador se sente ao lado de seus governados e que o pastor se sente ao lado das
ovelhas, pois diante do ETERNO somos todos iguais! Esta direção e ordem do culto são
dadas pelo Espírito Santo.

Que estas revelações e ensinamentos do Espírito de Cristo possam despertar a


Igreja do século XXI a cumprir o sue verdadeiro papel antes que passe esta geração.

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4. O Culto que queima a língua

Quantas conversinhas na porta do templo, especialmente ao final do “culto”, já


renderam muitos mexericos, fofocas, mal entendidos e litígio entre os irmãos?

Será que saiu totalmente da moda aquela musiquinha que dizia:

Cuidado boquinha o que fala

Cuidado boquinha o que fala

Cuidado que o Senhor está olhando pra você

Cuidado boquinha o que fala

(...)

Parece que na vida de muitas pessoas saiu mesmo!

Não adianta nada abrirmos a boca para expressar palavras de louvor a Deus,
entoarmos canções e, em seguida, sairmos da reunião e emprestarmos a boca a
Satanás para a disseminação de contendas entre os irmãos. Deus abomina isso! É
impossível que Ele aceite, que Ele receba esse tipo de culto!

A Palavra de Deus é recheada de versículos que nos alertam sobre isso.

Vejamos alguns:

“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. A língua dos
sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama a estultícia. Os olhos
do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons. A língua serena é
árvore de vida, mas a perversa quebranta o espírito. (...) A língua dos sábios derrama o
conhecimento, mas o coração dos insensatos não procede assim. (...) O coração sábio
procura o conhecimento, mas a boca dos insensatos se apascenta de estultícia”.

Provérbios 15: 1-4, 7, 14

“Do fruto da boca o coração se farta, do que produzem os lábios se satisfaz. A


morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”.

Provérbios 18: 20-21

“A falsa testemunha não fica impune, e o que profere mentiras não escapa”.

Provérbios 19: 5

14
“O mexeriqueiro revela o segredo; portanto, não te metas com quem muito abre
os lábios”.

Provérbios 20: 19

“O que guarda a boca e a língua guarda a alma das angústias”.

Provérbios 21: 23

Há várias maneiras de se invalidar o culto e torna-lo inaceitável para Deus por


meio da língua: divulgando boatos, mentindo, julgando mal as pessoas,
compartilhando a intimidade alheia, falando mal do seu irmão, incitando outros à ira,
pronunciando votos e não os cumprindo. A essas e outras maneiras de agir com a
língua, o apóstolo Paulo certamente chamaria de obras da carne!

O mau uso da língua é tão incômodo para o Senhor que Ele inspirou o apóstolo
Tiago a escrever sobre isso de forma exortativa e extensiva à Igreja (Leia Tiago –
capítulos 3 e 4. Obs.: Leia mesmo!). Nesse texto, o apóstolo compara a língua a um
fogo. Mas há um fogo mais poderoso que a nossa língua capaz de refreá-la, de colocar-
lhe rédeas e de trata-la segundo a Palavra de Deus. Esse fogo é brasa viva do Altar de
Deus!

A brasa viva do Altar de Deus está registrada no livro do profeta Isaías (Leia
Isaías 6: 1-8).

Isaías estava prestando a Deus o culto que Ele recebe. Ele teve uma visão de
Deus. Deus era o centro de sua visão. Quando você realiza o culto que Deus recebe, Ele
sempre será o centro. Ele é que é adorado, exaltado, magnificado. E nessa verdadeira
visão de Deus como centro, você sempre vai acabar se dando conta da sua pequenez,
da sua necessidade da misericórdia Dele. Você percebe que suas vestes de justiça são
como trapo de imundícia diante da Santidade e da Justiça Dele. Isaías teve essa
experiência sobrenatural. Então, ele confessa os seus pecados e os pecados de seu
povo, admitindo que a língua não estava sendo usada de forma muito adequada em
Israel.

O Altar é o lugar da adoração, do sacrifício, e representa a Presença de Deus.

Quando você está realmente diante da Presença de Deus, quando você


reconhece isso, você é tocado! Você precisa ver isso! Precisa perceber como Isaías
percebeu. Talvez você não receba uma visão sobrenatural, mas pela Palavra e pelo
Espírito você sabe que está diante do Eterno. Essa consciência deve te tocar, te
impactar e te marcar. Se você for tocado, impactado e marcado pela brasa viva do
Altar, isto é, pela percepção espiritual da Presença de Deus, seus lábios serão
queimados! Sua língua não será mais a mesma! Agora ela será usada exclusivamente

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para a glória de Deus! Para anunciar as boas novas, seja pregando ou falando o que
convém, dando testemunho ao mundo de que sua língua é tratada. Dando testemunho
de que o cristão autêntico só fala a verdade. Mostrando ao mundo que o cristão
verdadeiro não é mexeriqueiro! Não fala mal do seu irmão nem semeia contendas ou
ruins suspeitas.

O culto que Deus recebe queima a língua. Ele grava na sua língua a santificação!
O Fogo da Glória de Deus é infinitamente mais poderoso que o fogo danoso da língua
humana!

Se você já errou com sua língua, invalidando o seu culto, HOJE é o tempo do
ARREPENDIMENTO. Faça como Isaías! Não seja hipócrita! Não se faça de tolo (a)!
Reconheça o seu pecado e o pecado do nosso povo evangélico.

É tempo de fazermos como Tiago aconselhou: nos humilharmos debaixo da


potente mão de Deus, confessando os nosso pecados com a língua e quaisquer outros
meios. E Ele, no tempo oportuno, nos exaltará. Mas não basta confessarmos e nos
humilharmos, precisamos abandonar as práticas pecaminosas e viver o Evangelho de
forma autêntica! Precisamos parar o mau costume dessas conversinhas sobre a vida
alheia. Se ao término da reunião não conseguirmos falar sobre coisas espirituais ou o
que traga edificação, é melhor sairmos calados e mantermos a vida e a língua no Altar.
É um sacrifício? Ótimo! Já vimos que culto é isso mesmo: sacrifício!

Sacrifique a sua língua! Reconheça a Presença de Deus e seja impactado pelo


Fogo da Sua Glória!

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5. O Culto Racional

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos


corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.

Romanos 12:1

É irracional tentar cultuar a Deus apenas no espírito e na alma. A adoração


começa no espírito, perpassa pela alma, mas precisa ser externada pelo corpo. Do
contrário, não é adoração em verdade, estamos entrando em contradição. Jesus
deixou claro que os verdadeiros adoradores adoram ao Pai em espírito e em verdade.
Não é só no espírito, não é só por dentro que você adora. A veracidade ou sinceridade
da sua adoração, do seu culto, precisa ser externada através do seu corpo, isto é, do
seu procedimento no mundo físico, suas ações.

Deus não aceita culto incoerente, irracional. Ele não se satisfaz com aquele tipo
de culto em que nos alegramos a nós mesmos, celebramos nossas vitórias, lançamos
sobre Ele nossas petições e, após sairmos da reunião, praticamos o pecado com nossos
corpos.

Aquela musiquinha que citei anteriormente não fala apenas pra boquinha tomar
cuidado com o que fala, diz também: cuidado olhinho o que vê, cuidado pesinho onde
pisa, cuidado mãozinha o que toca... Todo o nosso corpo é templo do Espírito Santo
(Leia 1 Coríntios 3: 16-17).

Não adianta nada eu estar num templo feito por mãos humanas achando que
estou “cultuando a Deus” e ao sair da “atmosfera de santidade” eu emprestar os
membros do meu corpo ao pecado. Não adianta eu colocar meus olhos diante das
Escrituras Sagradas, apresentando-os como oferta para Deus, e, em seguida, eu
colocar esses mesmos olhos diante da pornografia, emprestando-os para o diabo. É
inútil apresentar minhas mãos levantadas diante de Deus e depois usá-las para pegar o
que não é meu ou deslizá-las em lugares indevidos. É tolice eu conduzir os meus pés ao
local da reunião dos crentes e depois conduzir esses mesmos pés a um prostíbulo ou a
qualquer outro lugar onde eu me predisponha a compactuar com o pecado. Isso tudo
é hipocrisia, contradição, irracionalidade. Deus não recebe esse tipo de culto.

O apóstolo Paulo explicou à Igreja que o culto racional é aquele em que eu


apresento o meu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.

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Então temos três características fundamentais do culto racional: ele é a
apresentação do meu corpo em sacrifício vivo (1), santo (2), e agradável a Deus (3).

1ª. Sacrifício vivo: Deus também não se satisfaz com autoflagelação! Esse tipo de
culto é absurdamente irracional! O culto que Deus quer é um culto inteligente. O culto
racional é um sacrifício vivo. Não é a flagelação da carne, o pagamento de penitências
ou castigos físicos sobre o corpo. Algumas religiões propõem esse tipo de sacrifício
mortal, que é a autoflagelação, por considerarem o corpo um objeto imundo e indigno.
Mas Deus fez do nosso corpo habitação, nosso corpo foi feito templo, morada do
Espírito Santo! Então nosso corpo é puro e digno, e assim deve ser conservado para a
glória de Deus! O sacrifício vivo é o sacrifício dos desejos pecaminosos, é a renúncia a
toda ação ou omissão por meio do corpo que possa denegrir a imagem de Deus que
está sendo formada em nós por meio de Cristo. Deus não manda você matar as células
do seu corpo, pois Ele as quer bem vivas e distantes do pecado para glorifica-lo.

2ª. Sacrifício santo: O culto racional se caracteriza pela santificação do corpo.


Isso significa que todo o nosso corpo deve ser consagrado para Deus. Santificação
significa separação, exclusividade. Nesse tipo de culto é dada posição de grande
dignidade ao corpo. Nossas mãos são santas, isto é, elas são separadas para só
fazerem o bem, somente o que é certo, exclusivamente o que é digno. No culto
racional não há espaço para adultério, prostituição ou fornicação, pois os órgãos
sexuais são dignos de honra e pureza, eles são usados para a atividade sexual
exclusivamente dentro do casamento. Nossos olhos são santos (ok homens?)! Jesus
disse que os olhos são a candeia do corpo e que se eles forem de trevas, todo o corpo
ficará sob trevas. O marido que presta a Deus o culto racional santifica os olhos,
reserva-os para sua esposa e esta reserva os próprios olhos para o marido! Aprenda
também a santificar seus ouvidos! Os olhos e os ouvidos são portas da alma. O que
você está permitindo entrar no templo por essas portas? Alguma coisa profana passou
por elas e se instalou no seu coração? Se for o caso, expulse-a e santifique-se!
Santifique seu comportamento de modo geral.

3ª. Sacrifício agradável a Deus: O culto racional é a apresentação do corpo em


sacrifício agradável a Deus! É a Ele que importa agradar. É a vontade, a opinião, o
gosto Dele que importa! Para o culto racional pouco importa se o mundo e sua
libertinagem vão reprovar o que está sendo feito. Pouco importa se os “amigos” e seus
valores distorcidos irão nos abandonar porque nos tornamos “muito religiosos”. Se os
nossos “amigos” deixaram de nos amar porque nos tornamos “muito religiosos” ou
porque decidimos entregar nossas vidas a Cristo, então eles não eram nossos amigos
de verdade. O amigo de verdade se sente feliz ao ver que o outro está mudando para
melhor, está se tornando uma pessoa mais responsável, madura e consciente. Um
verdadeiro amigo não te reprovaria por você estar seguindo a Cristo nem tentaria te

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desviar desse propósito. E ainda que pai e mãe nos reprovem, o culto racional se
preocupa em ser agradável a Deus acima de qualquer pessoa ou circunstância! É
completamente irracional desagradar a Deus (o Criador e Mantenedor do Universo!)
para agradar a um ser humano mortal e pecador! Nem mesmo aos religiosos de
carteirinha, aos legalistas, isto é, àqueles que tentam impor pesados fardos de regras e
mandamentos humanos que o culto racional visa agradar. O culto racional não é
fundamentado em listas de mandamentos mecânicos ou na Lei mosaica, ele é
fundamentado na adoração a Deus que vem de dentro e se manifesta na obediência à
Lei do Espírito, a qual tem sua essência e execução no amor (para entender melhor,
estude por completo as cartas de Paulo aos Romanos e, especialmente, aos Gálatas).
O culto racional se preocupa em agradar a Deus. (Detalhe importante: Deus se agrada
em que seu corpo desfrute de boa saúde. Uma prova disso é que Ele providenciou
saúde para você através do sacrifício de Jesus na crucificação – Leia Isaías 53!).

Amados irmãos e irmãs, se quisermos que Deus receba o nosso culto, este
precisa ser racional.

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6. O Culto Transformador

“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da
vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus”.

Romanos 12: 2

O culto que Deus aceita só pode ser de acordo com sua boa, agradável e perfeita
vontade. Isso já está claro! Se não for assim, Ele não recebe, não passa do teto! E se
passar do teto, nossas orações nem batem numa nuvem que esteja passando a 20
metros do chão!

A vontade boa, agradável e perfeita de Deus está revelada em Sua Palavra. É


através das Escrituras e do entendimento que o Espírito do Senhor nos concede por
meio delas, que podemos compreender o que Ele quer de nós e para nós.

Agora observe bem: a própria Escritura Sagrada nos diz que, para
experimentarmos a maravilhosa vontade do Eterno, para que compreendamos o que é
estar no centro de Sua Vontade, precisamos ser transformados pela renovação da
nossa mente.

Isso nos remete a entender que o culto precisa ser transformador. Se o culto não
for transformador, nós não conseguiremos experimentar a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus. Os dias passarão, os meses correrão, os anos se dissiparão, e nós
estaremos apenas andando em círculos, como Israel no deserto, se não formos
transformados. O pior de tudo é que será tempo perdido! Tudo feito inutilmente!
Mera religiosidade! Mecanicismo!

Precisamos ser transformados de glória em glória, pois o propósito de Deus é o


nosso crescimento espiritual, o nosso amadurecimento, até que possamos atingir a
estatura de Cristo (Leia Efésios 4: 11-16). Jesus é o nosso modelo perfeito, Ele é o
nosso alvo e o referencial! Precisamos com urgência aprender a ser como Ele! Esse é o
propósito da nossa salvação. Não se engane pensando que você é salvo só pra morar
no céu, só pra desfrutar da vida eterna! Não se iluda com isso! Você é salvo para se
transformar em alguém bem semelhante a Jesus, alguém que possa ser um reflexo
Dele para esta geração. Você não é salvo pelas boas obras, mas foi salvo para as boas
obras! (Leia Efésios 2: 8-10).

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Você não pode chegar a uma reunião de culto, participar de tudo e sair do
mesmo jeito. A cada reunião, no templo ou nas casas, ou a cada momento individual
que separamos em nossos lares para estar com o Senhor, precisamos sair
transformados. Diariamente precisamos crescer, amadurecer, para que um dia nos
tornemos como Ele é. Se quisermos que o nosso culto seja aceito, se quisermos que
ele seja como o culto de Abel e não como o culto de Caim, precisamos aceitar o
trabalhar de Deus em nossas vidas para sermos transformados.

A transformação acontece pela renovação da nossa mente (Romanos 12:2). E a


nossa mente é renovada pela Palavra! A mente ou a alma é o centro das emoções, do
intelecto e da vontade. Precisamos da Palavra para tratar com a nossa vontade, para
sujeita-la à vontade do Pai. Precisamos da Palavra para ensinar ao nosso intelecto a
sabedoria e a suprema inteligência do Pai. Precisamos da Palavra para tratar e curar
nossas emoções, para que elas sejam governadas pelo nosso espírito restaurado
enquanto este é governado pelo Espírito de Deus.

Caim não aceitou o trabalhar de Deus. Ele rejeitou a correção do Senhor que veio
através de Sua Palavra Gloriosa! Caim não admitiu seu erro e ensurdeceu seus ouvidos
para a Voz do Senhor. Por isso, ele não experimentou a transformação pela renovação
da mente e jamais pôde experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Se você endurece seu coração diante da correção do Senhor, se você rejeita as


instruções do Pai, se você ignora os conselhos do Eterno, você não pode ser
transformado porque sua mente não foi renovada. Sua mente está cauterizada, isto é,
corrompida.

Você já viu o que acontece no computador quando um arquivo é corrompido?

Ele não pode mais ser executado! Ele fica inutilizado, infrutífero, sem resultado e
só serve para ser excluído!

Imagine um computador inteiro de arquivos e programas corrompidos!

Assim é a mente corrompida pelo pecado. Ela se torna indiferente aos comandos
do Senhor, incapaz de executar suas ordens. Ela se torna surda para a voz de Deus.
Infrutífera e sem resultados, seu destino é ser excluída do reino dos céus.

Já a mente que é renovada, que está sendo constantemente atualizada com os


comandos, instruções e programas do Senhor, a mente que recebe pelo Espírito, o
antivírus de Deus, é uma mente protegida, que executa tudo com qualidade e NUNCA
fica cheia ou sobrecarregada, pois o fardo do Senhor é leve e o seu jugo é suave! (Leia
Mateus 11: 28-30).

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Com a mente passando pela renovação vinda da Palavra e do Espírito, nós somos
diariamente transformados! Assim, experimentamos a vontade maravilhosa do
Senhor. Assim, prestamos a Ele o culto que Ele recebe. O culto de Abel e não o culto de
Caim.

Neste país chamado Brasil e nesta presente geração, ouvimos falar que o
número de evangélicos está crescendo, mas parece que não está crescendo a
transformação. Muitos cristãos e muitos líderes estão literalmente envergonhando o
Evangelho de Cristo. Os filhos se tornando cada vez mais rebeldes, o número de
divórcios crescendo, os valores se invertendo... Será que estamos crescendo ou
estamos inchando? Será que estamos amadurecendo ou estamos alargando a porta
pra que mais gente entre sem ter que abandonar o pecado? Estamos manifestando a
luz de Cristo, estamos sendo sal da terra, ou estamos nos conformando com este
século e nos tornando mais uma religião das massas, mais um item da cultura?

Em vez de responder a essas questões de modo reducionista e preconceituoso,


deixo para esta geração a reflexão, a fim de que possamos despertar para plantar a
semente da verdade e da santidade, para que possamos colher frutos dignos de
arrependimento e transformação. Porque o culto que Deus recebe e responde com a
Chuva do Seu Espírito Santo é o Culto Transformador!

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7. O Culto Renovador

“Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da
terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento. Faz
forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se
cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR
renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam,
caminham e não se fatigam”.

Isaías 40: 28-31

O culto que Deus recebe é centralizado Nele, o que significa dizer que aquele que
serve ao Senhor com este culto, também está centralizado Nele. Sua esperança está
Nele!

Sua confiança não depende de circunstâncias ou de bens materiais. Sua


segurança não está na própria sabedoria, na própria força ou na própria riqueza. O
homem e a mulher cujas vidas estão centralizadas em Cristo não vivem para si mesmos
nem dependem de si mesmos. Por isso, não precisam viver ansiosos com as coisas
desta vida. Não precisam viver depressivos ou angustiados por conta das
circunstâncias ou catástrofes da vida, pois ainda que estejam cansados pelo trabalho
das próprias mãos, eles têm suas forças renovadas pelo SENHOR, em quem reside
toda a sua confiança e esperança (Leia Mateus 6: 24-33).

O Senhor Jesus nos ensinou a crer e esperar Nele. Ele é o nosso descanso!

Se você se sente cansado ou sobrecarregado pela labuta da vida, venha pra Jesus
(Mateus 11: 28). Nos braços do Mestre você encontra descanso. Em Sua Palavra você
encontra segurança. Pelo Seu Espírito você recebe a paz que excede a todo
entendimento! Nele todas as suas forças são renovadas!

Se você já é crente, mas vive ansioso (a) ou depressivo (a), você precisa aprender
a crer e entrar no descanso (Leia Salmos 37: 5-11).

O culto que Deus recebe é um culto renovador!

Você entristece o Espírito de Deus quando não confia Nele e não entra no seu
descanso. Sem fé é impossível agradar a Deus e desfrutar do seu refrigério (Leia
Hebreus 3: 18-19; 11: 6).

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Deus deseja te dar asas como de águia! Ele quer te fazer voar na dimensão do
Seu Espírito, te fazer voar nas alturas das revelações da eternidade! Ele quer que você
pratique o culto renovador! O culto diário (não apenas no templo!) em que você
aprende constantemente a esperar Nele, aprende a descansar Nele e assim é por Ele
renovado!

Se você prestar a Deus o culto renovador, o culto onde sua fé e esperança são
depositadas inteiramente Nele, sem reservas, você receberá sempre uma força extra!
Um novo nível de autoridade e poder estará à sua disposição a cada dia! Para você
correr e não se cansar, caminhar na jornada da fé e nunca desistir!

Se sua vida espiritual tem sido assolada pelo pecado, HOJE é o dia da
transformação e da renovação!

Renda-se ao Senhor agora mesmo! Confesse a Ele os seus pecados. Os pecados


estão se tornando um fardo cada vez mais pesado, te fazendo desanimar ou querer
desistir. A iniquidade tenta te afastar do teu Deus, do teu Criador. HOJE mesmo tome
uma decisão!

Escolha agora mesmo rejeitar o culto de Caim. Não esconda o seu pecado nem
rejeite a Voz do Senhor que está falando com você através deste texto. Não endureça
o seu coração pra que ele não fique corrompido!

Entregue o teu caminho ao Senhor. Diga a Ele que você quer prestar a Ele o culto
que Ele recebe. Diga a Ele que você não quer uma mera religiosidade mecânica.
Confesse que você quer ofertar a Ele sua vida, como Ele ofertou na cruz a vida Dele por
você.

Faça esta oração:

Senhor Deus, como eu tenho andado distante de Ti. Hoje eu me arrependo dos
meus pecados. Eu confesso que (conte pra Ele os seus pecados). Mas eu creio e aceito
o Teu sacrifício por mim! Eu creio que o Senhor providenciou na cruz a salvação e a
transformação para a minha vida. Então, eu te recebo como meu Único e Suficiente
Senhor e Salvador pessoal. E peço a Tua ajuda e o Teu ensino por meio do Teu Espírito
para que eu possa fazer da minha vida um sacrifício vivo, santo e agradável a Ti. Eu
quero te ofertar o culto da maneira que o Senhor recebe. O culto que é adoração
exclusiva para Ti, o culto que é centralizado em Ti, que é profético, que é guiado pelo
Teu Espírito, que queima a língua, que é racional, transformador e renovador. Que
enfim eu possa aprender a me tornar como Tu és. Em o nome de Jesus Cristo. Amém.

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Se você fez com sinceridade esta oração e entregou sua vida a Deus, recebendo a
Jesus Cristo como único e suficiente Salvador e Senhor, Parabéns! Você se tornou uma
nova criatura! A transformação já está começando a ser operada em sua vida. Para
que você possa crescer com saúde espiritual e conhecer com clareza a vontade de
Deus, procure uma igreja cristã que ensine corretamente a Palavra de Deus ou entre
em contato conosco:

E-mail:
projetosemacaoprofessorfagner@gmail.com

Tel.: (79) 9918-1797 (Whats)

Fagner Ataujo Costa

Se você já é cristão, mas estava vivendo fora dos princípios do reino de Deus e se
arrependeu dos seus pecados, Parabéns também! Hoje é o tempo da transformação e
da renovação! Se quiser entrar em contato conosco para compartilhar como esta
literatura contribuiu para o seu crescimento espiritual, estaremos aguardando e
retornaremos assim que pudermos. Escreva-nos para o e-mail acima contando-nos o
seu testemunho.

Esta obra literária faz parte do Projeto PREG de Graça, um projeto que visa à
distribuição gratuita de literatura cristã e à ministração da Palavra sem fins lucrativos.
Se você deseja contribuir voluntariamente para que ela seja reproduzida e distribuída,
você mesmo pode fazê-lo (desde que a reproduza na sua totalidade, sem nada tirar
nem acrescentar, distribua sem discriminação e respeite os direitos autorais).

Desde já, desejamos-lhe que o Senhor te abençoe e multiplique a vossa


sementeira e que a sua vida seja transformada e renovada de glória em glória através
do culto que Deus recebe.

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