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Livro Eletrônico

Aula 03

Contabilidade Pública p/ ICMS-BA 2018 (Auditor) Com videoaulas

Professor: Gilmar Possati


# Contabilidade Pública p/ ICMS-BA 2018 #
Auditor Aula 03

Aula 3: MCASP: Procedimentos Contábeis Patrimoniais


(I). Composição do Patrimônio Público. Transações no
setor público. Variações Patrimoniais.

Sumário
1. Composição do Patrimônio Público 02
2. Variações Patrimoniais 17
3. Questões Comentadas 24
4. Resumo 57
5. Lista das questões apresentadas 60
6. Gabarito 75

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MCASP: Procedimentos Contábeis Patrimoniais (I)

Pessoal, na aula de hoje vamos iniciar a primeira parte do estudo dos


Procedimentos Contábeis Patrimoniais do MCASP.

1. COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO

Patrimônio Público

Já estudamos em nosso curso o conceito de patrimônio público. Vamos


relembrar?

Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou


intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos,
recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que
seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou
futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração
econômica por entidades do setor público e suas obrigações.

Conceitos Conceitos relacionados Destinação


relacionados ao ativo ao passivo Social

Agora chegou a hora de estudar a estruturação do patrimônio público, ou


seja, estudar os seus grupos: ativo, passivo e patrimônio líquido.

Para tanto, devemos ter o entendimento inicial de que os bens e direitos


representam o ativo da empresa, ou seja, os elementos positivos do
patrimônio, e as obrigações, por sua vez, o passivo, ou seja, os
elementos negativos do patrimônio.

O patrimônio público é estruturado em três grupos:

Ativo  é um recurso controlado no presente pela entidade como


resultado de evento passado.

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Passivo  é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja


extinção deva resultar na saída de recursos da entidade.

Patrimônio Líquido  é o valor residual dos ativos da entidade depois


de deduzidos todos seus passivos.

Vamos estudar esses conceitos detalhadamente, pois são


importantíssimos.

Ativo

Segundo a Estrutura Conceitual do Setor Público,

ATIVO é um recurso controlado no presente pela entidade como


resultado de evento passado.

Nos termos da Estrutura Conceitual, recurso é um item com potencial


de serviços ou com a capacidade de gerar benefícios econômicos.

A Estrutura Conceitual destaca que a forma física não é uma condição


necessária para um recurso.

Pessoal, essa definição possui três características que são fundamentais


para que um item seja considerado como ativo: gerar benefício
econômico futuro ou potencial de serviços, ser controlado pela
entidade e ser resultante de um evento ocorrido no passado.
Portanto, algo só pode ser considerado ativo quando cumprir as três
condições em conjunto. Sendo assim, passemos à análise de cada um dos
elementos que compõem a definição de ativo.

Futuro benefício econômico: o futuro benefício econômico é a essência


de um ativo e refere-se ao potencial de contribuição, seja direta ou
indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalente de caixa da entidade.
Este benefício pode ser sob a forma de algo que será convertido em caixa
ou que pode reduzir as saídas de caixa. Sendo assim, os ativos podem
dar origem a benefício econômico quando são:

- usados na produção de estoques ou serviços vendidos pela entidade


(empresas estatais);
- trocados por outros ativos;
- usados para reduzir um passivo;

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Imagine que a empresa estatal tenha uma duplicata a receber resultante


de uma venda a prazo. Caso o cliente esteja falido, essa duplicata é
somente um papel sem possibilidade de obter benefício futuro. Portanto,
nesse caso, essa duplicata não é um ativo.

Outro exemplo seria o caso de uma máquina sem nenhuma perspectiva


de uso por parte da entidade e sem possibilidade de ter um comprador.
Perceba que, nesse caso, essa máquina não pode ser considerada como
um ativo, pois não há possibilidade de obter benefício econômico futuro.

Portanto, caro estudante, perceba que a condição de algo ser “bens e


direitos” não garante, por si só, que seja um ativo. Os exemplos acima
mostram situações em que existe um bem e o mesmo não pode ser
considerado um ativo.

Segundo a Estrutura Conceitual do Setor Público,

Os benefícios econômicos correspondem a entradas de caixa ou a


reduções das saídas de caixa. As entradas de caixa (ou as reduções
das saídas de caixa) podem derivar, por exemplo:

a) da utilização do ativo na produção e na venda de serviços; ou


b) da troca direta do ativo por caixa ou por outros recursos.

Potencial de Serviços: não podemos esquecer que, diferentemente da


Contabilidade Geral, no conceito presente na Estrutura Conceitual há a
figura do potencial de serviços. Veja que o termo “recurso” usado no
conceito é um item com potencial de serviços OU com a capacidade de
gerar benefícios econômicos.

Em uma análise preliminar poderíamos afirmar que mesmo não havendo


benefício econômico futuro, presentes as demais características
poderíamos considerar determinado bem/direito como um ativo desde
que resulte em potencial de serviços, não é mesmo?

Ocorre que esse conceito deve ser interpretado juntamente com os


critérios de reconhecimento que estudaremos na sequência. Um dos
critérios é justamente a geração de benefícios econômicos futuros. Logo,
para ser considerado como ativo o bem/direito deve sim gerar benefício
econômico futuro.

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Nos termos da Estrutura Conceitual do Setor Público, o potencial de


serviços é a capacidade de prestar serviços que contribuam para
alcançar os objetivos da entidade. O potencial de serviços possibilita a
entidade alcançar os seus objetivos sem, necessariamente, gerar entrada
líquida de caixa.

Segundo a Estrutura Conceitual, o potencial de serviços ou a capacidade


de gerar benefícios econômicos podem surgir diretamente do próprio
recurso ou dos direitos de sua utilização. Alguns recursos incluem os
direitos da entidade a uma série de benefícios, inclusive, por exemplo, o
direito a:

a) utilizar o recurso para a prestação de serviços (inclusive bens);


b) utilizar os recursos de terceiros para prestar serviços como, por
exemplo, arrendamento mercantil;
c) converter o recurso em caixa por meio da sua alienação;
d) beneficiar-se da valorização do recurso; ou
e) receber fluxos de caixa.

Ainda, segundo a Estrutura Conceitual, os ativos do setor público que


ensejam potencial de serviços podem ser representados pelos ativos de
recreação, do patrimônio cultural, comunitários, de defesa nacional e
outros que sejam mantidos pelos governos e outras entidades do setor
público e que sejam utilizados para a prestação de serviços a terceiros.
Tais serviços podem ser para consumo coletivo ou individual. Vários
serviços podem ser fornecidos em áreas onde não haja concorrência de
mercado ou concorrência limitada de mercado. A utilização e a alienação
de tais ativos podem ser restritas, já que muitos ativos que ensejam
potencial de serviços são especializados por natureza.

Controle pela entidade: segundo a Estrutura Conceitual, a entidade


deve ter o controle do recurso. O controle do recurso envolve a
capacidade da entidade em utilizar o recurso (ou controlar
terceiros na sua utilização) de modo que haja a geração do
potencial de serviços ou dos benefícios econômicos originados do
recurso para o cumprimento dos seus objetivos de prestação de
serviços, entre outros.

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O controle pela entidade refere-se ao fato de que o benefício futuro deve


ser controlado por uma entidade em particular. Perceba que a definição
não utiliza o termo propriedade, desvinculando a parte legal da
econômica. Trata-se da essência sobre a forma. O exemplo clássico citado
pela doutrina é o arrendamento financeiro, em que os bens pertencem ao
arrendador, porém ficam sob controle do arrendatário, além de todos os
riscos e benefícios decorrentes, devendo, portanto, serem contabilizados
como ativo pelo arrendatário.

Nesse sentido, a Estrutura Conceitual assim se manifesta:

A propriedade legal do recurso, tal como terreno ou equipamento, é um


dos métodos para se verificar o potencial de serviços ou os benefícios
econômicos de um ativo. No entanto, os direitos ao potencial de
serviços ou à capacidade de gerar benefícios econômicos podem
existir sem que se verifique a propriedade legal do recurso. Por
exemplo, os direitos ao potencial de serviços ou à capacidade de gerar
benefícios econômicos por meio da manutenção e utilização de item
patrimonial arrendado são verificados sem que haja a propriedade legal
do próprio item arrendado. Portanto, a propriedade legal do recurso
não é uma característica essencial de um ativo. No entanto, a
propriedade legal é um indicador de controle.

Nos termos da Estrutura Conceitual, para avaliar se a entidade controla o


recurso no presente, deve ser observada a existência dos seguintes
indicadores de controle:

a) propriedade legal;
b) acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a
esses;
c) meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os
seus objetivos; ou
d) a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à
capacidade para gerar os benefícios econômicos advindos do recurso.

A Norma destaca que embora esses indicadores não sejam determinantes


conclusivos acerca da existência do controle, sua identificação e análise
podem subsidiar essa decisão.

Resultado de eventos passados: o ativo é resultado de um evento já


ocorrido. A presença desse termo evita a inclusão dos denominados ativos

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contingentes como ativo da entidade. Imagine um imóvel que a entidade


ainda não adquiriu. Nesse caso, esse recurso ainda não pode ser
considerado um ativo, haja vista que ainda não ocorreu a compra do
imóvel, mesmo que já esteja aprovado no orçamento.

Nos termos da Estrutura Conceitual, a definição de ativo exige que o


recurso controlado pela entidade no presente tenha surgido de
transação ou outro evento passado. Podem existir diversas transações
passadas ou outros eventos que resultem no ganho do controle do
recurso pela entidade e, por conseguinte, o caracterize como ativo. As
entidades podem obter ativos por intermédio da sua compra em
transação com contraprestação, bem como pelo seu desenvolvimento. Os
ativos também podem surgir de transações sem contraprestação,
inclusive por meio do exercício dos direitos soberanos. O poder de tributar
ou emitir licenças, acessar, restringir ou negar acesso aos benefícios
oriundos de recursos intangíveis como, por exemplo, o espectro
eletromagnético (bandas de frequência de transmissões de
telecomunicações), são exemplos dos poderes específicos do setor público
e dos direitos que podem dar origem a ativos. Ao se avaliar o surgimento
do direito de controle de recursos, os seguintes eventos devem ser
considerados: (a) a capacidade geral para exercer o poder; (b) a
constituição de poder por meio de lei, estatuto ou instrumento congênere;
(c) o exercício do poder de criar um direito; e (d) o evento que dá origem
ao direito de receber recursos de terceiros. O ativo surge quando o poder
for exercido e os direitos de receber recursos existirem.

Esquematicamente, temos:

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Reconhecimento do Ativo

Nos termos do MCASP, um ativo deve ser reconhecido no patrimônio


público quando:

 for provável que benefícios futuros dele provenientes fluirão para a


entidade; e
 seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis.

Também são reconhecidos no ativo os depósitos caracterizados como


entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiro.

São exemplos destes depósitos as cauções em dinheiro para garantia de


contratos, consignações a pagar, retenção de obrigações de terceiros a
recolher e outros depósitos com finalidades especiais, como os para
garantia de recursos.

O reconhecimento dessas entradas compensatórias como ativo também é


uma diferença da CASP em relação à Contabilidade Geral. Se ligue, pois
se o examinador fizer esse paralelo, o que seria fenomenal, muita gente
não vai saber as diferenças entre a CASP e a Contabilidade Geral. É claro
que você vai detonar se vir exigência nesse sentido.

1. (FGV/Fiscal Tributário/Osasco/2014) Pelas práticas contábeis adotadas


no Brasil, um ativo só pode ser reconhecido no balanço patrimonial
quando:
a) for adquirido de outra pessoa jurídica ou física com negócios no país
sede da empresa adquirente;
b) houver a transferência da posse e seu valor seja calculável com o
máximo de confiabilidade possível;
c) houver um documento fiscal relacionado à arrecadação de tributos do
Estado;
d) for provável que gere caixa e seu custo seja mensurável;
e) a transação envolver duas partes independentes com o mesmo
conhecimento sobre a negociação.

Nos termos do MCASP, um ativo deve ser reconhecido no patrimônio


público quando:

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 for provável que benefícios futuros dele provenientes fluirão para a


entidade; e
 seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis.

Gabarito: D

Ativo Circulante e Não Circulante

Segundo o MCASP, os ativos devem ser classificados como circulante


quando satisfizerem a um dos seguintes critérios:

a. estiverem disponíveis para realização imediata; e


b. tiverem a expectativa de realização até doze meses após a data das
demonstrações contábeis.

Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.

Pessoal, durante todo o curso vamos abordando as NBC Ts, pois em


alguns pontos elas detalham um pouco mais que o MCASP (apesar de o
Manual ser muito mais detalhista de forma geral).

Nesse ponto, por exemplo, vale destacarmos o que dispõe a NBC T 16.2.
Nos termos dessa Norma, a classificação em ativo circulante ou não
circulante leva em consideração o atributo da conversibilidade.

Conversibilidade é a qualidade do que pode ser conversível, ou seja,


característica de transformação de bens e direitos em moeda.

Assim, por exemplo, o saldo disponível em uma conta bancária possui alta
conversibilidade, pois basta ir a um caixa eletrônico e sacar o valor para
ele se tornar moeda, não é mesmo?

Agora, veja a diferença de um veículo, por exemplo. Para transformar em


moeda você tem que efetuar um negócio que pode demorar dias até se
transformar em moeda. Nesse caso, a conversibilidade de um veículo é
bem menor do que o saldo em uma conta bancária.

Voltaremos a tratar desse ponto quando estudarmos o balanço


patrimonial.

Ativo Financeiro e Permanente (Não Financeiro)

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Segundo o MCASP, os conceitos de ativos financeiros e permanentes


guardam relação com aspectos legais definidos na Lei nº 4.320/64. Veja
que são conceitos diferentes do que prescrevem as normas contábeis.

Nos termos do art. 105 da Lei nº 4.320/64,

§1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis


independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.

§2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja


mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.

Passivo

Segundo Estrutura Conceitual do Setor Público,

PASSIVO é uma obrigação presente, derivada de evento passado,


cuja extinção deva resultar na saída de recursos da entidade.

Assim como no ativo, a definição pode ser dividida em três elementos


fundamentais: é uma obrigação presente da entidade, resulta de
eventos passados e a extinção deve resultar na saída de recursos
da entidade. Portanto, algo só pode ser considerado passivo quando
cumprir as três condições em conjunto. Sendo assim, passemos à análise
de cada um dos elementos que compõem a definição de passivo.

Obrigação presente: segundo a Estrutura Conceitual, obrigação


presente é uma obrigação que ocorre por força de lei (obrigação legal
ou obrigação legalmente vinculada) ou uma obrigação que não ocorre
por força de lei (obrigação não legalmente vinculada), as quais não
possam ser evitadas pela entidade.

Imagine a situação de um passivo em que a entidade já quitou a dívida.


Nesse caso, isso não pode contar no balanço como um passivo, haja vista
que não representa uma obrigação atual.

O MCASP destaca que uma obrigação é um dever ou responsabilidade de


agir ou fazer de uma certa maneira. As obrigações podem ser legalmente
exigíveis em consequência de um contrato ou de requisitos estatutários.

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Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por


mercadorias e serviços recebidos.

Resultado de eventos passados: Imagine a seguinte hipótese. Uma


empresa necessitando de recursos vai até uma instituição financeira para
obter um empréstimo. Para tanto, efetua seu cadastro, preenche os
formulários necessários e tem seu cadastro aprovado. Apesar de todos os
trâmites terem sido cumpridos, além do desejo de os administradores
captarem o empréstimo, esse ainda não foi assinado, inexistindo um
evento passado, no caso a assinatura do contrato. Sendo assim, nessa
situação, não podemos classificar esse fato como passivo.

Segundo a Estrutura Conceitual,

Para satisfazer a definição de passivo, é necessário que a obrigação


presente surja como resultado de transação ou de outro evento passado e
necessite da saída de recursos da entidade para ser extinta. A
complexidade inerente ao setor público faz com que eventos diversos
referentes ao desenvolvimento, implantação e execução de determinado
programa ou atividade possam gerar obrigações. Para fins de elaboração
e divulgação da informação contábil, é necessário determinar se tais
compromissos e obrigações, inclusive aqueles que não possam ser
evitados pela entidade, mas que não ocorrem por força de lei (obrigações
não legalmente vinculadas), são obrigações presentes e satisfazem a
definição de passivo. Quando a transação tem forma jurídica e é
vinculada, tal como um contrato, o evento passado pode ser identificado
de forma inequívoca. Em outros casos, pode ser mais difícil identificar o
evento passado e é necessário fazer uma avaliação de quando a entidade
tem pouca ou nenhuma alternativa realista de evitar a saída de recursos.
Ao se fazer tal avaliação, fatores jurisdicionais devem ser levados em
consideração pela entidade.

Extinção deve resultar na saída de recursos da entidade: nos


termos da Estrutura Conceitual, um passivo deve envolver uma saída
de recursos da entidade para ser liquidado ou extinto. Nesse
sentido, a Norma destaca que a obrigação que pode ser liquidada ou
extinta sem a saída de recursos da entidade não é um passivo.

Para os fins da Estrutura Conceitual, os termos “liquidado” ou “liquidação”


não se confundem com os termos correspondentes utilizados na execução
orçamentária, conforme legislação brasileira sobre orçamento.

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O passivo pressupõe não ser possível evitar a obrigação. Destaca-se que


o pagamento da obrigação pode ser realizada de diversas formas, por
exemplo, pagamento em dinheiro, transferência de outros ativos,
prestação de serviços, substituição de uma obrigação por outra, entre
outras.

2. (CESPE/Contador/DPU/2016) Deve-se reconhecer um passivo caso


haja uma obrigação futura da entidade, derivada de eventos passados,
cuja liquidação resultará na saída de recursos da entidade capazes de
gerar benefícios econômicos.

Uma das características que estudamos no conceito de passivo é que ele


deve ser uma obrigação presente (e não futura conforme afirma o
item).

Gabarito: Errado

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Reconhecimento do Passivo

Segundo o MCASP, um passivo deve ser reconhecido no Balanço


Patrimonial quando:

 for provável que uma saída de recursos envolvendo benefícios


econômicos seja exigida em liquidação de uma obrigação presente; e
 o valor pelo qual essa liquidação se dará possa ser determinado em
bases confiáveis.

Também são reconhecidos no passivo, pois se caracterizam como


obrigações para com terceiros, os depósitos caracterizados como entradas
compensatórias no ativo e no passivo financeiro. São exemplos destes
depósitos as cauções em dinheiro para garantia de contratos,
consignações a pagar, retenção de obrigações de terceiros a recolher e
outros depósitos com finalidades especiais, como os para garantia de
recursos.

Assim como destacamos no estudo do ativo, esse reconhecimento das


entradas compensatórias é uma diferença existente entre a CASP e a
Contabilidade Geral.

O MCASP destaca que, do ponto de vista patrimonial, as obrigações em


que o fato gerador não tenha ocorrido (por exemplo, obrigações
decorrentes de pedidos de compra de produtos e mercadorias, mas ainda
não recebidos) não são geralmente reconhecidas como passivos nas
demonstrações contábeis.

Passivo Circulante e Passivo não Circulante

Os passivos devem ser classificados como circulantes quando:

a) corresponderem a valores exigíveis até doze meses após a data das


demonstrações contábeis;
b) sejam pagos durante o ciclo operacional normal da entidade;
c) sejam mantidos essencialmente para fins de negociação.

O ciclo operacional de uma entidade pública envolve desde o ingresso das


receitas até os desembolsos relacionados com a ação pública. Em regra,
envolve o período de um ano, afinal o orçamento é anual, não é mesmo?

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Além desses três requisitos, a NBC T 16.6 traz um novo requisito, qual
seja:

d) corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome


deles, quando a entidade do setor público for a fiel depositária,
independentemente do prazo de exigibilidade.

Esse último requisito está relacionado aos depósitos caracterizados como


entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiro que vimos
anteriormente.

Os demais passivos devem ser classificados como não circulantes.

Destaca-se que a classificação em passivo circulante ou não circulante


leva em consideração o atributo da exigibilidade.

Exigibilidade é a qualidade do que é exigível, ou seja, característica


inerente às obrigações pelo prazo de vencimento.

Logo, uma conta a pagar com vencimento daqui a dois meses possui
maior exigibilidade do que uma conta que vence daqui a 6 meses.

Passivo Financeiro e Passivo Permanente

Segundo o MCASP, a exemplo da conceituação de ativos financeiros e


permanentes os conceitos de ativos financeiros e permanentes guardam
relação com aspectos legais definidos na Lei nº 4.320/64. Veja que são
conceitos diferentes do que prescrevem as normas contábeis.

Nos termos do art. 105 da Lei nº 4.320/64,

§3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros


pagamentos que independam de autorização orçamentária.

§4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras


que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

A exemplo da conceituação de ativos financeiros e permanentes, os


conceitos de passivos financeiros e permanentes guardam relação com

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aspectos legais definidos na Lei nº 4.320/64. A conceituação presente em


normas contábeis é distinta da apresentada na referida lei.

Situação Patrimonial Líquida (Patrimônio Líquido)

SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA é a diferença entre os ativos e


os passivos após a inclusão de outros recursos* e a dedução de
outras obrigações*, reconhecida na demonstração que evidencia a
situação patrimonial como patrimônio líquido. A situação
patrimonial líquida pode ser um montante residual positivo ou
negativo.

* Outros Recursos e Outras Obrigações  segundo a Estrutura Conceitual,


==da9a4==

em alguns casos, ao se desenvolver ou revisar uma NBC TSP, pode-se


determinar que, para alcançar os objetivos da informação contábil, o recurso ou
a obrigação que não satisfaça a definição de elemento definido na Estrutura
Conceitual precise ser reconhecido nas demonstrações contábeis. Nesses casos,
as NBCs TSP podem exigir ou permitir que esses recursos ou obrigações sejam
reconhecidos como outros recursos ou outras obrigações, os quais são itens
adicionais aos seis elementos definidos na Estrutura Conceitual.

Perceba que essa definição mostra o patrimônio líquido em função de


definições prévias estudadas anteriormente, de ativo e passivo. Sendo
assim, podemos afirmar que se trata de uma definição residual.

Quando o valor do passivo for maior que o valor do ativo, o resultado é


denominado passivo a descoberto.

Com isso quase fechamos as três definições... vale destacarmos só mais


um aspecto importante...

Segundo o MCASP, os conceitos de ativo e passivo identificam os seus


aspectos essenciais, mas não especificam os critérios para seu
reconhecimento. Ao avaliar se um item se enquadra na definição de
ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência
e realidade econômica e não apenas sua forma legal.

Isso significa que não importa a forma legal, ou seja, o aspecto jurídico,
mas sim a essência econômica. Assim, por exemplo, se a Lei determina
que a depreciação de um veículo deve ser de 20% ao ano, mas a
empresa usa pouco esse veículo no caso concreto, ela poderá, tendo em
vista a essência econômica, determinar outra taxa de depreciação... 10 %

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por exemplo. O que vale é a essência econômica, tendo em vista que a


informação contábil deve ser a mais próxima da realidade possível.

Essência x Forma

Pessoal, para que a informação represente de forma adequada suas


operações, transações e eventos, é necessário que tais fatos sejam
contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e realidade
econômica, e não meramente sua forma legal.

Um exemplo clássico citado pela doutrina, até por ser uma situação
recorrente nas entidades em geral, é a realização de contratos de
leasing (arrendamento mercantil) em que a verdadeira operação é
um contrato de compra e venda. Como regra, temos que os bens
registrados contabilmente na entidade são aqueles sob propriedade dessa
entidade. Porém, no caso do leasing temos uma situação em que mesmo
o ativo não sendo de propriedade da empresa, é ativado pelo arrendatário
e os valores mensais são reconhecidos como um financiamento normal.
Tal fato se dá por que é muito alta a probabilidade de a empresa adquirir
o bem ao final do contrato. Sendo assim, esse registro de
reconhecimento do ativo pelo arrendatário considera a essência
sobre a forma.
Perceba que a adoção da essência sobre a forma visa fornecer
informações mais próximas da realidade, de maneira que as
demonstrações contábeis indiquem de maneira mais correta possível a
verdadeira situação patrimonial e econômica da entidade.

3. (CESPE/Analista/Controle Interno/MPE-PI/2012) A aplicação da


orientação de prevalência da essência sobre a forma implica analisar se a
natureza administrativa dos eventos a contabilizar está devidamente
representada pelo instrumento formal.

Conforme estudamos, para que a informação represente adequadamente


as transações e outros eventos que ela se propõe a representar, é

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necessário que essas transações e eventos sejam contabilizados e


apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e
não meramente sua forma legal. Assim, a aplicação da orientação de
prevalência da essência sobre a forma implica analisar a real
natureza dos eventos a contabilizar (sua essência)
independentemente do instrumento formal adotado.

Gabarito: Errado

2. VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

Segundo o MCASP, as variações patrimoniais são transações que


promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor
público, mesmo em caráter compensatório, afetando ou não o seu
resultado.

As variações patrimoniais podem ser classificadas em:

a. Quantitativas: são aquelas decorrentes de transações no setor


público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido.

b. Qualitativas: são aquelas decorrentes de transações no setor público


que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o
patrimônio líquido.

Exemplos:

 Aquisição de estoques a prazo

Na aquisição de estoques a prazo há uma permuta de um bem


(mercadorias) por uma obrigação a pagar (fornecedores).

 Aquisição de veículo por meio de financiamento

Na aquisição de veículo por meio de financiamento há uma permuta de


um bem (veículo) por uma obrigação a pagar (financiamento).

As variações patrimoniais quantitativas subdividem-se em:

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a. Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA): quando aumentam o


patrimônio líquido (receita sob o enfoque patrimonial);

Aqui vale lembrar que as Variações Patrimoniais Aumentativas (VPAs)


aumentam o PL enquanto que as Variações Patrimoniais Diminutivas
(VPDs) diminuem o PL. Logo, todas as variações quantitativas envolvem o
reconhecimento de uma VPA ou VPD.

Exemplo:

 Lançamento de IPTU

No lançamento do IPTU (fato gerador da VPA) há o reconhecimento de


uma VPA e, em contrapartida, o reconhecimento de um direito (Tributos a
receber).

b. Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD): quando diminuem o


patrimônio líquido (despesa sob o enfoque patrimonial).

Exemplo:

 Apropriação da folha de pagamento

Na apropriação da folha de pagamento há o reconhecimento de uma VPD


(VPD Pessoal) e, em contrapartida, o reconhecimento de uma obrigação
(salários a pagar).

Esquematicamente, temos:

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O MCASP destaca que existem variações que, simultaneamente, alteram a


composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e
são conhecidas como variações mistas ou compostas.

Classificação das Variações Patrimoniais

As variações patrimoniais podem ser classificadas quanto à dependência


orçamentária da seguinte forma:

VPA resultante da execução orçamentária  são receitas orçamentárias


efetivas arrecadadas, de propriedade do ente, que resultam em aumento do
patrimônio líquido.
d
Exemplo: Receita (VPA) de tributos.

VPA independente da execução orçamentária  são fatos que resultam


em aumento do patrimônio líquido, que ocorrem independentemente da
execução orçamentária.

Exemplo: incorporação de bens (doação recebida).

VPD resultante da execução orçamentária  são despesas orçamentárias


efetivas, de propriedade do ente, que resultam em diminuição do patrimônio
líquido.

Exemplo: despesa com serviço de terceiros.

VPD independente da execução orçamentária  são fatos que resultam


em diminuição do patrimônio líquido, que ocorrem independentemente da
execução orçamentária.

Exemplo: depreciação

Reconhecimento das Variações Patrimoniais

Considera-se realizada a variação patrimonial aumentativa (VPA):

a. nas transações com contribuintes e terceiros, quando estes efetuarem o


pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela
ocorrência de um fato gerador de natureza tributária, investidura na

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propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, ou fruição de


serviços por esta prestados;
b. quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o
motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou
maior;
c. pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de
terceiros;
d. no recebimento efetivo de doações e subvenções.

Considera-se realizada a variação patrimonial diminutiva (VPD):


a. quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de
sua propriedade para terceiro;
b. diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;
a
c. pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

Segundo o MCASP, o reconhecimento da variação patrimonial pode ocorrer em


três momentos: para a variação patrimonial aumentativa, antes, depois ou no
momento da arrecadação da receita orçamentária e para a variação patrimonial
diminutiva, antes, depois ou no momento da liquidação da despesa
orçamentária.

Vamos estudar os exemplos expostos pelo MCASP:

Exemplo 1 - Reconhecimento da VPA antes da ocorrência da


arrecadação da receita orçamentária

Considere que o fato gerador do Imposto sobre a Propriedade Predial e


Territorial Urbana (IPTU) ocorre no dia 1º de janeiro de cada ano. Nesse caso,
o reconhecimento do direito e da VPA deve ser feito no momento do
fato gerador e não no momento da arrecadação, que ocorrerá
futuramente.

Os lançamentos contábeis são os seguintes:

No momento do fato gerador (1º de janeiro)

Variação patrimonial quantitativa


D – Créditos Tributários a Receber
C – Impostos sobre o Patrimônio e Renda

No momento da arrecadação

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Variação patrimonial qualitativa


D – Caixa
C – Créditos Tributários a Receber

Observe que no momento da arrecadação há troca de um direito por caixa,


constituindo uma variação patrimonial qualitativa.

Exemplo 2 - Reconhecimento da VPA após a ocorrência da arrecadação


da receita orçamentária

Considere o recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo


de serviços. Nesse caso, a receita orçamentária é registrada antes da
9
ocorrência do fato gerador, ou seja, a VPA ocorre em momento posterior à
arrecadação da receita orçamentária. Há troca de um direito (entrada
antecipada dos valores) por uma obrigação de prestar o serviço, constituindo
uma variação patrimonial qualitativa.

Variação patrimonial qualitativa


D – Caixa
C – Variação Patrimonial Aumentativa Diferida (passivo = receita antecipada)

Quando o serviço for prestado, ocorrerá o fato gerador da variação patrimonial


aumentativa, causando impacto no resultado da entidade pública:

Variação patrimonial quantitativa


D – Variação Patrimonial Aumentativa Diferida
C – Valor bruto de exploração de bens e direitos e prestação de serviços (VPA)

Exemplo 3 - Reconhecimento da VPA junto com a ocorrência da


arrecadação da receita orçamentária

Quando ocorrer o recebimento de valores provenientes da venda de serviços


concomitantemente com a prestação do serviço, a receita orçamentária é
contabilizada junto com a ocorrência do fato gerador:

Variação patrimonial quantitativa


D – Caixa
C – Valor bruto de exploração de bens e direitos e prestação de serviços (VPA)

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Exemplo 4 – Reconhecimento da VPD antes da ocorrência da liquidação


da despesa orçamentária

O 13° salário, a ser pago no final do ano, deve ser reconhecido a cada mês
trabalhado, ou seja, uma variação patrimonial diminutiva deve ser reconhecida
mensalmente, mas o empenho, liquidação e pagamento da despesa
orçamentária só acontecerá no mês do pagamento.

Variação patrimonial quantitativa


D – Remuneração a Pessoal Ativo Civil (VPD)
C – Pessoal a Pagar – 13º Salário

Na saída do recurso financeiro, temos o seguinte registro:


a
Variação Patrimonial qualitativa
D – Pessoal a Pagar – 13º Salário
C – Caixa

Exemplo 5 – Reconhecimento da VPD após a liquidação da despesa


orçamentária

Quando há uma concessão de suprimento de fundos, a despesa orçamentária é


empenhada, liquidada e paga no ato da concessão e só com a prestação de
contas do suprido é que há o efetivo registro da variação patrimonial
diminutiva.

No empenho não há registro de informação patrimonial.

Na liquidação:

D – Adiantamentos Concedidos a Pessoal e a Terceiros


C – Suprimento de Fundos a Pagar

Na saída do recurso financeiro:

D – Suprimento de Fundos a Pagar


C – Caixa e Equivalentes de Caixa

Na prestação de contas:

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Variação patrimonial quantitativa


D – Variação Patrimonial Diminutiva
C – Adiantamentos Concedidos a Pessoal e a Terceiros

Exemplo 6 – Reconhecimento da VPD junto com a liquidação da


despesa orçamentária

Quando ocorrer liquidação da despesa orçamentária concomitantemente com a


prestação do serviço, a despesa orçamentária e o fato gerador da variação
patrimonial diminutiva são contabilizados juntos:

Na liquidação e reconhecimento da variação patrimonial diminutiva:


4
Variação patrimonial quantitativa
D – Variação Patrimonial Diminutiva
C – Demais Obrigações a Curto Prazo

Na saída do recurso financeiro:

D – Demais Obrigações a Curto Prazo


C – Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional

Resultado Patrimonial

O resultado patrimonial corresponde à diferença entre o valor total das VPA e o


valor total das VPD de um dado período.

Caso o total das VPA sejam superiores ao total das VPD, diz-se que o resultado
patrimonial foi superavitário ou que houve um superávit patrimonial. Caso
contrário, diz-se que o resultado patrimonial foi deficitário ou que houve um
déficit patrimonial.

Vamos estudar o assunto com os devidos detalhes quando estudarmos a


Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP).

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Questões Comentadas

4. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-PE/2017) Assinale a


opção correta acerca da estrutura e composição do patrimônio sob a
perspectiva do setor público.
a) Os passivos decorrem de obrigações futuras derivadas de eventos
presentes.
b) O patrimônio público é o valor residual dos ativos da entidade depois
de deduzidos todos seus passivos.
c) Os passivos mantidos essencialmente para fins de negociação são
classificados como não circulante.
d) A classificação dos elementos patrimoniais em circulante ou não
circulante é feita com base nos atributos de confiabilidade e relevância
desses elementos.
e) Ativos são recursos dos quais se espera que resultem benefícios
econômicos futuros ou potenciais de serviços para a entidade.

Vamos analisar as opções.

a. Errado. Segundo Estrutura Conceitual do Setor Público,

PASSIVO é uma obrigação presente, derivada de evento passado,


cuja extinção deva resultar na saída de recursos da entidade.

b. Errado. O patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da entidade


depois de deduzidos todos seus passivos.

c. Errado. Os passivos mantidos essencialmente para fins de negociação


são classificados como circulante.

d. Errado. A classificação dos elementos patrimoniais em circulante ou


não circulante é feita com base nos atributos de conversibilidade
(liquidez) e exigibilidade desses elementos.

e. Certo. Segundo a Estrutura Conceitual do Setor Público,

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ATIVO é um recurso controlado no presente pela entidade como


resultado de evento passado.

Nos termos da Estrutura Conceitual, recurso é um item com potencial


de serviços ou com a capacidade de gerar benefícios econômicos.

Gabarito: E

5. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-PE/2017) No
relacionamento entre os regimes orçamentário e contábil no âmbito da
administração pública, as variações patrimoniais
a) serão evidenciadas somente se resultarem da execução orçamentária.
b) serão evidenciadas somente se forem independentes da execução
orçamentária.
c) serão evidenciadas, sejam elas independentes ou resultantes da
execução orçamentária.
d) serão evidenciadas apenas se impactarem negativamente o patrimônio
líquido da entidade.
e) não serão evidenciadas.

Essa questão pela lógica você poderia acertar. A Contabilidade Pública


deve evidenciar todos os atos e fatos contábeis que impactam ou possam
vir a impactar o patrimônio público. Assim, obviamente que todas as
variações patrimoniais serão evidenciadas, sejam elas independentes ou
resultantes da execução orçamentária.

Gabarito: C

6. (CESPE/Analista/Contabilidade/SEDF/2017) Julgue o item a seguir,


relativo aos conceitos de contabilidade pública.

O cancelamento de uma dívida passiva de entidade pública provoca uma


variação patrimonial aumentativa.

Uma dívida passiva representa uma obrigação e, portanto, um passivo da


entidade pública. Nesse sentido, ao ser cancelada essa dívida sem
qualquer outra contrapartida o patrimônio líquido irá aumentar. Logo,
estamos diante de uma variação patrimonial aumentativa.

Gabarito: Certo

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7. (CESPE/Analista/Contabilidade/SEDF/2017) Julgue o item a seguir,


relativo aos conceitos de contabilidade pública.

Entre as variações qualitativas do patrimônio público inclui-se a variação


patrimonial considerada aumentativa.

As variações qualitativas não alteram o patrimônio líquido. Já as variações


quantitativas aumentam ou diminuem o patrimônio líquido. Assim,
corrigindo o item, temos:

Entre as variações qualitativas quantitativas do patrimônio público


inclui-se a variação patrimonial considerada aumentativa.

Gabarito: Errado

8. (CESPE/Analista Judiciário/TRT8/Contabilidade/2016/Adaptada)
Recursos controlados são ativos dos quais a entidade detém o controle, os
riscos e os benefícios decorrentes, mesmo sem ter o direito de
propriedade.

Conforme estudamos, o controle pela entidade refere-se ao fato de que o


benefício futuro deve ser controlado por uma entidade em particular.
Perceba que a definição não utiliza o termo propriedade, desvinculando a
parte legal da econômica. Trata-se da essência sobre a forma. O exemplo
clássico citado pela doutrina é o arrendamento financeiro, em que os bens
pertencem ao arrendador, porém ficam sob controle do arrendatário,
além de todos os riscos e benefícios decorrentes, devendo, portanto,
serem contabilizados como ativo pelo arrendatário.

Segundo a Estrutura Conceitual, a entidade deve ter o controle do


recurso. O controle do recurso envolve a capacidade da entidade em
utilizar o recurso (ou controlar terceiros na sua utilização) de
modo que haja a geração do potencial de serviços ou dos
benefícios econômicos originados do recurso para o cumprimento
dos seus objetivos de prestação de serviços, entre outros.

O item exigiu conhecimentos literais da então vigente NBC T 16.1


(atualmente revogada):

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Recursos controlados: ativos em que a entidade mesmo sem ter o direito


de propriedade detém o controle, os riscos e os benefícios deles
decorrentes.

Gabarito: Certo

9. (CESPE/Auditor/TCE-PR/2016/Adaptada) No quesito classificação das


contas patrimoniais, as NBCASP determinam que, quando a entidade do
setor público for a fiel depositária, independentemente do prazo de
exigibilidade, serão classificadas no passivo não circulante as contas que
correspondam a valores de terceiros ou retenções.

Os passivos devem ser classificados como circulantes quando:

a) corresponderem a valores exigíveis até doze meses após a data das


demonstrações contábeis;
b) sejam pagos durante o ciclo operacional normal da entidade;
c) sejam mantidos essencialmente para fins de negociação.

Além desses três requisitos, a NBC T 16.6 traz um novo requisito, qual
seja:

d) corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome


deles, quando a entidade do setor público for a fiel depositária,
independentemente do prazo de exigibilidade.

Esse último requisito está relacionado aos depósitos caracterizados como


entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiro que vimos
anteriormente.

Gabarito: Errado

10. (CESPE/Auditor/TCE-PR/2016/Adaptada) Conversibilidade e


exigibilidade são os atributos adotados para classificar os elementos
patrimoniais na segregação de ativos e passivos descritos como
circulantes ou não circulantes.

A classificação em ativo circulante ou não circulante leva em consideração


o atributo da conversibilidade.

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Conversibilidade é a qualidade do que pode ser conversível, ou seja,


característica de transformação de bens e direitos em moeda.

Além disso, segundo a Norma, a classificação em passivo circulante ou


não circulante leva em consideração o atributo da exigibilidade.

Exigibilidade é a qualidade do que é exigível, ou seja, característica


inerente às obrigações pelo prazo de vencimento.

Gabarito: Certo

11. (CESPE/Contador/FUB/2015) Com relação ao objetivo e à composição


do patrimônio do setor público, julgue o item que se segue.

Os atributos de continuidade e competência são a base para a separação


dos elementos patrimoniais do setor público em circulante e não
circulante.

Conforme estudamos, os atributos de conversibilidade e exigibilidade


são a base para a separação dos elementos patrimoniais do setor público
em circulante e não circulante.

Gabarito: Errado

12. (CESPE/Contador/FUB/2015) Não compõem o patrimônio público os


bens nele produzidos ou por ele recebidos em doação, ainda que esses
bens representem um fluxo de benefícios futuros e sejam inerentes à
prestação de seus serviços.

Questão interessante para revisarmos o conceito de patrimônio que


estudamos:

Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou


intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos,
recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que
seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou
futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração
econômica por entidades do setor público e suas obrigações.

Logo, observa-se que os bens recebidos em doação devem sim compor o


patrimônio público.

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Gabarito: Errado

13. (CESPE/Contador/SUFRAMA/2014) Julgue o próximo item, relativo ao


campo da contabilidade aplicada ao setor público e à composição do
patrimônio público.

Para compor o patrimônio público, os bens e direitos devem ser


portadores ou representantes de um fluxo de benefícios presente ou
futuro.

Um dos requisitos para que os bens e direitos (ativos) sejam reconhecidos


no patrimônio público é justamente a geração de benefícios econômicos
presentes ou futuros.

Gabarito: Certo

14. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ-SE/2014) Um bem ativo


mantido ou utilizado por entidade do setor público, com potencial de
geração de benefício futuro para a sociedade, pode pertencer a terceiros
e, mesmo assim, ser registrado e integrar o patrimônio público.

Conforme estudamos, ativo é um recurso controlado no presente pela


entidade como resultado de evento passado.

Veja que nesse conceito não há o termo propriedade, mas sim controle.
Para fixar!

Controle pela entidade: refere-se ao fato de que o benefício futuro


deve ser controlado por uma entidade em particular. Perceba que a
definição não utiliza o termo propriedade, desvinculando a parte legal da
econômica. Trata-se da essência sobre a forma. O exemplo clássico citado
pela doutrina é o arrendamento financeiro, em que os bens pertencem ao
arrendador, porém ficam sob controle do arrendatário, além de todos os
riscos e benefícios decorrentes, devendo, portanto, serem contabilizados
como ativo pelo arrendatário.

Logo, um bem pode pertencer a terceiros e, mesmo assim, ser registrado


e integrar o patrimônio público. Para tanto, a entidade deve ter o controle
sobre esse bem.

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Gabarito: Certo

15. (CESPE/Contador/TCE-RO/2013) O patrimônio público compõe-se de


ativo, passivo e saldo patrimonial, de modo que, no setor público, o saldo
patrimonial não se diferencia do patrimônio líquido, considerado na
contabilidade empresarial.

De fato, o patrimônio público é composto por ativo, passivo e patrimônio


líquido. Saldo patrimonial é um sinônimo para patrimônio líquido. O
conceito é o mesmo empregado na contabilidade geral (empresarial).

Vale ressaltar que a nova Estrutura Conceitual do Setor Público utiliza o


termo “Situação Patrimonial Líquida”, a qual é reconhecida no balanço
patrimonial como patrimônio líquido.

Gabarito: Certo

16. (CESPE/Contador/TCE-RO/2013) Um ativo deve ser reconhecido no


patrimônio público quando for provável que dele sejam gerados benefícios
futuros para a entidade, ainda que as variações patrimoniais decorrentes
do seu uso nem sempre representam benefícios para a entidade.

Nos termos do MCASP, um ativo deve ser reconhecido no patrimônio


público quando:

 for provável que benefícios futuros dele provenientes fluirão para a


entidade; e
 seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis.

Primeiro destaque que temos que dar para essa questão é o fato de que o
incompleto para o CESPE não é errado. Veja que o item fala apenas em
um dos requisitos descritos nas normas (a geração de benefícios futuros).

O segundo ponto é quanto ao seguinte trecho: “... ainda que as variações


patrimoniais decorrentes do seu uso nem sempre representam benefícios
para a entidade”.

Nem sempre as variações patrimoniais decorrentes do uso de um ativo


representarão benefícios econômicos. Um exemplo de variação
patrimonial diminutiva que decorre do uso de um ativo é a depreciação, a
qual estudaremos oportunamente em nosso curso.

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Gabarito: Certo

17. (CESPE/Agente Técnico de Inteligência/Contabilidade/2010) Julgue o


item subsequente, que se refere aos conceitos de contas no setor público.

Para a classificação dos elementos patrimoniais, é necessário considerar


seus atributos de conversibilidade e exigibilidade.

Conforme estudamos, a classificação em ativo circulante ou não circulante


leva em consideração o atributo da conversibilidade.

Conversibilidade é a qualidade do que pode ser conversível, ou seja,


característica de transformação de bens e direitos em moeda.

Além disso, estudamos que a classificação em passivo circulante ou não


circulante leva em consideração o atributo da exigibilidade.

Exigibilidade é a qualidade do que é exigível, ou seja, característica


inerente às obrigações pelo prazo de vencimento.

Gabarito: Certo

18. (CESPE/Secretário Executivo/FUB/2013) A propriedade é uma


característica indispensável para que um elemento patrimonial com
potencialidade de gerar benefícios econômicos futuros para uma entidade
seja considerado um ativo pela contabilidade.

Pessoal, temos que ter bem claro que ao determinar a existência do


ativo, o direito de propriedade não é essencial. Assim, por exemplo,
um imóvel objeto de arrendamento mercantil será um ativo, caso a
entidade controle os benefícios econômicos que são esperados que fluam
da propriedade.

Portanto, percebe-se que a propriedade não é uma característica


indispensável para que um elemento patrimonial com potencialidade de
gerar benefícios econômicos futuros para uma entidade seja considerado
um ativo pela contabilidade.

Gabarito: Errado

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19. (CESPE/Especialista/Contador/SESA-ES/2011) Ao avaliar se um item


se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, o
contador deve considerar a essência, em detrimento da forma.

Conforme estudamos, para que a informação represente adequadamente


as transações e outros eventos que ela se propõe a representar, é
necessário que essas transações e eventos sejam contabilizados e
apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e
não meramente sua forma legal.

Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo


ou patrimônio líquido, deve-se ter atenção para a sua essência e
realidade econômica e não apenas sua forma legal.

Gabarito: certo

20. (CESPE/Analista/Controle Interno/MPE-PI/2012) A possibilidade de


ocorrência de um evento futuro que afete negativamente o patrimônio de
uma entidade deve ser registrado como um passivo dessa entidade.

Segundo a Estrutura Conceitual,

PASSIVO é uma obrigação presente, derivada de evento passado,


cuja extinção deva resultar na saída de recursos da entidade.

Portanto, a possibilidade de ocorrência de um evento futuro que afete


negativamente o patrimônio de uma entidade não deve ser registrado
como um passivo dessa entidade, pois não representa uma obrigação
presente.

Gabarito: errado

21. (CESPE/Especialista/Contador/SESA-ES/2011/Adaptada) Se uma


entidade pública tem uma obrigação presente, derivada de eventos já
ocorridos, de cujo pagamento se espera que resulte saída de recursos
capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços, tal
obrigação deve ser enquadrada como um passivo da entidade.

Aplicação direta do conceito de passivo previsto na então NBC T 16.2


(atualmente revogada):

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PASSIVOS são obrigações presentes da entidade, derivadas de


eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem
para a entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios
econômicos ou potencial de serviços.

Vale destacar que agora o conceito que devemos levar para a prova é o
seguinte:

PASSIVO é uma obrigação presente, derivada de evento passado,


cuja extinção deva resultar na saída de recursos da entidade.

Na essência o “novo” conceito fala a mesma coisa e envolve as três


características destacas (sublinhadas) acima.

Gabarito: certo

22. (CESPE/Técnico Judiciário/Contabilidade/STM/2010/adaptada) Para se


reconhecer um passivo na estrutura patrimonial de uma entidade pública,
deve-se atender a requisitos específicos. Assim, um passivo será
reconhecido quando for provável que uma saída de recursos envolvendo
benefícios econômicos seja exigida em liquidação de uma obrigação
presente e quando o valor pelo qual essa liquidação ocorrerá puder ser
determinado em bases confiáveis.

Segundo o MCASP, um passivo deve ser reconhecido no Balanço


Patrimonial quando:

 for provável que uma saída de recursos envolvendo benefícios


econômicos seja exigida em liquidação de uma obrigação presente; e
 o valor pelo qual essa liquidação se dará possa ser determinado em
bases confiáveis.

Também são reconhecidos no passivo, pois se caracterizam como


obrigações para com terceiros, os depósitos caracterizados como entradas
compensatórias no ativo e no passivo financeiro. São exemplos destes
depósitos as cauções em dinheiro para garantia de contratos,
consignações a pagar, retenção de obrigações de terceiros a recolher e
outros depósitos com finalidades especiais, como os para garantia de
recursos.

Gabarito: certo

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23. (CESPE/Contador/STM/2010) Patrimônio líquido é o conjunto de


recursos controlados e utilizados pela entidade, fruto de suas transações
passadas e cujo objetivo é a geração de benefícios futuros.

Essa é a definição de ativo e não do patrimônio líquido.

SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA é a diferença entre os ativos e


os passivos após a inclusão de outros recursos* e a dedução de
outras obrigações*, reconhecida na demonstração que evidencia a
situação patrimonial [balanço patrimonial] como patrimônio líquido.
A situação patrimonial líquida pode ser um montante residual
positivo ou negativo.

Perceba que essa definição mostra o patrimônio líquido em função das


definições de ativo e passivo. Sendo assim, podemos afirmar que se trata
de uma definição residual.

Gabarito: errado

24. (CESPE/Contador/TCE-RO/2013) Na contabilidade governamental, o


ativo classifica-se em circulante e não circulante, o que não impede a
aplicação do previsto na Lei n.º 4.320/1964, que divide o ativo em
financeiro e permanente, para a elaboração do balanço patrimonial.

A Lei 4.320/64 segrega o ativo em financeiro e permanente. Segundo o


seu art. 105,

§1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis


independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.

§2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja


mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.

Observe que o critério definido pela Lei 4.320/64 é orçamentário. Assim,


o ativo é segregado em financeiro e permanente em função da
dependência ou não de autorização orçamentária.

Já para fins patrimoniais, o MCASP classifica o ativo em circulante ou não


circulante com base no seu atributo de conversibilidade.

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Os ativos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem a


um dos seguintes critérios:

a. estiverem disponíveis para realização imediata; e


b. tiverem a expectativa de realização até doze meses após a data das
demonstrações contábeis.

Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.

Do exposto, percebe-se que o item está certo, pois ambas classificações


são atualmente válidas e não excludentes.

Gabarito: Certo

25. (CESPE/Agente Técnico de Inteligência/Contabilidade/2010) Os


passivos devem ser classificados como circulantes quando,
correspondendo a valores de terceiros ou retenções em nome deles, a
entidade do setor público for a fiel depositária, independentemente do
prazo de exigibilidade.

Segundo o MCASP o passivo circulante compreende os passivos exigíveis


até doze meses da data das demonstrações contábeis. Compreende as
obrigações conhecidas e estimadas que atendam a qualquer um dos
seguintes critérios: tenham prazos estabelecidos ou esperados dentro do
ciclo operacional da entidade; sejam mantidos primariamente para
negociação; tenham prazos estabelecidos ou esperados no curto prazo;
sejam valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando a
entidade do setor público for fiel depositaria, independentemente do
prazo de exigibilidade.

Gabarito: Certo

26. (CESPE/Analista/Atuarial/MPU/2015)

I concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de


contas;

II registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial;

III baixa de equipamento considerado inservível;

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IV depreciação, no período, de bens móveis de uso.

Considerando que os eventos contábeis apresentados tenham sido


registrados no âmbito da contabilidade do MPU durante o exercício de
2014, julgue o item que se segue.

O evento IV representa uma variação patrimonial qualitativa, mas não


quantitativa: há redução do patrimônio líquido concomitante à inclusão da
conta redutora no ativo.

O registro da depreciação periódica dos bens móveis representa uma


variação quantitativa diminutiva. Há o reconhecimento de uma variação
patrimonial diminutiva e o registro de uma conta redutora do ativo. O
lançamento contábil é o seguinte:

D – VPD – Depreciação
C – Depreciação Acumulada (-A)

Estudaremos o assunto “depreciação” oportunamente em nosso curso.

Gabarito: Errado

27. (CESPE/Contador/FUB/2015) Considere que as seguintes transações


tenham sido registradas pela área de contabilidade da UnB, durante o
exercício de 2014.

I. Compra de um veículo à vista, com entrega imediata do bem.

II. Pagamento de obrigações decorrentes de restos a pagar inscritos em


2013.

III. Recebimento de depósitos de terceiros passíveis de devolução.

IV. Recebimento de bem em doação.

Com base nas informações acima, julgue o próximo item.

Ao efetuar o registro do evento III, o resultado patrimonial da UnB não foi


afetado, pois essa transação representou apenas uma variação
patrimonial qualitativa.

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O recebimento de depósitos de terceiros passíveis de devolução é


considerado um ingresso extraorçamentário os quais, em regra, não têm
reflexos no patrimônio líquido da Entidade. Como esse tipo de ingresso
possui a característica de exigibilidade (a entidade possui a obrigação de
devolver o recurso) não há um aumento do patrimônio, ou seja,
representam variações patrimoniais qualitativas.

Gabarito: Certo

28. (CESPE/Contador/FUB/2015) Considere que as seguintes transações


tenham sido registradas pela área de contabilidade da UnB, durante o
exercício de 2014.

I. Compra de um veículo à vista, com entrega imediata do bem.

II. Pagamento de obrigações decorrentes de restos a pagar inscritos em


2013.

III. Recebimento de depósitos de terceiros passíveis de devolução.

IV. Recebimento de bem em doação.

Com base nas informações acima, julgue o próximo item.

No evento II foi configurada uma variação patrimonial quantitativa


diminutiva visto que, no momento do pagamento da obrigação, houve
redução de valor na conta de caixa e equivalente de caixa da UnB.

O pagamento de restos a pagar representa um dispêndio (despesa)


extraorçamentário os quais, em regra, não afetam o patrimônio líquido.

Os restos a pagar inscritos são classificados no passivo circulante e no


momento do pagamento há uma diminuição do caixa (ativo circulante)
pela saída do recurso financeiro e a baixa do passivo circulante, a final o
RP foi pago, deixando de existir a exigibilidade. Veja que esse fato é
permutativo, sem impacto no PL. Logo, estamos diante de uma variação
patrimonial qualitativa.

Gabarito: Errado

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29. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Suponha que as


seguintes transações governamentais tenham sido registradas em uma
entidade governamental durante determinado exercício financeiro já
encerrado:

aprovação da LOA no valor de R$ 100.000,00, sendo 60% na categoria


econômica corrente e 40% na categoria econômica de capital;
lançamento, ao longo do referido exercício, de R$ 50.000,00 de
impostos, sendo arrecadados 80% desse valor;
ingresso de depósitos de terceiros passíveis de devolução.

Considerando essas transações, julgue o item subsequente, relativo ao


regime e ao tratamento contábil aplicável aos impostos.

No momento da arrecadação dos impostos, será registrada uma variação


patrimonial aumentativa no valor de R$ 40.000,00.

As receitas segundo o enfoque patrimonial (variações patrimoniais


aumentativas) decorrentes de tributos são reconhecidas no momento do
lançamento. Assim, quando a receita for arrecadada não há impacto no
patrimônio líquido, pois esse impacto já ocorreu no momento do
lançamento.

Logo, no momento da arrecadação de impostos temos apenas uma


variação patrimonial qualitativa.

Gabarito: Errado

30. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Considere que as


seguintes transações governamentais tenham sido contabilmente
registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício financeiro de 2013:

I recebimento de bem imóvel em doação;

II baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis;

III pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês


anterior;

IV compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades


administrativas;

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V registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo


imobilizado.

A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item,


acerca das variações patrimoniais e das transações no setor público.

As transações I e II decorrem, respectivamente, de operações que


aumentam e diminuem o patrimônio líquido da CGE/PI, por isso devem
ser registradas como variações patrimoniais quantitativas.

No recebimento de bem imóvel em doação há o registro do


reconhecimento do ativo em contrapartida de uma VPA. O lançamento
contábil é o seguinte:

D – Imóveis
C – Doação - Variação Patrimonial Aumentativa

O reconhecimento da VPA impacta positivamente o PL da entidade.

Na baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis temos o


registro de uma VPD em contrapartida da baixa do ativo (máquinas e
equipamentos). O lançamento contábil é o seguinte:

D – Variação Patrimonial Diminutiva (bens inservíveis)


C – Máquinas e equipamentos

O reconhecimento da VPD impacta negativamente o PL da entidade.

Gabarito: Certo

31. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Considere que as


seguintes transações governamentais tenham sido contabilmente
registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício financeiro de 2013:

I recebimento de bem imóvel em doação;

II baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis;

III pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês


anterior;

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IV compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades


administrativas;

V registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo


imobilizado.

A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item,


acerca das variações patrimoniais e das transações no setor público.

A transação V deve ser registrada como uma variação patrimonial


qualitativa, visto que ela representa uma variação independente da
execução orçamentária.

No registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo


imobilizado temos o reconhecimento de uma VPD e o registro da conta
redutora do ativo. O lançamento contábil é o seguinte:

D – Depreciação (VPD)
C – Depreciação Acumulada (redutora de ativo)

O reconhecimento da VPD impacta negativamente o PL da entidade.

Gabarito: Errado

32. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Considere que as


seguintes transações governamentais tenham sido contabilmente
registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício financeiro de 2013:

I recebimento de bem imóvel em doação;

II baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis;

III pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês


anterior;

IV compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades


administrativas;

V registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo


imobilizado.

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A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item,


acerca das variações patrimoniais e das transações no setor público.

Mesmo modificando apenas a composição específica dos elementos


patrimoniais, sem alterar a situação líquida patrimonial da CGE/PI, a
transação IV deve ser registrada contabilmente como variação
patrimonial.

Na compra de um veículo à vista temos uma variação patrimonial


qualitativa, pois não há impacto no PL. Trata-se de um fato permutativo
em que há modificação apenas na composição específica dos elementos
patrimoniais (trocamos caixa por veículo). O lançamento contábil desse
fato é o seguinte:

D – Veículos
C – Caixa

Gabarito: Certo

33. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Considere que as


seguintes transações governamentais tenham sido contabilmente
registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício financeiro de 2013:

I recebimento de bem imóvel em doação;

II baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis;

III pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês


anterior;

IV compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades


administrativas;

V registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo


imobilizado.

A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item,


acerca das variações patrimoniais e das transações no setor público.

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Na transação III, verifica-se que a situação líquida patrimonial será


negativamente afetada, o que representa uma variação patrimonial
diminutiva.

No pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês


anterior não há impacto no PL. Trata-se de uma variação patrimonial
qualitativa. A VPD surge no momento da liquidação e não no pagamento.

Gabarito: Errado

34. (CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015) Os seguintes eventos contábeis


foram registrados no primeiro exercício financeiro encerrado de
determinada entidade governamental.

 Previsão da receita orçamentária e fixação da despesa


orçamentária, no valor de R$ 160.000,00 cada;
 Lançamento de impostos no valor de R$ 100.000,00, sendo
arrecadados 80% desse valor;
 Recebimento de imóvel em doação no valor de R$ 60.000,00;
 Empenho e liquidação de despesas de pessoal no valor de R$
75.000,00, sendo R$ 50.000,00 pagos no exercício e R$ 25.000,00
inscritos em restos a pagar.

A partir dessa situação, julgue o item a seguir relativo à estrutura e às


instruções de preenchimento das demonstrações contábeis aplicadas ao
setor público.

Como se trata de uma variação patrimonial quantitativa aumentativa, o


imóvel recebido em doação afeta positivamente a apuração do resultado
patrimonial do exercício apresentado na demonstração das variações
patrimoniais em R$ 60.000,00.

Mais uma questão em que é exigido o recebimento de imóvel em doação.

No recebimento de bem imóvel em doação há o registro do


reconhecimento do ativo em contrapartida de uma VPA. O lançamento
contábil é o seguinte:

D – Imóveis
C – Doação - Variação Patrimonial Aumentativa

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O reconhecimento da VPA impacta positivamente o PL da entidade.

Gabarito: Certo

35. (CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015)
I concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de
contas;

II registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial;

III baixa de equipamento considerado inservível;

IV depreciação, no período, de bens móveis de uso.

Considerando que os eventos contábeis apresentados tenham sido


registrados no âmbito da contabilidade do MPU durante o exercício de
2014, julgue o item que se segue.

O evento III, extraorçamentário, não deve ser registrado como variação


patrimonial.

Independentemente do fato ser orçamentário ou extraorçamentário há


registro da variação patrimonial. Na baixa de equipamento considerado
inservível temos o reconhecimento de uma variação patrimonial
diminutiva (VPD) em contrapartida da baixa do equipamento. O
lançamento contábil é o seguinte:

D – Variação Patrimonial Diminutiva – equipamentos inservíveis


C - Equipamentos

Gabarito: Errado

36. (CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015)
I concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de
contas;

II registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial;

III baixa de equipamento considerado inservível;

IV depreciação, no período, de bens móveis de uso.

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Considerando que os eventos contábeis apresentados tenham sido


registrados no âmbito da contabilidade do MPU durante o exercício de
2014, julgue o item que se segue.

Os eventos I e II devem ser registrados como variação patrimonial


quantitativa diminutiva: ambos caracterizam despesas do MPU sob o
enfoque patrimonial.

A concessão de suprimentos de fundos, ainda pendente de prestação de


contas, não impacta o patrimônio líquido. Trata-se de uma variação
patrimonial qualitativa. A VPD surge no momento da prestação de contas.

D 3.x.x.x.x.xx.xx VPD
C 1.1.3.1.x.xx.xx Adiantamentos Concedidos a Pessoal e a Terceiros (P)

No registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial há o


reconhecimento de uma VPD. O lançamento contábil é o seguinte:

D – VPD
C – Provisão

Logo, apenas o evento II deve ser registrado como variação patrimonial


quantitativa diminutiva.

Gabarito: Errado

37. (CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015)
I concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de
contas;

II registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial;

III baixa de equipamento considerado inservível;

IV depreciação, no período, de bens móveis de uso.

Considerando que os eventos contábeis apresentados tenham sido


registrados no âmbito da contabilidade do MPU durante o exercício de
2014, julgue o item que se segue.

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O evento IV representa uma variação patrimonial qualitativa, mas não


quantitativa: há redução do patrimônio líquido concomitante à inclusão da
conta redutora no ativo.

No registro da depreciação mensal (no período) dos bens móveis de uso


temos o reconhecimento de uma VPD e o registro da conta redutora do
ativo. O lançamento contábil é o seguinte:

D – Depreciação (VPD)
C – Depreciação Acumulada (redutora de ativo)

O reconhecimento da VPD impacta negativamente o PL da entidade.


Trata-se, portanto, de uma variação patrimonial quantitativa diminutiva.

Gabarito: Errado

38. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/Contábil/STN/2013) Em um


hospital público, entidade autárquica, o aumento do ativo imobilizado por
reavaliação, o uso de medicamentos na prestação de serviços e a
contratação de uma operação de crédito de longo prazo são considerados,
respectivamente, variação patrimonial
a) aumentativa, qualitativa e diminutiva.
b) qualitativa, diminutiva e qualitativa.
c) qualitativa, quantitativa e quantitativa.
d) quantitativa, quantitativa e qualitativa.
e) quantitativa, permutativa e quantitativa.

Vamos classificar cada operação:

Operação 1: aumento do ativo imobilizado por reavaliação = Variação


patrimonial quantitativa aumentativa.

Quando reavaliamos um bem, haverá ou um aumento desse bem ou uma


diminuição. Essa diferença entre o valor contábil anterior e o novo valor
após a reavaliação é reconhecido como VPA (no caso de aumento) ou VPD
(no caso de diminuição). Assim, há configuração de uma variação
patrimonial quantitativa. No caso da operação, houve um aumento, logo
devemos reconhecer uma receita e, portanto, estamos diante de uma
variação quantitativa aumentativa.

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Operação 2: Uso de medicamentos na prestação de serviços =


Variação patrimonial quantitativa diminutiva.

Quando a entidade usa um medicamento, deve reconhecer uma VPD,


tendo em vista a ocorrência do fato gerador (consumo). Nesse caso,
temos uma variação quantitativa diminutiva, pois há um impacto negativo
no PL.

Operação 3: Contratação de uma operação de crédito de longo


prazo = Variação patrimonial qualitativa.

Na contratação de operação de crédito, há um aumento de ativo, entrada


no caixa, e um aumento do passivo (obrigação a pagar). Logo, não há
impacto no PL e, portanto, estamos diante de um fato permutativo
originando uma variação patrimonial qualitativa.

Portanto, o gabarito da questão está na opção "D".

Gabarito: D

39. (ESAF/Analista Administrativo/DNIT/2013) Assinale a opção em que


as transações realizadas pelo ente público provocam, respectivamente,
variação patrimonial qualitativa e quantitativa do patrimônio, decorrentes
da execução orçamentária.
a) Permuta de bens entre unidades gestoras e baixa de material
considerado inservível.
b) Venda de equipamentos de uso permanente e pagamento de despesa
com pessoal.
c) Pagamento de prestador de serviços e recebimento de bens por
doação.
d) Transferência de recursos mediante convênios e aquisição de material
de consumo para estoque no almoxarifado.
e) Requisição de material de consumo no almoxarifado e emissão de nota
de empenho.

Vamos analisar as alternativas.

a) Permuta de bens entre unidades gestoras = qualitativa


extraorçamentária
e baixa de material considerado inservível = quantitativa
extraorçamentária
Errada.

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b) Venda de equipamentos de uso permanente = qualitativa orçamentária


e pagamento de despesa com pessoal = quantitativa orçamentária
Certa.

c) Pagamento de prestador de serviços = quantitativa orçamentária


e recebimento de bens por doação = quantitativa extraorçamentária
Errada.

d) Transferência de recursos mediante convênios = quantitativa


orçamentária
e aquisição de material de consumo para estoque no almoxarifado =
qualitativa orçamentária
Errada.

e) Requisição de material de consumo no almoxarifado = quantitativa


extraorçamentária
e emissão de nota de empenho = trata-se apenas de um ato
orçamentário
Errada.

Gabarito: B

40. (ESAF/Contador/MTUR/2014) As alterações do patrimônio de uma


entidade entre as datas de duas demonstrações financeiras consecutivas
evidenciam:
a) a saída ou a entrada de recursos no caixa da entidade.
b) o aumento ou a diminuição da riqueza durante o período.
c) aumento ou a diminuição do fluxo de investimentos no período.
d) redução ou aumento no fluxo de caixa da entidade.
e) aumento ou diminuição nas atividades fim da entidade.

As alterações quantitativas do patrimônio de uma entidade entre as datas


de duas demonstrações financeiras consecutivas evidenciam o aumento
ou a diminuição da riqueza durante o período, ou seja, o aumento ou
diminuição da situação líquida ou do patrimônio líquido.

A questão deveria ter sido mais específica e indicar que tipo de alterações
patrimoniais se refere. Implicitamente pelo gabarito podemos perceber
que ela se refere às alterações quantitativas. Vale lembrar que as

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alterações qualitativas (variações qualitativas) não alteram o patrimônio,


pois decorrem de fatos permutativos, sem afetar o PL.

Gabarito: B

41. (ESAF/Contador/MTUR/2014) Tendo em vista que as variações


patrimoniais da entidade pública são classificadas em qualitativas e
quantitativas, assinale a opção que indica a ocorrência de variações
qualitativa e quantitativa, respectivamente.
a) Recebimento de bens por doação, pagamento de despesa com pessoal
ativo.
b) Recebimento de tributo lançado, baixa de equipamento obsoleto.
c) Amortização de empréstimo, recebimento antecipado proveniente de
venda a termo.
d) Provisionamento para pagamento de 130 salário, amortização da
dívida mobiliária.
e) Prestação de contas de suprimento de fundos, transferência de
recursos a ente de outra esfera de governo.

Vamos classificar todas as operações presentes nas opções.

a. Errado. Recebimento de bens por doação  Variação quantitativa


aumentativa;

Pagamento de despesa com pessoal ativo  Variação quantitativa


diminutiva.

b. Certo. Recebimento de tributo lançado  Variação Qualitativa


Baixa de equipamento obsoleto  Variação Quantitativa Diminutiva

c. Errado. Amortização de empréstimo  Variação Qualitativa


Recebimento antecipado proveniente de venda a termo  Variação
Qualitativa

d. Errado. Provisionamento para pagamento de 130 salário  Variação


Quantitativa Diminutiva
Amortização da dívida mobiliária  Variação Qualitativa

e. Errado. Prestação de contas de suprimento de fundos  Variação


Quantitativa Diminutiva

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Transferência de recursos a ente de outra esfera de governo  Variação


Quantitativa Diminutiva

Gabarito: B

42. (FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRT3/2015) Patrimônio Público


é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou
não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados
pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um
fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços
públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas
obrigações. Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público, a classificação do patrimônio público, sob o enfoque
contábil, está estruturado nos seguintes grupos:
a) ativos, passivos e patrimônio líquido.
b) bens móveis, imóveis e obrigações a pagar.
c) ativos, passivos e demonstração das variações patrimoniais.
d) subsistemas orçamentário, financeiro e patrimonial.
e) ativos e passivos não circulantes e saldo patrimonial.

Conforme estudamos, o patrimônio público é estruturado em três grupos:

Ativo  é um recurso controlado no presente pela entidade como


resultado de evento passado.

Passivo  é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja


extinção deva resultar na saída de recursos da entidade.

Patrimônio Líquido  é o valor residual dos ativos da entidade depois


de deduzidos todos seus passivos.

Gabarito: A

43. (FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRT3/2015) Um Hospital


Público Estadual adquiriu à vista, no mês de maio de 2015, duas
ambulâncias pelo valor de R$ 170.000,00. Sob o aspecto patrimonial, a
referida transação refere-se a uma
a) variação patrimonial quantitativa.
b) despesa de capital.
c) inversão financeira.
d) variação patrimonial qualitativa.

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e) variação patrimonial modificativa.

Conforme estudamos, variações patrimoniais qualitativas são aquelas


decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos
elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.

Os exemplos clássicos de variações patrimoniais qualitativas citadas pelo


MCASP são a aquisição de veículos e a contratação de operações de
crédito.

Gabarito: D

44. (FCC/Analista de Controle Externo/Ciências Contábeis/TCE-CE/2015)


A autarquia hospitalar estadual Dr. Menezes de Cabral alienou dois
veículos pelo valor total de R$ 65.500,00, incluídos ganhos com alienação
no valor de R$ 4.500,00. Considerando as Normas Brasileiras de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público − NBC T, nesta transação, sob o
aspecto patrimonial, ocorreu uma
a) receita patrimonial e variação patrimonial quantitativa no valor de R$
61.000,00 e R$ 4.500,00, respectivamente.
b) variação patrimonial quantitativa no valor de R$ 65.500,00.
c) receita de capital e variação patrimonial qualitativa no valor de R$
61.500,00 e R$ 4.500,00, respectivamente.
d) diminuição do ativo no valor de R$ 65.500,00.
e) variação patrimonial qualitativa e quantitativa no valor de R$
61.000,00 e R$ 4.500,00, respectivamente.

Na alienação dos veículos há uma variação qualitativa, pois temos a baixa


dos veículos e, em contrapartida, há a entrada do valor no caixa. Além
disso, como houve ganho na alienação, há configuração de uma variação
quantitativa.

Gabarito: E

45. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE-CE/2015) Uma variação


patrimonial
a) qualitativa altera o valor total do ativo e do patrimônio líquido
concomitantemente pelo mesmo valor.
b) quantitativa diminutiva reduz o ativo e têm como contrapartida a
redução do passivo pelo mesmo valor.

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c) quantitativa aumentativa aumenta o ativo e têm como contrapartida a


redução do passivo pelo mesmo valor.
d) qualitativa pode aumentar um ativo e ter como contrapartida a
redução de outro ativo pelo mesmo valor.
e) quantitativa pode aumentar um ativo e um passivo concomitantemente
pelo mesmo valor.

Vamos analisar as assertivas.

a. Errado. As variações qualitativas não afetam o patrimônio líquido.

b. Errado. O item refere-se a uma variação qualitativa.

c. Errado. O item refere-se a uma variação qualitativa.

d. Certo. Perfeito! Exemplo seria a aquisição de um veículo à vista em


que há a redução de um ativo (caixa) e o aumento de um ativo (veículo).

e. Errado. O item refere-se a uma variação qualitativa.

Gabarito: D

46. (FCC/Auditor Substituto de Conselheiro/TCE-RO/2010) Conforme o


Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público − Volume II −
Procedimentos Contábeis Patrimoniais, as variações no patrimônio da
entidade podem ser classificadas em quantitativas ou qualitativas. Uma
variação qualitativa decorre
a) da realização de operações de crédito.
b) do recebimento de bens em doação.
c) do consumo de material de expediente.
d) da liquidação da despesa com pessoal.
e) da ocorrência do fato gerador do Imposto Predial e Territorial Urbano.

Vamos analisar as assertivas.

a. Certa. Trata-se de uma transação em que há alteração da composição


dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Em uma
operação de crédito temos uma entrada de caixa, advinda do
empréstimo, em contrapartida a um registro de uma obrigação de
devolução do empréstimo.

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b. Errada. Trata-se de uma transação em que há aumento do patrimônio


líquido, pois há entrada do bem no ativo sem existência de contrapartida
de uma obrigação. Sendo assim, temos uma variação quantitativa
aumentativa.

c. Errada. Aqui temos uma variação quantitativa diminutiva.

d. Errada. Mais um caso de variação quantitativa diminutiva.

e. Errada. Trata-se de uma variação quantitativa aumentativa.

Gabarito: A

47. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE-AP/2012) Conforme artigos


100 e 104 da Lei no 4.320/64 em sintonia com a Resolução CFC no
1.131/08 e norma contábil NBC T 16.4, a compra de bens à vista por uma
entidade pública representará uma variação patrimonial

a) quantitativa aumentativa financeira.


b) quantitativa diminutiva financeira.
c) qualitativa.
d) extraorçamentária ativa.
e) extraorçamentária passiva.

De acordo com o comando da questão, temos que classificar a seguinte


operação:

“(...) compra de bens à vista por uma entidade pública (...)”

Tal fato representa uma variação patrimonial qualitativa, pois há uma


troca (permuta) do recurso financeiro (disponível) pelo bem adquirido,
não alterando o patrimônio líquido, pois o fato é permutativo.

Sendo assim, a única opção que atende o comando da questão é a “C”.

Observe que as demais opções tratam de variações quantitativas.

Gabarito: C

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48. (FCC/Analista Judiciário/TRT11/2017) Durante o mês de dezembro de


2016, ocorreram as seguintes transações em uma determinada entidade
pública:

− Aquisição de material de consumo pelo valor de R$ 100.000,00.


− Devolução de um depósito caução no valor de R$ 25.000,00.
− Alienação de um veículo por R$ 45.000,00, com perda de
R$ 12.000,00.
− Reconhecimento dos juros referentes à dívida consolidada no valor de
R$ 27.000,00.
− Reconhecimento da depreciação do ativo imobilizado no valor de
R$ 68.000,00.
− Utilização de material de consumo no valor de R$ 85.000,00.
− Aquisição de um veículo no valor de R$ 43.000,00 em 31/12/2016.

Com base nessas informações, o total das variações patrimoniais


quantitativas diminutivas foi, em reais,
a) 192.000,00.
b) 207.000,00.
c) 217.000,00.
d) 235.000,00.
e) 165.000,00.

Vamos classificar cada uma das variações descritas na questão.

Aquisição de material de consumo pelo valor de R$ 100.000,00.

Trata-se de uma variação qualitativa.

Devolução de um depósito caução no valor de R$ 25.000,00.

Trata-se de uma variação qualitativa.

Alienação de um veículo por R$ 45.000,00, com perda de R$ 12.000,00.

Na alienação de bens com perda devemos reconhecer uma variação


patrimonial diminutiva pelo valor da perda (12.000,00, nesse caso).

Reconhecimento dos juros referentes à dívida consolidada no valor de


R$ 27.000,00.

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No reconhecimento dos juros devemos reconhecer uma variação


patrimonial diminutiva (27.000,00)

Reconhecimento da depreciação do ativo imobilizado no valor de


R$ 68.000,00.

O reconhecimento da depreciação origina o registro de uma variação


patrimonial diminutiva (68.000,00)

Utilização de material de consumo no valor de R$ 85.000,00.

A utilização do material de consumo representa o fato gerador de uma


variação patrimonial diminutiva (85.000,00)

Aquisição de um veículo no valor de R$ 43.000,00 em 31/12/2016.

A aquisição de um veículo origina uma variação qualitativa.

Logo, o total das VPDs é de: 12.000,00 + 27.000,00 + 68.000,00 +


85.000,00 = 192.000,00.

Gabarito: A

Considere os dados do Quadro 02 a seguir, originados do sistema de


contabilidade de uma entidade pública, relativos ao último exercício
financeiro:

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49. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) A partir dos


dados apresentados, as operações que causam redução no patrimônio
líquido da entidade totalizam:
a) 135.000,00;
b) 153.000,00;
c) 263.000,00;
d) 513.000,00;
e) 1.180.000,00.

Vamos identificar as operações que geram VPD:

Descrição Valor
Baixa de ativos por obsolescência 32.000,00
Doação de bens inservíveis 18.000,00
Juros e encargos da dívida 37.000,00
Perdas de ativos por furto 45.000,00
Redução ao valor recuperável de ativos 21.000,00
Total 153.000,00

Gabarito: B

50. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) Considerando


os dados apresentados no Quadro 02, o total das operações que não têm
impacto no patrimônio é:

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a) 1.510.000,00;
b) 1.423.000,00;
c) 1.187.000,00;
d) 1.180.000,00;
e) 820.000,00.

Vamos identificar as operações que não impactam o PL, ou seja, as


variações qualitativas:

Descrição Valor
Amortização de empréstimos 110.000,00
Aquisição de veículos 130.000,00
Construção de imóveis 690.000,00
Contratação de operações de crédito 250.000,00
Total 1.180.000,00

Gabarito: D

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RESUMO DA AULA

COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO


O patrimônio público é estruturado em três grupos:
 ATIVOS: é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de evento passado.
 PASSIVO: é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva resultar na
saída de recursos da entidade.
 SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA é a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão de
outros recursos e a dedução de outras obrigações, reconhecida na demonstração que evidencia a
situação patrimonial [balanço patrimonial] como patrimônio líquido. A situação patrimonial
líquida pode ser um montante residual positivo ou negativo.
CLASSIFICAÇÃO DO ATIVO
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS (MCASP Parte I)

RECONHECIMENTO DO ATIVO
 Um ativo deve ser reconhecido no patrimônio público quando for provável que benefícios futuros dele
provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis.
 Também são reconhecidos no ativo os depósitos caracterizados como entradas compensatórias2 no
ativo e no passivo financeiro. Exemplos: cauções em dinheiro para garantia de contratos, consignações a
pagar, retenção de obrigações de terceiros a recolher e outros depósitos com finalidades especiais,
como os para garantia de recursos.
CLASSIFICAÇÃO DO PASSIVO

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RECONHECIMENTO DO PASSIVO
 Um passivo deve ser reconhecido no Balanço Patrimonial quando for provável que uma saída de
recursos envolvendo benefícios econômicos seja exigida em liquidação de uma obrigação presente e o
valor pelo qual essa liquidação se dará possa ser determinado em bases confiáveis.

 Também são reconhecidos no passivo, pois se caracterizam como obrigações para com terceiros, os
depósitos caracterizados como entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiro. Exemplos:
cauções em dinheiro para garantia de contratos, consignações a pagar, retenção de obrigações de
terceiros a recolher e outros depósitos com finalidades especiais, como os para garantia de recursos.

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS (MCASP Parte I)

CLASSIFICAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS

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CLASSIFICAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS


PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS (MCASP Parte I)

RECONHECIMENTO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

 Considera-se realizada a variação patrimonial aumentativa (VPA):


a. nas transações com contribuintes e terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem
compromisso firme de efetivá-lo, quer pela ocorrência de um fato gerador de natureza tributária,
investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, ou fruição de serviços por
esta prestados;
b. quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o
desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;
c. pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros;
d. no recebimento efetivo de doações e subvenções.

 Considera-se realizada a variação patrimonial diminutiva (VPD):


a. quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para
terceiro;
b. diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;
c. pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

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Lista das questões apresentadas na aula

1. (FGV/Fiscal Tributário/Osasco/2014) Pelas práticas contábeis adotadas


no Brasil, um ativo só pode ser reconhecido no balanço patrimonial
quando:
a) for adquirido de outra pessoa jurídica ou física com negócios no país
sede da empresa adquirente;
b) houver a transferência da posse e seu valor seja calculável com o
máximo de confiabilidade possível;
c) houver um documento fiscal relacionado à arrecadação de tributos do
Estado;
d) for provável que gere caixa e seu custo seja mensurável;
e) a transação envolver duas partes independentes com o mesmo
conhecimento sobre a negociação.

2. (CESPE/Contador/DPU/2016) Deve-se reconhecer um passivo caso


haja uma obrigação futura da entidade, derivada de eventos passados,
cuja liquidação resultará na saída de recursos da entidade capazes de
gerar benefícios econômicos.

3. (CESPE/Analista/Controle Interno/MPE-PI/2012) A aplicação da


orientação de prevalência da essência sobre a forma implica analisar se a
natureza administrativa dos eventos a contabilizar está devidamente
representada pelo instrumento formal.

4. (CESPE/Analista Judiciário/TRT8/Contabilidade/2016/Adaptada)
Recursos controlados são ativos dos quais a entidade detém o controle, os
riscos e os benefícios decorrentes, mesmo sem ter o direito de
propriedade.

5. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-PE/2017) Assinale a


opção correta acerca da estrutura e composição do patrimônio sob a
perspectiva do setor público.
a) Os passivos decorrem de obrigações futuras derivadas de eventos
presentes.
b) O patrimônio público é o valor residual dos ativos da entidade depois
de deduzidos todos seus passivos.
c) Os passivos mantidos essencialmente para fins de negociação são
classificados como não circulante.

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d) A classificação dos elementos patrimoniais em circulante ou não


circulante é feita com base nos atributos de confiabilidade e relevância
desses elementos.
e) Ativos são recursos dos quais se espera que resultem benefícios
econômicos futuros ou potenciais de serviços para a entidade.

6. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-PE/2017) No
relacionamento entre os regimes orçamentário e contábil no âmbito da
administração pública, as variações patrimoniais
a) serão evidenciadas somente se resultarem da execução orçamentária.
b) serão evidenciadas somente se forem independentes da execução
orçamentária.
c) serão evidenciadas, sejam elas independentes ou resultantes da
execução orçamentária.
d) serão evidenciadas apenas se impactarem negativamente o patrimônio
líquido da entidade.
e) não serão evidenciadas.

7. (CESPE/Analista/Contabilidade/SEDF/2017) Julgue o item a seguir,


relativo aos conceitos de contabilidade pública.

O cancelamento de uma dívida passiva de entidade pública provoca uma


variação patrimonial aumentativa.

8. (CESPE/Analista/Contabilidade/SEDF/2017) Julgue o item a seguir,


relativo aos conceitos de contabilidade pública.

Entre as variações qualitativas do patrimônio público inclui-se a variação


patrimonial considerada aumentativa.

9. (CESPE/Auditor/TCE-PR/2016/Adaptada) No quesito classificação das


contas patrimoniais, as NBCASP determinam que, quando a entidade do
setor público for a fiel depositária, independentemente do prazo de
exigibilidade, serão classificadas no passivo não circulante as contas que
correspondam a valores de terceiros ou retenções.

10. (CESPE/Auditor/TCE-PR/2016/Adaptada) Conversibilidade e


exigibilidade são os atributos adotados para classificar os elementos
patrimoniais na segregação de ativos e passivos descritos como
circulantes ou não circulantes.

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11. (CESPE/Contador/FUB/2015) Com relação ao objetivo e à composição


do patrimônio do setor público, julgue o item que se segue.

Os atributos de continuidade e competência são a base para a separação


dos elementos patrimoniais do setor público em circulante e não
circulante.

12. (CESPE/Contador/FUB/2015) Não compõem o patrimônio público os


bens nele produzidos ou por ele recebidos em doação, ainda que esses
bens representem um fluxo de benefícios futuros e sejam inerentes à
prestação de seus serviços.

13. (CESPE/Contador/SUFRAMA/2014) Julgue o próximo item, relativo ao


campo da contabilidade aplicada ao setor público e à composição do
patrimônio público.

Para compor o patrimônio público, os bens e direitos devem ser


portadores ou representantes de um fluxo de benefícios presente ou
futuro.

14. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ-SE/2014) Um bem ativo


mantido ou utilizado por entidade do setor público, com potencial de
geração de benefício futuro para a sociedade, pode pertencer a terceiros
e, mesmo assim, ser registrado e integrar o patrimônio público.

15. (CESPE/Contador/TCE-RO/2013) O patrimônio público compõe-se de


ativo, passivo e saldo patrimonial, de modo que, no setor público, o saldo
patrimonial não se diferencia do patrimônio líquido, considerado na
contabilidade empresarial.

16. (CESPE/Contador/TCE-RO/2013) Um ativo deve ser reconhecido no


patrimônio público quando for provável que dele sejam gerados benefícios
futuros para a entidade, ainda que as variações patrimoniais decorrentes
do seu uso nem sempre representam benefícios para a entidade.

17. (CESPE/Agente Técnico de Inteligência/Contabilidade/2010) Julgue o


item subsequente, que se refere aos conceitos de contas no setor público.

Para a classificação dos elementos patrimoniais, é necessário considerar


seus atributos de conversibilidade e exigibilidade.

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18. (CESPE/Secretário Executivo/FUB/2013) A propriedade é uma


característica indispensável para que um elemento patrimonial com
potencialidade de gerar benefícios econômicos futuros para uma entidade
seja considerado um ativo pela contabilidade.

19. (CESPE/Especialista/Contador/SESA-ES/2011) Ao avaliar se um item


se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, o
contador deve considerar a essência, em detrimento da forma.

20. (CESPE/Analista/Controle Interno/MPE-PI/2012) A possibilidade de


ocorrência de um evento futuro que afete negativamente o patrimônio de
uma entidade deve ser registrado como um passivo dessa entidade.

21. (CESPE/Especialista/Contador/SESA-ES/2011/Adaptada) Se uma


entidade pública tem uma obrigação presente, derivada de eventos já
ocorridos, de cujo pagamento se espera que resulte saída de recursos
capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços, tal
obrigação deve ser enquadrada como um passivo da entidade.

22. (CESPE/Técnico Judiciário/Contabilidade/STM/2010/adaptada) Para se


reconhecer um passivo na estrutura patrimonial de uma entidade pública,
deve-se atender a requisitos específicos. Assim, um passivo será
reconhecido quando for provável que uma saída de recursos envolvendo
benefícios econômicos seja exigida em liquidação de uma obrigação
presente e quando o valor pelo qual essa liquidação ocorrerá puder ser
determinado em bases confiáveis.

23. (CESPE/Contador/STM/2010) Patrimônio líquido é o conjunto de


recursos controlados e utilizados pela entidade, fruto de suas transações
passadas e cujo objetivo é a geração de benefícios futuros.

24. (CESPE/Contador/TCE-RO/2013) Na contabilidade governamental, o


ativo classifica-se em circulante e não circulante, o que não impede a
aplicação do previsto na Lei n.º 4.320/1964, que divide o ativo em
financeiro e permanente, para a elaboração do balanço patrimonial.

25. (CESPE/Agente Técnico de Inteligência/Contabilidade/2010) Os


passivos devem ser classificados como circulantes quando,
correspondendo a valores de terceiros ou retenções em nome deles, a
entidade do setor público for a fiel depositária, independentemente do
prazo de exigibilidade.

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26. (CESPE/Analista/Atuarial/MPU/2015)

I concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de


contas;

II registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial;

III baixa de equipamento considerado inservível;

IV depreciação, no período, de bens móveis de uso.

Considerando que os eventos contábeis apresentados tenham sido


registrados no âmbito da contabilidade do MPU durante o exercício de
2014, julgue o item que se segue.

O evento IV representa uma variação patrimonial qualitativa, mas não


quantitativa: há redução do patrimônio líquido concomitante à inclusão da
conta redutora no ativo.

27. (CESPE/Contador/FUB/2015) Considere que as seguintes transações


tenham sido registradas pela área de contabilidade da UnB, durante o
exercício de 2014.

I. Compra de um veículo à vista, com entrega imediata do bem.

II. Pagamento de obrigações decorrentes de restos a pagar inscritos em


2013.

III. Recebimento de depósitos de terceiros passíveis de devolução.

IV. Recebimento de bem em doação.

Com base nas informações acima, julgue o próximo item.

Ao efetuar o registro do evento III, o resultado patrimonial da UnB não foi


afetado, pois essa transação representou apenas uma variação
patrimonial qualitativa.

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28. (CESPE/Contador/FUB/2015) Considere que as seguintes transações


tenham sido registradas pela área de contabilidade da UnB, durante o
exercício de 2014.

I. Compra de um veículo à vista, com entrega imediata do bem.

II. Pagamento de obrigações decorrentes de restos a pagar inscritos em


2013.

III. Recebimento de depósitos de terceiros passíveis de devolução.

IV. Recebimento de bem em doação.

Com base nas informações acima, julgue o próximo item.

No evento II foi configurada uma variação patrimonial quantitativa


diminutiva visto que, no momento do pagamento da obrigação, houve
redução de valor na conta de caixa e equivalente de caixa da UnB.

29. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Suponha que as


seguintes transações governamentais tenham sido registradas em uma
entidade governamental durante determinado exercício financeiro já
encerrado:

aprovação da LOA no valor de R$ 100.000,00, sendo 60% na categoria


econômica corrente e 40% na categoria econômica de capital;
lançamento, ao longo do referido exercício, de R$ 50.000,00 de
impostos, sendo arrecadados 80% desse valor;
ingresso de depósitos de terceiros passíveis de devolução.

Considerando essas transações, julgue o item subsequente, relativo ao


regime e ao tratamento contábil aplicável aos impostos.

No momento da arrecadação dos impostos, será registrada uma variação


patrimonial aumentativa no valor de R$ 40.000,00.

30. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Considere que as


seguintes transações governamentais tenham sido contabilmente
registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício financeiro de 2013:

I recebimento de bem imóvel em doação;

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II baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis;

III pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês


anterior;

IV compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades


administrativas;

V registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo


imobilizado.

A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item,


acerca das variações patrimoniais e das transações no setor público.

As transações I e II decorrem, respectivamente, de operações que


aumentam e diminuem o patrimônio líquido da CGE/PI, por isso devem
ser registradas como variações patrimoniais quantitativas.

31. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Considere que as


seguintes transações governamentais tenham sido contabilmente
registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício financeiro de 2013:

I recebimento de bem imóvel em doação;

II baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis;

III pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês


anterior;

IV compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades


administrativas;

V registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo


imobilizado.

A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item,


acerca das variações patrimoniais e das transações no setor público.

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A transação V deve ser registrada como uma variação patrimonial


qualitativa, visto que ela representa uma variação independente da
execução orçamentária.

32. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Considere que as


seguintes transações governamentais tenham sido contabilmente
registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício financeiro de 2013:

I recebimento de bem imóvel em doação;

II baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis;

III pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês


anterior;

IV compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades


administrativas;

V registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo


imobilizado.

A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item,


acerca das variações patrimoniais e das transações no setor público.

Mesmo modificando apenas a composição específica dos elementos


patrimoniais, sem alterar a situação líquida patrimonial da CGE/PI, a
transação IV deve ser registrada contabilmente como variação
patrimonial.

33. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Considere que as


seguintes transações governamentais tenham sido contabilmente
registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício financeiro de 2013:

I recebimento de bem imóvel em doação;

II baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis;

III pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês


anterior;

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IV compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades


administrativas;

V registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo


imobilizado.

A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item,


acerca das variações patrimoniais e das transações no setor público.

Na transação III, verifica-se que a situação líquida patrimonial será


negativamente afetada, o que representa uma variação patrimonial
diminutiva.

34. (CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015) Os seguintes eventos contábeis


foram registrados no primeiro exercício financeiro encerrado de
determinada entidade governamental.

 Previsão da receita orçamentária e fixação da despesa


orçamentária, no valor de R$ 160.000,00 cada;
 Lançamento de impostos no valor de R$ 100.000,00, sendo
arrecadados 80% desse valor;
 Recebimento de imóvel em doação no valor de R$ 60.000,00;
 Empenho e liquidação de despesas de pessoal no valor de R$
75.000,00, sendo R$ 50.000,00 pagos no exercício e R$ 25.000,00
inscritos em restos a pagar.

A partir dessa situação, julgue o item a seguir relativo à estrutura e às


instruções de preenchimento das demonstrações contábeis aplicadas ao
setor público.

Como se trata de uma variação patrimonial quantitativa aumentativa, o


imóvel recebido em doação afeta positivamente a apuração do resultado
patrimonial do exercício apresentado na demonstração das variações
patrimoniais em R$ 60.000,00.

35. (CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015)
I concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de
contas;

II registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial;

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III baixa de equipamento considerado inservível;

IV depreciação, no período, de bens móveis de uso.

Considerando que os eventos contábeis apresentados tenham sido


registrados no âmbito da contabilidade do MPU durante o exercício de
2014, julgue o item que se segue.

O evento III, extraorçamentário, não deve ser registrado como variação


patrimonial.

36. (CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015)
I concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de
contas;

II registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial;

III baixa de equipamento considerado inservível;

IV depreciação, no período, de bens móveis de uso.

Considerando que os eventos contábeis apresentados tenham sido


registrados no âmbito da contabilidade do MPU durante o exercício de
2014, julgue o item que se segue.

Os eventos I e II devem ser registrados como variação patrimonial


quantitativa diminutiva: ambos caracterizam despesas do MPU sob o
enfoque patrimonial.

37. (CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015)
I concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de
contas;

II registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial;

III baixa de equipamento considerado inservível;

IV depreciação, no período, de bens móveis de uso.

Considerando que os eventos contábeis apresentados tenham sido


registrados no âmbito da contabilidade do MPU durante o exercício de
2014, julgue o item que se segue.

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O evento IV representa uma variação patrimonial qualitativa, mas não


quantitativa: há redução do patrimônio líquido concomitante à inclusão da
conta redutora no ativo.

38. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/Contábil/STN/2013) Em um


hospital público, entidade autárquica, o aumento do ativo imobilizado por
reavaliação, o uso de medicamentos na prestação de serviços e a
contratação de uma operação de crédito de longo prazo são considerados,
respectivamente, variação patrimonial
a) aumentativa, qualitativa e diminutiva.
b) qualitativa, diminutiva e qualitativa.
c) qualitativa, quantitativa e quantitativa.
d) quantitativa, quantitativa e qualitativa.
e) quantitativa, permutativa e quantitativa.

39. (ESAF/Analista Administrativo/DNIT/2013) Assinale a opção em que


as transações realizadas pelo ente público provocam, respectivamente,
variação patrimonial qualitativa e quantitativa do patrimônio, decorrentes
da execução orçamentária.
a) Permuta de bens entre unidades gestoras e baixa de material
considerado inservível.
b) Venda de equipamentos de uso permanente e pagamento de despesa
com pessoal.
c) Pagamento de prestador de serviços e recebimento de bens por
doação.
d) Transferência de recursos mediante convênios e aquisição de material
de consumo para estoque no almoxarifado.
e) Requisição de material de consumo no almoxarifado e emissão de nota
de empenho.

40. (ESAF/Contador/MTUR/2014) As alterações do patrimônio de uma


entidade entre as datas de duas demonstrações financeiras consecutivas
evidenciam:
a) a saída ou a entrada de recursos no caixa da entidade.
b) o aumento ou a diminuição da riqueza durante o período.
c) aumento ou a diminuição do fluxo de investimentos no período.
d) redução ou aumento no fluxo de caixa da entidade.
e) aumento ou diminuição nas atividades fim da entidade.

41. (ESAF/Contador/MTUR/2014) Tendo em vista que as variações


patrimoniais da entidade pública são classificadas em qualitativas e

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quantitativas, assinale a opção que indica a ocorrência de variações


qualitativa e quantitativa, respectivamente.
a) Recebimento de bens por doação, pagamento de despesa com pessoal
ativo.
b) Recebimento de tributo lançado, baixa de equipamento obsoleto.
c) Amortização de empréstimo, recebimento antecipado proveniente de
venda a termo.
d) Provisionamento para pagamento de 130 salário, amortização da
dívida mobiliária.
e) Prestação de contas de suprimento de fundos, transferência de
recursos a ente de outra esfera de governo.

42. (FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRT3/2015) Patrimônio Público


é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou
não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados
pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um
fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços
públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas
obrigações. Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público, a classificação do patrimônio público, sob o enfoque
contábil, está estruturado nos seguintes grupos:
a) ativos, passivos e patrimônio líquido.
b) bens móveis, imóveis e obrigações a pagar.
c) ativos, passivos e demonstração das variações patrimoniais.
d) subsistemas orçamentário, financeiro e patrimonial.
e) ativos e passivos não circulantes e saldo patrimonial.

43. (FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRT3/2015) Um Hospital


Público Estadual adquiriu à vista, no mês de maio de 2015, duas
ambulâncias pelo valor de R$ 170.000,00. Sob o aspecto patrimonial, a
referida transação refere-se a uma
a) variação patrimonial quantitativa.
b) despesa de capital.
c) inversão financeira.
d) variação patrimonial qualitativa.
e) variação patrimonial modificativa.

44. (FCC/Analista de Controle Externo/Ciências Contábeis/TCE-CE/2015)


A autarquia hospitalar estadual Dr. Menezes de Cabral alienou dois
veículos pelo valor total de R$ 65.500,00, incluídos ganhos com alienação
no valor de R$ 4.500,00. Considerando as Normas Brasileiras de

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Contabilidade Aplicada ao Setor Público − NBC T, nesta transação, sob o


aspecto patrimonial, ocorreu uma
a) receita patrimonial e variação patrimonial quantitativa no valor de R$
61.000,00 e R$ 4.500,00, respectivamente.
b) variação patrimonial quantitativa no valor de R$ 65.500,00.
c) receita de capital e variação patrimonial qualitativa no valor de R$
61.500,00 e R$ 4.500,00, respectivamente.
d) diminuição do ativo no valor de R$ 65.500,00.
e) variação patrimonial qualitativa e quantitativa no valor de R$
61.000,00 e R$ 4.500,00, respectivamente.

45. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE-CE/2015) Uma variação


patrimonial
a) qualitativa altera o valor total do ativo e do patrimônio líquido
concomitantemente pelo mesmo valor.
b) quantitativa diminutiva reduz o ativo e têm como contrapartida a
redução do passivo pelo mesmo valor.
c) quantitativa aumentativa aumenta o ativo e têm como contrapartida a
redução do passivo pelo mesmo valor.
d) qualitativa pode aumentar um ativo e ter como contrapartida a
redução de outro ativo pelo mesmo valor.
e) quantitativa pode aumentar um ativo e um passivo concomitantemente
pelo mesmo valor.

46. (FCC/Auditor Substituto de Conselheiro/TCE-RO/2010) Conforme o


Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público − Volume II −
Procedimentos Contábeis Patrimoniais, as variações no patrimônio da
entidade podem ser classificadas em quantitativas ou qualitativas. Uma
variação qualitativa decorre
a) da realização de operações de crédito.
b) do recebimento de bens em doação.
c) do consumo de material de expediente.
d) da liquidação da despesa com pessoal.
e) da ocorrência do fato gerador do Imposto Predial e Territorial Urbano.

47. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE-AP/2012) Conforme artigos


100 e 104 da Lei no 4.320/64 em sintonia com a Resolução CFC no
1.131/08 e norma contábil NBC T 16.4, a compra de bens à vista por uma
entidade pública representará uma variação patrimonial

a) quantitativa aumentativa financeira.

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b) quantitativa diminutiva financeira.


c) qualitativa.
d) extraorçamentária ativa.
e) extraorçamentária passiva.

48. (FCC/Analista Judiciário/TRT11/2017) Durante o mês de dezembro de


2016, ocorreram as seguintes transações em uma determinada entidade
pública:

− Aquisição de material de consumo pelo valor de R$ 100.000,00.


− Devolução de um depósito caução no valor de R$ 25.000,00.
− Alienação de um veículo por R$ 45.000,00, com perda de
R$ 12.000,00.
− Reconhecimento dos juros referentes à dívida consolidada no valor de
R$ 27.000,00.
− Reconhecimento da depreciação do ativo imobilizado no valor de
R$ 68.000,00.
− Utilização de material de consumo no valor de R$ 85.000,00.
− Aquisição de um veículo no valor de R$ 43.000,00 em 31/12/2016.

Com base nessas informações, o total das variações patrimoniais


quantitativas diminutivas foi, em reais,
a) 192.000,00.
b) 207.000,00.
c) 217.000,00.
d) 235.000,00.
e) 165.000,00.

Considere os dados do Quadro a seguir, originados do sistema de


contabilidade de uma entidade pública, relativos ao último exercício
financeiro:

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49. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) A partir dos


dados apresentados, as operações que causam redução no patrimônio
líquido da entidade totalizam:
a) 135.000,00;
b) 153.000,00;
c) 263.000,00;
d) 513.000,00;
e) 1.180.000,00.

50. (FGV/Especialista Legislativo/Ciências Contábeis/2017) Considerando


os dados apresentados no Quadro 02, o total das operações que não têm
impacto no patrimônio é:
a) 1.510.000,00;
b) 1.423.000,00;
c) 1.187.000,00;
d) 1.180.000,00;
e) 820.000,00.

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1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
D E E E C C E C E C
11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.
E E C C C C C E C E
21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30.
C C E C C E C E E C
31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40.
E C E C E E E D B B
41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50.
B A D E D A C A B D

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