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Orações Coordenadas e

Subordinadas:
Conceitos Iniciais:

Frase: Qualquer enunciado que produza sentido.


Exemplos:
Cheguei!
Oi!

Oração: É a frase verbal. Precisa obrigatoriamente de verbo.

Período: Pode ser simples ou composto.


➢ Simples: Formado por apenas uma oração.

➢ Composto: Formado por duas ou mais orações.

Tipos de Período Composto:


• Por Coordenação: Orações Coordenadas.
• Por Subordinação: Orações Subordinadas.

Observação: As Orações Coordenadas e as Subordinadas podem aparecer


sobre formas desenvolvidas (quando são introduzidas por conjunção ou
pronome relativo) ou reduzidas (quando aparecem verbos no infinitivo, gerúndio
ou particípio).

Orações Coordenadas:
Sequência de Orações em que uma não exerce função sintática em relação à
outra.

Orações Subordinadas:
Sequência de Orações em que uma exerce função sintática em relação à outra
ou seja, uma oração é sujeito, objeto, complemento nominal etc da outra. Os
termos da oração (sujeito, objeto, complemento nominal, adjunto etc) aparecem
sobre a forma de oração (sujeito oracional, objeto oracional etc)

Quadro Resumo Rápido:

Tipo de Oração: Significado Conjunções: Função Sintática


Orações Orações
Coordenadas independentes e -------- --------
Assindéticas sem conectivo
(conjunção)
Orações Orações
Coordenadas independentes e --------
Sindéticas com conectivo
(conjunção)
Aditivas Ideia de soma, E, nem, não só,
adição mas também, mas ---------
ainda
Adversativas Oposição, Mas, porém,
contraste, ressalva contudo, todavia, ---------
entretanto. No
entanto
Alternativas Alternância, Ou...ou
Escolha Ora...ora ---------
Já...já
Quer...quer
Conclusivas Ideia de Conclusão Logo, portanto, por
conseguinte, pois ---------
(após o verbo)
Explicativas Justifica o que se Que, porque,
disse na outra porquanto, pois ---------
oração (antes do verbo)
Orações Equivalem a um Conjunção Diversas
Subordinadas substantivo Integrante QUE ou
Substantivas (funções próprias SE ou pronome
de substantivo). indefinido
Podem vir sobre a
forma Reduzida de
Infinitivo
Subjetivas É sujeito da Oração QUE e SE. De Sujeito da
Principal quando Conjunção oração principal
não se acha o Integrante
sujeito da oração
principal na
oração principal.
✓ Verbo na 3º
pessoa do
singular
seguidos de
que, se ou
infinitivo;
Urge que chegues
no horário.
✓ Expressões
na voz
passiva
(sabe-se,
diz-se,
conta-se);
Diz-se que ela
mentiu.
✓ Verbo de
Ligação +
Predicativo
(É bom, é
conveniente,
está claro)
Está claro que ela
mentiu
Objetivas Diretas ✓ Verbo QUE e SE. De Objeto Direto
Transitivo Conjunção da oração principal
Direto na Integrante
Oração
Principal
Espero que ela
volte logo;
Não sei se volto
amanhã;
Objetivas ✓ Verbo QUE e SE. De Objeto
Indiretas Transitivo Conjunção Indireto da oração
Indireto na Integrante principal
Oração
Principal
Necessito de que
me ajudes.
Preciso de que me
faça um favor.
Completivas ✓ Complement QUE e SE. De Complemento
Nominais am um Conjunção Nominal da
nome da Integrante oração principal
Oração
Principal. O
nome
sempre pede
complement
o com
preposição
Tenho
necessidade de
que me auxilies
Tenho esperança
de que ela volte
Predicativas ✓ Exercem a QUE e SE. De Predicativo da
função de Conjunção oração principal
predicativo. Integrante
Sempre vêm
logo após
um verbo
de ligação.
Minha esperança é
que consiga passar
Apositivas ✓ Aposto em QUE e SE. De Aposto da
forma de Conjunção oração principal
oração Integrante
(oracional).
Havia uma
esperança: que
contasse a
verdade
Agente da Foi substituído por SEM De Agente da
Passiva quem o criticava. CONJUNÇÃO. Passiva da oração
✓ A Oração Introduzidas por principal
Subordinada pronome indefinido
é o termo seguido de POR ou
que age DE
nesse
período.
Quem o
criticava é
quem o
substitui.
Orações Modificam um Introduzidas pelas De Adjunto
Subordinadas verbo ou um Conjunções Adverbial da
Adverbiais advérbio. Podem Subordinativas oração principal
vir sobre as formas Adverbiais
reduzidas
(infinitivo, gerúndio
ou particípio)
Causais Motivo, razão do Porque, como, já Adjunto Adverbial
que ocorre na que, visto que, uma
Oração Principal vez que
Comparativas Ideia de Como, que Adjunto Adverbial
comparação entre (antecedido de
dois termos mais, menos),
quanto, assim
como
Concessivas Oposição, Embora, Adjunto Adverbial
exceção, aceitar conquanto, mesmo
uma ideia oposta que, ainda que, por
mais que
Condicionais Hipótese para a Se, caso, desde Adjunto Adverbial
realização de um que, contanto que
fato
Conformativas Indicam a Conforme, como, Adjunto Adverbial
conformidade de segundo,
um fato com outro consoante
Consecutivas Indicam o Que (precedido de Adjunto Adverbial
resultado de uma tão, tanto, tal), de
ação modo que, de sorte
que
Finais Indicam o objetivo, A fim de que, para Adjunto Adverbial
a finalidade que, que, porque
Proporcionais Relação entre À proporção que, à Adjunto Adverbial
duas ações em medida que, ao
que uma delas passo que
acarreta mudança
na outra
Temporais Indicam o momento Quando, mal, Adjunto Adverbial
em que ocorre um enquanto, desde
fato que, logo que
Orações Têm o valor de Quando De Adjunto
Subordinadas Adjetivo, referindo- desenvolvidas, Adnominal da
Adjetivas se ao substantivo iniciam-se por um oração principal
ou ao pronome pronome relativo
substantivo da QUE
Oração Principal.
Podem vir sobre as
formas reduzidas
(infinitivo, gerúndio
ou particípio)
Explicativas Valor de QUE (pronome Adjunto Adnominal
explicação. De relativo)
fornecer uma
informação
adicional ao
substantivo da
oração principal
✓ Vem
separada
por vírgula.
Restritivas Valor de restrição. QUE (pronome Adjunto Adnominal
De restringir o relativo)
substantivo da
oração principal
✓ NÃO VEM
separada
por vírgula.

✓ Atenção principalmente ao significado e não somente às conjunções,


visto que há conjunções idênticas para diferente tipos de Orações
Coordenadas e Subordinadas.
Orações Coordenadas:

As Orações Coordenadas são independentes, ou seja, não exercem funções


sintáticas umas em relação às outras. Uma oração não é sujeito, objeto,
complemento nominal ou adjunto da outra.

Classificam-se em:
➢ Sindéticas: Quando as orações são unidas por um conectivo
(conjunção);
➢ Assindéticas: Quando não há conectivos (conjunções) unindo uma
oração e outra.

Orações Coordenadas Sindéticas:

Podem ser:
➢ Aditivas: Exprimem ideia de soma, adição. Principais Conjunções: e,
nem, não só, mas também.

➢ Adversativas: Exprimem ideia de oposição, contraste, ressalva.


Principais Conjunções: mas, porém, contudo, todavia, entretanto.

➢ Alternativas: Exprimem ideia de alternância, escolha. Principais


Conjunções: ou, ou ...ora, ora... já, já...

➢ Conclusivas: Exprimem ideia de conclusão. Principais Conjunções:


logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo).

➢ Explicativas: Exprimem ideia de explicação, justificativa para o que


aconteceu na outra oração. Principais Conjunções: que, porque,
porquanto, pois (antes do verbo).

Orações Coordenadas Assindéticas:


Orações Independentes unidas sem conectivo (Conjunção).
Exemplo:
Não corra, não mate, não morra.
Orações Subordinadas:

A Oração Subordinada que não tiver o conectivo (conjunção) será chamada de


Oração Principal.
Ao contrário das orações coordenadas, que são sintaticamente independentes,
nas Orações Subordinadas temos uma Oração (Oração Subordinada)
desempenhando uma função sintática em relação à outra (Oração Principal).

As Orações Subordinadas podem ser:

➢ Substantivas: Quando equivalem a um substantivo, exercendo as


funções próprias de um substantivo.

Apresentam-se em forma desenvolvida, introduzidas pelas conjunções


integrantes que ou se, ou por pronome indefinido ou advérbio interrogativo.
Apresentando-se também na forma reduzida (infinitivo).

Podem ser equivalentes: Ao Sujeito da Oração Principal, Objeto Direto, Objeto


Indireto, Complemento Nominal, Predicativa e ainda exercem função de Aposto
ou Agente da Passiva.

➢ Adverbiais: São orações de modificam um verbo ou um advérbio.

São Equivalentes: Sempre Adjunto Adverbial da Oração Principal.


São introduzidas pelas conjunções subordinativas adverbiais, apresentando-
se também na forma reduzida (infinitivo, gerúndio ou particípio).

➢ Adjetivas: São orações que tem valor de adjetivo, logo se referem ao


substantivo da Oração Principal.

Quando desenvolvidas, iniciam-se com um pronome relativo, geralmente o


que, que é o conectivo que retoma ao substantivo ou ao pronome substantivo
da oração principal. Apresentando-se também na forma reduzida (infinitivo,
gerúndio ou particípio).
Funciona como Adjunto Adnominal de um Substantivo ou Pronome
Substantivo da Oração Principal, ora tendo função restritiva (sem vírgulas),
outras vezes com função explicativa (entre vírgulas).

Orações Subordinadas Substantivas:

• Subjetivas: exercem a função sintática de sujeito da Oração Principal.

Verbos na 3º pessoa do singular.


Exemplo:
➢ Urge que chegues no horário.

Expressões na Voz Passiva.


Exemplos:
➢ Diz-se que ela mentiu.
➢ Sabe-se que ele é um charlatão.

Verbo de Ligação mais Predicativo:


Exemplos:
➢ Está claro que ela mentiu.
➢ Ficou fácil saber que você me enganou.

• Objetivas Diretas:
Exercem a função de Objeto Direto de um Verbo Transitivo Direto da Oração
Principal.
Exemplos:
➢ Espero que ela volte logo.
➢ Não sei se volto amanhã.
• Objetivas Indiretas:
Exercem a função de Objeto Indireto de um Verbo Transitivo Indireto da Oração
Principal. São sempre introduzidas por preposição.
Exemplos:
➢ Necessito de que me ajude a estudar.
➢ Preciso de que me dê um pouco de carinho.

• Completivas Nominais:
Exercem a função de Complemento Nominal, ou seja, complementam um nome
da Oração Principal.
Exemplos:
➢ Tenho necessidade de que me envie os documentos.
➢ Tinha a esperança de que ela voltasse.

• Predicativas:
Exercem a função de Predicativo.
Exemplo:
➢ Minha esperança é que consiga esse emprego.
A Oração Subordinada Substantiva predicativa vem sempre após um Verbo de
Ligação.

• Apositivas:
Exercem a função e Aposto da Oração Principal.
Exemplos:
➢ Havia uma esperança: que contasse a verdade.
➢ Tinha um único desejo: que sua mãe voltasse para casa.
Em ambos os casos temos um aposto em forma de oração.
• Agente da Passiva:
Aparecem sem conjunção e são introduzidas por pronome indefinido, seguido
de POR ou DE.
Exemplo:
➢ Foi substituído por quem o criticava.

Orações Subordinadas Adverbiais:

As Orações Subordinadas Adverbiais são aquelas que indicam circunstâncias


ao verbo da Oração Principal (tempo, causa, finalidade etc). Uma forma simples
de classifica-las é se guiar pelas conjunções que as iniciam (Conjunções
Subordinativas Adverbiais)

• Causais: Indicam a causa, o motivo do que ocorre na Oração Principal.


Principais Conjunções: Como, porque, já que, visto que, uma vez que.

• Consecutivas: Indicam o resultado de uma ação ocorrida na Oração


Principal. Principais Conjunções: que (precedido de tanto, tão, tal), de
modo que, de sorte que.

• Concessivas: Exprimem sentido de oposição, exceção, aceitar uma ideia


oposta à Oração Principal. Principais Conjunções: Embora, conquanto,
mesmo que, ainda que, por mais que.

• Condicionais: Indicam uma hipótese, situação, para a realização de um


fato ocorrido na Oração Principal. Principais Conjunções: Se, caso,
desde que, contanto que.

• Comparativas: Exprimem a ideia de comparação entre os termos da


Oração Subordinada e da Oração Principal. Principais Conjunções: Que
(antecedido de mais, menos), quanto, assim como.

• Conformativas: Indicam a conformidade de um fato da Oração


Subordinada com outro da Oração Principal. Principais Conjunções:
Como, conforme, segundo, consoante.
• Finais: Indicam a finalidade, o objetivo de uma ação desenvolvida na
Oração Principal. Principais Conjunções: A fim de que, para que, que,
porque.

• Proporcionais: Relação entre duas ações, uma realizada na Oração


Subordinada e a outra realizada na Oração Principal, onde a mudança na
ação em uma delas acarreta mudança na outra. Principais Conjunções:
À medida que, à proporção que, ao passo que.

• Temporais: Indicam um momento em que ocorre um fato na Oração


Principal. Principais Conjunções: Quando, mal, enquanto, desde que,
logo que.

Orações Subordinadas Adjetivas:

As Orações Subordinadas Adjetivas, por terem um valor de adjetivo, refere-se


ao substantivo da Oração Principal. Quando desenvolvidas, iniciam com um
pronome relativo, que é o conectivo que retoma o substantivo ou pronome
substantivo da Oração Principal.
A palavra Que nesse caso é um pronome relativo.
A Oração Subordinada Adjetiva funciona como Adjunto Adnominal do
substantivo ou pronome substantivo da Oração Principal

• Restritiva: Quando restringem o nome (substantivo da Oração Principal).


NÃO vem separado por vírgula.
Exemplos:
➢ O homem que fuma vive pouco.
➢ A pessoa que rouba comete crime.

• Explicativa: Quando explicam, dão uma informação adicional a respeito


do substantivo da Oração Principal. Também é classificada como Adjunto
Adnominal. Sempre vem separada por vírgula.
Exemplos:
➢ João, que é um excelente pai, sempre está aconselhando seus filhos.
➢ Marina, que é uma boa cantora, irá se apresentar no Chevrolet Hall essa
semana.
Orações Parecidas: Pegadinhas.

Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas x Orações Subordinadas


Adjetivas Explicativas:

• Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas:

Justifica o que se disse na outra oração. São introduzidas pelas seguintes


conjunções: Que, porque, porquanto, pois (antes do verbo)
Exemplos:
➢ Aguarde um momento pois estou chegando;
➢ Estude muito porque a prova é difícil;
➢ Venha logo que estamos esperando

• Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas:

Têm um valor de explicação. Fornecem uma informação adicional ao


substantivo da oração principal. Vem separada por vírgula. Sempre
introduzidas por que (pronome relativo)
Exemplos:
➢ Isabela, que é ótima aluna, foi aprovada no exame;
➢ Ariano Suassuna, que foi um grande escritor, morreu no mês passado.

Como descobrir quando as frases vierem introduzidas por que?


➢ Verificar se há vírgula separando uma frase da outra, se houver, é
Subordinada Adjetiva Restritiva;
➢ Verificar se há um substantivo nas frases, na qual é dada uma informação
adicional sobre o mesmo, se houver, é Subordinada Adjetiva Restritiva.

Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas x Orações Subordinadas


Adverbiais Finais:

• Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas:


Dão uma ideia de Conclusão para algo que foi dito na oração anterior.
Principais Conjunções: Logo, portanto, por conseguinte, pois (após o verbo).
Exemplos:
➢ Trabalhou muito hoje logo ficou cansado;
➢ Ele batalhou muito portanto merece essa promoção.

• Orações Subordinadas Adverbiais Finais:

Indicam o objetivo, a finalidade. Principais Conjunções: A fim de que, para


que, que, porque.
Exemplos:
➢ Comportaram-se bem para que não fossem castigados;
➢ Estudou o ano inteiro a fim de que fosse aprovado no vestibular.

Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas x Orações Subordinadas


Adverbiais Concessivas:

• Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas:

Exprimem uma ideia de Oposição, contraste, ressalva. Principais


Conjunções: Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entantoExemplos:
➢ Saiu cedo de casa porém chegou atrasado;
➢ Correu muito contudo chegou em último lugar

• Orações Subordinadas Adverbiais Concessivas:

Dão uma ideia de Oposição, exceção, aceitar uma ideia oposta. Principais
Conjunções: Embora, conquanto, mesmo que, ainda que, por mais que
Exemplos:
➢ Foi à escola, embora chovesse muito;
➢ Foi para a Ucrânia ainda que o país estivesse em guerra.
Na primeira frase, o fato que chover muito não impediu que fosse à escola. Havia
adversidade, porém não impediu que um fato ocorresse.
Ficar atento às conjunções, que são todas diferentes para os dois casos
citados acima.

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