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AULA DE PORTUGUÊS: ONDE e AONDE?

EUSTÁQUIO PRESLEY

Substantivo + onde (em que) = pronome relativo

>> morar = verbo estático. Quem mora, mora em algum


lugar

>> verbo ir exige a preposição A: quem vai, vai a algum


lugar. Ora, a preposição exigida pelo verbo ir que é a preposição A, ela vai ficar coladinha ao
advérbio onde.

>> verbo morrer= estático, sem movimento, não exige a


preposição A.

>> Verbo ir exige a preposição A e a preposição A está aqui


coladinha ao advérbio onde

>> mesmo caso da anterior

>> não existe a preposição A. O verbo é estático, parado, não é


um verbo de movimento. O verbo nascer exige em certos casos a preposição em e não a
preposição A

>> quem vai, vai a algum lugar

>> verbo levar é dinâmico: quem leva alguma coisa,


leva a algum lugar

>> onde: pronome relativo significando a expressão “em


que”

>> verbo ir faz uso de 2 preposições: A ou PARA. Quem


vai, vai para algum lugar. Preposição PARA é ONDE e não AONDE
>> onde é pronome relativo (substituir por “em
que”). Antes dele vem sempre um antecedente. Quando onde for advérbio nem sempre há
antecedente

>> leva aonde? A que lugar? Porque quem leva


alguma coisa, leva a algum lugar. O verbo levar exige uma preposição, a preposição A que se
une ao advérbio onde.

>> quem leva alguma coisa, leva alguma coisa a algum


lugar ou levar alguma coisa para algum lugar. Ora, aqui no caso eu digo: para onde levarei o
carro? Poderia ter usado a preposição A. Se eu usei a preposição PARA então ONDE é sem a
preposição A porque onde há a preposição PARA, exclui-se a preposição A.

O ONDE pode ser advérbio e pode ser pronome relativo.

Advérbio: ele aparece no formato ONDE e AONDE, vai depender aí do verbo

Verbo estático, parado, o advérbio é onde, agora quando o verbo for dinâmico, um verbo de
movimento, aí o advérbio será AONDE e o pronome relativo no mesmo formato onde, será
pronome relativo quando a gente puder substituir o onde pôr em que

E sempre na posição de pronome relativo o ONDE sempre ele vem com antecedente, uma
palavra antes, ó: quando ele for pronome relativo, quando ele for substituível pôr em que:

A casa onde moro caiu (a casa em que moro, caiu). O onde aqui é pronome relativo e exige

aqui um antecedente, ó, uma palavra antes

Aqui também, ó, ele é pronome relativo: o lugar onde nasci, não existe mais. O onde aqui é um
pronome relativo, pode ser substituído pôr em que: o lugar em que nasci, não existe mais!

>>E aqui o ONDE como um pronome relativo ele vem


com antecedente, ou seja, com a palavra antes, aqui no caso: lugar

OXÍTONAS E ACENTO GRÁFICO


Só cairá acento sobre o U se antes vier uma vogal em outra sílaba (obviamente) ou então um
ditongo, em que o U fique sozinho, aí no caso o U aqui levará acento mesmo sendo aí, a última
letra, palavra de um vocábulo oxítono.

não formando hiato, está ao lado de consoante não leva acento. Só cairá acento sobre o U.

>> O I de Piauí só leva acento porque aqui, ó, está ao lado de um


ditongo, de uma sílaba anterior. O I está sozinho, então aqui ele leva acento por ser hiato.

>> O U leva acento porque antes aqui, ó, existe uma vogal em outra
sílaba e aqui forma uma hiato.

>> O U de ARATU está numa palavra oxítona, só que em ARATU não


leva acento gráfico porque está aqui ao lado de uma consoante e não forma um hiato aqui.

Quando houver hiato em relação a uma palavra oxítona terminada em U e I, aí havendo hiato
ou antes, um ditongo, ai no caso o I e U serão acentuados graficamente.

Ditongo não é o encontro de duas vogais numa mesma sílaba porque na língua portuguesa só
haverá uma vogal em cada sílaba

A vogal é o elemento essencial a uma sílaba. Não existe sílaba com duas vogais. A outra é
semivogal

Ditongo é som!
As semivogais serão sempre i e u. Às vezes o i vem graficamente representado como e,
mas é i e o u vem representado como o, mas é u a pronúncia. Exemplo: óleo =
e(i)-sv/o(u)-v = ditongo crescente oral
na escrita= e/na pronúncia=i

>>Mãe=ditongo decrescente nasal (porque o ar ressoa


também na cavidade nasal)
OI = ditongo decrescente oral

>>Tem = ditongo decrescente nasal

>> Cão = vogal+semivogal, ditongo decrescente nasal


>> Também = o M não é consoante nem vogal. É sinal de
sinalização na vogal anterior. É um dígrafo: duas letras representando um só fonema. O outro
M nasaliza e é uma outra vogal

PARTÍCULA APASSIVADORA E ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO

Então vamos aqui a mais um vídeo.

Muito bem.

Quanto à transitividade o verbo pode ser:

❖ Verbo intransitivo 🡪 verbo que preenche ali o seu modo de existência, vamos assim
dizer. É um verbo que não depende de um complemento, ele se satisfaz por si só.
Exemplo: Paulo Chegou (Paulo: sujeito. Chegou: predicado. Verbo: chegar)
❖ Verbo transitivo direto ou indireto 🡪 é o oposto do verbo intransitivo. Pede um
complemento. Exemplo: Paulo comprou uma casa. Paulo comprou o que? Aí vem o
complemento: UMA CASA. Quando eu digo apenas Paulo comprou quem me ouve vai
perguntar logo: comprou o que? O que foi que Paulo comprou? Aí eu digo: Paulo
comprou uma casa, então uma casa é o complemento do verbo comprar porque o
verbo comprar pede um complemento: quem compra, compra alguma coisa, então
Paulo comprou uma casa, o verbo comprar é um verbo transitivo e ele é transitivo
direto. Por que ele é transitivo direto? Porque pede um complemento sem preposição.
Na oração Paulo comprou uma casa, o complemento uma casa vem sem preposição,
então verbo transitivo direto é aquele que pede um complemento sem preposição.
❖ Verbo transitivo indireto: aqui há uma diferença. O verbo transitivo indireto é aquele
que pede uma preposição, pede um complemento com preposição, é por isso que o
nome dele é transitivo indireto. Indireto por quê? Porque entre o verbo e o seu
complemento, entre o verbo e o seu complemento há ali uma preposição, então de
forma indireta, por meio de uma preposição. Então: verbo transitivo indireto é aquele
que pede o complemento com preposição. Eu digo assim: preciso de um livro! Preciso
de um livro à o verbo precisar aí no sentido de necessitar né. Ora, quando eu digo
preciso de um livro, quem me ouve vai entender o recado de forma fácil. Eu digo:
preciso! Quem me ouve vai perguntar logo: você precisa de que? Olha aí a diferença! O
verbo transitivo direto pede o complemento sem preposição, você pergunta (o direto)
o que? (não é isso?). Eu digo: Paulo comprou uma casa! Comprou o que? Já aqui: O
verbo transitivo indireto que vem com preposição, aqui a pergunta que se faz ao verbo
ela vem aqui, a resposta, por meio de uma preposição: Preciso de um livro! Ora, quem
precisa, precisa de (olha a preposição DE aí) alguma coisa, então preciso de um livro,
de um livro é um complemento do verbo precisar e esse complemento de livro,
preciso de livro, esse complemento vem com a preposição DE, então o verbo transitivo
indireto é aquele que exige um complemento com preposição. Outro exemplo: eu
digo: necessito de sua ajuda. O verbo necessitar. Ora, quem necessita, necessita de
alguma coisa e não alguma coisa, necessita DE alguma coisa, então o verbo necessitar
é um verbo transitivo indireto.
❖ Verbo de ligação
Isto aqui é fundamental para que eu descubra se o SE numa oração é partícula apassivadora ou
é índice de indeterminação do sujeito

por meio de uma preposição, daí o nome indireto, então o verbo necessitar é um verbo
transitivo indireto que exige um complemento com preposição e ela vem aí, a preposição DE:
necessito de que? DE SUA AJUDA, então DE SUA AJUDA é o objeto indireto completando o
sentido aqui do verbo transitivo indireto com preposição, correto?

Já o ferro onde ligação é um verbo fraquinho, anêmico, frágil, ele é apenas uma ponte de
ligação entre o sujeito e o predicativo de sujeito. Quando eu digo Maria está feliz, o verbo de
ligação aí é o verbo estar  verbo de ligação, ele é um verbo fraco, tanto é que o núcleo do
predicado em que há um verbo de ligação, o núcleo do predicado não é o verbo, e sim é o
predicativo aí do sujeito, né, que é o núcleo do predicado e não o verbo, o verbo de ligação, é
por isso que ele é fraco.

Pois bem, o verbo de ligação liga o sujeito a um predicativo do sujeito, né, e também liga um
objeto direto a um predicativo do objeto direto.

Muito bem, então o verbo de ligação é aquele que liga o sujeito a um predicativo do sujeito, a
uma qualidade atribuída ao sujeito e aí nós temos, né, regra geral, alguns modelos de verbos
de ligação:

 Verbo ser
 Verbo estar
 Verbo ficar
 E muitos outros
Pois bem, então aqui eis uma explicação fundamental para que você descubra de imediato se
o SE é partícula apassivadora ou se o SE é índice de indeterminação do sujeito.
Como descobrir isso? É fácil!

Vamos aqui! O SE aí diante de uma prova no concurso qualquer você quer descobrir
rapidamente se o SE aqui é partícula apassivadora ou se o SE é índice de indeterminação do
sujeito.

 Como descobrir facilmente?


 Como resolver esse problema de forma fácil?
Então vamos aqui: quando o verbo for intransitivo, então o SE sempre será índice de
indeterminação do sujeito, correto?

Quando o verbo for transitivo direto o SE sempre será partícula apassivadora.


Se o verbo for transitivo indireto o SE será sempre índice de determinação do sujeito
E se o verbo for de ligação o SE será sempre índice de determinação do sujeito
Ficou claro aí? Muito bem.

Ora, olha aqui o quadro acima ou melhor dizendo essa chave acima:

Temos rapidamente que o SE numa oração, neste modelo aqui, ó, numa oração:

O SE sempre será a partícula apassivadora se o verbo for transitivo direto, então se o verbo for
transitivo direto, o verbo aqui, se ele for transitivo direto, todos eles transitivos diretos, então
o SE será sempre partícula apassivadora e se o verbo não for transitivo direto, ou seja, se o
verbo for:

 Intransitivo
 Transitivo indireto
 De ligação

Então o SE será sempre índice de indeterminação do sujeito.

Viu aí como é fácil?


Grave bem isto aqui, ó, grave bem isto aqui. O SE (repito) só será partícula apassivadora se
estiver ligado a um verbo transitivo direto que é aquele que pede um complemento sem
preposição, aí o SE será partícula apassivadora.

Nos demais casos os SE será índice de indeterminação do sujeito e acabou-se a conversa!

viu como é fácil descobrir rapidamente numa oração assim se o SE é partícula apassivadora ou
se o SE é índice de indeterminação do sujeito? Viu como é fácil?

Então vamos aos exemplos.

Muito bem.

Muito bem, então vamos aqui a oração:

Eu tenho vende-se casa. Eu quero saber se o SE aqui é partícula apassivadora ou se é


índice de indeterminação do sujeito. Eu tenho que me concentrar para descobrir apenas no
verbo aqui, ó:

Se este verbo aqui ó:


for transitivo direto, então o SE será partícula apassivadora, então
vamos ver. O verbo vender. Quem vende, vende alguma coisa, eu digo: vendi um carro!
Vendi o que? Um carro!

Um carro é objeto direto, então o verbo vender é um verbo transitivo direto que pede o
complemento sem preposição.

Então você, internauta, tem que fazer aí esse exemplo mentalmente, né, para descobrir se o
SE é partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito.

Veja o verbo aqui, ó, o verbo vender é verbo transitivo direto. se é verbo transitivo direto, logo
o SE será sempre partícula apassivadora.

Viu como é fácil?

O verbo comprar: quem compra, compra alguma coisa. Eu digo: comprei um livro! Comprei
o que? Olha aí: um complemento sem preposição, logo o verbo comprar é verbo transitivo
direto, pede o movimento sem preposição.

Se ele é verbo transitivo direto, então o SE será sempre partícula apassivadora.

O verbo reformar aqui: quem reforma, reforma alguma coisa. eu digo: reformei meu sofá!
reformei o que? Meu sofá (um complemento sem preposição), logo o verbo reformar é um
verbo transitivo direto. Se é verbo transitivo direto o SE será sempre partícula apassivadora.

Aluga-se apartamento. Ora, eu digo: aluguei um apartamento! Quem aluga, aluga alguma
coisa. O verba alugar é um verbo transitivo direto, pede um completo sem preposição. Se é
verbo transitivo direto, então o SE aqui será partícula apassivadora. Pronto! (só se for verbo
transitivo direto)
Eu digo: precisa-se de empregada. O verbo aqui, ó:

Para descobrir se o SE é partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito eu


tenho que olhar o que? O verbo aqui, ó:

Então vamos lá! O verbo precisar aqui é um verbo transitivo indireto, ele pede o complemento
com preposição, a preposição DE. Então eu digo, ó: preciso! Alguém me pergunta: precisa de
que? Olha aí a preposição DE aqui ó. Preposição exigida pelo verbo precisar, então o verbo
precisar é um verbo transitivo indireto. se ele é um verbo transitivo indireto, então o SE aqui
será índice de indeterminação do sujeito e não partícula apassivadora.

>>Este SE aqui ele é índice de indeterminação do sujeito por


quê? Porque está colado a um verbo transitivo indireto necessitar. Quem necessita,
necessita de alguma coisa. Eu digo: necessito de você! Alguém pergunta necessita de que? De
você! Então DE VOCÊ é um complemento com preposição, logo o verbo necessitar aqui exige
uma preposição, ele é um verbo transitivo indireto. Se é verbo transitivo indireto, então o SE
será índice de indeterminação do sujeito e não partícula apassivadora porque o SE só será
partícula apassivadora se vier colado a um verbo transitivo direto. Nos demais casos será
índice de indeterminação do sujeito.

>>então o SE aqui é índice de determinação do sujeito por


quê? Porque está colado a um verbo intransitivo. Se está colado a um verbo intransitivo, então
o SE será sempre índice de indeterminação do sujeito. Então aqui o verbo viver. Veja o verbo.
Sempre para descobrir o SE veja o verbo. O verbo viver é um verbo intransitivo, não precisa de
complemento. Eu digo: eu vivo! Pronto, eu vivo. Não precisa de complemento, é um verbo que
tem significação própria, não precisa de um complemento, logo é verbo intransitivo. Se é
verbo intransitivo isto aqui:

Então o SE sempre será índice de indeterminação do sujeito.


>>O SE aqui é índice de indeterminação do sujeito por quê? Porque
está colado a um verbo de ligação: era, o verbo ser aqui, ó:

Verbo de ligação. Então se está colado ao verbo de ligação o SE aqui no caso sempre índice de
indeterminação do sujeito e não partícula apassivadora.

O SE:

 Será partícula apassivadora sempre nestas operações assim se ele vier acompanhado
aqui de um verbo transitivo direto.

Nos demais casos, o SE será índice de indeterminação do sujeito.

Concentre-se sempre no verbo! Veja a transitividade do verbo, se o verbo é:

 Intransitivo
 Transitivo direto
 Transitivo indireto
 De ligação

Só será o SE partícula apassivadora se o verbo for transitivo direto.

Nos demais casos, o SE será índice de indeterminação do sujeito

AULA DE PORTUGUÊS: AO INVÉS DE ? EM VEZ DE ?

Na primeira oração tanto faz eu dizer:

Ao invés de pobre Fátima era rica


Em vez de pobre Fátima era rica

Na segunda oração só cabe em vez de e não ao invés de.

Onde está o segredo?

Esta expressão ao invés de ao contrário de (em sentido contrário) ela só cabe diante de
palavras com sentidos contrários, diante de palavras com sentido oposto, de antônimos, por
exemplo.

Só que em vez de é um sentido muito mais amplo, abrange também o sentido ao contrário de.

Então quando duas palavras pobreza, pobre e riqueza, rica, palavras contrárias, você pode
empregar sempre em vez de ou então ao invés de.

Em vez de conhecer Sobral, Paulo foi à Europa

Aqui não cabe a expressão ao invés de porque ao invés de só pode ser empregada quando
estamos diante de palavras contrárias. Ora, Sobral não é um substantivo contrário, antônimo
de Europa, não é! Não são palavras contrárias, entendeu? Não, não são. Portanto aqui eu uso
a expressão em vez de e como não são palavras contrárias, não são palavras antônimas então
eu não posso entregar ao invés de, entendeu?

AO INVÉS DE = RESTRITO (EMPREGAR QUANDO ESTOU DIANTE DE PALAVRAS CONTRÁRIAS,


ANTÔNIMAS, TÁ? E MESMO ASSIM, NESSE CASO, EU POSSO EMPREGAR EM VEZ DE)

EM VEZ DE = EU USO SEMPRE, PARA QUALQUER SENTIDO, NÃO ERRO! É UM USO AQUI TOTAL

DE ENCONTRO A ? AO ENCONTRO DE ?

Caminhou ao encontro do filho


Aqui está a expressão ao encontro DE. Esse DO aqui do filho D + O é uma contração. A
preposição de está aqui, certo? Só que ela se agregou ao artigo O, mas aqui significa D+ O.

Então ao encontro DE= Ao encontro do filho

Significa o que? Caminhou na direção do filho, ao encontro do filho, então a expressão AO


ENCONTRO DE significa em favor de, na direção de.

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