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1. Qual é a diferença entre uma oração subordinada substantiva relativa e uma oração
subordinada adjetiva relativa restritiva?
O pronome relativo que implica uma relação de correferência com o grupo nominal «as
revistas», o qual funciona como antecedente daquele. Subjacente à oração relativa «que estão
no cesto» está, pois, a oração «as revistas são para rasgar». O pronome relativo que substitui,
por conseguinte, esta segunda ocorrência do grupo nominal «as revistas».
As orações subordinadas relativas restritivas são orações introduzidas por pronomes relativos
e têm por função delimitar o universo de seres representado pelo nome que antecede o
relativo. Desempenham a função sintática de modificador restritivo.
«Os alunos que tiverem boa nota receberão uma bolsa de mérito.»
As orações subordinadas relativas explicativas são orações introduzidas por pronomes
relativos e têm por função fornecer um esclarecimento adicional acerca do nome que
antecede o relativo. Desempenham a função sintática de modificador apositivo e são sempre
separadas por vírgulas.
Na frase «Fui jantar com o Pedro ao restaurante onde nos vimos pela primeira vez», a oração
«onde nos vimos pela primeira vez» é uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva, cuja
função sintática é modificador restritivo do nome. Todas as orações subordinadas adjetivas
relativas são modificadores do nome ao qual se referem. Nesta frase, a oração relativa é
introduzida pelo advérbio relativo onde.
Por outro lado, existem também orações subordinadas substantivas relativas sem
antecedente, introduzidas pelos advérbios relativos onde e como:
Ambas as orações subordinadas («onde lhe apetece», em a) e «como lhe dá mais jeito», em b))
são introduzidas por um advérbio relativo sem antecedente; isto é, a expressão lexical a que
estão associados (a qual deve ocorrer à esquerda da palavra relativa, permitindo identificar a
entidade a que se refere) está ausente. A oração substantiva relativa sem antecedente pode
desempenhar várias funções sintáticas¹.
Na frase a), a oração «onde lhe apetece» e na frase b), a oração «onde lhe dá mais jeito»
desempenham a função sintática de modificador do grupo verbal da subordinante («O João
escreve os seus romances» em a) e «Ele estuda» em b)).
¹Sujeito (Quem não trabalha não progride.); complemento direto (Eu respeito quem me
ajuda.); predicativo do sujeito (Ele não é quem parece.); complemento indireto (É preciso dar
valor a quem trabalha.) complemento agente da passiva (O quadro foi comprado por quem fez
a melhor oferta); complemento oblíquo do verbo da subordinante (Ele pensa em quem
sempre o ajudou.) e modificador do grupo verbal (Eu canto onde me apetece).
O tema a abordar não é fácil porque há contextos em que os dois tipos de oração se
confundem, mas vamos procurar evidenciar a diferença.
3. «Sei isso.»
4. «É sabido isso.» = «Isso é sabido.»
Note-se que, em 4, neste caso, a completiva que é substituída tem a função de sujeito de «é
sabido». Ao usarmos o pronome isso, convém que este apareça à cabeça da frase, visto ser
essa a ordem mais habitual com sujeitos por expressões formadas por substantivos ou
pronomes (isso é um pronome demonstrativo).
Passando ao outro tipo de oração, é preciso notar que uma oração relativa sem antecedente é
introduzida por um pronome relativo, geralmente quem ou o que:
Nos exemplos 5 e 6, quem pode ser substituído por «a(s) pessoa(s) que»; nos exemplos 7 e 8, o
que é substituível por «aquilo que».
Note-se que a palavra que, no começo de uma oração completiva, não pode ser substituída
pelas expressões «a(s) pessoa(s) que» e «aquilo que», como se pode comprovar se
procedermos a essa substituição nos exemplos 1 e 2, a seguir repetidos: