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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

PRÓ-REITORIA ADJUNTA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DO MESTRADO PROFISSIONAL
ANÁLISES DE SISTEMAS AMBIENTAIS

JULIANA PEREIRA SARMENTO CÂMARA

UMA REVISÃO DOS PARASITOS DE PEIXES COMO


BIOINDICADORES DE ACUMULAÇÃO DE ELEMENTOS-
TRAÇO NAS AMÉRICAS: UM ENFOQUE SOCIAL E
AMBIENTAL

MACEIÓ/AL

2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
PRÓ-REITORIA ADJUNTA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DO MESTRADO PROFISSIONAL
ANÁLISES DE SISTEMAS AMBIENTAIS

JULIANA PEREIRA SARMENTO CÂMARA

UMA REVISÃO DOS PARASITOS DE PEIXES COMO


BIOINDICADORES DE ACUMULAÇÃO DE ELEMENTOS-
TRAÇO NAS AMÉRICAS: UM ENFOQUE SOCIAL E
AMBIENTAL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Análises de Sistemas Ambientais do
Centro Universitário Cesmac, na modalidade
profissional, como requisito para obtenção do título de
mestra, sob a orientação da Profª Doutora Vanessa
Doro Abdallah Kozlowiski.

MACEIÓ/AL

2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
PRÓ-REITORIA ADJUNTA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
● PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DO MESTRADO PROFISSIONAL
ANÁLISES DE SISTEMAS AMBIENTAIS

JULIANA PEREIRA SARMENTO CÂMARA

UMA REVISÃO DOS PARASITOS DE PEIXES COMO


BIOINDICADORES DE ACUMULAÇÃO DE ELEMENTOS-
TRAÇO NAS AMÉRICAS: UM ENFOQUE SOCIAL E
AMBIENTAL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Análises de Sistemas Ambientais do
Centro Universitário Cesmac, na modalidade
profissional, como requisito para obtenção do título de
mestra, sob a orientação da Profª Doutora Vanessa
Doro Abdallah Kozlowiski.

Data da defesa: 18.11.2021 (15h30)

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________
Orientadora Profa. Dra. Vanessa Doro Abdallah Kozlowiski (PPGASA/CESMAC)
___________________________________________________________________
Examinador Externo Profa. Dra. Larissa Sbeghen Pelegrini (UNESP/SP)
___________________________________________________________________
Examinador Interno Prof. Dr. Paulo Rogério Barbosa de Miranda (PPGASACESMAC)
___________________________________________________________________
Examinador Interno Prof. Dr. Selenobaldo Alexinaldo Cabral de Sant’anna (PPGASA/CESMAC)

MACEIÓ/AL
2021
AGRADECIMENTOS

A certeza de que a dissertação do mestrado não poderia chegar ao final sem a ajuda
e apoio de várias pessoas.

Em primeiro lugar, agradeço a Deus, por colocar pessoas maravilhosas ao longo do


meu caminho, as quais me encorajam a prosseguir sempre. Sintam-se abraçadas.

Aos meus pais, Severino (In memorian) e Maria, aos meus sogros, Robson e Márcia,
que são como pais que a vida me permitiu conhecer e conviver, aos meus irmãos,
sobrinhos e cunhadas e tantas outras pessoas queridas e próximas que nos ajudam
de forma direta e indireta, muito obrigada.

À minha família, Mickael e Laís, obrigada por acreditar no meu sonho e sempre me
motivar a seguir em frente. Obrigada também pela paciência, apoio e compreensão
pelos momentos que precisei me ausentar, calar e ficar isolada no meu cantinho. É
muito bom saber que os tenho ao meu lado. Amo vocês!

À minha orientadora, Professora Doutora Vanessa Doro Abdallah Kozlowiski, pela


oportunidade de realizar este trabalho. Obrigada pela confiança, paciência e ajuda.
Agradeço pelos ensinamentos e empenho na realização deste trabalho. Muito
obrigada por tudo!

Aos meus coorientadores, professor Doutor Rodney Kozlowisk de Azevedo e


professor Doutor Lucas Aparecido Rosa Leite, por toda a ajuda e palavras de incentivo
durante a realização deste trabalho. A contribuição de vocês foi essencial para a
concretização da dissertação. Muito obrigada!

Aos professores e Coordenação do Programa de Pós-Graduação do Mestrado


Profissional em Análise de Sistemas Ambientais, muito obrigada por todo o
conhecimento transmitido e pela convivência durante o curso.

Ao amigo Anselmo da Silva, pelo companheirismo durante todas as aulas do curso,


você tornou as aulas mais leves e divertidas. Obrigada por me ajudar em todos os
momentos que eu precisei. Gratidão sempre!
Aos alunos do Curso de Mestrado Profissional em Análise de Sistemas Ambientais –
Turma IV pela convivência agradável em todas as disciplinas obrigatórias, vocês
fazem parte dessa construção de aprendizado.

Ao Centro Universitário Cesmac, por me oferecer a oportunidade, através dos seus


gestores, me liberando para fazer uma formação continuada importante para minha
vida. A secretaria do Mestrado, em nome da Kátia e Sâmara, pela atenção e todo
apoio necessário. Aos meus companheiros de trabalho, Prof. Giulliano, Edjane,
Rodrigo, Vinnicius e Carolline, pela compreensão e apoio nos momentos de ausência.
Serei eternamente grata!

À amiga Alê Pontes, pessoa iluminada, que esteve sempre presente e me ajudou em
todos os momentos em que precisei e não foram poucas às vezes em que tive que
recorrer e em todas fui atendida solicitamente. Serei eternamente grata por toda ajuda
durante a realização deste trabalho, você foi fundamental!

Aos alunos de iniciação científica Christiana, Flávio e Eduardo, por toda ajuda e
companhia na necropsia e análises dos peixes, vocês fazem parte dessa construção.
Obrigada!

Enfim, a todos aqueles que contribuíram de alguma forma na realização deste


trabalho.

MUITO OBRIGADA!
RESUMO

Durante o rápido desenvolvimento das indústrias e atividades agrícolas, ocorreu um


aumento significativo da poluição nos ambientes aquáticos, resultando em um risco
ambiental para o ecossistema aquático e seres humanos. Dentre diversos
contaminantes que são lançados nos rios, lagoas e mares, podemos destacar os
elementos-traço, por seu poder de bioacumulação em ecossistemas aquáticos. Esses
elementos-traço chegam aos ecossistemas aquáticos tanto por vias naturais, quanto
por vias antrópicas, causando impactos negativos na água, na cadeia alimentar e na
saúde humana. Diante disso, os parasitos têm recebido uma atenção especial, pois
eles são sensíveis e podem interagir com esses estressores antropogênicos, como os
poluentes. Estre trabalho teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica em
artigos publicados nos últimos 13 anos com ênfase em parasitos de peixes como
bioindicadores de acumulação de elementos-traço nas Américas com um enfoque
social e ambiental. A metodologia utilizada foi uma pesquisa por artigos científicos nas
bases de dados PubMed, Scielo, Google Acadêmico, Periódicos Capes, utilizando os
descritores: Accumulation indicator, Heavy metal accumulators, Environmental
pollution indicator, trace elements, Fish parasites as a bioindicator. Foram incluídos
artigos referentes aos elementos-traço em peixes e seus parasitos. Entre os anos de
2008 e 2021 foram publicados 11 artigos científicos com a temática do estudo, sendo
a grande maioria deles na América do Sul, onde foram encontrados nove artigos,
sendo os demais encontrados na América do Norte. Nenhum artigo foi encontrado
publicado na América Central. Através deste levantamento, observou-se que as
espécies de peixes mais utilizadas para a análise dos parasitos como bioindicadores
de impacto ambiental foram Prochilodus lineatus, Serrasalmus marginatus,
Acestrorhynchus lacustris e Cichla ocellaris. Os metais mais comumente recuperados
foram Arsênio, Cádmio, Crômio, Ferro, Mercúrio, Manganês, Níquel, Chumbo e Zinco.
Em relação aos parasitos analisados, o principal grupo utilizado foi Acanthocephala,
seguido de Nematoda e finalmente Cestoda. Todos os estudos mostraram que as
concentrações de elementos-traço recuperadas dos tecidos dos hospedeiros
(músculo, fígado e intestino) foram inferiores às recuperadas dos tecidos dos
parasitos, o que significa dizer que os parasitos são organismos que podem ser
utilizados como indicadores de impacto ambiental. Concluiu-se que os parasitos são
bons bioindicadores de acumulação de elementos-traço e que estes trabalhos
apresentam grande importância ambiental e social, principalmente devido à
biomagnificação e bioacumulação, já que algumas dessas espécies de peixe
utilizadas nestes estudos são de grande importância econômica e muito utilizadas no
consumo humano.

PALAVRAS-CHAVE: Elementos-traço. Poluição ambiental. Ecossistemas aquáticos.


América do Sul. América do Norte.
Lista de Tabelas

Tabela 1 Lista dos artigos publicados nas Américas nos últimos 13 anos sobre
parasitos de peixes como bioindicadores de elementos-traço, com informações sobre
continente, país, localidade do estudo, espécies de hospedeiros, espécies de
parasitos ........................................................................................................ ...........18
Tabela 2 Fatores de Bioconcentração dos elementos-traço nos artigos da América do
Sul, apresentando os menores e os maiores valores nos tecidos (fígado, músculo e
intestino) dos hospedeiros e os autores que citaram em seus resultados............. 26
Tabela 3 Fatores de Bioconcentração dos elementos-traço nos artigos da América do
Norte, apresentando os menores e os maiores valores nos tecidos (fígado, músculo e
intestino) dos hospedeiros e os autores que citaram em seus
resultados.................................................................................................................. 27
Lista de Figuras

Figura 1 Processos de Bioconcentração, Bioacumulação e Biomagnificação ......... 13

Figura 1A Habitats da América do Norte onde existem registros sobre acumulação de


elementos-traço em parasitos coletados em peixes entre os anos de 2008 à
2021........................................................................................................................... 22
Figura 1B Habitats da América do Norte onde existem registros sobre acumulação de
elementos-traço em parasitos coletados em peixes entre os anos de 2008 à
2021........................................................................................................................... 22
Figura 1C Evidenciamos nesse gráfico as cidades do Brasil onde existem registros
sobre acumulação de elementos-traço em parasitos coletados em peixes entre os
anos de 2008 à 2021................................................................................................. 23
Figura 2A Ambientes da América do Sul de preferência para os estudos sobre
acumulação de elementos-traço em parasitos coletados em peixes entre os anos de
2008 à 2021 .............................................................................................................. 23
Figura 2B Habitat – Ambientes da América do Norte de preferência para os estudos
sobre acumulação de elementos-traço em parasitos coletados em peixes entre os
anos de 2008 à 2021................................................................................................. 24
Figura 3A Espécies de hospedeiros da América do Norte onde existem registros sobre
acumulação de elementos-traço entre os anos de 2008 à
2021........................................................................................................................... 25
Figura 3B Espécies de hospedeiros da América do Norte onde existem registros sobre
acumulação de elementos-traço entre os anos de 2008 à
2021........................................................................................................................... 25
Figura 4A Ordem de peixes da América do Norte onde existem registros sobre
acumulação de elementos-traço em parasitos coletados entre os anos de 2008 à
2021........................................................................................................................... 26
Figura 4B Ordem de peixes da América do Norte onde existem registros sobre
acumulação de elementos-traço em parasitos coletados entre os anos de 2008 à
2021........................................................................................................................... 26
Figura 5A Espécies de parasitos da América do Sul onde existem registros sobre
acumulação de elementos-traço em peixes coletados entre os anos de 2008 à
2021........................................................................................................................... 28
Figura 5B Espécies de parasitos da América do Norte onde existem registros sobre
acumulação de elementos-traço em peixes coletados entre os anos de 2008 à
2021.................................................................................................................... ....... 28
Figura 6A Elementos-traço encontrados em artigos da América do Sul onde existem
registros de acumulação em parasitos e nos peixes coletados entre os anos de 2008
à 2021........................................................................................................................ 29
Figura 6B Elementos-traço encontrados em artigos da América do Norte onde existem
registros de acumulação em parasitos e nos peixes coletados entre os anos de 2008
à 2021.......................................................................................................... 30
Figura 7A Tecidos estudados em artigos da América do Sul onde existem registros
de acumulação de elementos-traço em parasitos e nos peixes coletados entre os
anos de 2008 à 2021................................................................................................. 31
Figura 7B Tecidos estudados em artigos da América do Norte onde existem registros
de acumulação de elementos-traço em parasitos e nos peixes coletados entre os anos
de 2008 à 2021 ................................................................................................ 31
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
1.1 ELEMENTOS-TRAÇO NO ECOSSISTEMA AQUÁTICO................................... 11
1.2 PROCESSOS DE BIOACUMULAÇÃO, BIOCONCENTRAÇÃO E
BIOMAGNIFICAÇÃO ................................................................................................ 12
1.3 FATORES DE BIOCONCENTRAÇÕES ............................................................ 13
1.4 PARASITOS DE PEIXE COMO BIOINDICADORES.......................................... 14
1.5 IMPACTOS AMBIENTAIS – CONTAMINAÇÃO E POLUIÇÃO ......................... 15
1.6 IMPACTOS SOCIAIS – CONTAMINAÇÃO E POLUIÇÃO ................................. 16
2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 18
2.1 GERAL ................................................................................................................ 18
2.2 ESPECÍFICOS .................................................................................................... 18
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 19
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................... 20
6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 28
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 29
10

1 INTRODUÇÃO

As revoluções burguesas foram responsáveis pelo fim de antigos regimes,


surgindo, então, o capitalismo, responsável pelo desenvolvimento industrial, levando
a um grande avanço tecnológico e ampliação da produção com a instalação de
grandes empresas que passaram a monopolizar os setores industriais e de mercado.
Toda essa automação e substituição de mão-de-obra por máquinas deu lugar a outra
realidade, pois o que era manufatura passou a ser maquinofatura, acarretando
algumas mudanças na sociedade, inclusive o desemprego, assim como
empobrecimento da classe trabalhadora (CAVALCANTE e SILVA, 2011; PENA,
2020).

A automação permitiu uma superprodução, porém por causa da pouca classe


consumidora, causou prejuízos. Essa foi uma das principais consequências da
segunda Revolução Industrial, tanto na economia quanto na sociedade. A nova forma
de organização de trabalho trouxe consigo novas relações entre empregadores e
empregados. Foi na Revolução Industrial, que a indústria química ganhou destaque
com o desenvolvimento de remédios, adubo, papel, entre outros produtos que
modificaram a vida das pessoas, assim como a eletricidade, que antes era usada
pelas indústrias e passou a fazer parte do dia a dia da população (CAVALCANTE e
SILVA, 2011; PENA, 2020).

É nítido que a industrialização representou benefícios para a humanidade, uma


vez que ajudou no crescimento econômico. Essa foi uma ideia que por muito tempo
figurou como de maior importância. Com os avanços provocados, o Brasil intensificou
seu processo de industrialização na década de 1950, dando ao brasileiro, uma
perspectiva de uma vida melhor com o trabalho na cidade, onde se concentrava o
comércio e a indústria, porém com todo esse processo fez com que ocorresse o êxodo
rural, ocorrido com maior proporção entre as décadas de 1960-1990 (SANTOS e
MACEDO, 2017).

Durante esse rápido desenvolvimento das indústrias e atividades agrícolas,


ocorreu um aumento significativo da poluição nos ambientes aquáticos, resultando em
um risco ambiental para o ecossistema aquático e seres humanos (ULUTURHAN e
KUCUKSEZGIN, 2007). Dentre diversos contaminantes que são lançados nos rios,
11

lagoas e mares, podemos destacar os elementos-traço, por seu poder de


bioacumulação em ecossistemas aquáticos. (SLOMAN, 2007; MARQUES et al., 2009;
NADMITOV et al., 2015). Por consequência, essas quantidades de elementos-traço
lançados nos rios, podem causar a biomagnificação na água, podendo resultar em
efeitos subletais e até levar à morte das populações locais de peixes (MEGEER et al.,
2000; XU et al., 2004; PROTANO et al., 2014; XIE et al., 2014).

Assim, esse levantamento bibliográfico apresentado a partir de artigos


publicados em treze anos, teve como objetivo o conhecimento sobre o aumento da
concentração de elementos-traço, a utilização de espécies de parasitos de peixe como
bioindicadores de acumulação de elementos-traço e o comparativo de fatores de
bioconcentração em relação aos tecidos dos peixes estudados.

A proposta apresentada no presente estudo mostrou-se relevante, pois


contribui para o conhecimento desses bioindicadores que servirão como mediadores
e suporte para a diminuição da poluição aquática.

1.1 ELEMENTOS-TRAÇO NO ECOSSISTEMA AQUÁTICO

Os elementos-traço estão presentes em ambientes aquáticos de forma natural


e/ou antropogênica (RAINBOW, 2002). De forma natural, estes elementos não afetam
o meio ambiente por se apresentarem em baixas concentrações (at 100 mg/L). Por
outro lado, essa contaminação proveniente por atividades antrópicas como
urbanização, industrialização, agricultura e mineração, faz com que as concentrações
de elementos-traço aumentem consideravelmente (XU et al., 2014).

Os elementos-traço são classificados em dois grupos, os essenciais (como,


zinco, cobre e manganês) que possuem um papel importante no metabolismo dos
organismos, em concentrações normais (LEBRUN et al., 2014). Quando esses metais
estão em altas concentrações, podem produzir efeitos tóxicos no organismo (TÜZEN,
2009). O segundo grupo são constituídos pelos elementos-traço não essenciais
(como, arsênio, cádmio, chumbo, mercúrio e níquel). Esses elementos-traço não
exercem uma função bem definida e podem ser tóxicos mesmos em baixas
concentrações (TORRES et al., 2008). Quando esses elementos-traços não
12

essenciais se acumulam nos tecidos, podem afetar as taxas de crescimento e


reprodução dos organismos aquáticos (ADAMS et al., 2011).

Com o aumento da concentração dos elementos-traço nos ecossistemas


aquáticos, principalmente nos rios e riachos, causando graves problemas de poluição
ambiental (STANKOVIC et al., 2014). Várias estratégias de remoção destes metais
vêm sendo testadas para diminuir seus efeitos nocivos ao meio ambiente, como
exemplo a fitorremediação, que é considerada uma alternativa ecologicamente eficaz
para a redução desses metais no meio ambiente (LEE, 2013). A fitorremediação é
uma técnica que utiliza a capacidade natural das plantas em remover, reduzir e/ou
degradar elementos tóxicos do meio ambiente (PENG et al., 2009). Essa técnica vem
sendo bastante utilizada e tem sido considerada uma ótima forma de redução das
concentrações de elementos-traço (PRATAS et al., 2014; DEMARCO et al., 2018),
devido a sua abordagem ecologicamente correta e o seu baixo custo (LEE, 2013).
Essa utilização de fitorremediação tem sido difundida e estudada principalmente na
Europa e nos Estados Unidos (ACCIOLY e SIQUEIRA, 2000).

Mas nem todos os elementos que são encontrados no meio ambiente são
classificados como metais. Nesse contexto, o termo mais adequado a ser utilizado é
de elementos-traço. Pois podemos encontrar, metais e não metais, a exemplo do
Selênio. Alguns desses elementos são biologicamente essenciais em concentrações
normais, mas também podem ser considerados tóxicos quando os níveis de
concentrações estiverem altos (PEIJNENBURG e JAGER, 2003).

1.2 PROCESSOS DE BIOACUMULAÇÃO, BIOCONCENTRAÇÃO E


BIOMAGNIFICAÇÃO

Diante do aumento da concentração de elementos-traço em ambientes


aquáticos e a quantidade de metais essenciais e não essenciais disponíveis em rios,
lagoas e mares, podem ocorrer alguns processos tais como bioacumulação,
bioconcentração e biomagnificação. A biocumulação, que está associada à
capacidade de um organismo acumular elementos-traço por absorção ou ingestão ao
longo do tempo. Já a bioconcentração existe quando esse acúmulo ocorre em
concentração superior àquela encontrada no próprio meio que o ser vivo habita. Já a
biomagnificação é quando esses elementos-traço se acumulam dentro de seus
13

hospedeiros e nesse caso eles dependem das características químicas dos metais,
pois é uma forma de contaminação humana (MANN et al., 2011).

Essa importância do reconhecimento do metal que está biomagnificando se dá


pelo fato de conhecer o mal que ele pode causar, pois existem alguns elementos que
não são biomagnificados, como é o caso do Arsênio (HEPP et al., 2017).

Na figura 1 podemos observar com mais detalhes os processos de


bioconcentração, quando cita a origem das principais causas de contaminação dos
ambientes aquáticos, o processo de bioacumulação representada em anos de
exposição dos peixes e chegando ao processo de biomagnificação acontecendo em
níveis tróficos na cadeia alimentar, chegando à mesa dos seres humanos, através da
pesca, podendo causar diversas doenças a depender do tipo de elementos e o tipo
de exposição que os peixes possam estar contaminados.

Figura 1 – Ilustração dos Processos de bioconcentração, bioacumulação e


biomagnificação,
14

1.3 FATORES DE BIOCONCENTRAÇÕES

Os fatores de bioconcentração servem para utilização de medição da


capacidade de acumulação entre parasito em comparação com os tecidos dos
hospedeiros, esses fatores são determinantes para o resultado da pesquisa.

Os artigos pesquisados utilizaram esses fatores de bioconcentração para


demostrar em qual tecido dos hospedeiros tiveram maior concentração de elementos-
traço em relação ao parasito e onde teve maior bioconcentração na relação parasito
– hospedeiro, para isso, fizeram os calculados usando a fórmula de acordo com Sures
et al. (1999):

BF = C parasito
C tecido hospedeiro

Onde o C parasito seria a concentração de elemento no parasito e o C tecido


hospedeiro a concentração de elemento no tecido do hospedeiro, dessa forma
chegaram ao resultado analisado.

1.4 PARASITOS DE PEIXE COMO BIOINDICADORES

A prática da utilização de parasitos como bioindicadores dos ecossistemas


aquáticos em face das atividades humanas que vem degradando o meio ambiente,
tem progredido e aumentado nos últimos anos (BLANAR et al., 2009; LAFFERTY,
1997; MARCOGLIESE, 2005; MARCOGLIESE e PIETROCK, 2011). Ambientes
aquáticos são expostos a diversos fatores estressantes que tanto podem ser por
origem natural, como antropogênica, comprometendo a saúde da fauna ali residente.
Uma proporção de parasitos é mais suscetível aos distúrbios ambientais do que suas
espécies hospedeiras e, por isso, geralmente são indicadores mais sensíveis aos
diversos fatores contaminantes (MARCOGLIESE, 2005).

De acordo com Sures et al. (2017), existem diversas espécies de parasitos


utilizados para monitoramento, dessas mais de 50 espécies de metazoários parasitos
são mais susceptíveis a acumulação de metal. Quatro grupos de endohelmintos são
considerados sentinelas de acúmulo de metal no meio ambiente: Acanthocephala,
15

Cestoda, Digenea e Nematoda. Destes os acantocéfalos e cestoides, inclusive,


possuem a maior capacidade de acumulação de diferentes elementos, tanto os
essenciais como tóxicos.

Os próprios peixes, diante de situações de estresse ambiental, podem


aumentar sua suscetibilidade às infecções e doenças parasitárias (LAFFERTY e
KURIS, 1999; MARCOGLIESE, 2004). Diante disso, torna-se importante avaliar as
mudanças na dinâmica das populações de parasitos em peixes, podendo identificar
potenciais mudanças nos ecossistemas aquáticos em uma variedade de níveis.

Nesse contexto, pesquisas sugerem que os resultados das infecções


parasitárias podem ser vantajosos para os indivíduos parasitados (ROBERTS e
JANOVY, 2009). Com isso, vários estudos apontam parasitos que são capazes de
bioacumular metais e oligoelementos em concentrações maiores do que seus
hospedeiros infectados (SURES et al., 1999; SURES, 2004), sendo proposto que
esses parasitos podem ser benéficos para remoção de elementos-traço dos
hospedeiros.

1.5 IMPACTOS AMBIENTAIS – CONTAMINAÇÃO E POLUIÇÃO

Com a revolução industrial, a migração das populações dos interiores para a


capital e o inchaço das grandes cidades, o homem começou a transformar a face do
planeta, a natureza e a qualidade de água, solo e ar, causando ao meio ambiente uma
agressão cada vez mais acelerada, comprometendo sua qualidade de vida. Alguns
dos males são: o uso de combustíveis fósseis, levando ao aumento de dióxido de
carbono e destruição da camada de ozônio, entre outros; uso de pesticidas; a erosão
do solo; e problemas com o abastecimento de água, levando a queda na qualidade e
disponibilidade (BRASIL, 2014).

Os impactos ambientais, sociais e econômicos da degradação da qualidade


das águas se traduzem, entre outros, na perda da biodiversidade, no aumento
de doenças de veiculação hídrica, no aumento do custo de tratamento das
águas destinadas ao abastecimento doméstico e ao uso industrial, na perda
de produtividade na agricultura e na pecuária, na redução da pesca e na
perda de valores turísticos, culturais e paisagísticos. Vale salientar que esses
reflexos econômicos nem sempre podem ser mensurados (TUNDISI-
MATSUMURA, 2011).
16

O crescimento populacional e o consumismo exagerado aumentam


exponencialmente os impactos ambientais, gerando resíduos denominados “lixo”
(OLIVEIRA, 2013). O lixo que adentra no ambiente marinho, como os resíduos criados
através de atividade humana, é um dilema que precisa de soluções imediatas, com
medidas educacionais a serem tomadas em curto e médio prazo. Essa problemática
vem sendo registrada em estudos científicos desde 1950, mas só nas décadas de
1960 e 1970 foi tratada como efetivamente um problema (RIBIC et. al., 1992).

O mar sempre foi destino final de diversas substâncias drenadas pelos lagos e
rios. Os resíduos mais comuns despejados no ambiente aquático são os provenientes
do esgoto urbano, efluentes agrícolas e industriais. O crescimento da população e o
desenvolvimento tecnológico, a partir do século XX, começaram a agravar a situação,
principalmente pelo aumento do consumismo e a produção exagerada de materiais
sintéticos resistentes à degradação (OLIVEIRA, 2013).

As intensas mudanças de hábitos causados pelo capitalismo, como o


crescimento exponencial, o consumismo desenfreado, imposto pelas redes sociais, a
praticidade dos produtos industrializados, onde anteriormente se reutilizava quase
tudo, mas que hoje a utilização de materiais descartáveis é o que vale, levando bilhões
de toneladas de lixo para o ambiente marinho, causando impacto na biodiversidade
de espécies marinhas (CHELSHIER et al., 2009).

1.6 IMPACTOS SOCIAIS – CONTAMINAÇÃO E POLUIÇÃO

O processo de globalização passa por muitas transformações, desde o


consumo de água, produção de energia e alimentos, até o crescimento da economia
com a industrialização e a urbanização, gerando interação econômica entre setores e
países. Essa visão de desenvolvimento econômico deve ser alinhada a
responsabilidade socioambiental, em conformidade com as iniciativas sociais,
ambientais e às estratégias de negócios (FREITAS e PORTO, 2006).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, (2004), mesmo diante dos


grandes avanços da medicina, as doenças infecciosas continuam como a maior causa
de mortalidade humana em todo o mundo. Apesar de alguns patógenos tenham sido
17

controlados, a cada momento surgem novas doenças e com isso números


significativos de mortes.

De acordo com Pereira Filho et al. (2003), toneladas de elementos-traço são


lançados em rios e mares, tais como mercúrio, estanho, zinco, prata, cromo, chumbo,
alumínio, cobre, arsênio e cádmio, provenientes de atividades industriais, sendo
incorporados a cadeia alimentar dos pescados, prejudicando assim os ecossistemas
aquáticos. Esses metais são elementos altamente reativos e não podem ser
destruídos por causa da dificuldade em visualizá-los no seu estado puro na água.

Para Khan et al. (2005) o consumo humano de pescados com elevados teores
de metais pode causar em longo prazo, intoxicação e danos à saúde humana.

Dessa maneira, é importante a avaliação da concentração de contaminantes


químicos no meio biótico, para registrar as condições do ambiente e de todo
ecossistema, principalmente em relação aos elementos-traço, pela possibilidade de
contaminação humana e efeitos nocivos à saúde da população que se alimenta dos
pescados (KARA e ZEYTUNLUOGLU, 2007).
18

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL:

Realizar uma revisão bibliográfica em artigos publicados nos últimos 13 anos


com ênfase em parasitos de peixes como bioindicadores de acumulação de
elementos-traço nas Américas com um enfoque social e ambiental.

2.2 ESPECÍFICOS:

- Analisar os artigos publicados nos últimos 13 anos nas Américas com parasitos de
peixes na América do Sul, Central e do Norte;

- Verificar quais são as ordens e espécies de peixes mais utilizadas nos estudos sobre
a acumulação de elementos-traço;

- Verificar quais são os táxons de parasitos de peixes mais utilizados nos estudos
sobre a acumulação de elementos-traço;

- Verificar quais são os elementos essenciais e tóxicos e se suas concentrações


variam de acordo com as diferentes localidades de estudo;

- Verificar quais são os principais elementos essenciais e tóxicos encontrados em


maior concentração no tecido do parasito em relação ao tecido do hospedeiro.
19

4 METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa por artigos científicos nas bases de dados PubMed,
Scielo, Google Acadêmico, Periódicos Capes, utilizando os descritores: “Accumulation
indicator”, “trace elements accumulators”, “Environmental pollution indicator”, “trace
elements”, “Fish parasites as a bioindicator”. Para melhores resultados foram
adicionados filtros de pesquisa: cidades da América do Sul, Norte e Central, dos anos
de 2008 até os dias atuais, artigos nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola.

A pesquisa dos artigos foi realizada entre os meses de maio de 2020 a maio de
2021, onde foi definido o tema da pesquisa, os países escolhidos e o intervalo em
ano. Tendo como resultado 13 artigos de autores que publicaram entre os anos
compreendidos nas Américas do Sul e do Norte.

Logo após o levantamento e compilado de informações, surgiram às tabelas


com os resultados. Foram desenvolvidas a partir da análise dos artigos escolhidos
para a pesquisa, a tabela 1 consta nove artigos da América do Sul e dois artigos da
América do Norte. A partir dessa tabela geral, surgiram os gráficos, a partir das
informações mais relevantes para melhor entendimento dos resultados. Já nas tabelas
2 e 3 ficaram os resultados obtidos através das análises dos fatores de
bioconcentrações, onde demonstrou a relação entre parasito – hospedeiro e qual
órgão (fígado, músculo e intestino) tiveram maior concentração de elementos-traço.
20

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O tema “parasito de peixes utilizados como bioindicadores de acúmulo de


elementos-traço” ainda é muito recente, sendo que grande parte dos estudos foi
realizado na Europa e África, como exemplos podemos citar os artigos conduzidos
por SURES et al. (2003), NACHEV et al. (2013), YEN LE et al. (2014), NACHEV e
SURES. (2015), AL-HASAWI, (2019), e MEHANA et al. (2020). Entre os anos de 2008
e 2021 foram publicados 11 artigos científicos com a temática do estudo resumidos
na Tabela 1, sendo a grande maioria deles na América do Sul, onde foram
encontrados nove artigos, sendo os demais encontrados na América do Norte.
Nenhum artigo foi encontrado publicado na América Central.

Tabela 1. Lista dos artigos publicados nas Américas nos últimos 13 anos sobre
parasitos de peixes como bioindicadores de elementos-traço, com informações sobre
continente, país, localidade do estudo, espécies de hospedeiros, espécies de
parasitos e referências.

CONTINENTE PAÍS LOCALIDADE ESPÉCIE DE ESPÉCIE DE REFERÊNCIAS


DO ESTUDO HOSPEDEIRO PARASITO

América do Argentina Estuário Bahia Mustelus schmitti - Cestoda Tammone et al.


Sul Blanca (Springer, 1939) (2019)

Brasil Médio rio Cyphocharax gilberte - Crustacea Lins et al. (2008)


Itabapoana (Quoy & Gaimard, 1824)
(Rio de
Janeiro /
Espírito
Santo)
Rio Batalha Acestrorhynchus lacustris Nematoda Leite et al. (2017)
(São Paulo) - (Lütken, 1875)
Rio Mogi Prochilodus lineatus - Acanthocephala Reis et al. (2017)
Guaçu (São (Valenciennes, 1837)
Paulo)
Rio Batalha Prochilodus lineatus - Acanthocephala Leite et al. (2018)
(São Paulo) (Valenciennes, 1837)
Rio Jacaré- Cichla ocellaris - Cestoda Leite et al. (2019)
Pepira (São (Bloch & Schneider, 1801)
Paulo)
21

Rio Paraná Prochilodus lineatus – Acanthocephala Duarte et al. (2020)


Rio Baía (Valenciennes, 1837) e
(Paraná) Serrasalmus marginatus -
Valenciennes, 1837
Jacaré-Pepira Hoplias malabaricus - Nematoda e Leite et al. (2021)
, rio Tietê e (Bloch, 1794) Digenea
Jacaré-Guaçú,
(São Paulo)
Chile Lago Riñihue Oncorhynchus mykiss - Cestoda Woelfl, (2008)
(Walbaum, 1792)
América do Califórnia Lago Citharichthys sordidus - Cestoda C. Courtney-Hogue,
Norte (Girard, 1854) (2016)
Canadá Mar Perca flavescens - Digenea Ryman et. al. (2008)
(Mitchill, 1814)

Gilbert e Oldewage, (2017), fizeram uma revisão das diferentes publicações


sobre a utilização de parasitos de peixes como indicadores de acumulações de
elementos-traço. Suas publicações se detiveram aos países da África, especialmente
África do Sul, onde constataram que nos últimos 25 anos houve um crescente
interesse na utilização de parasitos de peixes como indicadores de monitoramento de
qualidade de hábitat e da saúde de ambientes aquáticos e principalmente em relação
a impactos antrópicos. A utilização de parasitos como bioindicadores surgiu na década
de 80 (SURES, 2001; VIDAL-MARTÍNEZ et al., 2010). A partir daí, diversos autores
mostraram que os parasitos podem ser indicadores adequados, principalmente por
possuírem uma variedade de estágios de vida e pela variedade de hospedeiros
envolvidos nos ciclos de vida (KHAN e THULIN, 1991; ŠEBELOVÁ et al., 2002;
WILLIAMS e MACKENZIE, 2003; SURES, 2004; PEČÍNKOVÁ et al., 2005; RETIEF et
al., 2006, 2009; VIDAL-MARTÍNEZ et al., 2010).

Sures et al., (2017), em um artigo de revisão que estabelece o estado atual da


arte na utilização de parasitos como bioindicadores da saúde do ambiente,
comprovam a eficácia dos parasitos como bons indicadores de acumulação de
poluentes em relação aos tecidos de seus hospedeiros, mostrando o quão úteis tais
organismos podem ser na detecção e quantificação de poluentes em ambientes
impactados (SURES et al., 2003; SURES et al., 2004; MARCOGLIESE, 2005; SURES
et al., 2008; VIDAL et al., 2010).

Foram analisados mais detalhadamente os trabalhos existentes na América do


Sul, chegaram à conclusão de que sete deles, com um percentual de 77,8% foram
22

realizados no Brasil, importante destacar que cinco foram realizados no Sudeste do


Brasil (Figura 1 A), já quando analisados os resultados obtidos na América do Norte
(Figura 1 B) somente dois artigos foram encontrados. Na (Figura 1 C) evidenciamos
as cidades do Brasil com maior percentual de publicação.

Figura 1 A – Habitats da América do Sul onde existem registros sobre acumulação de


elementos-traço em parasitos coletados em peixes entre os anos de 2008 à 2021.

11,1% Argentina (Bahia Estuário


Blanca )
11,1% Chile (Lago Riñihue)

Brasil (Sul e Sudeste)

77,8%

Fonte: A autora, 2021.

Figura 1 B – Habitats da América do Norte onde existem registros sobre acumulação


de elementos-traço em parasitos coletados em peixes entre os anos de 2008 à 2021.

Canadá (Ontário)
50% 50%
EUA (Baía de Santa
Mônica)

Fonte: A autora, 2021.


23

Figura 1 C – Evidenciamos nesse gráfico as cidades do Brasil onde existem registros


sobre acumulação de elementos-traço em parasitos coletados em peixes entre os
anos de 2008 à 2021.

Paraná
14,26% 14,26%
Santa Catarina
14,26%
São Paulo
57,2%
Rio de Janeiro / Espirito
Santo

Fonte: A autora, 2021.

Quando analisado o ambiente mais estudado, pode-se observar que 89% dos
estudos na América do Sul foram realizados em ambientes dulcícolas, sendo sete
deles em ambiente lótico e um em ambiente lêntico e somente um estudo foi realizado
em ambiente marinho (Figura 2 A). Já na América do Norte, um estudo foi realizado
em ambiente marinho e o outro em ambiente dulcícola (Figura 2 B). O foco maior em
ambientes de água doce se dá, provavelmente, por alguns fatores e mais diversa
estruturação hídrica da América do Sul, que abriga, por exemplo, a bacia Amazônica,
esta que é a maior bacia hidrográfica do planeta e que consequentemente garante
uma grande complexidade na estruturação das comunidades animais, onde os peixes
apresentam enorme diversidade, com aproximadamente 2.750 espécies registradas
(PERESSIN e SILVA, 2015). Apesar de apresentar um elevado grau de endemismo,
existem espécies de peixes não nativas que foram amplamente introduzidas em
diversas bacias, o que possibilita a aplicação de estudos da parasitologia ambiental
nos mais diversos ambientes, rios ou lagos, com os mesmos hospedeiros (GUBIANI
et al., 2018). Estes parasitos precisam ser fáceis de serem coletados, identificados e
sua biologia conhecida, para que sejam utilizados como bons bioindicadores (SURES,
2003; SURES, 2004).
24

Figura 2 A – Ambientes da América do Sul de preferência para os estudos sobre


acumulação de elementos-traço em parasitos coletados em peixes entre os anos de
2008 à 2021.

11,1%
Ambiente Lótico
11,1%
Ambiente Lêntico
77,8%

Ambiente Marinho

Fonte: A autora, 2021.

Figura 2 B - Ambientes da América do Norte de preferência para os estudos sobre


acumulação de elementos-traço em parasitos coletados em peixes entre os anos de
2008 à 2021.

Ambiente Lêntico
50% 50%
Ambiente Marinho

Fonte: A autora, 2021.

Na (Figura 3 A), quando se analisa as espécies de hospedeiros utilizadas nos


estudos, se observa que Prochiodus lineatus foi à espécie mais estudada dentre os
artigos da América do Sul. Já na Figura 3 B, na América do Norte, tiveram duas
espécies de hospedeiros distintas. Foi observado ainda que as espécies da América
do Sul e do Norte diferem entre si. Já as ordens dos peixes, na (Figura 4 A), da
América do Sul a de maior percentual foi a Characiformes com 66,7% as demais
25

ordens ficaram divididas nos mesmos percentuais. Quanto à América do Norte, na


(Figura 4 B), foram analisadas duas ordens diferentes. Em inventários de ictiofauna
em ambientes de água doce, a ordem Characiformes geralmente representa o maior
percentual de espécies coletadas, juntamente com a ordem Siluriformes (OTA et al.,
2018). A alta riqueza de Characiformes em ambientes de água doce, juntamente com
a alta riqueza de parasitos associados a espécies dessa ordem (LEHUN et al., 2020),
pode garantir certa agilidade na aplicação em estudos com o potencial de parasitos
para bioindicação e, portanto, pode explicar uma maior porcentagem de peixes dessa
ordem sendo usados.

Figura 3 A – Espécies de hospedeiros da América do Sul onde existem registros sobre


acumulação de elementos-traço entre os anos de 2008 à 2021.

Hoplias malabaricus

Mustelus schmitti

Cichla ocellaris

Prochilodus lineatus

Acestrorhynchus lacustris

Oncorhynchus mykiss

Cyphocharax gilberte

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5

Fonte: A autora, 2021.

Figura 3 B - Espécies de hospedeiros da América do Norte onde existem registros


sobre acumulação de elementos-traço entre os anos de 2008 à 2021.

Citharichthys sordidus

Perca flavescens

0 0,5 1 1,5
26

Fonte: A autora, 2021.


Figura 4 A – Ordem de peixes da América do Sul onde existem registros sobre
acumulação de elementos-traço em parasitos coletados entre os anos de 2008 à
2021.

Salmoniformes
11,1 11,1

11,1 Characiformes

66,7 Cichliformes

Carcharhiniformes

Fonte: A autora, 2021.

Figura 4 B - Ordem de peixes da América do Norte onde existem registros sobre


acumulação de elementos-traço em parasitos coletados entre os anos de 2008 à
2021.

Perciformes
50% 50%

Pleuronectiformes

Fonte: A autora, 2021.

Em se tratando dos táxons de parasitos já estudados, na (Figura 5 A), foi


possível observar que o maior número de estudos foi realizado com espécies
pertencentes ao filo Acanthocephala e classe Cestoda. Na (Figura 5 B), com relação
27

aos estudos realizados na América do Norte, observamos que um estudo foi realizado
com representantes da sub-classe Digenea e um da classe Cestoda.

Mehana e Shayed (2020), relatam que cestóides e acantocéfalos têm uma


capacidade aumentada de acumular elementos-traço, onde, por exemplo,
concentrações de metais nos acantocéfalos eram vários milhares de vezes maiores
do que nos tecidos do hospedeiro. NACHEV e SURES (2015), falam que nematóides,
cestóides e acantocéfalos exibem uma excelente capacidade de acumulação de metal
traço. NACHEV et al., (2013), concluíram que os acantocéfalos intestinais
acumularam principalmente elementos tóxicos, enquanto os nematóides
intraperitoneais bioconcentraram elementos essenciais. THIELEN et al., (2004),
enfatizaram que os acantocéfalos de peixes são muito úteis como sentinelas da
poluição por metais em ecossistemas aquáticos, apresentando concentrações bem
maiores de metais em relação ao hospedeiro.

Nos artigos analisados, houve a pesquisa dos metais nos tecidos de


endoparasitas, especialmente acantocéfalos e cestoides, ficando evidente a
capacidade de acumular metais. Em particular, os acantocéfalos são mais eficazes,
pela sua capacidade de bioconcentrar metais em comparação com os tecidos dos
hospedeiros (SIDDALL e SURES, 1998; NACHEV et al., 2010). NACHEV et al.,
(2013), relataram que os nematoides apresentaram níveis elevados de bioacumulação
de elementos essenciais em vez de tóxicos. Já SURES et al., 1999, relataram que os
acantocéfalos e os cestóides, apresentam os níveis mais elevados de elementos
tóxicos. SURES et al., (1994) e SURES e TARASCHEWSKI (1995), já tinham
constatado que a concentração de cádmio e chumbo foram apresentadas muitas
vezes maiores no acantocéfalo da espécie Pomphorhynchus laevis do que nos tecidos
de seus hospedeiros. Essa alta capacidade de acumulação em endoparasitos
intestinais se dá principalmente por ocuparem um sítio de infecção que geralmente
está associado às rotas de captação e absorção de metais (SURES e SIDDALL,
1999), fazendo com que tais compostos estejam disponíveis a nível celular e que,
portanto, possam ser acumulados pelos parasitos.
28

Figura 5 A – Espécies de parasitos da América do Sul onde existem registros sobre


acumulação de elementos-traço em peixes coletados entre os anos de 2008 à 2021.

40%
33,3% 33,3%
35%
30%
25%
22,2%
20%
15%
11,2%
10%
5%
0%
Crustacea Cestoda Nematoda Acanthocephala

Fonte: A autora, 2021.

Figura 5 B - Espécies de parasitos da América do Norte onde existem registros sobre


acumulação de elementos-traço em peixes coletados entre os anos de 2008 à 2021.

60%
50% 50%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Digenea Cestoda

Fonte: A autora, 2021.

Os metais são elementos presentes naturalmente nos ecossistemas aquáticos,


geralmente encontrados em baixas concentrações (FÖRSTNER e PROSI, 1979;
AVENANT OLDEWAGE e MARX, 2000; BINEY et al., 1994; LE et al., 2014) suas
toxicidades podem ser afetadas por variáveis físico-químicas da água, como pH,
alcalinidade, dureza, dióxido de carbono, isso de forma natural (BINEY et al., 1994;
FÖRSTNER e PROSI, 1979). Outras alterações sinérgicas e antagônicas entre os
29

metais presentes podem afetar o sistema aquático, intensificando ainda mais a sua
toxicidade (SIEGEL et al., 1991; TAO et al., 1999; ZARGAR et al., 2012a, b). Além de
todos esses fatores acima citados, existem alguns adicionais como nível da água,
eutrofização (MARCOGLIESE, 2001), juntamente com a interferência humana
(MARCOGLIESE, 2008), interferindo na saúde dos parasitos e dos hospedeiros
(MARCOGLIESE, 2016).

Quando analisados a (Figura 6 A) dos elementos-traço recuperados das


amostras analisadas nos artigos da América de Sul, observou-se que os encontrados
em maiores concentrações foram o chumbo e o cobre, seguidos do ferro, manganês,
crômio e cádmio.

Figura 6 A – Elementos-traço encontrados em artigos da América do Sul onde existem


registros de acumulação em parasitos e nos peixes coletados entre os anos de 2008
à 2021.

0
Hg Fe Ni Mn Pb Cu Mg Al Ti Cr Zn As Cd Ba

Fonte: A autora, 2021.

Já na (Figura 6 B), da América do Norte, o elemento-traço recuperado das


amostras analisadas encontrado em maior concentração nos trabalhos publicados
foi o mercúrio.
30

Figura 6 B – Elementos-traço encontrados em artigos da América do Norte onde


existem registros de acumulação em parasitos e nos peixes coletados entre os anos
de 2008 à 2021.

2,5

1,5

0,5

0
Ag As Cd Cr Cu Fe Hg K Pb Rb Se Sr Ti Zn

Fonte: A autora, 2021.

Com relação aos tecidos dos hospedeiros estudados, o músculo, o fígado e o


intestino, sendo os dois primeiros locais os mais estudados na América do Sul (Figura
7 A), e o músculo o mais estudado na América do Norte (Figura 7 B). Nos estudos
analisados, a musculatura dos hospedeiros é o órgão que possui os menores níveis
de concentração de metais quando comparados a outros tecidos, como intestino e
fígado. Nos peixes, os metais tendem a se acumularem em órgãos ou tecidos não-
comestíveis, sendo que os metais na musculatura só são bioacumulados caso as
concentrações em órgãos não-comestíveis, como fígado e intestino, por exemplo,
estejam excedidas (DE JESUS et al., 2014).
31

Figura 7 A – Tecidos estudados em artigos da América do Sul onde existem registros


de acumulação de elementos-traço em parasitos e nos peixes coletados entre os anos
de 2008 à 2021.

2,5
2
2

1,5
1 1
1

0,5

0
Músculo Fígado Intestino

Fonte: A autora, 2021.

Figura 7 B - Tecidos estudados em artigos da América do Norte onde existem registros


de acumulação de elementos-traço em parasitos e nos peixes coletados entre os anos
de 2008 à 2021.

10 9 9
9
8
7
6 5
5
4
3
2
1
0
Fígado Músculo Intesino

Fonte: A autora, 2021.

Na América do Sul, nos estudos da Tabela 2, dos 14 quatorzes elementos-traço


analisados, oito apresentaram maiores fatores de bioconcentração no músculo dos
hospedeiros, cinco apresentaram os maiores percentuais no fígado e apenas um no
intestino, mostrando que o músculo é o local que apresenta a menor concentração de
elementos-traço. Em estudos com bioacumulação de elementos-traço em peixes e
parasitos, os tecidos mais importantes são o fígado e intestino, o primeiro por fazer
parte importante na rota de captação e transporte dos metais pelo organismo do
hospedeiro, responsável pela síntese de compostos, e o segundo por fazer parte da
32

rota de eliminação dos metais (SURES et al., 1999) e, além disso, por ser um dos
principais sítios de infecção, que por sua vez ajuda a ter uma visão ampla do papel
bioacumulador dos parasitos em relação ao hospedeiro (LEITE et al., 2021). Por fim,
o tecido muscular deve ser analisado por se tratar do principal órgão comestível nos
peixes, tendo impacto direto na saúde humana caso as concentrações de metais
estejam altas, causando risco de contaminação e consequentemente de intoxicação
(RAKNUZZAMAN et al., 2016).

Enfatizamos ainda na Tabela 3 da América do Norte, que dos 14 quatorzes


elementos-traço analisados, nove apresentaram maiores fatores de bioconcentração
no músculo dos hospedeiros, corroborando com o descrito acima. Quatro
apresentaram os maiores percentuais no fígado e apenas um no intestino. Segundo
COURTNEY-HOGUE (2016) a prata, arsênio, cádmio, cobre, ferro, mercúrio, chumbo,
selênio e zinco, obtiveram os maiores valores de bioconcentração no músculo do
hospedeiro. Enquanto, crômio, rubídio, estrôncio e titânio, tiveram as maiores
concentrações no fígado, e por último o potássio apresentou o maior percentual no
intestino.
26

CONTINENTE ELEMENTOS MENOR VALOR DE MAIOR VALOR DE FÍGADO MÚSCULO INTESTINO AUTORES
BIOCONCENTRAÇÃO BIOCONCENTRAÇÃO
América do Sul BÁRIO 2,02(±0,05) 51,8 (± 2,0) X Leite et al. (2019)
X Leite et al. (2017)
ALUMÍNIO 1,67(±0.02) 60,9 (± 5,4) X Leite et al. (2019)
X Leite et al. (2017)
TITÂNIO 2,08 17,1(±5,4) X Leite et al. (2019)
X Leite et al. (2017)
ARSÊNIO 1,93 (± 0,03) 45,1 (± 15,9) X Leite et al. (2019)
X Leite et al. (2017)
MAGNÉSIO 0,06 (± 0,01) 6,61 X X Leite et al. (2017)
Leite et al. (2019)
CHUMBO 1,75(±0,03) 56,9(±19,9) X X Leite et al. (2019)
Leite et al. (2017)
MERCÚRIO 1,85(± 0,02) 55,2 X Leite et al. (2019)
X Lins et al. (2008)
CÁDMIO 1,79 (± 0,05) 270 X X Leite et al. (2017)
Tammone et al. (201
MANGANÊS 0,9(± 0,03) 11–307 X X Leite et al. (2017)
Woelfl, (2008)
FERRO 0,1–5 46,8 (± 3,8) X X Woelfl, (2008)
Leite et al. (2017)
NÍQUEL 1,87(±0,02) 80,3(± 8,3) X X Leite et al. (2019)
Leite et al. (2017)
COBRE 0,1–3 98,2 (± 27,2) X X Woelfl, (2008)
Leite et al. (2017)
ZINCO 0.03–0.4 27,2(±2,7) X X Woelfl, (2008)
Leite et al. (2017)
CRÔMIO 2,00 (± 0,04) 37,7 (± 1,4) X X Leite et al. (2017)
Tabela 2. Fatores de Bioconcentração dos elementos-traço nos artigos da América do Sul, apresentando os menores e as maiores
concentrações nos tecidos (fígado, músculo e intestino) dos hospedeiros.

Fonte: A autora, 2021.


27

Tabela 3: Fatores de Bioconcentração dos elementos-traço nos artigos da América do Norte, apresentando os menores e as maiores
concentrações nos tecidos (fígado, músculo e intestino).

CONTINENTE ELEMENTOS MENOR VALOR DE MAIOR VALOR DE FÍGADO MÚSCULO INTESTINO AUTORES
BIOCONCENTRAÇÃO BIOCONCENTRAÇÃO
América do Norte PRATA 0·72 ± 0·24 212·63 (± 128·25) X X C. Courtney-Hogue, (
ARSÊNIO 0·81 ± 0·340 4·80 (± 4·35) X X C. Courtney-Hogue, (
CÁDMIO 0·48 ± 0·10 121·95 (± 17·91) X X C. Courtney-Hogue, (
CRÔMIO 5·52 ± 2·56 18·58 (± 6·11) X X C. Courtney-Hogue, (
COBRE 2·23 ± 0·31 43·99 (± 14·47) X X C. Courtney-Hogue, (
FERRO 2·48 ± 0·54 117·57 (± 24·13) X X C. Courtney-Hogue, (
MERCÚRIO 8·96 ± 1·11 22·42 (± 8·74) X X C. Courtney-Hogue, (
POTÁSSIO 0·38 ± 0·07 0·40 (± 0·07) X N.D X C. Courtney-Hogue, (
CHUMBO 1·18 ± 0·39 81·92 (± 17·64) X X C. Courtney-Hogue, (
RUBÍDIO 0·57 ± 0·13 1·14 (± 0·27) X X C. Courtney-Hogue, (
SELÊNIO 0·48 ± 0·05 2·31 (± 0·23) X X C. Courtney-Hogue, (
ESTRÔNCIO 1·89 ± 0·62 68·83 (± 9·03) X X C. Courtney-Hogue, (
TITÂNIO 3·33 ± 0·48 1·89 (± 0·62) X X C. Courtney-Hogue, (
ZINCO 3·29 ± 0·39 27·29 (± 2·32) X X C. Courtney-Hogue, (

Fonte: A autora, 2021.


28

6. CONCLUSÃO

Nos últimos 30 anos, muitos estudos vêm sendo realizados, e demonstram que
os endoparasitos, principalmente os acantocéfalos e os cestoides, são parasitos
considerados bons indicadores de bioacumulação de elementos-traço e de
monitoramento de poluição nos ambientes aquáticos.

Os estudos apresentados da América do Sul e do Norte comprovaram que os


valores dos maiores fatores de bioconcentrações foram nos parasitos em relação aos
tecidos (fígado, músculo e intestino) dos hospedeiros.

A necessidade de um monitoramento das espécies de peixes utilizados como


fonte de alimento é muito importante, principalmente os estudos sobre contaminações
por esgotamentos domésticos e industriais inadequados.

Não podemos negar que realizamos grandes avanços tecnológicos e


econômicos, entretanto, por não medirmos as consequências, estamos destruindo o
meio ambiente e acelerando o processo de destruição do planeta. Com isso torna-se
importante mais estudo no intuito de demonstrar a necessidade de mais investimentos
e políticas voltadas para a preservação e recuperação dos ecossistemas, para que o
quadro dos referidos impactos ambientais e sociais acarretem menos danos à
sociedade e ao meio ambiente.
29

REFERÊNCIAS

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solo. In: NOVAIS, R. F.; ALVAREZ V.; V. H.; SCHAEFER, C. E. G. R. Tópicos em
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ADAMS, W.J., BLUST, R., BORGMANN, U., BRIX, K.V., DEFOREST, D.K., GREEN,
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AVENANT-OLDEWAGE A, MARX HM. Bioaccumulation of chromium, copper and


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