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ARCADISMO

1768 – “Obras Poética” de Cláudio Manuel da Costa


CARACTERÍSTICAS:
a) Racionalismo(a busca da razão)
b) Objetivismo (linguagem objetiva, direta e
clara)
c) Natureza (um símbolo, um modelo a ser
seguido)
d) Temas campesinos e bucólicos (assuntos do
campo, éclogas, a vida simples no campo)
e) Simplicidade da forma (sem os exageros do
Barroco)
f) Uso intenso de pseudônimos, principalmente
tirados de nomes de pastores gregos.
(PASTORALISMO - poeta=pasto/musa=pastora; o
fingimento poético)
g) Uso de frases latinas (preceitos que serviam
de inspiração)
carpem diem (aproveita o dia)
aurea mediocritas (mediocridade do ouro)
locus amoenus (lugar ameno)
fugere urbem (fugir da cidade, seguir a
natureza)
inutilia truncat (cortar o inútil)
A Lírica Árcade
do Grupo Mineiro
Tomás Antônio Gonzaga
As Liras de Marília de Dirceu
...algumas constantes:
Pastoralismo - bucolismo: poeta Tomás =
pastor Dirceu / amada Maria(musa) =
pastora Marília;
- o contato com a natureza;
Otimismo - narcisismo: canta a felicidade e
a mitologia;
Desvios Sensuais: amor é generalizado,
comedido;
- os pastores são jovens e devem aproveitar
a vida
Ideal burguês de vida: sem preocupações;
Simplicidade: linguagem objetiva, clara;
- Como se ensinasse Marília;
O Pré-romântico: o sofrimento;
Cláudio Manuel da Costa
Poeta de transição (reconhece e admira os
princípios estéticos do arcadismo, mas não
perde a influência barroca).
Racionalmente um árcade, mas
emocionalmente um barroco (as
contradições, os conflitos).
Poemas repletos de pastores e pastoras
(Nise).
A Poesia Épica
Frei José de Santa Rita
Durão

“Caramuru”
Escrito em versos decassílabos;
Estrofes: oitavas;
Rimas: oitava rima ou oitava real
(ABABABCC);
A história de Diogo Álvares Correia (o
Caramuru);
Representa a cultura indígena e a
natureza do Brasil;
A simpatia pelo índio (O mito do bom
selvagem de Rousseau);
A paixão pelas índias Paraguaçu e Moema;
Escolhe Paraguaçu e parte para a França
(batizada, recebe o nome de Catarina);
Poema da conversão (incorporação do índio
à fé cristã);
ROMANTISMO
1836 – “Suspiros Poéticos e
Saudades” de Gonçalves de
Magalhães
CARACTERÍSTICAS GERAIS ROMÂNTICAS:

a) Sentimentalismo (arrebatado, exagerado)


b) Supervalorização do Amor (é o tema central)
c) Liberdade de criação (de forma e conteúdo)
d) Evasão (fuga no tempo, no espaço, na morte)
e) Subjetivismo (carregada de significados,
revela um mundo de sonhos, fantasias e
imaginação)
f ) Idealização (do amor, da amada, do herói)
g) Indianismo (brasileiro) (índio idealizado física e
moralmente)
h) Individualismo (supervalorização do eu, o
egocentrismo)
i) Nacionalismo (a paixão pela pátria)
j) Pessimismo (o desencanto com a vida)
K) Ideais libertários (sentido de liberdade
inspirado em Vitor Hugo)
l) Religiosidade (manifestação da fé cristã)
ROMANTISMO NO
BRASIL
POESIA ROMÂNTICA NO BRASIL
1ª GERAÇÃO DA
POESIA ROMÂNTICA
Geração Nacionalista,
Indianista e dos Iniciadores
GONÇALVES DIAS
O ÍNDIO - POESIA INDIANISTA:
 O índio é o elemento central (inspirado no “Mito
do bom selvagem”)
Seguindo o modelo do cavaleiro medieval
(idealizado)
Incorpora alguns costumes, lendas e tradições
indígenas
Utiliza-se da língua tupi-guarani
A musicalidade dos versos (o ritmo, a melodia da
poesia)
A NATUREZA - LÍRICA NACIONALISTA:
Naturista (representa a exuberância da
natureza brasileira)
A natureza é um refúgio
Saudosista (a saudade da pátria)
A evasão no espaço (a fuga)
A solidão e o desalento
O AMOR IMPOSSÍVEL - LÍRICA AMOROSA
A temática do amor, o sentimentalismo
romântico
Intensa emoção
O sofrimento devido ao amor não
correspondido
A mulher idealizada
O individualismo
2ª GERAÇÃO DA
POESIA ROMÂNTICA
Geração do Mal do Século,
Byroniana, dos Pessimistas e
Ultrarromântica
ÁLVARES DE AZEVEDO
“LIRA DOS VINTE DOS VINTE ANOS”
 Primeira parte: amor e morte (Eros/Ariel X Tânatus/Calibã)
- Desejo de evasão e pelo sonho
- As confissões amorosas (fantasias românticas)
- A idealização da mulher
- O tema da morte como evasão (o fim das dores, do
sofrimento, desilusão com a vida, cansaço existencial)
 Segunda parte: ironia diante do amor
- Humor prosaico (cotidiano bem humorado, o amor é
ridicularizado)
3ª GERAÇÃO DA
POESIA ROMÂNTICA
Condoreiros, Abolicionista,
Poesia Social ou Hugoniana
CASTRO ALVES
A POESIA LÍRICA-AMOROSA
 O sentimento amoroso (a confissão da paixão)
 A linguagem metafórica mistura-se com a
coloquial
 A mulher (ronde de femmes = rodízio de
mulheres):

ROMÂNTICA (AMOR ESPIRITUALIZADO, PURO)


= ESPOSA, AMADA
X
SENSUALIZADA (AMOR ERÓTICO)
= AMANTE, PROSTITUTA
O desejo carnal (viril, sensual e caloroso)
A realização sexual (os encontros
amorosos)
A representação da natureza (o mar, as
aves, a paisagem brasileira, as
cachoeiras...)
A temática da morte (o pessimismo)
A POESIA SOCIAL (HUMANITÁRIA)
 Poesia engajada, de participação social
 Causas libertárias
 Critica a escravização do negro (abolicionista e
ideológica)
 Denúncia das injustiça contra o negro (o tráfico de
escravos, os maus tratos)
 A poesia se aproxima do discurso (linguagem
grandiloquente)
 Tom de oratória (uso de interrogações, exclamações,
reticências, apóstrofe)
 Poderosa sugestão visual e auditiva
O ROMANCE
ROMÂNTICO NO BRASIL
1844 - A moreninha, de Joaquim
Manuel de Macedo
JOSÉ DE ALENCAR
 Projeto nacionalista: revelar o Brasil em seu espaço físico-
geográfico, em seu passado histórico e em sua dimensão
lendária-mítica
 A busca da unidade nacional
 Idealização da realidade nacional, valorização da natureza
e estilo metafórico, tendente ao poético
 Tentativa de criar uma língua nacional (mistura do
português com o tupi-guarani)
 Aspectos pré-realistas
 Personagens mais complexas (certa análise psicológica)
O TEATRO
ROMÂNTICO
MARTINS PENA
 Fundou o Teatro Nacional
 Destaque para as comédias de costumes (introduziu tipos,
situações e costumes do Rio de Janeiro)
 Temas das peças: o casamentos por interesse, a
desonestidade dos comerciantes, a exploração do país, o
autoritarismo patriarcal...
 Peças bem humoradas, irreverentes e irônicas
 Faz sátiras aos costumes da sociedade rural
 “O juiz de paz na roça”, “Os dois ou o inglês maquinista”,
Quem casa quer casa”
O REALISMO
CARACTERÍSTICAS DO REALISMO
a) Contemporaneidade (para o realista o que interessa é o mundo
ao seu redor, o contemporâneo e as pequenas coisas do cotidiano
– retratam o século XIX);
b) Anti-emotividade e anti-idealização (é uma arte racional,
crítica, assim as personagens, as situações e o cenário refletem os
equívocos da vida – negação das emoções e as personagens estão
mais próximas da realidade);
c) Materialismo (não há lugar para apelos religiosos e místicos. A
vida é concebida de forma pragmática – criticam o mundo
capitalista);
d) Razão e Objetividade (busca apresentar o mundo pelos
aspectos cognitivos e não emocionais – busca a racionalidade e a
linguagem clara e objetiva);
e) Verossimilhança (semelhança com a Verdade. A arte deveria
imitar a vida - o descritivismo);
f) Universalismo e Impessoalidade (os temas devem ser tratados
de forma genérica e, assim, mais próxima da Verdade – temas
reconhecidos em todo o mundo e a falta de envolvimento);
g) Pessimismo (sentido trágico da existência – desencanto com a
vida);
h) Denúncia das mazelas sociais (essa arte reflete os problemas
sociais e a pequenez dos indivíduos – crítica social);
i) Análise psicológica das personagens (desvendamento do
caráter da personagem – análise do pensamento da personagem);
j) Introspecção (narrativa centrada nas reflexões interiores das
personagens – revelam seu íntimo).
Machado
de Assis
Fase realista
a) a introspecção (a reflexão da existência);
b) o humor e a ironia (análise crítica dos valores
sociais);
c) o pessimismo com relação à essência do
homem e seu relacionamento com o mundo
(aparência X essência, senso de relativismo);
d) a análise psicológica (o que a personagem
pensa, mergulha no íntimo);
e) a interferência do narrador (o narrador
metalinguístico, as digressões);
f) os principais temas que aborda são: a ganância, a
loucura, o adultério, a ambiguidade feminina, a
vaidade humana, a traição, etc. (temas universais)
g) Ruptura com a narrativa linear;
h) Os triângulos amorosos
i) Os arquétipos machadianos (inspira-se em
Shakespeare, em textos Clássicos, filósofos, na
Bíblia, etc.)

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