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NOTA:__________
A seguir você vai ler dois fragmentos de Morte e vida Severina. O primeiro pertence ao início da obra, em que
Severino se apresenta. O segundo pertence ao desfecho da obra, momento em que os vizinhos levam presentes
humildes à casa de Mestre Carpina, em razão do nascimento do filho.
TEXTO 1
TEXTO 2
2. De origem medieval, os autos são textos teatrais que representam um nascimento, quase sempre o de Cristo,
encenação por ocasião das festas de natal. No fragmento lido de Morte e vida severina: a presença de duas
personagens confere ambientação mística à cena. Quais são essas personagens?
04 – Na conversa entre Severino e mestre carpina, o retirante pergunta ao mestre “se não vale mais saltar / fora
da ponte e da vida”. De acordo com o texto:
O texto, no conjunto, faz uma forte crítica social. Contudo, pela ótica que ele apresenta, há esperança?
06 – A explosão de mais “uma vida severina” parece dar continuidade a essa corrente de severinos. Eles não
estão somente no sertão seco do Nordeste; estão em todo o país, severinamente lutando contra a “morte em
vida”.
a) Afinal, quem são os severinos deste país? b) Como se justifica o título da obra: Morte e vida
severina?
"Não tenho uma palavra a dizer. Por que não me calo, então? Mas se eu não forçar a palavra a mudez me
engolfará para sempre em ondas. A palavra e a forma serão a tábua onde boiarei sobre vagalhões de mudez.
Vou criar o que me aconteceu. Só porque viver não é relatável. Viver não é vivível. Terei que criar sobre a
vida. E sem mentir. Criar sim, mentir não. Criar não é imaginação, é correr o grande risco de se ter a realidade.
Entender é uma criação, meu único modo. Precisarei com esforço traduzir sinais de telégrafo - traduzir o
desconhecido para uma língua que desconheço, e sem sequer entender para que valem os sinais. Falarei nessa
linguagem sonâmbula que se eu estivesse acordada não seria linguagem."
08. Leia a seguinte relação de procedimentos formais, linguísticos e temáticos observados na literatura produzida
pela geração de 45.
Qual ou quais desses itens podem ser observados no texto de Clarice Lispector? Explique.
Leia o texto "O açúcar", de Ferreira Gullar para responder as questões 09 a 13.
O açúcar
11. Identifique a crítica social feita por Ferreira Gullar, no poema acima.
I. Buscou na visualidade um dos suportes para atingir rupturas radicais com a ordem discursiva da língua
portuguesa.
II. Teve como integrantes fundamentais Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari.
III. Foi um projeto de renovação formal e estética da poesia brasileira, cuja importância fica restrita à década de
1950.
Quais estão corretas?
a) Apenas I. d)Apenas I e II.
b) Apenas II. e) I, II e III.
c) Apenas III.
15. (UFRGS 2006) Leia o poema abaixo, de Décio Pignatari, e considere as afirmações que seguem.
I - Trata-se de um exemplo de poesia concreta, vanguarda do século XX que alterou radicalmente os recursos
materiais da construção poética, valendo-se, inclusive, de técnicas da publicidade.
II - No poema, o uso do imperativo e o jogo lúdico das aliterações contribuem para denunciar a forma persuasiva e
sedutora da mensagem publicitária que induz ao consumo.
III- O último verso é a síntese da intenção satírica do poema, que desqualifica o produto anunciado e, por
extensão, a sociedade de consumo que ele representa. Quais estão corretas?
O texto poético pode servir de base ao texto publicitário; porém, às vezes, é este que fundamenta aquele.
Relacionando essa observação ao texto anterior, julgue os itens que se seguem. (V/F)
17. Quem é pobre, pouco se apega, é um giro-o-giro no vago dos gerais, que nem os pássaros de rios e lagoas. O
senhor vê: o Zé-Zim, o melhor meeiro meu aqui, risonho e habilidoso. Pergunto: Zé-Zim, por que é que você não
cria galinhas- Quero criar nada não… me deu resposta: Eu gosto muito de mudar… […] Belo um dia, ele tora.
Ninguém discrepa. Eu, tantas, mesmo digo. Eu dou proteção. […] Essa não faltou também à minha mãe, quando
eu era menino, no sertãozinho de minha terra. […] Gente melhor do lugar eram todos dessa família Guedes,
Jidião Guedes; quando saíram de lá, nos trouxeram junto, minha mãe e eu. Ficamos existindo em território baixio
da Sirga, da outra banda, ali onde o de-Janeiro vai no São Francisco, o senhor sabe.
ROSA, J. G. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio (fragmento).
Na passagem citada, Riobaldo expõe uma situação decorrente de uma desigualdade social típica das áreas rurais
brasileiras marcadas pela concentração de terras e pela relação de dependência entre agregados e fazendeiros.
No texto, destaca-se essa relação porque o personagem-narrador
a) relata a seu interlocutor a história de Zé-Zim, demonstrando sua pouca disposição em ajudar seus agregados,
uma vez que superou essa condição graças à sua força de trabalho.
b) descreve o processo de transformação de um meeiro espécie de agregado em proprietário de terra.
c) denuncia a falta de compromisso e a desocupação dos moradores, que pouco se envolvem no trabalho da terra.
d) mostra como a condição material da vida do sertanejo é dificultada pela sua dupla condição de homem livre e,
ao mesmo tempo, dependente.
e) mantém o distanciamento narrativo condizente com sua posição social, de proprietário de terras