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CABEÇALHO

Observações:
 Não faça rasuras e não use corretivo.
 Escreva com letra legível e não faça abreviações.
 Utilize caneta com tinta azul ou preta.
 É proibido fazer uso de aparelhos eletrônicos (celulares, Ipod...) durante as atividades escolares.
 Será descontado 0,1 a cada dois erros.

Um impossível amor: as cataratas do Iguaçu

Há uma luta sem trégua entre o Bem e o Mal na natureza, na história da tribo e na vida de cada Kaingang. Cada lado
contabiliza vitórias e derrotas, sem nunca conseguir assegurar a vitória definitiva de um sobre o outro. Mas o pajés Kaingang
inventaram um jeito de acalmar a fúria do Mal:
A cada primavera, oferecem em casamento ao Mal a mais bela jovem da tribo. Ela não pode olhar para ninguém, nem
deixar seu coração ser conquistado por algum pretendente. Assim, o Mal, satisfeito, modera sua maldade, enviando menos doenças
às pessoas, menos tempestades às aldeias, menos pragas às plantações de milho e de mandioca e menos ataques de tribos inimigas.
As jovens escolhidas aceitam até como um privilégio esse casamento sinistro, porque sabem que desta forma ajudam toda a tribo.
Num certo ano, a sorte caiu sobre Naipi, uma jovem que era filha do grande cacique. Ela era especialmente bonita e
cobiçada pelos mais elegantes guerreiros. Mas sabendo-se comprometida com o Mal, em benefício de todos se comportava com a
maior discrição e indiferença. Mais ainda, aguardava com ansiedade o dia do casamento. Os preparativos iam avançados e os
convites para a festa tinham sido enviados a todas as aldeias da região.
Muitos convidados foram chegando e ajudavam na preparação dos alimentos: caça, peixe, frutas, legumes e cauim em
abundância. Entre eles se encontrava Tarobá, valente guerreiro, de corpo esbelto, de rosto afável e de maneiras elegantes.
Sobressaía tanto dos outros que chamou a atenção de Naipi. Os olhares se cruzaram e nasceu entre eles uma paixão avassaladora,
que nem o Mal podia controlar.
Enquanto todos se atarefavam com os preparativos do casamento, Tarobá e a jovem secretamente se encontravam na
margem do rio Iguaçu. Trocavam beijos e abraços. Faziam juras de amor eterno. E assim fizeram por três a quatro dias. Por fim,
elaboraram juntos um plano de fuga para poderem viver o seu grande amor. Tarobá arranjaria uma canoa veloz. Na véspera da
grande festa, quando todos, certamente, já dormiriam de cansaço, fugiriam discretamente.
Mas o Mal, com seu grande poder, acompanhava e escutava tudo sem ser notado. Descobriu a traição e preparou a
vingança. Esperou que os dois começassem a fuga pelo rio. E quando já estavam longe, felizes em sua canoa, porque tudo correra
como haviam planejado, ouviram, subitamente, um grande sibilar no céu. Viram o Mal, em forma de uma imensa serpente,
retorcendo-se no espaço e se lançando com toda a força no meio do rio. O impacto foi tão grande que abriu uma enorme cratera no
fundo do rio. As águas todas se precipitaram no buraco, carregando a frágil canoa. Formavam-se assim as cataratas do rio Iguaçu,
fruto da fúria do Mal.
O Mal, para completar sua vingança, transformou Tarobá numa palmeira no alto das quedas e Naipi numa pedra no fundo
das águas, na mesma direção de Tarobá. Assim, lá no seu lugar, no alto, Tarobá contempla sua amada sem nada poder fazer, sem
sequer tocá-la.
Entretanto, mais forte que o Mal é o amor. Esse tem mil estratagemas para se perpetuar. Por isso, quando sopra o vento
assobiante que vem do Sul e sacode a palmeira, Tarobá aproveita para enviar a Naipi sussurros de amor. E quando inicia a
primavera, lança flores de seu cacho para saudar amorosamente a Naipi, escondida lá embaixo na água.
Apenas um detalhe, porém, escapou à fúria vingativa do Mal: o arco-íris, símbolo principal do Bem. De tempos em tempos,
depois das grandes chuvas, forma-se, surpreendentemente, um arco-íris que une a palmeira com a pedra. É o momento do êxtase.
Todas as energias se ativam e se interligam. Tarobá e Naipi se enlaçam em amor e paixão.
Pessoas especiais, amigas da natureza – os filhos e as filhas do arco-íris – contam que se pode notar, então, uma aura de luz
devolvendo, por um momento, a forma humana a Tarobá e a Naipi. Eles – por um instante que vale uma eternidade – se
transformam em gente e ouvem, então, juras de amor sem fim.
E dizem que, ao desfazer-se lentamente o arco-íris, escutam-se lamúrias tristes como quem se despede com o coração
partido, mas cheio de esperança, ansiando pelo próximo arco-íris. É Tarobá que volta a ser palmeira e Naipi que vira, de novo, pedra
dentro da água.

Adaptado de: BOFF, Leonardo. O casamento entre o céu e a terra. Rio de Janeiro: Salamandra, 2001. p. 56-58.
1. Que estratégia foi encontrada para que o Mal não enviasse tantas desgraças ao povo Kaingang? (0,6)
A CADA PRIMAVERA, OFERECEM A MAIS BELA JOVEM DA TRIBO PARA SE CASAR COM O MAL.______________________
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2. O plano de fuga de Naipi e Tarobá foi bem sucedido? Explique de forma completa. (0,6)
NÃO. O MAL DESCOBRIU TUDO E SE VINGOU: ESPEROU QUE INICIASSEM A FUGA E ABRIU UMA ENORME CRATERA NO
RIO POR ONDE FUGIRIAM, FORMANDO AS CATARATAS DO IGUAÇU. DEPOIS TRANSFORMOU TAROBÁ NUMA PALMEIRA
NO ALTO DAS QUEDAS E NAIPI NUMA PEDRA NO FUNDO DAS ÁGUAS, NA MESMA DIREÇÃO DE TAROBÁ.______________
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3. Por que Naipi e Tarobá sofriam tanto após a transformação? (0,6)___________________________________________


PORQUE SE VIAM, MAS NÃO PODIAM SE TOCAR.___________________________________________________________
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4. Por que o arco-íris pode ser considerado uma estratégia que o Bem arrumou? (0,6)
PORQUE, QUANDO SURGE, ELE UNE A PALMEIRA E A PEDRA.
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5. Assinale a única alternativa na qual palavra em destaque é numeral, e não artigo. (0,4)

a) ( ) Há uma luta sem trégua entre o Bem e o Mal na natureza, na história da tribo e na vida de cada Kaingang.
b) ( ) Mas o pajés Kaingang inventaram um jeito de acalmar a fúria do Mal:
c) ( ) Os olhares se cruzaram e nasceu entre eles uma paixão avassaladora, que nem o Mal podia controlar.
d) ( ) Tarobá arranjaria uma canoa veloz.
e) ( X ) Apenas um detalhe, porém, escapou à fúria vingativa do Mal: o arco-íris, símbolo principal do Bem.

6. Releia o 3º e o 5º parágrafos. (1,0)


a) Qual a diferença de sentido entre as expressões: “uma jovem” (3º parágrafo) e “a jovem” (5º parágrafo)?
NO 3º PARÁGRAFO AINDA NÃO SE CONHECIA A JOVEM, POR ISSO USOU-SE A PALAVRA UMA. NO 5º PARÁGRAFO FALA-
SE DE UMA JOVEM JÁ CONHECIDA DO LEITOR, PORTANTO USOU-SE A PALAVRA A ANTES DELA._____________________
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b) Qual a classificação do artigo que acompanha JOVEM no 3º parágrafo? INDEFINIDO_____________________________


c) E como se classifica o artigo que acompanha JOVEM no 5º parágrafo? DEFINIDO________________________________

7. Assinale V para a(s) afirmação (ões) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). Depois, corrija a(s) falsa(s). (1,6) FFVFV

a) ( ) Há dois artigos na frase “Muitos índios disputavam o amor de Naipi.”.


HÁ APENAS UM ARTIGO: O_____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
b) ( ) Na frase: Durante uns dias nada se ouviu sobre eles. a classificação completa da palavra UNS é numeral cardinal.
NESSA FRASE, A CLASSIFICAÇÃO COMPLETA DA PALAVRA UNS É ARTIGO INDEFINIDO._____________________________
__________________________________________________________________________________________________
c) ( ) Os numerais SEXTO e SÉTIMO podem ser considerados ordinais ou fracionários, dependendo do contexto em
que estiverem inseridos._______________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
d) ( ) Soube daquele final inesperado ao ler o capítulo VIII. A pronúncia do algarismo romano nessa frase deve ser:
oito. A PRONÚNCIA CORRETA NESSA FRASE É OITAVO.______________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
e) ( ) A pronúncia de 14 pode ser CATORZE ou QUATORZE._________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________

8. Escreva como devemos LER os numerais romanos a seguir: (1,0)


a) Será que no século XXII isto ainda existirá? d) Será que existiu um papa chamado Bento XV?
VINTE E DOIS. ____________________________________ QUINZE _________________________
b) Acho que aquele homem da figura se chamava Paulo IV. e) Estamos quase chegando no capítulo L.
QUARTO_____________________________________ CINQUENTA__________________________________
c) Nem parece que elas viveram no século III.
TERCEIRO____________________________________

9. Observe o quadrinho abaixo. (1,2)

a) Por que Magali quer que Pinóquio conte mais uma historinha?
I. ( ) Porque, se ele contar mais uma mentira, ficará distraído vendo o nariz crescer enquanto ela pega mais uma fruta.
II. ( ) Porque, se ele contar mais uma mentira, seu nariz crescerá e baterá na fruta que Magali quer que caia.
III. ( ) Porque, ao contar mais uma mentira, todos brigarão com ele e não perceberão que ela está com a sacola cheia
de frutas.
IV. ( ) Porque, ao contar mais uma mentira, ela também aprenderá a mentir e conseguirá pegar suas próprias frutas.
b) Há nessa tirinha a palavra “uma”. Ela é classificada como artigo ou como numeral? Por quê?
NESSA TIRINHA, UMA É NUMERAL, POIS INDICA UMA QUANTIDADE.___________________________________________
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c) E se Magali dissesse: Vai, Pinóquio! Conta mais umas mentirinhas. Como seria classificada a palavra UMAS? Por quê?
AGORA SERIA ARTIGO, POIS NÃO EXISTE O NUMERAL UMAS. OU POIS NÃO ESTARIA INDICANDO UMA QUANTIDADE. ___
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10. Complete a frase com a classe gramatical solicitada entre parênteses: (1,2)
a) Resolvi usar _________________________ do tempo para ler esse texto. (numeral fracionário).
b) Encontrei _________________________ amigos na hora do recreio. (artigo indefinido).
c) A moça já tinha _________________________ de pontos que sua concorrente. (numeral multiplicativo)
d) Aquela já era a _________________________ vez que Antônio voltava ao estabelecimento. (numeral ordinal)
e) Ela vivia procurando _________________________ tampas das suas canetas? (artigo definido)
f) Naquela hora, a equipe deles tinha _________________________ pontos. (numeral cardinal)

10. Nas frases abaixo, coloque dentro dos parênteses, a letra que indica a classificação das palavras em destaque: (1,2)
( A ) numeral cardinal ( B ) numeral ordinal ( C ) numeral multiplicativo
( D ) numeral fracionário ( E ) artigo definido ( F ) artigo indefinido
BADEFC
( ) Eu já estava no quinto andar quando lembrei de minha bolsa.
( ) Por um ponto não fomos os campeões aquele dia.
( ) Só me restava um quinto da bateria do celular.
( ) O texto do qual falei era bem extenso.
( ) Naquela hora um homem muito estranho apareceu na janela.
( ) Nossa! Ela tinha o quíntuplo de tarefas que nós. Sucesso! 

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