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Vygotsky

Dois níveis de conceitualizaçã o


-conceitos cotidianos – antes da escola
No início da aquisiçã o - Palavra ligada ao objeto, como se a denotaçã o fosse a
funçã o primeira
- primeira generalizaçã o – flor para “rosa”, ou “tulipa”... mas também auau
para qualquer ser de quatro patas e peludo
-Conceitos científicos – tarefa fundamental da escola
- segunda generalizaçã o – flor remetendo a um conceito – abrange as
características de toda e qualquer flor – processos mentais superiores
A lgg, por si só , nã o nos leva a essa segunda generalizaçã o? Bakhtin e a
construçã o dos sentidos no discurso, a significaçã o ideoló gica... uma segunda
generalizaçã o
Flor (objeto do mundo) – visível, perceptível
Flor (conceito)
Flor (modo de tratamento – “florzinha” – ironia)
Em mulher nã o se bate nem com uma flor – a relaçã o de fragilidade entre mulher
e flor...

Escola
Trabalha “denotaçã o e conotaçã o” como coisas distintas, como se denotaçã o
fosse a relaçã o simétrica entre a palavra e o mundo e conotaçã o fosse uma
relaçã o assimétrica, mais abstrata.
Idéia falsa: a palavra, enquanto conceito, remete sempre a uma segunda ordem,
um segundo nível de generalizaçã o...
Esforço da escola em estabelecer conceitos de primeira ordem – ou trabalhar
com eles prioritariamente.
Ó rgã os-olhos, mã o (como algo mais pontual, mais “uniforme” – algo que eu posso
captar com uma imagem, posso desenhar...)
Ó rgã os-pele (como algo mais “disperso”, mais vasto, mais complexo, uma rede e
nã o algo localizado, sobre o qual eu tenho algo a dizer, mas nã o consigo captar
com uma imagem, um desenho, por ex.)
Para entender olhos como ó rgã o, e nã o como “parte do corpo”, é necessá rio
também captar a dispersã o que há em olhos (assim como em boca/lingua,
nariz...)
A “pele” seria um lugar privilegiado para explicar “ó rgã os” mais do que “olhos”...

O mesmo com a conceituaçã o de “travessã o” – é esse traço (uma imagem, um


desenho, a uniformidade...)
Nã o há a compreensã o pelas cças, pq a conceitualizaçã o exige que se trabalhe
com a dispersã o (o conceito de travessã o nã o está contido nã o ocorrências dele
no texto...)

Em lingua estrangeira
Já haveria um generalizaçã o de segunda ordem na aprendizagem/aquisiçã o de
uma lingua estrangeira? Nã o se pode passar de uma palavra a outra de forma
simétrica... têm que se passar, obrigató riamente, pela dispersã o, pelos sentidos
construídos na assimetria, na nã o coincidência entre os termos/palavras.
Na lingua materna, a glosa proporcionaria essa nã o/coincidência...
Sentidos outros que sã o construídos quando mudo palavras, uso sinô nimos,
mudo a ordem sintá tica do enunciado...

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