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Trabalha “denotaçã o e conotaçã o” como coisas distintas, como se denotaçã o
fosse a relaçã o simétrica entre a palavra e o mundo e conotaçã o fosse uma
relaçã o assimétrica, mais abstrata.
Idéia falsa: a palavra, enquanto conceito, remete sempre a uma segunda ordem,
um segundo nível de generalizaçã o...
Esforço da escola em estabelecer conceitos de primeira ordem – ou trabalhar
com eles prioritariamente.
Ó rgã os-olhos, mã o (como algo mais pontual, mais “uniforme” – algo que eu posso
captar com uma imagem, posso desenhar...)
Ó rgã os-pele (como algo mais “disperso”, mais vasto, mais complexo, uma rede e
nã o algo localizado, sobre o qual eu tenho algo a dizer, mas nã o consigo captar
com uma imagem, um desenho, por ex.)
Para entender olhos como ó rgã o, e nã o como “parte do corpo”, é necessá rio
também captar a dispersã o que há em olhos (assim como em boca/lingua,
nariz...)
A “pele” seria um lugar privilegiado para explicar “ó rgã os” mais do que “olhos”...
Em lingua estrangeira
Já haveria um generalizaçã o de segunda ordem na aprendizagem/aquisiçã o de
uma lingua estrangeira? Nã o se pode passar de uma palavra a outra de forma
simétrica... têm que se passar, obrigató riamente, pela dispersã o, pelos sentidos
construídos na assimetria, na nã o coincidência entre os termos/palavras.
Na lingua materna, a glosa proporcionaria essa nã o/coincidência...
Sentidos outros que sã o construídos quando mudo palavras, uso sinô nimos,
mudo a ordem sintá tica do enunciado...