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Introdução
O que é essa aula:
Essa Aula é uma Introdução ao BIM.
É uma apresentação de como o SketchUp atende as especificidades para ser Bim, quais são
essas ferramentas e como algumas delas funcionam.
Dinâmica da aula:
Toda a estrutura da aula será apresentada em Blocos.
Os blocos tem em torno de 20 minutos.
Após a apresentação do conteúdo do bloco será aberto a sessão de perguntas.
No final teremos uma abertura de tempo maior para perguntas gerais.
Público presente:
Não Alunos do MOSTRAÍ.
Alunos do MOSTRAÍ do curso SketchUp é BIM
Alunos MOSTRAÍ do curso SketchUp de Alto Desempenho
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O que é BIM
BIM a sigla em ingl s para Modelagem da Informa o da Constru o.
Existem v rias defini es a respeito do que significa o acr nimo, e, ao mergulhar na sua hist ria, entende-se como ferramentas e
conceitos de modelagem est o atrelados. A modelagem da informa o da constru o mais que um modelo 3D parametrizado,
uma forma de coordenar informa es atrav s de bancos de dados.
importante frisar que o conceito do BIM n o recente. A ind stria qu mica e a automobil stica, entre outras, j trabalham dessa
forma h muito tempo: a primeira porque precisa simular sistemas, e a segunda, por quest es de competitividade, precisa ser
assertiva na gest o do tempo e de mat rias.
O conceito BIM para a rea da ARQUITETURA, ENGENHARIA e CONSTRU O CIVIL (AEC) serve de embasamento para as
ferramentas que permitem simular o desenvolvimento e o comportamento de uma edifica o, bairro, de uma cidade; de uma
frente a quest es clim ticas, de seguran a, energ tica e de consumo de materiais; ou seja, permite simular o ciclo de vida da
benfeitoria, seus impactos, interfer ncias e ganhos sociais. Com o BIM as fases de projeto destacam-se por sua import ncia, pois
possibilitam realizar an lises mais acuradas da viabilidade econ mica, urban stica, ambiental e social, no curto, m dio e longo
prazo, ou seja, da sustentabilidade da benfeitoria.
Al m das possibilidades de simula o e dos reflexos na execu o (por permitir a minimiza o de conflitos e problemas), BIM
tamb m permite a gest o de opera o e manuten o de forma mais eficiente e gil. Uma vez que as informa es do “As Built”
tenham sido lan adas e estejam corretas; a troca de uma v lvula, a compra de l mpadas, a pintura de uma parede, a localiza o de
bens (computador, mesa, entre outros), a gest o e a manuten o da benfeitoria tronam-se mais eficientes, pois o simples
cruzamento de uma curva ABC com o tempo de vida til de materiais e equipamentos permitir compor um fluxo financeiro mais
realista para o gestor dessa benfeitoria.
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O que é BIM
Então, podemos dizer que BIM é um conjunto de informações geradas e mantidas durante todo o ciclo de
vida de um edifício.
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É um modelo virtual, que pode pode ser utilizado para visualização tridimensional, para auxiliar nas decisões de projeto e comparar as
várias alternativas de design antes da construção do edifício..
BIM vai além do desenho de linhas e planos, já que todos os dados são armazenados dentro de um arquivo “BIM”, cada modificação na
modelagem da edificação será automaticamente replicada em cada vista, como plantas, seções e elevações. Isso não só ajuda a
documentar o projeto de forma mais rápida, mas também proporciona maior segurança e qualidade com a coordenação automática de
todas as vistas. Quanto à simulação da edificação, modelos BIM contém mais do que apenas dados de arquitetura. Informações a
respeito das demais disciplinas da engenharia, informações de sustentabilidade, custos e cronograma também podem ser inseridos.
Há várias teorias sobre a origem do termo BIM. O Professor Charles M. Eastman do Instituto de Tecnologia da Georgia criou o conceito
de modelagem de informação, mas não o termo em si, que foi primeiramente citado em um artigo de van Nederveen et al em 1993.
Entretanto, em 2003 foi citado em artigo pela Autodesk para descrever 4D-BIM, orientado ao objeto, AEC - específica CAD.
Essa teoria é baseada tendo em vista que o termo Building Information Model é basicamente o mesmo que Building Product Model, a
qual o professor Eastman tem usado extensivamente em seus livros e documentos desde finais dos anos 1970. ('Product model'
significa 'informação de modelo' na engenharia.) No entanto, o termo foi popularizado por Jerry Laiserin como nome comum para uma
representação digital do processo de construção para facilitar o intercâmbio e a interoperabilidade de informação em formato digital.
De acordo com ele e outros, a primeira aplicação do BIM estava sob o conceito de Edifício Virtual do ARCHICAD Graphisoft da
Nemetschek, na sua estreia em 1987.
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Segundo Eastman et al. (2008), BIM uma tecnologia de modelagem e um conjunto de processos associados para produzir, comunicar
e analisar modelos de edif cios.
Underwood e Isikdag (2010) definem as caracter sticas dos Building Information Models:
ESTRUTURAS DENTO DO
QUANTIFICAÇÃO
PROGRAMA
1) Orientados a objetos;
2) Ricos em dados e abrangentes: os modelos s o ricos em dados e abrangentes enquanto cobrem e mant m as caracter sticas f sicas e
funcionais e os estados dos elementos do edif cio; METADADOS
3) Tridimensionais: os modelos representam a geometria do edif cio em tr s dimens es; MODELO 3D “IFC”
4) Espacialmente relacionados: as rela es espaciais entre os elementos do edif cio s o mantidas nos modelos de maneira hier rquica;
5) Semanticamente ricos: os modelos mant m uma grande quantidade de informa o sem ntica sobre os elementos do edif cio; e
6) Modelos capazes de suportar vistas: as vistas do modelo s o subconjuntos ou instant neos do modelo que podem ser gerados com
base no modelo principal. Essas vistas podem ser automaticamente geradas, resguardando as necessidades do usu rio.
PARAMETRIZAÇÃO
AUTOMAÇÕES
Os modelos de edif cios s o caracterizados pelos autores como componentes representados digitalmente atrav s de objetos que
“sabem” o que s o e que podem ser associados atrav s da computa o gr fica, possuindo propriedades, atributos e regras
param tricas. Os componentes incluem dados que descrevem como eles devem se comportar: de forma coordenada, consistente e n o
redundante.
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Para essa identificação, Succar (2008) define a subdivisão dos níveis de maturidade BIM em três componentes, que podem auxiliar na classificação da implementação
BIM:
Antes de apresentar os níveis de maturidade BIM, é interessante aprender o conceito de modelagem 3d baseada em objetos, colaboração e integração baseada em
rede.
• Modelagem 3d baseada em objetos pode ser entendida no contexto da transição CAD-BIM, onde deixamos de desenhar linhas, arcos, círculos e objetos
geométricos primitivos para modelar objetos virtuais paramétricos (portas, paredes, janelas, pilares, telhados, etc).
Ao desenhar geometrias em CAD, o nosso objetivo é representar o empreendimento. Quando modelamos uma edificação baseada em objetos estamos não apenas
representando-a, mas criando a possibilidade de analisar e simular à sua construção através de softwares podendo fazer análises solares, luminotécnicas,
estruturais, mecânica, energética, etc. Tais análises e simulações são viáveis visto que os modelos baseados em objetos possuem informação atrelada quanto ao seu
material, aparência, textura, resistência, peso, etc.
• Colaboração é todo o processo onde está envolvido o trabalho de várias pessoas em conjunto para alcançar os objetivos partilhados, de forma a se conseguir um
resultado muito difícil de realizar individualmente.” (Ferreira, 2016). Na colaboração, pense em um arquiteto, um engenheiro estrutural e um engenheiro mecânico
compartilhando os seus projetos entre as equipes de forma a se chegar ao melhor produto possível. Quando deixamos o isolamento do nosso escritório e
começamos a trabalhar em equipe, temos um processo colaborativo.
• Integração Baseada em rede é quando usamos um servidor BIM para que equipes das diferentes disciplinas trabalhem em tempo real com integração. Assim, um
engenheiro civil com escritório em São Paulo, pode trabalhar em tempo real com um Arquiteto de Madri sem a necessidade de estarem no mesmo local. Óbvio que
uma integração baseada em rede requer elevados níveis de integração e gestão de dados, mas é algo real e que já existe no mercado. Como exemplo, podemos
citar o Revit Server e o Trimble Connect
• Pré-BIM
Se refere as práticas tradicionais 2D (AutoCAD), ainda com ineficiência e barreiras significativas. A maioria da informação é
armazenada em documentos escritos, pranchas e detalhes 2D. Existe grande possibilidade de existirem erros humanos e problemas
entre diferentes versões de projeto (KHOSROWSHAHI; ARAYICI, 2012).
• BIM Level 1
Se refere à transição de 2D para o 3D, onde o modelo passa a ser construído com elementos arquitetônicos reais. Nessa fase, as
disciplinas ainda são tratadas separadamente e a documentação final ainda é composta, majoritariamente, por desenhos 2D
(KHOSROWSHAHI; ARAYICI, 2012).
• BIM Level 2
Existe um progresso da modelagem 3d para a colaboração e interoperabilidade. Tal level requer um compartilhamento integrado
de dados entre as partes envolvidas com a finalidade de suprir a abordagem colaborativa (KHOSROWSHAHI; ARAYICI, 2012).
• BIM Level 3
O estágio 3 já passa da colaboração para a integração, refletindo a filosofia real BIM. Nesse nível de maturidade os envolvidos no
projeto interagem em tempo real permitindo análises complexas nas fases iniciais de projeto. O produto final inclui, além da
documentação 2D, propriedades semânticas de objetos, princípios de construção enxuta, políticas sustentáveis, etc
(KHOSROWSHAHI; ARAYICI, 2012).
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Dimensões do BIM
Geralmente existe uma confusão dos níveis de maturidade BIM com as dimensões BIM, do 4D ao 8D. Níveis de maturidade BIM e
Dimensões BIM são coisas diferentes. Embora relacionadas, elas se referem a aspectos distintos.
O BIM é uma tecnologia que trabalha em várias dimensões de acordo com a proposta do empreendimento. De acordo com Neil Calvert
(2013), podemos fazer as seguintes classificações de dimensões para o BIM:
3D – Dimensões Tridimensionais: é o processo de reunir informações gráficas e não gráficas para criar modelos 3D e distribuir essas
informações em um ambiente de compartilhamento de dados acessível
4D – Planejamento: é relativa ao tempo, ou seja, pode-se atrelar um cronograma físico com o modelo BIM de forma a enriquecer a
informação quanto ao empreendimento. O Navisworks Mange e o Synchro são exemplos de softwares bim muito utilizados para tal fim.
5D – Orçamento: está relacionada com o custo do empreendimento, assim, é possível integrar o modelo, com o seu cronograma físico-
financeiro.
6D- Sustentabilidade: está relacionada à gestão do empreendimento (Facility Management) à vida útil dele e não apenas aos custos
iniciais. Dessa forma, pode-se usar o modelo nas etapas de operação e manutenção.
7D – Gestão de Instalações: tem tudo a ver com operações e gerenciamento de instalações. Substituição simplificada e fácil de peças e
reparos a qualquer momento durante toda a vida útil de um edifício
8D - Segurança do trabalho: diz respeito à segurança e prevenção de acidentes no campo de trabalho. Adicionando o BIM 8D ao projeto,
é possível prever riscos no processo operacional e construtivo, e acrescenta elementos de segurança e cria indicativo de riscos.
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Dimensões do BIM
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Dimensões do BIM
Dimensão 3D: Modelagem Paramétrica
O BIM 3D é provavelmente a forma mais familiar do uso do BIM e é o processo de reunir informações gráficas e não
gráficas para criar modelos 3D e distribuir essas informações em um ambiente de compartilhamento de dados
acessível, rastreável, transparente, confidencial e seguro, no qual todos os sujeitos credenciados podem compartilhar
as informações produzidas, de acordo com regras pré-estabelecidas, para o gerenciamento digital das informações
do projeto.
O uso de ferramentas de ponta para a reprodução desses modelos digitais de construção permite que você cuide dos
detalhes gráficos de seu design, assegurando uma renderização realista da aparência estética e excelente aderência
geométrica dos elementos modelados.
Além disso, as partes colaboradoras de um projeto devem fornecer informações precisas para que possíveis falhas
possam ser identificadas e sanadas antes que qualquer trabalho de construção ou que a construção ocorra e evite
custos desnecessários de retrabalho. O BIM permite que equipes multidisciplinares trabalhem juntas de maneira mais
eficaz a partir de um modelo integrado.
Podem ser citados como benefícios da dimensão 3D: visualização 3D otimizada de todo o projeto, comunicação e
compartilhamento simplificados das expectativas e etapas do projeto, auxiliar a logística, fácil colaboração entre
equipes multidisciplinares, redução de retrabalho e revisões face à transparência do projeto desde o seu cerne.
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Dimensões do BIM
Dimensão 4D: Planejamento
A quarta dimensão está relacionada ao planejamento do canteiro de obras, adicionando um novo elemento: o tempo. A programação de
dados ajuda a descrever quanto tempo estará envolvido na conclusão do projeto e como o projeto evoluirá. As informações podem fornecer
detalhes sobre o tempo necessário para instalação ou construção, o tempo necessário para tornar o projeto operacional e a sequência de
instalação de vários componentes.
A administração do tempo representa um aspecto fundamental no planejamento da construção. Alguns dos métodos tradicionais
empregados neste setor (como gráficos de Gantt e o diagrama Pert), quando utilizados no canteiro de obras ou para o gerenciamento de
tempo do projeto, têm certos limites e questões críticas: como perda de dados entre as equipes, falta de comunicação entre a gerência de
obras e os fornecedores, necessidade da colocação precisa de materiais no canteiro e o preciso andamento da execução do trabalho.
Esses representam apenas parte dos motivos que causam atrasos e ineficiências, com a consequente necessidade de revisar tudo o que foi
planejado até o momento.
As informações relacionadas ao tempo de um elemento específico podem incluir dados sobre o tempo que se gasta para instalar ou construir,
o tempo necessário para tornar-se operacional, a sequência pela qual os componentes devem ser instalados e as dependências a outras
áreas da empresa.
Com o tempo, as informações compartilhadas no modelo Integrado devem ser capazes de desenvolver um programa de projeto preciso.
Com os dados vinculados à representação gráfica dos componentes, torna-se mais fácil de consultar e compreender as informações do
projeto e também é possível mostrar como a construção se desenvolverá.
O aprimoramento do planejamento e da programação do projeto, a coordenação otimizada entre arquitetos, empreiteiros e equipes no local
da obra, auxílio na detecção precoce de conflitos, gerenciando as informações relacionadas ao status do canteiro de obras e visualizando o
impacto das alterações realizadas durante todo o ciclo de vida, segurança e eficiência aprimoradas devido à documentação de todo o plano
com cronogramas específicos são pontos vantajosos obtidos pelo emprego da dimensão 4D.
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Dimensões do BIM
Dimensão 5D: Orçamentação
O custo é um dos elementos mais importantes associados a um projeto. Essa dimensão permite que todos os envolvidos no
projeto analisem os custos que serão incorridos ao longo do tempo em relação às atividades do projeto.
Esses cálculos podem ser feitos com base nos dados e informações associadas, vinculadas a componentes específicos dentro
do modelo gráfico. Tais dados permitem que os orçamentistas extraiam com maior facilidade as quantidades de um
determinado componente, alcançando assim, com maior precisão, o custo geral para o desenvolvimento de um projeto.
Essa dimensão contribui para uma maior precisão dos requisitos orçamentários e um maior controle sobre possíveis mudanças
no escopo, material, mão de obra ou equipamentos.
Assumindo que o projeto traga dados da dimensão 4D e uma compreensão clara do valor de um contrato, você pode
acompanhar facilmente os gastos previstos e reais ao longo de um projeto. Isso permite relatórios e orçamentos regulares de
custos para garantir ganho de eficiência e que o projeto permaneça dentro dos limites orçamentários.
Imprescindível ressaltar que, a precisão de qualquer cálculo de custo depende, é claro, dos dados produzidos e compartilhados
pelas várias equipes que cooperam com o projeto. Caso essas informações sejam imprecisas, os custos também o serão.
Nesse aspecto, o uso do BIM para estimativa de custo não difere das formas mais tradicionais de trabalho. É por esse motivo
que os orçamentistas mantém um trabalho muito importante a performar, não apenas na verificação da precisão das
informações, mas também na ajuda a interpretar e preencher as “lacunas” de informações.
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Dimensões do BIM
Dimensão 6D: Sustentabilidade
A indústria da construção tradicionalmente se concentra nos custos iniciais da construção. Mudar esse foco para uma melhor
compreensão do custo de toda a vida útil dos ativos, no qual a maior parte do dinheiro é gasto proporcionalmente, deve motivar uma
tomada de decisão mais precisa em termos de custos e sustentabilidade. É aqui que entra a dimensão 6D.
Também chamada de iBIM ou BIM integrado, essa dimensão compreende a inclusão de informações que ofereçam suporte ao
gerenciamento e operação das instalações, a fim de obter melhores resultados nos negócios.
O 6D BIM está focado na sustentabilidade de um ativo. Os dados extraídos nessa dimensão podem incluir informações sobre o fabricante,
cronogramas de manutenção, detalhes de como o item deve ser configurado e operado para se obter um desempenho ideal, vida útil
esperada e dados de desativação. É possível tomar melhores decisões, por exemplo, em ativos com vida útil mais longa e com maior
sentido econômico. Com esse nível de dados em um modelo, você pode planejar as atividades de manutenção com bastante antecedência.
Nem sempre é fácil adaptar esse conceito a um tipo de design sustentável, especialmente em termos de inovação, pois projetar de maneira
sustentável impacta em grande monta nos aspectos de qualidade e custos. A adoção de uma metodologia que exija planejamento de
processos e gerenciamento de obra permitirá que os processos analíticos envolvidos na avaliação da sustentabilidade de um edifício
tenham um desempenho melhor.
A adição desse tipo de detalhe ao seu modelo de informações permite que decisões sejam tomadas durante todo o processo de
modelagem – uma caldeira com vida útil de 5 anos pode ser substituída por uma que deve durar 10, por exemplo, se fizer sentido
econômico ou operacional fazê-lo. No entanto, é importante, que esse tipo de informação realmente agregue valor ao usuário final.
Essa abordagem mais planejada e proativa oferece benefícios significativos, principalmente em termos de custos, além de permitir um pré-
planejamento das atividades de manutenção com anos de antecedência e o desenvolvimento de perfis de gastos durante a vida útil de um
ativo construído, evitando que os reparos se tornem dispendiosos ou os sistemas ineficientes.
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Dimensões do BIM
Dimensão 7D: Gestão e Manutenção
A dimensão 7D é uma abordagem única, na qual tudo relacionado ao processo de gerenciamento de instalações é
agrupado em um único local no modelo de informações da construção. Essa tática ajuda a melhorar a qualidade da
prestação de serviços durante todo o ciclo de vida de um projeto. O uso do 7D BIM garante que tudo em um projeto
permaneça em sua melhor forma desde o primeiro dia até à demolição de uma estrutura.
Um dos objetivos da metodologia BIM é criar um modelo virtual (tridimensional e informativo) mais fiel ao que foi
realmente alcançado. Um modelo definido como as built inclui, de fato, não apenas o que foi projetado, mas também o
que está sendo construído durante a fase de construção.
O que é concebido durante a elaboração do projeto é tradicionalmente revisado e modificado no canteiro de obras para
lidar com possíveis variações durante a construção ou para resolver conflitos geométricos ou operacionais que não são
levados em consideração no estágio inicial da construção.
Ao falar sobre o “ciclo de vida da construção”, certamente não se pode desconsiderar os aspectos de manutenção e
desmontagem ou a renovação do trabalho de construção.
O 7D BIM tem tudo a ver com operações e gerenciamento de instalações. Essa dimensão é usada para rastrear dados
importantes do ativo, como status, manuais de manutenção ou de operação, informações sobre garantia e especificações
técnicas, para serem utilizados em um estágio futuro.
Principais benefícios no uso dessa dimensão: substituição simplificada e fácil de peças e reparos a qualquer momento
durante toda a vida útil de um edifício; processo de manutenção simplificado para empreiteiros e subcontratados.
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• Modelo Virtual Tridimensional - criação dos elementos da construção - sair do 2D e ir para o 3D;
• Parametrização - eficiência do processo simplificando ações e garantido qualidade e segurança das informações.
• Padrões Classificação tipo IFC e outros - para organização de trabalhos colaborativos e integrados.
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Modelo 3D - Automações
PLANO DE SEÇÃO
A ferramenta Plano de Seção faz os cortes a serem realizados. Você insere e posiciona onde quer. Tanto para a planta quanto para os
cortes.
Importante:
• para o corte aparecer ele tem de estar ativo;
• quando os cortes ficarem ativos, você os verá em perspectiva;
• nessas imagens abaixo, os cortes estão mostrando o Plano de Seção ativo, por isso a borda laranja e o sombreamento no plano de
corte.
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Modelo 3D - Estilos
É na definição de Estilos que acontece umas das grandes mágicas do SketchUp. Na verdade, o modelo
é o mesmo, mas a apresentação dos tipos de linhas, suas espessuras, texturas das superfícies, cores de
preenchimento, são definidas nos Estilos.
Importante:
• ter estilos prontos e no padrão ajudam muito na velocidade dos desenhos;
• quanto mais irregular a linha e texturas, mais lento fica o programa;
• tenha um estilo para trabalhar, para produzir, mas que seja leve e mostre o que é necessário.
Modelo 3D - Cenas
Salvando as Cenas, tudo fica mais fácil! Você sempre pode voltar para fazer ajustes e apenas
atualizar as outras informações decorrentes do modelo.
Importante:
• nas Cenas você pode salvar sempre com a câmera em perspectiva ou paralela. É na vista
paralela que iremos realizar os desenhos do Projeto Executivo;
• as Cenas gravam todas as informações no momento do salvamento, ou seja, posição, tipo
de câmera, plano de seção ativo (isso é muito importante), estilo, sombra, etc…
cena superior sem plano da Planta plano do Corte B com plano do Corte B com
o forro/laje com vista paralela vista em perspectiva vista paralela
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plano do Corte A com plano do Corte A com plano do Corte C com plano do Corte C com
vista em perspectiva vista paralela vista em perspectiva vista paralela
cena com planta vista em vistas internas para detalhes que podem
cortada perspectiva mostrar o projeto ser mostrados
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Metadados
Os metadados são informações atribuídas aos elementos tridimensionais (famosos “bloquinhos 3D”) criados dentro do
programa.
Além de se definir as dimensões e posicionamento dos elementos de projeto, vamos pegar o exemplo de um pilar no projeto;
você também pode descrever suas características como medidas, volume, tipo de concreto a ser usado, preço, se ele tem um
padrão a ser repetido no projeto, pode classificá-lo conforme a Norma técnica e também classificá-lo inclusive no Padrão IFC.
Todas essas informações, esses Metadados, são carregadas na ferramenta Janela “Informação da Entidade”.
Já as informações mais detalhadas do Padrão IFC são colocadas dentro das configurações dos componentes como por
exemplo: descrição, nome, tipo de objeto e outros parâmetros que quiser e for necessário.
Então, precisamos entender que projetar no Padrão IFC é uma possibilidade dentro do SketchUp e não uma obrigatoriedade.
E o que isso significa? Significa que se você tem um projeto simples que não precisa de tudo isso, você faz seu projeto simples
na boa, fácil e rápido.
E se você precisa fazer um projeto mais complexo e completo, você tem recursos necessários para atender a Norma. Mas
você vai precisar entender como tudo isso funciona e como aplicar esses recursos em seu projeto.
O resultado final é que projetando no padrão IFC corretamente, você vai poder interagir com o seu projeto feito no
SketchUp com outros programas como o archicad, revit, etc…
A questão é que o SketchUp não vem com uma pré-configuração do Padrão IFC. Você terá que carregar essas informações
por conta própria.
E isso custa!
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“Informação da
Entidade”.
Padrão IFC
Janela
Metadados
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links:
https://technical.buildingsmart.org/standards/ifc/ifc-tutorials/
https://standards.buildingsmart.org/IFC/RELEASE/IFC2x3/TC1/HTML/ifcproductextension/lexical/ifcelement.htm
IFC é uma Norma ISO. É registrado pela ISO e é um padrão internacional oficial ISO 16739-1: 2018.
E o SketchUp pode ser modelado com foco nas premissas do IFC. Com isso, você pode fazer seu projeto, ou seja, seu modelo 3D no
SketchUp orientada a Norma IFC e esse modelo pode ser adequadamente lido em outros programas e outros programas de
coordenação e gestão. Depende exclusivamente de como é feita a modelagem. Se o modelador não conhece Norma, não conhece
elemento paramétrico, não tem entendimento de obra dificilmente conseguirá projetar no Padrão BIM.
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Padrões Classificação IFC e outros
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Componentes
São grupos com poderes específicos. Através dos componentes que vamos estruturar a quantificação do modelo
Nos componentes você consegue inserir os dados (TAG) de definição do informações para atender a maior partes das necessidade de
Metadados e com ele , o TAG você pode “puxar” as informações diretamente no layout em quantas pranchas e desenhos sem precisar ir
atrás da informação ,trazendo mais segurança de informação ao processo.
É aqui que você define a maioria das informações do 4D ao 8D (mas não só aqui…)
Essa definições são fundamentais na hora de gerar relatórios
Para ter eficiência é necessária uma dose de processo de estruturação. A complexidade desses depende do tamanho de seu trabalho do seu
contrato.
No SketchUp tempos como como base de classificação as Etiquetas. Temos também o Tipo (Normalmente o IFC), as Instâncias e por último
a "Estrutura (Outliner)".
A Estrutura ajuda a classificação para quantitativos e trabalhos colaborativos.
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Ferramenta Estrutura
Fundamental para se projetar no padrão BIM, é aqui que se organiza a estrutura hierárquica do padrão.
essa hierarquia é dividida costumeiramente conforme o cronograma a ser executada a obra, ou seja, conforme a execução das tarefas. Em um edifício
ou uma casa costuma-se separar por andares. Então cada andar é um componente. E em cada andar teremos outros elementos que também deverão
ser definidos como componentes.
com isso, temos que:
1º) para atender o padrão Bim, todos os elementos têm de ser definidos como componentes.
2º) você pode criar componentes com outros componentes dentro. Como se fosse caixas dentro de caixas. Apenas organizando tudo dentro de uma
hierarquia de execução da obra.
para tanto esses componentes são organizados, classificados por assunto e também por fases da obra (usualmente utiliza-se andares) mas também
pode ter outros critérios
assim, a organização dentro da janela de estrutura se dá por níveis [ex.: piso nível 3,00] e dentro desses níveis há classificações por tipo de elemento
[ex.: paredes, pilares, vigas, etc..].
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Interoperabilidade
No sistema tradicional CAD cada projetista faz o seu trabalho consultando pranchas e desenhos de outros e cada interferência requer um
trabalho enorme de comunicação e documentação.
Ao trabalhar com padrões definidos como IFC todos os projetistas trabalham com a mesma base de proejto, com os mesmos arquivos.
A evolução dessa sistema é o trabalho colaborativo em nuvem, o qual todos trabalham simultaneamente no mesmo arquivo podendo ver
em tempo real os conflitos entre projetos.
Através do Trimble Connect o SketchUp funciona como um gerenciador de projetos, armazenamento em nuvem, controle de
compatibilidade e troca de arquivos.
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Estruturação do LayOut
É com o LayOut que realizamos as famosas “Pranchas do Projeto”. Em outras palavras, as folhas de
impressão do projeto tanto para apresentação quanto para o Projeto Executivo. Enquanto o SketchUp
modela e define as cenas, aqui no LayOut o trabalho é mais gráfico, é um trabalho de sobreposição
de informações :
1. Importando o Modelo - ‘carrega’ as cenas do modelo do SketchUp;
2. Camadas - elas organizam todas as informações na folha para melhorar a trabalhabilidade e
adequar a apresentação final;
3. Textos e Formas - insere toda a informação necessária para compreensão do projeto e
apresentação estética do mesmo. Proporciona um estilo autêntico nos desenhos;
4. Especificações Técnicas - inserção de cotas, indicação de cortes, Escala Gráfica, Norte Magnético,
níveis, eixos, etc…
5. Projeto Executivo - utilização de estilo próprio para representar os desenhos com o devido Peso
Gráfico! Tanto nas espessuras de linhas, quanto no preenchimento. Sem falar, é claro, dos desenhos
em 2D e em escala precisa!
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1. Importando o modelo no L a y O u t :
No LayOut você define todas as informações das folhas:
tamanho, bordas, linhas, carimbo, fontes, cor, tamanho
das fontes, tabelas, inserção de imagens, etc…
O interessante é ter ‘templates’ para cada fase do projeto
e com tamanhos de folhas específicas.
Cenas gravadas no SketchUp são importadas no LayOut:
• você pode ajustar simplesmente o tamanho delas
conforme a necessidade;
• você pode também importar no modo “ortogonal” e
com isso definir a escala do desenho técnico;
• depois de inserida a Cena, caso tenha alterações no
SketchUp, basta atualizar a Cena que o desenho corrige.
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METODOLOGIA
SKETCHUP LAYOUT
CRIAÇÃO ORGANIZAÇÃO APRESENTAÇÃO ESPECIFICAÇÃO
1 2 3 4
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Licenciado para - LEONARDO DE GIACOMO - 22250737835 - Protegido por Eduzz.com
Linguagem Arquitetônica
Ela se define em lugares: 1º no SketchUp, nos estilos. 2º no LayOut na janela “modelo do SketchUp” > campo
“escala da linha”. E por último também na janela “modelo do SketchUp” > “etiquetas”
Dimensões Associativas
Após a inserção do arquivo de SketchUp dentro do Arquivo de LayOut é criado um vínculo.
A partir desse momento, toda alteração feita no SketchUp, quer seja do modelo, cena, etiquetas, sombra, etc
pode ser atualizada no LayOut com apenas 1 clique. Se houver alteração do modelo no SketchUp e as cotas
estiverem referenciadas a esse modelo, elas também serão ajustadas automaticamente.
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Quantificação
O SketchUp você consegue gerar quantidades. Basta ir no Menu Horizontal > arquivo > “gerar relatório”.
Nessa janela é necessário editar as informações necessárias que deseja escolher e depois fazer a exportação.
Essa exportação é em terminação .csv o que significa que o arquivo vem em tabela de excel mas todas as
informações vêm na 1ª coluna, separadas por “vírgula”. Se faz necessário fazer uma pequena edição no excel
e então pode-se importar diretamente a tabela para dentro no LayOut.
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Licenciado para - LEONARDO DE GIACOMO - 22250737835 - Protegido por Eduzz.com
Compatibilização
Para trabalhos colaborativos em nuvem cada profissional é responsável por parte do projeto e esse projeto é “Montado” na nuvem
ou seja cada profissional faz seu pedaço, como se fosse um lego, e na nuvem eles são unidos.
É necessário uma coordenação de cada projeto para organização do arquivo montado e orientar o arquivo para comunicação e
impressão além da quantificação.
É aqui que é verificado o conjunto de colisões - conjunto Clashes.
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Trimble Connect
• Armazenamento em nuvem: Ilimitado e com controle de versões, isso mesmo, você pode armazenar o que quiser e sem se preocupar
com alterações e espaço.
• Gerenciador de projetos: aqui você pode controlar a equipe, ver atividades, histórico, fazer convites, criar tarefas e fazer comentários.
• Trabalho em equipe: todo e qualquer tipo de arquivo pode ser compartilhado, e algumas extensões aceitam trabalho virtual em tempo
real.
• Controle de colisões: on-line e automático, analisa arquivos e destaca as colisões para o trabalho de compatibilização entre projetos.
• Sincronizador: além de economizar com outros softwares, você também economiza com armazenamento, o SYNC consegue sincronizar
seus dados da máquina com a nuvem, assim como outros serviços pagos de armazenamento em nuvem.
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Conclusão
O SketchUp é um programa incrível que normalmente os
A r q ui t e t o s e D e si g n d e I n t e r i o r e s sub e st i m am a
potencialidade usando apenas o básico do básico.
Gosto de usar a metáfora do carro: é como se vc estivesse
usando um carro super potente, mas não sabe trocar de
marcha… vai naquele nhenhenhém de 1ª e 2ª marcha até o
fim… Deu pra sacar?! Ninguém merece, né?
Deu pra perceber que o SketchUp é muito mais que um
modelador 3D, né.
E agora depois de ver tudo isso? rsrs… espero que se anime
a conhecer mais o programa e fazer projetos com muito
mais beleza e produtividade!
Muito Obrigado pelo seu tempo! Espero que tenha sido de
muita utilidade!!
Até breve!!
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Sobre o M O S T R A Í !
É um curso de SketchUp de Alto Desempenho.
Simplicidade e Didática são os conceitos estruturais! Por isso, o curso atende desde o básico
até os avançados. Em outras palavras, “pegamos na sua mão” e ajudamos você a construir
esse caminho par que você fará projetos incríveis e completos. É o conhecimento e truques
aprendidos nesses 12 anos, modelos, arquivos de trabalho e metodologia que é
compartilhada!
https://www.instagram.com/mostrai_sketchup/
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Direitos Autorais
“Intensivão SketchUp é BIM” foi elaborado por Mostraí! e licenciado por Creative Commons
Atribuição Não Comercial Sem Derivações. Licença Internacional 4.0.
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a
autorização prévia e expressa do autor (artigo 29).
MOSTRAÍ - 2022
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