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ISMAT | Instituto Manuel Teixeira Gomes

Mestrado Integrado em Arquitetura | 4ºAno | 1ºSemestre

Métodos de Investigação

Título

A NOVA TECNOLOGIA DE CASAS IMPRESSAS 3D e AS NE-

CESSIDADES DA HABITAÇÃO SOCIAL EM PORTUGAL.

Aluna: Claudia Regina Amorim Castilhos Achutti | nº a22003772


Professor: arq. Vitor Oliveira Alves




Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes 2

INDICE

1. Título.......................................................................................................................3

2. Tema e Objetivos....................................................................................................3

3. Questões de Trabalho | Hipótese ...........................................................................6

4. Estado da Arte | Conhecimento .............................................................................8

4.1. Histórico da implementação da impressão 3D na construção civil ..............8

4.2. Desafios e perspectivas futuras ..................................................................11

4.2.1. Impressão 3D e modelos ou edifícios em grande escala ........................11

4.2.2. Impressão 3D e custo para sua implementação ......................................13

5. Metodologia Aplicada ..........................................................................................15

6. Calendarização .....................................................................................................17

7. Estrutura do Trabalho Final...................................................................................17

8. Índices, incluindo anexos, Listagem de Imagens, referências e bibliografia........18

ANEXOS ............................................................................................................21


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1. Título

A Nova Tecnologia de Casas Impressas 3D e as Necessidades da Habitação Social em


Portugal.

2. Tema e Objetivos

O presente trabalho refere-se às “Casas” de um futuro próximo em Portugal no âmbito


da nova tecnologia 3D e da habitação social.

Fazendo um paralelo com a indústria transformadora, pode-se dizer que à implementa-


ção da impressão 3D no sector da construção é relativamente nova. Edifícios de im-
pressão 3D em construção têm vindo a crescer, inclusive e principalmente na esfera da
habitação social, devido aos ganhos obtidos na redução de custos e na velocidade de
construção. É preciso, no entanto, que a aplicabilidade da tecnologia na indústria da
construção seja avaliada de forma racional, sem descurar de uma boa arquitetura - es-
tética e funcional, para o bem estar geral dos ocupantes.

Há certamente desafios a ultrapassar para conseguir implementar essa tecnologia ino-


vadora em Portugal, ao qual é inexistente, sendo a base do problema para essa pes-
quisa, a começar pela própria tecnologia - ainda recente, passando pelos custos relaci-
onados à implementação e desenvolvimento, tanto dos equipamentos quanto dos ma-
teriais mão-de-obra apropriados. Portanto, resta saber: Essa tecnologia seria uma fer-
ramenta útil e viável para responder as necessidades da habitação social em Portugal?

Nesse sentido, vale destacar a o direito à moradia é entendido como um direito atinen-
te ao ser humano. Quanto a este tema, cabe destacar que por direitos humanos, pode-
se classificar os direitos e liberdades fundamentais relativos à garantia da vida digna a
todas as pessoas, sendo estes compostos por direitos civis e políticos (CUMPER, 2003).
De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) da Organização
das Nações Unidas (ONU), "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em digni-
dade e em direitos''. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os
outros em espírito de fraternidade."

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Conforme Beetham (1998), os direitos humanos são constituintes da democracia, regi-


me político em que os cidadãos considerados elegíveis participam de forma igualitária
a partir de atuação direta ou indireta. A efetividade dos direitos e liberdades básicas é
conditio sine qua non para que as pessoas possam atuar ativamente frente às deman-
das públicas sem que haja controle popular por parte dos governantes. Apesar da es-
treita relação e mútua dependência entre direitos humanos e democracia, esta não se
faz de forma simplificada e se mostra carregada de situações em que a violação dos
direitos traz limitação à expressão democrática.

De acordo com o Comité de Direitos Económicos, Sociais e Culturais (CDESC), o con-


ceito de moradia adequada ultrapassa a função básica de abrigo e se relaciona com
questões de âmbito social, económico e cultural. De acordo com o segmento do Pro-
grama das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-HABITAT), a agenda
Habitat, a definição de moradia adequado é a seguinte, sendo esta bastante similar ao
conceito estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU):

Habitação adequada para todos é mais do que um teto sobre a cabeça


das pessoas. É também possuir privacidade e espaço adequados, aces-
sibilidade física, garantia de posse, estabilidade estrutural e durabilida-
de, iluminação adequada, aquecimento e ventilação, infraestrutura bási-
ca adequada, como fornecimento de água, esgoto e coleta de lixo, qua-
lidade ambiental adequada e fatores relacionados à saúde, localização
adequada e acessível em relação a trabalho e instalações básicas: tudo
deveria ser disponível a um custo acessível (FERNANDES, 2003, p.48).

Entretanto, sabe-se que a questão da moradia em Portugal apresenta dados que ne-
gam a efetivação desta como um direito democrático de todas as pessoas, pois, de
acordo com o estudo da Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU, 2018)1,
o déficit habitacional em Portugal é de, aproximadamente, 25.762 moradias espalha-
das em 187 municípios com carências habitacionais sinalizadas. Vale destacar também
que grande parte das famílias com carências habitacionais – aproximadamente 75% -,
concentra-se nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.

1Disponível em: https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2018/02/27/35653-o-retrato-em-


numeros-de-um-pais-onde-a-habitacao-condigna-nao-e-para-todos. Acesso em: 12 jan. 2022.


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De acordo com pesquisas, o principal motivo que gera o déficit habitacional em Portu-
gal é a falta de renda suficiente para cobrir os gastos com pagamentos de aluguel e da
coabitação, modalidade em que duas famílias vivem sob o mesmo teto. Além disso, há
um alto número de habitações precárias, como casos de adensamentos excessivos em
que há muitas pessoas morando em um mesmo lugar (IHRU, 2018).

Frente ao colocado, ressalta-se a importância da compreensão das possíveis soluções


traçadas para construção de habitações sociais supressão das lacunas existentes com
destaque à aplicação da tecnologia para este fim o que retoma à questão anteriormen-
te traçada.

A tecnologia já é uma realidade em países como Brasil, Estados Unidos, México, Rus-
sia, Marrocos (tendo a tecnologia sido importada da Espanha), Dubai, Filipinas, Espa-
nha, Holanda, Italia, França, Suíça, Inglaterra Alemanha e Dinamarca. Sendo que a mai-
oria desses países citados, estão utilizando tecnologia de casas impressas 3D como ins-
trumento para resolver algumas das as problemáticas da habitação, quer sejam ques-
tões relacionadas com o déficit ou infra-estrutura e qualidade habitacional. (Ver ima-
gens em ANEXOS).

Portanto, a pesquisa para a investigação que será feita, terá como objetivo na sua ge-
neralidade compreender como a implementação dessa tecnologia do setor da constru-
ção civil, pode vir a ser uma solução para as necessidades da habitação social em Por-
tugal, tendo conhecimento no processo e experiências onde a tecnologia já é aplicada,
uma vez que Portugal não é pioneiro no assunto.

Para que possa atender a isso, essa pesquisa vai fornecer alguns dados estatísticos que
ajudarão no processo deste trabalho e ferramenta de comparação entre uma tecnolo-
gia recente e outra tradicional, que serão identificados em 2 etapas distintas:

1. Visão panorâmica das aplicações da impressão em 3D na indústria da construção


focada apenas em habitações sociais e identificadas em 3 fases específicas:

✓ Na apresentação de um mapa geral dos projectos existentes em 3D na constru-


ção e condições habitacionais oferecidas pela tecnologia, focada em habitações
sociais;

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✓ Na verificação da rapidez do uso da impressão em 3D na construção - ou seja,


quão rápido se torna uma prática comum; e

✓ Identificação de obstáculos, desafios e tendências de desenvolvimento futuro.

2. Visão panorâmica da problemática da habitação social em Portugal - 2021:

✓ Na apresentação de um mapa geral das construções e condições habitacionais


dos portugueses, nomeadamente infra-estrutura da habitação social, condições
de vida dos portugueses, nomeadamente bem-estar individual e coletivo;

✓ Na apresentação da presteza da construção tradicional;

✓ Identificação de obstáculos, desafios e tendências de desenvolvimento futuro.

Com isso, essa pesquisa buscará também contribuir para aplicação dessa tecnologia em
Portugal ao mesmo nível da inovação que vêm sendo aplicada em várias partes do
mundo, contribuindo para melhoramentos, como cumprimento das exigências funcio-
nais e novas soluções estéticas e investigações dessa tecnologia para habitação social
pela cultura portuguesa.

3. Questões de Trabalho | Hipótese

Nota-se atualmente em Portugal, um investimento público-privado muito modesto em


comparação a outros países, daí ainda verifica-se o porque da tecnologia ainda não es-
tar sendo aplicada, sendo que já o é em outros países - desde países subdesenvolvidos
com problemas mais graves no que tange a habitação social, até países de primeiro
mundo onde a tecnologia vem sendo aplicada para ser utilizada para otimizar o setor
da construção civil em todos os setores - habitacionais, comerciais, culturais, legitimi-
dades, entre outros.

Obviamente, cada país tem seus investimentos, necessidades e prioridades. Segundo


um artigo de A. Arundel e R. Garrelfs, “Enterprise strategies and barriers to
innovation”, 1997 publicado na EIMS, European Commission. (citado em BAPTISTA,
2014) - é verdade que “As limitações e incentivos impostos ao processo de inovação
dependem de vários fatores interdependentes que englobam a vertente tecnológica,
económica e social. Estes fatores traduzem as características e tendências do sector da
construção que beneficiam ou prejudicam a inovação e permitem antever algumas


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tendências e estratégias a seguir rumo a uma inovação crescente e sustentável”, e em


Portugal, pouco tem-se estudado para antever a implementação dessa tecnologia cres-
cente e sustentável na construção civil, como parcerias internacionais, implementação
de laboratórios universitários com outras universidades europeias, apoio governamen-
tais, entre outros.

Assim sendo, uma das hipóteses que aqui se levanta, é justamente a implementação
de casas impressas em 3D como uma possível solução para as necessidades da habita-
ção social em Portugal, ao qual seria também um grande passo à inovação, forçando
uma mudança de mentalidade e fazendo acompanhar e participar de um movimento
transformador na construção civil, especialmente no que se refere às habitações sociais.

Para ilustrar a possibilidade de aplicação de impressoras 3D, bem como a ascensão


dessa tecnologia ao longo dos anos, seguem breves relatos da existência de casas im-
pressas. Em 2013, a WinSun, empresa chinesa, conseguiu imprimir 10 casas em um pe-
ríodo de 24 horas, tornando-se uma das primeiras empresas a atingir esse resultado
utilizando a tecnologia de impressão 3D. Recentemente, em 2018, uma família na
França se tornou a primeira do mundo a morar em uma casa impressa em 3D. A cidade
de Dubai também pretende imprimir um quarto de seus prédios até 2025. Vale desta-
car que a automação na fabricação de edifícios está se tornando mais uniforme e inte-
grada ao processo construtivo e, portanto, pode representar uma solução para o deficit
habitacional existente em Portugal.

Ao analisar a trajetória estabelecida até o momento de moradias sociais impressas, po-


dem ser observados erros e acertos, conforme Archdaily (2022)2. Em projeto realizado
em São Francisco, Estados Unidos da América, nota-se que, apesar dos preços acessí-
veis, as casas apresentam cores monótonas e qualidade estética bastante baixa. Por
outro lado, há inúmeros exemplos positivos, como aqueles realizados pela instituição
New Story no México em que há reconfortante harmonia estética na composição.

As casas desenvolvidas pela New Story foram impressas a partir de mistura de concreto
local, dando às superfícies aparência texturizada e esbranquiçada. A laje de cimento
pode funcionar como um terraço, enquanto os blocos de persianas acima das janelas

2 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/963292/a-estetica-da-automacao-analisando-uma-habi-


tacao-de-baixo-custo-impressa-em-3d. Acesso em: 12 jan. 2022.

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servem para ventilação e também como elemento decorativo para a fachada. A tecno-
logia de impressão utilizada é a impressora Vulcron II, especialmente desenvolvida para
atender aos desafios de impressão em áreas rurais com recursos limitados. O dispositi-
vo é uma resposta às questões levantadas sobre a impressão 3D, permitindo que ela
seja usada em contextos diferentes e desafiadores e ainda com designs esteticamente
agradáveis (ARCHDAILY, 2022).

4. Estado da Arte | Conhecimento

A recolha de informações foi feita por meio de busca em repositórios e bancos de da-
dos on-line pertinentes à área das produções científicas nacionais e internacionais acer-
ca do tema.

A partir desta recolha, o conhecimento está organizado através de dois (2) sub-itens,
sendo o primeiro referente ao histórico atinente à aplicação da impressão 3D à cons-
trução civil e o segundo referente aos desafios e perspectiva futura da mencionada im-
plementação. Vale ressaltar que o conhecimento aqui traçado corresponde às premis-
sas do trabalho, sendo que esta busca a síntese integrativa do conhecimento basilar
para a construção do tema casas impressas em 3D como solução para o problema da
habitação social em Portugal.

O critério de inclusão estabelecido para os estudos primários foram artigos de relevân-


cia na esfera científica que tratavam da aplicação da impressão tridimensional na cons-
trução civil na concepção dos projetos; já como de exclusão foram aqueles que, apesar
de tratarem do tema, lidam apenas com a construção de protótipos ou da aplicação do
3D na concepção projetual arquitectónica. Ademais, as revisões tradicionais de literatu-
ra, estudos secundários, carta-resposta e editoriais foram exclusas da amostra. Não
houve limitação de idiomas devido à escassa produção científica sobre o assunto.

4.1. Histórico da implementação da impressão 3D na construção civil

Conforme colocado por Berman (2012), tradicionalmente, o uso da impressão 3D era


restrito ao setor de manufactura, sendo usado para produzir protótipos com baixos vo-
lumes de produção, peças pequenas e designs complexos. Como tal, a tecnologia de
impressão 3D era geralmente conhecida como tecnologia de prototipagem rápida à

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época de sua implantação. Retomando a história desta tecnologia, cabe destacar que a
primeira impressora 3D, usando tecnologia de estereolitografia, foi desenvolvida por
Charles Hull em 1986. Nos anos seguintes, outras tecnologias de prototipagem rápida
também foram introduzidas no mercado. Nesse estágio, essas tecnologias eram usadas
para produzir protótipos de produtos usados, principalmente, no setor de manufactura.

Ainda segundo Berman (2012), destaca-se que a indústria da construção adotou a im-
pressão 3D para produzir modelos arquitectónicos desde o início dos anos 2000. Várias
tecnologias de impressão 3D foram testadas quanto à estabilidade na impressão de
modelos arquitectónicos. Gibson et al. (2002) afirma que a tecnologia de prototipagem
foi utilizada para produzir modelos arquitectónicos geometricamente simples e compli-
cados. A tecnologia foi útil para produzir modelos físicos 3D rapidamente, já que o
processo de impressão pode ser feito em algumas horas. Dependendo da precisão
exigida nos modelos arquitectónicos, haviam diferentes tecnologias de impressão 3D
que poderiam ser usadas para produzir modelos arquitectónicos.

Ryder et al. (2002) destaca que o primeiro conjunto de tecnologias que poderia ser
usado para produzir modelos arquitectónicos de baixa precisão foi referido como mo-
delagem de conceito. Um dos produtos mais reconhecidos em modelagem de concei-
to é o processo 3D Printer (3DP) desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Techno-
logy (MIT). As informações detalhadas para cada camada foram geradas primeiro usan-
do um modelo de computador. Os materiais em pó e os materiais de ligação foram en-
tão aplicados camada a camada antes de uma etapa final do tratamento térmico ser
conduzida. A modelagem de conceito pode produzir modelos arquitectónicos em um
curto espaço de tempo.

Em Hager et al. (2016), destaca-se que posteriormente houve a introdução na indústria


da construção de tecnologia aplicada à impressão 3D para produzir modelos arquitec-
tónicos. A precisão dessas tecnologias foi melhorada para 0,1–0,2 mm em comparação
com a precisão de 0,2–0,4 mm na modelagem de conceito já mencionada. Consequen-
temente, o tempo de impressão para modelos arquitectónicos usando tecnologias de
prototipagem rápida normalmente seria dobrado em comparação com a modelagem
de conceito. No caso descrito em House (2017), nota-se que, embora a precisão tenha
sido melhorada, muitos estudos descobriram que ainda é difícil reproduzir detalhes or-
namentados e estruturas independentes, como chaminés e grades. No entanto, a pre-

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cisão da impressão 3D foi significativamente melhorada em relação ao dos últimos


anos. Por exemplo, quando usado para imprimir objetos com aplicações médicas como
tecidos ósseos, uma precisão de impressão no nível de μm pode ser esperada. Farhan
et al. (2017) relataram que, na engenharia biomédica, a estereolitografia pode imprimir
menor recurso em um tamanho de 10–70 μm e que este alto nível de precisão eviden-
cia a possibilidade de aplicação desta tecnologia na impressão em 3- D de locais passí-
veis de serem habitados com segurança.

Apesar disso, já em Kietzmann et al. (2015), havia sido levantado um problema refe-
rente a esta aplicação, já que devido ao tamanho das impressoras 3D, argumentou-se
que modelos ou edifícios de médio ou grande porte podem não ser impressos usando
tecnologias. No entanto, houve uma melhoria significativa no desenvolvimento de im-
pressoras 3D em grande escala para atender à necessidade de impressão 3D em escala
industrial, especialmente nos últimos anos. Houve três grandes desenvolvimentos no
uso da impressão 3D para a impressão de projetos de edifícios inteiros. Em 2014, a
WinSun, uma empresa de arquitetura na China, imprimiu com sucesso um grupo de ca-
sas (200m2 cada) em Xangai em menos de um dia. O tamanho da impressora 3D usada
neste projeto foi 150 m (comprimento) × 10 m (largura) × 6,6 m (altura), o que permitiu
imprimir edifícios em grande escala em poucas horas usando cimento de alta qualidade
e fibra de vidro, de acordo com relatos do autor mencionado. Na experiência citada,
pode-se notar, conforme destacado por Liang et al. (2014), que, com a inclusão da fibra
de vidro, a resistência e a durabilidade da gráfica foram muito melhores do que as do
concreto armado comum.

Em 2015, uma vila de, aproximadamente, 1100 m2 e um prédio de apartamentos de


cinco andares foram impressos pela impressora 3D. A vila e o apartamento não foram
impressos em uma única peça. Em vez disso, a maioria dos elementos de construção
foi impressa e levada ao local para instalação. No entanto, o projeto demonstrou a
aplicabilidade da impressão 3D na impressão de projetos de construção inteiros (BU-
CHANAN; GADNER, 2018).

Rutikin (2014) destaca que outro marco importante é que a DUS Architects, com sede
em Amsterdã, desenvolveu sua própria impressora 3D que mais tarde seria usada para
fabricar uma casa. A KamerMaker, nome dado à máquina, pode usar polipropileno
como material de impressão para produzir componentes com dimensões de até 2,2 ×


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2,2 × 3,5 m. Esses componentes, como partes da casa, foram posteriormente instala-
dos no local. Todo o projeto de construção foi aberto ao público como um museu de
design, com 12 salas dedicadas a diferentes tipos de pesquisa de construção impressa
em 3D, como pode ser observado no sítio eletrónico da Archello (2021).

4.2. Desa os e perspectivas futuras

4.2.1. Impressão 3D e modelos ou edifícios em grande escala

Conforme colocado por Perkins e Skitmore (2015), a impressão 3D não é uma solução
isolada que pode resolver todos os problemas da indústria da construção civil. São vá-
rios os requisitos, como a escala do projeto e os materiais de impressão, que devem
ser atendidos para que a tecnologia de impressão atinja seu potencial máximo. Esses
requisitos limitarão o uso de impressão 3D na indústria de construção. No entanto,
como a tecnologia está sendo aprimorada para lidar com os limites, a aplicabilidade da
impressão 3D será expandida de acordo.

Houve uma especulação de que as tecnologias de impressão 3D, especialmente as


tecnologias de prototipagem rápida, podem não ser adequadas para a construção de
grandes modelos de paisagem ou edifícios (RAJEH et al., 2015). Nesse sentido, Sakin e
Kiroglu (2017) argumentam que a maioria das máquinas de 3D tinha um envelope de
construção comparativamente pequeno e, como tal, o tamanho do modelo impresso
seria limitado. Yossef e Chen (2015) também argumentou que a tecnologia de impres-
são 3D era mais amplamente útil em aplicações com peças pequenas. Muitos outros
pesquisadores também afirmaram que a principal limitação da tecnologia de impressão
3D era o tamanho da impressora necessária para imprimir o item.

As razões que levaram a tal especulação foram duas. Como a maioria das impressoras
3D era pequena quando a tendência da tecnologia começou, permaneceu o questio-
namento se a tecnologia poderia ser usada para imprimir modelos ou edifícios em
grande escala, já que o tamanho das impressoras 3D estava diretamente relacionado
aos modelos ou edifícios que ela poderia imprimir. No entanto, nos últimos anos, com
o novo desenvolvimento das impressoras 3D, muitos modelos ou edifícios em grande
escala foram impressos com aquelas de grande escala. Por exemplo, a KarmerMaker já
mencionada usada em projeto residencial tinha 6 m de altura e a impressora 3D usada
pelo WinSun tinha uma dimensão de 150 × 10 × 6,6 m (SUBRIN, 2018).
fi

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Khoshnevis et al. (2011) já afirmava que, além do tamanho da impressora, os materiais


desempenham um papel muito importante na impressão 3D. Os materiais de impres-
são devem ter algumas características básicas, como endurecimento rápido. Vários es-
tudos descobriram que a resistência e estabilidade dos produtos impressos usando os
materiais de impressão atuais, como o gesso, podem impedir que a tecnologia seja
usada em modelos ou edifícios em grande escala. Na pesquisa, os autores descobriram
que, embora o gesso tenha sido frequentemente usado como material de impressão
por ser comercialmente disponível, barato, leve e de endurecimento rápido, o material
demonstrou baixa resistência à humidade e um encolhimento maior que 3%. Da mes-
ma forma, embora a argila tenha demonstrado uma resistência húmida melhor em
comparação com o gesso, a estabilidade dos produtos impressos só foi testada em ob-
jetos de tamanho pequeno. A baixa disponibilidade de materiais de impressão de alta
resistência também levou à especulação de que a impressão 3D pode não ser usada
em modelos ou edifícios em grande escala.

No entanto, de acordo com Molitch-hou (2015), vários materiais foram modificados e


comprovadamente eficazes como materiais de impressão de alta resistência recente-
mente. Para ser usado como material de impressão, o concreto precisava ter um grau
aceitável de extrusão para que pudesse ser extrudado a partir do bico da impressora.
Além disso, conforme Sanjayan e Nematollashi (2019), o concreto deve aderir para
formar cada camada e ter características de construção suficientes para permitir que ele
seja colocado na horizontal corretamente, permaneça na posição e seja rígido o sufici-
ente para suportar outras camadas sem colapsar. Alterando as proporções areia/ aglu-
tinante e as dosagens de outros aditivos no projeto da mistura, uma variedade de resis-
tência à compressão foi alcançada, com a mais alta até 107 MPa (em 28 dias). Como
tal, é razoável supor que a resistência do concreto impresso é forte o suficiente para ser
usado em edifícios residenciais ou outros projetos de construção de grande escala, já
que o concreto de 60–100 MPa é normalmente usado nesses projetos.

A tecnologia de impressão 3D para construção civil encontra-se em constante evoluin-


do e evidencia resultados reais, mesmo para pequenos trabalhos, com custo menor e
qualidade igual à obra tradicional.

Um exemplo disso é uma vila de 50 casas impressas em 3D em Tabasco, no México.


Este projeto destina-se a famílias em extrema pobreza e em situação de habitação pre-

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cária e foi realizado em cooperação com as empresas ICON, New Story e ÉCHALE. As
famílias pagam hipoteca sem juros sobre as suas casas, 19€ por mês durante 7 anos,
perfazendo um total de 1596€ por casa. Cada casa tem aproximadamente 46,5 m² e
possui dois quartos, sala, cozinha e banheiro (ICON, 20183). Outro experimento basea-
do no mesmo conceito de projeto está sendo realizado na cidade de Austin, Texas,
EUA. A empresa ICON está construindo seis pequenas moradias para pessoas em situ-
ação de rua. No local, a impressora 3D foi responsável por construir simultaneamente
três casas com paredes de até 2,6 m de altura, sendo que todas estas foram concluídas
em 24 horas. O trabalho manual foi apenas necessário para a instalação de portas, ja-
nelas e telhado (PETERS, 20204).

Um grupo de 3 engenheiros, da 3DHomeConstruction, finalizaram a primeira casa im-


pressa em 3D do Brasil. No caso, a impressão da casa de 68m² levou 7 dias e o valor
de custo do metro quadrado foi de, aproximadamente, R$ 50,00. A partir desta experi-
ência, houve o aprimoramento da impressora para lidar com impressões de grande
porte. O questionamento trazido pela empresa à época é competitivo financeiramente
em relação aos métodos construtivos existentes, sejam eles industrializados ou manu-
ais. Outro desafio que existe no Brasil é alcançar o patamar tecnológico de projetos in-
ternacionais nos quais já foram investidos mais de 30 milhões de dólares e que em bre-
ve entrarão no mercado brasileiro dadas as parcerias já existentes entre os nacionais
(INOVAHOUSE3D, 20225).

4.2.2. Impressão 3D e custo para sua implementação

De acordo com Campbell et al. (2011), as casas pré-fabricadas no Japão eram aproxi-
madamente 8% mais caras do que as construídas no local. Uma questão central que
afetará a implementação da impressão 3D na indústria de construção é se ela pode le-
var ao aumento ou redução de custos, já que a indústria permanece sensível aos cus-

3 Disponível em: https://www.iconbuild.com/. Acesso em: 11 jan. 2022.

4Disponível em: https://www.fastcompany.com/90469488/this-village-for-the-homeless-just-got-a-


newaddition-%203d-printed-houses%20. Acesso em: 12 jan. 2022.

5 Disponível em: https://www.inovahouse3d.com.br/post/brasil-constr%C3%B3i-sua-primeira-casa-mode-


lo-impressa-em-3d. Acesso em: 12 jan. 2022.

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tos. Embora houvesse casas impressas em 3D na época do estudo, esses casos ainda
foram estudados empiricamente. Não ficou claro se a impressão 3D poderia levar à re-
dução ou aumento do custo de construção, embora muitos sites de notícias e weblogs
(por exemplo, www.3ders.org) relataram que a impressão 3D pode levar a custos de
construção reduzidos. Por exemplo, a casa impressa da WinSun em Xangai, de aproxi-
madamente, 200 m2, custou 30.000 RMB - equivalente a $ 4800 -, sendo este um valor
muito menor do que o custo usando a tecnologia de construção tradicional.

Os três itens de custo commumente reconhecidos na construção incluem mão de obra,


material e planta. Os defensores argumentaram que, como o processo de impressão
3D era um processo automatizado operado centralmente por computador, a necessi-
dade de mão de obra é bastante reduzida. No entanto, as pesquisas também demons-
traram que a produção de uma estrutura de parede usando a tecnologia de impressão
3D era dispendiosa devido ao uso de materiais de impressão atuais que geralmente
eram mais caros. Por outro lado, para estruturas como paredes de alta manutenção
com a instalação de vários conduítes elétricos, o uso da tecnologia de impressão 3D
pode trazer redução de custos em termos de trabalho de canteiro otimizado e redução
de obras corretivas (BRADSHAW; HAUFE, 2010).

Apesar disso, conforme colocado por Buchanan e Gadner (2018), a integração de ser-
viço mecânico e elétrico no processo de impressão 3D pode otimizar o uso de materi-
ais e o trabalho no local, reduzindo assim a probabilidade de trabalhos de reparação
dispendiosos. O custo da impressão 3D também deve incluir o custo das impresoras
3D. O preço das impressoras 3D foi reduzido significativamente ao longo dos anos e
indivíduos privados no mundo desenvolvido podem facilmente possuir uma. Em resu-
mo, embora a redução de custo potencial de curto prazo possa ser alcançada pela im-
pressão 3D, estudos empíricos são necessários para investigar o desempenho financei-
ro do produto de construção impresso ou projeto ao longo de seu ciclo de vida.

Assim, por meio do conhecimento levantado, pode-se traçar que a impressão 3D,
como um processo de produção automatizado camada por camada, é uma tecnologia
promissora que pode ser usada pela indústria da construção para obter benefícios eco-
nómicos, ambientais e outros. O uso de impressão 3D na indústria de construção é al-
tamente dependente da precisão dos trabalhos de impressão, a disponibilidade de ma-
teriais de impressão, o custo do processo de impressão e o tempo de impressão, com


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base em quais tecnologias de impressão 3D relevantes, incluindo modelagem por de-


posição fundida, impressão a jato de tinta em pó, sinterização seletiva a laser, sinteriza-
ção por aquecimento seletivo e elaboração de contornos podem ser escolhidos. Assim,
espera-se que, ao enfrentar esses desafios, a impressão 3D possa atingir seu potencial
máximo na indústria da construção.

5. Metodologia Aplicada

Para obter os resultados e respostas acerca do problema apresentado neste trabalho


pretende-se utilizar uma abordagem teórica utilizando multi-métodos. A pesquisa será
de caráter descritivo, para apresentação de resultados mais concretos. Assim sendo, a
pesquisa será compreendida de forma mais positivista.

Os procedimentos adoptados serão realizados através de pesquisa bibliográfica, do-


cumental e de levantamento de dados (experiências em outros países, entrevistas com
público específico que será definido mais adiante), seguido de comparações e interpre-
tação objetiva desses dados.

Numa primeira etapa, portanto, pretende-se realizar uma coleta de dados de bibliogra-
fias e contactos com o Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Pro-
duto do Politécnico de Leiria - que já utiliza a tecnologia, de maneira a compreender as
dificuldades da criação do equipamento para execução do objeto, com a Universidade
Potiguar e UniCEUB no Brasil, as startups brasileiras InovaHouse3D, 3DHome Construc-
tion e a espanhola Be More 3D.

Numa segunda etapa, julga-se importante conhecer a realidade do setor de Constru-


ção Civil no que se refere aos investimentos às habitações sociais, para dados de com-
paração, já que o objetivo é a implementação da tecnologia de casas 3D impressas
como solução para as necessidades da habitação social. Para isso, serão feitos os de-
vidos levantamentos de dados, através de pesquisas nos sites oficiais de pro- gramas
na área da habitação, tais como Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU),
Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e outros programas existentes,
e artigos científicos e não científicos em Portugal.

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Juntamente à essa etapa e com dados concretos em mãos de quem já passou pelo
processo de investigação e investimento em outros países, pretende-se elaborar ques-
tionários fechados e entrevistas com perguntas específicas direcionadas à 3 grupos de
interesse:

1. Empresários, políticos ligados aos Programas de Habitação Social (grandes em-


presas que não usam tecnologia 3D);

2. Empresários que já estão trabalhando com essa nova tecnologia (StartUps e gran-
des empresas);

3. Professores Universitários que estejam à frente de criação de laboratórios. (Visto


ser um caminho para implementação da tecnologia de casas 3D impressas como
solução para as necessidades da habitação social.)

Essas perguntas estarão concentradas implementação da tecnologia de casas 3D im-


pressas como solução para as necessidades da habitação social, referenciando uma
escala de inovação para a construção e as entrevistas serão individuais focadas no pú-
blico alvo das mesmas.

Ambiciona-se também realizar ao menos uma visita de campo - em uma empresa ou


em um dos dois laboratórios universitários, que já utilizam essa tecnologia com o obje-
tivo de complementar a base de dados.

Finalmente, a última etapa do trabalho, confirmar ou não se a implementação da tec-


nologia de casas 3D impressas é verdadeiramente uma solução para as necessidades
da habitação social. Os resultados serão demonstrados através da comparação de da-
dos quantitativos e qualitativos representados graficamente, por tabelas e quadros re-
sultantes dos questionários e entrevistas realizadas, para responder as questões que se
colocaram inicialmente, indo ao encontro dos objetivos.

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6. Calendarização

7. Estrutura do Trabalho Final

À princípio, pretende-se elaborar em 3 secções que serão mais detalhadamente elabo-


rados à medida que o tema da pesquisa e a descrição da proposta for melhor conheci-
do, analisado os resultados e montado os gráficos/tabelas e quadros comparativos en-
tre grupos.

Na primeira secção pensa-se em discorrer sobre a relevância do trabalho em si, incluin-


do Introdução, Conceitos, Enquadramento, Motivação e Contribuição esperada.

A segunda secção, deverá ser subdividida em duas partes ou etapas:

1. Pretende-se num primeiro momento, abordar tudo o que se relaciona ao tema:


processos, tipologias de casas impressas, resultados esperados, resultados re- ais
e como eles se aplicam ao sector da construção onde essa tecnologia já é aplica-
da. Nessa secção ainda terá um item dedicado aos custos envolvidos comparando
ao tradicional de mesmo nível e investimentos iniciais e tempo de retorno.

2. A segunda etapa, será dedicada ao setor da habitação e construção civil em Por-


tugal, quanto à realidade do país atualmente. Nessa secção pretende-se ter da-
dos suficientes para saber até que ponto a aplicabilidade de casas impressas 3D
em Portugal, seria um caminho possível e em que medida.

Finalmente, a última etapa, propõe desenvolver gráficos, tabelas e quadros, para con-
firmar ou não se a implementação da tecnologia de casas 3D impressas é verdadeira-

Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes 18

mente uma solução para as necessidades da habitação social. Ainda nessa última eta-
pa, serão tiradas as principais conclusões e implicações do estudo.

8. Índices, incluindo anexos, Listagem de Imagens, referências e biblio-


gra a

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ANEXOS

Fig. 1. A 3D printed social housing in Nantes


(Figura de Carlota Valdivieso, 2020, "3D Printed Houses: All the Completed Projects on the
Market”, https://www.3dnatives.com/en/3d-printed-houses-market-250220204/#!)

Fig. 2. A residence in Mexico


(Figura de Carlota Valdivieso, 2020, "3D Printed Houses: All the Completed Projects on the
Market”, https://www.3dnatives.com/en/3d-printed-houses-market-250220204/#!)


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Fig. 3. A first project in Africa


(Figura de Carlota Valdivieso, 2020, "3D Printed Houses: All the Completed Projects on the
Market”, https://www.3dnatives.com/en/3d-printed-houses-market-250220204/#!)

Fig. 4. A 3D printed house in Russia


(Figura de Carlota Valdivieso, 2020, "3D Printed Houses: All the Completed Projects on the
Market”, https://www.3dnatives.com/en/3d-printed-houses-market-250220204/#!)



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Fig. 5. Imagem 2/8


(Figura de ICON e New Story, 2020, "O futuro das Habitações Sociais pode ser a impressão
em 3D?”. Adaptado de https://www.archdaily.com.br/br/918951/o-futuro-das-habitacoes-so-
ciais-pode-ser-a-impressao-em-3d/5d00ec3b284dd16d6a001439-o-futuro-das-habitacoes-so-
ciais-pode-ser-a-impressao-em-3d-imagem

Fig. 6. SQ3D designs a 46 square meter 3D printed house


(Figura de Carlota Valdivieso, 2020, "3D Printed Houses: All the Completed Projects on the
Market”, https://www.3dnatives.com/en/3d-printed-houses-market-250220204/#!)

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Fig. 7. Gaia, an eco-sustainable house model


(Figura de Carlota Valdivieso, 2020, "3D Printed Houses: All the Completed Projects on the
Market”, https://www.3dnatives.com/en/3d-printed-houses-market-250220204/#!)

Fig. 8. Casa impressa em 3D com tecnologia Brasileira.


(Figura de Juliana Martinelli, 2020, "Brasil constrói sua primeira casa modelo impressa em
3D!”, https://www.inovahouse3d.com.br/post/brasil-constrói-sua-primeira-casa-modelo-im-
pressa-em-3d)

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Fig. 9. Foto da Casa impressa em 3D em Eindhoven.


(Foto de ©Bart van Overbeeke, 2021, "O futuro é agora: casas impressas em 3D começam a
ser habitadas na Holanda”, 4ª imagem, https://www.archdaily.com.br/br/961076/o-futuro-e-
agora-casas-impressas-em-3d-comecam-a-ser-habitadas-na-holanda)

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