Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vamos fazer um agrupamento com os alunos para fazer a nossa leitura dramatizada em
seguida cada aluno irá receber seu texto marcar suas falas pra começar a nossa leitura.
3 grupo de A,B C, cada grupo terá 9 integrante e os 4 alunos restantes será os leitor 1, 2 ,3 e
4.
Agrupamento do 6ª ano A
Agrupamento do 6ª ano B
VIZINHO: E então, vamos fazer aquela corrida que você prometeu? Não se preocupe, haverá
FAZENDEIRO: Já que você insiste, vamos logo marcar essa corrida. É claro que meu cavalo é
melhor, você vai ver.
VIZINHO: Combinado. Prepare o seu cavalo e nos encontramos daqui a um mês para tirar logo
essa cisma.
FAZENDEIRO: Haverá uma corrida e você vai montar meu cavalo baio, o melhor da fazenda.
Mas eu te aviso: se perder a corrida, vai se arrepender.
(Entra o filho do fazendeiro, zombando)
FILHO: Meu pai, como o sr. pode confiar nesse negro, que nem nome tem? Ele não sabe de
nada, só vai dar problemas.
FAZENDEIRO: Vamos ver, se der problemas, vai receber o castigo que merece.
(Saem. Em seguida, música gaúcha de festa, bem alegre. As pessoas vão chegando para a
corrida. O locutor anuncia)
LOCUTOR: É hoje a grande corrida: Baio versus Tostado. Vai ser emocionante. Cavaleiros se
preparem para a largada.
(Nesse momento, pode-se fazer um “paredão” de pessoas na frente do palco, voltadas para o
fundo, como se estivessem vendo uma corrida, “escondendo” os cavaleiros. Dividem-se em
duas torcidas, com gritos e aplausos quando os cavalos são anunciados. Som de tiro de
largada. Relinchos e galope de cavalos. De repente as pessoas soltam um som de lamento, pois
o Negrinho “caiu” do cavalo e perde a corrida, mas isso não aparece, é subentendido. Logo
depois a multidão vai saindo, ficando em cena o fazendeiro, o filho e o vizinho)
VIZINHO: Viu como meu cavalo é melhor? Ganhei a corrida e agora vou fazer uma grande festa
em minha casa.
(O fazendeiro, muito contrariado, entrega um saco de moedas para o vizinho, que sai todo
feliz)
FAZENDEIRO: Vou ensinar esse Negrinho a não me desobedecer. Negrinho! Negrinho! (Chama
várias vezes)
NEGRINHO: Não, por favor, não me bata, não fiz por querer.
FAZENDEIRO: Isso é para aprender. E como castigo, vai ficar um mês dormindo no pasto,
tomando conta dos trinta cavalos de raça da fazenda.
(Saem todos. Escure a cena. Entra o filho e olha para dentro da coxia, como se estivesse vendo
os cavalos no pasto e o Negrinho trabalhando. De repente, sons de relincho e galope de
cavalos fugindo)
FILHO: Eu sabia… eu sabia que esse Negrinho só daria problemas. Os cavalos que ele estava
cuidando fugiram enquanto o vagabundo dormia. Ah, meu pai não vai gostar de saber disso!
(Entra o fazendeiro pelo lado oposto a essa cena. O filho vai ao encontro dele)
FILHO: Pai, acabei de chegar do pasto e o Negrinho simplesmente deixou escapar todos os
cavalos enquanto dormia.
FAZENDEIRO: Não é possível! Agora ele vai ver o que é bom para a tosse. Capangas, capangas,
tragam o moleque (entram os três capangas, carregando o Negrinho) então você não criou
vergonha na cara hein? Foi pouca a surra que levou, não foi?
(O fazendeiro começa a surrar o garoto. Ele grita e chora. Fica caído no chão)
FAZENDEIRO: Agora vá procurar os cavalos que fugiram e traga todos antes do amanhecer.
(Todos saem, menos o Negrinho. Começa a andar pelo palco, procurando um toco de vela.
Acende e começa a caminhar como se estivesse procurando os cavalos. Música Ave Maria. A
cena está escura, mas conforme vai caminhando, a luz vai aumentando. Ele gesticula como se
estivesse recolhendo os cavalos novamente no pasto. Ele fica feliz e sai. Entra o filho do
fazendeiro e olha na direção que o Negrinho levou os cavalos)
FILHO: Como é que ele achou todos os cavalos no escuro? Até parecia que tinha luz no pasto!
Mas tudo bem. Vou soltar os cavalos de novo e dizer ao meu pai que ele dormiu no serviço.
Daí é mais uma boa surra!
(Sai na direção do pasto, atrás da coxia. Ouve-se sons de cavalos relinchando e galopando.
Algum tempo depois, entra o fazendeiro e olha na direção do pasto – atrás da coxia)
FAZENDEIRO: Ah, mas o que é isso? Os cavalos fugiram de novo? Negrinho malandro, tá difícil
de aprender. Capangas, capangas (entram os três) tragam o moleque!
FAZENDEIRO: Pelo jeito não adianta ser bondoso com você, né?
FAZENDEIRO: Não teve culpa? Não teve é cuidado. Dormiu e deixou os cavalos fugirem duas
vezes!
(Entra o filho) – FILHO: Isso pai. Esse moleque precisa aprender. Não tenha pena não!
(O fazendeiro começa a bater. Surra tanto o menino que ele desmaia. Chama os capangas)
FAZENDEIRO: Peguem esse infeliz e joguem-no em cima do formigueiro que tem atrás da
cocheira do cavalo baio.
(Os capangas pegam o corpo e saem de cena. Música triste. Voltam com o chapéu na mão,
cabisbaixos e ficam em frente à plateia)
CAPANGA 3: Não merecia tanta maldade, não merecia morrer daquele jeito.
(Saem. Alguns momentos depois, música bem alegre. Todos os atores voltam, menos o
fazendeiro, o filho e o Negrinho. Ficam de frente para a plateia. Estão felizes e animados)
CAPANGA 1: Não se preocupem: o Negrinho foi para o céu. Ah, tem outra coisa: se vocês
perderem algum objeto, é só pedir ao Negrinho do Pastoreio que ele ajuda a encontrar.
CAPANGA 2: Dizem que o Negrinho galopa pelas nuvens, junto com o cavalo baio e uma vez
por ano, vem visitar as formigas que se tornaram duas amigas.
(Música gaúcha bem animada. Os atores começam uma dança tradicional gaúcha)
Quando terminam a dança, os atores se apresentam à plateia, dizendo seu nome e o papel que
fizeram na peça. É interessante explicar que se trata de uma lenda, mas que existe um
contexto histórico quanto ao tratamento que os escravos recebiam antigamente, a questão do
poder econômico, enfim, pode haver um pequeno debate sobre o assunto.
Outra atividade, mais leve e, talvez, que chame mais a atenção, é levar uma pessoa para
mostrar como são os passos das danças gaúchas e seus diversos tipos. Enfim, a partir dessa
peça, abre-se um leque de possibilidades para atividades construtivas e enriquecedoras.