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Informativo da LIESA Ano X – Nº 15 – Setembro 2005

Escolas ocupam
a Cidade do Samba
Coração do distrito industrial da
folia começa a pulsar. Página 27

CARNAVAL 2006

A um passo
da Eternidade
Quatorze agremiações já ensaiam o sonho da vitória
Nossa capa: www.liesa.com.br

Detalhe do abre-alas da Beija-Flor de Nilópolis,


“Luz Menino – A mensagem do Divino e o
Informativo da LIESA Ano X – Nº 15 – Setembro 2005

LIGA INDEPENDENTE DAS ESCOLAS DE


Reino de Herodes” – Foto Henrique Matos SAMBA DO RIO DE JANEIRO

Escolas ocupam PRESIDENTE


a Cidade do Samba
Coração do distrito industrial da
folia começa a pulsar. Página 27
Ailton Guimarães Jorge
VICE-PRESIDENTE
Jorge Luiz Castanheira Alexandre
TESOUREIRO
CARNAVAL 2006

A um passo Américo Siqueira Filho


da Eternidade SECRETÁRIO
Quatorze agremiações já ensaiam o sonho da vitória
Wagner Tavares de Araújo
DIRETOR DE CARNAVAL
Elmo José dos Santos
05 – Emoções em dose dupla DIRETOR COMERCIAL
Hélio Costa da Motta
A ordem de desfile das Escolas do Grupo Especial para o Carnaval 2006 DIRETOR JURÍDICO
Nelson de Almeida
06 – Mil faces do Brasil DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Enredos apostam em criatividade e pesquisa para recontar a história do país Zacarias Siqueira de Oliveira
DIRETOR CULTURAL
08 – Reservas de camarotes será em outubro Hiram Araújo
DIRETOR SOCIAL
10 – Nas asas da glória Jorge Perlingeiro
ASSESSOR DE IMPRENSA
A Beija-Flor abre os melhores momentos do Carnaval 2005 Vicente Dattoli

20 – Rocinha é a nova atração Visite a LiesaNet: www.liesa.com.br


LIESA – Av. Rio Branco, nº 4 – 2º, 17º e 18º Centro
O mapa de notas do Grupo Especial – Rio de Janeiro – CEP 20090-000
Tel.: (21) 2253-7676 – Fax: (21) 2253-7409
21 – Beija-Flor dispara no Ranking LIESA
24 – Laboratório de Emoções
Veja o calendário oficial dos ensaios técnicos no Sambódromo Informativo da Liesa – Ano X – Nº 15
Setembro de 2005
26 – Oficina de Moda
EDITOR
Projeto de capacitação atende trabalhadoras do Carnaval Cláudio Vieira

27 – Cidade dos Sonhos PROJETO GRÁFICO E ARTE


Janey Costa Silva
Escolas ocupam fábricas de carnaval na Cidade do Samba COORDENAÇÃO DE ARTE
Ricardo Pereira
33 – Tempero à italiana DIAGRAMAÇÃO E TRATAMENTO DE
IMAGENS
Pianeta Vacanze é o aperitivo do Sábado das Campeãs 3RSTUDIO
TEXTOS
34 – Dez Mandamentos para o bom desfile Cláudio Vieira
Diretores de Carnaval destacam erros que devem ser evitados na Avenida FOTOGRAFIA
Henrique Matos, André Telles, Peter Illiciev e
37 – A arte da Criação Cláudio Vieira
REVISÃO
Como Fábio de Oliveira cria os símbolos do Carnaval Carioca Marta Queiroz
COLABORAÇÕES
38 – Carnaval na Universidade Bruno Santos, Elaine Mattos, Elmo José dos
Santos, Fabiana Figueiredo, Fernando Araújo,
Curso na Estácio formará profissionais de nível superior Guilherme Guimarães, Heron Schneider, Hiram
Araújo, Janice Teixeira, João Gabriel Costa Silva,
40 – Troca-Troca Mauro dos Santos, Patrícia Braga, Tiago Cambará,
Vicente Dattoli, Vítor Wanderley e Viviane Marinho
Se liga na Liga PUBLICIDADE
Hélio Costa da Mota
42 – Baticumbum IMPRESSÃO
Ediouro Gráfica e Editora SA – Rio de Janeiro
TIRAGEM
50 mil exemplares – Distribuição Gratuita
ONDE ENCONTRAR ENSAIO GERAL Linha direta com o editor:
O informativo oficial da Liesa é distribuído nas quadras das Escolas de Samba do Grupo Espe- editor@iriseditora.com.br
cial; na Cidade do Samba; na Central de Venda de Ingressos LIESA; nas agências do Unibanco, ENSAIO GERAL
o banco oficial do Carnaval Carioca; nos principais hotéis do Rio de Janeiro (Leme, Copacabana, é criado e produzido pela
Ipanema, Leblon, São Conrado, Barra da Tijuca, Centro e próximo aos aeroportos); agências de
viagens, através da ABAV-RJ; escritórios da Riotur; na Universidade Estácio de Sá; no Mara-
canã; nos táxis da Coopertramo e Coopatur; nas ações da campanha Só A Alegria Vai Conta-
giar, do Ministério da Saúde e da Uerj; no Espaço Cultural do Sambódromo; no Píer Mauá; na
sede da Liesa; e na Passarela do Samba, nos dias de desfiles do Grupo Especial. O conteúdo de
ENSAIO GERAL também está disponível na LiesaNet: www.liesa.com.br . www.iriseditora.com.br
marketing@iriseditora.com.br
4 Ensaio Geral Rio de Janeiro
Domingo LIESA investe Segunda
26 de na qualidade do 27 de
Fevereiro desfile e reduz Fevereiro
a quantidade de
integrantes do
21 horas Grupo Especial 21 horas

Emoções em
Salgueiro Porto da
Microcosmos Pedra
– O que os olhos Bendita és tu
não vêem, o entre as mulheres
do Brasil

dose dupla
coração sente

Entre 22h05 Entre 22h05


e 22h20 e 22h20
Rocinha Mangueira
Felicidade não Das águas do
tem preço Velho Chico
No Carnaval 2006, descerão duas Escolas nasce um rio de
esperança
Entre 23h10
e 23h40 A disputa entre as Agora,não Grupo A será promovi-
Imperatriz agremiações que luta- e x i s t i r á m a i s da para o Especial. Em Entre 23h10
Um por todos e o m e i o - t e r m o : e 23h40
rão para fugir do rebai- 2008, desfilarão apenas
todos por um t o d a s a s Viradouro
xamento para o Grupo 12 agremiações, sendo
Escolas serão Arquitetando
de Acesso A será tão seis em cada dia.
Entre 0h15 obrigadas Folias
e 1 hora emocionante quanto a f a z e r “Além de aprimorar
Caprichosos a das Escolas que ten- c a r n a v a l p a r a o desfile, será também
Entre 0h15
Na folia com o tarão tirar o tetracam- g a n h a r. uma forma de causar e 1 hora
Espírito Santo, peonato da Beija-Flor. menos desgaste para Mocidade
o Espírito Santo
O plenário da Liga Independente o público e garantir que todas as A vida que eu
caprichou
aprovou a proposta apresentada Escolas se apresentem com luz ar- pedi a Deus
pelo presidente da LIESA, Ailton tificial” – destaca o presidente.
Entre 1h20
e 2h20 Guimarães Jorge, considerando A decisão foi tomada semanas Entre 1h20
Vila Isabel que era necessário reduzir o núme- antes da realização do sorteio que e 2h20
Soy loco por ti ro de integrantes da elite do samba estabeleceu a ordem de desfile do Unidos da
América. A Vila para que o espetáculo ficasse mais Grupo Especial, na noite de 27 de Tijuca
canta a latinidade Ouvindo tudo
emocionante ainda. junho, no Canecão. Acompanhe,
que vejo, vou
Nos desfiles de 2006 e 2007 as nas colunas laterais, como ficou a vendo tudo
Entre 2h25 duas últimas colocadas serão re- ordem de apresentação das 14 Es-
e 3h40 que ouço

Grande Rio baixadas, enquanto a campeã do colas de Samba no Carnaval 2006.


Amazonas, o Entre 2h25
Eldorado é aqui e 3h40
Império
Entre 3h30 Serrano
e 5 horas O Império
Beija-Flor do Divino
Poços de Caldas
derrama sobre a
Terra suas águas Entre 3h30
milagrosas – Do
e 5 horas
caos inicial à ex- Portela
plosão da vida... Brasil, marca tua
Água, a nave- cara e mostra
mãe da existência para o mundo
Mil faces
do Brasil
País volta a ser o foco dos artistas
que revelam curiosidades e
mostram um Gigante maior do
que se imagina
Para traduzir o amor por essas terras, várias Esco-
las revelarão muitos segredos no Carnaval 2006.
Uma delas é a Beija-Flor, que vai a Poços de Cal-
das, Minas Gerais, para desvendar o mistério das
águas. A Grande Rio penetra nos encantos da Flo-
resta Amazônica, retratando-a com o imaginário
do colonizador espanhol. Caprichosos mostra as
belezas do Espírito Santo, paraíso esquecido pelos
próprios brasileiros.
A Mangueira viaja nas águas do São Francisco,
resgatando as tradições do Nordeste – que também
são revividas num auto de fé e religiosidade do Im-
pério Serrano. A Imperatriz recorda os Três Mos-
queteiros para contar a saga dos Garibaldi em San-
ta Catarina, onde também aprendemos a liberdade.
A Porto da Pedra enaltece a mulher brasileira, ben-
dito fruto que molda a nossa existência. A Rocinha
mostra os contrastes da vida nacional, na incessante
corrida em busca da felicidade. A Mocidade procu-
ra sintonizar os padrões de qualidade na vida que
pedimos a Deus. A Viradouro se propõe a contar a
história do país através de sua curiosa arquitetura,
emoldurada pelo traço de Niemeyer. A Portela pre-
tende montar um gigantesco mosaico, retratando as
caras que formam a nação verde-e-amarela.
A Vila Isabel ultrapassa as fronteiras, espalhan-
do-se pela América do Sul, compondo a identida-
de cultural do continente. A Tijuca traz Mozart ao
carnaval brasileiro, para que conheça o nosso sam-
ba. O Salgueiro, que abrirá a maior festa do pla-
neta, mergulha no mundo dos micro-organismos
para apresentar o menor show da Terra.

6 Ensaio Geral
Ensaio Geral 7
Reserva de camarotes
será em outubro
LIESA venderá frisas em Novembro e arquibancadas em Janeiro

Interessados na compra de cama- Carnaval foram mais de 1.400 firmação da compra, pagando a
rotes e frisas para os desfiles das pedidos para camarotes - , o sis- primeira parcela, de 40% do va-
Escolas de Samba do Grupo Espe- tema permitirá o recebimento de lor do ingresso; as duas outras
cial de 2006 deverão encaminhar 12 faxes, simultaneamente. parcelas, de 30%, serão quitadas
pedidos de reservas via fax. Con- A LIESA anunciará, através da 30 e 60 dias após.
forme contrato de ajustamento de grande mídia, os valores dos in- Os procedimentos para a reser-
conduta firmado com o Ministé- gressos; a data e o horário para a va de frisas de seis e quatro lu-
rio Público, a LIESA receberá pe- reserva; e o número da central de gares serão os mesmos. Os pe-
didos de reserva num prazo de fax para a qual os pedidos devem didos deverão ser encaminha-
dois dias. Os faxes serão cadas- ser encaminhados. A previsão é dos na segunda quinzena de
trados eletronicamente, de acor- de que a reserva de camarotes novembro – quando acontecerá
do com o horário de envio. Pa- aconteça na segunda quinzena o pagamento. No último Carna-
ra atender de outubro. Os compradores de val, foram feitos mais de 3.600
à grande camarotes terão três pedidos de reservas de frisas. O
demanda dias para fazer a con- sistema estará habilitado a rece-
- no último ber 20 faxes, simultaneamente.
O atendimento para comprado-
res de frisas e camarotes será
feito na Central de Vendas da
LIESA, em novo endereço:
rua da Alfândega, 25, Centro.
A venda de ingressos de arqui-
bancadas será eletrônica, através
do telefone, na primeira quin-
zena de janeiro.

8 Ensaio Geral
10 Ensaio Geral
Nas asas
da glória
Num desfile emocionante e
cheio de alternâncias, a
Beija-Flor de Nilópolis arrebata
o público e consegue a terceira
vitória consecutiva.
O Carnaval de 2005 foi
espetacular!

Ensaio Geral 11
BEIJA-FLOR

Em 80 minutos,
a Azul e Branca
dá a volta ao
mundo para
contar a história
do Cristianismo

Espírito guarani
abençoado pelo sol
Na Cruz do Salvador e nos elmos romanos
cintilava a mesma certeza: a vitória do amor
Nem o calvário envolvendo ale- tiveram garra para enfrentar o
gorias da Portela, provocando forte calor que abrasava a Ave-
atraso no encerramento do des- nida. “O vento corta as terras
file, foi suficiente para abalar a dos Pampas – Em nome do Pai,
fé dos sambistas de Nilópolis. do Filho e do Espírito Guarani
Apesar de ter equipado seus – Sete povos na fé e na dor, Sete
carros com sofisticado sistema missões de amor” foi a aclama-
de iluminação, a Beija-Flor aca- ção de seus autores: Laíla, Cid
bou desfilando com o dia claro. Carvalho, Fran-Sérgio, Shangai
Depois de permanecerem mais e Ubiratan Silva. Das arquiban-
de três horas de pé na concen- cadas veio o reconhecimento:
tração, os componentes ainda “É tricampeã!”

12 Ensaio Geral
UNIDOS DA TIJUCA

Vice com
imponência
de campeã
A apresentação de “Entrou por um lado,
saiu pelo outro... Quem quiser invente
outro” só não foi perfeita porque a
alegoria nº 6 (Planeta dos Macacos)
apresentou problemas logo na entrada da
pista, repercutindo em algumas alas.
A platéia não deu importância, vibrou do
início ao fim com o pavão de 240 plumas
humanas, as cartas do baralho,
os dráculas-sambistas, as almas penadas
do Purgatório e outros delírios do
criativo Paulo Barros. Ao final, muitos
elogios do público, da imprensa e
dos julgadores. Estes, na primeira
experiência para avaliar a bonificação de
um décimo à melhor agremiação em cada
quesito, deram a maior quantidade de
bônus à Escola do Borel.

Ensaio Geral 13
3° LUGAR
Grande Rio
Com sabor
de vitória
“Alimentar Corpo e
Alma Faz Bem” foi
um show de bom
gosto. Na terceira
alegoria (“Culiná-
ria das Regiões”),
o carnavalesco Ro-
berto Szaniecki foi
ousado ao lembrar
o estilo do pintor
flamengo Archi-
boldo, que criava
figuras humanas
juntando imagens
de frutas e outros
alimentos.

4° LUGAR
Imperatriz Leopoldinense
Um sonho
infantil
“Uma delirante
confusão fabulísti-
ca” foi uma fantás-
tica homenagem
a dois gênios da
literatura: o di-
namarquês Hans
Christian Andersen
e Monteiro Loba-
to, cujas fábulas se
misturaram e de-
ram o maior samba.
O talento de Rosa
Magalhães fez com
que o público vol-
tasse a ser criança.

14 Ensaio Geral
5° LUGAR
Salgueiro
A chama
da criação
“Do fogo que
ilumina a vida,
Salgueiro é chama
que não se apaga”
incendiou a Ave-
nida. A Vermelha
e Branca tijucana
entrou na Avenida
soltando fumaça.
As alegorias cria-
das por Renato
Lage e Márcia
Lávia estavam
belíssimas, como o
“Mar de Fogo”, da
Pré-História.

6° LUGAR
Mangueira
A energia
se renova
“Mangueira ener-
giza a Avenida. O
Carnaval é pura
energia e a energia
é o nosso desafio”
revelou uma nova
face da Verde e
Rosa. O carnava-
lesco Max Lopes
inovou, apresen-
tando alegorias
com design mais
arrojado. O quarto
carro (“Energia da
Terra”) arrancou
muitos aplausos.

Ensaio Geral 15
7° LUGAR
Porto da Pedra
A festa
da alegria
Faltou pouco para
que “Carnaval
– Festa Profana”
fosse reapresentado
no Sábado das
Campeãs. O
samba animado
e envolvente
levantou o público
das arquibancadas.
O terceiro carro
(“Culto às
Divindades Pagãs”)
mostra o bom
gosto de Alexandre
Louzada.

8° LUGAR
Viradouro
As cores
do sorriso
“A Viradouro é só
sorriso” foi um
ideal defendido
pelos sambistas de
Niterói. Superaram
os problemas
ocorridos na
concentração,
mostrando um
carnaval cheio de
atrativos - como o
ateliê renascentista,
onde Mauro
Quintaes recriou
o sorriso
de Monalisa.

16 Ensaio Geral
9° LUGAR
Mocidade
A arte do
bom humor
A apresentação de
“Buon mangiare,
Mocidade! A arte
está na mesa”
foi caracterizada
por momentos
de descontração
e beleza. Os
astrônomos criados
por Paulo Menezes
mostraram que
a Escola está de
olho no futuro,
procurando o
rastro de sua
estrela-guia.

10° LUGAR
Vila Isabel
A volta
por cima
Assinado por
Joãosinho Trinta,
“Singrando em
mares bravios...
Construindo o
futuro” contou
a história da
navegação e coroou
o esforço que a Vila
fez para retornar
ao Especial. Seu
contingente cantou
com bravura. No
Navio Negreiro,
ecoou um grito de
esperança.

Ensaio Geral 17
11° LUGAR
Caprichosos
Com sabor
de saudade
“Carnaval, doce
ilusão – A gente se
encontra aqui, no
meio da multidão!
20 anos de Liga”
mostrou os desfiles
que mais marcaram
a história do
Sambódromo.
Chico Spinoza
ajudou Pilares a
reencontrar sua
irreverência, mas
não esqueceu de
homenagear as
co-irmãs.

12° LUGAR
Império Serrano
Um grito
de alerta
“Um grito que
ecoa no ar
(Homem/
Natureza – o
perfeito equilíbrio”
transformou-se
num movimento
ecológico,
denunciando a
devastação da
Amazônia.
Criado por
Ilvamar Magalhães,
o espetáculo fixou
as tradições da
Serrinha.

18 Ensaio Geral
13° LUGAR
Portela
Hora de
mudar
“Nós podemos:
Oito idéias para
mudar o mundo”
são as propostas
da ONU para
melhorar a
qualidade de vida
da humanidade.
Amarildo de Mello
e Nelson Ricardo
também deixaram
a sua mensagem,
mostrando que
“Trabalho de
criança é estudo e
brincadeira”.

14° LUGAR
Tradição
Viagem à
China
Assinado por
Mario Borriello,
“De sol a sol, de
sol à soja... – Um
negócio da China”
transformou-se
numa passagem
para o Oriente,
mostrando a
tradição secular do
cultivo da soja.
O colorido dos
leques embalaram
a comissão de
frente na travessia
do rio Yang- Tsu.

Ensaio Geral 19
CAMPEÃ DO GRUPO A
Rocinha
O grande
desafio
A apresentação
de “Um mundo
sem fronteiras”,
de Alex de Souza,
terminou em
unanimidade.
Público e
julgadores deram
o seu voto à Escola
de São Conrado,
que chega ao
Grupo Especial
com o objetivo de
conquistar o seu
espaço na elite do
samba.

Balanço final
Harmonia Bateria Samba-Enredo Comissão de Enredo Alegorias e Evolução Mestre Sala e Conjunto Fantasia
frente adereços Porta-Bandeira

Grupo Especial
José Roberto Brandão

Luiz Eduardo Resende


Cláudio Luiz Matheus

Carnaval - 2005
Maria Luiza Noronha

Mirene Silva Militão


Helenise Guimarães
Luiz Antônio Araújo

Ricardo Cavalcanti

Isabela C. Campos
Luiz Carlos Correa
Benvindo Siqueira

Orpheu de Sousa
Jeanne Oliveira *

Daisy Guimarães
Nilton Rodrigues

Sergio Martinolli
Luiz Carlos Reis

Wilson Martinez
Clécio Quesado
Geraldo Vespar

Total de pontos
Anibal La Valle

Ilclemar Nunes
Liana Barcelos

Beatriz Badejo
Marta Macedo

Jayme Darriba
Raphael David

Salete Lisboa
Otoniel Serra
Ana Bernachi

Carlos Pousa

Classificação
Drika Lucena
Irene Orazen
João Wlamir
Jorge Simas
Célia Souto

Rui Maurity

Tito Canha

Lula Vieira
Eri Galvão

Mocidade 9,9 9,8 9,4 9,4 9,8 9,5 9,6 9,8 9,9 9,9 9,9 9,8 9,9 9,6 9,5 9,7 9,6 9,7 9,5 9,6 9,6 9,6 9,7 9,3 9,9 9,8 10 9,9 9,7 9,7 9,7 10 10 9,8 9,7 9,6 10 9,9 10 9 388,7 9º
Império Serrano 9,7 9,7 9,2 9,3 9,7 9,8 9,8 9,9 9,7 9,9 9,7 9,9 9,8 9,5 9,4 9,9 9,8 9,7 9,6 9,7 9,5 9,5 9,3 8,2 9,7 9,9 9,7 9,9 9,8 9,7 9,7 9,7 9,7 9,3 9,4 9,6 9,5 9,7 9,3 9,5 384,3 12º
Salgueiro 10 10 10 10 10 9,7 9,7 10 10 10 10 10 10 10 10 9,9 10 10 10 10 9,9 9,9 9,9 10 10 10 10 10 9,9 9,9 9,8 9,9 9,8 9,8 9,8 10 10 10 10 10 397,9 5º
Mangueira 10 9,9 9,7 9,7 10 9,9 10 10 9,7 10 10 10 9,8 10 10 9,4 9,8 9,7 9,7 9,8 9,8 9,8 10 9,8 9,8 10 10 9,8 10 10 10 10 9,7 9,6 9,8 9,8 9,6 9,8 9,9 9,5 393,8 6º
Unidos da Tijuca 9,9 10 10 9,8 10 9,9 10 10 10 10 10 10 10 9,9 10 10 10 10 10 10 9,9 10 10 10 9,9 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 399,3 2º
Tradição ** 9,6 9,6 8,8 9,1 9,7 10 9,5 9,9 9,6 9,6 9,6 9,6 9,8 10 9,9 9,9 9,4 9 9,1 9,2 9 9 9,7 7,5 9,5 9,9 9,5 9,8 9,9 9,8 9,9 9,9 9,5 9,4 9,5 9,4 9,7 9,5 9,5 9,8 379,6 14º
Vila Isabel ** 9,9 9,8 9,5 9,5 10 10 10 10 10 10 10 10 9,9 9,9 9,8 9,8 9,4 9,5 9,3 9,4 9 9,2 9,8 8,6 9,6 9,7 9,6 9,7 10 10 9,9 10 10 9,2 9,6 9,5 9,7 9,7 9,4 9,9 386,8 10º
Porto da Pedra 10 10 10 10 9,5 9,7 10 10 10 10 10 10 9,9 9,8 9,7 9,9 9,8 10 9,8 10 10 9,5 9,6 7,6 10 10 10 10 9,8 9,9 9,8 9,8 10 9,9 9,9 10 10 9,9 9,8 9,9 393,5 7º
Caprichosos 9,7 9,9 9,6 9,6 9,8 9,8 10 10 9,8 9,8 9,8 9,7 9,8 9,8 9,7 9,9 9,8 9,7 9,2 9,2 9,5 9,5 9,5 8 9,7 9,8 10 9,8 9,9 9,7 9,8 9,8 9,3 9,5 9,5 9,5 9,7 9,7 9,7 9,8 386,3 11º
Viradouro 9,9 10 9,7 9,6 10 9,9 10 10 9,9 10 10 10 10 10 10 10 9,3 9,8 9,7 9,3 9,9 10 9,7 9,4 9,8 10 9,8 9,8 9,9 9,9 9,7 9,9 9,4 9,6 9,9 10 9,7 10 10 9,9 393,4 8º
Portela 9,6 9,8 9,6 9,4 10 9,8 9,9 9,8 10 10 9,9 9,8 9,8 9,7 9,6 9,9 9 9,4 9,3 9,3 8,7 9,4 9,5 9,2 9,6 9,8 9,9 9,6 9,9 10 9,6 9,8 9 9,2 9,3 9,7 9,4 9,7 9 10 383,9 13º
Imperatriz 10 10 9,9 9,8 10 10 9,9 10 9,9 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 9,7 10 10 10 9,9 9,8 10 9,7 10 10 10 9,9 10 10 10 10 10 398,5 4º
Grande Rio 10 10 10 10 10 10 10 10 9,8 10 10 9,8 10 10 10 10 9,8 10 9,8 10 10 10 10 10 10 10 10 9,9 10 10 9,9 10 9,8 9,8 10 10 10 10 10 10 398,6 3º
Beija-Flor 10 10 9,9 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 9,9 9,9 10 10 10 10 10 10 9,9 10 10 9,9 10 10 9,9 10 10 10 10 10 10 399,4 1º

* A julgadora passou mal. As maiores notas foram repetidas ** Tradição e Vila desfilaram com mais de oito carros e perderam um ponto

20 Ensaio Geral
Beija-Flor
Tricampeã amplia diferença,
colocando 25 pontos à
frente da Mangueira e se

dispara
isola no topo do Ranking

A vibração de Neguinho e
do presidente Farid: festa
em azul e branco

Com a conquista do tricam-


peonato, a Beija-Flor de Nilópolis
totalizou 90 pontos – em 100 pos-
síveis – e disparou na liderança
do Ranking LIESA, colocando 25 As três totalizam 35 pontos – um pelo somatório da pontuação
pontos à frente da segunda colo- a mais que o Salgueiro, que está obtida pelas Escolas de Samba
cada, a Mangueira, que soma 65. na sétima posição. do Grupo Especial nos cinco
A Estação Primeira inverteu As demais colocações são as últimos carnavais. Das 14 agre-
o seu posicionamento com a Im- seguintes: 8ª) Mocidade – 27 miações que desfilam, as dez
peratriz Leopoldinense, que caiu pontos; 9ª) Portela – 11; 10ª) Im- primeiras classificadas recebem
para o terceiro lugar, com 60 pon- pério Serrano e Porto da Pedra pontos, atribuídos da seguinte
tos. A Grande Rio, que estava em – 4; 12ª) Tradição – 3; 13ª) Capri- forma: campeã – 20 pontos; vi-
oitavo lugar, e a Unidos da Tijuca, chosos de Pilares e Vila Isabel, ce- 15; 3º lugar – 12; 4º - 10; 5º - 8;
em sétimo, subiram para a quar- com apenas um ponto. 6º - 6; 7º - 4; 8º - 3; 9º - 2; e 10º - 1.
ta posição, ao lado da Viradouro. O Ranking LIESA é formado Veja como ficou o quadro geral.

RANKING LIESA 2001 2002 2003 2004 2005 TOTAL


COLOC. ESCOLA Posição Pontos Posição Pontos Posição Pontos Posição Pontos Posição Pontos Pontos

1º Beija-Flor 2º 15 2º 15 1º 20 1º 20 1º 20 90
2º Mangueira 3º 12 1º 20 2º 15 3º 12 6º 6 65
3º Imperatriz Leopoldinense 1º 20 3º 12 4º 10 5º 8 4º 10 60
4º Viradouro 5º 8 5º 8 6º 6 4º 10 8º 3 35
Grande Rio 6º 6 7º 4 3º 12 10º 1 3º 12 35
Unidos da Tijuca 9º 2 10º 1 9º 2 2º 15 2º 15 35
7º Salgueiro 4º 10 6º 6 7º 4 6º 6 5º 8 34
8º Mocidade Independente 7º 4 4º 10 5º 8 8º 3 9º 2 27
9º Portela 10º 1 8º 3 8º 3 7º 4 13º 0 11
10º Império Serrano 11º 0 9º 2 12º 0 9º 2 12º 0 4
Porto da Pedra – – 11º 0 11º 0 11º 0 7º 4 4
12º Tradição 8º 3 13º 0 13º 0 12º 0 14º 0 3
13º Caprichosos de Pilares 12º 0 12º 0 10º 1 13º 0 11º 0 1
Unidos de Vila Isabel – – – – – – – – 10º 1 1
15º São Clemente – – 14º 0 – – 14º 0 – – 0
Santa Cruz – – – – 14º 0 – – – – 0
União da Ilha 13º 0 – – – – – – – – 0
Paraíso do Tuiuti 14º 0 – – – – – – – – 0

Ensaio Geral 21
Arte - Janey

Laboratório
de Emoções
O verão no Rio de Janeiro ficará
mais quente a partir dos Ensaios
Técnicos no Sambódromo, que
começarão em dezembro e se
estenderão até o domingo que
antecede o Carnaval, em 19 de
fevereiro. As arquibancadas serão
abertas ao público, com direito a
participar do arrasta-povo

24 Ensaio Geral
sucesso dos ensaios
técnicos fez com que
sete agremiações do
Grupo Especial soli-
citassem ao presiden-
te da LIESA, Ailton Guimarães
Jorge, mais uma noite na Aveni-
da. Beija-Flor, Unidos da Tijuca,
Grande Rio, Salgueiro, Man-
gueira, Caprichosos e Portela
realizarão três ensaios técnicos,
enquanto as demais farão dois
– como aconteceu nos anos ante-
riores com todas as concorrentes. O Salgueiro já mostrava o que seria o desfile: fogo no gongá!
Ainda existem algumas vagas na
agenda da Passarela e pode ser
que outras também se animem a
Ensaios Técnicos para o Carnaval 2006
Dezembro
programar o terceiro ensaio.
Para a reabertura dos traba- Dia Dia da semana De 19 às 21 horas De 21 às 23 horas
lhos, LIESA e Riotur decidiram 02 Sexta-Feira - Beija-Flor
fazer uma grande festa no dia 04 Domingo - -
09 Sexta-Feira - Mangueira
2 de dezembro, consagrado às
11 Domingo Rocinha Vila Isabel
comemorações do Dia Nacio-
16 Sexta-Feira - Império Serrano
nal do Samba. Às 21 horas, a
18 Domingo Unidos da Tijuca Porto da Pedra
Beija-Flor de Nilópolis levará o
De 19 a 31 - Recesso
seu contingente tricampeão à
Janeiro
Avenida, inaugurando a tem-
De 01 a 05 - Recesso
porada de preparativos para o
Carnaval 2006, que promete ser Dia Dia da semana De 19 às 21 horas De 21 às 23 horas
empolgante. 06 Sexta-Feira - Mocidade
Os ensaios acontecerão nos 08 Domingo Salgueiro Caprichosos
13 Sexta-feira - Imperatriz
finais de semana. Aos domin-
15 Domingo Grande Rio Unidos da Tijuca
gos, após a passagem da última
20 Sexta-Feira - Salgueiro
agremiação, o público poderá
21 Sábado - Portela
descer à Passarela para partici-
22 Domingo Grande Rio Rocinha
par do arrasta-povo, seguindo
27 Sexta-Feira - Império Serrano
atrás da bateria, e, logo após, do
28 Sábado Beija-Flor Caprichosos
Pagode da Marquês, no palco
29 Domingo Viradouro Vila Isabel
montado em frente ao Setor 3.
Fevereiro
Equipes de manutenção esta-
rão a postos nas arquibancadas Dia Dia da semana De 19 às 21 horas De 21 às 23 horas
para conservar os banheiros 03 Sexta-Feira - Mocidade
sempre limpos, oferencendo o 04 Sábado - Portela
máximo conforto aos espectado- 05 Domingo Salgueiro Mangueira
res. Haverá também segurança 10 Sexta-feira - Imperatriz
na pista e nas populares. A Guar- 11 Sábado Caprichosos Porto da Pedra
da Municipal e a Polícia Militar 12 Domingo Grande Rio Unidos da Tijuca
cuidarão da vigilância nas ruas De 13 a 18 – Pintura da Pista
próximas ao Sambódromo. 19 Domingo Teste de Som e Luz com a Beija-Flor

Ensaio Geral 25
Oficina
de Moda
Projeto de
capacitação atenderá
trabalhadoras
de comunidades
das Escolas do
Grupo Especial
Inclusão social é o quesito que
soma cada vez mais pontos nas
comunidades do samba carioca.
A receita de qualificação profis-
sional, uma das fórmulas para
resgatar a cidadania, exige dis-
ciplina e traba-
lho. As Escolas
de Samba do
Grupo Especial
trabalham em
harmonia para
sediar um pro-
grama de capa-
citação de mão-
Nas oficinas da Vila Isabel, senhoras se esmeram em adereçaria,
de-obra em suas
aprendendo uma nova profissão
quadras. Lan-
çado no fim de dado e infor- 9h às 17h, ou na Praça Tiraden-
2004, o projeto mática. Simul- tes 37, Centro do Rio, no mesmo
Oficina de Mo- taneamente, as horário.
da de Carnaval part ic ipa ntes “Era um antigo sonho aprovei-
atende mulhe- têm aulas de tar o espaço físico das quadras
Célia: nossa meta é instalar cursos em
res com idade todas as quadras temas variados para instalar um projeto de ca-
a partir de 17 como empreen- pacitação profissional”, observa
anos, moradoras de localidades dedorismo e redução da violên- Célia Domingues, presidente da
carentes da Região Metropolita- cia doméstica. ONG Amebras - Associação de
na do Rio de Janeiro. Todos os cursos são gratuitos, as- Mulheres Empreendedoras do
Além de formar profissionais na sim como as inscrições. A aber- Brasil. O projeto tem apoio da
área de confecção de fantasias tura de novas turmas acontece- LIESA; do Instituto Zuzu An-
e adereços, o programa ofere- rá em outubro, nas quadras das gel, da Universidade Veiga de
ce ateliês de pintura em tecido, agremiações do Grupo Especial. Almeida; da Secretaria Especial
pátina, biscuit, costura, modela- Informações podem ser obtidas de Políticas para Mulheres; e do
gem, maquiagem, bijuteria, bor- pelo telefone (21) 2232-0123, das Sebrae.
26 Ensaio Geral
Cidade dos
Sonhos
Habituadas a transformar sonhos em realidade,
Escolas de Samba do Grupo Especial ocupam
a Cidade do Samba. O sonho que os sambistas
alimentavam há mais de meio século foi
materializado em apenas dois anos, graças ao
empenho da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

Ensaio Geral 27
Indústrias do Samba começam a funcionar

D
e braços abertos no final A Cidade do Samba dispõe racões. O primeiro pavimento,
da avenida principal, o de 14 fábricas, com área de chamado de “garagem”, onde
Cristo Redentor anun- 7.200 m2 cada uma – o dobro do são construídas as alegorias
cia que o Rio de Janeiro espaço físico que havia nos bar- para o Carnaval 2006, mede
continua lindo e, agora, 12 metros de altura – com 11
mais alegre. A partir da ocupa- metros de espaço disponível,
ção das 14 fábricas de carnaval, pois sob a laje passam os du-
as Escolas do Grupo Especial tos da rede elétrica e do siste-
mudaram-se definitivamente ma de prevenção contra incên-
para a Cidade do Samba, car- dio, além das monovias para o
regando na bagagem esperança transporte de esculturas (veja
e fantasia. O Rio ganha, simul- infográfico na página ao lado).
taneamente, um distrito indus- A altura da “garagem” é su-
trial e um novo centro de atra- perior à da torre de TV do Sam-
ção turística. bódromo, o que permitirá aos
A mudança inaugura um no- carnavalescos construir carros
vo tempo, colocando um ponto alegóricos no tamanho origi-
final no sistema de improvisa- nal, de 8 m a 9 m, e não mais
ções montado ao longo das du- em dois ou três estágios, como
as últimas décadas nos galpões O condomínio da Cidade do Samba:
era feito até então. As alegorias
da Companhia Docas. A pala- 1 – Portela; 2 – Viradouro; 3 – Rocinha; só serão desmontadas no trans-
vra barracão deve ser substitu- 4 – Grande Rio; 5 – Vila Isabel; 6 – Porto porte para a Avenida.
ída no glossário da maior festa da Pedra; 7 – Império Serrano; Espaço dobrou - Nos bar-
popular do país. A expressão 8 – Salgueiro; 9 – Caprichosos; racões, as alegorias ficavam
10 – Mocidade; 11 – Beija-Flor;
mais adequada passa a ser fá- 12 – Unidos da Tijuca; 13 – Mangueira e
espremidas umas contra as ou-
brica de carnaval. 14 – Imperatriz Leopoldinense tras, encurraladas por pilastras
28 Ensaio Geral
Montadoras de Carnaval
As 14 fábricas possuem estrutura administrativa e linha de montagem
de concreto. Nas fábricas, há espaço de
sobra. Embora o Regulamento de Desfile
estabeleça que cada agremiação só possa
comparáveis às grandes montadoras de automóveis apresentar oito alegorias, no máximo, a
“garagem” possui área suficiente para a

Arte - Vitor Wanderley


construção de doze. Cada uma dessas va-
gas mede 180 m2 (15 m x 12 m), com um
corredor de 2 m entre elas.
A distância entre as colunas dobrou. Se
era de 6 m, agora é de 12 m. Os pilares são
de estrutura metálica, o que possibilitou
dar maior altura à laje que separa os dois
pavimentos da fábrica. Se fossem de con-
O espaço interno é dividido em três áreas: a “garagem”, no térreo; o
creto, ocupariam um espaço muito maior e
ateliê e oficinas de moldagem e escultura, no 2º pavimento; e o prédio
administrativo, nos fundos. A passarela fica a 8 m do solo e circunda o pé-direito seria reduzido em quase 2 m.
todo o complexo. Dela, os visitantes verão a construção dos carros sem A cada dois pilares foram instaladas toma-
interferir no trabalho das de alta voltagem, permitindo que um
soldador trabalhe em cada uma delas, si-
multaneamente. Energia é o que não falta.
A Cidade do Samba é alimentada por três
subestações de 1.000 Kwa.
Tudo foi minuciosamente estudado, co-
mo o aproveitamento da água da chuva,
que escorre em 14 telhados de 35 mil m2.
Basta captar a metade do volume para en-
cher duas cisternas de 300 mil litros, ge-
rando água suficiente para ser usada em
centenas de vasos sanitários, lavar todos
os pisos, molhar os jardins e abastecer os
sistemas de prevenção contra incêndio.
Cada fábrica dispõe de cinco portões de
10 m de largura por 7,5 m de altura. A cir-
No interior das fábricas, as alegorias poderão ser vistas de três níveis, culação de ar nos dois pavimentos gera um
como se observadas das frisas, camarotes e arquibancadas do Sambódromo microclima agradável, fazendo com que a
temperatura interna se estabilize em torno
de 30 graus durante os dias mais quentes
Monovias para transportar esculturas do verão.

1 – O trilho 2 – A escultura 3 – Por fim,


suspenso abrange é transportada a escultura é
todo o perímetro das oficinas no 2º conduzida até o
da fábrica pavimento até o trilho carro alegórico

Equipadas com monovias (trilhos de aço), as fábricas foram projetadas


para oferecer segurança e poupar o esforço dos trabalhadores
Ensaio Geral 29
Gostamos tanto do Carnaval Carioca que somos os primeiros
a chegar e os últimos a sair do Sambódromo.
Sabemos que o grande sucesso do espetáculo está na sua estrutura.
Por isso, procuramos cada vez mais caprichar na nossa.

ÍRIS/MECTUBO

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Projeto já
virou modelo

A
Cidade do Samba atrai
a curiosidade de sam-
bistas de outros esta-
dos e de autoridades
estrangeiras há vários
meses. No início de agosto, se-
manas antes do furacão Katri-
na devastar Nova Orleans, o
prefeito Ray Nagin, daquela ci-
dade, esteve no Rio de Janeiro
a negócios e aproveitou a opor- Dirigentes da Protegidos da Princesa, Consulado, Copa Lord e Coloninha sonham com
uma mini-Cidade do Samba em Florianópolis
tunidade para visitar o comple-
xo industrial do samba carioca. Gras, e mesmo assim mostrou- bém conheceram as fábricas
Ficou impressionado: “Nunca se surpreso com a organização de carnaval. Levaram detalhes
vi nada igual”- declarou, para- do desfile das Escolas de Sam- do projeto para as autoridades
benizando a Prefeitura do Rio e ba, principalmente com o inves- catarinenses, que pretendem
a LIESA pelo alcance social do timento feito pelas agremiações. construir unidades de produção
empreendimento. Solidários às vítimas da tragédia de menor porte junto ao Sam-
Nagin explicou que Nova Or- que se abateu sobre a Louisiana bódromo local. Atualmente, as
leans é a sede do segundo maior e estados vizinhos, os sambistas agremiações devem transportar
carnaval do mundo, o Mardi cariocas torcem para que a paz suas alegorias por mais de 17
volte a reinar e traga de volta a km até chegar à Passarela.
alegria à terra do jazz.
Em maio, presidentes das
quatro principais Escolas de
Samba de Florianópolis tam-

Durante a
visita, o prefeito
Ray Nagin
transmitiu ao
vice-presidente
da LIESA, Jorge
Luiz Castanheira,
e ao deputado
Julio Lopes, a sua
admiração pela
organização do
Carnaval Carioca

Ensaio Geral 31
Tempero
à italiana
Pianeta Vacanze é o aperitivo para
comemorar o Sábado das Campeãs

Quando viram 10 mil Aos poucos, a Piane-


bandeirinhas com as co- ta Vacanze vai pegando o
res de seu país tremulan- jeitinho das Escolas brasi-
do nas arquibancadas do leiras. Nos últimos quatro
Sambódromo, os 300 in- anos, apresentou “enredos”
tegrantes da “Escola de diversificados, mostrando
Samba” italiana Pianeta o vulcão Etna, o teatro de
Vacanze ficaram emocio- marionetes da Sicília, as
nados. Além de animar a belezas naturais e, no Car-
abertura do desfile de Sá- naval 2005, pôs a alegria
bado das Campeãs, distri- na mesa, apresentando a
buindo brindes ao som da cozinha italiana. A Piane-
tarantela, o grupo folclóri- ta também tem capricha-
co estava alcançando seus do nas alegorias, adereços Componentes da
Pianeta aproveitam
principais objetivos: matar e fantasias, fazendo de ca- a passagem pela
um pouco das saudades da ala um motivo de inte- Sapucaí para
da colônia italiana e levar gração entre os dois povos deixar um pouco
um pouco de sua cultura e convidando os brasileiros da alegria italiana
ao público brasileiro. a visitarem a Itália.
Ensaio Geral 33
Dez Mandamentos
para o bom desfile
Diretores de Carnaval destacam erros
que devem ser evitados na Avenida

Tentando ajudar às Escolas de Samba a evitar falhas nos desfiles de 2006, a LIESA
promoveu reunião entre presidentes e diretores de carnaval das 14 agremiações do
Grupo Especial. Os erros cometidos com maior freqüência serviram de pauta para
o encontro. No debate surgiram soluções básicas, que devem ser encaradas com
seriedade, como as leis sagradas da Passarela.

I – Conhecer II – Escolher um bom enredo


a fundo o O enredo é a plataforma para o desenvolvimento
Regulamento de todo o carnaval. É dele que derivam os de-
de Desfile e
o Manual do mais quesitos de julgamento. Deve fixar as carac-
Julgador terísticas
O diretor de car- da Escola,
naval e sua equipe moldan-
precisam estudar do o seu
o Regulamento e perfil, iden-
o Manual em seus tificando-a
mínimos detalhes. Na medida com os
do possível, devem passar os ensinamentos aos componen-
componentes, evitando que décimos preciosos tes e admi-
sejam perdidos no desfile. radores.

III – Escolher um bom samba-enredo IV – Evitar excesso de componentes


A partir do enredo é fundamental que se prepa- O número ideal
re uma boa sinopse, clara e objetiva. Ela deve dar para desfi-
origem à feitura de um bom samba, que contagie lar em 80
os componentes e estes, o público, ajudando na minutos
evolução, na harmonia e no conjunto. oscila entre
3.500 a 4.000
componentes.
Os diretores
devem estar
preparados para
um acidente que possa roubar alguns desses
minutos preciosos, evitando correrias e o estouro
da cronometragem.

34 Ensaio Geral
V – Elaborar roteiro de desfile de VI – Ficar atento ao andamento da
modo que facilite o entendimento do Comissao de Frente
enredo e localizacao de alas É a CF que de-
Depois que a Escola entrega o roteiro de desfile termina o anda-
à LIESA , ele passa a ser sagrado. Será publicado mento do desfile.
no manual “Abre- Deve manter uma
Alas”, usado exibição uniforme
pelos julgado- diante dos quatro
res para aná- módulos de julga-
lise do desen- dores. Um diretor
volvimento do deve controlar o
tema através de andamento do
alas e alegorias. desfile a partir da
Mudanças po- saída da CF, evi-
dem dar margem tando que as alas
à penalidades. o acelerem.

VII – Destacar um diretor para conter VIII – coibir a invasao de pessoas


a “cabeca” da Escola durante a vestidas com camisas de diretor
entrada da bateria no segundo recuo O excesso de
A manobra mal feita pode ser fatal, caso não haja pessoas vestidas
um diretor com a roupa da
controlando diretoria polui o
a frente do visual da Escola
desfile. É ali, e dificulta a lei-
nas proxi- tura do enredo.
midades dos Existe uma
dois últimos tendência a coi-
módulos de bir esta falha,
julgamento, criando-se uma
que os gran- penalidade espe-
des “buracos” se abrem, a harmonia despenca e cífica no quesito
a evolução se complica. Conjunto.

IX – Submeter X – Usar o ensaio tecnico para


projetos de corrigir erros
alegorias a É a prova dos “dez”. O que está errado deve ser
aprovacao corrigido ali. É o momento em que os diretores
do CREA e
do Corpo de de carnaval e de harmonia devem estar atentos
Bombeiros para de-
As Escolas tectar as
devem ter um falhas e
engenheiro tra- repetir o
balhando junto à exercício,
equipe de cria- até que
ção, cuidando da estrutura de alegorias e equi- se consi-
pamentos de segurança. Ele fará estudos para ga uma
avaliar a capacidade de cada carro, bem como solução
dos sistemas elétrico e mecânico. satisfató-
CREA - Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura ria.

Ensaio Geral 35
A arte
da Criação
Fábio de Oliveira pesquisa
elementos de alegria e beleza
para compor os símbolos do
Carnaval Carioca
Observe a las Escolas de Samba e à alegria momento de folga. Hélio gos-
marca que o da Cidade. O arlequim está to- tou da gravura e sugeriu que
designer Fá- cando um pandeiro, já integra- Fábio tentasse criar uma pa-
bio Siquei- do ao calor do desfile. Ao fundo, ra as camisas promocionais da
ra de Olivei- fogos e luzes que colorem o céu Liga Independente. O lay-out
ra criou para da Avenida. agradou tanto que, enriquecido
ser utilizada nas peças promo- Este é o resultado final da de alguns detalhes, foi adotado
cionais do Carnaval Carioca terceira marca que Fábio, 29 como marca oficial do Carna-
de 2006. Cada detalhe foi estu- anos, produz para os desfiles val 2004.
dado: o arlequim, um dos íco- das Escolas de Samba organi- Fábio cria, também, capas de
nes de Veneza, simboliza a pre- zados pela LIESA, um exercício DVDs e dos CDs de sambas-en-
sença de todos os carnavais do que exige mais de um ano de redos produzidos pela Liga In-
mundo no Rio de Janeiro. Usa pesquisa e criação, e que sur- dependente e a GravaSamba.
uma fantasia futurista, na qual giu quase que por acaso. Em Ultimamente, aprimora o seu
se destaca o desenho das calça- 2003, trabalhava no serviço de talento no barracão da Grande
das de Copacabana – caminhos Credenciamento do Carnaval, Rio, auxiliando o carnavalesco
para ambientá-lo à modernida- onde o diretor Comercial Hélio Roberto Szaniecki em trabalhos
de do espetáculo oferecido pe- Mo�a o viu desenhando num de desenho artístico.
Ensaio Geral 37
LIESA e
Estácio de Sá
criam Instituto
e lançam curso
de nível superior

Carnaval na
Universidade Profissionais
serão formados
em dois anos com
habilitação em
Gestão de Festas e
Eventos Carnavalescos
Foi-se o tempo em que samba não do Instituto Politécnico da Uni- diretor Cultural da LIESA, Hi-
se aprendia no colégio. A Univer- versidade, professora Ana Merij. ram Araújo, o Curso será dividi-
sidade Estácio de Sá e a LIESA Paralelamente ao Curso, foi cria- do em quatro períodos. As au-
entendem que a organização do do o Instituto do Carnaval, cujo las do primeiro período irão de
Carnaval requer muita seriedade Conselho Consultivo é integrado outubro até fevereiro; o segun-
e acabam de lançar, recentemente, por 34 personalidades do samba do começará em março, esten-
o primeiro curso de nível superior carioca. Eles terão a responsabili- dendo-se a agosto de 2006.
para a formação de profissionais dade de acompanhar o desenvol- O curso foi instalado na Estácio da
de Carnaval. Trata-se do curso de vimento das matérias e propor Av. Presidente Vargas, próxima ao
Gestão de Festas e Eventos Carna- adaptações que se façam necessá- Sambódromo, e, dependendo do
valescos, que terá duração de dois rias – veja a relação de conselheiros número de interessados, poderá
anos, com a carga de 1.600 horas, e a grade curricular se expandir nas unidades de Du-
segundo informa a diretora na página ao lado. que de Caxias e Niterói. A mensa-
de Desenvolvimento Coordenado pelo lidade é de R$ 278,20.

838 Ensaio Geral


O SAMBA QUE SE
APRENDE NO COLÉGIO CONSELHO CONSULTIVO

1º Período Alcione Barreto – advogado e pesquisador


História do Carnaval Cláudio Vieira – jornalista e escritor
Comunicação e Expressão Felipe Ferreira – professor e escritor
Cultura Brasileira Francisco Guarisa – professor
Gabriel de Oliveira Pinto – professor e pesquisador
História da Arte
Haroldo Costa – escritor e produtor cultural
Matemática Financeira Helena Theodoro – escritora e pesquisadora
Sociologia do Carnaval Helenice Guimarães – professora e escritora
Direito e Legislação Hiram Araújo – escritor e pesquisador
Jorge Mendes Carneiro – professor e tradutor
Jorge Perlingeiro – comunicador e produtor de TV
2º Período
José Carlos Neto – jornalista
História do Carnaval aplicada à
José Carlos Rego – jornalista e pesquisador
gestão José Roberto - professor
Introdução à linguagem visual Júlio César Farias Santos – professor e pesquisador
estética Júlio Machado – professor e pesquisador
Contabilidade Empresarial Lamartine Pereira da Costa – professor
Modelos e gestões, festas e Lígia Santos – professora e escritora
eventos Luís Fernando Vieira – professor e escritor
Antropologia do Carnaval Lula Vieira – publicitário
Mitos e Folclore brasileiros Manoel Alves – jornalista e produtor de TV
Marília Barbosa – escritora e pesquisadora
Fundamentos Estratégicos
Max Lopes – carnavalesco
Milton Cunha – carnavalesco
3º Período Moacyr Luz – cantor e compositor
Universo do Carnaval Rachel Valença – professora e pesquisadora
Produção do Carnaval Ricardo Cravo Albin – escritor e musicólogo
Roberto Moura – professor e escritor
Planejamento Estratégico
Roberto Peixoto – diretor de carnaval
Administração / Gestão de Escolas Roberto Szaniecki – carnavalesco
de Samba Rosa Magalhães – carnavalesca
Pesquisa e Documentação Sérgio Cabral – escritor e pesquisador
Laboratório de Produção de Tárik de Souza – jornalista e escritor
Projetos Walter Honorato – jornalista e compositor
Gestão de pessoas e
desenvolvimento de
competências profissionais

4º Período
Práticas de Eventos Carnavalescos
Escolas de Samba e suas
operacionalidades
Custos e Orçamentos
Fundamentos de Marketing
Turismo e Eventos Carnavalescos
Projeto de integração competência
em eventos

Ensaio Geral 39
TROCA- SE LIGA NA LIGA
TROCA
Apenas duas Escolas do Grupo Especial não
mexeram no primeiro escalão para 2006:
Beija-Flor e Mangueira. Nas demais, porém,
várias mudanças foram feitas. Veja quais foram: Portelense
Tenho 18 anos e sou apaixonado pelo Carnaval Carioca.
Tenho um amor especial pela Portela, mesmo sem jamais
tê-la visto conquistar um título sequer. Há três anos, um
conhecido de nossa família passou o Carnaval no Rio e
trouxe-nos uma revista Ensaio Geral, da qual passei a ser
um colecionador.
CAPRICHOSOS – Clóvis e Andréa Machado formam o Daniel Farnesi, Santa Efigênia, Belo Horizonte, MG
Pê é o novo intérprete. Birinha primeiro casal de mestre-sa-
e Elaine formam o novo par de la e porta-bandeira. Jerônimo
mestre-sala e porta-bandeira.
Os três eram da Mangueira,
coreografará a Comissão de
Frente. “Defeito”
onde ocupavam os segundos Sou um apaixonado por carnaval e tenho apenas um defei-
postos. ROCINHA – O primeiro es- to: não morar no Rio de Janeiro. Moro em Bragança Paulis-
calão da Escola vencedora do
GRANDE RIO – David do Grupo de Acesso A é formado ta, interior de São Paulo. Trabalho numa escola de samba
Pandeiro é o novo intérprete. pelo presidente Maurício Mat- daqui, inclusive ela é afilhada da Portela, porém torço para
tos; diretor de Carnaval – Ada- a Beija-Flor de Nilópolis, a grande tricampeã deste ano. Te-
IMPERATRIZ – Jorjão assu- ías Vieira; carnavalesco – Alex
miu o comando da bateria, que de Souza; Intérprete – Ander- nho vontade de assistir ao desfile das Escolas de Samba do
também tem uma nova rainha: son Paz; Mestre de Bateria Grupo Especial e, quem sabe, até desfilar. Vocês estão de
Luciana Gimenez. Marcílio e – Carlos Pato Rouco; Rainha parabéns pelo trabalho!
Verônica formam o novo pri- de Bateria – Adriane Galisteu;
meiro casal de mestre-sala e Coreógrafa da Comissão de Wilson Gustavo Martins Santos, por e-mail
porta-bandeira. Frente – Jussara Pádua; Mes-
tre-sala – Daniel; Porta-ban-
IMPÉRIO SERRANO –
Humberto Carneiro é o novo
deira – Gleice Simpatia. Helicópteros
presidente da Escola. Roberto SALGUEIRO – Rita Terezi- Sou de São Paulo e uma freqüentadora assídua do maravi-
Peixoto reforça a direção de nha reassume o pavilhão ver- lhoso Carnaval Carioca desde 1990. Gostaria de obter infor-
carnaval, ao lado de Pedro melho e branco. mações sobre a venda de ingressos. Aproveito para queixar-
Mazzoni. O carnavalesco é
Paulo Menezes; Robson e UNIDOS DA TIJUCA – me do barulho que os helicópteros fazem nas áreas da Apo-
Ana Paula (ex-Caprichosos) Sérgio Lobato é o novo coreó- teose e Dispersão, atrapalhando o público e os componentes
formam o primeiro par de grafo da Comissão de Frente. das Escolas. Gostaria também de saber sobre o andamento
mestre-sala e porta-bandei-
ra; Quitéria Chagas é a nova UNIDOS DO PORTO DA das obras da Cidade do Samba.
rainha de bateria; a coreogra- PEDRA – A Comissão de Terezinha Leme, por e-mail
fia da comissão de frente es- Carnaval passa a ser integra-
tá sob a responsabilidade de da por Gilson Nunes, Moisés,
Nino Giovanetti. Paulinho, Guilherme e Amauri. NR – Sobre a venda de ingressos e a ocupação da Cidade
O carnavalesco Cahe Rodri- do Samba, você poderá informar-se nas matérias publica-
MOCIDADE – Dejahyr dos gues retorna ao Tigre. O mes-
Santos assume a direção de tre-sala é Toninho. A quadra de das, respectivamente, nas páginas 08 e 27. Sua queixa foi
Carnaval, trazendo o carna- ensaios também mudou de en- encaminhada à direção da LIESA.
valesco Mauro Quintaes. O dereço. Agora, fica na Av. Lú-
intérprete Wander Pires retor- cio Tomé Seteira, 290, Vila La-
na. Mestre Jonas, ex-ritmis- ge, Neves, em São Gonçalo.
ta da Escola e irmão de Jor- Maloca
jão (na Imperatriz), comanda- VILA ISABEL – A Azul e Sou de Montevidéu, Uruguai. Encontrei-me, tempos atrás,
rá a bateria. Marcela Alves é Branca tem novo presidente:
a nova porta-bandeira. Ana Wilson Vieira Alves, o Moisés.
com dirigentes da Mangueira e o pesquisador Hiram Araú-
Maria Botafogo fará a coreo- Ricardo Fernandes assume a jo. Preciso obter informações sobre organização de desfile
grafia da Comissão de Frente. Direção de Carnaval. Alexan- para que nossa Escola seja tão bonita quanto as que desfilam
A Globeleza Valéria Valenssa dre Louzada é o carnavalesco.
será destaque. Roberto Lima é o novo coreó-
aí no Rio de Janeiro.
grafo da Comissão de Frente. Jorge Galeano, presidente do GRES União da Maloca, por e-mail
PORTELA – O presidente Ni-
lo Figueiredo passa a coorde- VIRADOURO – Com a mor-
nar a Comissão de Carnaval, te de José Carlos Monassa NR – Seu e-mail foi repassado para o Departamento Cul-
integrada por Carlos Monte, Bessil, haverá eleições em tural da LIESA, que tentará ajudá-lo, Jorge. Boa sorte!
Ilvamar Magalhães, Amarildo outubro para a posse do novo
Melo, Paulinho do Ouro, Jerô- presidente. Guilherme Nóbre-
nimo, Júnior Scafura, Rômulo, ga é o diretor de carnaval. A
Alex, Marçalzinho e Nilinho.O equipe de carnavalescos pas- Correspondências devem ser enviadas a ENSAIO GERAL,
carnavalesco Amarildo Melo sa a ser integrada por Milton
trabalhará com Ilvamar Ma- Cunha, Mário Monteiro e Ca- seção Se liga na Liga: Av. Rio Branco, 4 – 17º e 18º andares
galhães. Adriana Bombom é a cá Monteiro. Julinho, ex-Tradi- – Centro, Rio de Janeiro, RJ – 20090-000 – Fax (21) 2253-
nova rainha de bateria. Diego ção, é o novo mestre-sala. 7409 – E-mail para o editor: editor@iriseditora.com.

40 Ensaio Geral
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Nova Orleans propõe intercâmbio cultural


Quando veio ao Rio, em agosto, o prefeito de Nova Orleans, Ray
Nagin, visitou a sede da LIESA, no Centro. Recebido pelo presidente
Ailton Guimarães Jorge, o prefeito conheceu o Centro de Memória
Julgue você mesmo: o do Carnaval. Entusiasmado com o samba carioca, Nagin propôs um
convênio de intercâmbio cultural entre a sua cidade, que organiza
mico da porta-bandeira o Mardi Gras, o segundo maior carnaval do mundo, e a Liga
Ao evoluir com raça e determinação, Independente. Antes de sair para conhecer a Cidade do Samba, o
a porta-bandeira exagerou na dose e prefeito ganhou uma camisa da LIESA.
rodou mais do que devia. Resultado:
o cós da saia descosturou e a parte
de baixo da fantasia despencou no
chão. Envergonhada, a moça saiu de Escolhas de sambas O relógio de corda
fininho, enquanto, desconcertado, o
mestre-sala dava um sorriso amarelo,
serão em outubro de Beto-Sem-Braço
Estão definidas as datas de es- Beto Sem Braço, grande
certo de que o pior ainda estaria por colha de sambas-enredos das compositor do Império
acontecer. Como julgador(a) do quesi- 14 Escolas de Samba do Gru- Serrano e que assina
to Fantasias, qual seria o seu procedi- po especial. Anote na agenda: o imortal “Bum-bum,
mento? Paticumbum, Prugu-
Salgueiro - 11/10 rundum” em
A – Não consideraria a falha, pois parceria com
resultara de um acidente Grande Rio - 14/10
Aloísio Ma-
B – Descontaria apenas o defeito Viradouro - 15/10 chado, ga-
apresentado na fantasia da porta- nhara de pre-
Rocinha - 15/10
bandeira sente um relógio
Porto da Pedra - 16/10 de pulso. Sem
C – Não consideraria a falha, pois o outra alternativa,
assunto seria de responsabilidade Império Serrano - 17/10
passou a usar o reló-
do julgador do quesito Mestre-Sala e Beija-Flor - 20/10 gio no cotoco que lhe restara de um acidente
Porta-Bandeira no bonde. Um sujeito percebeu o detalhe e
Portela - 21/10
D – Consideraria uma falta grave, achou estranho:
pois o defeito na fantasia prejudicou a Mangueira - 22/10 - Relógio novo, Beto?
exibição do casal Unidos da Tijuca - 22/10 - É.
- Mas, vacilou, Beto. Por que você não usa o
A solução desse problema será publicada na Caprichosos de Pilares - 22/10 relógio no braço normal?
próxima edição. Até lá, você terá bastante Vila Isabel - 22/10 O sambista virou-se, irado, e respondeu com
tempo para pesquisar sobre o assunto. Mas, outra pergunta:
se já tem uma opinião formada, envie a sua Imperatriz - 23/10 - Com que mão eu ia dar corda no relógio, ô
resposta para editor@iriseditora.com.br . imbecil?!
Mocidade - 23/10

42 Ensaio Geral

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