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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP


BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ANA CARLA ANDRADE DE ARAÚJO


LARISSA RODRIGUES DA SILVA
SINTHIA SILVA MENESES
MARIA HELENA VERAS LOPES
FRANCISCA LUCIANE RIBEIRO ALVES FERNANDES
FRANCISCA MEIRE PINHEIRO MADEIRA

OS BENEFÍCIOS DO MÉTODO CANGURU PARA O RECÉM NASCIDO DE BAIXO


PESO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

TERESINA - PIAUÍ
2

2022
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ANA CARLA ANDRADE DE ARAÚJO


LARISSA RODRIGUES DA SILVA
SINTHIA SILVA MENEZES
MARIA HELENA VERAS LOPES
FRANCISCA LUCIANE RIBEIRO ALVES FERNANDES
FRANCISCA MEIRE PINHEIRO MADEIRA

OS BENEFÍCIOS DO MÉTODO CANGURU PARA O RECÉM NASCIDO DE BAIXO


PESO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

Projeto de pesquisa, apresentado à


Disciplina como parte dos requisitos
necessários para o Projeto de pesquisa
Tecnico-científico Interdisciplinar para
obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem.

Orientadora: Tália Liberdade Brasileira


Cavalcante.

TERESINA - PIAUÍ
2

2022

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo Geral
1.1.2 Objetivo Específico
1.2 Justificativa
2 METODOLOGIA
3 REFERENCIAL TEMATICO
4 CRONOGRAMA
5 ORÇAMENTO
REFERÊNCIAS
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1 INTRODUÇÃO

Sabe – se que o peso ao nascer é considerado fator importante para


determinar a sobrevivência infantil, de forma que crianças com menos peso têm
mais riscos de adoecer ou morrer no primeiro ano de vida.
O baixo peso ao nascer (BPN) é considerado um dos grandes problemas de
saúde pública, especialmente no Brasil, devido ao impacto sobre a morbidade e
mortalidade infantil.A saúde do recém-nascido(RN) pode ser analisada de diversas
formas, e uma delas é o peso ao nascer. Diversos fatores exercem influência sobre
o peso ao nascer, entre eles, o estado nutricional materno tem efeito significativo no
crescimento e desenvolvimento fetal.(SOARES,2011).
Sabe-se que o tamanho ao nascimento é o resultado do crescimento fetal, e
este deve ser considerado como uma condição adequada para pós-natal (Mcdonald
et al.,2010), assim, a assistência pré-natal é outro fator que tem influência sobre o
peso ao nascer e pode contribuir para desfechos mais favoráveis ao permitir a
detecção e o tratamento oportuno de afecções, além de controlar fatores de risco
que trazem complicações para a saúde da mulher e do RN (Domingues,2012);
Lima (2004), afirma ainda que, as mulheres que recebem cuidados desde o
primeiro trimestre têm melhores resultados gestacionais do que aquelas com inicio
tardio.Que as condições socioeconômicas podem exercer influência sobre o baixo
peso ao nascer foi o nível socioecnômico, independentemente de outros fatores,
como nutrição, reprodução, tabagismo. Morbidade durante a gestação, acesso aos
serviços de saúde e cuidados de pré-natal.
Diante dessas afirmações, (Santos et al,2018), afirma que com a finalidade de
reduzir índices de mortalidade infantil e melhorar a humanização da assistência ao
recém-nascido, o Ministério da Saúde (MS) brasileiro lançou a Política de Atenção
Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso – Método Canguru, que desde o ano
2000 vem modificando o paradigma do cuidado perinatal e contribuindo para a
redução de morbimortalidade neonatal. Esse método foi proposto na década de
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1970 por Rey e Martinez, na Universidade de Bogotá, como alternativa para reduzir
a situação crítica de superlotação hospitalar por RN pré-termos e de baixo-peso
existente. Buscava-se reduzir os custos da assistência, preconizar a alta hospitalar
precoce e o acompanhamento ambulatorial. No Brasil, além desses objetivos do
projeto inicial, pretendia-se ampliar a humanização da assistência, por meio da
introdução da família nesse cuidado.
Entendendo que estudos que identificam fatores que influenciam essa variável
em diferentes condições de vida e de saúde são de fundamental importância para
que essa temática seja objeto da agenda da saúde pública e possa subsidiar
políticas públicas de saúde para o público materno-infantil, o presente estudo trata-
se de uma revisão bibliográfica do tipo narrativa. Nesse tipo de estudo, há liberdade
quanto aos tipos de dados utilizados na pesquisa, não tendo restrição quanto às
fontes.

1.1 Objetivos

1.1.1. Objetivo Geral

Refletir sobre os benefícios do método canguru para o recém nascido de baixo


peso

1.1.2. Objetivos Específicos

- Identificar e avaliar os cuidados de enfermagem ao recém nascido de baixo peso;


- Listar as dificuldades da enfermagem no manejo ao recém nascido de baixo peso
no ambiente hospitalar;
- Identificar o enfermeiro como parte atuante no método canguru ao recém, nascido
de baixo peso;

1.2 Justificativa
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Enquanto trabalhador da Saúde, o enfermeiro tem em suas atribuições o


cuidado e a assistência. Atua em diversos espaços ocupacionais, dentre eles, no
ambiente hospitalar.
Em relação ao cuidado ao recém nascido de baixo peso, e que por vezes
específicos, deve ser voltado não somente para o bebê que necessita de cuidados,
mas também a família. Visto que, com a nascimento de uma criança é um processo
transformador e os recém-nascidos que necessitam de UTI logo após o nascimento,
necessita de dispositivos e equipamentos, necessários a manutenção de sua
vida(LOHMANN,2011).
Diante da complexidade do cuidado, e das informações obtidas através dos
artigos selecionados para a pesquisa, sentiu-se a necessidade de realizar um estudo
abrangendo essa temática, com intuito de contribuir para uma maior compreensão
dos profissionais e acadêmicos de enfermagem com o tema “Refletir sobre os
benefícios do método canguru para o recém nascido de baixo peso”.
”.
Com os objetivos propostos alcançados, pode-se inovar nas práticas e no
cuidado, tornando- mais humanizado, acolhedor, uma vez que se trata de lidar com
seres extremamente pequenos e delicados(WISNIEWSKi,2020).

2. METODOLOGIA

Nesse estudo contempla-se uma pesquisa bibliográfica pois este tipo de estudo
tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis sobre
determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa,
uma vez que auxilia na definição do problema, na determinação dos objetivos, na
construção de hipóteses, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na
elaboração do relatório final.

A metodologia utilizada no que se refere aos objetivos será exploratória, quanto


às fontes de informação utilizaremos o estudo bibliográfico. A pesquisa bibliográfica,
através de livros, artigos, teses e dissertações que abordam o tema em questão.

As fontes utilizadas são artigos científicos publicados em periódicos e bases


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de dados eletrônicos: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Eletronical Libraly


(SCIELO) e Literatura Latino Americana(LILAC).
A pesquisa realizar-se-á em dois momentos. No primeiro momento sucederá
um levantamento bibliográfico sobre o tema Os benefícios do método Canguru para
os recém nascidos de baixo peso.
No segundo momento será efetuada uma leitura exaustiva dos artigos
pesquisados.

O critério de inclusão estabelecido será os artigos do ano 2017 a 2021 e os


critérios de exclusão os artigos de língua estrangeira, utilizaremos para uso dos
artigos os descritores em português.

Ressalta-se que artigos publicados antes de 2017 serão a princípio utilizados


como leitura complementar, com a possibilidade de serem substituídos à medida da
construção do estudo. Diante disso, ao fazer a busca com os descritores em
ciências da saúde, com as palvras-chave: recém nascido, método canguru,
enfermagem, mencionados obteve-se uma amostra de doze artigos, após várias
leituras exaustivas utilizando apenas oito artigos para a pesquisa, facilitando a
organização e destacando aqueles que irão responder aos objetivos.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Estudos realizados pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimento para


Saúde – CIDACS/Fiocruz/Bahia apontam que 18% dos bebês nascidos no Brasil
nasceram “pequenos”, seja pré-termo, pequeno para a idade gestacional(PIG) ou
com baixo peso ao nascer(BPN). Paixão et al(2011-2018).

De acordo com nova pesquisa no The Lancet Regional Health –


Américas(2021) , se o perfil incluir as três características simultaneamente, essas
crianças apresentam 62 vezes maior chance de morte que crianças que não
apresentam tais características simultâneas.

O elevado número de neonatos de baixo peso ao nascimento (peso inferior a


2.500g, sem considerar a idade gestacional) constitui um importante problema de
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saúde e representa um alto percentual na morbimortalidade neonatal. Além disso,


tem graves consequências médicas e sociais. O atendimento perinatal tem sido foco
prioritário do Ministério da Saúde, já que no componente neonatal reside o maior
desafio para a redução da mortalidade infantil nas diferentes regiões brasileiras. Um
conjunto de ações têm sido desencadeadas procurando elevar o padrão não só do
atendimento técnico à nossa população, mas, também, propondo uma abordagem
por parte dos profissionais de saúde que seja fundamentada na integralidade do
cuidado obstétrico e neonatal. Nesse contexto, o Método Canguru, introduzido em
algumas unidades de saúde brasileiras na década de 90, foi incorporado às políticas
de saúde no campo perinatal. Paixão et al(2011-2018).

Em 3 de março de 2000, a Portaria SAS/MS no 72 do Ministério da Saúde foi


publicada, a qual inclui na tabela de procedimentos do Sistema de Informações
Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) o procedimento de Atendimento
ao Recém-nascido de Baixo Peso, além de regulamentar o caráter multiprofissional
da equipe de saúde responsável por esse atendimento (BRASIL, 2000a). Nesse
mesmo ano, em 5 de julho, foi publicada a Portaria SAS/MS no 693 aprovando a
Atenção Humanizada ao Recém-nascido de Baixo Peso – Método Canguru.
Posteriormente, em 12 de julho de 2007, essa portaria foi atualizada com a
publicação da Portaria SAS/MS no 1.683 (BRASIL, 2000b, 2007).

O Método Mãe-Canguru (MMC) é uma


tecnologia de assistência neonatal que consiste
em manter o bebê na posição vertical, junto ao
peito de um adulto. Foi criado em 1979, pelo
Doutor Edgar Rey Sanabria, no Instituto Materno
– Infantil de Bogotá, na Colômbia. O método
consistia em posisicionar o recém-nascido(RN)
prematuro entre os seios maternos, em contato
com a pele, na posição supina. Dessa forma,
mantendo-se aquecido com o calor do corpo de
sua mãe, o RN poderia sair mais cedo da
incubadora e,consequentemente, ter alta,
minimizando dois graves problemas da época:
superlotação e infecção. (Santos et .;al,2018).
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Conforme afirmam os autores , em relação ao Método Máe –


Canguru(MMC),considera-se em relação às vulnerabilidades do RN prematuro, que
o desenvolvimento deveria ocorrer na vida intrauterina ficou incompleto. Dessa
forma, terão a necessidade de adaptar-se ao ambiente externo. A equipe de saúde
irá auxiliá-lo nesse processo e, especificamente o enfermeiro:

O enfermeiro deverá cumprir as rotinas de


cuidado voltados para o plano biológico, tais
como: aferir diariamente sinais vitais e o peso,
realizar banhos e medicação, posicionar
adequadamente a criança para o método,
proporcionar menor gasto de energia ao RN,
orientar quanto à amamentação e massagem da
mama, além de coordenar o trabalho do técnico
de enfermagem.( SILVA JR ET AL.;2011)

Interessante ressaltar que de acordo com (Silva Jr et al.;2011) na proposta


brasileira, o Método Mãe Canguru é composto por três fases. A primeira inicia-se na
assistência da gestante de alto risco, seguida da internação do RN na Unidade de
Terapia Intensiva Neonatal(UTIN). A segunda funciona como um estágio para a alta
hospitalar e é a que mais exige da mãe/família. A terceira etapa é aquela em que o
método que estava sendo realizado no ambiente hospitalar deverá ser conduzido ao
domicílio.

Em relação as Unidades de Terapia intensiva (UTI), são ambientes complexos,


com aparato de equipamentos e materiais, destinados a manurenção do cuidado a
pacientes em estado grave. Nesse contexto, as UTIs, atendem pacientes de
diversas faixas estárias, uma delas são as UTIs Neonatal, podendo ser chamadas
também de Unidade de Terapia Neonatal (UTIN), destinadas a atender bebês
prematuro, com baixo pesso ao nascer ou mesmo que nasceram com algum
problema de saúde (SANTOS,2021).

Ainda em relação as UTINs (Rodarte et al.,2019), encontramos diversos


equipamentos, todos com uma função especial, dentre eles estão inclusos a
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incubadora para manter o RN em uma temperatura agradável, monitores cardiácos,


que informa qualquer alteração na frequência cardiáca, monitores respiratórios que
mostram a capacidade respiratória do RN.

4 CRONOGRAMA

MÊS/ MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
ATIVIDADES 2022 2022 2022 2022 2022 2022 2022 2022 2022 2022
Revisão
Bibliográfica
X

Definição da
pesquisa/ X
objetivos
Elaboração do
instrumento de
pesquisa/ X X X
Coleta de
dados
Análise e
discussão dos X X X X
dados
Redação final X
Defesa do
trabalho de
conclusão de
X
curso

5 ORÇAMENTO

Descrição de Valor unitário Valor Total


Item Quantidade
material (R$) (R$)

Resma de
1 1 R$ 24.99 R$ 24.99
papel A4

2 Cartucho de 1 R$ 48,98 R$ 48,98


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tinta para
impressão

Encadernação
3 04 R$ 5,00 R$ 20,00
simples

4 Impressões 180 R$ 0,50 R$ 140,00

Transporte
5 10L R$ 8,20 R$ 82,00
(gasolina)

6 Caneta 3 R$ 2,40 R$ 7,20

7 Impressora 1 R$ 500,00 R$ 500,00

Total R$ 823,17

REFERENCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Ações Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao recém-nascido de
baixo peso : Método Canguru : manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria
de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 2. ed.,
1. reimpr. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. 204 p. :
il.Disponível:https://www.lshtm.ac.uk/newsevents/news/2021/nearly-one-five-babies-
brazil-born-small-and-risk-early-childhood-death)

ENNY S. PAIXAO ET AL. Risco de mortalidade para recém-nascidos pequenos


no Brasil, 2011-2018: Um estudo nacional de coorte de nascimentos de 17,6
milhões de registros de dados vinculados com base em registros de
rotina . The Lancet Regional Health – Américas . DOI:  10.1016 /
j.lana.2021.100045
DOMINGUES RMSM, HARTZ ZMA, DIAS MAB, LEAL MC. Avaliação da
adequação da assistência pré-natal na rede SUS do Município do Rio de
Janeiro, Brasil. Cad Saúde Pública. 2012;28(3):425-37.
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LIMA GSP, SAMPAIO HAC. Influência de fatores obstétricos, socioeconómicos


e nutricionais da gestante sobre o peso do recém-nascido: estudo realizado
em uma maternidade em Teresina, Piauí. Rev Bras Saúde Matern Infant.
2004;4(3):253-61.

SANTOS, C.M.(2021) O trabalho do enfermeiro em Terapia Intensiva: um estudo


etnográfico. Disponível: https//repositório.ufmg.br/handle/1843/38215

SILVA JR,THOMÉ CR, ABREU RM. Método mãe canguru nos


hospitais/maternidades públicos de Salvador e atuação dos profissionais de
saúde na segunda etapa do método. Rev. CEFAC. São Paulo,2011

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