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São Paulo
2020
Alex Junior dos Santos Nery
Crislaine da Costa Conceição
Rafaela Cristina Santana da Silva
São Paulo
2020
Alex Junior dos Santos Nery
Crislaine da Costa Conceição
Rafaela Cristina Santana da Silva
Banca Examinadora
_________________________
_________________________
Me. Henrique Manoel Carvalho Silva (Leitor)
Agradecer principalmente a Deus por ter sido meu alicerce e me guiado até
aqui, me dando forças em todos os momentos durante o desenvolvimento desse
trabalho. Gostaria de agradecer a minha pessoa por ter resiliência e não desistir,
mesmo com tantos momentos que a única solução era desistir, estou extremamente
orgulhosa por ter enfrentado tantos obstáculos e ainda permanecer em busca do
meu diploma. Agradecer a minha querida mãe, Rozenilda uma mulher forte e
guerreira que acreditou no meu potencial desde o início me dando todo suporte e
apoio para que eu conseguisse realizar meu sonho. Agradecer aos meus
professores, orientadora e leitor que fizeram parte do meu desenvolvimento e
contribuíram para meu crescimento, me auxiliaram com toda aprendizagem
necessária. Agradecer aos meus colegas de TCC que compartilhamos momentos de
estresse, paciência e cuidado um com outro. Agradecer ao meu esposo e amigas
próximas que me ajudaram em momentos de crises, me auxiliando emocionalmente
e nos estudos. Por fim, agradecer a equipe do SPVV que se disponibilizou para ser
nosso sujeito de pesquisa, sem eles não teríamos conseguido finalizar nosso
trabalho.
Crislaine da Costa Conceição.
1. INTRODUÇÃO..................................................................................... 11
2. CAPITALISMO, QUESTÃO SOCIAL E DIREITO ................................ 15
2.1. O surgimento questão social ................................................................... 15
2.2. A gênese do serviço social no Brasil ....................................................... 21
2.2.1. A trajetória conservadora do serviço social............................................ 28
2.2.2. O movimento de reconceituação ............................................................ 42
2.3. Serviço Social na contemporaneidade .................................................... 47
3. POLÍTICA PÚBLICA E PROTEÇÃO SOCIAL ..................................... 58
3.1. A política de assistência social ................................................................ 58
3.2. Atuação da/do assistente social na política de assistente social ............. 63
3.3. O estatuto da criança e do adolescente .................................................. 68
3.4. A violência sexual no Brasil ..................................................................... 75
3.4.1 Portaria 46/2010/SMADS - Tipificação dos serviços socioassistenciais 81
3.4.2. Normas técnicas do serviço de proteção social às crianças e
adolescentes vítimas de violência (SPVV) ....................................................... 84
4. HISTÓRICO DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ÀS CRIANÇAS E
ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA – HERDEIROS DO FUTURO ........... 90
4.1. Análise crítica .................................................................................................. 93
4.2 Discussão da análise crítica .........................................................................114
4.3 Resultado da análise ....................................................................................119
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................122
REFERÊNCIAS .........................................................................................124
ANEXOS
ANEXO A - Instrumental de Pesquisa Roteiro da Entrevista
ANEXO B - Instrumental de Pesquisa – Questionário da Entrevista
ANEXO C - Formulário Pedido de Autorização para Realização de Projeto de
Pesquisa Científica
ANEXO D - Folha de Rosto para Pesquisa Envolvendo Seres Humanos
ANEXO E - Declaração para Co - Participante
ANEXO F - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
11
1. INTRODUÇÃO
possa servir como meio de pesquisa para estudantes que se interessem pelo
mesmo objetivo do tema.
Para que essa pesquisa tivesse um conteúdo teórico crítico que suprisse as
expectativas para concretização do objetivo, foram utilizados autores que fazem
parte da História do Serviço Social, como: Maria Lúcia Martinelli autora do livro
“Serviço Social Identidade e Alienação”, José Paulo Netto autor do livro “Ditadura e
Serviço Social”, Marilda Iamamoto autora do livro “O Serviço Social na
Contemporaneidade: Trabalho e Formação Profissional e discutindo as questões
para o trabalho e formação do profissional na contemporaneidade” e sua obra com
Raul de Carvalho “Relações Sociais e Serviço Social no Brasil” e Maria Lúcia Silva
Barroco com sua obra “Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos”. Esses
autores são de extrema importância para o Serviço Social, pois apresentam em suas
obras a história conservadora, o processo de luta que levou a evolução do Serviço
Social, o Serviço Social na contemporaneidade, seus desafios e a extrema
importância do trabalho da/do assistente social nesse sistema capitalista.
Para falar da Política de Assistência Social que é onde o SPVV está inserido,
trazemos a Aldaíza Sposati que escreveu o artigo “Proteção Social e Seguridade
Social no Brasil: Pautas para o Trabalho do Assistente Social”. A delimitação do
nosso tema trata-se de aborta sobre os atendimentos das/dos assistentes sociais
frente a casos de violência sexual infantil, usamos Philippe Ariès na direção de falar
sobre crianças em seu livro “História Social da Criança e da Família” que traz a
história da criança na época medieval na qual o conceito de infância não existia, o
difícil processo até a descoberta da infância. E para se aprofundar em violência
sexual infantil trazemos Darcy Pereira Azambuja com sua obra “A
interdisciplinaridade na violência sexual e Violência Sexual Contra Crianças e
Adolescentes”.
No que se refere aos aspectos metodológicos, é preciso considerar que o Brasil
integra os países afetados pela pandemia do novo Coronavírus (COVID-19). Desta
forma, a pesquisa de campo foi afetada no que se refere aos prazos.
E por fim, a monografia teve por pretensão apontar para um Serviço Social
interventivo, que apoia a classe trabalhadora no acesso as suas demandas, em
espaços sócios ocupacionais diversos e atuais como o SPVV.
1
Pauperismo é o estado extremo da pobreza, ou seja, a escassez do mínimo necessário para viver.
2
Mais-valia é o termo usado para designar a desigualdade entre o salário pago, e paga para a classe
trabalhadora um valor bem menor do que realmente eles trabalham, assim tendo o acúmulo de
riqueza só para os donos de produção.
17
para si, mas sim para o capital e acaba produzindo muito mais do que recebia,
devido a essa grande exploração da mão de obra barata que os aumentos dos
lucros da classe burguesa eram enormes.
3
Fetichismo da Mercadoria para Karl Marx é a consequência do modo produtivo alienante do
capitalismo.
4
Imperialistas é a pratica pela qual nações procuram crescer e manter controle sobre os povos ou
nações mais pobres.
5
Marilda Villela Lamamoto graduada em Serviço Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora
(1971), mestrado em Sociologia Rural pela Universidade de São Paulo (1982) e doutorado em
Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). E sendo de grande
importância para o Serviço Social.
6
Monopolista vem corresponder a um tipo de economia e em grande comercio onde são controlados
pelo poder econômico dos bancos comerciais e financeiros.
19
7
Conservadora são pensamentos e costumes tradicionais, defendendo a moral e bons costumes das
instituições sociais, como família, comunidade e a religião, tais como também preservando o bem
estar individual.
8
Filantropia é uma palavra que traz sentimento entre indivíduos que ajudam outras pessoas, sendo
de origem grega, e tem um significado ”amor à humanidade”.
20
9
Terceirização da mão de obra é uma empresa que negocia serviços prestados, para outras
empresas que não querem se responsabilizar por colaborações, contrata serviços terceirizados, para
a exploração e negação de direitos.
21
10
Neoliberalismo é o conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que vem defender a não
participação entre o Estado na economia, garantindo o crescimento econômico e o desenvolvimento
do país.
11
Capitalismo Industrial é a fase marcada por fatos que ficaram conhecidas como Revolução
Industrial, por meio a um processo de revolução política e tecnológica.
22
O terreno onde o Serviço Social deitou suas raízes tinha, pois, uma
topografia bastante especifica, e, assim com a seiva a qual nutria,
provinha de uma ideologia claramente determinada. Na base de
ambos, o que estava presente era a religião como princípio de vida,
diretriz para a ação. À concepção religiosa do mundo correspondia
12
Controle Social é a participação dos cidadãos no acompanhamento das políticas públicas,
avaliando objetivos e qualquer processos e resultados de ações e programas.
23
Em 1932 surge o Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo (CEAS), seu
intuito em Serviço Social sob sobre controle da hierarquia 13, tendo patrocínio com a
igreja e realizando ações e atividades filantrópicas. Segundo IAMAMOTO (2014) o
inicio será a partir do “Curso Intensivo de Formação Social para Moças”, ao encerrar
esse curso que tem a intenção de atender e qualificar o bem-estar da sociedade.
13
Hierarquia é a ordem de qualquer forma a priorização de um membro, poderes. Assim, se tornando
relações entre superiores e dependentes.
25
No entanto, tudo o que é promovido pelo governo deve ser questionável, pois
a organização estará ligada a questão do preço a ser pago de acordo com o esforço
de guerra que cada soldado fará, feito isso, o poder aquisitivo do trabalhador tem
uma queda, e partir disto começam as profundas transformações decorrentes do
colapso do comercio internacional, que ocorre com a aceleração do processo do
capitalismo.
14
Ditadura militar foi a época que se caracterizou a falta da democracia, entre os anos de 1964 a
1985. Além da repressão dos direitos institucionais, censura, a perseguição política e aos cidadãos
opostos ao regime militar.
15
José Paulo Netto graduado em Serviço Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1969), e
doutorado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990), ademais de
haver cursado regularmente disciplinas na graduação em Letras Neolatinas na Universidade Federal
de Juiz de Fora (1970-1973) e na pós-graduação (1980, Literatura) da Universidade de São Paulo.
28
16
Movimento de Reconceituação para o Serviço Social foi o marco para a profissão, vem propondo a
ruptura das práticas tradicionais, assim surgindo o perfil do profissional mais crítico, e com a
capacidade de atuação nos desafios pertinentes da profissão.
17
Redemocratização é processo de restauração da democracia e do Estado, sendo países, regiões
que passaram pela época do autoritarismo ou pela ditadura militar.
29
18
Relações Sociais são relações entre dois ou mais pessoas que venham viver em sociedade
havendo transformações e mudanças e servindo para meios de estudos.
19
Ordem Social são as normas que tem como objetivo manter a sociedade organizada politicamente.
20
Antagonismo é a ação que se desenvolve de modo oposto de uma tendência para se comportar de
maneira contraria.
30
e triste, o caos que acontecia com a classe trabalhadora que estava em constante
luta pela sobrevivência, no mundo avançado de desigualdade social.
Esse período que se vivia era marcado por verdadeira escassez e pelo
Movimento Cartista21 que lutava constantemente pela aprovação da carta do povo.
Nesse tempo a classe trabalhadora estava numerosa o bastante para dar
preocupação para classe burguesa que estava com verdadeiro medo das
manifestações, mostrando que a partir do momento que começou a consciência de
21
Movimento Cartista foi um movimento operário inglês onde militantes queriam que a classe operaria
viesse participar na ordem política do país.
31
As lutas não paravam por aí, aconteceu que podemos dizer uma das
melhores lutas da classe trabalhadora, onde se foi chamado por Marx pela primeira
guerra da história entre proletariado x burguesia.
A classe trabalhadora era um objeto de uso do capital, pois sem esse objeto
não existia o capitalismo, assim os capitalistas tratavam a classe trabalhadora como
objeto, e não mediam o que podia resultar de negativo para os trabalhadores, então
se criavam formas cruéis e abusivas de exploração para se ter o objetivo maior que
era a riqueza.
deixavam abalar, assim cada vez mais ganhava uma marca de luta coletiva, pois
havia muito crescimento dos movimentos dos trabalhadores, além de tudo mostrava
a força, e notava-se que não iriam desistir, e foi assim que se fez no movimento
luddita22, na expansão do cartismo e a greve geral de 1842.
Com isso surgiam novas formas sociais com estratégias operacionais a favor
da classe burguesa. As estratégias que usavam faziam com que a classe
trabalhadora aceitasse, sem questionamento, toda exploração, pois mesmo sendo
miserável, era a única fonte de renda para que sobrevivessem nesse sistema
explorador, com isso fazendo que o objetivo dos donos de produção tivesse o
domínio de classe.
22
Movimento Luddita foi um movimento de trabalhadores ingleses que se reuniram para lutar contra a
mercantização do trabalho na época da revolução industrial.
23
Consciência de classe segundo Marx e Engels é a percepção do próprio papel no sistema
produtivo, seja como produtor de riqueza, seja como proprietário dos meios de gerar riqueza.
33
24
Grande Depressão conhecida como a crise do ano de 1929, foi uma grande crise economia, e
sendo considerada uma recessão econômica no sistema capitalista.
34
Produziram uma lei natural do capitalismo, a Lei dos Pobres 27, uma lei que faz
acreditar que os pobres são descuidados e por isso causa uma necessidade de
pessoas trabalhar como servos. Com a racionalização da prática social, os donos do
capital via a prática social como uma forma de controlar o que o capitalismo
causava, como a pobreza e conseguindo ter a classe trabalhadora submissa a
classe dominante (burguesa).
25
Thomás Chalmers conhecido como ministro escocês e professor de teologia, economista político e
um líder da Igreja da Escócia quanto da Igreja Livre da Escócia.
26
Malthus considerado o pai da demografia por sua teoria em controle da população, e um grande
economista britânico.
27
Lei dos Pobres foi criado para amenizar a escassez que a classe trabalhadora estava sofrendo na
época, por conta da exploração da mão de obra barata.
35
A assistência era vista como caridade aos pobres, mais também tinha o maior
objetivo que era a servidão e a submissão sob a classe dominante e os princípios da
Igreja Católica, que com isso distanciava-se dos pobres e se aliava a burguesia. A
Igreja Católica chegou a entrar em disputa de poder de terras e propriedade.
28
Santo Tomás de Aquino foi um grande teólogo importante e sendo considerado o pai do tomismo,
tinha como pensamento ocidental a filosofia moderna concedia pelo desenvolvimento das suas ideias
como na ética, lei natural, metafísica e na teoria política.
29
Mary Richmond no ano de 1889, foi uma das pioneiras no Serviço Social americano, criando
técnicas, sistemas e teorias de Serviço Social, assim transformando o trabalho do assistente social,
formal.
30
Sociedade de Organização da Caridade foi formada pela burguesia, Igreja e Estado, em 1869, para
reformar e regulamentar a prática da assistência social.
37
responsável por tornar o Serviço Social como trabalho formal, explicando que só
com ensino especializado pode obter a qualificação para realizá-lo.
31
Feudais durante o período do feudalismo que é uma organização socioeconômica vivenciada na
Europa Ocidental durante séculos V e XV, sendo baseada nas terras feudais, que foram inseridas em
um sistema de monarquia e poder.
38
Igrejas Evangélicas e das associações civis voluntárias, várias mulheres para seguir
a profissão, que assim caracterizou o Serviço Social como uma profissão de
mulheres.
32
Auguste Comte foi um filosofo francês que formulou a doutrina positivista e também fundador da
disciplina em sociologia.
33
Fréderic Le Play foi um engenheiro de minas, professor de metalurgia francês, que se tornou mais
tarde investigador independente, sendo contribuído para o desenvolvimento empírico de uma
sociologia na formação.
34
Èmilie Durkheim sociólogo, antropólogo, cientista político, psicólogo social e filósofo francês.
39
35
Belga Adéle de Lounex ministra e criadora das escolas é que passa a haver uma formação
sistemática e o delineamento do novo profissional.
40
Segundo Martinelli (2011), com toda essa trajetória o Serviço Social avançou
no processo institucionalização, a política legalista do Estado Novo ofereceu ao
Serviço Social a inserção na divisão social do trabalho, como atividade legalmente
reconhecida. Como o Serviço Social estava atribuído a uma identidade
conservadora, e seus profissionais não enxergavam as contradições que as
envolvia, o erro que persistiam, então não tinham olhos para verdadeira identidade
do Serviço Social, para superar todo esse conservadorismo da gênese da profissão.
Os agentes atendiam às demandas da classe burguesa, não a que era apresentada
pela classe trabalhadora.
36
Ditadura Varguista foi a época que Era Vargas governou o Brasil por 15 anos, compreendendo o
Estado Novo, estabelecida com a sociedade no controle e vigilância.
37
Constituição do Estado Novo é a Constituição Brasileira de 1937, outorgada pelo presidente Getúlio
Vargas em 10 de novembro do ano 1937.
41
38
Consciência estatuária sendo que suas funções estão regulamentadas por um estatuto próprio,
assim sendo consolidada pelas Leis do trabalho.
39
Práxis vem do grego onde significa ação, sendo compreendida através da relação dialética entre a
teoria e prática.
40
Autocracia burguesa é a ditadura militar sendo um termo criado por um sociólogo chamado
Florestan Fernandes para explicar e criticar a estrutura social brasileira.
42
41
Governantes Militares vêm estabelecer a política brasileira, em uma ocasião que o país estava
mergulhando em uma das suas piores crises política.
43
42
Laicização é um dos elementos caracterizadores da renovação do Serviço Social sob a autocracia
burguesa.
44
43
Sócio-Político é que possui tantos aspectos sociais quanto políticos, análise sócio política de uma
sociedade.
45
44
Fenomenologia é o processo que procurou tratar das elaborações teóricas que se originaram
durante o processo de Renovação do Serviço Social, suas teorias é o tratado dos fenômenos, e de
tudo que venha ser descrito dos fenômenos, podendo observar a partir da natureza.
45
Marxismo é um método de análise crítica socioeconômico nas relações dos conflitos das classes
sociais e no olhar do materialismo histórico dialético.
46
Crítico-dialético são as necessidades sociais em demandas profissionais com base na visão de um
conhecimento da realidade e de sua intervenção.
47
47
Positivistas vem postular a existência de uma marcha continua e progressiva em que a
humanidade venha progredir sendo um método da ação e comportamento e assim fazendo referência
ao positivismo.
48
Democrática é um regime do governo onde o povo participa das decisões políticas do país.
48
O Serviço Social tem uma trajetória de luta através dos movimentos dos
trabalhadores, que resultou em conquista da legitimidade da profissão e a quebra do
conservadorismo. Um dos momentos mais importantes nesse processo é o
momento de ruptura, onde o Serviço Social foi alimentado pela dialética marxista.
De acordo com Lamamoto (2012), a/o assistente social deve ser um leitor da
realidade para desvendar atual conjuntura política, visto que é indispensável ao
profissional do Serviço Social a habilidade de decifrar a realidade social, deste modo
as/os assistentes sociais devem se apropriar da realidade histórica presente e tirar
as possibilidades dentro da realidade que o atendido está inserido, mas a realidade
histórica não traz possibilidades, cabendo a/o assistente social como um ser
ontológico49 com suas competências, transformar em possibilidades o que estar
exposto nesta realidade e desenvolver em projetos para sua ação aonde está
atuando, mas os resultados não vão se realizar somente com a categoria do Serviço
Social, diante de que tem outras categorias envolvidas nesse meio, e por isso que o
resultado não vai depender somente da/do assistente social.
49
Ontológico é um adjetivo que se relaciona diretamente com as noções de existência, realidade e
natureza do ser, ou seja, vinculado com questões da existenciais.
50
Serviço Social, sua natureza histórica que sintetiza e articula o dialético do que
somos, se dando ao materialismo histórico dialético.
A/O assistente social deve ser um profissional com uma visão crítica do
contexto social em geral, mas no cotidiano acabam sendo alienados ao sistema e
não atuando conforme exige seu código de Ética, por ser assalariado acaba
aceitando e se submetendo às regras e objetivos das instituições que é contratado
que em sua maioria só quer produtividade, não tem de olhar para o sujeito que tem
direito. Assim a/o assistente social acaba sendo imediato na demanda apresentada,
usando somente o empirismo50, por depender também da sua atuação no meio de
sua sobrevivência no mundo capitalista. Se o profissional não for propositivo, não
estiver clareza do real trabalho de um assistente social, tende nos dias atuais a
continuar a fazer isso.
50
Empirismo é a doutrina filosófica que tem como conhecimento resultado de qualquer experiência,
com isso podendo ser apreendido através dos sentidos.
51
51
Código de Ética é o conjunto de princípios e disposições, onde são voltados em uma ação, e que
tem como objetivo de delimitar as ações dos profissionais.
52
Seguridade social é o conceito amplo de proteção social. Direito a previdência social, para aqueles
que contribuem, direito a saúde para todos independente da contribuição e direito a assistência
social.
52
53
Sistema de Proteção Social no Brasil é a integração a assistência social na seguridade social,
previdência social e na saúde, elevando o nome da assistência social em uma política social, assim
instituindo a seguridade social no país brasileiro.
54
Planos das Políticas Sociais Públicas são as políticas públicas, que vem destinar o bem-estar da
sociedade, com destinação para as camadas de baixa renda ou que vive em situação de pobreza ou
pobreza extrema.
53
possa ter clareza da direção social da sua prática, que tem seus valores expressos
no Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais de 1993.
Lamamoto (2012), explica que foi por meio de um processo de renovação que
o Serviço Social buscou a sua própria contemporaneidade. Quando a profissão é
compreendida como produto histórico, atinge na história da sociedade de qual faz
parte e expressão.
Igreja Católica que era conservadora, assim o código é alimentado por essa doutrina
cristã em sua concepção de homem, sociedade e Estado.
55
Conselho Federal de Serviço Social é um conselho da profissão do Serviço Social, que fiscaliza o
trabalho dos assistentes sociais no Brasil, pela Lei 8662/93.
55
Com toda trajetória diante das necessidades que passou o Serviço Social, o
Código de Ética de 1993 vem para deixar clara a articulação política no cotidiano,
56
56
Maria Lucia Silva Barroco assistente social, e sendo de grande importância para o Serviço Social,
doutora em Serviço Social, professora de Ética profissional e coordenadora do Núcleo de Estudos e
Pesquisa em Ética e direitos Humano e Pós-graduados em Serviço Social da PUC-SP.
57
Esse novo Projeto significa bastante para as/os assistentes sociais, pois ser
conduzido por ele é aumentar as forças junto com a luta da classe trabalhadora,
assumir um compromisso com atendimento das necessidades humanas que tem
sua vida como princípio básico, ter a clareza de uma direção sociopolítica,
conseguindo na condição de assalariado saber diferenciar a prática profissional de
intervenções assistencialistas, assistemáticas e filantrópicas:
Por mais avanços e qualidades desta nossa Carta Magna de 1988 que ficou
conhecida como Constituição Cidadã devido aos seus valores e características de
59
assegurar e garantir direitos humanos, Carvalho57 faz uma crítica ressaltando que
nem tudo que está no papel é o que condiz com a realidade, a democracia segue
instável:
57
José Murilo de Carvalho nasceu em Andrelândia, MG, em 8 de setembro de 1939, sua formação é
Bacharel em Sociologia e Política, Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de
Minas Gerais – UFMG, 1965, Mestre em Ciência Política. Universidade de Stanford, Califórnia, 1969;
Ph.D em Ciência Política, Universidade de Stanford, 1975.
58
Marcelo Dalmas Torelly é Doutor em direito pela Universidade de Brasília, possui experiência nas
áreas de direitos humanos, cooperação técnica internacional e assessoria jurídica popular e foi
acadêmico visitante na Faculdade de Direito e no Centro de Estudos Latino-Americanos da
Universidade de Oxford, Inglaterra.
60
Assim foi criada a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), Lei nº 8.742 de
07/12/1993, para assegurar e definir os direitos e deveres, garantindo atendimento
às necessidades básicas da sociedade, tendo seus princípios a serem seguidos
nesta política pública.
A LOAS foi criada para regularizar esta política pública e a sociedade em qual
ela está imposta, por via dela o cidadão conhece seus direitos e como cumprir seus
deveres. Com o intuito em diminuir a pobreza e as desigualdades sociais com
diversas estratégias e criações de programas, trabalhando na vulnerabilidade social
de cada indivíduo.
Portanto é uma luta diária que esses profissionais enfrentam para manter não
só o serviço aberto, mas também para qualificar e garantir seus trabalhos. No atual
governo vem demonstrando métodos de acabar com muitos serviços sócios
assistenciais, como: modificar benefícios governamentais para assim conseguir
fechar alguns serviços da assistência. Segundo CFESS (2007), a luta pela
competência profissional é fruto do trabalho coletivo e da mobilização social pela
garantia dos direitos dos trabalhadores, pela universalização dos direitos sociais e
pela consolidação da Assistência Social como política pública e dever do Estado.
O ser criança nem sempre era considerado, o que é hoje, por muitos anos a
infância não era vista como algo em construção da personalidade do ser humano.
Pela infância ser vistas assim, não tinham preocupação e tratamentos diferentes
com as mesmas. “A criança, por muito tempo, não foi vista como um ser em
59
Movimento Sociais vem ser a expressão técnica no qual vai designar ações coletiva entre os
setores da sociedade ou organizações sociais, que buscam a defesa nas relações de classes.
69
A trajetória da criança no Brasil foi marcada por muitos sofrimentos, por conta
que não havia diferenciação da criança para o adulto e das etapas do seu
desenvolvimento, pois antes a criança ao ser vista não precisando mais da presença
constante de sua mãe, ela já podia está presente na vida adulta.
Foi ao passar do tempo que a criança passa a ser vista como ser social e vem
ter um novo sentido para todos, aos poucos começa a ser tratada como o verdadeiro
sentido da palavra criança, mas é na contemporaneidade que a infância tem uma
relevância e tem resultados de transformações socioculturais que mudaram
totalmente todo tratamento e a visão sobre a infância. “Somente a partir do século
XX a criança começou a ter lugar nas leis e códigos no mundo e, por extensão, no
Brasil.” (CAETANO; GOMES; JORGE, 2008, p. 62).
60
Philippe Ariès um historiador medieval francês da família e sendo um grande escritor da infância, e
além de escritor sobre os livros da vida diária comum.
70
No Brasil foi criado Código de Menores (CM) de 1927 que tinha por base a
primeira lei que dizia, que os adolescentes antes dos 18 anos não podiam ser
processados criminalmente, mas este código tinha descriminação, pois associava a
pobreza como um tipo de delinquência, acobertando o verdadeiro significado que
levava essas crianças e adolescentes cometerem algum ato, a falta de proteção
devido às únicas circunstancias que estavam de frentes com elas.
O Estatuto serve como instrumento de proteção integral como diz o artigo 1°,
para a criança e adolescente que está vulnerabilizados devido às violações de
direitos, assumindo que os mesmos estão em situação de desenvolvimento, é
transferir algo que estava errado, colocando em seu devido lugar, pois agora são os
adultos que devem responder diante dos atos das crianças e adolescentes.
Para assim segundo o Art. 70- B tanto entidades privadas ou públicas, que
atuem na área de lazer, cultura, informação, saúde, esportes, diversão e etc.
trabalharem com profissionais capacitados a reconhecer maus tratos, violências
contra criança e adolescente, para assim denunciarem ao receptivo serviço da rede,
como o Conselho Tutelar. As entidades de atendimento as crianças e adolescentes
devem realizar orientações, apoio sócio familiar, acolhimentos e programas de
internação. Essas entidades tanto as governamentais e não governamentais, são
fiscalizadas pelo Judiciário, Ministério Público e os Conselhos Tutelares.
evitando que esses jovens sofram qualquer tipo de exclusão social ou preconceitos.
Previsto no ECA.
Durante muito tempo a criança não era vista como sujeito de direito, um ser
humano em constante construção e desenvolvimento das faculdades mentais e
físicas da vida, sendo assim, objeto dos adultos.
61
Gilberto Dimenstein foi um escritor e jornalista brasileiro, e criador da página do portal Catraca
Livre.
76
É pôr fim a criança tem a imagem e seu papel na família moderna. “A família
moderna, ao contrário, separa-se do mundo e opõe à sociedade o grupo solitário
dos pais e filhos”. “Toda a energia do grupo é consumida na promoção das crianças,
cada uma em particular, e sem nenhuma ambição coletiva: as crianças, mais do que
a família.” (ARIÈS, 1981, p.271).
62
Maria Regina Fay de Azambuja sua formação é Graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela
UNISINOS, Especialista em Violência Doméstica pela USP e Mestre em Direito pela UNISINOS e
Doutora em Serviço Social pela PUCRS.
78
Nos dias atuais mesmo com os estudos sobre abuso sexual infantil, ainda há
necessidade de mais estudos, O Disque 100, Disque Direitos Humanos demonstra o
número denúncias relativas a abusos sexuais em território nacional contra crianças e
adolescentes, mas sabe-se que nem todos os casos são denunciados e levados a
diante de um processo, a violência sexual tem que ser tratada como violação de
direito. “A escassez de trabalhos de autores brasileiros sobre o abuso infantil, no que
tange à dificuldade de caracterizar sua consumação, o acompanhamento dos casos
notificados às autoridades e a realidade das ocorrências policiais [...].” (ADED et al ,
2006, p. 206).
É necessário que haja cada vez mais serviços que prestam atendimento a
essas questões apresentadas de uma forma excelente, sendo atendimento imediato
ou não, para que as consequências desse ato no mínimo sejam amenizadas. “[...] é
fundamental que haja serviços que atendam a essa demanda de forma ágil,
acolhedora, em bom ambiente e com capacidade de atuar nas preocupações
imediatas (lesão física, DST, gravidez) e nas dificuldades psíquicas.” (FACURI;
FERNANDES; OLIVEIRA; ANDRADE & AZEVEDO, 2013, p. 890).
O abuso sexual infantil cresce cada vez mais no Brasil, e esse crescimento
tem por responsabilidade especialmente em São Paulo que em 2018 foram
denunciados 2.505, e em 2019 só no primeiro semestre do ano foram registrados
1.382 casos de denúncias no disque 100, de acordo com o Ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos, esses são os casos que são denunciados no
disque 100.
79
Lembrando que a violência sexual vem figurando 11% das denúncias, que se
relativa ao grupo específico, na qual vem corresponder a 17 mil ocorrências,
comparando ao ano de 2018. Esses crimes cometidos são classificados em abuso
ou exploração sexual, se tornando um principal fator na exploração das vítimas.
Imagina ainda a quantidade de casos de abuso sexual infantil que não são
denunciados, crianças sendo submetidas a esse abuso a anos, e sem proteção
nenhuma da parte da família, Estado e sociedade, perante essa situação é
necessário que todos contribuam para o fim do abuso sexual infantil, a quem tem
que ter nossa prioridade, assim cada vez mais precisamos de profissionais
competente para lidar com essa situação e as possíveis consequências dessa
violência.
Conforme Lamamoto & Carvalho (2014) ressalta, dentro dos profissionais que
formam uma equipe multiprofissional para atendimento as crianças vítimas de abuso
80
sexual infantil, a/o assistente social tem competência diferenciada para trabalhar
com esse tipo de violência. E também que na contemporaneidade, o Serviço Social
em variados espaços que ocupa, tem a competência de analisar as múltiplas
expressões da violência.
A/O assistente social tem que ter posicionamento enfrente essa expressão da
questão social, e quais as ações possam estar sendo criadas, a reprodução desse
processo violento que é a violência sexual infantil, pois é um profissional que
compreende e estuda o contexto social histórico do usuário, conseguindo
compreender a reprodução dos atos e quais ações estratégicas para utilizar em
cada caso. Mesmo que a violência não seja algo novo, é na contemporaneidade que
ela vem se agravando e com essa consequência, no âmbito profissional da/do
assistente social aparecendo cada vez mais.
Então a/o assistente social entende todo processo de privações dos direitos
do indivíduo, entendendo que a violência sexual é uma violação de direitos, se está
consagrado na Constituição de 1988 todos os direitos essenciais que foi conquistado
por forças sociais, o mesmo entendi que é por esse mesmo motivo e por essa força
63
Raquel Raichelis, possui graduação, mestrado e doutorado em Serviço Social pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Pós-doutorado pela Universidade Autônoma de
Barcelona. Professora assistente doutora da PUC-SP. Atual coordenadora do Programa de Estudos
Pós-Graduados em Serviço Social (2020-2021).
81
social que devesse cobrar pelos direitos, mediando estratégias para obter os
resultados.
64
Vulnerabilidade Social são indivíduos ou grupos que vivem em condição de uma fragilidade
material, devido situações que tem a ver com o contexto socioeconômico.
84
65
Medieval é a característica da Idade Média um período da história após a queda do Império
Romano do Ocidente, ou seja, daquilo que está ultrapassado ou venha está conservado.
85
As Normas Técnicas elucidam que o público alvo a ser atingido pelo SPVV
são crianças e adolescentes de 0 a 17 anos e 11 meses, vítimas de violência
doméstica, abuso e exploração sexual, suas famílias. Sendo assim um dos seus
objetivos é assegurar a promoção à defesa e garantia dos direitos dos atendidos do
serviço.
O SPVV funciona em dias úteis por um período de 8 (oito) horas diárias, mas
pode haver uma flexibilização de horário por conta da necessidade dos atendidos.
Para estabelecer o padrão técnico para execução dos serviços, existem normas que
tem consonância com a PNAS e a NOB/SUAS.
Além desses objetivos específicos citados a cima o serviço também tem como
objetivo a articulação com as demais redes de políticas públicas, para fortalecer a
prevenção da violência, propiciando atendimento psicossocial individual ou grupais,
contribuindo com o sistema de informações sobre a violação de direitos da criança e
adolescente, tendo comunicação permanente com os órgãos do Sistema de
Garantia de Direitos, garantindo a qualificação continua dos profissionais envolvidos
no atendimento destinado aos atendimentos é assim contribuindo para o
fortalecimento das ações coletivas pra o enfrentamento da violência.
66
Joana Manasses Penteado sua formação é psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo em 2007, mestre em Psicologia Social pela PUC-SP com Especializações em Psicanálise.
87
A inserção da/do psicólogo/a nas políticas públicas cresceu muito nos últimos
dez anos. Essa construção da Psicologia nas políticas é um importante
compromisso social com a participação desses profissionais de todo o país. A partir
dessa perspectiva, é valorizada a construção de práticas comprometidas com a
67
Psicoterapia é um modelo de terapia que tem por finalidade de tratar os problemas psicológicos
como a depressão, ansiedade.
88
Segundo suas atribuições dentro dessa política, a/o psicólogo/a que trabalha
neste setor tem como intenção trabalhar com as famílias previamente nas questões
psico-dinâmicas68 dos sujeitos a violências, caracterizando as necessidades
psicológicas vivenciadas pelas vítimas de violência sexual, física, doméstica e entre
outros, tendo na intervenção o acolhimento e cuidado dos sintomas de violência,
visando a autonomia do indivíduo, assim a psicologia tem também como outras
ações, os atendimentos individuais, familiares e em grupo, visitas domiciliares e
institucionais, participação em eventos e a articulação com outros órgãos do sistema
de garantia de direitos.
Quando a Psicologia vem atuar no SUAS ela deve ter clareza das diretrizes e
finalidades da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) e da Proteção Social
Básica (PSB), conforme a PNAS e a PSB vão orientar o profissional de psicologia a
68
Psico-dinẫmicas vem ser uma abordagem adotada pelos profissionais de psicologia, onde vai se
referir a teoria psicanalítica.
89
que essa criança tenha seus direitos garantidos, pois é dever do Estado, família e
sociedade manter a criança a salva de todo tipo de violência.
atendidas, nos traz para o entendimento de cuidar da violência requer não só essa
parte subjetiva da violência, mas o cuidado concreto que tem que ter com as
famílias. Ressaltam que para cuidar da violência é uma coisa ampla e não tem como
cuidar de algo interno, se está passando por escassez de algo necessário para
sobreviver. Essa forma de proteção, colocando que é tarefa do SPVV, além dessas
questões vemos a importância que a gerente tem com a equipe multiprofissional,
pois diz que a equipe é o apoio um dos outros, visto que os profissionais também
podem adoecer, então os mesmos são apoio uns dos outros, se fortalecendo juntos.
Vale ressaltar que em algumas falas vemos que não deve ser ditas, mas
acredito que a/o assistente social do espaço possa orientar sobre a quebra de falas
conservadoras construídas dentro da sociedade, vendo que em sua grade curricular
trabalha muito as desconstruções das raízes conservadoras que permeia o social,
como termo menor e a família não ter estrutura, pois menor remete a inferioridade, e
quando temos o ECA ele vem com essa alteração, para a quebra desse
conservadorismo, substituindo para criança ou adolescente, em relação das famílias,
todas tem sua estrutura de acordo com suas situações e vivencias, portanto não
existe família desestruturadas, mas sim que precisam fortalecer seus vínculos e
potencializar sua autonomia.
A política de Assistência Social deve ser vista além de uma proteção social, e
sim uma seguridade social que deve ser garantida. É fundamental que as/os
assistentes sociais, psicólogos/as e orientadores socioeducativos que trabalham no
SPVV, estejam envolvidos na implementação do Sistema Único de Assistência
97
Social (SUAS), afinal esse serviço faz parte da Assistência Social, e estando
envolvidos no SUAS, os mesmos vão ter clareza nas funções e as possibilidades
que traz as políticas sociais que faz parte da Seguridade Social, pois a Assistência
Social não é a única política que deve ser responsável a responder as demandas
das violação de direitos, violência e as desigualdades sociais. Portando essas
demandas devem ser enfrentadas também pelas políticas econômicas em assunto
de gerar emprego e renda a população que precisa, para que assim a violência que
é a expressão da questão social que o SPVV atende, seja tratada de forma
concreta.
A violência ela não tem classe social, ela não se caracteriza somente dentro
da desigualdade social, mas também nas relações de produção reprodução da
historicidade de cada sujeito, por isso a Política de Assistência Social (PNAS) é para
quem dela precisar, não tendo classificação de público para se atender, mas sim
tendo prioridades como no caso as crianças que segundo Ariès está na fase do seu
desenvolvimento físico/emocional, e quando a família se transforma profundamente
vendo o verdadeiro papel da criança, ela muda e começa a olhar essas questões
internas da criança. Uma fala de um dos sujeitos da pesquisa explana muito bem
sobre isso, que nenhuma violência acontece sozinha, e a violência acontece dentro
do social e, é dentro do social que deve ser cuidada, e o SPVV trabalha nesse
sentindo, na área social, na reparação da violência vivida pela criança e
adolescente.
Neste ano 2020 o mundo se deparou com uma pandemia causada pelo novo
Coronavírus, onde houve, ou melhor, está havendo muitos casos de contaminação e
morte no mundo, e o Brasil também adaptou ao método de quarentena, perante o
Decreto Lei 8/2020 de 17 de Março, onde só serviços essenciais poderiam estar
abertos, e os demais teriam que fechar presencialmente e manter seus
atendimentos de forma virtual e também de teletrabalho (realização de trabalho em
casa) e para serviços comerciais de alimentos poderiam atender somente de forma
de entrega, para que tivesse o isolamento social para que diminuíssem os casos de
contaminação e morte, já que também no início os profissionais da saúde não
compreendia essa doença como era sua reação e como tratava, então foi algo
assustador para uma geração que em sua maioria nunca tinha passado por uma
pandemia.
99
Os profissionais tiveram que ser ainda mais propositivos e criativos para que
conseguissem criar tantas estratégias no sentido de seus trabalhos continuassem a
seguir com competência, mostrando que dentro desse contexto atual conseguiram
implantar o projeto Contação de História, onde tem o objetivo de propiciar a família
momentos juntos para reflexão e pratica no cotidiano, com intuito de trabalhar não
só na hora do projeto, mas na direção da família continuar trabalhando com a
criança no dia-a-dia.
Os entrevistados nos traz que o SPVV atende três território, Campo Limpo,
Capão Redondo e Vila Andrade, mas que o Campo Limpo é aonde se tem mais
casos de violência sexual infantil, que apesar do Capão Redondo ser um território
maior, se tem a impressão pelos casos atendidos que pode ser uma questão de
cultura do lugar, em diversas falas vemos que tem a questão da reprodução e
muitos casos são velados, geralmente a criança que sofreu violência sexual, a sua
genitora também sofreu e seu agressor também, então nos leva a compreender que
é ciclo de violência que permeia nesse território.
Trabalhar com a violência sexual infantil tem sua amplitude, gerando muitos
obstáculos para os profissionais, pois em cada processo de acompanhamento é
encontrado uma dificuldade. Deste modo averiguamos quais as maiores dificuldades
no atendimento das crianças vítimas de violência sexual, para conhecer os desafios
e o caminho dificultoso que esses profissionais enfrentam.
A equipe multiprofissional traz que faz a articulação com qualquer rede que a
família esteja vinculada, mas que geralmente as que não pode faltar é a Unidade
Básica de Saúde (UBS), Escolas, Serviço de Assistência Social à Família (SASF) e
o Centro para Criança e Adolescente (CCA). Os sujeitos da pesquisa deixam claro
que a articulação de rede é um pressuposto básico da assistência, então é
importante e deve se trabalhar com essa articulação. Para a discussão de casos
quando é com as redes é feito geralmente no Centro de Referência Especializada de
Assistência Social (CREAS) ou na UBS, e quando é a discussão de caso da equipe
multiprofissional do SPVV e dentro do SPVV mesmo.
140, sabemos que o CREAS segura casos pra caramba mais de 200
casos. Só que temos esse acordo que eles fazem a triagem de quais
casos que a gente tem que atender que muitos dos casos podem ser
atendidos em outros serviços da rede, não necessariamente só a
gente, se não a gente estoura nossa cota de atendimentos que a
gente pode dar conta e cai à qualidade dos atendimentos uma coisa
que a gente não quer. É por exemplo um CCA, uma escola ou UBS
identificou um problema naquela criança ou adolescente ele vai
mandar um relatório pro CREAS e o lá eles vão ler o relatório e falar
se é caso para o SPVV ou não. Quando chega o relatório lido pelo
CREAS acionamos essa família entramos em contato com ela
através dos telefones que foram passados, se não for pelo telefone a
gente tenta articular com a rede, liga pra escola mais próxima, liga
pra UBS que tá referenciado naquele endereço a gente tenta achar a
família por todos os jeitos, inclusive com visitas, realizamos em todos
os casos visitas, mas, não é a primeira ação pratica a nossa visita,
pois não desejamos ser invasivos e também tem lugares que são
complicados de você chegar sem avisar. Em primeiro tentamos
contato e a sensibilização com a família, depois passamos para esse
ponto da visita, a partir do momento que a gente conseguiu o contato
com a família a gente faz a triagem, a triagem é sempre feita com
dois técnicos sendo um assistente social e um psicólogo para ter
esse olhar diferenciado do caso. Quando realizamos a conversa com
a criança junto à família depois discutimos em equipe o caso e
chegamos a uma conclusão do iremos fazer, se será encaminhado
para um atendimento em grupo ou individual, qual técnico melhor
habilitado pra acompanhar esse caso, por exemplo, tem caso de
violência sexual com meninas que elas não querem um técnico
homem temos que considerar todas essas questões. A parti disso
começamos os atendimentos com essas famílias e ai tiramos os
encaminhamentos necessários que precisam ser feitos, se a criança
fica em casa sozinha vamos inserir ela no CCA, se na família
continua acontecendo as agressões só que agora na mãe vamos
encaminhar ali para o serviço de mulheres vivas, e assim por diante.
Teve um caso a criança estava tendo dificuldade na escola
procuramos um psicopedagogo depois descobriu que ela estava com
problema de visão vamos encaminhar para UBS para ser encaminha
para o oftalmologista. A partir do momento que a gente começa os
atendimentos vamos levantando as demandas para realizar os
encaminhamentos. (sic)
O SPVV tem um limite de atendidos, mas como foi dito pela equipe
multiprofissional o serviço já atendeu 140 famílias, no entanto foi decidido um limite
para qualidade do serviço e as questões que os profissionais estavam adoecendo
muito têm aqui a exploração da mão de obra barata, onde traz esses adoecimentos.
por acreditar que essa violência não precisa ser cuidada, em razão de que o tempo
curou, mais uma deficiência no serviço da Assistência Social que é essencial, onde
está estampado que o Estado coloca toda demanda social as margens da
sociedade.
encaminhar a equipe não teria condições suficientes para dar esse suporte de
atendê-los e também não conseguiriam realizar os atendimentos com qualidade.
[...] É via CREAS e aciona toda rede e vai fazendo, não tem na
portaria um tempo mínimo, porque o tipo de violência é muito
particular de cada família, então às vezes para muitas famílias ela
fica 6 meses em atendimento e as vezes não chega e a família não
quer mais o atendimento que ela tem direito em não querer, não é
porque eu ofereço uma política pública que eles são obrigado a
aceitar ele pode dizer que não quer, a gente vai notificar as
competências e acham que a criança tem risco mais a família pode
dizer que não. (sic)
[...] não dar para simplesmente transpor toda essa parte para área da
saúde porque assim como eu acabei de pontuar no comentário
anterior qual a importância do assistente social com esse olhar, se
olhar tudo como uma questão de saúde mental a gente pode perder
coisas muito importantes que precisam ser trabalhas com essa
família que estão muito além das questões da saúde mental. Tem
uma frase que eu gosto de usar que é assim "Pra quem é martelo
todo parafuso é prego", então se você passa esse serviço para área
da saúde eles só vão olhar como saúde não vão tá olhando como
uma questão de vida olhando para outros pontos dá situação, por
exemplo, bem xucro de coisas que eu já vi, tal pessoa tem uma
questão por conta da violência por ser muito grave acabou indo para
o psiquiatra e o psiquiatra passa a medicação, isso ali na saúde
mental acabou o psiquiatra passou a medicação acabou, mas
quando a gente acompanha o caso por outro olhar ver que por
exemplo aquela mãe não é instruída o suficiente para passar a
medicação ao adolescente ela não sabe ler, como irá saber qual
medicamento estar dando, são situações assim que a área da saúde
não seria capaz de abranger. Acredito que é importante que acabe
ficando mesmo assim um pouco fora dela para que não se torne só
uma questão de saúde mental que possa ser olhado por todos os
ângulos, por isso que a gente sempre fala que o psicossocial, é claro
que muitos casos a gente gostaria de dar uma aprofundada mais
terapêutico, mas é algo que foge um pouco do nosso escopo, então
encaminhamos os casos que precisem desse acompanhamento
terapêutico realizamos a ponte com o CAPS de quem precisa ser
atendido pela saúde mental ou para algum lugar que possa fazer
esse manejo com eles. (sic)
infelizmente é essa a intenção da atual gestão política do país, que é eliminar todas
as conquistas da nossa constituição 1988. Nas falas das/dos entrevistados ficou
nítido que a equipe realiza o atendimento social e psicossocial com as vítimas e
famílias, fazendo a reparação da violência vivida prevenindo ou até interrupção do
ciclo da violência.
Martinelli (2006), afirma no terceiro capítulo que a/o assistente social são um
dos poucos profissionais que chegam em um limite tão perto da vida cotidiana dos
usuários, portanto isso dar uma extensão da realidade social e possibilita um leque
de opções de se reconstruir e construir identidades tanto pessoal quanto do Serviço
Social. Conforme discorremos no terceiro capítulo que a/o assistente social atuando
na política de assistência deve tem uma visão ampla e não ficar alienada as
subordinações como um ser assalariado, pois segundo seu código de ética, é sua
obrigação e dever garantir direitos sociais. Para atuar na proteção especial é de
extrema importância seguir a obrigação que o CFESS (2007) ressalta de que
enquanto profissional precisa orientar a população informando suas atribuições e
competências, e os direitos dos atendidos em relação ao Serviço Social.
Dentro deste contexto podemos citar que a/o assistente social tem o papel de
acolher, articular com a rede, fazer os devidos encaminhamentos para a proteção
social as crianças vítimas de violência sexual infantil, fazer análise socioeconômica e
potencializar a vinculação do grupo familiar. Conforme discorremos sobre isso no
trabalho e já está claro, é válido ressaltar que esse processo é realizado por todos
da equipe, mas é uma das habilidades da/do assistente social desenvolver essas
ações, então a equipe apresenta que fica claro que as/os assistentes sociais dentro
do SPVV têm essa agilidade e aptidão para exercer essas funções.
Infelizmente esse período ainda não foi superado por toda sociedade, pois
mesmo com tantos avanços ainda tem profissionais que se submetem a alienação
imposta para cobrir as expressões da questão social, mesmo passando por todo
processo de graduação que está pautado no Currículo Mínimo do Serviço Social,
não adquirindo e se distanciando da direção e dos valores do Projeto Ético-Político
Profissional, continuam com práticas ideológicas e mecanicistas, atendendo os
interesses de um sistema que para gerar riqueza, tem que gerar pobreza, sendo
assim não desconstruindo seus preconceitos com os indivíduos, por isso há uma
necessidade de ficar atento o que Karl Marx nos diz, que o sujeito faz sua história
sim, mas de acordo com as circunstâncias que é posta para eles.
A criança deve desde o seu nascimento ser tratado com muito carinho,
cuidado, uma educação infantil que preserve sua infância e atribuir sempre em seu
cotidiano as brincadeiras sendo sozinho e com outras crianças, por isso quando
esse processo é afetado, pode estar contribuindo para um futuro duro e cruel, não
somente para a criança e sim para a sociedade.
Grande parte das crianças que cometem atos infracionais e adultos que
cometem crimes teve seu processo de desenvolvimento afetado quando criança e
não foram tratados, desde modo a criança quando sofre violência deve passar por
um constante tratamento psicossocial.
não ter reversão. Lidar com Serviço social é muita responsabilidade, por esse motivo
se faz necessário a abominação do trabalho mecanizado, pois te leva a não ter e
não fazer uma escuta sensível para uma análise, para desenvolver um bom
trabalho.
O Serviço Social hoje consegue trabalhar nesse contexto por conta da sua
trajetória sócio histórica, por motivos que a/o assistente social consegue com suas
competências e atribuições adquiridas, de um patrimônio político que tem lutas e
resistências na contemporaneidade, diante claro da herança do processo de ruptura
do Serviço Social, com o resultado do magnifico Projeto Ético Político, que permiti o
acesso nas lutas profissionais junto com suas entidades representativas.
que podem afetar de forma positiva para o comportamento dessa criança ter um
bom resultado na superação do trauma não só da criança, mas seu ambiente
familiar e comunitário. É um trabalho em conjunto, os Psicólogos precisam dos
Assistentes Sociais e os Assistentes Sociais precisam das/dos Psicólogos/as, pois
juntos desenvolvem o trabalho necessário que pode alcançar a prevenção e
reparação dos danos da violência sexual.
A/O assistente social quando não reconhece seus direitos e deveres contribui
sim para desvalorização da profissão, pois não tem competência para executar seu
trabalho com eficiente, e não tem capacidade de passar isso para a equipe e os
atendidos, levando a um retrocesso na cabeça de quem já vem com uma visão
conservadora da profissão. Mas não é o caso da assistente social que trabalha no
SPVV do Capão Redondo, que sabe muito bem seu papel, seguindo o Projeto Ético
Político da profissional, mostrando que um profissional de Serviço Social contribui
com seu trabalho na reparação da violência vivida.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com isso concluímos que o atendimento da/do assistente social é necessário com
as vítimas de violência sexual infantil, porque dentro do SPVV é um trabalho
psicossocial, e o Serviço Social é da área social, sendo que a/o assistente social tem
atribuições privativas dentro desse âmbito, e que a equipe multiprofissional
reconhece que esse atendimento contribuiu para reparação da violência vivida.
Como Martinelli (2006) diz que a/o assistente social consegue chegar ao
limite com os usuários que poucas profissões conseguem, então essa profissão
merece ser valorizada, para que a visão de toda equipe multiprofissional e de todos
os serviços sejam desconstruídas da visão conservadora que a gênese do Serviço
Social tem, precisa que a/o assistente social que trabalha dentro de qualquer área
se posicionar, ter clareza dentro do seu Código de Ética. Ressaltamos o quanto são
necessários os gerentes dos serviços socioassistenciais ser assistentes sociais,
visto que vão olhar para situações sociais, pois talvez outra formação não venha ter
essa visão, devido que a/o assistente social consegue aplicar a dialética dentro da
equipe multiprofissional.
REFERÊNCIAS
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Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes. Porto Alegre: Artmed, 2011.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª Ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
Costa, L. F., & Penso, M. A. (2010). A dimensão clínica das intervenções com
adolescentes e famílias. In M. M. Marra, & L. F. Costa. (Eds.). Temas da clínica
do adolescente e da família (pp. 87-104). São Paulo: Ágora.
Instituição Herdeiros do Futuro. Quem Somos – São Paulo: 2016 Disponível em:
<http://www.herdeirosdofuturo.org.br/quem-somos.html>. Acesso em: 25 de Julho de
2020.
MARX, Karl. Miséria da filosofia. Trad. J. Silva Dias e Maria Carvalho Torres.
Porto, Publicações Escorpião, 1976.
128
NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social. 17. ed. - São Paulo: Cortez, 2015.
PLATT, Vanessa Borges et el. Violência sexual contra crianças: autores, vítimas
e consequências. Ciência & Saúde Coletiva, 23(4):1019-1031, 2018.
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/assistencia_social/arquivo
s/portarias/portaria_46-2010.pdf . Acesso em: 01 de Maio 2020.
ANEXOS
ROTEIRO SEMIESTRUTURADO
3. Por que você acha que o serviço de proteção à violência está inserido na Política
de Assistência Social?
10. Para você qual o papel da/do assistente social no atendimento da violência
sexual infantil? Para você qual o papel da/do psicólogo/a no atendimento da
violência sexual infantil? Para você qual o papel da/do orientador
socioeducativo no atendimento da violência sexual infantil?
11. Observamos que o SPVV, enquanto serviço tipificado pela Política de Assistência
Social é relativamente novo, na cidade de São Paulo. Há uma discussão quanto
ao caráter psicologizante/terapia do serviço versus a necessidade de atender de
se atender de acordo com as orientações da Política de Assistência Social. O
que você pensa sobre isso?
132
12. Você acha que estão claras as funções do assistente social e do psicólogo no
SPVV? As atribuições se confundem? Vocês fazem a mesma coisa, como é isto?
Estes esclarecimentos estão sendo apresentados para solicitar sua participação livre
e voluntária, no projeto “A VISÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM
RELAÇÃO AO TRABALHO DA/DO ASSISTENTE SOCIAL NO SPVV CAPÃO
REDONDO“, do Curso de Serviço Social da Universidade Santo Amaro - UNISA,
que será realizado pelo pesquisador Vanessa Lopes de Almeida, e pelos
graduandos Alex Junior dos Santos Nery, Crislaine da Costa Conceição e Rafaela
Cristina Santana da Silva do Curso de Serviço Social, como Trabalho de Conclusão
de Curso.
A justificativa dessa pesquisa partiu do trabalho da/do assistente social que vai além
de cumprir uma rotina e as condições que está sendo submetido como trabalhador
assalariado, pois no mercado de trabalho requer um assistente social propositivo,
que não seja neutro, com conhecimento da realidade para assim construir
estratégias dentro das demandas expostas. Portanto, junto com teorias sabe-se na
necessidade da continuação de estudos da prática da/do assistente social na
realização das competências e suas atribuições.
Diante dessa profissão que consegue ter um acesso profundo na vida cotidiana das
pessoas, dando oportunidade de conhecimento dessa dimensão da realidade e ter
habilidade de construir e reconstruir a identidade dessa profissão e também nós
como cidadão, revelando um processo de trabalho que na influência identificar as
suas intervenções junto com toda a equipe multiprofissional. Assim acreditamos que
esta futura pesquisa é de extrema importância, pois além de conhecer a visão da
137
A pesquisa não proporcionará nenhum benefício para o participante, por isso sua
participação é voluntária. Porém, sua participação terá suma importância para
entendimento do assunto abordado e consequentemente essa pesquisa terá
contribuições para a sociedade, visto que o objetivo também é de colaborar em
conhecimento sobre a Compreender a visão da equipe multiprofissional sobre o
atendimento da/do assistente social nos casos de violência sexual infantil no SPVV
do Capão Redondo, junto da academia e para sociedade em geral.
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...ou…
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