Relatório Pedagogia

Escola Superior de Educação
Pedagogia do Desporto
Docente: Fernando Santos

Discente: Beatriz Gomes nº 3200539
Eduardo Santos nº 3200462
Ester Filipe nº 3200243
Joaquim Fernandes nº 3200505
José Pereira nº 3200226
2º Ano Licenciatura de Desporto

Porto, 21 de abril de 2022
Pedagogia do Desporto
Escola Superior de Educação
2º Ano Licenciatura de Desporto
|Unidade Curricular de Pedagogia do Desporto|
Docente: Fernando Santos

Discente: Beatriz Gomes nº 3200539
Eduardo Santos nº 3200462
Ester Filipe nº 3200243
Joaquim Fernandes nº 3200505
José Pereira nº 3200226
Porto, 21 de abril de 2022

Unidade Curricular de Pedagogia do Desporto
Índice
ÍNDICE................................................................................................................................................. I
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 1
CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO........................................................................................................ 2
OBJETIVOS GERAIS.........................................................................................................................................2
RECURSOS HUMANOS..................................................................................................................................3
RECURSOS ESPACIAIS....................................................................................................................................3
RECURSOS TEMPORAIS.................................................................................................................................3
CARACTERIZAÇÃO DA MODALIDADE................................................................................................... 3
HABILIDADES TÉCNICAS E TÁTICAS...................................................................................................... 3
CONDIÇÃO FÍSICA................................................................................................................................ 3
PRINCIPAIS CAPACIDADES MOTORAS................................................................................................................3
CAPACIDADES MOTORAS...............................................................................................................................4
Marcha/ Andar.....................................................................................................................................4
Corrida................................................................................................................................................4
A Corrida No Estádio Elementar:..........................................................................................................4
A Corrida No Estádio Maduro:..............................................................................................................5
SALTAR......................................................................................................................................................5
SALTO HORIZONTAL (EM COMPRIMENTO):........................................................................................................5
O salto Horizontal no Estádio Elementar..............................................................................................5
O salto Horizontal no Estádio Maduro:................................................................................................6
Erros mais comuns:...............................................................................................................................6
SALTO VERTICAL (EM ALTURA):......................................................................................................................6
Estádio Elementar:................................................................................................................................7
Estádio Maduro:...................................................................................................................................7
SALTO DE CIMA PARA BAIXO:.........................................................................................................................7
Estádio Maduro:...................................................................................................................................8
LANÇAR:....................................................................................................................................................8
ESTÁDIO MADURO:.....................................................................................................................................9
APANHAR:.................................................................................................................................................9
Estádio Maduro:.................................................................................................................................10
Erros mais comuns..............................................................................................................................10
PONTAPEAR (CHUTAR):...............................................................................................................................10
Estádio Elementar:..............................................................................................................................11
Estádio Maduro:.................................................................................................................................11
Erros mais comuns:.............................................................................................................................11
MOVIMENTOS AXIAIS:................................................................................................................................11
Estágio Inicial:.....................................................................................................................................12
Estágio Elementar:..............................................................................................................................12
Estágio Maduro:.................................................................................................................................12
DESVIO:...................................................................................................................................................12
I
Estágio Inicial:.....................................................................................................................................13
Estágio Elementar:..............................................................................................................................13
Estágio Maduro:.................................................................................................................................13
RECEÇÃO:................................................................................................................................................13
Estágio Inicial:.....................................................................................................................................14
Estádio Elementar:..............................................................................................................................14
Estádio Maduro:.................................................................................................................................14
PLANIFICAÇÃO.................................................................................................................................. 16
PRIMEIRO PLANO DE AULA..........................................................................................................................16
SEGUNDO PLANO DE AULA..........................................................................................................................18
TERCEIRO PLANO DE AULA...........................................................................................................................19
QUARTO PLANO DE AULA............................................................................................................................19
FUNDAMENTAÇÃO UNIDADE DIDÁTICA:........................................................................................... 20
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA................................................................................................................ 21
REFLEXÕES........................................................................................................................................ 24
Reflexão do Joaquim Fernandes.........................................................................................................24
Reflexão da Ester Filipe.......................................................................................................................25
Reflexão Eduardo………………………………………………………………………………………………………………………….27
Reflexão José Pedro……………….……………………………………………………………………………………………………..28
Reflexão Beatriz Gomes…………………………………………………………………………………………………………………

29
II
III
Introdução
Para a realização deste relatório, foi-nos proposto pelo professor da unidade

curricular de pedagogia do desporto, que escolhêssemos uma modalidade desportiva
ou de recreação para fazermos um conjunto de planos de aulas e logo depois
pudéssemos aplicá-las na prática com os nossos colegas de turma. O grupo decidiu
escolher as atividades extracurriculares de educação física do ensino primário, e a
faixa etária escolhida foi dois seis aos oito anos.
Na primeira parte do relatório, o grupo caracterizou o contexto, ou seja,

explicou onde se enquadrava o contexto, os seus objetivos gerais, os recursos
humanos, materiais e temporais. De seguida, o grupo aborda as principais condições
físicas que as crianças devem adquirir durante o seu desenvolvimento motor e que ao
longo do tempo vão consolidando, por fim, descrevemos também, o que é esperado
que cada criança consiga fazer nos estados de desenvolvimento assim como os erros
mais comuns.
Na segunda parte do relatório, vão ser apresentadas quatro planificações das

unidades didáticas, a respetiva explicação da lógica dos exercícios apresentados nas
unidades didáticas, os dados avaliação inicial e por fim, a explicação do
funcionamento cada um deles.
A segunda parte do relatório, apresenta as ocorrências absolutas e relativas

associadas às duas observações realizadas com apoio aos sistemas de observação
abordados nas aulas bem como duas reflecções escritas sobre os dados obtidos.
Escola Superior de Educação| 1

Caracterização do Contexto
A essência do contexto é de recreação e enquadra-se nas aulas de atividades

extracurriculares de educação física do ensino primário. As oito aulas de educação
física vão ser realizadas numa escola primária, na turma do segundo ano de
escolaridade. As idades dos alunos são compreendidas entre os seis e os oito anos de
idade. Os exercícios das aulas vão ser baseados nos conteúdos programáticos de
educação física.
O programa de educação física, do primeiro ao quarto ano do ensino básico,

aborda oito blocos, cada bloco visa a melhora não só o desenvolvimento físico, social
e cognitivo, sendo eles perícia e manipulação, deslocamento e equilíbrios, ginástica,
jogos, patinagem, atividades rítmicas expressivas, percursos da natureza e natação.
O bloco escolhido para apresentar nas oito aulas, é o bloco dos jogos. Com
este bloco, conseguimos que as crianças participem nas atividades por iniciativa
própria e ajustando as suas qualidades motoras na sua prestação, devido às
possibilidades oferecidas pelas situações de jogo e ao objetivo. É esperado que ao
longo das atividades os alunos vão realizando habilidades básicas e ações técnico-
táticas fundamentais, havendo oportunidade para correção de movimentos.
Objetivos Gerais
Os objetivos gerais da nossa intervenção no domínio motor cognitivo e afetivo são:
1. Elevar o nível funcional das capacidades coordenativas e condicionais;

2. Cooperação com os colegas durante a realização dos jogos e exercícios,
compreendendo e aplicando as regras combinadas no início da aula;
3. Participar com empenho na atividade aperfeiçoando a sua habilidade nos
diferentes tipos de atividade e procurando corrigir ações menos «perfeitas»;
4. Participar, ativamente nos jogos propostos, ajustando autonomamente a sua
atitude conforme o aparecimento da oportunidade que aparecem ao longo do
jogo proposto em aula, realizando habilidades básicas e ações técnico-teóricas
fundamentais.

Recursos Humanos
A turma que irá frequentar as aulas é constituída por vinte e cinco alunos sendo
que cinco deles estarão a implementar a atividade aos restantes elementos da turma.
É de salientar que nos dias de implementação poderão não estar o número de alunos
previstos
Recursos Espaciais
Para a realização das aulas o espaço que será utilizado é o espaço exterior e
os cortes de ténis do pavilhão desportivo de Instituto Politécnico do Porto
Recursos Temporais
O tempo estimado é de quarenta e cinco a sessenta minutos para cada aula.
Caracterização da Modalidade
Habilidades Técnicas e Táticas

Devem descrever todas as habilidades técnicas e táticas e respetivos critérios de
êxito/erros mais comuns
Condição Física
Principais capacidades motoras
Durante o seu desenvolvimento motor, as crianças, vão desenvolvendo e

consolidando habilidades motoras fundamentais como andar, correr, saltar, lançar,
pontapear. Durante a aprendizagem destas habilidades motoras, as crianças não vão
estar sempre no mesmo nível de desenvolvimento, ou pelo menos, não é suposto,
pois ao longo do tempo devem aprimorar a habilidade motora aumentando o nível de
eficiência e coordenação na execução da habilidade. Existem estádios de
desenvolvimento o nível inicial, o nível elementar e o nível maduro.
O estádio inicial, é caracterizado pelas primeiras tentativas e movimentos

rudimentares de uma criança num padrão de movimento, como por exemplo correr.
O estádio elementar, é o estádio de transição no desenvolvimento motor da

criança que visa a melhorar a coordenação, execução e controle dos movimentos
reproduzidos por esta. No estádio elementar os movimentos introduzidos são mais

complexos e do estádio mais maduro, porém são executados de forma incorreta. Por
fim, o estádio maduro incorpora a coordenação, a execução e controle de movimentos
de forma correta conseguindo dizer que os movimentos se assemelham ao padrão
motor de um adulto eficiente.
Capacidades motoras
Marcha/ Andar
A marcha, envolve a colocação de um pé à frente do outro sem perder o contacto com

a superfície de apoio. É esperado que esta habilidade motora se encontre no estado
maduro por volta dos dois anos de idade, ou seja, a habilidade motora, deve estar
totalmente consolidada até aos seis anos de idade.
Podemos dizer que a criança se encontra no estádio de desenvolvimento maduro,

quando consegue fazer o balanço reflexo do braço, que a sua base de apoio é
reduzida, que o passo deve estar descontraído e alongado, haver uma elevação
vertical mínima e por fim, o calcanhar- dedos dos pés bem definitivos.
Os erros mais comuns durante a aprendizagem desta habilidade são: o balanço

exagerado e / ou o braço isento de balanço; a ultrapassagem dos braços da linha
média do corpo; o mau posicionamento dos pés, a inclinação exagerada do tronco
para a frente, braços esticados, tronco torcido, ausência de ritmo, pé todo colocado no
chão
Corrida
Para correr é necessário saber em primeiro lugar andar. Para a corrida tem de
haver um pequeno período onde não há contacto com a superfície de apoio. Esta
habilidade, durante os quatro cinco anos de idade, já deve apresentar um nível
considerável de eficiência e que os alunos já o devam conseguir executar com pouca
dificuldade e com alguma velocidade na sua execução. É esperado que a criança nos
seis sete anos deva pelo menos encontrar-se nível elementar e podendo haver alguns
alunos que estejam já no estádio maduro.

A Corrida No Estádio Elementar:
No estádio elementar espera-se que a criança seja capaz de:
 Aumentar a extensão da passada, do balanço do braço e da velocidade;

 Fase aérea limitada, mas observável;
 Extensão mais completa da perna de apoio no impulso;
 Aumento da oscilação do braço;
 Balanço horizontal do braço reduzido no movimento para trás;
 Pé de trás cruza linha mediana da altura.

A Corrida No Estádio Maduro:
No estádio maduro espera-se que a criança seja capaz de:
 Executar o máximo da extensão da passada e da sua velocidade;

 Fase aérea definida;
 Extensão completa da perna de apoio;
 Coxa de trás paralela ao solo;
 Oscilação vertical dos braços em oposição às pernas;
 Braços dobrados em ângulos aproximadamente retos;
 Mínima ação de rotação do pé e da perna de trás.
Saltar
Saltar envolve uma elevação com um ou os dois pés com receção sobre os dois pés e
assume três formas, a primeira saltar em comprimento, segunda salto em altura e, por
fim, saltar para baixo. Saltar envolve uma elevação com um ou os dois pés com
receção sobre os dois pés.
Aos dois anos, a criança deve ser capaz de saltar objetos com um pé para a frente.
Aos vinte e oito meses deve de ser capaz de saltar no ar com os dois pés. Aos 5 anos
deve de ser capaz de saltar em comprimento (cerca de 90 cm) bem como saltar em
altura (cerca de 30 cm). Aos 6 anos tem o potencial de apresentar um padrão
amadurecido de salto.
Salto horizontal (em comprimento):
O salto Horizontal no Estádio Elementar

No estádio elementar espera-se que a criança seja capaz de:
 Iniciar o salto, em primeiro lugar com os braços;

 Colocar aos braços à frente do corpo durante o agachamento preparatório;
 Mover os braços para fora e para o lado para manter o equilíbrio durante o voo;
 Executar agachamento preparatório mais profundo e consistente;
 Estender o joelho e a anca mais completa no arranque;
 Fletir as ancas durante o voo, coxas mantidas em posição fletida.
O salto Horizontal no Estádio Maduro:
No estádio maduro espera-se que a criança seja capaz de:
 Os braços movem-se para o alto e para trás durante o agachamento

preparatório;
 Durante o arranque os braços balançam para a frente com força e sobem alto;
 Os braços são mantidos ao alto durante a ação de saltar;
 O tronco é propulsionado num ângulo de aproximadamente 45 graus;
 Toda a ênfase é posta na distância horizontal;
 Agachamento preparatório profundo e consistente;
 Extensão completa dos tornozelos, joelhos e ancas no arranque;
 As coxas são mantidas paralelas ao solo durante o voo, a parte de baixo da
perna fica pendente na vertical;
 O peso do corpo vem para a frente na receção.
Erros mais comuns:
 Uso impróprio dos braços;

 Torção ou arremesso do corpo;
 Incapacidade para executar um arranque quer com um pé quer com os dois
pés;
 Agachamento preliminar deficiente;
 Movimentos restritos dos braços ou das pernas;
 Mau ângulo de partida
 Inexistência de extensão completa no arranque;
 Inexistência de extensão das pernas na receção;
 Cair para trás na receção.
Salto Vertical (em altura):

Estádio Elementar:
 Flexão dos joelhos excede os ângulos de 90 graus no agachamento

preparatório;
 Inclinação para a frente exagerada durante o agachamento;
 Impulso com os dois pés;
 Corpo não se estende totalmente durante a fase aérea;
 Braços tentam auxiliar voo e equilíbrio, mas em geral, não igualmente;
 Deslocamento horizontal notável no pouso.
Estádio Maduro:
 Agachamento preparatório com flexão entre 60 a 90 graus;

 Extensão firme dos quadris, joelhos e tornozelos;
 Elevação dos braços coordenada e simultânea;
 Inclinação da cabeça para cima com olhos focalizados no alvo;
 Extensão total do corpo;
 Elevação dos braço de alcance com inclinação do ombro combinada com
abaixamento do outro braço no auge do voo;
 Pouso controlado bastante próximo ao ponto de partida.
Erros mais comuns:
 Falha em permanecer sem contato com o solo;

 Falha em impulsionar com ambos os pés ao mesmo tempo;
 Falha em agachar com ângulo aproximado de 90 graus;
 Falha em estender corpo, pernas e braços com firmeza;
 Coordenação pobre das ações de pernas e braços;
 Inclinação de braços para trás ou para as laterais para se equilibrar;
 Falha em guiar com os olhos e a cabeça;
 Pouso em um só pé;
 Flexão de quadris e joelhos inibida ou exagerada ao pousar;
 Deslocamento horizontal marcante ao pousar.

Salto de cima para baixo:
Estádio Elementar:
 Arranque com os dois pés com um pé à frente;

 Fase de voo, mas sem controlo;
 Uso ineficaz dos braços para manter o equilíbrio;

 Receção com um pé seguida imediatamente do pé que vem atrás;
 Flexão inibida ou exagerada dos joelhos e ancas na receção.
Estádio Maduro:
 Arranque com os dois pés;

 Fase de voo, controlada;
 Uso ineficaz de ambos os braços, estendendo-os para e para os lados para
controlar o equilíbrio conforme as necessidades;
 Os pés entram simultaneamente em contato com a superfície inferior com os
dedos dos pés em primeiro lugar;
 Os pés aterram afastados à largura dos ombros;
 Flexão dos joelhos e ancas congruentes com a altura do salto.
Erros mais comuns:
 Não iniciar o salto com os dois pés;

 Torcer o corpo para um dos lados no arranque;
 Inclinação inibida ou exagerada do corpo;
 Não coordenar o uso dos dois braços no ar;
 Ficar com um braço colado ao corpo enquanto usa o outro;
 Não aterrar simultaneamente nos dois pés;
 Receção com todo o pé;
 Não fletir os joelhos o suficiente para absorver o impacto na receção;
 Receção descontrolada.
Lançar: envolve imprimir força ao objeto na direção desejada. A partir dos 6 anos as
crianças já têm o potencial para estar no estádio maduro, assim sendo apenas vou
mencionar as características desta habilidade motora para o estádio elementar (pois
pode haver sempre crianças que não consolidaram tão rapidamente a habilidade) e
para o estádio maduro.
Estádio Elementar:
 Na preparação o braço é balanceado para cima, para o lado e para trás para
uma posição de flexão do cotovelo;
 A bola é mantida atrás da cabeça;
 O braço é balançado para a frente, por alto e por cima do ombro;
 O tronco roda para o lado que lança durante a ação preparatória;

 Os ombros rodam para o lado que lança;

 O tronco flete para a frente com movimento do braço para a frente;
 Transferência do peso do corpo para a frente bem definida;
 Passos em frente com a perna do lado do braço que lança.
Estádio Maduro:
 O braço é balançado para trás na preparação;

 O cotovelo oposto é levantado para manter o equilíbrio como ação preparatória
no braço que lança;
 O cotovelo que lança move-se para a frente horizontalmente ao mesmo tempo
que se estende;
 O antebraço roda e o polegar aponta para fora;
 O tronco roda visivelmente para o lado que lança durante a ação preparatória;
 O ombro que lança baixa ligeiramente;
 Rotação bem definida das ancas, pernas, coluna e ombros durante o
lançamento;
 O peso está no lado de trás durante a ação preparatória;
 Quando o peso é transferido, é dado um passo em frente com o pé oposto.
Erros mais comuns:
 Movimento para a frente do pé do mesmo lado do braço que lança;

 Balanço para trás inibido;
 Não rodar as ancas quando o braço que lança é trazido para a frente;
 Não se apoiar na perna oposta ao braço que lança;
 Má coordenação rítmica do movimento do braço com o movimento do corpo;
 Incapacidade para largar a bola na trajetória desejada;
 Perda do equilíbrio durante o lançamento;
 Rotação do braço para cima.
Apanhar: Envolve receber o impacto de um objeto com as mãos, progredindo das

bolas grandes para as pequenas. É uma habilidade motora que se começa a
desenvolver por volta dos 2 anos e aos 6 anos as crianças já têm potencial para se
encontrar no estádio maduro. Sendo assim apenas apresentarei a sequência de
desenvolvimento desta habilidade motora no estádio elementar e maduro.

Estádio Elementar:
 A reação de fuga resume-se ao fechar dos olhos no momento do contacto com

a bola;
 Os cotovelos são mantidos junto ao lado dobrados a cerca de 90 graus;
 Uma vez que a primeira tentativa de contacto com as mãos da criança é muitas
vezes malsucedida, os braços prendem a bola;
 As mãos são mantidas em oposição uma à outra; os polegares são mantidos
para cima;
 Ao contacto, as mãos tentam apertar a bola num movimento desatem pado e
irregular.
Estádio Maduro:
 Não há reação de fuga;

 Os olhos acompanham a bola até às mãos;
 Os braços são mantidos relaxados aos lados e os antebraços são mantidos em
frente do corpo;
 Os braços cedem no momento do contacto para absorverem o impacto da
bola;
 Os braços ajustam-se à trajetória da bola;
 Os polegares são mantidos em oposição um ao outro;
 As mãos agarram a bola num movimento atempado e simultâneo;
 Os dedos agarram com mais eficiência.
Erros mais comuns:
 Não manter o controlo do objeto;

 Não ceder ao contacto com a bola;
 Manter os dedos rígidos e esticados na direção do objeto;
 Não ajustar a posição da mão à altura e trajetória do objeto;
 Incapacidade para variar o padrão do movimento para objetos com pesos e
forças diferentes;
 Desviar os olhos do objeto;
 Fechar os olhos;
 Incapacidade para focar ou seguir a bola;
 Postura incorreta, provocando perda do equilíbrio quando o objeto se move a
grande velocidade;
 Fechar as mãos demasiado cedo ou demasiado tarde;

 Não manter o corpo em linha com a bola.
Pontapear (chutar): Envolve imprimir força ao objeto com o pé. Esta habilidade
motora começa a ser desenvolvida por volta dos 18 meses onde aí nem é pontapear
mas sim empurrar a bola e por volta dos 5-6 a criança já tem potencial para se
apresentar um padrão amadurecido. Por isso apenas apresentarei a sequência de
desenvolvimento nos estádios elementar e maduro.
Estádio Elementar:
 O balanço para trás preparatório está centrado no joelho;

 A perna que pontapeia tende a manter-se dobrada durante o pontapé;
 O impulso é limitado ao movimento do joelho para a frente;
 São dados um ou maias passos deliberados em direção à bola.
Estádio Maduro:
 Os braços balançam em oposição um ao outro durante a ação de pontapear;

 O tronco dobra pela cintura durante o impulso;
 O movimento da perna que pontapeia é iniciado na anca;
 A perna de apoio dobra-se ligeiramente no momento do contacto;
 A amplitude do balanço da perna aumenta;
 O impulso é alto; o pé de apoio eleva-se na ponta dos dedos ou perde
inteiramente contacto com a superfície;
 A aproximação da bola é feita em corrida ou com um salto.
Erros mais comuns:
 Balanço para trás restrito ou inexistente;

 Não dar um passo em frente com o pé que não pontapeia;
 Tendência para perder o equilíbrio;
 Incapacidade para pontapear com qualquer um dos pés;
 Incapacidade para alterar a velocidade da bola pontapeada;
 Bater na bola sem impulso;
 Oposição deficiente dos braços e das pernas;
 Não congregar um conjunto de forças para contribuir para a força do pontapé;
 Não atingir a bola em cheio ou falhar a bola;
 Não tomar a distância necessária.
Movimentos Axiais: São posturas que envolvem dobrar, esticar, virar e outros
padrões de movimento enquanto os troncos mantêm-se estacionário. As capacidades
motoras axiais começam muito cedo a desenvolver-se e vão sendo aperfeiçoadas até
serem incluídas nos padrões manipulatórios emergentes de lançar, pontapear, bater,
prender, entre outros (2 meses até 6 anos).
Estágio Inicial:
 Base de apoio exagerada;

 Momentânea perda de equilíbrio;
 Acompanhamento visual do corpo e de um modelo quando possível;
 Movimentos combinados parecem desajeitados e segmentados;
 Ausência de transição fluente de um nível ou plano para outro;
 Apenas de uma a duas ações possíveis de cada vez.
Estágio Elementar:
 Equilíbrio bom;
 Base de apoio apropriada;
 Requer modelo visual;
 Não precisa vigiar o próprio corpo;
 Boa coordenação de movimentos similares;
 Transição pobre em movimentos diferentes;
 Pode combinar duas a três ações em um movimento fluente.
Estágio Maduro:
 Fluência rítmica e suave;

 Faz sequência de vários movimentos com facilidade;
 Visão não é importante;
 Parece totalmente sob controle;
 Pode combinar quatro ou mais movimentos em um movimento fluente.
Erros mais comuns:
 Acompanhamento visual do corpo;

 Imitação visual de um modelo;
 Coordenação rítmica insuficiente;
 Combinação de movimentos segmentada;
 Perda de equilíbrio;
 Falta de transição suave em fluência de movimentos
 Inabilidade para executar em vários ritmos;
 Inabilidade para executar em diferentes níveis.
Desvio: É um padrão de movimento estabilizador fundamental que combina os

movimentos locomotores de deslizar com rápidas alterações na direção.
Estágio Inicial:
 Movimentos segmentados;
 Corpo parece rígido;
 Flexão mínima do joelho;
 Peso está sobre um pé;
 Pés geralmente se cruzam;
 Nenhuma finta.
Estágio Elementar:
 Movimentos coordenados, mas com pouca finta;

 Executa melhor para um lado do que para o outro;
 Excessiva elevação vertical;
 Pés ocasionalmente se cruzam;
 Pequeno jogo de corpo no movimento;
 Às vezes dribla a si mesmo e fica confuso.

Estágio Maduro:
 Joelhos em flexão, tronco levemente inclinado à frente;

 Mudanças direcionais fluentes;
 Executa igualmente bem em todas as direções;
 Falseamento de cabeça e ombro;
 Bom movimento lateral.
Erros mais comuns:
 Inabilidade de contrapor o peso de maneira fluente em direção ao desvio;

 Mudança de direção lenta;
 Pés cruzados;
 Hesitação;
 Excessiva elevação vertical;
 Condução total do corpo;
 Inabilidade de executar várias ações de desvio em sucessão rápida;
 Acompanhamento visual do corpo;
 Postura rígida.
Receção: O padrão de movimento fundamental do ato de receber envolve o uso das

mãos a fim de para objetos arremessados.
Estágio Inicial:
 Frequentemente, há uma reação de desvio, virando ou protegendo o rosto com

as mãos;
 Braços estendem-se e mantêm-se à frente do corpo;
 Movimento do corpo é limitado até ao contacto;
 Uso do corpo para segurar a bola;
 Palmas são mantidas para cima;
 Dedos são estendidos e mantidos tensos;
 Mãos não são usadas na ação de receção.
Estádio Elementar:
 Reação de desvio é limitada ao fechamento dos olhos no contato com a bola;

 Cotovelos são mantidos nas laterais com inclinação aproximada de 90 graus;
 Tentativa inicial de tocar na bola com as mãos é geralmente malsucedida, pois
os braços batem na bola;
 Mãos são mantidas em oposição uma à outra; polegares mantêm-se para
cima;
 Ao contato, mãos tentam apertar a bola com movimento irregular e
insuficientemente rápido.
Estádio Maduro:
 Não há reação de desvio;

 Olhos seguem bola até às mãos;
 Braços mantêm-se relaxados nas laterais e antebraços mantêm-se na frente do
corpo;
 Braços cedem ao contato com a bola para absorver a força;
 Braços ajustam-se à trajetória da bola;
 Polegares mantêm-se em oposição um ao outro;
 Mãos agarram a bola em movimento simultâneo e de bom ritmo;
 Dedos agarram mais efetivamente.
Erros mais comuns:
 Falha ao manter controlo sobre objeto;

 Falha ao mover os braços para receber;

 Manter dedos rígidos e retos na direção do objeto;

 Falha ao ajustar posição da mão à altura e à trajetória do objeto;
 Inabilidade de variar o padrão de receção para objetos de pesos e forças
diferentes;
 Tirar os olhos do objeto;
 Fechar os olhos;
 Inabilidade de focalizar ou acompanhar o curso da bola;
 Posicionamento impróprio, provocando perda de equilíbrio quando recebe
bolas rápidas;
 Fechamento das mãos adiantado ou de forma tardia;
 Falha ao manter o corpo em linha com a bola.
Equilíbrio em um pé: Consiste em aguentar o equilíbrio do próprio corpo sobre

apenas um apoio.
Estádio Elementar
 Pode elevar a perna que não está suportando o peso a uma posição bem próxima à
perna de apoio;
 Não consegue se equilibrar de olhos fechados;
 Usa os braços para equilibrar-se, mas pode colar um braço na lateral do corpo;
 Executa melhor com a perna dominante
Estádio Maduro
 Pode equilibrar-se de olhos fechados;
 Usa braços e tronco conforme necessário para manter o equilíbrio;
 Eleva a perna que não está suportando o peso;
 Focaliza objeto externo enquanto se equilibra;
 Muda para perna não dominante sem perder equilíbrio.
Erros mais comuns

 Cola um braço na lateral do corpo;
 Nenhum movimento de compensação;
 Compensação de braços inapropriada;
 Inabilidade para usar qualquer das pernas;
 Inabilidade para variar posição do corpo com controle;
 Inabilidade para equilibrar-se enquanto segura objetos;
 Acompanhamento visual da perna de apoio;
 Dependência extrema de suporte externo.


Planificação
Primeiro Plano de aula


Segundo plano de aula

Terceiro plano de aula
Quarto plano de aula

Fundamentação Unidade Didática:

De um ponto de vista de planificação vertical a ordem pelo qual são abordadas
as habilidades motoras fundamentais têm uma razão. Primeiro são abordadas as
habilidades motoras de locomoção, posteriormente as de utilização dos membros
superiores como lançar e apanhar e só depois dessas é que entra o chutar. Foram
organizadas assim porque as habilidades de locomoção em geral se agrupar-mos por
grupos tiveram um nível superior ao outro apesar de ter pontos onde melhorar na
mesma, ou seja, em termos comparativos a crianças têm as habilidades motoras de
locomoção mais desenvolvidas que as outras por isso decidi-mos começar por algo
que eles já executariam de forma melhor e gradualmente ir adicionando as habilidades
motoras de locomoção que lhes eram mais difíceis e posteriormente aos poucos
acrescentar as habilidades motoras fundamentais com utilização dos membros
superiores.
Os conteúdos do fórum afetivo e cognitivo devem estar sempre presentes e ser

desenvolvidos em todas as sessões existentes.
A primeira sessão foi apenas para a avaliação diagnóstica de todas as

habilidades motoras fundamentais bem como os conteúdos afetivo e cognitivo.
A segunda, terceira e quarta sessão ficaram apenas com habilidades motoras

fundamentais de locomoção de forma a inicialmente as crianças terem apenas que se
focar num pequeno leque de habilidades motoras, no entanto, nessas 3 sessões vão
sendo introduzidas e abordadas mais habilidades para aumentar a complexidade das
sessões por acréscimo. E dentro das habilidades motoras de locomoção primeiro são
introduzidas as que as crianças tinham como mais desenvolvidas (marcha, corrida,
desvio) e depois as que não estavam tão desenvolvidas (saltar e saltitar).
As habilidades motoras como saltar e saltitar como na avaliação diagnóstica

revelou que as crianças não estavam tao desenvolvidas, vão ser abordadas durante
mais tempo do que por exemplo o equilíbrio a um pé de forma a conseguirem atingir o
maior nível possível de desenvolvimento para o tempo que existe
Na quinta, sexta, sétima e oitava sessões ainda estão presentes as habilidades

motoras fundamentais de locomoção como marcha, corrida e desvios porque
praticamente são sempre utilizados em qualquer exercício, mas o saltitar e o salto
devido ao facto de terem apresentado um menor nível de desenvolvimento na
avaliação diagnóstica permanecem de forma a dar tempo necessário para ser
melhorado. Enquanto por exemplo o equilíbrio em um pé foi retirado da planificação a

partir da sessão 6 pois como as crianças possuíam um nível de desenvolvimento

superior não foi necessário tanto tempo de exercitação e assim, tendo em conta o
limitado tempo disponível, permite uma maior oportunidade para desenvolver outras
habilidades motoras que precisam de mais atenção devido ao menor desenvolvimento
que apresentavam na avaliação diagnóstica como lançar e receção.
Ao longo destas 4 sessões foram sendo introduzidas aos poucos mais

habilidades motoras, desta vez apenas das que fazem uso dos membros superiores,
primeiramente os movimentos axiais pois implicam realizar movimentos como inclinar-
se, esticar-se, alcançar empurrar e puxar enquanto se mantém o tronco numa posição
estática. Logo acho que faz todo o sentido ser abordado primeiro que o lançar e
receber, e posteriormente é que foi abordado o lançar e receber .E só são
mencionadas estas porque visto que o lançar, apanhar, receber e o rolamento da bola
tiveram todos no nível 3 precisam de mais tempo para serem desenvolvidas, tempo
esse que não é o suficiente para desenvolver todas elas porque abordar essas 4
habilidades motoras todas ao mesmo tempo em só 4 sessões não é eficiente nem
possível visto o nível em que as crianças se encontram .Sendo assim de forma a dar
tempo de exercitação necessário às crianças ficaram por abordar o apanhar,
rolamento da bola e chutar.
Em relação ao facto de não haver avaliação final, tendo em conta o tempo

limitado que temos de 7 sessões (porque a primeira sessão é apenas para a avaliação
diagnóstica) não faz sentido realizar uma avaliação final, visto que nem é possível
consolidar as habilidades motoras.
É difícil de especificar quantas sessões de aula seriam necessárias para as

crianças conseguirem consolidar as habilidades motoras fundamentais, visto que elas
entre si possuem diferentes características bem como níveis de desenvolvimento
diferentes, no entanto as habilidades motoras que forma introduzidas mais tarde e que
na avaliação diagnóstica revelaram nível de desenvolvimento mais baixo claramente
não têm tempo de ser consolidadas.
Avaliação Diagnóstica
Segundo os artigos de David L. Gallahue por volta da idade de 6 anos as

crianças já têm o potencial para se encontrarem no estádio amadurecido, mas não
quer dizer que realmente se encontrem nesse estádio vai depender dos estímulos que
foram dados ao longo do seu amadurecimento e crescimento. Sendo assim esta
Avaliação Diagnóstica (hipotética) vai determinar o verdadeiro estádio em que estas

crianças dos 6-7 anos se encontram e como estamos com o bloco de Jogos a esta
avaliação seria feita usando brincadeiras e jogos que tornassem possível classificar o
nível em que as crianças se encontram em cada habilidade motora fundamental.
A classificação vai possuir 5 níveis:
Nível 1- A criança possui características do estádio inicial apenas, é o nível mais

básico e rudimentar;
Nível 2- A criança ainda se encontra no estádio inicial, mas já começam a aparecer

algumas características do estádio elementar, no entanto não são o suficiente para
conseguir chegar ao estádio elementar;
Nível 3- A criança possui as características necessárias fundamentais para estar no

estádio elementar;
Nível 4- A criança ainda se encontra no estádio elementar, mas como foi dito no nível
2, começa a apresentar algumas componentes do estádio amadurecido, mas são
suficientes ou não são executadas de forma correta para podermos dizer que estão no
estádio amadurecido;
Nível 5- A criança possui as componentes e características necessárias para

podermos dizer que executa os padrões de movimento num estádio amadurecido, no
entanto não quer dizer que não exista espaço para refinar e melhorar certos aspetos
mais específicos das habilidades motoras fundamentais.
Habilidades Motoras Fundamentais de Nível de desenvolvimento ou estádio de

Locomoção desenvolvimento
Marcha 5
Corrida 5
Desvio 4
Equilíbrio em um pé 4
Saltar 3
Saltitar 3

Habilidades Motoras Fundamentais com Nível de desenvolvimento ou estádio de

utilização dos membros superiores desenvolvimento
Movimentos Axiais 4
Lançar 3
Receção 3
Apanhar 3
Rolamento da bola 3
Habilidades Motoras Fundamentais com Nível de desenvolvimento ou estádio de

utilização dos membros inferiores desenvolvimento
Chutar 2

Reflexões
Na primeira implementação onde apresentamos um dos quatro planos de treino
o número de alunos a implementar foram três, a Beatriz Gomes, o Eduardo Santos e o
José Pereira e a observar foram os dois restantes a Ester Filipe e o Joaquim
Fernandes.
Reflexão do Joaquim Fernandes
A aula de pedagogia implementada no dia 21-04-2022, foi dada no contexto de

educação física para crianças do 2ºano escolar, para idades a rondar os 7 anos. Os
blocos no contexto de educação física escolar foi “jogos”, no qual não existia um
desporto base no planeamento da aula. A duração da aula foi de 30 minutos e nestes
30 minutos de implementação podemos reparar e melhorar alguns aspetos.
O primeiro jogo, para as crianças do 2º ano, pode ser muito monótono, sendo
necessário mais atividade física e mais esforço, sem tanta pausa ou pouca
intensidade. Tem que envolver mais atividade motora, como o correr. O tempo
potencial de aprendizagem e o número de vezes de aprendizagem é bastante
importante.
No segundo jogo, podemos notar que houve uma parte das crianças que
estiveram paradas algum tempo. Quem está parado não consegue aprender o que o
treinador quer transmitir, por isso, quanta mais repetições a criança fizer, mais
oportunidades de aprender a mesma tem
Durante o exercício 3, o jogo da mata notamos que os vários grupos

apresentavam diferentes comportamentos. o primeiro grupo foi o mais ativo, os
integrantes da atividade procuravam manter-se em movimento e passar entre todos os
elementos do grupo (incluindo o joker), no segundo as 2 equipas limitavam-se a
passar a 2 integrantes sem se movimentarem e só aos 10 toques é que se moviam
para se desviar da bola então foi necessária a implementação de 2 regras: 3 passos
antes de passar a bola e a bola tem de passar por todos os integrantes (incluindo o
joker). no terceiro grupo (que era o maior) não foi preciso joker uma vez que tinha 6
integrantes, no entanto também foi necessário implementar a regra dos 3 passos.
Contudo pensamos que a 2ª parte da atividade era bastante complicada para crianças
fazerem em grupos tão pequenos e mesmo que fossem grupos de 10 ainda seria

muita coisa para se concentrarem (receber a bola, passar a um colega, intercetar a

bola inimiga).
Para finalizar, dos 30 minutos de aula, cerca de 80% da aula foi prática, no
entanto nem todos os momentos de aula foram aproveitados da melhor forma, sendo
importante melhorar não só os aspetos ditos, mas também ter objetivos mais claros,
mais feedbacks, mais empenhamento e mais tempo de intensidade.
Reflexão da Ester Filipe
No geral, acho que conseguimos atingir os objetivos que pretendíamos que

eram exercitar as habilidades motoras fundamentais; desenvolver as capacidades
condicionais e coordenativas; desenvolver os conceitos psicossociais como o trabalho
em equipa, competição e liderança.
Na nossa implementação o que ainda não correu bem foi o facto de ter havido
alguns tempos de espera durante as atividades, podia ter havido mais movimento, ou
seja, tornar os exercícios mais mexidos de forma que os participantes ficassem
cansados, podíamos ter elaborado grupos mais pequenos até porque ajuda a encurtar
o tempo de espera e um melhor aproveitamento do espaço.
Para a próxima sessão o grupo vai tentar implementar exercícios em que não
haja tantas pausas para que todos os participantes tirem o melhor proveito dos
exercícios propostos. Garantir a motivação dos participantes, pois deste modo
executam o exercício com mais vontade, dar espaço para a tentativa erros e abertura
para explorarem os exercícios para haver mais envolvimento tanto da parte dos
professores como dos participantes, garantir que todos os alunos participem na aula e
melhorar a comunicação tanto entre professor aluno como aluno para aluno.
Com esta sessão aprendi que nem sempre é fácil organizar / planear uma aula
e tudo correr sempre bem. Com o decorrer da aula há sempre pontos a melhorar de
modo que o professor consiga garantir o melhor sucesso dos seus alunos e estes
consigam aprender mais e melhor. É de salientar que nem sempre é mau haver erros
pois é com os erros que conseguimos melhorar e rumar ao sucesso das aulas. Por
fim, é também importante ouvir os alunos para saber o que eles acham das aulas e
que aspetos e atividades eles gostariam de aprender nas aulas, pois, na minha opinião
é uma forma de mantermos os alunos motivados para as aulas seguintes e um
sucesso de aprendizagem melhor.

Reflexão Eduardo
O sistema de observação utilizado foi o Sistema de Análise da Demonstração.
De acordo com a análise e interpretação dos dados do sistema de observação

da minha reflexão os pontos mais importantes foram:
Em relação ao modelo de demonstração das habilidades motoras não houve

demonstração delas em nenhuma das velocidades (real ou reduzida) e a adequação
do modelo para os alunos não pode ser avaliado pois não houve demonstração.
Em relação à posição dos atletas a formação com que foram colocados os

alunos foi adequada para explicar os exercícios e para ter a atenção de todos ao
mesmo tempo sem perder de visualização nenhum deles. O mesmo pode ser dito em
relação à distância dos atletas perante o professor.
Em relação às componentes críticas houve identificação de algumas

habilidades motoras mais não todas, não houve uma explicação concreta do que era a
função daquela habilidade motora para o exercício em questão e também não houve
esclarecimento das consequências da má realização das habilidades motoras.
Em relação ao controlo da informação não existiu nenhum tipo de

questionamento nem aberto nem fechado. Houve o esclarecimento de dúvidas, mas
apenas verbal, não houve repetição da demonstração de forma visual.
Fora o sistema de observação os pontos principais errados que detetei foram

que em ambos os exercícios executados eram exercícios que envolviam toda a gente
mas na prática acabou por não envolver todos os alunos devido ao grande numero de
alunos envolvidos que levava a outros a ficarem parados .Isto teria sido resolvido se a
organização dos alunos estivesse melhor realizada, porque o problema não foi dos
exercícios estarem mal adaptados porque não estavam mas a sua organização e o
facto de haver muita gente no mesmo exercício levou a fosse necessário intervir de
forma a não existirem alunos parados. Tempo depois isso foi implementado, mas
apenas porque o professor apontou esse detalhe super importante.

Outro ponto importante que reparei foi no modelo de demonstração ou da

demonstração em geral. A explicação e demonstração dos exercícios foram apenas
verbais sem nenhuma exemplificação visual ou um conjunto das duas. Para além
disso a explicação verbal foi com muita informação de uma vez o que levou a demorar
mais a explicação do que seria necessário.
E por último não houve qualquer tipo de intervenção para além do feedback de
motivação positiva.
Reflexão José Pedro
É importante começar a reflexão a apontar o facto de que a aula foi dada a

alunos de 20 anos como se fossem crianças de 7 ou 8 anos, assim o sistema de
observação acabou por ter uns parâmetros um pouco inutilizados, por exemplo na
secção “gestão de informação” não houve questionamento uma vez que toda a gente
conhecia os exercícios. No entanto gostava de apontar alguns fatores que surgiram ao
longo da aula.
A aula começou com um jogo bastante interessante da teia, no entanto acredito

que podiam ter criado variantes mais interativas ao longo do exercício para envolver
mais todos os alunos, uma vez que muitos deles estavam parados porque a teia só
podia apanhar um aluno de cada vez. Uma variante interessante seria: a teia pode se
dividir em grupos de 3 pessoas. Assim os alunos teriam de estar constantemente a
fugir de várias pessoas.
A preparação dos exercícios foi um bocado improvisada, o professor acabou

por dar a sua opinião e face ao inesperado os meus colegas não souberam gerir o
tempo nem o espaço para adiantar trabalho, até podiam ter pedido ajuda dos alunos
para montar algumas estações (havia uma que era só colocar um banco sueco por
exemplo).
Após preparem as estações explicaram o percurso todo verbalmente, acho que

seria muito mais interativo chamar um aluno aleatório por estação e fazê-lo
demonstrar. Assim abririam logo uma oportunidade para o colega falhar e corrigir o
erro.
No decorrer da atividade houve uma altura em que os alunos estavam a

empacar porque uma das tarefas era mais demorada que as outras, acredito que para
corrigir este problema momentâneo bastava reduzir o trabalho da estação (que era

levar e trazer uma bola entre os pés por um percurso de arcos), podiam por exemplo
reduzir para apenas levar, e o colega a seguir trazer. Outra forma de talvez aumentar
o fluxo seria aumentar a distância entre cada estação, mesmo durante o decorrer da
atividade seria possível pedir a um aluno para arruma uma estação mais para longe.
Reflexão Beatriz Gomes
Em relação à aula do Joaquim e da Ester, sendo que a aula seria para crianças
do 2º ano de escolaridade, idades entre os 7 e 8 anos, o conceito e objetivo da aula
estava bem pensado.
Primeiramente, fizeram um jogo lúdico, ao qual este consistia em sempre que

apanhavas o colega esse mesmo dava-te a mão para ambos apanharem outro colega
e assim sucessivamente, isto poderia ser bom para aprenderem a jogar como equipa.
Ainda assim, não conseguiram introduzir variantes, tornando assim o jogo repetitivo,
levando os alunos a ficarem um pouco entediados.
A parte fundamental da aula não correu como esperado na minha opinião.

Fizeram um circuito com vários jogos intuitivos, porém, havia certas estações que
quando começaram ainda não estavam prontas isso levou a uma demora e perda de
tempo no circuito. O tempo entre estações também não estava bem definido, pois
algumas estações demoravam mais tempo do que outras, chegou a haver uma altura
em que estava uma fila enorme logo na primeira estação, que era o jogo dos sacos.
Notou-se uma grande discrepância pois os próprios alunos mostraram um grande
desinteresse no que estavam a fazer. Compreende-se que é bastante difícil tentar ter
poder com alunos “experimentais” do que se fosse realmente com alunos do 2º ano de
escolaridade, apesar de que as atitudes seriam bem similares.
Por último, e em relação aos professores que estavam a implementar, a Ester

por motivos externos estava de calças de ganga o que não é de todo prático e não é
adequado para um contexto de exercício físico. Não existiu qualquer tipo de feedback,
ou seja, não houve intervenção. E ambos, várias vezes, não conseguiram gerir o
tempo, como também, viravam várias vezes as costas aos alunos, sendo assim, não
tinham uma visão periférica sobre o que estava a acontecer.


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Escola Superior de Educação

Docente: Fernando Santos

2º Ano Licenciatura de Desporto

Escola Superior de Educação

2º Ano Licenciatura de Desporto

|Unidade Curricular de Pedagogia do Desporto|

Docente: Fernando Santos

Porto, 21 de abril de 2022

Reflexão José Pedro……………….……………………………………………………………………………………………………..28

Reflexão Beatriz Gomes…………………………………………………………………………………………………………………

Para a realização deste relatório, foi-nos proposto pelo professor da unidade

Na primeira parte do relatório, o grupo caracterizou o contexto, ou seja,

Na segunda parte do relatório, vão ser apresentadas quatro planificações das

A segunda parte do relatório, apresenta as ocorrências absolutas e relativas

Escola Superior de Educação| 1

A essência do contexto é de recreação e enquadra-se nas aulas de atividades

O programa de educação física, do primeiro ao quarto ano do ensino básico,

Os objetivos gerais da nossa intervenção no domínio motor cognitivo e afetivo são:

1. Elevar o nível funcional das capacidades coordenativas e condicionais;

Escola Superior de Educação| 2

O tempo estimado é de quarenta e cinco a sessenta minutos para cada aula.

Habilidades Técnicas e Táticas

Principais capacidades motoras

Durante o seu desenvolvimento motor, as crianças, vão desenvolvendo e

O estádio inicial, é caracterizado pelas primeiras tentativas e movimentos

O estádio elementar, é o estádio de transição no desenvolvimento motor da

reproduzidos por esta. No estádio elementar os movimentos introduzidos são mais

A marcha, envolve a colocação de um pé à frente do outro sem perder o contacto com

Podemos dizer que a criança se encontra no estádio de desenvolvimento maduro,

Os erros mais comuns durante a aprendizagem desta habilidade são: o balanço

Escola Superior de Educação| 4

A Corrida No Estádio Elementar:

No estádio elementar espera-se que a criança seja capaz de:

 Aumentar a extensão da passada, do balanço do braço e da velocidade;

A Corrida No Estádio Maduro:

No estádio maduro espera-se que a criança seja capaz de:

 Executar o máximo da extensão da passada e da sua velocidade;

Salto horizontal (em comprimento):

O salto Horizontal no Estádio Elementar

Escola Superior de Educação| 5

No estádio elementar espera-se que a criança seja capaz de:

 Iniciar o salto, em primeiro lugar com os braços;

O salto Horizontal no Estádio Maduro:

No estádio maduro espera-se que a criança seja capaz de:

 Os braços movem-se para o alto e para trás durante o agachamento

Erros mais comuns:

 Uso impróprio dos braços;

Salto Vertical (em altura):

 Flexão dos joelhos excede os ângulos de 90 graus no agachamento

 Agachamento preparatório com flexão entre 60 a 90 graus;

Erros mais comuns:

 Falha em permanecer sem contato com o solo;

Salto de cima para baixo:

 Arranque com os dois pés com um pé à frente;

 Uso ineficaz dos braços para manter o equilíbrio;

 Arranque com os dois pés;

Erros mais comuns:

 Não iniciar o salto com os dois pés;

Escola Superior de Educação| 8

 Os ombros rodam para o lado que lança;

 O braço é balançado para trás na preparação;

Erros mais comuns: