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do mito ao fato
Belmiro Nascimento
Lucia Giraffa
Professor empreendedor:
do mito ao fato
Belmiro Nascimento
Lucia Giraffa
Presidente:
José Quadros dos Santos
Reitor:
Evaldo Antonio Kuiava
Vice-Reitor:
Odacir Deonisio Graciolli
Pró-Reitora Acadêmica:
Flávia Fernanda Costa
Chefe de Gabinete:
Gelson Leonardo Rech
Coordenadora da Educs:
Simone Côrte Real Barbieri
Belmiro Nascimento
Lucia Giraffa
Apresenta bibliografia.
ISBN 978-65-5807-092-4
Modo de acesso: World Wide Web.
Direitos reservados à:
Prefácio ................................................................................................ 8
Introdução.......................................................................................... 18
1. O engraxate e a amizade............................................................... 24
۩۩۩
1
Contagem feita a partir do calendário cristão ou gregoriano, criado para fazer a
contagem dos dias desde o nascimento de Jesus, com base também na construção da
cidade de Roma.
2
Nomenclatura dada ao conjunto de reformas feitas por Sebastião José de Carvalho
e Melo, Marquês de Pombal, que exerceu o cargo de primeiro-ministro português,
no período de 1750-1777. Pombal tinha inspiração iluminista e o propósito de tornar
Portugal economicamente independente da Inglaterra.
۩۩۩
Referências
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. 34. ed. São Paulo: Companhia
das Letras, 2007.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia
das Letras, 1995.
3
Indução: É tributária do empirismo de Francis Bacon (na filosofia clássica de
Aristóteles), para quem “não há conhecimento algum nas estruturas cognitivas sem
que antes tenha passado pelos órgãos do sentido”. De outro modo: todo o
conhecimento deriva do mundo, do empírico (aqui, no sentido de mundo e de
natureza). A indução surge, na modernidade, como método vinculado ao empirismo
(que é uma das escolas de como se dá o conhecimento). A indução significa o
seguinte: “a partir de observações singulares, particulares (uma a uma), é possível
generalizar. Exemplo: vejo um corvo preto, aqui, outro ali, outro lá, vários..., em
lugares distintos, e, como todos são pretos, generalizo: todos os corvos são pretos.
Sou INDUZIDO, LEVADO a afirmar: “Todos os corvos são pretos”. Argumento
construído pelo autor, a partir do livro de Karl Popper: O problema da indução e a
experiência como método, 2. ed. São Paulo: Cultrix, 2013. p. 27-37. Popper utiliza o
termo cisnes e o autor adaptou para corvos (grifos no original).
4
A partir do cálculo do Valor Presente dos Custos Anuais (VPCA), é possível fazer
uma comparação entre valores diferentes de intervalos (entradas e saídas de caixa)
em prazos diferentes, tendo hoje como a mesma base de tempo. Com o valor
presente, pode-se calcular quanto vale hoje um fluxo de caixa, que ocorrerá em data
futura. Para que se possa calcular o valor presente, é preciso ter uma taxa de juros de
desconto. O valor presente, a taxa de desconto, o valor do fluxo de caixa no futuro e
o prazo a decorrer entre hoje e o momento da realização do fluxo de caixa são todas
variáveis inter-relacionadas.
5
Nossa proposta aqui, ao fazer referência a um sistema autopoiético, é utilizar a
descrição de Maturana (2001, p. 52-55), afirmando que os seres vivos se
caracterizam por literalmente produzirem, de modo contínuo, a si próprios, o que
indicamos, quando chamamos a organização que os define de organização
autopoiética. A característica mais peculiar de um sistema autopoiético é aquele que
se levanta por seus próprios cordões e se constitui como diferente do meio por sua
própria dinâmica, de tal maneira que ambas as coisas são inseparáveis.
6
Neste argumento, utilizamos os pressupostos teóricos descritos no livro de
Feldman (2003) sobre as crenças básicas e justificadas e o evidencialismo, isto é,
duas pessoas que creem na mesma coisa pelas mesmas razões podem ter crenças que
diferem na justificação. De acordo com Feldman, é essa implicação da
confiabilidade que explora o exemplo do cérebro num tonel. Alguns filósofos creem
que qualquer teoria de justificação que viole o mesmo princípio de evidência deve
estar errada, mas os confiabilistas estão aptos a pensar que a confiança nesse
princípio é um engano. Alguns confiabilistas julgam que uma vantagem de sua
teoria se manifesta em conexão com o ceticismo. Voltamo-nos agora para uma teoria
não evidencialista final. A ideia geral dessa teoria é a de que a crença é justificada,
quando resulta de um funcionamento adequado do sistema cognitivo daquele que
acredita. Para entender o significado dessa ideia, será proveitoso, primeiro,
considerar alguma coisa não relacionada à cognição e à formação de crença.
7
Para Rawls, de modo algum se pode confundir essa ideia de autonomia com a ideia
de autonomia de Kant, por exemplo, pois o construtivismo político colocava que
essa ideia não trata de uma questão moral ou metafísica. A autonomia plena, para
Rawls, tem valor político, e não valor ético. Desse modo, a autonomia é possível
pelo uso das proteções e liberdades básicas estabelecidas pelos princípios de justiça
e pela participação das questões políticas da sociedade. Ou seja, o que se deve
considerar é o grau de participação do cidadão na política, de modo que possa
garantir suas liberdades básicas e o melhor método para consegui-las. A teoria de
Rawls, além de levar em consideração a autonomia e a natureza social do indivíduo,
propõe que as pessoas de uma sociedade possam compartilhar uma cidadania igual
para todos, em que a liberdade estabelecida seja pública. Nesse sentido, o equilíbrio
reflexivo coloca-se como mediador. A partir disso, Rawls mostra o papel da
autonomia política na manutenção de uma sociedade bem-ordenada (RAWLS, 2012,
p. 275-283).
8
Existe só um imperativo categórico que é este: “Aja apenas segundo a máxima que
você gostaria de ver transformada em lei universal”. Em termos simples, eis o que o
grande filósofo alemão Immanuel Kant chamou de imperativo categórico: você deve
agir sempre baseado naqueles princípios que desejaria ver aplicados universalmente.
Ao introduzir a ética em sua obra filosófica, Kant fez surgir uma nova versão da
antiga Regra de Ouro, aquela regra ditada pelos grandes Mestres da humanidade:
“Faça aos outros o que você gostaria que fizessem a você”. Kant ampliou essa regra
para algo como: “Faça para os outros o que gostaria que todos fizessem para todos”.
Por sua vez, o imperativo categórico é uma decisão moral pautada pela razão e não
por nossas inclinações, já que encerra o fim em si mesmo, é categórico porque diz
“não faça x” e nunca “não faça x se teu fim é F”. Por isso, não está vinculado a
nenhuma particularidade, incluindo a identidade da pessoa, devendo ser aplicável a
qualquer ser racional. Essa é a razão pela qual o imperativo categórico, em suas
primeiras formulações, foi chamado “princípio da universalidade” (KANT, 1974, p.
15, 64).
9
A Importância do Ensino Empreendedor na Formação de Nível Técnico – Anais do
VIII Encontro de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas
(EGEPE), em Goiânia, de 24 a 26 de março de 2014. Artigo escrito por Ranulfo
Soares da Fonseca Junior e Marcos Hashimoto. Disponível em:
egepe.org.br/anais/tema06/60.pdf. Acesso em: 4 ago. 2018.
10
Utilizo aqui o termo grego télos que significa “finalidade, fim, meta, objetivo”. “O
homem só pode realizar o ‘télos’ de sua espécie nesta prática de cidadania”
(HABERMAS. Entre facticidade e validade, 2003. p. 332).
11
A Wiener Werkstätte foi uma empresa austríaca que buscava trazer as ideias de
renovação artística da Secessão de Viena para o design de objetos quotidianos,
elevando-os a um nível de arte. Foi fundada em 1903 por Koloman Moser e Josef
Hoffmann e acabou em 1932, principalmente devido aos altos preços de seus
produtos (DE MASI, 1997, p. 197).
12
Termo empregado aqui e utilizado pelo autor, a partir da palavra que deriva do
termo grego agnostos que significa “desconhecido” ou “não cognoscível”, para falar
das lições dos empresários do Vale do Silício, que ainda hoje orientam o
pensamento empresarial (THIEL, 2014, p. 26-27).
13
Aqui o autor chama a atenção para o fato de que outros autores preferem
denominar essa fase de Terceira Revolução Industrial, considerando como Segunda
Revolução Industrial o processo que preparou e desembocou no
Taylorismo/Fordismo.
14
Pode-se sintetizar o ciclo gnosiológico como o momento de ensino e
aprendizagem do conhecimento já existente e o momento de trabalhar a produção do
conhecimento ainda não existente, conforme explica Freire (2019, p. 29-30-31).
15
Conceito que expressa a mutualidade inseparável entre o educador e o aprendiz,
no processo de ensinar/aprender (FREIRE, 2019, p. 30).
16
Utilizamos aqui o termo imanente para significar algo que atua dentro de uma
coisa ou pessoa; que não é externo ou transcendental (BLACKBURN, 1997, p. 197).
BODEN, M. A. Criative mind: myths and mechanisms. London: Taylor & Francis,
2003.
CORTELA, M.S. Felicidade: modos de usar. São Paulo: Planeta do Brasil, 2019.
DAMÁSIO, A. A estranha ordem das coisas. São Paulo: Companhia das Letras,
2018.
FREIRE, P.; BETTO, F. Essa escola chamada vida. 9. ed. São Paulo: Editora
Ática, 1998.
______. Pedagogia da autonomia. 58. ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2019.
______. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra,
1967.
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JOHN, V. N.; OSKAR, M. Theory of games and economic behavior. New York:
Princeton University Press; Edição: 60th Anniversary Commemorative, 2007.
KOESTLER, Arthur. The act of creation. New York: Last Century Media, 2014.
______. Cognição, ciência e vida cotidiana. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
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The NMC/CoSN Horizon Report: 2017 K-12 Edition The NMC Horizon Report:
2017, Higher Education Edition.
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