Manual de Redação. Central de Concursos. Completo

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REDAÇAO
MARIA APARECIDA LEITE KNOLL

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A N A VENITE FUZATTO E CARLOS ALBERTO MOYSÉS
MANUAL
DE
RE DAÇÃO
Matéria Básica
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EDITORA CENTRAL DE CONCURSOS LTDA.
SEDE: Rua Barão de Itapetíninga, 163 - 6 andar

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CEP: 01042-909 - Tel.: (11) 3017-8800 - São Paulo - SP

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O MAIOR INDICE DE APROVAÇÃO DO BRASIL!

MANUAL DE REDAÇÃO
Conselho Editorial
Iaroslau Sessak Jr.
Adolfo Martins de Oliveira
Marlzete Ribeiro Castanheira Martins
Redação
Maria Aparecida Leite Knoll
Revista e Ampliada
Ana Venite Fuzato
Carlos Alberto Moysés (Charles)
Supervisão Metodológica e Didática

Alexandre Alves Barbosa Neto
Diagramação
Cíntia Leal Silva
Vendas acesse nosso site: www.livrariadoconcurso.com.br
Proibida a reprodução no todo ou em partes, por qualquer meio ou processo,

sem autorização expressa. A violação dos direitos autorais é punida como crime:
Código Penal, art. 184 e seus parágrafos e art. 186 e seus incisos. (Ambos
atualizados pela Lei n. 10.695/2003) e Lei n. 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais.
Manual de Redação - 3
Sumário
Parte I - Manual de Redação 05
1. Tipologia Textual 06
2. Coesão e Coerência Textual 07
3. Frase 09
4. Conexões 11
5. O Parágrafo 12
6. A Construção do Texto 16
7. Argumentação 24
8. Qualidades e Defeitos de um Texto 27
9. Palavras e Expressões que Oferecem Dificuldade 31
Questões de Provas 32
Questões de Provas Discursivas 37
Bibliografia 49
Central de Concursos
4 - Manual de Redação
Parte II - Exercícios 51
1. Tipologia Textual 51
2. O Texto Dissertativo 52
3. Tópico Frasal 58
4. Dissertação - Parágrafo Introdutório 60
5. Dissertação - Parágrafos de Desenvolvimento 62
6. Dissertação — Parágrafo de Conclusão 70
7. Progressão Discursiva 71
8. Frases e Períodos 72
9. Defeitos na Argumentação 76
10. Paráfrase 78
11. Adequação Vocabular 81
12. Linguagem e Norma Culta 83
13. Redação de Frases — Questões Objetivas de Concursos 92
14. Proposta de Redação - CESPE/UNB 97
15. Propostas de Redação - Fundação Carlos Chagas (FCC) 106
16. Propostas de Redação - Vunesp 111
Gabarito 115
Algumas Referências Úteis 126
Referências Bibliográficas 127
MANUAL DE REDAÇÃO
Expressar-se com clareza e correção é uma das dificuldades de quem precisa

redigir um texto. Não existem fórmulas mágicas que nos permitam produzir uma boa
redação. A leitora atenta de bons textos pode ajudar a desenvolver uma boa redação.
Ninguém chega à escrita sem antes ter passado pela leitora. Ler e escrever são atos
indissociáveis. Quem tem o hábito de leitura é capaz de escrever sem muita dificuldade.
A leitora eficiente de livros, revistas e jornais permite-nos refletir sobre ideias e formular
nossa própria opinião. Sem opiniãoformadaé impossível escrever qualquer texto.
É necessário, também, o domínio de alguns recursos linguísticos básicos, aliados

a uma postura crítica sobre a realidade para aprimorar a qualidade do texto.
Para construir um texto, é necessário fazer um plano e dominar os princípios de:

1. Tipologia Textual
2. Coesão e Coerência
3. Construção de Frases
4. Conexões
5. Estruturas do Parágrafo
6. Construção do Texto
7. Argumentação
8. Qualidades do Texto
9. Vocabulário
Antes de redigir, planejar.
Ao tomar conhecimento do tema, é comum a pessoa começar a escrever

intempestivamente o primeiro parágrafo, colocando tudo que lhe vem à mente, de
modo que uma ideia atrai outra e, sem perceber, vai havendo um distanciamento do
tema. Chega o momento crucial: e agora? Como continuar o texto?
Veremos algumas técnicas de redação, mas é preciso planejar e seguir os seguin-

tes passos:
1. Tema — a prova já vem com o tema definido. Você deve decidir seu
posicionamento diante dele.
2. Pense livremente sobre o tema e anote as mais diferentes ideias que forem apare-
cendo (a favor e contra sua tese).
3. Selecione, agora, somente argumentos que dêem margem a uma boa explana-
ção. Corte da lista anterior o que fugir ao tema, o que for repetitivo, o que for
muito amplo ou o que você não domine plenamente.
4. Agrupe as ideias para formar o parágrafo introdutório, os parágrafos do desen-
volvimento e o parágrafo da conclusão.
Central de Concursos —
Coloque as ideias em ordem, organizando a sequência lógica, assim já estará

definido o assunto de cada parágrafo e a quantidade de parágrafos do texto;
Crie o parágrafo introdutório, escreva os parágrafos do desenvolvimento e o
parágrafo da conclusão;
Releia o que escreveu, fazendo uma cuidadosa revisão gramatical, verificando se
o texto está claro, coerente, se não há repetição ou omissão de vocábulos.
1. TIPOLOGIA TEXTUAL <f j> J-
Narração riu^cô
É o relato de um fato real ou imaginário que implica a interferência de todos ou
de alguns dos seguintes elementos: fato, personagens, local, tempo.
"Eram sete horas da noite em São Paulo e a cidade toda se agitava naquele clima de quase tumulto típico
dessa hora. De repente, uma escuridão total caiu sobre todos como uma espessa lona opaca de um grande
drm. Os veículosacenderamjosfaróis altos, insuficientespara substituirá iluminação anterior."
Descrição
E a caracterização ou a representação de um objeto ou um ser através da indica-

ção de seus aspectos mais característicos, dos elementos que o individualizam, que o
distinguem. O texto procura explorar a percepção dos cinco sentidos: audição, gustação,
olfato, visão e tato. O objetivo deste texto é produzir, na imaginação de quem lê, uma
impressão equivalente à imagem do objeto ou ser que está sendo retratado. Essa im-
pressão pode ser objetiva (racional) ou subjetiva (pessoal).
"Eis São Paulo ás sete horas da noite. O trânsito caminha lento e nervoso. Nas ruas, pedestres
apressados se atropelam. Nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam e bebem em volta das me
Eu% de tonspálidos inádem sobre o cinâ dos prédios."
Dissertação
É a discussão organizada de um problema. É a exposição de ideias e concep-

ções. O texto utiliza-se geralmente de argumentação, com a qual o autor procura con-
vencer o leitor através de declarações fundamentadas. O texto examina, relaciona, com-
para ideias e ao mesmo tempo questiona para mostrar o valor de alguma coisa. Ex-
pressa-se o que se julga ou se sabe a respeito de determinado assunto. Normalmente, o
texto dissertativo apresenta a seguinte estrutura:
Introdução: deve conter a ideia principal que será desenvolvida.
Desenvolvimento: apresentação dos elementos que darão fundamento à ideia
principal (como, por exemplo, dados estatísticos, exemplos, relações de causa e
consequência, entre outros).
Conclusão: retoma a ideia principal.
"As condições de bem-estar e de comodidade nos grandes centros urbanos como São Paulo são
reconhecidamente precárias por causa, sobretudo, da densa concentração de habitantes num espaço
que nãofoi planejado para alojá-los. Com isso, praticamente todos os poios da estrutura urbana
ficam afetados: o trânsito é lento; os transportes coletivos, insuficientes; os estabelecimentos de
prestação de serviço, ineficazes."
2. COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL J ^
Coesão w y-^ - c
Quando se escreve um texto, é necessário amarrar a frase seguinte à anterior.

J Isso só é possível se houver o domínio dos princípios básicos de coesão. Cada frase
I enunciada deve manter um vínculo com a anterior ou anteriores para não perder o
; fio do pensamento. A coesão, no entanto não é esse processo de olhar constantemen-
te para trás. Um termo pode esclarecer-se somente na frase seguinte. Se a frase inicial
for: João tinha um grande desejo, está-se criando um movimento para a frase seguin-
te: ele queria ser engenheiro. Cada enunciado do texto deve estabelecer relações
estreitas com os outros a fim de tornar sólida sua estrutura. Mas, além da coesão, é
necessário que haja coerência.
Observe o texto seguinte: 'Vela manhã recebi uma carta repleta de conselhos. Pira uma carta
em branco e não ligueipara os conselhosjá que conselhos não interessam para mim, pois sei cuidar da
minha vida."
Não se pode dizer que falta coesão se analisarmos apenas a estrutura gramatical.
Embora tenha coesão, não tem coerência. O problema situa-se no campo das contra-
dições lógicas. Como uma carta em branco pode estar repleta de conselhos?
A coesão se preocupa com a parte visível do texto, sua superfície, enquanto a

coerência se preocupa com o que se deduz do todo.
Recursos de coesão
Para escrever de forma coesa , há uma série de recursos como:
a) Coesão por elipse

O professor chegou, (ele) apresentou-se e (ele) iniciou a aula.
b) Coesão por referência

"Vou-me embora pra Passárgada. Pá sou amigo do rei. -Lá tenho a mulher que eu
quero." (Manuel Bandeira)
A coesão por referência pode ser obtida pelo uso de pronomes pessoais, pos-
sessivos, demonstrativos, advérbios de lugar, artigos indefinidos. Outros exemplos:
3. FRASE
Na construção da frase é preciso atenção para que as palavras relacionem-se de

modo a produzir um texto com sentido, com progressividade de ideias.
Os paralelismos
Para ajustar bem a frase, devem-se observar os paralelismos, com o devido cuida-
do para que cada enunciado tenha sequência e não deixe a frase truncada ou sem sentido.
Os paralelismos são importantes para manter a coesão textual. Observe a seguinte frase:
"Tratava-se da eleição do Presidente da Câmara e das novas medidas que seriam tomadas ".
O conector e soma duas informações que complementam o verbo tratar {tratava-

se de). Ambas são precedidas da mesma preposição (de), constituindo, assim, um paralelismo.
da eleição do Presidente da Câmara

Tratava-se e
das novas medidas que seriam tomadas
Ao redigir é necessário atenção com as construções paralelas, pois elas garantem

a coesão e a coerência da frase.
Os paralelismos ocorrem dentro da frase, mas podem ocorrer de uma frase

para outra frase e até mesmo entre parágrafos. Veja, por exemplo, o uso do paralelismo
para estruturar um parágrafo em relação a outro. Eliane Cantanhede, em texto publica-
do no jornal Folha de S. Paulo, escreve:
E Carnaval
Antes, o Exército espionava o MST e via guerrilheiros onde havia sem-terras. Se é que
ainda não continua vendo ...
Hoje, porém, Exército e MST fazem parceria para construir salas para o Fórum Social
de Porto Alegre. Aliás, reduto de adversário dos militares.
Antes, Aeronáutica e estudantes da UNE só se cruzavam em relatórios sobre "subver-
sivos". Quando não era em calabouços.
Hoje, Aeronáutica e UNE têm parceria para reativar o Projeto Rondon. Aliás, velha
iniciativa do regime militar reativada pelo governo do PT.
Antes, os órgãos de segurança e os comunistas eram inimigos mortais, literalmente,
mesmo antes de 64.
Hoje, a filha do principal líder comunista da história brasileira, Luiz Carlos Prestes,
presta concurso para trabalhar na Abin (sucessora do SNI e dos seus filhotes). Aliás,
para trabalhar como tradutora justamente de russo, língua que aprendeu no exílio.
Antes, a maioria dos professores universitários e os delegados de polícia eram como
azeite e água, nunca se misturavam.
Hoje, é possível distinguir compenetrados delegados da Polícia Civil de São Paulo em
palestras no núcleo de violência da USP. Aliás, sólido reduto da esquerda académica.
Central d e Concursos —
Antes, era impensável jornalistas trocarem a fantasia para virar militares ou policiais—e vice-versa.
Hoje, quem procura assessorias de imprensa se depara com tenentes e peritos da PF
que eram repórteres. Pode até ser pela simples e boa estabilidade de um concurso
público, mas não é só isso.
(...)
Rompem-se barreiras, preconceitos e sobretudo fronteiras ideológicas que mar-
caram tão profundamente o Brasil e o próprio mundo.
Evidentemente, isso tudo é muito bom. Mas fica uma pulga atrás da orelha. E a
importância do contraditório, de uma certa tensão, do conflito, de assumir um lado? E
a dialética?
Hoje, é Carnaval. Mas o Brasil, com suas absurdas desigualdades, está longe de
ser uma festa. Há muito por que lutar, (gn)
Folha de S.Paulo, 6/2/2005
Ficam bem evidentes os paralelismos existentes nos parágrafos. A autora apro-

veita a data (Domingo de Carnaval) para fazer uma análise da realidade do Brasil de
"hoje", traçando um paralelo com o que ocorria "antes". Começa os parágrafos da
mesma forma a fim de chamar a atenção do leitor para o que marca a oposição entre
antes e hoje. Os parágrafos que mostram o hoje terminam com Aliás... Eexatamente
nesse momento que a autora mostra o paradoxo que está ocorrendo. Conseguiu, dessa
forma, com muita clareza, apresentar sua crítica.
Paralelismos mais frequentes
Com as conjunções:
a) e, nem
"Não adianta ignorar osproblemas nem eximir-se de responsabilidade."
b) não só ... mas também
"0 assunto não só será discutido, mas tambémposto em votação ".
c) mas
'Não estou questionando os resultados, mas os métodos empregados."
d) ou
"0 diretor ou toma uma atitude ou perderá sua autoridade."
e) tanto... quanto
"Estamos analisando tanto seu modo de resolverosproblemas quanto os resultados esperados".
f) isto é, ou seja etc.
"0 povo devia estar preocupado com seufuturo, isto é, com sua sobrevivência".
Com as orações justapostas (coordenadas sem conectivos):
"O movimento de valorização da moeda brasileira diante do dólar se prolonga, se

aprofunda além do que antecipava a grande maioria dos analistas, o saldo entre expor-
tações e importações não dá sinal de deterioração."
(Folha de S.Paulo, 06/2/2005, com adaptações)
Manual d e Redação - 11
4. CONEXÕES
É necessário o emprego adequado dos conectivos para que haja coesão e coe-
rência dentro da frase e entre as frases.
Principais conectivos
I - CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
1- adição e, nem, não só...mas também O médico entrou no quarto e pediu a saída
de todos os presentes.
2- adversidade/oposição mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no A chuva havia parado, mas as pessoas ainda
entanto temiam mais desabamentos.
3- alternância ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja...seja Ou estude, ou arque com as consequências.
4-conciusào logo, portanto, pois (depois do verbo), por isso Eie não se esforçou, por isso não se
surpreendeu com o resultado.
5- explicação que, porque, pois, porquanto, visto que Não se preocupe, que eu tomarei conta de
tudo.
II - CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
(também locuções conjuntivas, preposições e locuções prepositivas)
1 - causa porque, como, já que, visto que, por, Como estava muito resfriado, não foi à
graças a, em virtude de, (+ infinitivo) recepção.
2- comparação mais... que, menos... que, tao/tanto... como, Ele sempre se portou como um garoto
assim como irresponsável.
3- concessão embora, conquanto, ainda que, mesmo que, se Ainda que haja dificuldades, iremos até o
bem que, apesar de (+ infinitivo) fim do projeto.
4- condição se, caso, desde que, a não ser que, a menos que, Ele não poderá assumir o cargo, a menos
contanto que que haja alguma desistência.
5- conformidade conforme, como, segundo Tudo aconteceu como eles haviam previsto.
6- consequência (tão/tanto...) que, de modo que, de sorte que Tanto esforçou-se, que conseguiu ser
aprovado nos exames.
7- finalidade afimde que, para que, Traga seus exercícios para que eu possa
afimde, para (+ infinitivo) corrigi-los.
8- proporcionalidade à proporção que, à medida que Sentíamos mais calor a medida que
avançávamos para o litoral.
9- tempo quando, enquanto, mal, logo que, assim que, Mal amanhece, muita gente vai à praia em
sempre que, desde que busca de peixe fresco.
III - PRONOMES RELATIVOS
que, qual (quais)— para coisa ou pessoa C) livro que li é ótimo. / O livro o qual li é ótimo.
quem - para pessoa Esta é a aluna de quem falei.
cujo - posse Este é o autor com cujas ideias concordo.
onde - lugar A rua onde moro é movimentada.
Atenção: 1- Observar a palavra a que se refere o pronome relativo para evitar erros de concordância verbal:
Xjtmos os livros que foram indicados pelo professor, (que — os quais —> livros)
2 - Respeitar a regência do verbo ou do nome, usando a preposição exigida quando necessário:
Este é o litro a que me refiro.
O verbo referir-se pede a preposição a; por isso, ela aparece antes do que.
Esta á a obra por que tenho admiração.
A preposição por foi exigida pelo substantivo admiração.
5. O PARÁGRAFO
Deve-se marcar o parágrafo por um ligeiro afastamento com relação à margem

esquerda da folha. A extensão do parágrafo depende da unidade temática, já que cada
parágrafo do texto deve tratar de uma ideia.
Costuma-se estruturar dissertações, normalmente, em quatro ou cinco parágrafos (um

parágrafo para a introdução, dois ou três para o desenvolvimento e um para a conclusão).
Essa divisão não é obrigatória. Depende do tema proposto e da abordagem que

se der a ele. Mas é importante observar que a divisão da dissertação em parágrafos - cada
um correspondendo a uma ideia — facilita, a quem escreve, estruturar o texto coerente-
mente, e possibilita, a quem lê, uma melhor compreensão do texto em sua totalidade.
Estruturas do parágrafo
com base em: Antonio Carlos Viana (coord.), in Roteiro de Redação:
Estruturas Simples
Trapalhadas do Fisco
O contribuinte brasileiro precisa receber um melhor tratamento das autoridades
fiscais. Ele é vítima constante de um Leão sempre descontente de sua mordida. Não há
ano em que se sinta a salvo. É sempre surpreendido por novas regras, novas alíquotas,
novos assaltos ao seu bolso.
A Receita Federal precisa urgentemente estabelecer regras constantes que facili-
tem a vida do brasileiro. Essas regras não podem variar ao sabor da troca de ministros.
Cada um que entra se acha no direito de alterar o que foi feito anteriormente.
Agindo assim, a única coisa que se faz de concreto é perpetuar dois tipos de contribu-
intes que bem conhecemos. O que paga em dia seus tributos e o que sonega detodoquanto
é forma. Enquanto este continua livre de qualquer punição, aquele é vítima de impostos cada
vez maiores. A impressão que se tem é de que mais vale ser desonesto que honesto.
Se o brasileiro é empurrado para a sonegação é porque há razões muito fortes
para isso. Ninguém sabe para onde vai o dinheiro arrecadado. O que deveria ser aplica-
do na educação e na saúde some como por milagre ninguém sabe onde. Há muitos
anos que não se fazem investimentos em transportes. Grande parte da população con-
tinua sofrendo por falta de moradia. Paga-se muito imposto em troca de nada.
Vale a pena lembrar o ano de 1991 quando, além das condições costumeiras, os
contribuintes foram surpreendidos com a suspensão da entrega da declaração na data pre-
vista. Um deputado entrou na Justiça alegando inconstitucionalidade no fator multiplicador
do imposto a pagar e a receber. Todos sentiram um alívio, ainda que temporário.
O texto serve para mostrar como se pode desenvolver um tema de forma bem
objetiva. Cada parágrafo foi escrito obedecendo a uma certa estrutura. Esta não é a
única maneira de escrever um texto, mas mostra que há caminhos muito simples para
desenvolvê-lo. Veja as formas aí empregadas:
Central de Concursos -
• Primeiro parágrafo (retomada da palavra-chave):

a) O contribuinte brasileiro precisa receber um melhor tratamento das autoridades fiscais.
b) Ele é vítima constante de um Leão sempre descontente de sua mordida.
c) Não há ano em que se sinta a salvo.
d) É sempre surpreendido por novas regras, novas alíquotas, novos assaltos ao seu bolso.
A palavra-chave deste parágrafo é contribuinte brasileiro (frase a). Ela é retomada

nas frases seguintes através de mecanismos de coesão.
Na frase b, contribuinte brasileiro é substituído por ele. Nas frases ce d, aparece como
sujeito oculto de se sinta e de ésempre surpreendido. Como você pode observar, basta retomar
a palavra-chave a cada frase (de preferência sem repeti-la), acrescentando sempre uma infor-
mação nova a seu respeito. Mas essa não é a única maneira de escrever um parágrafo. Um
texto todo escrito dessa forma tornar-se-ia monótono e o leitor logo se cansaria.
• Segundo parágrafo (por encadeamento):

a) A Receita Federal precisa urgentemente estabelecer regras constantes que facili-
tem a vida do brasileiro.
b) Essas regras não podem variar ao sabor da troca de ministros.
c) Cada um que entra se acha no direito de alterar o que foi feito anteriormente.
Aqui a estrutura já é bem diferente da anterior. A frase b retoma a palavra regras da frase
a, e a frase c retoma ministro (cada um) da frase b, num encadeamento de frase para frase.
No primeiro exemplo, todo o parágrafo está amarrado a uma só palavra. Neste

parágrafo, é como se houvesse uma corrida de revezamento, em que o segundo enuncia-
do leva adiante uma palavra do primeiro, o terceiro do segundo e assim sucessivamente.
Por esse método, o parágrafo pode prolongar-se até onde acharmos conveniente.
É importante observar que há sempre uma palavra que mantém a unidade do

parágrafo. Neste exemplo foi regras. Se não houver, corremos o risco de falarmos de
várias coisas ao mesmo tempo, sem nenhuma coerência.
• Terceiro parágrafo (por divisão):

a) Agindo assim, a única coisa que se faz de concreto é perpetuar dois tipos de
contribuintes que bem conhecemos.
b) O que paga em dia seus tributos e o que sonega de tudo quanto é forma.
c) Enquamto este continua livre de qualquer punição, aquele é vítima de impostos
cada vez maiores.
d) A impressão que se tem é de que mais vale ser desonesto que honesto.
Temos agora um terceiro tipo de estrutura de parágrafo. A frase inicial delimita o

nosso campo explanatório ao dividir os contribuintes em dois tipos. Quando isso acon-
tece, o desenvolvimento do parágrafo restringe-se a explicar os componentes dessa
divisão. A frase b esclarece quais são esses dois tipos de contribuintes. A frase c explica
o que acontece com cada um deles. E a frase d conclui o assunto.
• Quarto parágrafo (por recorte):

a) Se o brasileiro é empurrado para a sonegação é porque há razões muito fortes
para isso.
b) Ninguém sabe para onde vai o dinheiro arrecadado.
c) O que deveria ser aplicado na educação e na saúde some como por milagre
ninguém sabe onde.
d) Há muitos anos que não se fazem investimentos em transportes.
e) Grande parte da população continua sofrendo por falta de moradia.
f) Paga-se muito imposto em troca de nada.
Ao contrário da frase delimitadora do início do terceiro parágrafo, aparece aqui

uma de sentido muito amplo. A palavrara^õfcfleva-nosa pensar muita coisa de uma só
vez. Quando isso acontece, devemos fazer um recorte nas ideias que ela suscita, escolher
apenas um ângulo para ser explorado, fazendo uma enumeração dos exemplos mais
pertinentes.
Que razões seriam essas para o brasileiro driblar o fisco? Entre as muitas que
existem, escolhemos a malversação do dinheiro arrecadado pelo governo (frase b). As
frases c,dze exemplificam as áreas para as quais deveria convergir o imposto, se não
fosse tão mal aplicado. A frase/conclui, dizendo por que há tanta sonegação. E eviden-
te que há outras razões para que muita gente se furte ao pagamento do imposto de
renda, mas nos restringimos a detalhar uma delas: os descaminhos do dinheiro arreca-
dado. Se fôssemos falar de todas as razões, o parágrafo resultaria, provavelmente, lon-
go e confuso.
• Quinto parágrafo (por salto):

a) Vale a pena lembrar o ano de 1991 quando, além das condições costumeiras, os
contribuintes foram surpreendidos com a suspensão da entrega da declaração na
data prevista.
b) Um deputado entrou na Justiça alegando inconstitucionalidade no fator
multiplicador do imposto a pagar e a receber.
c) Todos sentiram um alívio, ainda que temporário.
Diferentemente do que aconteceu nos parágrafos anteriores, aqui não se retoma

nenhum termo da frase de abertura. A primeira vista, parece não haver um elo entre a
primeira e a segunda frase, pois não existe um fator de coesão explícito interrelacionando-
as. O vínculo que existe é mental, por isso é que precisamos reconstituí-lo com nosso
raciocínio. Por que houve tal suspensão? Porque o fator multiplicador do imposto a pagar
e a receber era inconstitucional, daí o deputado ter entrado na Justiça. A suspensão de que
se fala na primeira frase está relacionada com a inconstitucionalidade presente na segunda.
E como se o autor desse um salto, mas sem perder a perspectiva do chão.
Observe que, de qualquer forma, há sempre uma palavra que governa todo o
parágrafo. Neste último foi suspensão, que também está presente na frase c de forma
subentendida, quando se fala do alívio temporário que ela gerou nos contribuintes.
Estruturas mistas
Vimos, assim, cincoformasbásicas para se construir um parágrafo. Mas quere-

mos deixar bem claro que a preocupaçãofoiinteiramente didática. O mais comum é
combinar com habilidade no mesmo parágrafo duas técnicas diferentes, usar uma es-
trutura mista, como acontece no seguinte exemplo:
Todos nós lidamos diariamente com os números. Todavia, poucos são aqueles
que percebem que os números têm um sentido muito mais amplo que o de simples
instrumento de medição. Na verdade, os números têm características e significados
que lhes são próprios. A compreensão dessas características e significados leva a um
caminho de descoberta, ainda que apenas de autodescoberta. Esse caminho, quando
acertado, pode trazer grande compensação em termos de felicidade e sucesso.
(ANDERSON, Mary. Numerologia. Trad. Edith Negraes e Denise Santana. São Paulo, Hemus, s/d, p.9)
As três primeiras frases giram em torno da palavra-chave números. A quarta e a

quinta usam a técnica do encadeamento. Na quarta, retoma-se característica que apareceu
na terceira. Na quinta, é retomada a palavra caminho que apareceu na quarta. O pará-
grafo é construído, assim, a partir de duas técnicas: a retomada da palavra-chave mais o
encadeamento. O importante é não perder o fio da meada. Veja que, mesmo mudando
de técnica, a autora continuou falando do mesmo assunto: números.
E m síntese, eis o que você deve observar para escrever um parágrafo:
1. O parágrafo é formado por um conjunto de enunciados. Todos eles devem

convergir para a produção de um sentido.
2. A primeira frase de cada parágrafo, que se denomina tópico frasal, é sempre
muito importante. Ela deve ter uma palavra de peso que possa ser explorada.
3. Fica difícil desenvolver bem um parágrafo se o tópico frasal for muito vago.
Evite abstrações.
4. Todo parágrafo deve ter sempre uma palavra que o norteie.
5. Cada parágrafo deve explorar uma só ideia. Explorar várias ideias ao mesmo
tempo torna o texto confuso, sem nenhuma coerência.
6. A CONSTRUÇÃO DO TEXTO
A articulação dos parágrafos
Além de dominar as formas mais comuns de estruturação de um parágrafo, é

preciso, também, pensar na estrutura global do texto, ou seja, sua macroestrutura. Veja
como se pode escrever uma redação coerente do princípio ao fim. O primeiro pará-
grafo (parágrafo-chave) é sempre o mais importante. Portanto, verifique se ele dá
margem a uma boa argumentação e a uma boa expansão do tema. Se o parágrafo-
chave estiver mal feito, amontoando-se várias ideias ao mesmo tempo, não se consegui-
rá um bom resultado.
Cada parágrafo deve dar sequência ao anterior. E, portanto, fundamental a

interligação entre eles na organização de um texto, pois eles conduzem nosso processo
reflexivo. Por serem partes de um todo devem articular-se de forma perfeita para que
a informação não se disperse.
Articulação por desmembramento do primeiro parágrafo
Observe o texto de Celso de Oliveira a fim de compreender a forma como ele está
construído:
Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente velhos que
os das metrópoles. Não se trata da idade real de uns e outros, que pode até ser a mesma,
mas dos tempos distintos que eles parecem habitar. Na agitação dos grandes centros, até
mesmo a velhice parece estar integrada na correria; os velhos guardam alguma ansiedade
no olhar, nos modos, na lentidão aflita de quem se sente fora do compasso. Na calmaria
das cidades pequeninas, é como se a velhice de cada um reafirmasse a que vem das
montanhas e dos horizontes, velhice quase eterna, pousada no tempo.
Vejam-se as roupas dos velhinhos interioranos: aquele chapéu de feltro mancha-
do, aquelas largas calças de brim caqui, incontavelmente lavadas, aquele puído dos pu-
nhos de camisas já sem cor tudo combina admiravelmente com a enorme jaqueira do
quintal, com a generosafigueirada praça, com as teias do campanário da igreja. E os
hábitos? Pica-se o fumo de corda, lentamente, com um canivete herdado do século
passado, enquanto a conversa mole se desenrola sem pressa e sem destino.
Na cidade grande, há um quadro que se repete mil vezes ao dia, e que talvez já
diga tudo: o velhinho, no cruzamento perigoso, decide-se, enfim, a atravessar a avenida,
e o faz com aflição, um braço estendido em sinal de pare aos motoristas apressados,
enquanto amiúda o que pode o próprio passo. Parece suplicar ao tempo que diminua
seu ritmo, que lhe dê a oportunidade de contemplar mais demoradamente os ponteiros
invisíveis dos dias passados, e de sondar com calma, nas nuvens mais altas, o sentido de
sua própria história.
Há, pois, velhices e velhices — até que chegue o dia em que ninguém mais tenha
tempo para de fato envelhecer.
Celso de Oliveira
O texto é constituído de quatro parágrafos que se encadeiam de forma coerente,

a partir da palavra-chave velhice do primeiro parágrafo.
• No I parágrafo o autor traça um panorama da velhice, apresentando as dife-
o
renças entre os velhos do interior e os das metrópoles.

• No 2 parágrafo, apresenta características apenas dos velhos do interior.
o
• No 3 parágrafo, apresenta características apenas dos velhos da cidade grande.

o
• No 4 parágrafo, retoma a ideia contida no primeiro parágrafo através da expres-

o
são: "Há pois, velhices e velhices", mostrando que no ritmo em que as coisas vão,
a própria velhice talvez não venha a ter tempo para tomar consciência de si mesma.
Articulação por introdução de novos elementos a cada parágrafo
Também é comum a construção de textos com a introdução de novos elemen-

tos a cada parágrafo.
Observe o texto a seguir:
A Receita Federal brasileira vai iniciar um processo de integração com o fisco

dos demais países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai) para combater as frau-
desfiscaisque estão ocorrendo nas operações comerciais feitas entre empresas do blo-
co económico.
Com a globalização, os chamados "preços de transferência" se transformaram
no principal alvo das administrações tributárias dos países filiados ao Centro
Interamericano de Administradores Tributários (ClAT). Por esse mecanismo, as em-
presas conseguem fraudar ofiscorealizando operações de compra e venda com pre-
ços que não correspondem ao valor real dos produtos ou serviços negociados. Em
todos os casos, é sempre necessário utilizar um paraísofiscal— país que apresenta van-
tagens e isenções tributárias.
No caso de uma exportação, a empresa vende seu produto por um preço muito
baixo, o que caracteriza uma operação não-lucrativa (portanto, sem incidência do Im-
posto de Renda). A venda é intermediada por uma empresa localizada em um paraíso
fiscal, que recoloca o preço em seu patamar real e conclui a venda ao comprador. O
lucro realizado por essa empresa retorna ao exportador sem ónus fiscal.
Na importação, a operação é inversa. O produto é comprado a um preço eleva-
do, reajustado em um paraísofiscalantes de chegar ao seu destino. O importador alega
prejuízo na operação e escapa ao fisco.
"A globalização, que agilizou e sofisticou os negócios entre as empresas, criou
modernas doençasfiscais.Temos que combatê-las", disse o Secretário da Receita Fede-
ral do Brasil, Everardo Maciel, à Folha.
(Folha de S.Paulo — 18/5/97, com adaptações)
O texto é constituído de quatro parágrafos que se encadeiam deformacoerente,

a partir da palavra-chave velhice do primeiro parágrafo.
• No I parágrafo o autor traça um panorama da velhice, apresentando as dife-
o
renças entre os velhos do interior e os das metrópoles.

• - No 2 parágrafo, apresenta características apenas dos velhos do interior.
o
• No 3 parágrafo, apresenta características apenas dos velhos da cidade grande.

o
• No 4 parágrafo, retoma a ideia contida no primeiro parágrafo através da expres-

o
são: "Há pois, velhices e velhices", mostrando que no ritmo em que as coisas vão,
a própria velhice talvez não venha a ter tempo para tomar consciência de si mesma.
Articulação por introdução de novos elementos a cada parágrafo
Também é comum a construção de textos com a introdução de novos elemen-

tos a cada parágrafo.
Observe o texto a seguir:
A Receita Federal brasileira vai iniciar um processo de integração com o fisco

dos demais países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai) para combater as frau-
desfiscaisque estão ocorrendo nas operações comerciais feitas entre empresas do blo-
co económico.
Com a globalização, os chamados "preços de transferência" se transformaram
no principal alvo das administrações tributárias dos países filiados ao Centro
Interamericano de Administradores Tributários (CIAT). Por esse mecanismo, as em-
presas conseguem fraudar ofiscorealizando operações de compra e venda com pre-
ços que não correspondem ao valor real dos produtos ou serviços negociados. Em
todos os casos, é sempre necessário utilizar um paraísofiscal— país que apresenta van-
tagens e isenções tributárias.
No caso de uma exportação, a empresa vende seu produto por um preço muito
baixo, o que caracteriza uma operação não-lucrativa (portanto, sem incidência do Im-
posto de Renda). A venda é intermediada por uma empresa localizada em um paraíso
fiscal, que recoloca o preço em seu patamar real e conclui a venda ao comprador. O
lucro realizado por essa empresa retorna ao exportador sem ónus fiscal.
Na importação, a operação é inversa. O produto é comprado a um preço eleva-
do, reajustado em um paraísofiscalantes de chegar ao seu destino. O importador alega
prejuízo na operação e escapa ao fisco.
"A globalização, que agilizou e sofisticou os negócios entre as empresas, criou
modernas doençasfiscais.Temos que combatê-las", disse o Secretário da Receita Fede-
ral do Brasil, Everardo Maciel, à Folha.
(Folha de S.Paulo - 18/5/97, com adaptações)
O parágrafo inicial
O primeiro parágrafo deve ser redigido de forma criativa. Ele deve atrair a
atenção do leitor. Por isso, evite os lugares-comuns como: atualmente, hoje em dia,
desde épocas remotas, o mundo de hoje, a cada dia que passa, no mundo em que
vivemos, na atualidade...
Sugestão de formas para começar um texto

Com base em: Antonio Carlos Viana (coord.), in Roteiro de Redação:
1. Uma declaração (Tema: Liberação da Maconha)
Ê um grave erro a liberação da maconha. Provocará, de imediato, violenta elevação do consumo.

O Estadoperderá oprecário controle que ainda exerce sobre as drogaspsicotrópicas e nossas instituições
de recuperação de viciados não terão estrutura suficientepara atenderá demanda.
(Alberto Coraba, Isto é, de% 1995)
A declaração é a forma mais comum de começar um texto. Procure fazer uma

declaração forte, capaz de surpreender o leitor.
2. Definição (Tema: O Mito)
O mito, entre ospovosprimitivos, éuma forma de se situar no mundo, isto é, de encontrar o seu
lugar entre os demais seres da natureza. É um modo ingénuo, fantasioso, anterior a toda reflexão e não-
crítico de estabelecer algumas verdades que não só explicam parte dosfenómenos naturais ou mesmo a
construção cultural, mas que dão, também, asformas da ação humana.
(ARANHA, Maria Lúría de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires.
Temas de Filosofia. São Paulo, Moderna, 1992. P.62.)
A definição é uma forma simples e muito usada em parágrafos-chave, sobretudo

em textos dissertativos. Pode ocupar só a primeira frase ou todo o primeiro parágrafo.
3. Divisão (Tema: Exclusão Social)
Predominam ainda no Brasil duas convicções erróneas sobre oproblema da exclusão social: a de
que ela deve ser enfrentada apenaspelopoder público e a de que sua superação envolve muitos recursos e
esforços extraordinários. Experiências relatadas nesta Folha mostram que o combate à marginalidade
social em Nova York vem contando com intensivos esforços do poderpúblico e ampla participação da
iniciativaprivada.
(Folha de S. Paulo, 17 dez. 1996.)
Ao dizer que há duas convicções erróneas,ficalogo clara a direção que o parágrafo vai
tomar. O autor terá de explicá-las na frase seguinte.
4. Oposição (Tema: A Educação no Brasil)
De um lado, professores malpagos, desestimulados, esquecidos pelo governo. De outro, gastos

excessivos com computadores, antenasparabólicas, aparelhos de videocassete. É este o paradoxo que vive
hoje a educação no Brasil.
As duas primeiras frases criam uma oposição (de um lado / de outro) que
estabelecerá o rumo da argumentação.
Também se pode criar uma oposição dentro da frase, como neste exemplo:
Vários motivos me levaram a este livro. Dois se destacam pelo grau de envolvimento: raiva e
esperança. Explico-me: raiva por ver o quanto a cultura ainda é vista como artigo supérfluo em nossa
terra; esperançapor observar quantos movimentos culturais têm acontecido em nossa história, e quase
sempre comoforma de resistência e/ou transformação. (...)
(FEIJÓ, Martin César O que é política cultural. São Paulo, Brasiliense, 1985, p.7)
O autor estabelece a oposição e logo depois explica os termos que a compõem.
5. Alusão histórica (Tema: Globalização)

Após a queda do Muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos leste-oeste e o mundo parece ter
aberto de ve% as portas para a globalização. Asfronteirasforam derrubadas e a economia entrou em
rota acelerada de competição.
O conhecimento dos principais fatos históricos ajuda a iniciar um texto. O leitor

é simado no tempo e pode ter uma melhor dimensão do problema.
6. Uma pergunta (Tema: A Saúde no Brasil)
Será que é com novos impostos que a saúde melhorará no Brasil? Os contribuintesjá estão
cansados de tirar dinheiro do bolso para tapar um buraco que parece não terfim. A cada ano, somos
lesadospor novos impostospara alimentar um sistema que sóparece piorar.
A pergunta não é respondida de imediato. Ela serve para despertar a atenção do

leitor para o tema e será respondida ao longo da argumentação.
7. Uma frase nominal seguida de explicação (Tema: A Educação no Brasil)
Uma tragédia. Essa é a conclusão daprópria Secretaria de A-valiação e Informação Educaci-

onal do Ministério da Educação e Cultura sobre o desempenho dos alunos do 3 ano do 2 grau o o
submetidos ao Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que ainda avaliou estudantes da 4 a
série e da 8 série do 1 "grau em todas as regiões do território nacional.

a
(Folha de S. Paulo, 27 nov. 1996.)
A palavra tragédia é explicada logo depois, retomada por essa é a conclusão.
8. Adjetivação (Tema: A Educação no Brasil)
Equivocada epouco racionai. Esta a verdadeira adjetivaçãopara apolítica educacional do governo.

(Anderson Sanches, Infocus, n. 5, ano 1, out. 1966, p.2)
A adjetivação inicial será a base para desenvolver o tema. O autor dirá, nos
parágrafos seguintes, por que acha a política educacional do governo equivocada e
pouco racional.
9. Citação (Tema: Política Demográfica)
"As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não chorarem mais,
trazerem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem as costas e irem embora." O
comentário, do fotógrafo Sebastião Salgado, falando sobre o que viu em Ruanda, é um
acicate no estado de letargia ética que domina algumas nações do Primeiro Mundo.
{Dl FRANCO, Carlos Alberto, jornalismo, ética e qualidade. Rio de Janeiro, Voês, 1995. P.73.)
A citação inicial facilita a continuidade do texto, pois ela é retomada pela palavra
comentário da segunda frase.
10. Citação de forma indireta (Tema: Consumismo)
Para Marx a religião é o ópio do povo. RaymondAron deu o troco: o marxismo é o ópio dos
intelectuais. Mas nos Estados Unidos o ópio do povo é mesmo irás compras. Como as modas americanas
são contagiosas, êbom verde que se trata.
{Cláudio de Moura e Castro, Veja, 15 nov. 1996.)
Esse recurso deve ser usado quando não sabemos textualmente a citação. E
melhor citar de forma indireta que de forma errada.
11. Exposição do ponto de vista oposto (Tema: O Provão)
O Ministro da Educação se esforça para convencer de que o provão efundamental para a

melhoria da qualidade de ensino. Para isso, vem ocupando generosos espaços na mídia efazendo milioná-
ria campanhapublicitária, ensinando como gastar mal o dinheiro que deveria ser investido na educação.
{Orlando Silva júnior e Eder Roberto Silva, Folha de S.Pauto, 5 nov. 1996.)
Ao começar o texto com a opinião contrária, delineia-se, de imediato, qual a

posição dos autores. Seu objetivo será refutar os argumentos do opositor, numa espé-
cie de contra-argumentação.
12. Comparação (Tema: Reforma Agrária)
O tema da reforma agrária estápresente há bastante tempo nas discussões sobre osproblemas mais
graves que afetam o Brasil. Numa comparação entre o movimentopela abolição da escravidão no Brasil, no
final do séculopassado e, atualmente, o movimentopela reforma agrária, podemosperceber algumas seme-
lhanças. Como na época da abolição da escravidão, existiam elementosfavoráveis e contrários a ela, também
hoje há os que são afavor e os que são contra a implantação da reforma agrária no Brasil.
(OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução ã socióloga. São Paulo, Atiça, 1991. P.101.)
Para introduzir o tema da reforma agrária, o autor comparou a sociedade de hoje

com a do final do século XIX, mostrando a semelhança do comportamento entre elas.
13. Retomada de um provérbio (Tema: Mídia e Tecnologia)
O corriqueiro adágio de que o pior cego éo que não quer ver se aplica com perfeição na análise
sobre o atual estágio da mídia: desconhecer ou tentar ignorar os incríveis avanços tecnológicos de nossos
dias, e supor que eles não terão reflexosprofundos nofuturo dosjornais é simplesmente impossível.
Qayme Sirotsky, Folha de S. Paulo, 5 bfeç 1995.)
Sempre que você usar esse recurso, não escreva o provérbio simplesmente. Faça
um comentário sobre ele para quebrar a ideia de lugar-comum que todos eles trazem.
No exemplo acima, o autor diz: "o corriqueiro adágio" e assim demonstra que está
consciente de que está partindo de algo por demais conhecido.
14. Ilustração (Tema: Aborto)
O Jornal do Comércio, de Manaus, publicou um anúnáo em que umajovem de dezoito anos,já

mãe de duasfilhas, diîa estargrávida mas não queria a criança. Ela a entregaria a quem se dispusesse
apagar sua ligação de trompas. Preferia dar ofilhoa ter quefaêrum aborto.
O tema étabu no Brasil. (...)
(Antonio Carlos Viana, 0 Quê, edição de 16 a 22 jul. 1994.)
Você pode começar narrando um fato para ilustrar o tema. Veja que a coesão do
parágrafo seguinte se faz de forma fácil: a palavra tema retoma a questão que vai ser
discutida.
15. Uma sequência defrasesnominais (frases sem verbo) (Tema: A Impunidade no Brasil)
Desabamento de shopping em Osasco. Morte de velhinhos numa clínica do Pão. Meia centena de
mortes numa clínica de hemodiálise em Caruaru. Chacina de sem-terra em Eldorado dos Carajás.
Muitos mesesjá sepassaram e essesfatos continuam impunes.
O que se deve observar nesse tipo de introdução são os paralelismos que dão
equilíbrio às diversas frases nominais. A estrutura de cada frase deve ser semelhante.
16. Alusão a um romance, um conto, um poema, umfilme(Tema: A Intolerância Religiosa)
Quem assistiu aofilmeA rainha Margot, com a deslumbrante Isabelle Adjani, ainda deve
ter osfatos vivos na memória. Na madrugada de 24 de agosto de 1572, as tropas do rei de França, sob
ordens de Catarina de Médias, a rainha-mãe e verdadeira governante, desencadearam uma das mais
tenebrosas carnificinas da História. (...)
Desse horror a História do Brasil estápraticamente livre. (...)
(Veja, 25 out. 1995.)
O resumo do filme A rainha Margot serve de introdução para desenvolver o

tema da intolerância religiosa. A coesão com o segundo parágrafo dá-se através da
palavra horror, que sintetiza o enredo do filme contado no parágrafo inicial.
17. Descrição de um fato de forma cinematográfica (Tema: Violência Urbana)
Madrugada de 11 de agosto. Moema, bairro paulistano de classe média. Choperia Bodega — um

bar da moda, frequentado por jovens bem-nascidos.
Um assalto. Cinco ladrões. Todos truculentos. Duaspessoas mortas: Adriana Ciola, 23, e José
Renato Tahan, 25. Ela, estudante. Ele, dentista.
(Josias de Souâ, Folha de S. Paulo, 30 set. 1996.)
O parágrafo é desenvolvido por flashes, o que dá agilidade ao texto e prende a

atenção do leitor. Depois desses dois parágrafos, o autor fala da origem do movimento
"Reage São Paulo".
18. Omissão de dados identificadores (Tema: Ética)
Mas o que significa, afinal, esta palavra, que virou bandeira dajuventude? Com certeza não é
algo que se refira somente à política ou às grandes decisões do Brasil e do mundo. Segundo Tarcísio
Padilha, ética é um estudofilosóficoda ação e da conduta humanas cujos valores provêm da própria
natureza do homem e se adaptam às mudanças da história e da sociedade.
(O Globo, 13 set. 1992.)
As duas primeiras frases criam no leitor certa expectativa em relação ao tema que
se mantém em suspenso até a terceira frase. Pode-se também construir todo o primeiro
parágrafo omitindo o tema, esclarecendo-o apenas no parágrafo seguinte.
7. ARGUMENTAÇÃO
Quem escreve um texto tem um ponto de vista sobre determinado assunto e

deve ter a preocupação de convencer o leitor. Todo texto expressa a intenção de seu
autor de persuadir o leitor. Portanto, argumentar bem é imprescindível para atingir o
objetivo a que o texto se propõe.
Pressupostos e argumentos
Pressuposto é o ponto de vista do autor sobre determinado assunto. Ao escre-

ver, é importante manter-se fiel ao tema, com o devido cuidado para não se perder
dentro do tema proposto. A prova já vem com o tema determinado. E necessário,
então, definir qual seu posicionamento em relação ao assunto, criar um pressuposto
para poder encaminhá-lo, para deixar bem claro o ponto de vista, selecionar argumen-
tos que possam sustentar esse posicionamento e organizar o texto de modo a garantir
uma sequência lógica, com progressividade de ideias que produzam sentidos. Só se
consegue manter a unidade do texto e a produção de sentidos se houver uma boa
argumentação.
O pressuposto deve estar bem formulado, dando margem a uma boa argumen-
tação. Deve, também, dar margem a divergências, senão fica difícil argumentar. Ele é
uma espécie de "ideia fixa" que deverá ser mantida do princípio ao fim do texto. E
preciso demonstrar que temos uma posição firmada diante do assunto e que somos
fiéis à ideia que defendemos. Escrever bem é saber argumentar bem.
A redação é um processo mental, não se deve começar a escrever intempes-

tivamente. Antes de iniciar a redação é preciso pensar, de antemão, como podemos
conduzir nossa argumentação, que direção pretendemos tomar. Para isso, é necessário
formular um pressuposto a partir do qual vamos encaminhá-lo, afimde deixar bem
claro nosso ponto de vista. Para um tema tão amplo como educação, por exemplo, a
primeira atitude é recortá-lo, ou seja, especificar nosso campo de questionamento, que
será nosso ponto de partida.
Veja alguns pressupostos possíveis para o tema educação:

• O Brasil só resolverá seus problemas quando a educação for preocupação
prioritária do governo.
• Não se pode pensar em desenvolvimento sem antes pensar em educação.
• A ansiada passagem do Brasil para o Primeiro Mundo só se dará quando se
resolverem os problemas da educação.
Cada pressuposto criará um tipo de desenvolvimento de texto. É necessário

procurar argumentos que os sustentem. Consegue-se isso transformando o argumento
em uma pergunta: "por quê?", "como?"
16. Alusão a um romance, um conto, um poema, umfilme(Tema: A Intolerância Religiosa)
Quem assistiu aofilmeA rainha Margot, com a deslumbrante Isabelle Adjani, ainda deve
ter osfatos vivos na memória. Na madrugada de 24 de agosto de 1572, as tropas do rei de França, sob
ordens de Catarina de Médias, a rainha-mãe e verdadeira governante, desencadearam uma das mais
tenebrosas carnificinas da História. (...)
Desse horror a História do Brasil estápraticamente livre. (...)
(Veja, 25 Uri. 1995.)
O resumo do filme A rainha Margot serve de introdução para desenvolver o

tema da intolerância religiosa. A coesão com o segundo parágrafo dá-se através da
palavra horror, que sintetiza o enredo do filme contado no parágrafo inicial.
17. Descrição de um fato de forma cinematográfica (Tema: Violência Urbana)
Madrugada de 11 de agosto. Moema, bairro paulistano de classe média. Choperia Bodega — um

barda moda, frequentado por jovens bem-nascidos.
Um assalto. Cinco ladrões. Todos truculentos. Duaspessoas mortas: Adriana Gola, 23, eJosé
Renato Tahan, 25. Tila, estudante. Tile, dentista.
(Josias de Souâ, Folha de S. Paulo, 30 set. 1996.)
O parágrafo é desenvolvido por flashes, o que dá agilidade ao texto e prende a

atenção do leitor. Depois desses dois parágrafos, o autor fala da origem do movimento
"Reage São Paulo".
18. Omissão de dados identificadores (Tema: Ética)
Mas o que significa, afinal, esta palavra, que virou bandeira dajuventude? Com certeza não é
algo que se refira somente à política ou às grandes decisões do Brasil e do mundo. Segundo Tarcísio
Padilha, ética é um estudofilosóficoda ação e da conduta humanas cujos valores provêm da própria
natureza do homem e se adaptam às mudanças da história e da sociedade.
(0 Globo, 13 set. 1992.)
As duas primeiras frases criam no leitor certa expectativa em relação ao tema que
se mantém em suspenso até a terceira frase. Pode-se também construir todo o primeiro
parágrafo omitindo o tema, esclarecendo-o apenas no parágrafo seguinte.
7. ARGUMENTAÇÃO
Quem escreve um texto tem um ponto de vista sobre determinado assunto e

deve ter a preocupação de convencer o leitor. Todo texto expressa a intenção de seu
autor de persuadir o leitor. Portanto, argumentar bem é imprescindível para atingir o
objetivo a que o texto se propõe.
Pressupostos e argumentos
Pressuposto é o ponto de vista do autor sobre determinado assunto. Ao escre-

ver, é importante manter-se fiel ao tema, com o devido cuidado para não se perder
dentro do tema proposto. A prova já vem com o tema determinado. E necessário,
então, definir qual seu posicionamento em relação ao assunto, criar um pressuposto
para poder encaminhá-lo, para deixar bem claro o ponto de vista, selecionar argumen-
tos que possam sustentar esse posicionamento e organizar o texto de modo a garantir
uma sequência lógica, com progressividade de ideias que produzam sentidos. Só se
consegue manter a unidade do texto e a produção de sentidos se houver uma boa
argumentação.
O pressuposto deve estar bem formulado, dando margem a uma boa argumen-
tação. Deve, também, dar margem a divergências, senão fica difícil argumentar. Ele é
uma espécie de "ideia fixa" que deverá ser mantida do princípio ao fim do texto. É
preciso demonstrar que temos uma posição firmada diante do assunto e que somos
fiéis à ideia que defendemos. Escrever bem é saber argumentar bem.
A redação é um processo mental, não se deve começar a escrever intempes-

tivamente. Antes de iniciar a redação é preciso pensar, de antemão, como podemos
conduzir nossa argumentação, que direção pretendemos tomar. Para isso, é necessário
formular um pressuposto a partir do qual vamos encaminhá-lo, a fim de deixar bem
claro nosso ponto de vista. Para um tema tão amplo como educação, por exemplo, a
primeira atitude é recortá-lo, ou seja, especificar nosso campo de questionamento, que
será nosso ponto de partida.
Veja alguns pressupostos possíveis para o tema educação:

• O Brasil só resolverá seus problemas quando a educação for preocupação
prioritária do governo.
• Não se pode pensar em desenvolvimento sem antes pensar em educação.
• A ansiada passagem do Brasil para o Primeiro Mundo só se dará quando se
resolverem os problemas da educação.
Cada pressuposto criará um tipo de desenvolvimento de texto. É necessário

procurar argumentos que os sustentem. Consegue-se isso transformando o argumento
em uma pergunta: "por quê?", "como?"
• Por que o Brasil só resolverá seus problemas quando a educação for preocupa-
ção prioritária do governo?
• Por que não se pode pensar em desenvolvimento sem antes pensar em educação?
• Por que a ansiada passagem do Brasil para o Primeiro Mundo só se dará quando
se revolverem os problemas da educação?
As respostas serão seus argumentos, e cada uma delas servirá de base para a
construção dos parágrafos.
A revista Veja de 16 de fevereiro de 2005 publicou reportagem mostrando como

a Coreia do Sul superou seu problema económico, saindo da miséria e inserindo-se no
primeiro mundo a partir de investimento maciço na educação fundamental. A matéria
começa com "7 Lições da Coreia para o Brasil" - O que o país pode aprender com o
bem-sucedido modelo de educação implantado na Coreia do Sul:
1. Concentrar os recursos públicos no ensino fundamental - e não na universidade
— enquanto a qualidade nesse nível for sofrível.
2. Premiar os melhores alunos com bolsas e aulas extras para que desenvolvam seu talento.
3. Racionalizar os recursos para dar melhores salários aos professores.
4. Investir em poios universitários voltados para a área tecnológica.
5. Atrair o dinheiro das empresas para a universidade, produzindo pesquisa afinada
com as demandas do mercado.
6. Estudar mais. Os brasileiros dedicam cinco horas por dia aos estudos, menos da
metade do tempo dos coreanos.
7. Incentivar os pais a se tornarem assíduos participantes nos estudos dos filhos.
Cada item dessas "7 Lições" poderia servir de argumento para os pressupostos
apresentados acima.
Uma boa argumentação sustenta-se basicamente em:
1. Argumentos de valor universal — aqueles que não podem ser contestados. Se

você diz, por exemplo, que sem resolver os problemas da família não se resol-
vem os das crianças de rua, vai ser difícil alguém contradizê-lo. E um argumento
forte, que terá a adesão de qualquer pessoa. Evite, portanto, argumentos muito
pessoais, afirmações baseadas em emoções, sentimentos, preconceitos, crenças.
Use sempre argumentos relevantes, adequados à defesa de seu ponto de vista;
2. Dados colhidos na realidade — as informações têm de ser exatas e de conhe-

cimento de todos. Com informações falsas, que não têm respaldo na realidade,
você não conseguirá convencer ninguém;
3. Citações de autoridades - você pode usar citações de autoridades, desde que

tenha certeza de que autor disse exatamente aquilo, senão, use a citação indireta;
4. Exemplos e ilustrações - pode-se recorrer a exemplos, a fatos conhecidos,

para reforçar a argumentação, a fatos que a ilustrem.
Observe, neste texto de Marilena Chauí, pressuposto, argumentos e conclusão:
No campo da ética
Costuma-se dizer que os fins justificam os meios, de modo que, para alcançar
um fim legítimo, todos os meios disponíveis são válidos. No campo da ética, porém,
essa afirmação deixa de ser óbvia.
Suponhamos uma sociedade que considere um valor e um fim moral a lealdade
entre seus membros, baseada na confiança recíproca. Isso significa que a mentira, a
inveja, a adulação, a má-fé, a crueldade e o medo deverão estar excluídos da vida moral,
e as ações que se valham desses recursos, empregando-os como meios para alcançar
um fim, serão imorais.
No entanto, poderia acontecer que, para forçar alguém à lealdade, fosse preciso
fazê-lo sentir medo da punição pela deslealdade, ou fosse preciso mentir-lhe para que
não perdesse a confiança em certas pessoas e continuasse leal a elas.
Nesses casos, ofim— a lealdade — não justificaria os meios — o medo e a menti-
ra? A resposta ética é: não. Por quê? Porque esses meios desrespeitam a consciência e a
liberdade da pessoa moral, que agiria por coação externa e não por reconhecimento
interior e verdadeiro dofimético.
No campo da ética, portanto, nem todos os meios são justificáveis, mas apenas
aqueles que estão de acordo com os fins da própria ação. Em outras palavras, fins
éticos exigem meios éticos.
A relação entre meios efinspressupõe que a pessoa moral não existe como um
fato dado, como um fenómeno da Natureza, mas é instaurada pela vida inter sub jetiva
e social, precisando ser educada para os valores morais e para as virtudes.
Pressuposto: Nem sempre osfinsjustificam os meios.

Argumentos: Os meios só se justificam quando não são contrários aosfinsde uma ação.
Conclusão: E necessária uma educação moral para que bem se ajustem meios e fins.
8. QUALIDADES E DEFEITOS DE UM TEXTO
Qualidades de um texto
As qualidades que um bom texto deve apresentar, são:

a) Concisão: ser conciso significa que o texto não deve apresentar abuso de palavras
para exprimir uma ideia. Deve ir direto ao assunto, não ficar "enrolando". Significa,
enfim, eliminar tudo aquilo que é desnecessário.
b) Correção: a linguagem utilizada na redação deve estar de acordo com a norma culta.
O conhecimento das normas que regem o uso da língua é fundamental para

produção de um texto correto. Cuidado com alguns desvios de linguagem que podem
prejudicar a redação de textos:
• Grafia - se tiver dúvida sobre a grafia da palavra, troque-a por outra;
• Flexão de palavras — cuidado com os plurais e femininos das palavras;
• Concordância — atenção para a concordância nominal: artigo, adjetivo, numeral e
pronome concordam em género (masculino e feminino) e número (singular e
plural) com o substantivo a que se referem e concordância verbal: o verbo con-
corda com o sujeito em número e pessoa;
• Regência -fiqueatento à regência dos verbos e dos nomes, principalmente quanto
ao uso correto das preposições;
• Colocação dos pronomes - observe a colocação dos pronomes oblíquos áto-
nos (me, te, se, nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes) e utilize corretamente ênclise,
próclise ou mesóclise;
c) Clareza: a clareza consiste na expressão da ideia de forma que possa ser rapidamen-
te compreendida pelo leitor.
São inimigos da clareza: a desobediência às normas da língua, os períodos longos, o
vocabulário rebuscado ou impreciso.
d) Elegância: consiste numa leitura de texto agradável ao leitor. E conseguida quando
se observam as qualidades apontadas anteriormente e também pelo conteúdo do texto,
que deve ser original, criativo.
e) Vocabulário: escreva com simplicidade.
"Entre duaspalavras, escolha sempre a mais simples; entre duaspalavras simples, escolha a mais curta."
(Paul Valéry)
Evite, também, duas ou mais palavras quando uma é capaz de substituí-las. Use:
o governador em vez de o chefe do executivo
o presidente em vez de o chefe da nação
para em vez de com o objetivo de
em 1998 em vez de no ano de 1998
Defeitos de um texto
Ao escrever, devem-se evitar defeitos que podem prejudicar a compreensão do

texto. Os defeitos que empobrecem o texto são:
a) Ambiguidade - ambiguidade (ou anfibologia) ocorre quando a frase apresenta

mais de um sentido. Isso acontece por má pontuação, inadequação na ordem das pala-
vras, ou mau emprego de palavras ou expressões. Ambiguidade compromete a clareza,
dificultando a compreensão do texto.
Exemplos: "Com o início do horário de verão na próxima segunda-feira, a bolsa

de valores passará a funcionar das ..." — A vírgula fez a circunstância de tempo "na
próxima segunda-feira" indicar quando começaria o horário de verão. O que se preten-
dia informar era que, a partir da segunda-feira seguinte, a bolsa de valores passaria a
funcionar em determinado horário. Para transmitir essa informação, a frase deveria
estar pontoada da seguinte maneira: "Com o início do horário de verão, na próxima
segunda-feira a bolsa de valores passará a funcionar das ..."
"Deputados tentam 'limpar' obras com irregularidades." - da maneira como está

redigida a frase, fica a seguinte dúvida: os deputados tentaram "limpar", "legalizar"
obras irregulares ou praticaram atos irregulares com o pretexto de "limpar"? Para dar
clareza à frase e evitar a ambiguidade, conforme o sentido, poderia haver a inversão da
expressão "com irregularidades" : "Com irregularidades, deputados tentam 'limpar'
obras." Com o outro sentido, trocar a expressão "com irregularidades" pelo adjetivo
"irregulares": "Deputados tentam 'limpar' obras irregulares."
"Governador disse ao Prefeito que seu projeto será analisado na próxima sema-
na." Projeto de quem? Do Governador ou do Prefeito? A ambiguidade foi causada
pelo uso do pronome possessivo seu, que pode estar se referindo tanto a um elemento
quanto ao outro.
b) Obscuridade — obscuridade é a falta de clareza. A obscuridade de um texto pode

ser determinada por vários motivos: períodos muito longos, linguagem rebuscada, má
pontuação.
Observe: "Encontrar a mesma ideia vertida em expressões antigas mais claras, expres-
siva e elegantemente tem-me acontecido inúmeras vezes na minha prática longa, aturada
e contínua do escrever depois de considerar necessária e insuprível uma locução nova
por muito tempo."
c) Pleonasmo - o pleonasmo (ou redundância) consiste na repetição desnecessária de

um termo.
Exemplos: Por que você compraria uma enciclopédia se pode ganhar uma grátis?
8. QUALIDADES E DEFEITOS DE UM TEXTO
Qualidades de um texto
As qualidades que um bom texto deve apresentar, são:

a) Concisão: ser conciso significa que o texto não deve apresentar abuso de palavras
para exprimir uma ideia. Deve ir direto ao assunto, não ficar "enrolando". Significa,
enfim, eliminartodoaquilo que é desnecessário.
b) Correção: a linguagem utilizada na redação deve estar de acordo com a norma culta.
O conhecimento das normas que regem o uso da língua é fundamental para

produção de um texto correto. Cuidado com alguns desvios de linguagem que podem
prejudicar a redação de textos:
• Grafia - se tiver dúvida sobre a grafia da palavra, troque-a por outra;
• Flexão de palavras — cuidado com os plurais e femininos das palavras;
• Concordância — atenção para a concordância nominal: artigo, adjetivo, numeral e
pronome concordam em género (masculino e feminino) e número (singular e
plural) com o substantivo a que se referem e concordância verbal: o verbo con-
corda com o sujeito em número e pessoa;
• Regência -fiqueatento à regência dos verbos e dos nomes, principalmente quanto
ao uso correto das preposições;
• Colocação dos pronomes - observe a colocação dos pronomes oblíquos áto-
nos (me, te, se, nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes) e utilize corretamente ênclise,
próclise ou mesóclise;
c) Clareza: a clareza consiste na expressão da ideia de forma que possa ser rapidamen-
te compreendida pelo leitor.
São inimigos da clareza: a desobediência às normas da língua, os períodos longos, o
vocabulário rebuscado ou impreciso.
d) Elegância: consiste numa leitura de texto agradável ao leitor. E conseguida quando
se observam as qualidades apontadas anteriormente e também pelo conteúdo do texto,
que deve ser original, criativo.
e) Vocabulário: escreva com simplicidade.
"Entre duaspalavras, escolha sempre a mais simples; entre duaspalavras simples, escolha a mais curta."
(Paul Valéry)
Evite, também, duas ou mais palavras quando uma é capaz de substituí-las. Use:
o governador em vez de o chefe do executivo
o presidente em vez de o chefe da nação
para em vez de com o objetivo de
em 1998 em vez de no ano de 1998
Defeitos de um texto
Ao escrever, devem-se evitar defeitos que podem prejudicar a compreensão do

texto. Os defeitos que empobrecem o texto são:
a) Ambiguidade — ambiguidade (ou anfibologia) ocorre quando a frase apresenta

mais de um sentido. Isso acontece por má pontuação, inadequação na ordem das pala-
vras, ou mau emprego de palavras ou expressões. Ambiguidade compromete a clareza,
dificultando a compreensão do texto.
Exemplos: "Com o início do horário de verão na próxima segunda-feira, a bolsa

de valores passará a funcionar das..." — A vírgula fez a circunstância de tempo "na
próxima segunda-feira" indicar quando começaria o horário de verão. O que se preten-
dia informar era que, a partir da segunda-feira seguinte, a bolsa de valores passaria a
funcionar em determinado horário. Para transmitir essa informação, a frase deveria
estar pontuada da seguinte maneira: "Com o início do horário de verão, na próxima
segunda-feira a bolsa de valores passará a funcionar das ..."
"Deputados tentam 'limpar' obras com irregularidades." - da maneira como está

redigida a frase, fica a seguinte dúvida: os deputados tentaram "limpar", "legalizar"
obras irregulares ou praticaram atos irregulares com o pretexto de "limpar"? Para dar
clareza à frase e evitar a ambiguidade, conforme o sentido, poderia haver a inversão da
expressão "com irregularidades" : "Com irregularidades, deputados tentam 'limpar'
obras." Com o outro sentido, trocar a expressão "com irregularidades" pelo adjetivo
"irregulares": "Deputados tentam 'limpar' obras irregulares."
"Governador disse ao Prefeito que seu projeto será analisado na próxima sema-
na." Projeto de quem? Do Governador ou do Prefeito? A ambiguidade foi causada
pelo uso do pronome possessivo seu, que pode estar se referindo tanto a um elemento
quanto ao outro.
b) Obscuridade — obscuridade é a falta de clareza. A obscuridade de um texto pode

ser determinada por vários motivos: períodos muito longos, linguagem rebuscada, má
pontuação.
Observe: "Encontrar a mesma ideia vertida em expressões antigas mais claras, expres-
siva e elegantemente tem-me acontecido inúmeras vezes na minha prática longa, aturada
e contínua do escrever depois de considerar necessária e insuprível uma locução nova
por muito tempo."
c) Pleonasmo - o pleonasmo (ou redundância) consiste na repetição desnecessária de

um termo.
Exemplos: Por que você compraria uma enciclopédia se pode ganhar uma grátis?
Observação: alguns pleonasmos passam despercebidos quando escrevemos. Veja os

mais comuns e troque-os pela forma exata:
a cada dia que passa = a cada dia

acabamentos finais = acabamentos
continua ainda = continua
elo de ligação = elo
encarar de frente = encarar
há dez anos atrás = há dez anos
juntamente com = com
monopólio exclusivo = monopólio
unanimidade de todos = unanimidade
Veja mais algumas frases erróneas, tantas vezes repetidas, com as quais já nos
acostumamos, mas que devem ser evitadas:
Criar novos empregos. Se vai criar algo, sópode ser novo.

Conviver junto. Conviver, sópode ser junto.
Despesas com gastos. Despesas egastos são sinónimos.
Erário público. Consta no dicionário que erário ê o tesouro público.
Habitat natural. Todo habitat é natural.
Labaredas de fogo. Tabaredas sópodem ser defogo.
Manter o mesmo time. Se vai manter o time, sópode ser o mesmo.
Pequenos detalhes. Não existem grandes detalhes.
Planos ou projetos para o futuro. Não sefaêm planospara o passado.
Sua autobiografia. Se é autobiografiajá ésua.
d) Cacofonia - A cacofonia (ou cacófato) consiste na produção de som desagradável

pela união das sílabasfinaisde uma palavra com as iniciais de outra.
Exemplos: Nunca gaste dinheiro com bobagens. Melhor dizer: Jamais gaste....
Uma herdeira confisca gado em Mato Grosso. Melhor dizer: Gado é confiscado
por ...
Estas ideias, como as concebo, são irrealizáveis. Melhor dizer: ...como são concebidas
por mim...
Mande-me já os documentos. Melhor dizer: Mande-me imediatamente...
e) Eco - Consiste na repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.

Exemplo: Não se realizará mais amanhã a caminhada divulgada nos jornais.
Melhor dizer: Não se realizará mais amanhã a caminhada que os jornais divulga-
ram ontem.
f) Prolixidade — A prolixidade consiste na utilização de mais palavras do que o neces-

sário para exprimir uma ideia; é, portanto, o oposto de concisão. Ser prolixo é ficar
"enrolando", não ir direto ao assunto.
Devem-se evitar expressões que não acrescentam nada ao texto, servindo tão-
somente para prolongar o discurso e que podem tornar um texto prolixo. São expres-
sões como: antes de mais nada, pelo contrário, por outro lado, por sua vez, utilizadas,
muitas vezes, para prolongar o discurso.
Disse Ruy Barbosa: " (...) esta minha a que chamam prolixidade, bem fora estaria de
merecer os despreîlhos, que nesse vocábulo me torcem o nari^. A mais copiosa das orações não é, ainda
assim, difusa, quando o assunto não comportara menos dilatado tratamento. Não haveráprolixidade,
em não havendo sobejidão; e o discurso não entra a cair no vicio do sobejo senão quando excede a medida
à matéria do seu tema. Sóprincipia a superabundância, onde se começa a descobrira superfluidade."
• Devem ser evitados, também, lugares-comuns, frases feitas, modismos, que empo-
brecem o texto:
agradar a gregos e troianos estar em petição de miséria

arrebentar a boca do balão ficar literalmente arrasado
botar pra quebrar inflação galopante
caixinha de surpresa ir de vento em popa
caloroso abraço nos píncaros da glória
chover no molhado passar em brancas nuvens
dar com os burros n'água segurar com unhas e dentes
deixar o barco correr solto ser a tábua de salvação
dizer cobras e lagartos silêncio sepulcral
esmagadora maioria ter um lugar ao sol
estar com a bola toda vitória esmagadora
• Evite, também, chavões para terminar o texto, tais como: diante do exposto, conforme o
mencionado aáma,pelo quefoi dito aáma, após as considerações aáma.
• Procure, sempre, por uma linguagem própria, distante do lugar-comum.
LEMBRE-SE: escreva sempre seu texto pensando no leitor a que se destina.
9. PALAVRAS E EXPRESSÕES QUE OFERECEM DIFICULDADE

PORQUE / PORQUE / PORQUÊ / PORQUÊ
Km final de frase a palavra que deve ser sempre acentuada.
Você pensa em quê?
lile gosta de quê?
por que preposição por + pronome relativo que Este é o caminho por que passo todos os dias.
-equivale a pelo qual e flexões Por que ra^ào ele não compareceu?
- depois dele vem escrita ou subentendida a palavra Não sei por que ele faltou.
razão/motivo Perguntei por que ele faltou.
por qué se ocorrer no final da frase deverá ser acentudo Você faltou por quê?
porque conjunção explicativa ou causal Passou no exame porque estudou muito.
- geralmente equivale a "pois" Ní o compareceu porque estava doente.
porque substantivo Não entendi o porquê de sua pergunta.
ONDE / AONDE (só indicam lugar)
aonde com verbos que dão ideia de movimento Aonde você vai?
~ para onde Aonde você levou as crianças?
onde com verbos que não dão ideia de movimento Onde você nasceu? (em que lugar)
(associa-se à preposição cm) Os livros estão onde? (em que lugar)
MAL/ MAU
mal advérbio ^ bem O trabalho está mal feito.
conjunção temporal = assim que Mal ele entrou, todos se levantaram.
substantivo - quando precedido dc detenniriantc Corta-se o mal pela raiz.
mau adjetivo * bom Ele é um mau aluno.
MAS / MAIS
mas conjunção adversativa, indica contrariedade Ele estudou muito, mas ainda não entendeu.
mais advérbio de intensidade E o aluno mais estudioso da classe.
pronome Agora não tenho mais dúvidas.
HÁ / A
Na indicação de tempo, emprega-se:
há verbo haver- indicando tempo passado - faz Ele saiu há cinco minutos.
a preposição - indicando tempo futuro Ele chegará daqui a dois meses.
CESSÃO / SESSÃO / SEÇÃO
cessão ato de ceder Ele fez a cessão de seu imóvel.
sessão intervalo de tempo de uma reunião, assembleia Eles participaram da sessão solene.
seca»» divisão, pane, segmento Fui à seção de contabilidade.
SENÃO / SENÃO
senão equivale a caso contrário É preciso respeitar as leis, senão seremos punidos.
Não se viam senão pássaros
partícula denotativa — apenas, somente Seu trabalho só tem um senão.
substantivo - mácula, defeito
se não conjunção subordinativa condicional + advérbio de negação Irei ao cinema, se não chover amanhã.
AO INVÉS D E / EM VEZ D E
ao invés de significa ao contrário de Ao invés do que se esperava, todos concordaram com a
proposta.
em vez de significa em lugar de Em vez de ir ao cinema, preferimos estudar.
AFIM / A FIM D E
afim adjetivo, significa semelhante, por afinidade Somos duas pessoas afins.
a fim de locução prepositiva, indicafinalidade- para Ele estuda afimde passar no concurso.
ACERCA D E / HÁ CERCA D E / A CERCA D E
acerca de locução prepositiva = sobre Discutíamos acerca de futebol.
há cerca de verbo indica tempo transcorrido = faz Há cerca dc dois meses, tínhamos outra visão do caso.
verbo indica existem perto dc Há cerca de mil candidatos inscritos.
a cerca de Equivale a aproximadamente O colégioficaa cerca de dez quarteirões daqui.
À MEDIDA QUE / NA MEDIDA EM QUE
à medida que ideia dc proporção A medida que tomava o remédio, ela ia melhorando.
na medida em ideia de causa Seus rendimentos aumentaram na medida em que (uma
que vez que) foi promovido.
SEQUER / SE QUER
sequer significa "pelo menos", "ao menos" Não apresentou sequer uma justificativa para sua
atitude.
se quer o "se" é conjunção condicional Se quer fazer isso, faça.
AO ENCONTRO D E / D E ENCONTRO A
ao encontro de significa "estar a favor de" Votarei neste candidato, pois suas propostas vão ao
encontro das minhas.
dc encontro a significa "ser contra" Decepcionei-me com ele, pois sua atitude veio de
encontro ao que eu esperava.
DEMAIS / D E MAIS
demais advérbio de intensidade - equivale a "muito" Elas gastam demais.
substantivo — precedido de determinante Alguns alunos viajaram, os demais preferiram estudar.
de mais locução prepositiva - contrário de "de menos" Não haviam feito nada de mais.
Questões de Provas
01. No processo da mediação, o trabalho do mediador será importantíssimo,

exercido por advogados assistidos, e, 1 necessário, por profissionais
multidisciplinares. Ele terá função diferenciada do magistrado, 2 não
julgará, 3 propiciará 4 partes a análise de diferenciados pontos
de vista, estimulando a discussão, apontando fatos importantes e facili-
tando o entendimento. Em nenhum momento estimulará a contenda,
5 o entendimento, e não tomará partido.
(Carlos Miguel Aidar, Mediação, in Direito e Justiça, Correio Braziliense, 16/07/2001)
Assinale a opção que indica o preenchimento incorreto da lacuna correspondente.

a) 1 - quando
b) 2 - por que
c) 3 - mas
d) 4 - às
e) 5 - mas
02. O emprego da mediação deve evidenciar 1 uma sociedade plural

necessita de soluções diferenciadas e criativas, 2 possam atender às
divergentes demandas, vencendo alguns problemas cruciais da Justiça,
como a morosidade dos processos. Os efeitos pedagógicos 3 socie-
dade, provocados por esse instrumento, também devem ser positivos, prin-
cipalmente 4 tange à cultura do entendimento e da solução rápida e
eficiente 5 contendas que, de outra forma, demandariam dispêndio
significativo de tempo e recursos.
(Carlos Miguel Aidar, Mediação, in Direito e Justiça, Correio Braziliense, 16/07/2001)
Assinale a opção que indica o preenchimento incorreto da lacuna correspondente.

a) 1 - que
b) 2 - as quais
c) 3 - sob a
d) 4 - no que
e) 5 - para as
Observe o seguinte texto:
03. A Folha de S.Paulo publicou a seguinte nota na seção "Painel":
Pane Gramatical
"Os computadores do TSE emitiam o aviso, ontem no intervalo dos

boletins: "Dentro de instantes, será divulgado novos resultados."
Nesse mesmo dia e no mesmo jornal, lê-se o seguinte: "É exatamente essa
grande maioria que chamamos, abstratamente de povo. São os cidadãos que
vivem de pequenos serviços na periferia das grandes cidades (...).
São para esses cidadãos anónimos, que ganharam personalidade dia 15 de no-
vembro, que o novo governo deverá estar voltado."
(Leo Wallace C. Júnior — " O recado do povo")
Responda:
a) Que trecho do segundo exemplo poderia também ser considerado um caso de
"pane gramatical"?
b) Reescreva corretamente os dois trechos problemáticos apresentados no texto.
04. Leia o texto:

Trombada
"Lula e Meneguelli divergem sobre o pacto. Concordam em negociar,

mas Lula só aprova um acordo se o governo retirar a medida provisória dos
salários, suspender os vetos à lei da Previdência e repor perdas salariais."
("Paine/", Folha de S.Paulo, 21/09/90)
No texto acima ocorre uma forma que é inadequada em contextos for-

mais, especialmente na escrita. Identifique essa forma e reescreva o tre-
cho em que ocorre, de modo a adequá-lo à modalidade escrita.
05. Leia o texto:

Sem comentários
"Do delegado regional do Ministério da Educação no Rio, Antônio Carlos

Reboredo, ao ler ontem um discurso de agradecimento ao seu chefe, o ministro
Eraldo Tinoco: 'Os convénios assinados traduz os esforços
(Painel do Leitor, Folha de S.Paulo)
O título da nota acima, "sem comentários", é, na verdade, um comentá-

rio que expressa o ponto de vista do jornal, motivado por um problema
gramatical no discurso lido por A.C. Reboredo.
a) Que problema gramatical provocou o comentário do jornal?
b) Explicite o comentário que está sugerido, neste caso específico, pela expressão
"sem comentários".
06. Esta é uma manchete de jor lai: "O argentino prémio Nobel da Paz acha
que a chancelaria dos dois países decidirão o problema".
A forma verbal destacada nessa frase representa uma concordância que:
a) é a única possível.
b) é uma das duas possíveis, mas é a mais correta.
c) é a única correta, porque o adjunto adnominal que a precede está no plural.
d) não é correta, porque chancelaria é singular.
e) não é correta, porque o sujeito de decidirão é o mesmo de acha.
07. Leia com atenção:

"As primeiras cenas do filme, ontem exibido, já mostrava todo o horror da guerra."
Nessa frase, há um erro de:

a) ( ) regência verbal
b). ( ) concordância nominal
c) ( ) concordância verbal
d) ( ) colocação pronominal
e) ( ) regência nominal
08. Atente para a redação das seguintes frases:

I. Costuma passar por verdadeiro a afirmação que todos os meios são váli-
dos onde os fins são legítimos, mas nem por isso devemos considerá-la
enquanto uma afirmação óbvia.
II. Há casos que tornam difíceis a distinção entre o que é justo ou não, por
isso é necessário uma educação atenta para que se descrimine os valores
morais, os vícios e as virtudes.
III. Arigor,não constitui exatamente um privilégio o fato de sabermos avali-
ar moralmente os nossos atos, pois tal discernimento implica maior res-
ponsabilidade em todas as nossas decisões.
Está clara e correta APENAS a redação de

a) I e II.
b) II e III.
c) I.
d) n.
e) m
Leia o texto para responder à questão 09.
A incorporação dos direitos humanos como eixo sustentador e medida

de progresso no campo do desenvolvimento permitiu a construção do conceito
de desenvolvimento sustentável como um processo capaz de integrar dimensões
como produtividade, equidade, sustentabilidade, participação nas decisões, segu-
rança e cooperação. O grande desafio do Brasil é assegurar a estabilização eco-
nómica conquistada na segunda metade dos anos 90 e, a partir dela, instalar uma
tendência irreversível em direção à elevação do nosso índice de Desenvolvimen-
to Humano.
Diante desse quadro, impõe-se, de forma inarredável e urgente, a adoção
de uma ética de co-responsabilidade entre os três grandes setores da vida nacio-
nal. Cumpre ao Estado não abrir mão de seusfinsuniversais e se empenhar na
construção de políticas públicas efetivamente redistributivas e autopromotoras.
Ao mundo empresarial cabe identificar aspectos relevantes do desenvolvimento
social brasileiro e amar de forma complementar ao poder público, no sentido
do aumento e da melhoria das ações no foco eleito.
Porfim,às organizações semfinslucrativos, com sua sensibilidade, espíri-
to de luta e criatividade pessoal, institucional e comunitária, contribuir para a
expansão dos limites do possível, através da produção de ideias e iniciativas que
se mostrem capazes de promover a alteração das ações do governo e das em-
presas, no que diz respeito ao bem comum.
(Viviane Senna, Desenvolvimento Humano, Folha de S. Paulo, 25/08/2002, com adaptações)
09. De acordo com a argumentação do texto, assinale a opção incorreta.

a) O "quadro"(1.8) a que o segundo parágrafo se refere está resumido na última
oração do parágrafo anterior: "instalar uma tendência irreversível em direção à
elevação do nosso índice de Desenvolvimento Humano."
b) Os "três grandes setores"(1.9) a que se refere o texto são: o Estado, o mundo
empresarial e as organizações sem fins lucrativos.
c) Infere-se do texto que ações voltadas para o bem comum, tanto do Estado
quanto das empresas, devem ser sensíveis à influência das organizações não-
governamentais.
d) A argumentação do texto admite como parágrafo introdutório: O resgate de
nosso passivo social deverá ser empreendido pela convergência e complemen-
tariedade de três setores responsáveis pelo equilíbrio entre transformação pro-
dutiva e equidade social.
e) O desenvolvimento do texto admite como parágrafo conclusivo: Essa nova ótica
e essa nova ética precisam ser instaladas na consciência social do nosso tempo.
GABARITO
QUESTÕES DE PROVAS
01. B 02. C
03.
a) São para esses cidadãos anónimos ..."
b) "Dentro de instantes serão divulgados novos resultados."
... É para esses cidadãos anónimos ..."
04. ... se o governo (...) repuser perdas salariais.
05.
a) O problema gramatical que provocou o comentário foi a desobediência a uma regra
de concordância verbal básica: o sujeito plural leva o verbo para o plural ("convénios
assinados traduzem os esforços...").
c) O comentário é irónico: a incompetência gramatical do falante é tão evidente que
dispensa maiores comentários, principalmente tratando-se de uma pessoa que ocu-
pa tal cargo.
06. D 07. C 08. E 09. A
QUESTÕES DE PROVAS DISCURSIVAS
Normalmente são apresentados fragmentos de textos associados ao tema a ser

abordado. Veja alguns exemplos:
01. Delegado de Polícia Federal -2004-CESPE
As portas foram abertas e as invasões, os roubos e as agressões climinuíram.

Pelo menos em educação, essa afirmação não soa contraditória. Números do go-
verno do estado de São Paulo mostram que um programa que permite a utilização
das escolas aosfinsde semana pela comunidade fez cair os índices de violência.
As mais significativas reduções foram registradas nos meses de janeiro e feve-

reiro, período das férias escolares. Este ano, mesmo nessa época, havia atividades nos
fins de semana em escolas estaduais. A climinuição nos casos de violência foi de 56%
e de 33%, em cada mês. "Uma escola com pouco diálogo com a comunidade vira
um símbolo de dominação. As depredações e invasões muitas vezes são motivadas
por essa rejeição", diz a educadora da Universidade de São Paulo, Sílvia Colello.
Internet: http://wu-w.jcsol.com.hr (com adaptações).
Os aterradores números da violência no Rio entre 1983 e 1994, em pes-

quisa do ISER, são apontados como sendo resultantes de diversos fatores, tais
como as perdas económicas da década de 80, o agravamento das diferenças
sociais no ambiente urbano (com a expansão das favelas), a crise dos serviços
públicos e o início do aumento da população jovem que forma, justamente, o
grupo mais exposto aos riscos da violência.
No entanto, houve uma queda de 35% nos últimos 6 anos. A partir da

segunda metade dos anos noventa, a taxa da homicídios por 100.000 habitantes
declina ininterruptamente.
A pesquisa aponta, entre os fatores importantes que contribuíram na diminui-

ção dessa taxa: o surgimento de movimentos sociais pró-ativos, de grande escala,
como a Campanha contra a Fome e o Viva Rio, que mobilizaram a cidade para o
enfrentamento dos seus problemas; a multiplicação de projetos sociais nos bairros
pobres, por ações governamentais e não-governamentais, sobretudo para crianças e
jovens, na área educacional; e a organização das comunidades por meio de associa-
ções de moradores, ONGs, entidades religiosas, beneficentes, culturais e recreativas.
Internet: http:/1wunv.fmj.sp.br (com adaptações)
Considerando que as ideias apresentadas nos textos acima têm caráter

unicamente motivador, redija um texto dissertativo (máximo de 30 linhas),
posicionando-se acerca do tema a seguir:
O fortalecimento das redes de relações sociais

como forma de redução da violência urbana.
02. Escrivão de Polícia Federal - 2004 - CESPE

Este momento que atravessamos, marcado por antagonismos étnicos, eco-
nómicos e socioculmrais, transforma-se em um desafio para todos os cidadãos que
desejam uma sociedade mais justa e igual. Fazem-se necessárias, mais do que nunca,
discussões e reflexões em busca de saídas para as grandes questões sociais e humanas.
A construção da pa% Ano 10, n" 14, jan.-jun./2001, Internet: http:/1miw.uneb.br/educação/resumoremsta (com adaptações).
100 questões
Excelente a última reportagem especial ("100 questões para entender o mundo'',
23 de junho). Ficou muito bem registrado que os desafios superados pela comunidade
mundial nas últimas décadas ensinam que é, sim, possível vencermos os dramas da desi-
gualdade, promover a tolerância e associar prosperidade com justiça, desde que todas as
nações se reconheçam como partícipes soberanos e legítimos dessa nova conjuntura.
(Hugo Uns Coelho Recife. Veja. Cartas, 30/6/2004 com adaptações).
Pesquisa ouviu 3.500 jovens de 15 a 24 anos de idade em todos os estados brasi-

leiros. Leia abaixo alguns dos aspectos que compõem o retrato da juventude no país.
Qual o problema que mais o preoctrpa
atualmente? Pensando em uma sociedade ideal, qual desses
valores seria o mais importante?
Violência/criminalidade 27% Temor a Deus 17%
Desemprego/futuro profissional 26% Respeito ao meio ambiente 12%
Drogas 8% Igualdade de oportunidades 12%
Educação 6% Religiosidade 8%
Família 6% Respeito a diferenças 8%)
Saúde 6% Solidariedade 8%
Crise financeira 5% Justiça social 7%
(Isto é, 5/5/2004 com adaptações).
Considerando que a humanidade dos humanos reside no fato de serem

racionais, dotados de vontade livre, de capacidade para a comunicação e para a
vida em sociedade, de capacidade para interagir com a natureza e com o tempo,
nossa cultora e sociedade nos definem como sujeitos do conhecimento e da ação,
localizando a violência em tudo aquilo que reduz um sujeito à condição de objeto.
Do ponto de vista ético, somos pessoas e não podemos ser tratados como
coisas. A ética é normativa exatamente por isso: visa impor limites e controles ao
risco permanente da violência.
(Marilena Chaui. Convite à Filosofia. São Paulo: Atiça, 1995, p.337 com adaptações).
Considerando que as ideias apresentadas nos fragmentos de textos acima

têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo (máximo de 30
linhas), posicionando-se acerca do tema seguinte e utilizando, necessariamente, o
recurso de exemplificação.
"A sociedade não é o retrato apenas de seus governantes,
é o retrato de seus cidadãos, em destaque, de suas elites.
E o nosso retrato, do Brasil todo, de todos nós."
Sérgio Abranches
03. Agente de Polícia Federal - 2002 - CESPE
A sociedade organizada segundo os Art. 5 Todos são iguais perante a lei,

o
parâmetros do dinheiro e do trabalho, sem distinção de qualquer natureza, ga-

ao mesmo tempo que cria afigurado rantindo-se aos brasileiros e aos estran-
trabalhador, cria também afigurado va- geiros residentes no País a inviolabilidade
gabundo, do delinquente, do trabalhador do direito à vida, à liberdade, à igualda-
que não deu certo e que frequentemente de, à segurança e à propriedade, nos ter-
"esbarra" na lei, do criminoso em po- mos seguintes: (...)
tencial. Essas são as pessoas que estarão I I I — ninguém será submetido a tor-
mais sujeitas à perseguição e à punição. tura nem a tratamento desumano ou
(Andréa Buoro et ai Violência urbana — dilemase degradante;
desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 27.) (Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.)
Considerando que as ideias acima têm caráter unicamente motivador, redija um

texto dissertativo (mínimo de 30 e máximo 60 linhas), posicionando-se acerca
do seguinte tema:
O combate à violência deve ser feito com

imparcialidade e respeito ao ser humano.
04. Analista - BACEN - 2000 - CESPE
Leia os fragmentos abaixo, adaptados de VEJA, 23/2/2000, p. 123-4.:
A globalização é um movimento económico irreversível, mas ainda carre-

gado de problemas, marcado por volatilidadefinanceira,recessão, concentração
do poder económico e impasse nas negociações comerciais.
Embora tenham conhecido alguns avanços, especialmente no acesso a

novas tecnologias, as nações pobres, como regra geral, estão muito aborrecidas.
Elas acham que a globalização tem falhado flagrantemente em integrar a porção
menos favorecida do planeta no processo de enriquecimento mundial.
"Precisamos humanizar a globalização porque a probreza é a ameaça de-

finitiva à estabilidade do mundo", disse Michel Comdessus.
Nos últimos tempos, o FMI tem defendido a ideia de que os governos

não podem desprezar o combate à pobreza.
Os 20% da população global que vive em países ricos desfrutam de 82%

dos resultados da expansão do comércio internacional e recebem 68% dos in-
vestimentos externos diretos. A globalização está enriquecendo ainda mais os que
já são ricos em uma velocidade muito maior do que vem melhorando a vida dos
pobres.
No ambiente sem fronteiras que vem sendo criado no planeta, as negoci-

ações estão cada vez mais acaloradas.
Europeus e japoneses reclamam contra o fechamento do mercado ame-

ricano a seus produtos, e todos falam mal da Europa, que não importa produtos
agrícolas. Em outra frente, foram tamanhos os desentendimentos entre o Brasil e
a Argentina, parceiros no MERCOSUL, que o governo brasileiro resolveu re-
correr a uma organização externa ao bloco comercial sul-americano, a Organiza-
ção Mundial do Comércio, para forçar os argentinos a comprarem os produtos
têxteis feitos no Brasil.
Inspirando-se nas ideias dos textos anteriormente apresentados, redija um texto

dissertativo (mínimo de 30 máximo de 60 linhas), posicionando-se a respeito do
seguinte tema:
Globalização: Utopia e Realidade.
05. ABIN - 2004 - CESPE
O sistema de inteligência artificial criado por brasileiros para o Conselho

de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) - chamado de Olimpo
- foi selecionado em um universo de 762 outros trabalhos, de todas as partes do
mundo, pelo comité científico da 5. Conferência Internacional de Sistemas de
a
Informação de Empresas.
A metodologia empregada chama-se Pesquisa Contextual Estruturada e
usa um sistema de extração de informação de textos combinado com a técnica
de inteligência artificial conhecida como raciocínio baseado em casos (RBC).
Permite fazer buscas rápidas em textos de documentos com base no conheci-
mento e não apenas em palavras-chave.
Isso quer dizer que, mesmo que o documento não contenha a palavra
digitada na pergunta feita pelo usuário, a busca será feita, com base no conceito
contido naquela palavra ou em ideias semelhantes a ela.
De acordo com Hugo Hoeschl, coordenador do trabalho, "é estratégico
o Brasil ser detentor de uma tecnologia tão forte, com denso reconhecimento
internacional, desenvolvida especialmente para ser aplicada em segurança". Por
sua rapidez e precisão, o sistema de busca "é importante para todos os organis-
mos da ONU e fornecerá significativos benefícios para a solução de conflitos
internacionais".
Liana John. Internet <httpl/'www.estado.com br/ciência/noticias/2003/jan/07/79.htm>(com adaptações)
A origem remota da Atividade de Inteligência no Brasil, outrora denomi-

nada Atividade de Informações, ocorreu com o advento do Conselho de Defe-
sa Nacional, mediante o Decreto n.° 17.999, de 29 de novembro de 1927. Esse
Conselho, constituído pelo presidente da República e pelos ministros de Estado,
tinha por destinação, entre outras, a tarefa de "coordenar a produção de conhe-
cimentos sobre questões de ordemfinanceira,económica, bélica e moral refe-
rentes à defesa da Pátria". Comoficaclaro na missão, interessava ao governo a
produção de informações comfinalidadeprecípua de defender a Pátria, isto é,
informações vinculadas a interesses estratégicos de segurança do Estado.
Internet <http//www.abin.gov.br/abin.historico.jsp>
Considerando que as ideias apresentadas nos textos acima têm caráter unicamente
motivador, redija um texto dissertativo, posicionando-se acerca do seguinte tema.
A informação como fator estratégico de segurança.
06. Papiloscopista - Polícia Federal - 2004 - CESPE
Segundo o professor Sérgio Hadad, da PUC/SP, "não há exemplo na

história da humanidade em que o analfabetismo tenha sido superado sem uma
política pública de qualidade".
(Salvatore Santagada, Zero Hora, 20/3/1999).
Vivemos atualmente sob o impacto de profundas transformações

socioculturais. A revolução informacional e outras inovações tecnológicas vêm
permitindo conquistas notáveis na área do conhecimento. Nunca um número
tão grande de informações esteve tão disponível, as ferramentas auxiliares da
inteligência humana, tão aperfeiçoadas, enfim, nunca houve tão intenso borbu-
lhar do saber. Resta, portanto, indagarmo-nos: o que fazer com tudo isso?
Como lidar com tanta informação sem se perder em excessos e novos

equívocos? Como agregar conhecimento humano e encontrar uma nova síntese
civilizacional que aponte novas diretrizes para um mundo que se torna cada vez
mais complexo e se interroga como superar o turbilhão de dificuldades existen-
tes em quase todos os setores da vida social no panorama global?
Precisamos rever nossas concepções pedagógicas, procurando ultrapassar

os comodismos que nos limitam ao saber estéril. A informação que não é atua-
lizada, avaliada e utilizada para transformar e aprimorar a sociedade é informa-
ção inútil. O ensino, portanto, deve estar ancorado na realidade, motivando alu-
nos e professores a encontrarem novas formas de vida social, que não perpetu-
em injustiças e opressões.
(Valmor Bo/an Jornal VS, abril/1999).
Tomando como motivadores os excertos acima, redija um texto dissertativo,

posicionando-se acerca das vantagens de utilização da tecnologia na educação,
em um contexto sociocultural em que é elevado o número de analfabetos.
O processo de libertação não ocorre de forma linear. Ao longo da Histó-

ria, todas as instituições são capturadas dentro dos interesses e da lógica das
classes dominantes.
(Cristóvam Buarque. Na fronteira do futuro. Brasília: EDUnB,1998, p.12).
Em um país democrático,
os direitos do cidadão
são uma verdade absoluta.
Para nós, advogados, isso é lei.
(Texto publiátário da OAB/DF).
Chegamos ao momento da história humana em que se percebe o fim de

um paradigma. O conceito de liberdade como sinónimo de consumo é contes-
tado, existencialmente, pelos movimentos que percebem a desumanização de-
corrente da perda de propostas espirituais.
(Cristóvam Buarque. Na fronteira do futuro. Brasília: EDUnB,1998, p.14).
A participação política é uma necessidade da natureza humana. Para todos

os seres humanos, é indispensável a vida em sociedade, e para que esta seja pos-
sível torna-se necessária uma organização, ou seja, é preciso que exista uma or-
dem na qual as pessoas possam viver e conviver.
(Dalmo de Abreu Dallari. O que é participação política. Abril Cultural/brasiliense, 1984, p.90, com adaptações).
A regulação das relações dos funcionários públicos com representantes de

empresas privadas é iniciativa correia e destinada a ter as melhores consequências.
É importante haver uma linha que separe o público do privado.
"Mais transparência". In Correio Brasiliense, 22/8/2000, p.4
Nova era de relacionamento entre servidores e representantes de empre-

sas privadas está se iniciando.
(Correio Brasiliense, 22/8/2000).
Tiradentes, para nós, haverá de ser sempre bandeira para as lutas que o
povo brasileiro deverá empreender no sentido de sua autonomia. Ainda hoje,
em que muito deve ser feito na linha da descolonização e da defesa da nossa
soberania, a lição do mártir da independência deverá frutificar, inspirando ação
efetiva dos cidadãos em prol da liberdade.
(Fábio Lucas, Lu%es e trevas — Minas Gerais no século XVIII. Be/o Horizonte: UFMG, p. 155).
Considerando que as ideias apresentadas nos fragmentos acima têm caráter unicamen-
te motivador, redija um texto dissertativo, posiàonando-se a respeito do tema a seguir.
Liberdade: conquista individual e coletiva.
08. Agente Penitenciário - 2000 - CESPE
A ideia parecia, no mínimo, bizarra: atrair e mobilizar a Polícia Militar do

estado de São Paulo para um concurso de redação com o tema não-violência. O
próprio balaio de entidades que se juntaram para promover a iniciativa era, por
si só, singular: um centro de estudos filosóficos (a Associação Palas Athena) e um
consulado geral (o da índia), apoiados pela Secretaria Nacional dos Direitos
Humanos e pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (projeto
Discriminação, Preconceito, Estigma). A frase escolhida como tema do concur-
so foi pinçada da obra do líder pacifista e artífice da independência da índia,
Mahatma Gandhi: "A não-violência nunca deve ser usada como um escudo para
a covardia. É uma arma para os bravos". A ideia do concurso parecia, andar na
contramão da corporação.
Engano embasado no preconceito. E desconhecimento do caldeirão de
mudanças e confrontos internos que há quatro anos vêm marcando a instituição.
Entre os quinzefinalistas,o vencedor levaria 300 reais em cupons para a
compra de livros ou CDs; o segundo lugar, 200; o terceiro, 100; e os demais, 40
reais cada um. Sempre em cupons. Para um soldado que ingressa na carreira com
um salário pouco acima dos 700 reais, era um atrativo e tanto, e justificava a
expectativa mais otimista de oitenta inscrições. Talvez 100, no máximo. Afinal,
PM ou não, quem é que lê quatro páginas sobre Gandhi e senta-se para compor
uma redação sobre não-violência sem ser obrigado?
Segundo engano. Uma a uma, mais de 800 folhas amarelas de papel pau-
tado foram aterrissando na mesa do capitão da 5. Seção do Estado-Maior da
a
Polícia Militar. Tinha de tudo. Caligrafias miúdas, letras trabalhadas, textos em

prosa e até em verso. Datilografados ou impressos por computador, a lápis ou
caneta. Sempre com poucas rasuras, indicando esmero na apresentação. A gran-
de maioria dos participantes era de cabos e soldados - quatro vezes mais que,
somados, os sargentos, subtenentes, oficiais e alunos oficiais. A soma dessas dis-
sertações resulta em um fascinante mosaico do desejo maior do policial hoje: o
de ser aceito e respeitado no bairro, na sociedade, na vida. O elenco de fatores
apontados como agravantes do crescimento da violência no país bem que pode-
ria ser leitura obrigatória nos gabinetes de Brasília: 1) a ausência de uma educação
de qualidade para os brasileiros; 2) o desemprego acelera a violência; 3) as carên-
cias sociais da população afetam a PM; 4) o governo faz pouco pelo social,
privilegiando os ricos; 5) o consumo de drogas é uma condenação à morte para
os jovens da periferia. No que se refere às entranhas da própria Polícia Militar, o
concurso escancarou o abismo entre os de visão mais moderada e os "da anti-
ga", como são chamados os seguidores da linha prendo-e-arrebento.
(Dorrit Haraîm. O desabafo da PM — Concurso de Redação na Policia
Militar revelou uma busca de identidade. Veja, 27/1 /99, com adaptações)
Artigo 1.°
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Do-
tados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros com espírito
de fraternidade.
(...)
Artigo 3.°
Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
(Declaração Universal dos Direitos do Homem)
Considerando que as ideias apresentadas nos fragmentos acima têm caráter

unicamente motivador, redija um texto dissertativo, posicionando-se a respeito
do tema a seguir.
O papel do policial como defensor de direitos do cidadão.
09. Agente de Polícia Federal - CESPE
Leia os seguintes textos.
Justos, não temais o poder dos homens; por mais preparados que eles
sejam, são iguais a nós. Se sois mortais, eles não são eternos.
Jean Jacques Rousseau.
O poder mais seguro é aquele que sabe impor a moderação a suasforças.

Valério Máximo.
Poder não é ter a obrigação defaêr alguma coisa, não é estar destro a praticar alguma ação.
E ter o direito, a competência, a autoridade para umafunção, para um ato, para uma coisa.
Usará dessa autoridade, dessa competência, quando caiba, quando importe, quandojulgue.
Rui Barbosa.
Com base na própria experiência pessoal e refletindo acerca das ideias contidas
nos fragmentos acima, redija um texto dissertativo a respeito do tema.
Praticar a justiça com equilíbrio é dever de todo cidadão.
46 - Manual d e Redação
10. Delegado de Polícia Federal - 2002 - CESPE
Ética, cidadania e possibilidades de futuro
Valores são criações humanas, não podem ser considerados entidades

abstratas e universais, válidas em qualquer tempo e lugar. Os valores morais são
o fundamento da ética. E a ética pode ser compreendida como uma estética em
si, isto é, como a atividade de construir nossos próprios Valores, pondo-nos nós
mesmos como valor fundamental.
A afirmação da individualidade, da singularidade de cada pessoa, que deve
ser respeitada em suas opções e ações, não significa que cada um deva viver
isolado dos demais. A singularidade e a criatividade podem e devem ser preser-
vadas em meio à coletividade. Compreender a ética como uma estética da exis-
tência não deve ser visto como uma atitude solitária, particular, mas, sim, como
um empreendimento coletivo.
Depende de nossas escolhas e de nossas ações o que faremos de nossas
vidas do mundo em que vivemos. Se pusermos o ser humano como valor funda-
mental, a ciência e a tecnologia podem nos permitir ações antes impossíveis. Com
as redes de computadores, podemos hoje nos comunicar com qualquer parte do
mundo de forma praticamente instantânea. Setivermosterminais de computado-
res de fácil acesso a todos, temos uma infinidade de informações disponíveis para
todos, o que certamente revolucionará as possibilidades de educação.
A democracia hoje está restrita a uma representatividade pelo voto: não
há como garantir a participação direta de todos. As redes de computadores, por
outro lado, permitem uma ação direta de toda a população, uma efetiva partici-
pação na tomada de decisões e também na sua implementação. A responsabili-
dade da decisão deixa de ser de umas poucas pessoas para ser, de fato, respon-
sabilidade de todos. Isso parece ficção científica?
Só podemos ser indivíduos singulares, senhores de nós mesmos, em uma
sociedade aberta, em que a cidadania exista de fato como participação de todos,
assim como só pode haver efetiva cidadania se os indivíduos forem livres, singu-
lares e participativos na comunidade. O futuro está aberto. Se resolvermos to-
mar as rédeas de nossas vidas particulares e da vida pública em geral, se assumir-
mos com consciência e responsabilidade tanto nossas escolhas éticas quanto nos-
sos atos políticos, estaremos nos constituindo como verdadeiros cidadãos.
Sílvio Gallo (org.). Ética e cidadania: caminhos da filosofia. Campinas: Vapirus, 2000, p.108-10 (com adaptações).
Considerando que as ideias apresentadas acima têm caráter unicamente motivador,

redija um texto dissertativo, posicionando-se acerca do seguinte tema:
E urgente que o ser humano seja considerado

o principal valor da sociedade.
Pedindo uma pizza em 2009
Telefonista: — Pizza Hot, boa noite!

Cliente: - Boa noite, quero encomendar piegas...
Telefonista: - Pode me dar seu NIDN?
Cliente:—Sim, o meu número de identificação nacional é 6102-193-8456-54632107.
Telefonista: - Obrigada, Sr. Lacerda. Seu endereço é Av. Paes de Barros, 1988,
ap. 52 B e o número de seu telefone é 5494-2366, certo? O telefone de seu
escritório da Lincoln Seguros é o 5745-2302 e o seu celular é 9266-2566.
Cliente: — Como você conseguiu essas informações todas?
Telefonista: - Nós estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central.
Cliente: - Ah, sim, é verdade! Eu queria encomendar duas pisgas, uma quatro
queijos e outra calabresa...
Telefonista: — Talvez não seja uma boa ideia...
Cliente: - O quê?
Telefonista: — Consta na sua ficha médica que o Sr. sofre de hipertensão e tem
a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida proíbe catego-
ricamente escolhas perigosas para a saúde.
Cliente: — É, você tem razão! O que você sugere?
Telefonista: — Por que o Sr. não experimenta a nossapi^ga Superlight, com tofu
e rabanetes? O Sr. Vai adorar!
Cliente: — Como é que você sabe que eu vou adorar?
Telefonista: - O Sr. consultou o site "Recettes Gourmandes au Soja" da Bibli-
oteca Municipal, dia 15 de janeiro, às 14:27h, onde permaneceu ligado à rede
durante 39 minutos. Daí minha sugestão...
Cliente: — OK, está bem! Mande-me duas piegas tamanho família!
Telefonista: - E a escolha certa para o Sr., sua esposa e seus quatro filhos, pode
ter certeza.
Cliente: - Quanto é?
Telefonista: - São R$ 49,99.
Cliente: — Você quer o número do meu cartão de crédito?
Telefonista: - Lamento, mas o Sr. vai ter que pagar em dinheiro. O limite de seu
cartão de crédito já foi ultrapassado.
Cliente: — Tudo bem, eu posso ir ao Multibanco sacar dinheiro antes que chegue
ãpiâ.
Telefonista: — Duvido que consiga, o Sr. está com o saldo negativo no banco.
Cliente: - Meta-se com a sua vida! Mande-me aspisgas que eu arranjo o dinhei-
ro. Quando é que entregam?
Telefonista: — Estamos um pouco atrasados, serão entregues em 45 minutos.
Se o Sr. estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas
pitçças na moto não é aconselhável, além de perigoso...
Cliente: — Mas que história é essa, como é que você sabe que eu vou de moto?
Telefonista: - Peço desculpas, mas reparei aqui que o Sr. não pagou as últimas
prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga, e então
pensei quefosseutilizá-la.
Cliente: - @#%/§@&?#>§/%#!!!!!!!!!!!!!
Telefonista: - Gostaria de pedir ao Sr. para não me insultar... não se esqueça de
que o Sr. jáfoicondenado em julho de 2006 por desacato em público a um
Agente Regional.
Cliente: - (Silêncio)
Telefonista: - Mais alguma coisa?
Cliente: — Não, é só isso... não, espere... não se esqueça dos 2 litros de Coca-
Cola que constam na promoção.
Telefonista: - Senhor, o regulamento da nossa promoção, conforme citado no
artigo 3095423/l 2, nos proíbe de vender bebidas com açúcar a pessoas diabéticas...
Cliente: - Aaaaaaaahhhhhhhh!!!!!!!!!!! Vou me atirar pela janela!!!
Telefonista: - E machucar o joelho? O Sr. mora no andar térreo!
Luís Fernando Veríssimo.
Considerando que o texto acima tem cará ter unicamente motivador, redija um
texto dissertativo, posicionando-se a respeito do tema a seguir, (extensão máxi-
ma de trinta linhas)
O avanço da tecnologia da informação e o

respeito à privacidade do indivíduo.
12. Analista Judiciário - Área Administrativa - 2004 - Fundação Carlos Chagas
Atenção: A redação sobre a proposta abaixo deverá ter extensão mínima de 20

linhas e máxima de 30 linhas.
A restrição ao uso de armas no Brasil, objetivando desarmar a população civil,

provocou polémica entre defensores e opositores da medida.
Assuma uma posição a respeito do problema.
Desenvolva suas ideias num texto dissertativo, utilizando argumentos pertinentes.
Manual de Redação - 51 .
EXERCÍCIOS
r m *\
1. TIPOLOGIA TEXTUAL v^/ 3
„/" V /
Considerando os fragmentos abaixo, identifique o tipo de composição

predominante: narração, descrição ou dissertação.
01. • / Eram duas horas da tarde. Sofia acabava de

vestir-se para sair, quando a criada lhe fora dizer que estava ali Rubião, tão muda-
do de cara que parecia outro. Desceu a vê-lo curiosa; achara-o na sala, de pé,
lendo os cartões de visita. (Machado de Assis, em Quincas Borba.)
02. J s
Diz-se que uma pessoa tem boa memória
quando é capaz de lembrar prontamente o que deseja lembrar. Em outras pala-
vras, sua memória é retentiva e seletiva. Por outro lado, a assim chamada "me-
mória fotográfica" é, realmente, uma desvantagem porque significa que a mente
fica atravancada de detalhes não essenciais de que não há necessidade de lembrar.
(Geoffrey A. Dudley, em Como aprender mais)
03. 1< i Prima Júlia caminhava em ritmo lento, agitan-

do a cabeça para trás, remando os belos braços brancos. A cabeleira loura incluía
reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde-azulado borbolete-
avam. A voz rouca e ácida, em dois planos; voz de pessoa da alta sociedade.
(Murilo Mendes, em A idade do serrote)
04. -y &° c 1
, (...) D. Maria da Glória Fernandes Santiago
contava quarenta e dois anos de idade. Era ainda bonita e moça, mas teimava em
esconder os saldos da juventude, por mais que a natureza quisesse preservá-la da
ação do tempo. Vivia metida em um terno vestido escuro, sem adornos, com
um xale preto, dobrado em triângulo e abrochado ao peito por um camafeu.
(...). (Machado de Assis, em Dom Casmurro)
05. —- ! i Não é provavelmente um mero acidente históri-

co que a palavra "pessoa", em sua acepção primeira, queria dizer máscara. Mas,
antes, o reconhecimento do fato de que todo homem está sempre e em todo
lugar, mais ou menos conscientemente, representando um papel... E nesses pa-
péis que nos conhecemos uns aos outros; é nesses papéis que nos conhecemos a
nós mesmos. (Robert Ezra Park, em Race and culture)
06. >x
' Pouco a pouco o ferro do proprietário quei-
mava os bichos de Fabiano. E quando não tinha mais nada para vender, o serta-
nejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das contas
davam-lhe uma ninharia. (Graciliano Ramos, em Vidas secas)
2. O TEXTO DISSERTATIVO
01. Leia com atenção o texto abaixo.
A. elite e os meios de comunicação
Os meios de comunicação social constituem, paradoxalmente, meios de

elite e de massas.
Como instrumentos mecânicos e eletrônicos que difundem mensagens de
acesso potencial a todos os indivíduos da sociedade, eles são meios que atingem as
massas, amando como intermediários entre elas e o mundo. Na verdade, é através
da imprensa, do rádio, da TV e do cinema que os indivíduos se informam,
cotidianamente, sobre os fatos da atoalidade, se divertem, e se mantêm sintoniza-
dos com o meio ambiente de que participam.
Evidentemente, o acesso direto aos meios de comunicação está relacionado
com o fenómeno da capacidade aquisitiva ou da distribuição do produto social,
pois a compra dos exemplares de jornais e revistas, de um ingresso de cinema ou
a posse de aparelhos receptores de rádio e TV, implica um dispêndio financeiro
que nem sempre está ao alcance de todos os cidadãos. Mas, indiretamente, toda a
sociedade está ao alcance dos meios de comunicação, porque o processo de
transmissão das mensagens que veiculam obedece a um fluxo em dois estágios.
No segundo estágio, a difusão se faz através dos meios informais, assegurando
um penetração massiva em toda a comunidade que está no raio de audiência do
instrumento formal de comunicação.
No entanto, é preciso considerar que, embora atingindo a massa (público
heterogéneo, anónimo, disperso), os meios de comunicação social são meios de
elite. Ou seja, são meios controladospela elite.
Quer na estrutura capitalista, quer na socialista, os meios de comunicação
estão sob o domínio da elite dirigente. No primeiro caso, pertencem aos grupos
económicos que os exploram como organizações industriais, produtoras de bens de
consumo. No segundo caso, estão sob a influência do Estado, o que corresponde
a dizer que se encontram nas mãos da elite política que detém o poder.
(MELO, José Marques de. Revista Vozes. 4, 1970. p. 51-2.)
Examinando esse texto, vamos estudar a estrutura de uma dissertação.
1. Quantos parágrafos tem o texto?
Cada parágrafo deve ter uma frase que contém uma ideia central. Pode, ainda,
ter outras frases que explicitem tal ideia. Vamos examinar cada parágrafo.
§1.°
2. A ideia central deste parágrafo é:

a) Os meios de comunicação de massa são meios de elite.
b) Os meios de comunicação social, apesar da contradição, são meios de elite e de massa.
c) Os meios de comunicação são populares.
d) Os meios de comunicação social constituem, logicamente, meios de elite e de massa.
3. Além da frase que expressa a ideia central, existe alguma ideia secundária
neste parágrafo?
( ) sim ( ) não
§2.°
4. Qual é a ideia central deste parágrafo?

a) O rádio, a imprensa e a TV são os principais meios de comunicação de massa.
b) Os meios de comunicação social atuam como intermediários entre as massas e o mundo.
c) Os meios de comunicação social atingem apenas as massas.
d) O cinema tem como função principal divertir os indivíduos.
5. No segundo parágrafo, aparecem outras ideias que explicitam a ideia

central. Sublinhe-as no próprio texto.
6. Quais são as três funções dos meios de comunicação de massa?
§3.°
7. Assinale, na relação abaixo, as ideias que aparecem no terceiro parágrafo.

a) O acesso aos meios de comunicação de massa está relacionado com o poder
aquisitivo dos indivíduos.
b) O fenómeno do poder aquisitivo dos indivíduos tem muito pouco a ver com o
acesso direto aos meios de comunicação de massa.
c) O acesso aos meios de comunicação de massa pode ser direto ou indireto.
d) Toda a sociedade tem acesso direto aos meios de comunicação de massa.
e) Toda a sociedade, direta ou indiretamente, está ao alcance dos meios de comuni-
cação de massa.
8. Na relação acima, qual é a ideia principal ?
§4.°
9. Qual é a ideia central do quarto parágrafo?

a) Os meios de comunicação social deveriam ser controlados pela massa.
b) A elite não pode ser considerada um público heterogéneo e anónimo.
c) Os meios de comunicação social são controlados pela elite.
d) A massa é um público disperso, heterogéneo e anónimo.
10. Entre o terceiro e o quarto parágrafos há uma relação de:

a) causa.
b) consequência.
c) oposição.
d) explicação.
11. Qual é a conjunção que denota essa ideia?
§5.°
12. Neste parágrafo, qual é a ideia central?

a) Os meios de comunicação social encontram-se nas mãos da elite política que
detém o poder.
b) São os grandes grupos económicos que controlam os meios de comunicação social,
c) Os meios de comunicação de massa são controlados pela elite tanto nos países
capitalistas como nos países socialistas.
d) A elite dirigente controla os meios de comunicação nos países socialistas.
2.1. A elite e os meios de comunicação - o projeto do texto
Tema —> Meios de comunicação social.

Delimitação —> A relação dos meios de comunicação social com a massa e com a elite.
Objetivo —> Mostrar que os meios de comunicação social constituem, para-
doxalmente, meios de elite e de massas.
Desenvolvimento —> - 1° parágrafo: Tese: os meios de comunicação social constituem,
paradoxalmente, meios de elite e de massas.
- 2 parágrafo: Os meios de comunicação social atuam como
o
intermediários entre as massas e o mundo.

- 3 parágrafo: Toda a sociedade, direta ou indiretamente, está ao
o
alcance dos meios de comunicação de massa.

- 4 parágrafo: Os meios de comunicação social são controlados
o
pela elite.
- 5 parágrafo: Os meios de comunicação de massa são controlados
o
pela elite tanto nos países capitalistas como nos países socialistas.
2.2. Dissertação - Estrutura
1. Unidade temática e parágrafo
Unidade temática —>fidelidadea um mesmo assunto ou ideia fundamental.
Parágrafo —> é uma unidade de composição escrita sobre um determinado assun-

to, que é elaborada afimde atingir um determinado objetivo. Essa unidade é estruturada
por meio de um conjunto de orações e apresenta, normalmente, três partes: introdução,
desenvolvimento e conclusão. É importante observar que há parágrafos que apresentam
apenas a introdução e o desenvolvimento, ou apenas o desenvolvimento e a conclusão.
2.3. Dissertação - Estrutura do parágrafo
Parágrafo = ideia central + ideias de apoio

Ideia central Ideias de apoio
- E aquilo que o autor declara (dÍ2) - São específicas.

sobre o assunto (ponto de vista). -~ Dão suporte à ideia central: exemplos,
- Deve ser suficientemente genérica, enumerações, dados estatísticos, com-
ampla, de modo a abranger todas as parações, relações de causa e conse-
ideias do parágrafo. quência, definições etc.
Pode-se comparar o parágrafo dissertativo a uma mesa. O topo da mesa é a ideia

central, aquilo em que o autor pensa, crê ou simplesmente aquilo que sabe sobre o
assunto. Mas a mesa nãoficariaem pé sem as pernas que a sustentam! No parágrafo, as
"pernas" são os fatos, exemplos, comparações, enfim, as ideias de apoio que dão supor-
te à ideia central. Constituem a prova dada pelo autor de que a ideia principal é válida.
Conclusões:
Comunicar não se resume apenas a transmissão de informações. É necessário

também ser convincente a fim de que o receptor creia nessas informações, aceite-as
e faça o que nelas se propõe.
O texto dissertativo é, então, aquele que expressa uma tese (o que se quer provar),
um ponto de vista sobre determinado assunto, apoiado em dados, fatos, argumentos.
Assim sendo, quando se trata de um texto dissertativo, é sempre importante

perceber três aspectos fundamentais: o assunto, o ponto de vista (tese) e os argu-
mentos que sustentam o ponto de vista.
02. Considere a proposta de redação abaixo:
Terra de Cegos
Há um conto de H. G. Wells, chamado A terra dos cegos, que narra o esforço de

um homem com visão normal para persuadir uma população cega de que ele
possui um sentido do qual ela é destituída; fracassa, e afinal a população decide
arrancar-lhe os olhos para curá-lo de sua ilusão.
Proposta: Discuta a ideia central do conto de Wells, comparando-a com a do

ditado popular "Em terra de cego quem tem um olho é rei". Em sua opinião
essas ideias são antagónicas ou você vê um modo de conciliá-las?
A proposta foi desenvolvida em um texto de quatro parágrafos. Abaixo são

apresentados os tópicos frasais de cada parágrafo. Você deve associar a cada
tópico o desenvolvimento mais pertinente.
A audácia de enxergar à frente
A capacidade de estar à frente de seu tempo quase nunca confere ao seu possui-
dor alguma vantagem.
Exemplos, a história é pródiga em nos apresentar.
Ainda hoje, temos exemplos de procedimentos similares.
Esse mal não será curado tão cedo.
1. Oscar Arias, presidente da Costa Rica e prémio Nobel da Paz, ainda há pouco se
debatia contra a sociedade de seu país, que teimava em colocar obstáculos à sua
atuação. Em tempo: o mérito de Oscar Arias nem era o de estar à frente de seu
tempo, mas simplesmente o de analisar os problemas do presente.
2. A dureza das sociedades humanas em aceitar certas noções desmente, não raro, o
ditado popular que diz que "em terra de cego, quem tem um olho é rei".
3. Isso porque as pessoas que conseguem enxergar à frente apresentam ao homem

o que ele odeia desde os tempos imemoriais: a necessidade de rever as suas
próprias convicções. Enquanto esse ódio, ou será medo?, não for superado, a
humanidade continuará mandando outros "Giordano Bruno" para a fogueira
da incompreensão e do isolamento. E, ignorando as pessoas de visão, continuará
cega para o futuro e para si mesma.
4. Sócrates foi obrigado, pela sociedade ateniense, a tomar cicuta, em razão de suas
ideias. Giordano Bruno, que concebeu a Terra como um simples planeta, tal
como sabemos hoje, foi chamado de herege e queimado. Darwin debateu-se
contra a incompreensão e condenação de suas ideias, mais tarde aceitas.
3. TÓPICO FRASAL
Tópico frasal (frase-síntese, ideia-núcleo) é a ideia central do parágra-

fo. Embora não seja regra, é comum o tópico frasal aparecer no início do pará-
grafo e ser reforçado ao longo dele — uma forma prática para facilitar o encade-
amento das ideias.
Exemplo:
O isolamento de uma população determina as características culturais

próprias. Algumas sociedades não têm conhecimento das ideias existentes fora de
seu horizonte geográfico. E o que acontece na "terra dos cegos" do conto de H.G.
Wells. Os cegos desconhecem a visão e vivem tranquilamente com sua realidade,
naturalmente adaptados, pois todos são iguais. Tal conceito pode ser exemplificado
ainda pelo caso das comunidades indígenas ou mesmo qualquer outra isolada, (redação
de aluno, com adaptação)
01. Grife o tópico frasal de cada parágrafo e observe se foi desenvolvido de

forma coerente.
1. Comumente se têm atribuído à televisão duas funções básicas: informar e

divertir. A primeira diz respeito à difusão de notícias e comentários sobre a
realidade; a segunda atende à procura de distração por parte do público. Tal
atribuição encontra respaldo no fato de esses conteúdos estarem presentes em
programas com elevados índices de audiência, tais como os telejornais e os pro-
gramas de auditório.
Contado, não se pode ignorar uma terceira e importante função: persua-

dir. Pode-se até mesmo perguntar se tal função não estaria sobrepondo-se às
outras, à medida que se tenta cada vez mais convencer o telespectador a consumi-
dor produtos e padrões de comportamento. Basta observar, por exemplo, as
propagandas comerciais que ganham mais espaço e sofisticação, tanto nos inter-
valos como dentro dos próprios programas; ou, ainda, programas com a preten-
são de ditar paradigmas de comportamento social, (redação de aluno, com adaptação)
02. "Batman" nos fascina há décadas porque é o super-rico que defende os

homens comuns. Um espécie de Rockefeller com asas, um bilionário a favor do
povo. Onde estão esses bilionários do bem? Salvando a Africa, abrindo conces-
sões em Doha? Há!Há!" (Arnaldo Jabor, em Jornal A Cidade". C.3. 05/08/2008.)
03. Uma mensagem preocupante que a televisão nos vende progressivamente

é a de que a violência é aceitável. Mas ela também apresenta diversos programas
que trazem entretenimento para o público, que cada vez mais gosta deficarem
frente a ela. (redação de aluno, com adaptação)
04. "Em 1986, os veículos a álcool chegaram a representar 98% da linha de

produção. Os veículos a gasolina só eram disponíveis por encomenda. Devido a
medidas na áreafinanceira,a produção de carros a álcool hoje mal chega a 1%
da frota nova. Os que restam a álcool estarão em uso por curto tempo. O
programa foi exterminado".
(BAUTISTA VTDAT, J. W. Brasil, civilização suicida. Brasília: Nação do Sol, 2000,p. 16.)
05. Foi de fundamental importância para o bem-estar da sociedade a aprova-

ção da lei seca. E o cerco ao hábito de fumar tem crescido e contado com o
apoio da maioria, ainda que alguns interesses saiam contrariados. Muitos alegam
que a proibição diminuirá a clientela, que certamente deixará de frequentar ambi-
entes fechados. E o caso, por exemplo, dos proprietários de restaurante e de
fábrica de bebidas alcoólicas.
4. DISSERTAÇÃO — PARÁGRAFO INTRODUTÓRIO
Há muitas formas de parágrafo introdutório para a dissertação; o fundamental

é que ele explicite o tema.
Exemplos:
A. Traçando uma trajetória histórica do passado ao presente.
B. Narrando um fato.
C. Conceituando ou definindo uma situação.
D. Comparando socialmente, geograficamente, ou fazendo oposições de
qualquer natureza.
E. Caracterizando espaços ou aspectos.
F. Elaborando uma sequência de interrogações.
G. Declaração inicial.
Abaixo seguem trechos de introdução; identifique o tipo predominante.
Vivemos em uma época de imperativos no mundo do trabalho. Devemos al-

cançar um diploma para concorrer a uma vaga de emprego; temos que ter cer-
tificados de especializações e fluência em línguas estrangeiras para garantir uma
chance a mais de estabilidade ou um cargo melhor dentro da empresa; obrigamo-
nos a obter um mestrado ou doutorado para aspirar a um salário maior.
Desde que descobriu o fogo e a roda, o ser humano passou a gerar uma força
produtiva que desencadeou inúmeros progressos tecnológicos — e, conse-
quentemente, benefícios sociais. Porém, tal produtividade trouxe também preju-
ízos para o relacionamento entre os povos, à medida que implicou uma inevitá-
vel luta pelo seu domínio.
Eram 5h30min da manhã. José arrumou a marmita com feijão, arroz, ovo e
farinha e foi para a oficina, onde trabalha como auxiliar de mecânico. Trabalhou
até o final da tarde. Dirigiu-se à estação ferroviária, pegou o trem para o subúr-
bio. Nos vagões lotados, centenas de companheiros de rotina, cidadãos que, em
boa parte, representam o contingente da mão de obra desqualificada.
Trabalho é toda força produtiva operada pelo empreendimento físico ou inte-

lectual. Uma sociedade mostra-se injusta quando subestima uma forma de tra-
balho em detrimento de outra.
O que define o valor do trabalho? Como a sociedade vê as diferentes formas

de trabalho: intelectual, artístico e braçal? O que o trabalho deve representar
para os indivíduos?
Nas nações capitalistas, o trabalho tanto oprime quanto liberta: para a mão de
obra assalariada, ele pode representar a síntese das injustiças sociais; para o
empresariado, pode ser o exemplo da livre iniciativa que traz riqueza social.
O som ensurdecedor das máquinas, a correria ou a monotonia dos escritóri-

os, a atmosfera saturada das usinas, a agitação dos balcões das lojas, a mesmice
do serviço doméstico — é o trabalho sistemático que se resume em condicio-
nada rotina.
5. DISSERTAÇÃO - PARÁGRAFOS DE DESENVOLVIMENTO
Há muitas formas de elaboração dos parágrafos de desenvolvimento; o fun-

damental é que estabeleçam progressão temática, estejam bem articulados, sejam coe-
rentes e convincentes.
Procedimentos argumentativos são recursos dos quais o autor lança mão a

fim de justificar a opinião que formulou. Afinal, uma opinião sem fundamentação não
satisfaz, não parece verdadeira e, consequentemente, não convence. Quando queremos
expressar nosso ponto de vista a respeito de determinado assunto, seja ele favorável ou
contrário, devemos fundamentar nossa opinião. Em outras palavras, devemos desen-
volver nossa afirmativa para que ela tenha valor.
São diversos os recursos argumentativos utilizados pelo autor para fundamentar

sua opinião. O importante mesmo é a forma como o argumento é apresentado, pois
precisa ser CONSISTENTE, passando para o leitor um valor de verdade.
01. O desenvolvimento do parágrafo: enumeração
Leia o parágrafo abaixo:
"Quatro funções básicas têm sido convencionalmente atribuídas aos meios

de comunicação de massa: informar, divertir, persuadir e ensinar. A primeira diz
respeito à difusão de notícias, relatos, comentários etc. sobre a realidade, acom-
panhada, ou não, de interpretações ou explicações. A segunda função atende à
procura de distração, de evasão, de divertimento, por parte do público. Uma
terceira função é persuadir o indivíduo — convencê-lo a adquirir certo produto, a
votar em certo candidato, a se comportar de acordo com os desejos de um
anunciante. A quarta função — ensinar — é realizada de modo indireto ou direto,
intencional ou não, por meio de material que contribui para a formação do
indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos, planos, diretrizes etc."
(Samuel Pfromm Netto, Comunicação de Massa)
Agora, responda:
1. O parágrafo acima está construído com base em:

a) contraste de ideias.
b) enumeração.
c) dados estatísticos.
2. Qual o assunto do parágrafo?
3. Qual é a tese (ponto de vista)?
4. Quais são as funções básicas normalmente atribuídas aos meios de co-

municação de massa?
5. Complete o parágrafo a seguir, organizados com base em enumeração:
a) A prática de esportes pode trazer uma série de benefícios: em primeiro lugar,

; em segun-
do lugar, ; em
terceiro lugar,
Além disso, ',
02. O desenvolvimento do parágrafo: comparação
Leia o parágrafo abaixo:
Com a Revolução Industrial e a organização do espaço geográfico em países

ou Estados-nações, ocorre uma grande diferenciação entre o campo e a cidade: as
cidades começam a crescer vertiginosamente (urbanização) e o meio rural vai sendo
aos poucos influenciado pelas formas de produção da indústria moderna (mecaniza-
ção e relação assalariada). O meio urbano passa a ser a sede das indústrias e dos
serviços modernos (bancos, universidades, administração etc.) e o meio rural, o for-
necedor de alimentos e matérias primas para as cidades. Nenhuma região escapa a
essa nova forma de produção, todas passam a ser integradas, complementares entre
si. As cidades vão se tomando a sede de cada região e estabelece-se uma hierarquia,
um sistema integrado de cidades: as menores (em grande número) dependem das
médias (em número menor) e estas estão subordinadas às grandes cidades (poucas).
(J. William Visentini, Sociedade e espaço — com adaptações, São Paulo, Ática, 1996))
1. Qual o assunto do parágrafo?
2. Qual é o ponto de vista?
Central d e Concursos
3. Muitas vezes o objetivo é apontar semelhanças e diferenças entre regiões,

culturas, objetos ou ideias. Nesse caso, é conveniente desenvolver as ideias
por comparação ou contraste. Agora, responda:
a) Com a Revolução Industrial e a organização do espaço geográfico em países, o

que ocorre com a cidade?
b) E com o campo?
4. Complete os períodos abaixo de modo coerente, estabelecendo relações

de contraste e comparação.
a) A mulher do passado era.
Já a mulher amai
b) No interior as pessoas levam um vida.
enquanto nas cidades grandes
03. O desenvolvimento do parágrafo: causa e consequência
Leia com atenção o seguinte parágrafo:
"Quando a imprensa se converte, efetivamente, num autêntico veículo de

comunicação de massas nas áreas urbanas, surgem o rádio e a televisão, como
consequência do progresso eletrônico, e rapidamente incorporaram-se à estrutu-
ra da sociedade de consumo massivo. Aliás, o rádio e a TV surgiram com mai-
ores condições para levar mensagens às grandes massas, porque traziam uma
característica intrínseca — a oralidade -, ampliando o acesso potencial a todos os
indivíduos, independentemente dos níveis de alfabetização e educação. Grandes
parcelas da massa populacional, no mundo inteiro, sobretudo nas áreas rurais,
que se conservavam marginalizadas da cultura, em virtude das características
elitizantes da imprensa, passaram a receber informações orais e audiovisuais,
respectivamente através do rádio e da TV. Isso abalou, profundamente, as bases
da própria cultura alfabética, linear, criando-se novos padrões culturais."
(José Marques de Melo, Comunicação, opinião, desenvolvimento, Petrópolis, Vozes, 3 ed. 1977)
a
Agora, responda:
1. O que permitiu o surgimento do rádio e da TV?
2. Por que o rádio e a TV apresentam maiores condições para levar mensa-

gens às grandes massas?
3. Por que grandes parcelas da massa populacional no mundo inteiro, so-

bretudo nas áreas rurais, se conservaram marginalizadas da cultura?
4. Qual foi a consequência do fato de grandes parcelas da massa popu-

lacional passarem a receber informações orais ou audiovisuais, por meio
do rádio e da TV?
Considere o fato abaixo e apresente pelo menos duas causas e duas

consequências para ele.
Fato: aumento do índice de criminalidade nas grandes cidades
Causas:
Consequências:
04. O desenvolvimento do parágrafo: ordenação por explicitação.
Suponhamos que tivéssemos de escrever um parágrafo sobre o assunto Poluição.

Várias formas de ordenação das ideias seriam possíveis:
Ordenação por tempo —> o aumento progressivo da poluição nas
últimas décadas;
Ordenação por espaço —> regiões atingidas pela poluição;
Ordenação por enumeração —> tipos de poluição e poluentes;

Ordenação por contraste —> diferenças ambientais entre regiões po-
luídas e regiões não poluídas;
Ordenação por causa —» causas da poluição;
Ordenação por consequência —> consequências da poluição.
Outra forma de ordenação das ideias seria a explicitação, ou o esclarecimen-

to, do conceito de "poluição". Um exemplo é o parágrafo abaixo, que explicita o
conceito de "poluição do ar" :
"Poluição do ar é a alteração de composição ou das propriedades de ar at-

mosférico, produzida por descarga de poluentes ou de outras substâncias, de ma-
neira a torná-lo impróprio ou nocivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público,
danoso aos materiais e à vida animal e vegetal, prejudicial à segurança, ao uso e
gozo da propriedade e das atividades normais da comunidade."
(Da revista Comerão <& Mercados, dezembro de 1973)
A explicitação (esclarecimento ou definição) é uma forma de ordenação das

ideias que usamos quando temos de redigir um parágrafo com o objetivo de explicitar
uma ideia, esclarecer um conceito, justificar uma afirmativa.
Leia os parágrafos abaixo e identifique qual deles é resposta às seguintes

perguntas:
1.1. O que é dumping?

1.2. O que é oligopólio?
1.3. O que é monopólio?
a) E a situação de mercado em que apenas uma empresa produz determinada

mercadoria ou presta um serviço. Por ser única, essa empresa estabelece o preço,
a quantidade, a qualidade do produto ou serviço etc. Pratica, assim, um abuso de
sua condição de poder, pois não existem concorrentes.
(Melhem Adas, Geografia — volume 3 )
b) É a situação de mercado em que um reduzido número de empresas oferece um

mesmo produto ou serviço semelhante a uma grande quantidade de comprado-
res. Como não há concorrência, os produtores podem manipular o preço e a
quantidade a seu favor. Essa situação favorece a formação de cartéis.
c) E um recurso adotado pelos cartéis para retirar do mercado os concorrentes que não
fazem parte do acordo estabelecido entre as empresas. Esse recurso é um verdadeiro
ato de banditismo, pois tem por objetivo destruir concorrentes. E uma invenção do
capitalismo industrial, e é praticado ainda hoje, apesar de muitos países terem leis que
condenem as empresas que o praticam ou que se associam a cartéis.
5. Parágrafos de desenvolvimento: outras possibiliadades...
Exemplos:
A. refutação (investe contra a normatividade, o establishment, questiona va-
lores, conceitos e juízos)
B. dados estatísticos
C. ordenação cronológica
D. evidência (comprova com pesquisas científicas ou dados estatísticos, por
exemplo, as ideias apresentadas)
Abaixo aparecem frases-tema seguidas de trechos argumentativos. Faça

as devidas associações quanto ao tipo predominante.
Pena de morte ( )
O fato é que a pena capital torna o condenado muito mais caro para o
contribuinte do que a aplicação da prisão perpétua. No Estado de Maryland,
por exemplo, o custo de um ivalking dead man, desde a sentença até a execução,
é de pelo menos US5i> 3 milhões; a prisão perpétua tem custo pouco acima de
US$ 1 milhão.
(...)
Além da preocupação com a redução de custos, há o fato de a pena de
morte não levar a uma queda no índice de criminalidade. Estados como Texas
(que tem a pena capital quase como patrimônio cultural) e Oklahoma, onde mais
se realizam execuções, o banditismo é muito mais elevado do que em Estados
que aplicam a prisão perpétua.
(Fonte: David, A Economia da pena de morte. Seção Dragões, 19/03/09-
http://blog.estadao.com.br/blog — com adaptações)
Intolerância à brasileira ( )
(...) Ao contrário do que contam as vozes oficiais, o Brasil não é um país

de tradição liberal, pacífica, cordial: desde a chegada de Cabral e dos coloniza-
dores a essas então paradisíacas praias, a nossa história tem sido antes de tudo
um mar de intolerância, de censura, de proibições, de perseguições — e até de
morte para aqueles que não aceitam as regras impostas pela maioria ou por
aqueles que têm representantes no poder. (...)
(Marco Antonio de Carvalho)
Desenvolvimento dos EUA ( )
Após a expansão e a consolidação de suas fronteiras, em 1853, os Esta-

dos Unidos passaram a conquistar mercados de outros países, principalmente
da América Latina, para desenvolver ainda mais sua economia. Isso se fez,
muitas vezes, por meio de intervenções armadas, quando os interesses norte-
americanos eram "ameaçados". Assim foi em 1898, quando anexaram o Havaí,
Porto Rico, Guam e Filipinas e intervieram em Cuba; em 1903 estimularam
um movimento separatista na Colômbia, dando origem ao Panamá; de 1912 a
1933 ocuparam militarmente a Nicarágua; ocuparam militarmente a república
Dominicana de 1916 a 1934 e novamente em 1965 a pretexto de combater
ameaças esquerdistas; de 1914 a 1934 ocuparam o Haiti; em 1954 patrocina-
ram a derrubada do presidente Jacobo Arbens, da Guatemala, que pretendia
realizar reformas económicas que contrariavam interesses norte-americanos;
muitas outras intervenções ocorreram na América e no mundo. As interven-
ções norte-americanas na América Central foram tantas que deram origem a
uma frase que expressa bem a política imperialista nessa região: "A América
Central é o quintal dos Estados Unidos".
(Melhem Adas, Geografia: volume 3 — com adaptações)
Morte no trânsito ( )
O jovem é a principal vítima do trânsito. Em São Paulo, segundo a CET

(Companhia e Engenharia de Tráfego), uma pessoa entre 16 e 25 anos morre a
cada 14,7 horas. Os acidentes são responsáveis por cerca de 40% das mortes
nesta faixa etária. No caso das motocicletas o índice chega a 70%.
{Folha de S. Paulo, 23/5/94)
6. DISSERTAÇÃO — PARÁGRAFO DE CONCLUSÃO
No parágrafo de conclusão, deve-se encerrar a discussão de forma coerente

com o conteúdo exposto. Pode caracterizar-se como:
A. síntese do conteúdo exposto

B. perspectivas de solução
C. retomada da tese
Veja exemplo abaixo, em que seguem partes de um texto com a exclusão do

desenvolvimento. Identifique se a característica predominante na conclusão é
perspectiva de solução ou retomada da tese.
Tese
A gíria é um patrimônio comum, é um instrumento de comunicação que parece
imprescindível, sobretudo para a juventude. Até mesmo as gerações que a condenavam
acabaram por assimilar algumas expressões de maior ocorrência. Os marginais contri-
buem com um repertório próprio, muitas vezes desconhecido pela população, e os
meios de comunicação asseguram a penetração de elementos inovadores. E, pois, pra-
ticamente impossível retirá-la do seio social.
Desenvolvimento (...)
Conclusão
Pode-se deduzir que não há como expurgar do discurso de todos os falantes
essa variante da comunicação, uma vez que os veículos de massa garantem a sua manu-
tenção no sistema, realimentando o léxico com inovações linguísticas. Assim, não se
deve preterir a norma privilegiada em favor da gíria e, sim, equilibrar os registros de
fala propícios a cada contexto social.
Tipo de conclusão:
7. PROGRESSÃO DISCURSIVA
É fundamental observar se os parágrafos apresentam informações relevantes,

que enriquecem a argumentação e estabelecem continuidade coesa, ou se apenas cons-
tituem um amontoado de frases com ideias repetidas (circularidade) ou vazias. Em
outras palavras, um texto rico sempre respeita a progressão discursiva.
Em cada alternativa, seguem dois parágrafos de um texto dissertativo.

Verifique se o segundo traz informações significativas que se acrescen-
tam ao anterior, isto é, se há ou não progressão discursiva.
01. A análise da influência da propaganda no comportamento das pessoas

serve para demonstrar como os meios de comunicação de massa aperfeiçoaram
os mecanismos de manipulação no mundo contemporâneo.
Na verdade, o controle do comportamento das pessoas pela propaganda
deixa claro que o mundo contemporâneo desenvolveu mecanismos para con-
vencer as pessoas a agir de um modo ou de outro.
02. A computação está presente em todas as atividades desenvolvidas pelo

homem. A informatização visa à economia de recursos e de tempo. E uma
ferramenta imprescindível que deve ser bem aproveitada.
O uso da informática permite o armazenamento e a manipulação de uma
quantidade enorme de dados. Assim, as informações podem ser transmitidas
com maior rapidez, permitindo agilização na tomada de decisões e diminuindo
a margem de erro. Na indústria, a automação propicia o aumento da produtivi-
dade e a diminuição dos desperdícios. Os robôs substituem, com sucesso, o
homem em algumas atividades insalubres ou que exigem grande precisão.
03. A televisão atualmente é um dos maiores meios de comunicação, porém

grande parte do que veicula não é de conteúdo informativo, e sim conteúdo
que tenta criar alguns padrões de comportamento, afetando diretamente o esta-
do de espírito das pessoas.
Hoje se sabe que a maioria dos canais estão preocupados em mostrar
para o público programas que procuram mexer com seus sentimentos, induzir a
determinadas formas de comportamento, a consumir determinados produtos.
Essas emissoras deixam de lado os programas que podem transmitir informa-
ções à população, que acaba assim ficando desinformada.
8. FRASES E PERÍODOS
CONCISÃO
Conciso: reduzido ao essencial, em poucas palavras, sucinto.

Prolixo: que usa palavras em demasia, difuso.
Melhore a redação dos fragmentos abaixo, observando a concisão de ideias.
1. Os operários, que se mostravam extremamente revoltados com os seus patrões

e com o governo, resolveram, depois de sua participação em reuniões que os
desgastaram tanto, fazer uma greve, paralisando imediatamente todas as suas
atividades na fábrica.
2. Antigamente o computador não existia, a tevê a cabo não havia, nem, há muito
tempo, existia o telefone celular, mas nem por causa disso o homem era infeliz.
3. Alguns homens, usando macacões de várias cores e matizes, chegaram para pro-
videnciar o reparo das instalações da casa que fica ao lado da nossa casa
CLAREZA
Melhore a redação dos trechos abaixo, dando-lhes mais precisão.
1. Os homens que para seusfilhosfalam a verdade só, eles dão um bom exemplo
de boa conduta em sociedade.
2. Tudo que tem que ser feito será, ou seja, de maneira igual à que ele recomendou.
3. As drogas, no Brasil, onde estão sendo muito consumidas por parte de muitos
jovens brasileiros, uma questão séria de saúde pública vêm-se tornando.
ARTICULAÇÃO
01. Remonte numa só oração complexa os fatos apresentados em mais de

uma oração simples.
a) A grande imprensa se pretende sóbria e conscienciosa na cobertura de levantes

ou revoluções. Apesar disso, ela termina quase sempre por transformar os acon-
tecimentos em espetáculos.
Mesmo quando
b) Os biquinis para este verão foram lançados por Zilda Costa. Ela é uma respeita-
da criadora de moda de praia. Os biquinis para este verão têm três características.
Lançados por
c) Os diretores do filme estavam assustados com as intenções do fisco americano.

Decidiram rodar as cenas na Itália. A Itália tem um fisco menos rigoroso.
02. Reúna os segmentos de frase num só período, observando a ênfase, a

clareza e a coerência.
a) Dezenas de profissionais já trabalharam um sem-número de horas.

Quando a notícia chega até nós.
Seja pela televisão, rádio ou jornal.
b) As pessoasficammeio perdidas.
E digo que sou RP (relações-públicas).
Como se estivessem diante de um extraterrestre.
Quando me perguntam o que faço.
c) A imagem introduz um novo elemento de persuasão.

Conseguindo atingir pessoas de qualquer nível.
Quando bem trabalhada.
Num outdoor.
03. Articule melhor as frases abaixo, evitando a repetição desnecessária de

palavras.
a) Perdera o documento de identidade e o título de eleitor. O documento de iden-

tidade foi encontrado, dias depois, por um estudante. O título de eleitor, infeliz-
mente, não conseguiu recuperar.
b) Havia duas pessoas no gabinete: o ministro e o assessor. O ministro quis ir à

reunião. O assessor quis antes tomar um café.
c) Maurício encontrara o cunhado na ma. O cunhado estava sem dinheiro e aprovei-

tou para pedir o dinheiro emprestado. Maurício não queria emprestar o dinheiro.
O cunhado insistiu. Maurício acabou emprestando o dinheiro ao cunhado.
04. (FCC/2004) Quando a aranha tece sua teia, ela faz sua teia com fios
muito finos, de modo que os insetos não veem esses fios, e não conse-
guem desvencilhar-se desses fios.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os ele-

mentos sublinhados, respectivamente, por
a) lhe faz - veem-lhes - daqueles
b) a faz - os veem - deles
c) faz-lhe - lhes veem - deles
d) a faz - veem eles - dos mesmos
e) faz ela - os veem - deles
9. DEFEITOS NA ARGUMENTAÇÃO
A argumentação deve contar com uma visão crítica apurada, livre de 'ruídos' que
comprometem a sua qualidade. E, pois, fundamental ler com atenção aquilo que se
afirma no texto.
Dados os fragmentos abaixo, associe-os quanto aos possíveis defeitos

que comprometem a qualidade da argumentação.
A. contrassenso
B. preconceito subjacente
C. noção moralizante
D. proselitismo ("pregação")
E. noção totalizadora
E afirmação inconsistente
G. discurso pronto
1. ( ) Os ricos são todos iguais: só querem o poder para encher cada vez
mais os próprios bolsos.
2. ( ) Não se pode permitir que, em um país democrático como o nosso, os

jornalistas apresentem tais conjecturas contra a liberdade de expressão.
3. ( ) No século XIX, começou a haver desenvolvimento tecnológico, o que

trouxe inúmeros benefícios para toda as camadas sociais.
4. ( ) Os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres estão cada vez mais
pobres. Portanto, só haverá mudança quando o ser humano se
conscientizar e lutar para que haja um mundo mais solidário e me-
nos injusto.
5. ( ) Devemos deixar de ser egoístas e pensar mais em nós mesmos, para

que tenhamos uma vida melhor.
6. ( ) Está na Bíblia: matar é um pecado. Só Deus tem o poder de tirar

a vida.
7. ( ) A vida é uma caixinha de surpresas e por isso devemos estar sempre

preparados para o que der e vier. E importante lembrar sempre que é
preciso fazer "limonada como os limões que temos".
8. ( ) A criminalidade no Brasil não diminuirá enquanto não forem ofere-

cidos ensino de qualidade e perspectivas de trabalho aos jovens de
baixa renda.
9. ( ) É fundamental que as mulheres se dêem ao respeito e não saiam por aí
tendo relações com o primeiro que aparece.
10. ( ) Somente no século XX começou a haver direitos humanos.
11. ( ) Todos nós, brasileiros, sabemos que a eutanásia é crime e, por isso,
vamos continuar nos posicionando contra ela.
12. As enchentes só ocorrem porque as populações periféricas pouco se
importam com a manutenção da limpeza urbana. Por exemplo, jogam
lixo de todo tipo tanto nos rios e córregos ou mesmo em qualquer
canto de ruas e avenidas.
13. ( ) (Níquel Náusea/Fernando Gonzales)
14. ( )
CHICLETE C O M B A N A N A - Angelí
9r<.ffes4*l # pkRabujo ALÔ. MEU F I L H O I? O q U E
NÃ"0 MEDIREI ESFORÇOS PARA VOCÊ ESTA" F A Z E N D O . RAPAZ ?
M A S TER O M E U W L H O M A I S A H . Q U E BOM I MANDE UM
VELHO L O N 6 E D A S DROGAS I ABRAÇO PARA O S S E U S
A M I S O S E APROVEITE
M U I T O BEM I
1 0 . PARÁFRASE
As orações que têm forma diferente, mas o mesmo significado básico, são co-
nhecidas como orações smônimas. Apresentamos, a seguir, alguns exercícios com o
objetivo de desenvolver em você a capacidade de trabalhar com elas: é uma forma de
você explorar a seu favor o potencial expressivo que a língua põe à nossa disposição.
01. Reescreva as orações abaixo, sem alterar o significado básico. Inicie as

novas orações da forma indicada e siga as instruções, quando houver:
1.1. O brasileiro, revela um levantamento que acaba de ser realizado pelo

Instituto Gallup, não confia em sua imprensa.
Um levantamento
O Instituto Gallup
Realizado pelo Instituto Gallup,
1.2. Segundo especialistas, se o efeito estufa continuar a crescer no mesmo

ritmo, a temperatura média da Terra pode aumentar 5,8 graus centígra-
dos até 2100.
use um smônimo para "se"
a) De acordo com
b) Especilistas afirmam que
c) Se o efeito estufa
02. Reelabore os fragmentos abaixo, substituindo apenas os trechos grifados.
2.1. Conquanto as pessoas empreguem cada vez mais um discurso politicamente

correto a respeito do meio ambiente, geralmente pouco têm feito na prática
para preservar os recursos naturais de que dispõem hoje.
2.2. Poucos negariam que a influência da televisão, nas sociedades contemporâne-

as, é gigantesca. Ela é a principal difusora de informações, entretenimento,
modismos, comportamentos, valores. Mas a atenção dos académicos é inversa-
mente proporcional à força dessa difusão. Uma palavra é suficiente para enten-
der tal fenómeno: preconceito. A popularidade da televisão torna-a suspeita
aos olhos dos bem pensantes. E m decorrência dessa atitude de desdém,
de rejeição, não ter aparelho televisor, não assistir à televisão são marcas de
distinção intelectual.
(MIGUEL, Luís Felipe. 'Cegueira intelectual", em Caderno Pensar,
Correio Braziliense, 22/07/2001 - com adaptações)
03. (FCC T R T 2R Anal. Jud./2004) Não será encarcerando adolescentes e

crianças, mas oferecendo-lhes condições para escapar da criminalidade,
que esse triste panorama poderá mudar.
Mantém-se, com correção e clareza, o sentido da frase acima, em:

a) Não será encarcerando adolescentes e crianças que esse triste panorama poderá
mudar; é preciso oferecer-lhes condições para escapar da criminalidade.
b) Oferecendo condições para escapar da criminalidade, e não encarcerando ado-
lescentes e crianças, é que esse triste panorama poderá mudar.
ç) Esse triste panorama não poderá mudar sem lhes oferecer condições para esca-
par da criminalidade, simplesmente encarcerando adolescentes e crianças.
d) Não será encarcerando adolescentes e crianças, sem que se lhes ofereça condi-
ções para escapar da criminalidade, que deixarão de mudar esse triste panorama.
e) Não encarcerar adolescentes e crianças, a menos que se lhes ofereça condições para
escapar da criminalidade: eis o que é preciso para esse triste panorama mudar.
04. (Vunesp TJ Esc. Téc. Santos/2006) Intelectuais em geral não confessam

sequer que lêem histórias de detetives. Quanto mais escrever!
Assinale a alternativa em que a frase, reescrita numa linguagem formal,

mantém os sentidos propostos no texto.
a) Intelectuais em geral não confessam sequer que lêem histórias de detetives, tanto
que não lhes escrevem.
b) Intelectuais em geral não confessam sequer que lêem histórias de detetives, mas
que não as escrevem.
c) Intelectuais em geral não confessam sequer que lêem histórias de detetives, em-
bora que não lhes escrevem.
d) Intelectuais em geral não confessam sequer que lêem histórias de detetives, por-
que não as escrevem.
e) Intelectuais em geral não confessam sequer que lêem histórias de detetives, muito
menos que as escrevem.
05. (Vunesp Assit. Gestão de Políticas Públicas/ 2005) Assinale a alternativa

que reescreve, sem alteração de sentido, o trecho: Não que aqui se possa
declarar guerra aberta ao automóvel. Falta-nos a contrapartida do trans-
porte coletivo eficiente.
a) A guerra contra o automóvel foi aprovada pela administração municipal.
b) O transporte coletivo perde espaço cada vez mais para o automóvel.
c) A ineficiência do transporte coletivo impede uma ofensiva ao automóvel.
d) Com a guerra ao automóvel, o transporte coletivo ganha eficiência.
e) Por ser eficiente, o transporte público vem se aprimorando cada vez mais.
1 1 . ADEQUAÇÃO VOCABULAR
O uso de termos difíceis (em geral não dicionarizados), de construções adapta-

das de línguas estrangeiras (sobretudo o inglês e o francês) torna muitas vezes
a leitura incompreensível—e não há comunicação. E o caso dos jargões técni-
cos. Tente "traduzir" os textos da coluna da esquerda — escritos em
"psicologuês", "mediques", "sindicales", "juridiques"... -para o português.
A nosografía não acompanha o ( ) Ele luta para garantir o direito do
sofrimento psíquico desse sujeito trabalhador. É bem preparado, mas
pós-moderno. não está ligado a nenhuma facção
política do movimento sindical.
B. A terapia teve um efeito idiossin- ( ) O estupro aconteceu sob violên-

crático com prognóstico favorá- cia física ou sob ameaça grave?
vel no caso de pronta-supressão.
C. Ele luta contra a precarização. E ( ) A atoai classificação de doenças

um bom quadro, mas não tem não acompanha o sofrimento
tendência. mental do ser humano de hoje.
D. A conjunção carnal se deu a vis ( ) O remédio teve efeito contrário,

absoluta ou a vis compulsiva? mas não causará problema se
suspenso logo.
( F O L H A [sinapse] - 24 de junho de 2003)
02. Os parágrafos abaixo apresentam expressões inadequadas e imprecisas,

entre outros problemas, o que atrapalha a comunicação da mensagem.
Dê a eles uma redação mais adequada.
Parágrafo-1
Todo o mundo (1) vem ao colégio com roupas bastante informais, por-
que acham (2) que o colégio é como se fosse a nossa (3) própria casa, isto é, um
lugar que (4) as pessoas devem se sentir à vontade. O que não deve haver é
exagero nessa informalidade, pois vir à escola completamente mal vestido é sinal
de relaxamento. Portanto o uniforme é completamente dispensável, desde que
os alunos não venham vestidos como se fosse (5) uma praia.
Parágrafo-2
A natureza tem que ser mantida (1) de qualquer maneira, (2) pois o
homem precisa de ar e de água pura para beber(3). O que está havendo é um
crescimento (4) muito grande das fábricas e das indústrias que poluem o ar,
a água, enfim, tudo que de mais importante Deus nos deu. Já é tempo de tentar-
mos, a qualquer custo, mesmo com muita luta, melhorarmos (5) as nossas con-
dições de vida, criando áreas verdes, limpando os rios e os mares dos detritos
lançados por navios e petroleiros (6), usinas e redes de esgoto.
3. Complete as lacunas do texto abaixo com as palavras mais adequadas ao

contexto, selecionando-as entre as que estão sugeridas entre parênteses.
O MITO DO DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO
A ideia, (1 -obtida, defendida, preservada) nas últimas décadas, de que

as grandes massas de população dos países pobres, do chamado Terceiro Mun-
do, podem (2-tocar, incluir, atingir) os padrões de consumo da minoria da
humanidade que vive hoje nos países altamente industrializados, como os Esta-
dos Unidos, não passa de um mito, de uma ilusão.
Essa ideia interessa aosricosdos países pobres, pois justifica a (3-concen-
tração, reunião, agrupamento) de riqueza em poucas mãos, em nome do
progresso tecnológico, do desenvolvimento económico que, como eles querem
fazer crer, futuramente irão beneficiar a toda a população. Enquanto isso, essa
população continua na miséria, sem alimentação, sem moradia, sem saúde, sem
educação; as grandes metrópoles continuam com seu ar irrespirável, crescente
criminalidade, deterioração dos serviços públicos etc.
O que os defensores do mito do desenvolvimento económico deixam de
(4-vislumbrar, entrever, considerar) - por esquecimento ou por interesse - é o
(5-agravamento, impacto, impressão) sobre a natureza de uma eventual
universalização do consumo, conforme eles (6-preconizam, concordam, rea-
lizam). Um estudo feito por um grupo de especialistas procurou responder a
esta pergunta: "Que acontecerá se o desenvolvimento económico, para o qual
estão sendo (7-mobilizados, incrementados, agilizados) todos os povos da
Terra, chegar efetivamente a universalizar-se ?"
A resposta é clara: se isso acontecesse, a pressão sobre os recursos não-
renováveis (petróleo, carvão, urânio, dumínio etc.) seria tal que o sistema econó-
mico entraria em (8-dano, colapso, perda); a depredação do mundo físico e a
poluição seriam de tal ordem que colocariam em risco as possibilidades de so-
brevivência da própria espécie humana. Conclusão: a ideia de que os povos
pobres podem um dia chegar a ter os padrões de consumo dos povos ricos é
(9- improvável, irrealizável, incontrolável), não passa de uma ilusão.
Na verdade, o que acontece é que essa ideia — do desenvolvimento eco-
nómico — serve para levar os povos pobres a aceitar grandes sacrifícios em
nome de um futuro que nunca vai acontecer. Essa ideia serve também para (10-
substituir, alterar, desviar) as atenções das necessidades básicas da vida huma-
na — alimentação, saúde, habitação, educação etc. — para cuja satisfação devem
orientar-se os esforços de cientistas, economistas, políticos e de todos os cida-
dãos. O desenvolvimento de um povo só será possível por meio do atendimen-
to a essas necessidades, para as quais precisam ser orientados os investimentos.
(Baseado em Celso Furtado, O mito do desenvolvimento económico^
12. LINGUAGEM E NORMA CULTA
01. Identifique as falhas linguísticas nos fragmentos que se seguem.
1. QUINO
SABE Que ^
N O OUTRO SABE QUE NO OUTRO QUARTEIRÃO. AO LADO DO ALFAIATE QUE FEZ O
TERNO DE CASAMENTO DO FILMO DA MANKUR€ Ê NA NOITE D€
QUERIA COBRÁ-LO NA IfiftEJA PORQUE O OUTRO SE FEZ DE «URRO E SE
QUARTEIRÃO NÚPCIAS
E S T Ã O ABRINDO
ARMOU UMA BRISA NA QUAL SE METEU ATE A MADRINHA QUE DIZEM
UMA L O J A DE
QUE DEU UMA PORCARIA DE PRESENTE PARA ELES APESAR DE RECEBEU
BRINQUEDOS? PENSÃO DO MARIDO E AINDA TIRAR O ALUGUEL DO
QUARTINHO BO ALEIJADINHO QUE CONSERTA RÁDIO.
ESTÃO ABRINDO UMA LOJA DE BRINQUEDOS? /
—7
02. João, que é o novo diretor da empresa, está desenvolvendo um projeto, que é o
da coleta dos lixos que podem ser reaproveitados, o que será implantado em
cada departamento que existe na empresa.
04. Porque aí nós pegamos e pensamos: quando haverá combate a essa cambada de
ladrões corruptos?
05.
f «MPSÉIUM )
/ HKUWat), r 1
SúSRí A I
J U AÇÃO: çJ rJ REFORMA
06. A criança de hoje será o adulto de amanhã.
08. A exaltação da beleza física dos "famosos" vai de encontro aos interesses
da mídia.
09. Trata-se de um crime de descriminação racial.
10. O gerente ficou só na sala.
11. Não devemos nunca desistir de lutar pelos nossos ideais, afinal, a esperança é a
última que morre.
12. Numa noite de plenilúnio, os homúnculos machucaram-se nas fragas do

caminho.
02. Considerando os critérios de clareza, correção gramatical e elegância na

redação, assinale:
(C) frases bem construídas.
(E) frases com falhas.
1. ( ) Esse fato, ocorrido há dez anos atráz, ainda emociona as pessoas.

2. ( ) Obedeceram às exigências da empresa, conquanto não desejassem.
3. ( ) Devemos se entender afim de chegarmos em uma conclusão.
4. ( ) Evidentemente, não mente quem sente que é preciso na vida ter atitude
decente.
5. ( ) Governo confisca gado suspeito de estar contaminado.
6. ( ) Haviam ocorrido, naquela reunião do condomínio, equívocos quanto à
interpretação da nova lei.
7. ( ) O eminente deputado, com cujos projetos alguns eleitores concordam,
fará novo discurso.
8. ( ) Nós custamos a entender por que o governo maqueia esses dados em
seus relatórios.
9. ( ) Os documentos já encontram-se junto da diretoria.
10. ( ) Faz duas semanas que os trabalhadores, aos quais assistem direitos de
greve, esperam por uma resposta da empresa.
11. ( ) O fato do homem moderno ser consumista é notável.
03. Junte as duas sentenças, usando o pronome QUE ou QUEM. Atente

para a presença de preposição antes dos pronomes relativos. Inicie pela
primeira oração.
a) Revoltamo-nos contra o vendedor. Havíamos sido enganados por ele.
b) Aqui estão os documentos. Você se esqueceu dos documentos.
c) Grande é a satisfação. Encaramos o presente trabalho com satisfação.
d) Ainda não se avaliou o talento. Nós, seres humanos, somos dotados de talentos.
04. Junte as duas sentenças, usando CUJO e flexões. Atente para a presença
de preposição antes do cujo. Inicie pela primeira oração.
a) O prefeito é grande amigo de meu pai. Simpatizo com suas ideias.
b) Este é um argumento. Tenho muita confiança em sua força.
c) Foi fechado o clube. Em suas dependências observou-se uma série de irregularidades.
05. A coesão das frases abaixo está prejudicada por causa da ausência dos
pronomes relativos (que, qual, onde, quem, cujo). Faça a devida conexão,
usando as preposições quando o verbo assim o exigir.
a) Enxergo, em atitudes dessetipo,uma questão mais profunda, é a falta de cons-

ciência profissional. Uma sociedade acontecem casos assim nunca será respeitada.
(que - em que)
b) A escola é o lugar podem sair futuros cidadãos conscientes se poderá construir

uma nação mais crítica de si mesma.
(com os quais - de onde)
c) O lixo doméstico a maioria dos países não reaproveita é um dramático problema.

Imaginemos então o lixo atómico não há espaço. Ainda não se chegou a uma
tecnologia adequada para manuseá-lo. Outra questão muito séria é a do lixo indus-
trial poucos sabem lidar. São vinte bilhões de toneladas por ano temos de nos livrar.
(para o qual - que - de que - com o qual)
d) O arrocho salarial certos governos tanto insistem leva o trabalhador ao desespe-

ro. Além disso, os juros os comerciantes tanto se queixam anulam as vias de
crédito. Este perverso quadro económico todos vivenciamos há anos não pode
continuar indefinidamente.
(que - em que - de que)
e) As pedras portuguesas a prefeitura do Rio de Janeiro calçou algumas mas do

centro vivem se soltando. Isto é resultado do trabalho de calceteiros incompetentes
serviços foram contratados sem nenhumrigor.As ruas se transformam numa
verdadeira armadilha você pode torcer o pé ou deixar o salto de seu sapato.
(em que - com que - cujos)
Central d e Concursos -
06. Nas questões abaixo, assinale certo (C) ou errado (E) com relação à sin-
taxe de concordância.
1. O resultado de todas essas reuniões com os vários setores da empresa permitem

observar uma mudança na produção.
2. Existe, em toda a realidade brasileira, pequenas amostras de soluções.
3. A queda nas bolsas de valores brasileiras já nos mostra o tamanho da crise.
4. O poder concentrado nas mãos de alguns déspotas, principalmente em países
subdesenvolvidos, sempre fazem surgir desigualdades na aplicação da lei.
5. A ausência de razão e de provas excluem a ideia de acusá-los pelo crime.
6. Todo debate existente nas opiniões dos candidatos e dos eleitores contribuem
para os avanços da democracia.
7. A reflexão feita por autores nacionais e internacionais sobre os países emergentes
podem conduzir a certos paradoxos.
8. Os limites da nova tendência económica mundial traz uma previsão sinistra.
9. São necessárias ao poder público brasileiro as ações que levam à equidade.
10. As vitórias do Brasil no campeonato mundial, ocorrido na China, comprova a
força de nosso país nesse esporte.
11. Coube ao ministro as análises exigidas anteriormente.
12. Pelos peritos foram feitos anteontem o exame que prova a paternidade.
13. Se não houvessem tantas dúvidas, ele poderia receber outra proposta.
14. Não se confirmou ainda as datas para a viagem.
15. Tudo estará pronto, pois faz trinta dias que foi solicitado o documento.
16. Só ao militar cabia o poder que a outros setores sociais eram atribuídos.
17. Pouco se comentou das movimentaçõesfinanceirasnas quais surgiram a descon-
fiança de corrupção.
18. Houve opiniões diversas, podendo ser confrontadas em outro momento.
19. A segunda fase, após um período de retração das relações económicas internaci-
onais associada às duas guerras mundiais e à crise dos anos 30, vão do pos-
guerra (1945-50) até 1973.
20. O valor da tecnologia da informação e da Internet residem em sua capacidade
de armazenar, analisar e transmitir informações instantaneamente, seja para
onde for.
07. Pontue os trechos abaixo, fazendo ajuste de maiúsculas e minúsculas

quando necessário.
1. Chegando ao terceiro milénio o homem ainda não conseguiu resolver os gra-

ves problemas que preocupam a todos pois existem populações imersas em
completa miséria a paz é interrompida frequentemente por conflitos internaci-
onais e além do mais o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério
desequilíbrio ecológico.
2. Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico provocado pela ambi-

ção desmedida de alguns que promovem desmatamentos desordenados e polu-
em as águas dos rios tais atitudes contribuem para que o meio ambiente em
virtude de tantas agressões acabe por se transformar em local inabitável.
08. (Vunesp T R F Anal. Jud./2002) Assinale a alternativa em que a pontua-

ção atende aos princípios da norma culta.
a) Boa parte de seu crescimento, deve-se a sua estratégia de apoio, às micro, peque-
nas e médias empresas.
b) Assim como os colegas tentei esclarecer, em meus livros que: o terrorismo é
fenómeno antigo, quase tão antigo, quanto a humanidade.
c) A França, com 73 milhões de turistas/ano e a Espanha, com 46 milhões são
exemplos de países que investem e faturam, com o turismo.
d) Outra possibilidade é pedir uma segunda opinião - e pagar por isso - a especi-
alistas inscritos numa lista com a finalidade de prestar serviços de consultoria.
e) Para muita gente, a época de Natal e Ano-Novo só provoca: tristeza — caso dos
que vivem, debaixo de um viaduto.
09. (Vunesp Aux. Adm. /2006) Considere o quadrinho para responder à ques-
tão seguinte.
O juiz consultou a r e p e t i ç ã o
anulou o gol mostrou c a r t ã o
vermelho ao jogador.
(Atrilio, I 'ga, 29.03.2006..\daptad<>)
A frase do quadrinho está corretamente pontuada na alternativa:

a) O juiz consultou a repetição, anulou o gol, mostrou cartão vermelho ao jogador.
b) O juiz, consultou a repetição; anulou o gol: mostrou cartão vermelho ao jogador.
c) O juiz consultou a repetição anulou o gol, mostrou cartão, vermelho, ao jogador.
d) O juiz consultou, a repetição; anulou, o gol; mostrou, cartão vermelho ao jogador.
e) O juiz consultou a repetição, anulou o gol, mostrou, cartão vermelho ao jogador.
10. (Esaf Analista — CGU/2008) Assinale a opção em que o trecho foi trans-
crito com erro de pontuação.
a) Ao longo dos últimos anos, na reforma do Judiciário, o Congresso municiou o
Supremo com ferramentas novas para imprimir maior eficácia ao sistema. A
corte, entretanto, as vem utilizando com certa timidez.
b) A mais poderosa dessas armas é o efeito vinculante. Trata-se de dispositivo que
permite ao Supremo editar súmulas fixando jurisprudência que deve obrigatoria-
mente ser seguida pelas instâncias inferiores da Justiça e pela administração pública.
c) Criado em 2004 e regulamentado dois anos depois, o mecanismo só foi utiliza-
do em três ocasiões, nenhuma delas envolvendo conteúdo muito controverso.
d) Caminho semelhante segue o princípio da repercussão geral, que possibilita ao
STF, recusar recursos extraordinários e agravos em ações com baixa relevância
social, no entendimento da maioria dos ministros.
e) Associadas, a edição de novas súmulas vinculantes e a exclusão das matérias sem
repercussão geral teriam o condão de livrar o Judiciário de milhares de processos
repetitivos, cujo desfecho já é conhecido de antemão.(Folha de S. Paulo, 2/2/2008)
11. Observe o fragmento abaixo e julgue as afirmações seguintes:
O retrato de Brasil de corpo inteiro e fantasioso, onde acham que o

Brasil é um país ótimo para se viver, já a foto 3X4 nos mostra a deficiência
dos Estados em relação ao governo federal, a verdade é que o Brasil tem
um rosto triste, devido a fome, a miséria, a falta de saúde, pois aqui dentro
sabemos com certeza o retrato do Brasil.
a) Embora haja falhas quanto à articulação de ideias, o texto apresenta acentuação

adequada.
b) A repetição de palavras indica falta de vocabulário e de recursos coesivos.
c) O fragmento, construído com vários períodos, apresenta correto uso das vírgulas.
d) Apesar de falhas na estrutura sintática, é possível apreender uma visão crítica
apurada sobre o tema em questão.
e) Em "retrato do Brasil de corpo inteiro", o autor faz uso de linguagem figura-
da, recurso permitido na dissertação, desde que empregado com parcimônia e
deformaclara.
f) No início do texto, o emprego do verbo na 3 . pessoa do plural permite apreen-
a
der com clareza a quem o autor se refere..
12. Considerando o trecho abaixo - que representa o parágrafo introdutório

de uma dissertação -, julgue as afirmações:
Lei para a Internet

Será que proibir à internet é a melhor maneira? Com milhares de
usuários, informações em série, e sem um controle rigoroso; é exposto na
rede diversos sites, desde notícias do mundo até, banais, diários virtuais.
a) O texto não está de acordo com as regras gramaticais.

b) Embora o parágrafo seja curto, é possível apreender o posicionamento do autor
quanto à questão dos limites éticos para o uso da Internet; em outras palavras, é
clara a tese do texto.
13. Considerando o trecho abaixo - que representa o parágrafo de conclusão

de uma dissertação -, julgue as afirmações:
Este é um tema muito polemico, mas o que podemos obter como

lição é que com certeza os direitos seriam respeitados plenamente como
desejam não só os defensores desses diretos, mas todos nós se no mundo
existisse uma justiça rápida e justa para que os culpados pagassem de for-
ma equiparada os danos que ele causou.
a) Na linha 1, é pertinente o uso da conjunção mas, pois existe uma clara oposição
de ideias entre os trechos.
b) As passagens "podemos", "os defensores desses direitos" e "todos nós"
remetem-se a um mesmo grupo de pessoas.
c) Para que fique gramaticalmente correta, a passagem final do texto — "que ele
causou" - deve ser reelaborada.
' " e Concursos

13. REDAÇÃO DE FRASES - QUESTÕES OBJETIVAS DE CONCURSOS
Penso hoje que a vocação dele era, de fato, o serviço público: sentia-se suficien-
temente recompensado pela responsabilidade que lhe cabia na tarefa de se fazer
justiça na distribuição do produto social.
01. (FCC - TC ESP/2003) Na frase acima, não haverá prejuízo para o senti-
do, caso se substitua o sinal de dois pontos por uma vírgula, seguida da
expressão
a) a menos que se sentisse (...)
b) uma vez que se sentia (...)
c) muito embora se sentisse (...)
d) afimde se sentir (...)
e) por mais que se sentisse (...)
02. (FCC - Ag. Vistor -Pref.SP - 04/2002) Está correto o emprego da ex-
pressão sublinhada na frase:
a) Os bons salários a que os jovens aspiram são cada vez mais improváveis.
b) É mínimo o salário no qual os empresários julgam retribuir o esforço dos
estagiários.
c) O assunto de cujo se trata no texto diz respeito às exigências que se colocam
aos jovens.
d) São desafiadores os novos terrenos com que os jovens se prontificam a explorar.
e) Seria preciso de que se oferecessem oportunidades reais aos jovens pretendentes
a um emprego.
03. (FCC - Ag. Vistor -Pref.SP - 04/2002) Considere estas duas frases:
I. Foi enorme o prazer que me proporcionou aquela viagem.
II. Foi enorme o prazer com que me proporcionou aquela viagem.
E correto afirmar que

a) as frases I e II têm o mesmo sentido, variando apenas a forma de construção.
b) a frase I afirma o prazer que eu senti ao realizar uma viagem.
c) a frase I I afirma o prazer que alguém sentiu ao fazer uma viagem.
d) a frase I afirma o prazer que alguém sentiu ao possibilitar que uma outra pessoa
viajasse.
e) a frase I I afirma o prazer que eu senti ao possibilitar a viagem de uma outra
pessoa.
04. (FCC - Ag. Vistor -Pref.SP - 04/2002) Considere os seguintes fatos:

I. Ela partiu já há duas semanas.
II. Até agora ela não me deu notícias.
III. Confesso que começo a ficar preocupado.
O período em que os fatos acima estão articulados de modo lógico, com

redação correta, é:
a) Confesso que começo a me preocupar, pois ela ainda não me deu qualquer
notícia, apesar de já fazer duas semanas que partiu.
b) Já fazem duas semanas e eis que ela ainda não me deu notícias, muito embora eu
confesse que começo a me preocupar.
c) Como até agora ela não me deu nenhuma notícia, confesso que começo a me
preocupar pelo fato de já haver partido fazem duas semanas.
d) Já fez duas semanas de sua partida e até agora ela não me deu alguma notícia,
posto que, confesso, começo a ficar preocupado.
e) Desde que ela não me deu qualquer notícia, visto que fazem duas semanas que
partiu, confesso que começo a preocupar-me.
05. (Vunesp — Esc. Tec. - 06/2007) Assinale a alternativa que reescreve a

frase de acordo com a norma culta.
a) Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. / Os graduados ape-
nas ocasionalmente se dedicam a profissão.
b) Os advogados devem demonstrar nessa prova um mínimo de conhecimento. /
Os advogados devem primar nessa prova por um mínimo de conhecimento.
c) Ele não fez o exame da OAB. / Ele não procedeu o exame da OAB.
d) As corporações deviam promover o interesse da sociedade. / As corporações
deviam almejar do interesse da sociedade.
e) Essa é uma forma de limitar a concorrência. / Essa é uma forma de restringir à
concorrência.
06. (Vunesp - Esc. Tec. - 06/2007) Assinale a alternativa correta, de acordo

com o padrão culto escrito da língua portuguesa.
a) A educação brasileira nem chegou à convalecença: ainda está na UTI.
b) A medicina é uma carreira extritamente profissional, não prepara para outras
funções.
c) É lamentável que as associações médicas manifestam uma atitude tíbia diante das
faculdades fracas.
d) Os médicos, como os pilotos de avião, deveria passar por provas periódicas,
para demonstrar sua atualização.
e) Ao reivindicarem uma supervisão nas faculdades de medicina, as associações
médicas mostram preocupação
07. (Vunesp - Esc. Tec. - 06/2007) Assinale a alternativa correta, de acordo

com o padrão culto escrito da língua portuguesa.
a) O aquecimento global está causando a perda de espécies numa velocidade com-
parável ao desaparecimento dos dinossauros, há 65 milhões de anos.
b) Por que nossos líderes se furtam o dever de lutar pelo meio ambiente?
c) Se continuar no ritmo amai, em 2090 não haverão mais matas nativas.
d) A recuperação da camada de ozônio na atmosfera é um exemplo de como os
países conseguem remedear um problema global.
e) Hoje dispomos toda a tecnologia que precisamos para começar a combater o
aquecimento global.
08. (FCC - TRT-Tec. Jud. - 08/2006) A coerência da frase está prejudicada

pelo emprego da expressão sublinhada em:
a) A rotina familiar é alterada durante a Copa, tanto assim que há casos de ressenti-
mentos gerados pelo excesso das paixões.
b) A despeito de serem os torcedores mais inflamados, os homens costumam dei-
xar-se arrebatar pelo entusiasmo numa Copa do Mundo.
c) Muito embora as mulheres não sejam, via de regra, torcedoras fanáticas, há sem-
pre aquelas que sofrem com os maus resultados da nossa seleção.
d) A medida que transcorrem os jogos, vai subindo o grau de emoção e de nervo-
sismo dos torcedores mais preocupados.
e) E comum ocorrerem desavenças familiares durante uma Copa, visto que muito
poucas pessoas mantêm o espírito sereno durante os jogos.
09. (FCC - T R T - Tec. Jud. - 08/2006) Está clara e correta a redação do

seguinte comentário sobre o texto:
a) Se nós revêssemos nosso comportamento durante uma Copa, pode ser que
fôssemos corrigir alguns excessos deles.
b) Não é muito fácil encontrar alguma família em cuja não exista algum torcedor
mais fanático, no qual se deixe levar a quase histeria.
c) É incrível como as crianças muito pequenas não se incomodam, ao passo que
uma Copa seja assistida pelos adultos com mais emoção.
d) É apenas por solidariedade a seus maridos que muitas mulheres buscam se abrir
às emoções de uma Copa do Mundo.
d) Talvez seja um exagero do autor do texto achar que os próprios laços familiares
se ameacem devido as frustações do futebol.
10. (FCC T R E Anal. Jud. - 03/2007) Está clara, correta e coerente a redação
da seguinte frase:
a) O autor não esconde sua admiração com os valores da nossa cultura, aos quais
ele considera tão estimulantes no sentido de revolucionar nosso ensino.
b) O autor considera alguns traços da cultura do povo brasileiro altamente estimu-
lantes a uma verdadeira - e mesmo indispensável - revolução no nosso sistema
de ensino.
c) Não seria preciso negligenciarmos quanto aos nossos valores culturais para se
obter bons resultados numa revolução do nosso ensino, conforme o preconi-
za o autor.
d) Já devem ter ocorrido a muitas pessoas que as reformas são necessárias em
nossa educação, mas poucas dão sugestões ou se atrevem a propor uma autênti-
ca revolução.
e) O autor se mostra intransigente ao ser necessária uma revolução em nosso sistema
de ensino, haja visto que chega a considerá-lo atualmente uma perda de tempo.
11. (FCC TRTTéc. Jud. -09/2006)
A ciência, hoje, consegue explicar uma série de fenómenos.

Alguns fenómenos assustavam o homem no passado.
Crenças milenares tentam desvendar os mistérios da vida.
Os mistérios da vida permanecem ainda sem o necessário entendimento.
As frases acima articulam-se em um único período, com lógica, clareza e

correção, da seguinte maneira:
a) Como a ciência, hoje, consegue explicar uma série de fenómenos, de que assus-
tavam o homem no passado é que as crenças milenares tentam desvendar os
mistérios da vida, permanecendo ainda sem o necessário entendimento.
b) Alguns fenómenos assustavam o homem no passado, que a ciência, hoje, conse-
gue explicar uma série deles, embora com as crenças milenares tentam desvendar
os mistérios da vida, que ainda permanecem sem entendimento.
c) A ciência, hoje, consegue explicar uma série de fenómenos como as crenças
milenares as quais tentam desvendar os mistérios da vida e alguns fenómenos que
assustavam o homem no passado, ainda sem entendimento.
d) A série de alguns fenómenos assustavam o homem no passado de cujas crenças
milenares tentam desvendar os mistérios da vida, que ainda permanece sem o
necessário entendimento, apesar que a ciência, hoje, consegue explicar.
e) Crenças milenares tentam desvendar os mistérios da vida que permanecem ainda
sem o necessário entendimento, embora a ciência, hoje, consiga explicar uma
série de fenómenos que assustavam o homem no passado.
12. (Vunesp PME Soldado - 09/2007) A frase em que a concordância ocor-

re em conformidade com as regras da norma padrão culta da língua
portuguesa é:
a) A participação de menores de idade em crimes violentos é preocupante.
b) Devem haver maneiras mais severas de coibir a criminalidade juvenil.
c) Foi analisado a viabilidade da redução da maioridade penal.
d) A prestação de serviços à comunidade são um tipo comum de penalidade.
e) Será levado a julgamento os jovens infratores de 12 a 17 anos.
14. PROPOSTA DE REDAÇÃO - C E S P E / U N B
(CESPE/UnB: Analista Administrativo-ANEEL-16/05/2010)
Por muitos anos, o Brasil conviveu com a impressão de que suas fontes
hidroenergéticas eram inesgotáveis. De fato, teoricamente, seria ainda possível
dobrar, em alguns anos, o número de hidrelétricas instaladas no país, sem pro-
vocar danos irreversíveis ao meio ambiente. No entanto, a população brasileira
mais que triplicou nos últimos 40 anos, e esta, de uma ocupação predominante-
mente agrária e rural, se inverteu para urbana e industrial. A demanda por energia
elétrica cresceu naturalmente, de forma exponencial, até que, em meados da
década passada, o sistema hidrelétrico instalado começou a dar sinais de esgota-
mento. Os excedentes de água, que davam garantia de abastecimento por cinco
anos, passaram a ser utilizados acima da taxa de recomposição natural durante os
períodos chuvosos. Ainda em 2001, o Brasil foi submetido a um dos piores
regimes pluviométricos das últimas décadas, que, aliado à falta de investimentos
no setor energético, culminou na maior crise energética já existente.
Internet: <www.agriambi.com.br> (com adaptações).
Nunca é redundante assinalar que uma reação radical à intervenção huma-

na acaba reificando o natural, isolando-o, como se a própria história da vida na
Terra fosse construída de modo linear e sem a interferência das espécies vivas. E
conhecimento indiscutível hoje, no campo das ciências da natureza, que os
ecossistemas existentes são o resultado da interação das formas vivas com os
elementos abióticos (não vivos), ao contrário do que a teoria paleontológica e
geológica clássica afirmava, ao destacar que não há ecossistemas imutáveis, e a
espécie humana, enquanto existir sobre a Terra, amará neles. O que pode e deve
mudar é o padrão societário e, consequentemente, a visão de mundo que se tem
e o tipo de relações sociais e de produções aí inseridas.
Carlos F. B. Loureiro. Teoria social e q u e s t ã o ambiental: pressupostos para
uma praxis crítica em educação ambiental. In: Carlos F. B. Loureiro, Philippe P.
Layrargues e Ronaldo S. de Castro (Orgs.). Sociedade e meio ambiente: a educação
ambiental em debate, 4.a ed. S ã o Paulo: Cortez, 2006, p. 23 (com a d a p t a ç õ e s ) .
A tabela a seguir apresenta o total de energia requerida para atender à

demanda brasileira de energia em 2020, segundo cenário tendencial.
taxa anual (%)

2004 (GWh) 2020 (GWh)
(2004-2020)
residencial 78.577 72.325 5,0%
comercial, serviços e público 80.174 176.399 5,1%
industrial 172.061 354.001 4,6%
consumo total 330.812 702.726 4,8%
geração necessária' 383.742 794.080 4,6%

inclui perdas em transmissão e distribuição: de 13% em 2020; e de 16% em 2004.
Aêndu elétrica sustentável 2020: estudo de cenários pura umseior elétrica hrusiteim efiãente,
segurv e competitivo. WWF-Brasíl, 2006. p. 27. Internei: <w\v\v.wwf.org.br>.
Considerando que as informações acima têm caráter unicamente

motivador, redija um texto dissertativo acerca do papel do cidadão como
agente social responsável pelo uso racional e pelas consequências do mau
uso de energia elétrica. Ao elaborar seu texto, atenda, necessariamente,
as seguintes determinações:
comente acerca da importância do uso racional de energia elétrica nos diversos

âmbitos — individual, social, ambiental, financeiro —, tendo em vista as
consequências do desperdício;
dê exemplos de atitudes promotoras de economia de energia no cotidiano;
proponha projetos de ação social que visem à conscientização da sociedade quanto

ao uso adequado de energia elétrica.
(CESPE/UnB: Escrivão de Polícia Federal - MJ/DPF-15/09/2009)
Nos últimos anos, o mundo foi colocado diante de uma realidade nova:
os sindicatos do crime ultrapassaram as fronteiras geográficas dos países, com os
objetivos de obter maiores resultados nas operações delituosas e assegurar pro-
teção e impunidade a seus agentes.
Em razão disso, a comunidade das nações entendeu a importância da cria-
ção de acordos internacionais para uma ação conjunta contra o crime transnacional
organizado. No ano de 1998, a Assembleia Geral da Organização das Nações
Unidas (ONU) determinou a criação de um comité de trabalho com o fim espe-
cífico de elaborar uma convenção internacional para enfrentar esses crimes.
Em dezembro de 1999, realizou-se em Palermo, Itália, uma reunião para
a assinatura da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado
Transnacional — a Convenção de Palermo —, que identificou que os países
estão diante de um gravíssimo problema, que só pode ser eliminado mediante
uma ação conjunta da comunidade das nações.
Essa Convenção, que foi adotada pela ONU em novembro de 2000, na
Assembleia Geral do Milénio, é suplementada por três documentos que abor-
dam áreas específicas de atuação do crime organizado:
• o protocolo para prevenir, suprimir e punir o tráfico de pessoas, espe-
cialmente mulheres e crianças;
• o protocolo contra o contrabando de imigrantes por terra, ar e mar;
• o protocolo contra a fabricação ilegal e o tráfico de armas de fogo,
incluindo peças, acessórios e munições.
O problema da corrupção também foi abordado nos documentos; neles
há propostas para agravar as sanções contra esse tipo de crime. A Convenção
trata, ainda, de aspectos relacionados com a extradição de criminosos e a trans-
ferência de presos, respeitando a legislação nacional dos países.
O Congresso Nacional do nosso país aprovou, em maio de 2003, o texto da
Convenção de Palermo, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Decreto n.°
5.015, de 12 de março de 2004, sacramentou a adesão do Brasil a esse documento.
Convenção de Palermo (fragmento). Itr. Estudos Avançados. USP, 21 (61), 2007, p. 102 (com adaptações).
Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija

um texto dissertativo, abordando, necessariamente, os segxiintes aspectos:
importância da Convenção de Palermo;
crime organizado e direitos humanos;
medidas de combate ao poderfinanceirodo crime organizado.
(CESPE/UnB: Agente de Polícia Federal - MJ/DPF-15/09/2009)
Em 20 de agosto de 2007, o governo federal lançou o Programa Nacio-

nal de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI), por meio da Medida
Provisória n.° 384, comprometendo-se a investir R$ 6,707 bilhões, até ofimde
2012, em um conjunto de 94 ações, que envolverão dezenove ministérios, em
intervenções articuladas com estados e municípios.
O PRONASCI enfatiza princípios que tratam de direitos humanos e eficiên-
cia policial, intensidade da repressão policial na defesa de direitos e liberdades e
papel histórico da polícia na construção da democracia. Esse programa tem o
mérito de valorizar a contribuição dos municípios para a segurança pública, rom-
pendo os preconceitos restritivos, oriundos de uma leitura limitada do artigo 144
da Constituição — contribuição que não se esgota na criação de guardas civis;
estende-se à implantação de políticas sociais preventivas. Outro princípio essenci-
al desse programa afirma que a segurança é matéria de Estado, não de governo,
situando-a, portanto, acima das disputas político-partidárias.
Luiz Eduardo Soares. A Política Nacional de Segurança Pública: histórico, dilemas
e perspectivas. In: Estudos Avançados, USP, 21 (61), 2007, p. 91-2 (com adaptações).
Considerando que o texto acima tenha caráter unicamente motivador, redija

um texto dissertativo que aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
relação entre eficiência policial e direitos do cidadão;
finalidade da repressão policial e sua intensidade;
aparelho policial como um dos pilares da sociedade democrática.
(CESPE/UnB: Oficial de Inteligência - ABIN -14/10/2008)
Serviços de inteligência são justamente organizações que dependem do

segredo sobre seus métodos de atuação e suas fontes de informação para
operar de forma eficaz. Na medida em que o processo de institucionalização
desse tipo de organização implica não apenas um esforço para tornar-se está-
vel (o que depende da agilidade), mas também uma busca por reconhecimento
e valor aos olhos dos cidadãos (o que depende da transparência), não se pode
simplesmente contornar o problema de forma pragmática, dizendo que a exis-
tência de segredos governamentais e de serviços de inteligência constitui exce-
ção a uma regra ou princípio.
Marco Cepik. Espionagem e democracia. Rio de Janeiro: FGV, 2003, p. 16-7 (com adaptações).
Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redi-

ja um texto dissertativo acerca do seguinte tema.
SEGREDO D E ESTADO E CIDADANIA
Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
relação entre segredo de Estado no regime democrático e cidadania;
atuação dos órgãos de inteligência no Estado democrático e seus limites;
evolução da área de inteligência no Brasil—do regime militar ao regime democrático.

(CESPE/UnB: Analista Administrativo-Área 1 - ANAC -19/07/2009)
Sistema de avaliação do Brasil é bem avaliado em teste da OACI
A auditoria periódica da Organização de Aviação Civil Internacional

(OACI), realizada entre os dias 4 e 15 de maio passado, foi a primeira após a crise
aérea brasileira, em 2006-2007, e ocorreu em cumprimento ao Programa Uni-
versal de Supervisão da Segurança Operacional. A OACI é a agência da Organi-
zação das Nações Unidas especializada em regulação da aviação civil mundial.
Os 87,3 pontos obtidos pelo Brasil — atribuídos pelo atendimento às regras de
conformidade com as normas da OACI — colocaram a aviação civil brasileira
na quinta colocação entre os países do G20, atrás apenas da Coreia do Sul, do
Canadá, da França e dos Estados Unidos da América. Foram auditadas 124
nações. Até 2010, a OACI espera ter avaliado a totalidade dos 190 países.
O objetivo é verificar o grau de adequação do setor às recomendações de
segurança de voo e de operação em terra. Durante 12 dias, os oito representan-
tes da OACI avaliaram o funcionamento da Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC), do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(CENIPA) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), ten-
do as organizações militares — CENIPA e DECEA — obtido as melhores
notas. Os serviços de navegação aérea do DECEA atenderam a 95% das expec-
tativas da OACI.
Francisco Camões. Internet:<www.revistaaerea.com> (com adaptações).
Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente

motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.
IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DA ANAC PARA A

SEGURANÇA DO TRÁFEGO AÉREO NACIONAL
(CESPE/UnB: Técnico Administrativo-Área 2-ANAC-19/07/2009)
Países em desenvolvimento cobraram liderança do G8 na solução da crise
O chamado G5 — g po formado por México, Brasil, China, índia e

ru
Africa do Sul — emitiu um comunicado em que afirmou estar comprometido a

trabalhar em conjunto em questões como mudança climática, segurança alimen-
tar, crise económica e a recente pandemia da gripe suína.
No comunicado, os países emergentes declararam que os países desen-
volvidos precisam liderar a luta para fortalecer a economia e adotar fortes
medidas de estímulo para restaurar a confiança nos mercados e promover o
crescimento: "Os países desenvolvidos têm uma responsabilidade de liderar
esse processo", disseram.
México, Brasil, China, índia e Africa do Sul fizeram um apelo às economi-
as mais desenvolvidas do mundo para não ignorarem, por causa da crise econó-
mica global, problemas que preocupam os países em desenvolvimento.
"E nossa convicção que os esforços para obter a segurança alimentar e
energética e outras questões de preocupação comum dos países em desenvolvimento
não deveriam ser minimizados por causa da crisefinanceira",disseram os países,
em comunicado conjunto que também foi assinado pelo Egito. Segundo o comu-
nicado, é preciso "usar a crise como uma oportunidade para reformar o sistema
económico para o benefício de todos, particularmente dos mais vulneráveis."
Os países do G5 afirmaram que continuarão a promover a reforma do
sistemafinanceirointernacional. "Em particular, insistimos para que sejam dire-
cionados esforços apropriados a resolver o problema da sub-representatividade
dos países em desenvolvimento nas instituições financeiras internacionais", disse-
ram eles no comunicado.
O G5 também apelou aos países desenvolvidos que considerem o impac-
to que suas políticas económicas têm no mundo em desenvolvimento e evitem o
protecionismo. Esses países afirmam que o G5 está pronto a concluir a Rodada
Doha nas conversações da Organização Mundial do Comércio: "As necessida-
des e interesses dos países em desenvolvimento precisam ser inseridas no núcleo
das negociações de Doha."
Internet: <gl.globo.com> (com adaptações).
Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente

motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.
A ATUAÇAO DO BRASIL NOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS

E SUA IMPORTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS
(CESPE/ UnB: Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT IR-08/06/2008)
O fenómeno do tráfico de drogas se estendeu pela América Latina. E isso

que confirmam números oficiais sobre o domínio ou a territorialização do
narcotráfico. Cada país, de acordo com suas particularidades e com o papel que
desempenha no negócio da produção e comercialização de entorpecentes, sofre
de maneira diferente. Mas existe um consenso: estamos diante de um problema
cada vez mais alarmante e que representa um enorme desafio para os governos
e sociedades do continente. O consumo de droga aumentou na grande maioria
das cidades, agravando a situação da segurança e da saúde pública. Onde se
comercializam cocaína e pasta base, a delinquência dispara, a evasão escolar cres-
ce e a saúde da população (em especial a dos jovens) se deteriora rapidamente.
O Globo, 25/5/2008, p. 36 (com adaptações).
Tendo a notícia acima como referência inicial e considerando-a unica-

mente como motivadora, redija um texto dissertativo a respeito do se-
guinte tema.
DROGAS ILÍCITAS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Ao redigir seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
motivos para a opção pelo trabalho com drogas ilícitas em detrimento da opção
pelo trabalho lícito;
possíveis medidas e atitudes para enfrentamento do problema das drogas ilícitas;
o narcotráfico na economia global.
Central d e Concursos
(CESPE/UnB: Técnico Judiciário - Área Administrativa - TRT IR—08/06/2008)
Parentes de autoridades não poderão ser nomeados para cargos em co-

missão no âmbito da administração pública, direta ou indireta, de qualquer dos
Poderes, em todas as esferas de governo. E o que determina a Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) n° 49/2003, aprovada na Comissão de Constitui-
ção, Justiça e Cidadania do Senado Federal. A proposta segue agora para vota-
ção em plenário. De acordo com o texto da PEC, quem descumprir a lei estará
sujeito a punição por ato de improbidade administrativa. Essa iniciativa tem por
objetivo col. icar na Lei Maior aquilo que já é consagrado por vários tribunais,
que emitem cntenças contra o nepotismo.
c
Jornal do Senado, 23/5/2008, p. 3 (com adaptações).
Tendo o te*to acima como referência inicial e considerando que ele

tem carátei meramente motivador, redija texto dissertativo acerca do
seguinte tema.
O ESTADO DEMOCRÁTICO D E DIREITO E

A IGUALDADE D E TODOS PERANTE A L E I
Ao redigir seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
• a Constituição de 1988 e a defesa do ideal de cidadania;
• a igualdade como fundamento da democracia;
• o nepotismo como negação do espírito da cidadania.
106 - Manual d e Redação
1 5 . PROPOSTAS DE REDAÇÃO — FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS ( F C C )
(TRT 2R Analista Judiciário/2008)
1. Atente para o texto que segue:
Devemos avaliar o alcance dos nossos empreendimentos, e nossas forças devem

ser medidas em relação às coisas que haveremos de tentar. Deve, com efeito,
haver maior força no autor do que na obra: fardos mais pesados que seus carre-
gadores hão de os oprimir. (Séneca)
2. Aproveite as ideias desse texto para desenvolver uma dissertação, na qual

você exporá seu ponto de vista acerca do seguinte tema:
O senso do limite é condição para que se vá mais longe.
O texto deverá ter a extensão mínima de 20 linhas e máxima de 30 linhas.
(TRF 5R Analista Judiciário/2008)
1. Leia com atenção os dois textos seguintes:
Texto I
O aquecimento global - essa terrível ameaça que, segundo alguns, paira sobre o
nosso planeta - é contestado por grupos de cientistas, que acham que o proble-
ma não é assim tão devastador. Esses grupos aconselham que se gaste dinheiro
em investimentos que visem à eliminação da fome e à cura da Aids.
(Adaptado de Fernando Gabeira. Folha de S. Paulo, 24/02/2007)
Texto II
Seja qual for a extensão dos males que nossa civilização já causou ao planeta, o
certo é que precisamos repensar o próprio conceito de civilização. As evidências
do aquecimento global já se fazem sentir. Não seria a primeira (mas talvez venha
a ser a mais grave) das catástrofes geradas pelo ser humano.
(Valdomiro Tosti, inédito)
2. Escreva uma dissertação, na qual você deverá expor seu ponto de vista
acerca do tema comum a esses dois textos.
3. Sua dissertação deverá ter no mínimo 20 e no máximo 30 Unhas, conside-

rando-se letra de tamanho regular.
(TRT4R Analista Judiciário/2006)
Atenção: A redação sobre a proposta apresentada abanco deverá ter a extensão

mínima de 20 linhas e máxima de 30 linhas.
Já há algum tempo vem-se promovendo, no Brasil, um amplo debate sobre a

questão da reserva de vagas (ou sistema de quotas) para afrodescendentes
nas universidades públicas. Os favoráveis à adoção de tal medida consideram-na
indispensável para a afirmação e a inserção sociais de uma ampla camada da
população, ao passo que os adversários da medida veem nela um perigoso com-
ponente de discriminação racial. Dessas duas posições básicas em confronto,
desdobram-se inúmeros outros argumentos.
Escreva uma dissertação, na qual você argumentará, com clareza e obje-

tividade, em defesa da sua posição pessoal diante dessa questão.
(TRF 5R Técnico Judiciário/2008)
Instruções: A redação sobre a proposta apresentada abaixo deverá ter a exten-

são mínima de 20 linhas e máxima de 30 linhas.
Escreva uma dissertação na qual você deverá expor seu ponto de vista
sobre a afirmativa abaixo.
A oferta de trabalho digno, com remuneração e condições adequadas,

é aformamais segura e eficaz de inclusão social.
(TRT 4R Técnico Judiciário/ 2006)
Atenção: A redação sobre a proposta apresentada abaixo deverá ter a extensão

Diante das ondas de violência que assolam, principalmente, nossas grandes cida-
des, as avaliações são as mais diversas. Nos extremos, há duas: a) a dos que
acreditam que tais manifestações violentas só serão controladas por força de
implacáveis medidas policiais, de caráter repressivo e punitivo; b) a dos que crêem
que esse controle depende da redução das desigualdades económicas e sociais,
que constituiriam a causa maior dessa violência generalizada. É evidente que,
entre esses dois extremos, há muitas linhas de argumentação.
Escreva uma dissertação, na qual você argumentará, de modo claro e objetivo,

em defesa de sua posição pessoal a respeito do problema acima enunciado.
(TRT4R Analista Judiciário/2006)
Atenção: A redação sobre a proposta apresentada abanco deverá ter a extensão

Já há algum tempo vem-se promovendo, no Brasil, um amplo debate sobre a

questão da reserva de vagas (ou sistema de quotas) para afrodescendentes
nas universidades públicas. Os favoráveis à adoção de tal medida consideram-na
indispensável para a afirmação e a inserção sociais de uma ampla camada da
população, ao passo que os adversários da medida veem nela um perigoso com-
ponente de discriminação racial. Dessas duas posições básicas em confronto,
desdobram-se inúmeros outros argumentos.
Escreva uma dissertação, na qual você argumentará, com clareza e obje-

tividade, em defesa da sua posição pessoal diante dessa questão.
(TRF 5R Técnico Judiciário/2008)
Instruções: A redação sobre a proposta apresentada abaixo deverá ter a exten-

são mínima de 20 linhas e máxima de 30 linhas.
Escreva uma dissertação na qual você deverá expor seu ponto de vista
sobre a afirmativa abaixo.
A oferta de trabalho digno, com remuneração e condições adequadas,

é a forma mais segura e eficaz de inclusão social.
(TRT 4R Técnico Judiciário/2006)

Diante das ondas de violência que assolam, principalmente, nossas grandes cida-
des, as avaliações são as mais diversas. Nos extremos, há duas: a) a dos que
acreditam que tais manifestações violentas só serão controladas por força de
implacáveis medidas policiais, de caráter repressivo e punitivo; b) a dos que crêem
que esse controle depende da redução das desigualdades económicas e sociais,
que constituiriam a causa maior dessa violência generalizada. E evidente que,
entre esses dois extremos, há muitas linhas de argumentação.
Escreva uma dissertação, na qual você argumentará, de modo claro e objetivo,

em defesa de sua posição pessoal a respeito do problema acima enunciado.
(TRE MS Analista Judiciário/2007)
1. Atente para o seguinte tema:
De acordo com Montaigne, uma virtude só se manifesta e se legiüma quando é

posta à prova. Assim também ocorre com o poder: é preciso que se esteja
investido dele para se avaliar a resistência à tentação do abuso de poder.
2 Escreva uma dissertação em prosa sobre o tema acima. Ao desenvolvê-la,

você deverá necessariamente ater-se aos seguintes tópicos, explorándo-
os na ordem e do modo que lhe parecerem mais convenientes:
• Comentário sobre a tese de Montaigne.
• Comentário sobre a analogia dessa tese com a afirmação desenvolvida a partir
de Assim também.
• Caracterização de um caso típico de abuso de poder.
• Abuso de poder: há como evitá-lo?
(TRT 6R Técnico Judiciário/2006)

Não há caminhos para a paz. A paz é o caminho.

(Mahatma Gandhi, pacifista indiano)
Periferia lado bom o que você me diz

Alguns motivos pra te deixar feliz
Longe do álcool, longe do crime
Sua paz é você que define
(Versos de um rap)
Tendo em vista os conflitos existentes na vida moderna, quer de natureza

bélica entre nações, quer de natureza social, desenvolva suas ideias, em
um texto dissertativo-argumentativo, a propósito do tema:
Fundamental para a vida, a paz torna-se um bem cada vez mais distante de todos.
(TRF 4R Analista Judiciário - Aréa Judiciária/2010)
Leia o texto seguinte.
Quanto mais a ciência e a tecnologia ganham terreno, avançando com desenvol-

tura em domínios do comportamento humano, mais questões éticas surgem e se
desdobram. No fundo, trata-se de avaliar os ganhos efetivos ou os ónus que
cada inovação traz consigo. Muitos temem que estejamos perdendo nossos valo-
res fundamentais; outros acreditam que não estamos perdendo nada, pois a his-
tória da humanidade é um ciclo de horrores, e talvez valha a pena insistir nos
paradigmas de uma nova e ainda emergente civilização.
Levando em conta as afirmações desse texto, redija uma dissertação, na

qual você se posicionará diante da alternativa entre os ganhos efetivos e
os ónus acima referidos.
Sua redação deverá ter no mínimo 20 e no máximo 30 linhas.
(METRO Supervisor de Linha Operacional/2007)
1. Leia com atenção o texto seguinte:
Numa das línguas indígenas brasileiras, a palavra correspondente a guia

não significa aquele que conhece ou indica um caminho no meio da mata, mas
aquele que o faz, aquele que o abre, afrontando os obstáculos. Nesse exemplo
deveriam mirar-se muitos daqueles que, no mundo civilizado, desejam ser reco-
nhecidos como autênticos líderes.
2. Escreva uma dissertação em prosa, na qual você argumentará em defe-

sa de sua posição - concordante ou discordante - em face do que afir-
ma o texto.
3. Sua redação deverá ter no mínimo 20 e no máximo 30 linhas.
(ANS Técnico em Regulação de Saúde Suplementar/2007)
Muitas pessoas, hoje, mantêm familiaridade com o funcionamento da

internet, além das que cresceram com ela. Na rede convivem a comunicação
privada, o compartilhamento entre amigos e pronunciamentos públicos.
Representantes da Justiça, algumas vezes, entenderam que a internet pode
causar danos morais às pessoas, com invasão de sua privacidade.
A polémica está estabelecida e é real.

A questão que se coloca é: deve haver ou não censura na internet?
Desenvolva suas ideias em um texto dissertativo, argumentando em de-

fesa a sua posição.
A Redação deverá ter extensão mínima de 20 (vinte) linhas e máxima de

30 (trinta) linhas.
(TRT 6R Auxiliar Judiciário - Área Serviços Gerais/2006)

Observe a fotografia.
(Extra. 6 de agosto de 2006. p. 11)

Conte uma história com o seguinte título:
A realização de um sonho
Sua história deve apresentar os elementos que aparecem na foto.
16. PROPOSTA DE REDAÇÃO - VUNESP
(PME Soldado/2007)
Os textos que se seguem estão associados ao tema da redação. Leia-os com atenção.
I
A morte do menino João Hélio, de 6 anos, arrastado por um carro depois
de um assalto no Rio de Janeiro, reacendeu o debate sobre a redução da maiori-
dade penal no país.
Como em outros crimes violentos, menores de idadetiverampapel ativo
no brutal crime.
Pela legislação brasileira, um menor infrator não podeficarmais de três
anos internado em instituição de reeducação, como a Febem. E uma das ques-
tões mais polémicas a respeito da maioridade penal. As penalidades previstas são
chamadas de "medidas socioeducativas". Apenas crianças até 12 anos são
inimputáveis, ou seja, não podem ser julgadas ou punidas pelo Estado. De 12 a
17 anos, o jovem infrator será levado a julgamento numa Vara da Infância e da
Juventude e poderá receber punições como advertência, obrigação de reparar o
dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, inserção em regi-
me de semiliberdade ou internação em estabelecimento educacional. Não pode-
rá ser encaminhado ao sistema penitenciário.
(Veja. Adaptado)
II
Numa pesquisa do Instituto Sensus, de Minas Gerais, divulgada no fim de
2003, 88% dos entrevistados apoiaram uma reforma nas leis que reduza para 16
anos a responsabilidade criminal no país. O Site do Professor também realizou um
levantamento informal sobre o assunto e 75% dos internautas que decidiram parti-
cipar se manifestaram pela maioridade penal aos 16. Como se vê, a ideia conta com
o apoio de uma expressiva maioria da população.
(Márcio Ferrari. Nova Escola. Adaptado)
III
Os que manifestaram opinião contra as mudanças na legislação para redu-
zir a maioridade penal acreditam que ela não traria resultados na diminuição da
violência e só acentuaria a exclusão de parte da população. Alguns deles dizem
que a aplicação adequada da legislação em vigor já seria suficiente.
(Veja, Adaptado)
Tomando como ponto de partida as ideias veiculadas nos textos e suas

próprias ideias e informações sobre o assunto, redija um texto dissertativo
em prosa sobre o tema:
REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL PARA 16 ANOS NO BRASIL.
Instruções:
Seu texto será avaliado de acordo com os seguintes critérios:
emprego adequado da norma culta: escolha de vocabulário e correção gramatical;

coerência entre as informações no interior do texto, e coerência com relação à
realidade brasileira.
Atenção: os textos fornecidos devem servir apenas como subsídio e não dêem
ser copiados.
(PME Soldado 2 Classe - Masculino/2008)

a
Leia os textos a seguir.
TEXTO 1
A difícil tarefa de viver em comunidade
Um crime comendo no bairro do Eucaliptal chocou a população de Volta
Redonda. O aposentado Hélio Fernandes de Oliveira, 44 anos, confessou ter
assassinado um adolescente de 15 anos a facadas. A tragédia teria sido gerada
por uma briga entre vizinhos. Este foi o caso mais grave, entre outros muitos
registrados pela 93. DP (Delegacia de Polícia) nos últimos tempos, envolvendo
a
pessoas que moram próximas.

De acordo com o delegado titular, Leandro Gontijo, o fato de as pessoas
morarem próximas contribui para o acontecimento dos conflitos, decorrentes
da convivência diária e da proximidade. As ocorrências mais comuns relativas a
desentendimentos entre vizinhos são ameaças entre os moradores. O procedi-
mento da polícia nestes casos é ouvir ambas as partes e encaminhá-las para o
Juizado Especial Criminal, onde será feito o julgamento. "Geralmente as amea-
ças são causadas por cachorros de um vizinho que fica latindo sem parar ou a
sujeira na casa que acaba incomodando", afirmou.
Muitas ocorrências de desentendimentos entre vizinhos acontecem, tam-
bém, em bairros de zona rural. Segundo o delegado, os problemas geralmente
são causados por pessoas que passam por propriedades privadas ou animais que
invadem o terreno do vizinho, como o exemplo de uma ocorrência em que o
cavalo do vizinho estava comendo as plantas do terreno de um morador.
Ele afirmou que cerca de 40% das queixas feitas na delegacia não se trans-
formam em ocorrências policiais. "Existem casos que devem ser resolvidos na
prefeitura ou no cartório, como por exemplo, questões de disputas de limites de
terrenos", disse o delegado.
(htpp://www.diarioon.com.br — acessado em 19/08/2008. Adaptado)
TEXTO 2
Pequeno tratado do malcriado brasileiro
Marcos G , publicitário bem-sucedido, rico, 38 anos, deu uma moutain
bikc importada para o filho Bruno, de 9 anos. Era um presente de aniversário.
\ larcos e família moram em Alphaville, um condoniínio da alta classe média da
região periférica de S. Paulo, concebido dentro dos padrões dos melhores su-
1
búrbios americanos; aí, as bicicletas das crianças costumam corresponder em

estilo, origem e preço aos carros dos pais.
Passada uma semana do aniversário, Marcos notou que o filho brincava a

pé. Perguntou pelo presente, e o menino desconversou. Confessou depois, mui-
to embaraçado, que a bicicleta fora expropriada por Pedro A. C, 10 anos, filho do
bem-sucedido empresário da construção civil Carlos Alberto C, rico, por volta
dos 40,42 anos, morador de uma casa enorme na quadra de cima. Marcos bateu
à casa de Carlos Alberto que o atendeu. "Vim buscar a bicicleta de Bruno, que o
Pedro tomou emprestada", disse Marcos. Carlos Alberto não gostou: "Me diz o
preço dessa m...aí que eu pago" . Marcos disse que a bicicleta não estava à venda,
entrou para pegá-la e voltou para casa.
(Revista Carta capital, out. 1995. Adaptado)
TEXTO 3
HAGAR Chris Browne
(Folha de S.Paulo. 11.06.2002)
Com base na leitura dos três textos, produza uma dissertação em PRO-
SA, em letra cursiva e legível, em que você desenvolva o tema
A difícil tarefa da convivência: direitos e limites.
Exponha seu ponto de vista, utilizando uma argumentação clara e coerente.
Ao redigir, observe os seguintes aspectos:

fluência e precisão de vocabulário;
domínio da norma culta da língua portuguesa;
coesão e coerência na construção e na sequência dos parágrafos.
Para sua organização, faça antes um esquema com os itens a serem desenvolvi-
dos em seu texto. Esta estrutura o ajudará.
GABARITO
1. TIPOLOGIA TEXTUAL
01. Narração
02. Dissertação
03. Descrição
04. Descrição
05. Dissertação
06. Narração
2. O TEXTO DISSERTATIVO
01. Leia com atenção o texto abaixo

1. 5
2. B
3. Não
4. B
5. Na verdade, é através da imprensa, do rádio, da TV e do cinema que os indivíduos

se informam, cotidianamente, sobre os fatos da atualidade, se divertem, e se
mantêm sintonizados com o meio ambiente de que participam.
6. Informação, diversão e manutanção da sintonia com o meio ambiente.
7. A, C, E
8. E
9. C
10. C
11. No entanto
12. C
02. Considere a proposta de redação abaixo:

A-2
B-4
C-l
D-3
3.TÓPICO FRASAL
01. SIM
Comumente se têm atribuído à televisão duas funções básicas: informar e

divertir. A primeira diz respeito à difusão de notícias e comentários sobre a
realidade; a segunda atende à procura de distração por parte do público. Tal
atribuição encontra respaldo no fato de esses conteúdos estarem presentes em
programas com elevados índices de audiência, tais como os telejornais e os
programas de auditório.
Contudo, não se pode ignorar uma terceira e importante função: persuadir.

Pode-se até mesmo perguntar se tal função não estaria sobrepondo-se às outras,
à medida que se tenta cada vez mais convencer o telespectador a consumidor
produtos e padrões de comportamento. Basta observar, por exemplo, as propa-
gandas comerciais que ganham mais espaço e sofisticação, tanto nos intervalos
como dentro dos próprios programas; ou, ainda, programas com a pretensão de
ditar paradigmas de comportamento social.
02. SIM
"Batman" nos fascina há décadas porque é o super-rico que defende os homens

comuns. Um espécie de Rockefeller com asas, um bilionário a favor do povo.
Onde estão esses bilionários do bem? Salvando a África, abrindo concessões em
Dona? Há! Há!"
03. NÃO
Uma mensagem preocupante que a televisão nos vende progressivamente é a

de que a violência é aceitável. Mas ela também apresenta diversos programas
que trazem entretenimento para o público, que cada vez mais gosta de ficar em
frente a ela.
04. SIM
"Em 1986, os veículos a álcool chegaram a representar 98% da linha de produ-

ção. Os veículos a gasolina só eram disponíveis por encomenda. Devido a medi-
das na área financeira, a produção de carros a álcool hoje mal chega a 1% da
frota nova. Os que restam a álcool estarão em uso por curto tempo. O programa
foi exterminado".
05. NÃO
Foi de fundamental importância para o bem-estar da sociedade a aprovação da

lei seca. E o cerco ao hábito de fumar tem crescido e contado com o apoio da
maioria, ainda que alguns interesses saiam contrariados. Muitos alegam que a
proibição diminuirá a clientela, que certamente deixará de frequentar ambientes
fechados. É o caso, por exemplo, dos proprietários de restaurante e de fábrica de
bebidas alcoólicas.
4. DISSERTAÇÃO — PARÁGRAFO INTRODUTÓRIO
G
A
B
C
F
D
E
5. DISSERTAÇÃO — PARÁGRAFOS DE DESENVOLVIMENTO
01. O desenvolvimento do parágrafo: enumeração

1. B
2. As funções do meios de comunicação de massa.
3. Os meios de comunicação de massa possuem quatro funções básicas.
4. Informar, divertir, persuadir e ensinar.
5. Resposta livre.
02. O desenvolvimento do parágrafo: comparação

1. Revolução Industrial e organização do espaço geográfico.
2. Ocorreu uma grande diferenciação entre o campo e a cidade com a Revolução

Industrial e a organização do espaço físico em países ou Estados-nações.
3.
a- As cidades começam a crescer em ritmo acelerado. O meio urbano passa a ser a
sede das indústrias e dos serviços modernos como bancos, universidades, admi-
nistração etc. As cidades se tornam a sede de cada região.
b- O meio rural vai gradualmente sendo influenciado pelas formas de produção da
indústria moderna (mecanização e relação assalariada).
4. Resposta livre
03. O desenvolvimento do parágrafo: causa e consequência

1. O progresso eletrônico.
2. Devido a uma característica intrínseca: a oralidade.
3. Em virtude das característica entizantes da imprensa: apenas quem sabia ler
podia se informar.
4. Houve um profundo abalo nas bases da cultura alfabética e linear. Novos padrões
foram criados.
5. Resposta livre.
04. O desenvolvimento do parágrafo: ordenação por explicitação

1.1- C - O que é dumping
1.2- B - O que é oligopólio
1.3- A - O que é monopólio
05. O parágrafo dissertativo: outras possibilidades...

Pena de morte (D)
Intolerância à brasileira (A)
Desenvolvimento dos EUA (C)
Morte no trânsito (B)
6. DISSERTAÇÃO — PARÁGRAFO DE CONCLUSÃO
Tipo de conclusão: retomada da tese
7. PROGRESSÃO DISCURSIVA
01. Não
02. Sim
03. Não
8. FRASES E PERÍODOS
Concisão
01. Os operários, muito revoltados com os patrões e o governo, resolveram, depois
de desgastantes reuniões, paralisar as atividades.
02. Antigamente não havia computador, tevê a cabo e telefone celular, mas nem por
isso o homem era infeliz.
03. Homens com macacões coloridos chegaram para reparar as instalações da casa
vizinha à nossa.
Clareza
01. Os homens que falam só a verdade aos filhos dão exemplo de boa conduta em
sociedade.
02. Tudo será feito segundo a recomendação dele.
03. As drogas, muito consumidas por parte significativa de jovens brasileiros, vêm-se
tornando uma séria questão de saúde pública.
Articulação
01.
a- Mesmo quando se pretende sóbria e conscienciosa na cobertura de levantes ou
revoluções, a grande imprensa termina quase sempre por transformar os aconte-
cimentos em espetáculos.
b- Lançados por Zilda Costa, respeitada criadora de moda de praia, os biquinis para
este verão têm três características.
c- Assustados com as intenções do fisco americano, os diretores do filme decidiram

rodar as cenas na Itália, onde o fisco é menos rigoroso.
02.
a- Quando a notícia chega até nós, seja pela televisão, rádio ou jornal, dezenas de
profissionais já trabalharam um sem-número de horas.
b- Quando me perguntam o que faço, e digo que sou RP, as pessoas ficam meio
perdidas, como se estivessem diante de um extraterrestre.
c- Quando bem trabalhada num outdoor, a imagem introduz um novo elemento de

persuasão, conseguindo atingir pessoas de qualquer nível.
03.
01. Perdera o documento de identidade e o título de eleitor. O primeiro foi encontrado,
dias depois, por um estudante; o segundo, infelizmente, não conseguiu recuperar.
02. Havia duas pessoas no gabinete: o ministro e o assessor. Aquele quis ir à reunião;
este, porém, antes desejou tomar um café.
03. Maurício encontrara o cunhado na rua. Este estava sem dinheiro e, por isso,
aproveitou para pedi-lo emprestado. Maurício não queria fazer o empréstimo;
porém, diante da insistência do cunhado, acabou cedendo.
04. B
9 . DEFEITOS NA ARGUMENTAÇÃO
01. (E/B)
02. (A)
03 (F)
04. (G)
05. (A)
06. (D)
07. (G)
08. (B/F)
09. (C)
10. (F)
11. (E)
12. (B/F)
13. (G)
14. (A)
10. PARÁFRASE
l.l.
Um levantamento que acaba de ser realizado pelo Instituto Gallup revela que o
brasileiro não confia em sua imprensa.
O Instituto Gallup acaba de realizar um levantamento que revela que o brasileiro

não confia em sua imprensa.
Realizado pelo instituto Gallup, um levantamento recém realizado revela que o

brasileiro não confia em sua imprensa.
De acordo com especialistas, caso o efito estufa continue a crescer no mesmo ritmo,
a temperatura média da Terra pode aumentar 5,8 graus centígrados até 2100.
Especialistas afirmam que, caso o efeito estufa continue a crescer no mesmo ritmo,
a temperatura média da Terra pode aumentar 5,8 graus centígrados até 2100.
Se o efeito estufa continuar a crescer no mesmo ritmo, a temperatura da Terra

pode aumentar 5,8 graus centígrados até 2100, afirmam especialistas.
(Sugestões de reescritura)
2.1. Apesar de as pessoas empregarem cada vez mais um discurso politicamente

correto sobre o meio ambiente, em geral pouco vêm fazendo na prática a fim de
preservar os recursos naturais dos quais dispõem atualmente.
2.2. Poucas pessoas negariam que a influência da televisão, nas sociedades atuais, é
enorme. Ela tornou-se a principal propagadora de informações, diversão, modis-
mos, comportamentos, valores. Contudo a atenção dos académicos é inversamen-
te proporcional à força de tal difusão. Uma palavra é suficiente para compreender
esse fenómeno: preconceito. A popularidade da televisão transforma-a em suspei-
ta na visão dos intelectuais. Devido a esse comportamento de desprezo, de rejei-
ção, não ter aparelho televisor, não ver televisão são sinais de distinção intelectual.
03. A
04. E
05. C
11. ADEQUAÇÃO VOCABULAR

01.
A- A nosografía não acompanha o so- ( C ) Ele luta para garantir o direito do
frimento psíquico desse sujeito pós- trabalhador. É bem preparado, mas
moderno. não está ligado a nenhuma facção
política do movimento sindical.
B- A terapia teve um efeito idiossin- ( D) O estupro aconteceu sob violência

crático com prognóstico favorável no física ou sob ameaça grave?
caso de pronta-supressão.
C- Ele luta contra a precarização. É um ( A ) A atual classificação de doenças não

bom quadro, mas não tem tendência. acompanha o sofrimento mental do
ser humano de hoje.
D- A conjunção carnal se deu a vis ab- ( B ) O remédio teve efeito contrário, mas
soluta ou a vis compulsiva? não causará problema se suspenso logo.
(FOLHA [sinapse] 24 de junho de 2003)

Parágrafo-1
Todo o mundo (1) vem ao colégio com roupas bastante informais, porque
acham (2) que o colégio é como se fosse a nossa (3) própria casa, isto é, um
lugar que (4) as pessoas devem se sentir à vontade. O que não deve haver é
exagero nessa informalidade, pois vir à escola completamente mal vestido é sinal
de relaxamento. Portanto o uniforme é completamente dispensável, desde que os
alunos não venham vestidos como se fosse (5) uma praia.
Comentários:
Todo o mundo significa o mundo inteiro; a forma adequada é todo mundo
(= todos).
Todo mundo é singular; daí, acha.
Nós... nossa; porém todo mundo ... sua.
Sentir-se à vontade em algum lugar; daí, um lugar em que as pessoas devem
sentir-se à vontade.
A omissão de a escola tornou a sentença confusa.
Parágrafo-2
A natureza tem que ser mantida (1) de qualquer maneira, (2) pois o ho-
mem precisa de ar e de água pura para beber(3). O que está havendo é um
crescimento (4) muito grande das fábricas e das indústrias que poluem o
ar, a água, enfim, tudo que de mais importante Deus nos deu. Já é tempo de
tentarmos, a qualquer custo, mesmo com muita luta, melhorarmos (6) as nos-
sas condições de vida, criando áreas verdes, limpando os rios e os mares dos
detritos lançados por navios e petroleiros (7), usinas e redes de esgoto.
Comentários:
(1) O termo preservada é mais adequado do que mantida. Não se diz, normal-
mente, manter a natureza, mas sim preservar a natureza.
(2) De qualquer maneira tem dois sentidos. Além de significar a qualquer custo,
pode significar de uma maneira qualquer, indefinida.
(3) Do modo como está construída, a sentença parece dizer que o ar vai ser bebido...
(4) Crescimento das fábricas significa que as fábricas cresceram, ampliaram-se.
O sentido do texto é o de ter havido aumento de número de fábricas.
(5) O termo indústrias é mais geral do que fábricas; não há, pois, necessidade de
usar os dos juntos.
(6) Tentarmos melhorar; logo, tentarmos a qualquer custo, mesmo com muita
luta, melhorar.
(7) O termo navios é mais geral do que petroleiros; não há, pois, necessidade de
usar os dois juntos.
Texto reescrito
A natureza tem que ser preservada a qualquer preço, pois o homem precisa
ter puros o ar que respira e a água que bebe. O que está havendo é um aumento
muito grande do número de indústrias que poluem o ar, a água, enfim, tudo que
de mais importante deus nos deu. Já é tempo de tentarmos a qualquer custo,
mesmo com muita luta, melhorar as nossas condições de vida, criando áreas
verdes, limpando os rios e os mares dos detritos lançados por navios, usinas e
redes de esgotos.
03.
1- defendida
2- atingir
3- concentração
4- considerar
5- impacto
6- preconizam
7- mobilizados
8- colapso
9- irrealizável
10- desviar
12. LINGUAGEM E NORMA CULTA

1. prolixidade
2. queísmo (R: João, o novo diretor da empresa, está desenvolvendo um projeto de

coleta dos lixos recicláveis, a ser implantada em cada departamento.)
3. vícios de linguagem ("A nível de"/ "enquanto caramujo")
4. abstração grosseira, projeção da fala ("Porque aí nós pegamos e pensamos"),

linguagem chula ("cambada") (R; Quando os corruptos serão combatidos?)
5. gerundismo
6. verdade evidente, ideia óbvia
7. ideias vagas
8. jmpropriedade linguística (R: A exaltação da beleza física dos "famosos" vai ap

encontro ufas interesses da mídia.)
9. impropriedade linguística (R: Trata-se de um crime de discriminação racial)
10. ambiguidade (R: O gerente ficou sozinho na sala./ ou/ O gerente ficou apenas na sala.)
11. cliché, discurso pronto
12. vocabulário pedante (R: Numa noite de lua cheia, os homenzinhos machucaram-
se nas rochas do caminho)
02.
1. (E) Esse fato, ocorrido há dez anos atráz, ainda emociona as pessoas, (pleonasmo;
ortografia) R: Esse fato, ocorrido há dez anos, ainda emociona as pessoas. / atrás.
2. (C) Obedeceram às exigências da empresa, conquanto não desejassem.
3. (E) Devemos se entender afim de chegarmos em uma conclusão, (emprego de

pronome; ortografia; regência verbal) R: Devemos nos entendera fim de chegar-
mos a uma conclusão.
4. (E) Evidentemente, não mente quem sente que é preciso na vida ter atitude de-
cente, (eco)
5. (E) Governo confisca gado suspeito de estar contaminado, (cacofonia)
6. (C) Haviam ocorrido, naquela reunião do condomínio, equívocos quanto à inter-

pretação da nova lei.
7. (C) O eminente deputado, com cujos projetos alguns eleitores concordam, fará
novo discurso.
8. (E) Nós custamos a entender por que o governo maqueia esses dados em seus
relatórios, (regência verbal; flexão verbal) R: Custa-nos entender por que o go-
verno maquia esses dados em seus relatórios.
9. (E) Os documentos já encontram-se junto da diretoria.(colocação pronominal;

impropriedade linguística). R: Os documentosjá estão na diretoria.
10. (C) Faz duas semanas que os trabalhadores, aos quais assistem direitos de gre-
ve, esperam por uma resposta da empresa.
11. (E) O fato do homem moderno ser consumista é notável, (impropriedade grama-
tical) R: O fato de o homem moderno ser consumista é notável.
03.
a- Revoltamo-nos contra o vendedor por quem havíamos sido enganados.
b- Aqui estão os documentos de que você se esqueceu.
c- Grande é a satisfação com que encaramos o presente trabalho.
d- Ainda não se avaliou o talento de que nós, seres humanos, somos dotados.
04.
a- O prefeito com cujas ideias simpatizo é amigo de meu pai.
b- Este é um argumento em cuja força tenho muita confiança.
c- Foi fechado o clube em cujas dependências observou-se uma série de irregularidades.
05.
a- Enxergo, em atitudes desse tipo, uma questão mais profunda, que é a falta de
consciência profissional. Uma sociedade em que acontecem casos assim nunca
será respeitada,
(que-em que)
b- A escola é o lugar de onde podem sair futuros cidadãos conscientes com os

quais se poderá construir uma nação mais crítica de si mesma,
(com os quais - de onde)
c- 0 lixo doméstico que a maioria dos países não reaproveita é um dramático pro-
blema. Imaginemos então o lixo atómico para o qual não há espaço. Ainda não
se chegou a uma tecnologia adequada para manuseá-lo. Outra questão muito
séria é a do lixo industrial com o qual poucos sabem lidar. São vinte bilhões de
toneladas por ano de que temos de nos livrar,
(para o qual - que - de que - com o qual)
d- O arrocho salarial em que certos governos tanto insistem leva o trabalhador ao

desespero. Além disso, os juros de que os comerciantes tanto se queixam anu-
lam as vias de crédito. Este perverso quadro económico que todos vivenciamos
há anos não pode continuar indefinidamente,
(que - em que - de que)
e- As pedras portuguesas com que a prefeitura do Rio de Janeiro calçou algumas

ruas do centro vivem se soltando. Isto é resultado do trabalho de calceteiros
incompetentes cujos serviços foram contratados sem nenhum rigor. As ruas se
transformam numa verdadeira armadilha em que você pode torcer o pé ou dei-
xar o salto de seu sapato,
(em que - com que - cujos)
1- E
2- E
3- C
4- E
5- E
6- E
7- E
8- E
9- C
10- E
11- E
12- E
13- E
14- E
15- C
16- E
17- E
18- C
19- E
20- E
07.
1. Chegando ao terceiro milénio, o homem ainda não conseguiu resolver os graves
problemas que preocupam a todos, pois existem populações imersas em comple-
ta miséria, a paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais e,
além do mais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio
ecológico.
Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico provocado pela ambição

desmedida de alguns que promovem desmatamentos desordenados e poluem as
águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude
de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável.
08. D
09. A
10. D
11. a)E b) C c) E d) E e) C f) E
12. a)C b)E
13. a)E b) E c) C
1 3 . REDAÇÃO DE FRASES -
01. B
02. A
03. B
04. A
05. B
06. E
07. A
08. B
09. D
10. B
11. E
12. A
ALGUMAS REFERÊNCIAS ÚTEIS:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de

Filosofia. São Paulo, Moderna, 1992.
. Filosofando: introdução à
Filosofia. São Paulo: Moderna, 2003.
BARBOSA, A de F. O mundo globalizado: política, sociedade e economia. São

Paulo: Contexto, 2001.
BRENER, J. O mundopós-guerra fria. São Paulo: Scipione, 1997.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1996.
DUARTE JÚNIOR, João-Francisco. O que érealidade?'São Paulo: Brasiliense,

2000.
MOYSÉS, Carlos Alberto. Língua portuguesa: atividades de leitura e produção

de textos. São Paulo: Saraiva, 2005.
RIBEIRO, W.C. Relações Internacionais - Cenários para o século XXI. São Pau-
lo: Scipione, 2000.
VESENTINI, J. W. A nova ordem mundial. São Paulo: Ática, 2000.
VICENTINO, C. e SCALZARETTO, R. O mundo atual: da guerra fria à nova or-

dem internacional. São Paulo: Scipione, 1997.
VISENTINI, Paulo G. Fagundes; PEREIRA, Analúcia Danilevicz. História do mun-

do contemporâneo: da Pax Britânica do século XVIII ao Choque das Civilizações
do século XXI. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA, Nilson Teixeira de. Gramática da Língua Portuguesa para concursos,

vestibulares, ENEM, colégios técnicos e militares... 8 . edição - São Paulo: Sa-
a
raiva, 2003.
AQUINO, Renato. Redação para concursos: teoria e teses. 5 . edição. - Rio de

a
Janeiro: Elsevier, 2005.
MARTINS, Eduardo. Manual de Redação e Estilo de O Estado de S.Paulo. 3 . a
edição - São Paulo: Moderna, 1997.
MASSARANDUBA, Elisabeth de M. e CHINELLATO, Thais M. "Livro 22, Redação",

em Coleção Objetivo. São Paulo.
NICOLA, José de. Língua , Literatura & Redação - São Paulo; Scipione, 1998.
NOVO DICIONÁRIO AURÉLIO. Conforme a Nova Ortografia. Positivo Informática,

versão 6.0,4a.ed.,2009.
PLATÃO & FIORIN. Para entender o texto. São Paulo, Ática, 1990.
SANTOS, Maria Ap. C. "Folheto 1" em Laboratório de Redação Objetivo. São Paulo.
TERRA, Ernâni & Nicola, José de. Redação Básica - São Paulo; Scipione, 1997.
TUFANO, Douglas. Guia Prático da Nova Ortografia - Michaelis- São Paulo:

Melhoramentos, 2008.
VOLP - Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, www.machadodeassis.org.br.
VIANA, Antonio Carlos (coord.). Roteiro de Redação: Lendo e Argumentando -

São Paulo; Scipione, 1998.
PUBLICAÇÕES:
Revista: Veja, editora Abril
Jornal: Folha de S.Paulo
Obs.: Os fragmentos de texto sem indicação de autoria foram adapta-

dos de diversas fontes.
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Parte I - Manual de Redação 05

2. Coesão e Coerência Textual 07

8. Qualidades e Defeitos de um Texto 27

9. Palavras e Expressões que Oferecem Dificuldade 31

Questões de Provas Discursivas 37

4. Dissertação - Parágrafo Introdutório 60

5. Dissertação - Parágrafos de Desenvolvimento 62

6. Dissertação — Parágrafo de Conclusão 70

11. Adequação Vocabular 81

12. Linguagem e Norma Culta 83

13. Redação de Frases — Questões Objetivas de Concursos 92

14. Proposta de Redação - CESPE/UNB 97

15. Propostas de Redação - Fundação Carlos Chagas (FCC) 106

16. Propostas de Redação - Vunesp 111

Algumas Referências Úteis 126

Referências Bibliográficas 127

Expressar-se com clareza e correção é uma das dificuldades de quem precisa

É necessário, também, o domínio de alguns recursos linguísticos básicos, aliados

Para construir um texto, é necessário fazer um plano e dominar os princípios de:

Antes de redigir, planejar.

Ao tomar conhecimento do tema, é comum a pessoa começar a escrever

Veremos algumas técnicas de redação, mas é preciso planejar e seguir os seguin-

Coloque as ideias em ordem, organizando a sequência lógica, assim já estará

1. TIPOLOGIA TEXTUAL <f j> J-

E a caracterização ou a representação de um objeto ou um ser através da indica-

É a discussão organizada de um problema. É a exposição de ideias e concep-

2. COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL J ^

Quando se escreve um texto, é necessário amarrar a frase seguinte à anterior.

A coesão se preocupa com a parte visível do texto, sua superfície, enquanto a

Para escrever de forma coesa , há uma série de recursos como:

a) Coesão por elipse

b) Coesão por referência

Na construção da frase é preciso atenção para que as palavras relacionem-se de

O conector e soma duas informações que complementam o verbo tratar {tratava-

da eleição do Presidente da Câmara

Ao redigir é necessário atenção com as construções paralelas, pois elas garantem

Os paralelismos ocorrem dentro da frase, mas podem ocorrer de uma frase

Ficam bem evidentes os paralelismos existentes nos parágrafos. A autora apro-

Paralelismos mais frequentes

Com as orações justapostas (coordenadas sem conectivos):

"O movimento de valorização da moeda brasileira diante do dólar se prolonga, se

Deve-se marcar o parágrafo por um ligeiro afastamento com relação à margem

Costuma-se estruturar dissertações, normalmente, em quatro ou cinco parágrafos (um

Essa divisão não é obrigatória. Depende do tema proposto e da abordagem que

com base em: Antonio Carlos Viana (coord.), in Roteiro de Redação:

• Primeiro parágrafo (retomada da palavra-chave):

A palavra-chave deste parágrafo é contribuinte brasileiro (frase a). Ela é retomada

• Segundo parágrafo (por encadeamento):

No primeiro exemplo, todo o parágrafo está amarrado a uma só palavra. Neste

É importante observar que há sempre uma palavra que mantém a unidade do

• Terceiro parágrafo (por divisão):

Temos agora um terceiro tipo de estrutura de parágrafo. A frase inicial delimita o

• Quarto parágrafo (por recorte):

Ao contrário da frase delimitadora do início do terceiro parágrafo, aparece aqui