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Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


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DIRET. GRAD. EDUCACAO PROFISSIONAL – GP
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RELATÓRIO DE ACIONAMENTO DE MÁQUINAS – Partida Compensada

GRUPO: 2

Nome RA
David Eduardo Pedroso 1931580
Gabriel Finger Dias de Souza 1982397
Saulo Salve Paggiaro 2010518
Vinícius de Jesus Berci da Cruz 1982877
Vinícius Pedroso Pedro 1833570

1. Introdução

Devido ao estado de inércia, um dos instantes mais críticos nos motores


elétricos é a partida. Nesse instante, os motores solicitam uma corrente muito
maior do que a em serviço contínuo. Durante a partida, a corrente varia até
oito vezes a corrente nominal do motor.

As chaves de partida têm a função de reduzir a tensão durante a partida


do motor e depois, quando o motor já estiver na velocidade de trabalho,
aplicar a tensão nominal. Para isso existem diferentes chaves de partida.

No caso, a chave de partida compensada reduz a tensão na partida


através da ligação de um autotransformador em série com as bobinas do
motor. Após um determinado tempo, ao atingir a velocidade de trabalho, o
motor passa a receber a tensão nominal. Na maior parte dos sistemas
compensados a chave de partida compensadora é composta pelos seguintes
equipamentos:

a. Um autotransformador em Y;
b. Três contatores;
c. Um Relé de sobrecarga;
d. Três fusíveis retardados;
e. Um Relé temporizador.
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O autotransformador possui um núcleo magnético plano, composto por 3
colunas de chapas de aço silício fechadas no topo com enrolamentos em cada
uma delas. Ao longo desses enrolamentos são feitos TAPS operacionais nas
alturas das tensões de 80%, 65% e 50% da tensão aplicada na fase de modo
que o fator de redução de tensão (K) é dependente do TAP do autotransformador
e, como o torque é reduzido com o quadrado da tensão, teremos uma redução
ainda maior do conjugado, de forma que:

1. TAP de 80% (𝐾=0,80) - Redução para 64% do seu valor de partida


direta;
2. TAP de 65% (𝐾=0,65) - Redução para 42,25% do seu valor de partida
direta;
3. TAP de 50% (𝐾=0,50) - Redução para 25% do seu valor de partida
direta.

Esse tipo de partida é empregado quando não há a possibilidade de usar a


partida estrela-triângulo ou quando o acionamento requer uma potência acima
de 15CV. As vantagens incluem a compatibilidade de com qualquer motor
trifásico, e na comutação do TAP de partida para a tensão da rede, o motor não
é desligado e o segundo pico é bem reduzido. Entretanto, dentre suas
desvantagens estão o custo elevado em função do autotransformador e maior
espaço ocupado no painel.

2. Metodologia

O funcionamento da partida compensada se inicia ao pressionar a


botoeira -S1, é acionado o contator aberto 13-12 -K3 através do acionamento da
bobina -K3, fechando o lado secundário do autotransformador. A bobina -K2 e -
KT são acionadas, fechando o contato 1-2 2-4 5-6 -K2 conectando o
autotransformador a rede. Desta forma o motor parte com tensão reduzida.
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Quando a bobina temporizadora é desativada, a bobina -K3 é desenergizada
através do contato 56-56 -KT, que desativa os contatores -K3, mantendo apenas
a bobina -K1 acionada. Desta forma, o contato 11-12 -K1 normalmente fechado,
é acionado e desenergizada a bobina -K2 e -KT. Nesse momento, o motor passa
a ser ligado direto na rede e atingi sua tenção nominal.

Dimensionamento da partida compensada:

Especificações do motor:

Volt [V] In [A] Ip/In Tempo de partida [s]


380 1,66 7,3 6

Com os valores especificados é possível definir a corrente de partida

𝐼𝑝 = 7,3 ∗ 𝐼𝑛 = 7,3 ∗ 1,66 = 12,118 𝐴

Foi especificado um TAP de 65%, então temos:

• Dimensionamento do contator K1

𝐼𝑒 ≥ 𝐼𝑛

𝐼𝑒 ≥ 1,66 𝐴

• Dimensionamento do contator K2

𝐼𝑒 ≥ 0,42 ∙ 𝐼𝑛

𝐼𝑒 ≥ 0,42 ∙ 1,66

𝐼𝑒 ≥ 0,697 𝐴
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• Dimensionamento do contator K3

𝐼𝑒 ≥ 0,23 ∙ 𝐼𝑛

𝐼𝑒 ≥ 0,23 ∙ 1,66

𝐼𝑒 ≥ 0,3818 𝐴

• Dimensionamento do fusível

Considerando TAP = 65, temos o fator 𝑘 = 0,65


Assim:

𝐼𝑝 = 𝑘 2 ∙ 𝐼𝑝
𝐼𝑝 = 0,4225 ∙ 12,118
𝐼𝑝 = 5,12 𝐴
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Pelo esboço do gráfico temos o fusível de 2 A.


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No sistema de comando temos os elementos F1 e F2, estes são os


fusíveis instalados para proteção contra curto-circuito. Eles irão atuar caso
ocorra algum problema inesperado sobre o sistema.
Quando pressionado o botão S1, que é um botão normalmente aberto, a
corrente irá passar por um contato temporizador KT, energizar a bobina K3 e
fechar o contato auxiliar K3, que normalmente aberto, acionando assim a
lâmpada H2 que indica o funcionamento do sistema de comando. Quando K3
fecha contato, a energia irá passar pelo contato auxiliar normalmente fechado
K1, energizando a bobina K2 e em paralelo o relé temporizador KT, que começa
a contar após ser acionado. No sistema também há um selo, realizado por meio
de um contato auxiliar normalmente aberto K2. Após um tempo o relé
temporizador troca de estado, o contato KT se abre e a bobina K3 é
desenergizada, então todo conjunto mencionado para de funcionar. Após isso, o
último contato auxiliar K3, normalmente fechado, fecha contato energizando a
bobina K1 e o contato auxiliar K1, normalmente aberto, tem como função realizar
o selo.
O diagrama elétrico é composto por um motor elétrico trifásico, três
contatores K1, K2 e K3, um fusível de proteção contra curto-circuito, um relé
térmico de proteção contra superaquecimento e um autotransformador (T). O
autotransformador tem a função de reduzir da tensão para o acionamento inicial
do motor a vazio com corrente reduzida até a comutação do relé temporizado
(KT) que comuta o contator K3 e K2, responsáveis pela ligação em estrela do
autotransformador e pelo desligamento do autotransformador. Em seguida, o
contator K1 é acionado, ligado o motor em potência integral.
Quando acionado o botão S0, que é um botão normalmente fechado, a
alimentação de energia do sistema de comando é cortada e então todo o sistema
é desligado. Em paralelo com o botão S0 temos uma lâmpada vermelha H1, que
é ligada em série com os contatos auxiliares normalmente fechados K1 e K2.
Esta lâmpada irá acender quando o motor está ligado, porém parado. Uma vez
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as bobinas K1 e K2 energizadas, os contatos irão se abrir e a lâmpada verde H1


irá se acender.

3. Resultados e conclusões

No experimento, o grupo obteve resultados condizentes com a literatura


proposta do sistema de partida compensada. Com isso, algumas conclusões
foram tiradas. Além de que, foi comprovado uma maior complexidade com
relação as outras partidas, porém ainda sim existe a facilidade e rapidez para
montar uma partida compensada.

Quando se tem motores elétricos com potência elevada, a melhor escolha


para acioná-los é através desse modelo de partida. Mesmo acarretando em
maior custo, não há necessidade de 6 terminais de alimentação, isso faz com
que essa partida seja preferível à partida estrela triângulo. Por outro lado, a
presença de um autotransformador no sistema, limita seu uso em algumas
aplicações devido ao espaço ocupado.

A utilização do software CADsimu também facilitou a visualização da partida


compensada, e a relembrar o que foi visto tanto em teoria, quanto na prática. A
experiência também provou a eficiência de tópicos importantes como o
intertravamento que cumpre sua função de impedir o acionamento simultâneo.

4. Referências

FRANCHI, Claiton M. Acionamentos Elétricos. Editora Saraiva, 2014.


9788536505602. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536505602/. Acesso
em: 16 jun. 2022.

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