RELATO ELOÍSTA DO DILÚVIO
E os que entraram, eram macho e fêmea de toda espécie de animais, como
Então Elohim disse a Noé ...:
Eis que vou mandar um dilúvio de água
sobre a terra, para destruir toda a carne
que tem sopro de vida debaixo do céu;
tudo o que existe sobre a terra deverá
perecer.
Mas eu estabelecerei minha aliança
contigo e tu entrarás na arca, tu, teus
filhos, tua mulher e as mulheres de teus
filhos.
De todos os seres vivos farás entrar na arca dois de cada espécie, macho e
fêmea, para conservá-las vivos contigo.
De cada espécie de pássaros, de cada espécie de animais, de cada espécie de
todos os répteis terrestres um casal entrará contigo, para que se conservem
com vida.
Tomarás também contigo toda sorte de comestíveis e os armazenarás, para
servirem de alimento.
E Noé fez tudo; como Elohim lhe tinha ordenado, assim o fez.
Noé tinha seiscentos anos quando veio o dilúvio, uma inundação sobre a
terra.
Noé entrou na arca, com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos,
para escapar das águas do dilúvio.
Dos animais puros e dos não puros, das aves e de tudo o que se arrasta
sobre a terra um par entrou na arca com Noé, um macho e uma fêmea, como
Elohim tinha ordenado a Noé.
Era no ano seiscentos da vida de Noé, no segundo mês, no décimo sétimo dia
do mês. Nesse dia, romperam-se todas as fontes do grande abismo e
abriram-se as comportas do céu.
Precisamente nesse dia Noé entrou na arca, com Sem, Cam e Jafé, seus
filhos, sua mulher e as três mulheres de seus filhos; e juntamente com eles
os animais selvagens de toda espécie, as feras, os animais que se arrastam
sobre a terra, toda espécie de aves e tudo o que tem asas.
Entraram atrás de Noé na arca, dois a dois, de toda carne que tem sopro de
vida.
Elohim lhe tinha ordenado.
As águas subiram e aumentaram grandemente sobre a terra, e a arca seguia
na superfície das águas.
E as águas aumentaram continuamente e os mais altos montes que há
debaixo do céu ficaram cobertos.
As águas subiram acima de quinze côvados e recobriram as montanhas.
Todo ser vivo que se move sobre a terra, aves, animais, feras, todos animais
pequenos que formigam sobre a terra, todos os homens foram exterminados.
E a cheia das águas sobre a terra durou cento e cinqüenta dias.
Elohim lembrou-se de Noé e de todas as feras e dos animais que estavam
com ele na arca, e fez soprar um vento sobre a terra, e as águas declinaram.
Fecharam-se as fontes do abismo e as comportas do céu, e as águas
diminuíram depois de cento e cinqüenta dias.
No sétimo mês, no décimo sétimo dia do mês, a arca pousou nos montes
Ararat.
As águas continuaram a se retirar, até o décimo mês. No primeiro dia do
décimo mês, apareceram os cimos das montanhas.
Ele fez sair um corvo, o qual ia e vinha, até que as águas secaram sobre a
terra.
Foi no ano seiscentos e um da vida de Noé, no primeiro dia do primeiro mês
que as águas secaram sobre a terra.
No segundo mês, no vigésimo dia do mês, a terra estava seca.
Então Elohim falou a Noé:
"Sai da arca, tu, tua mulher, teus filhos e as mulheres de teus filhos contigo.
Todos os animais que estão contigo, e toda espécie de ser vivente, aves,
quadrúpedes e de tudo o que se arrasta pela terra, fá-los sair contigo; que
eles pululem sobre a terra, sejam fecundos e se multipliquem sobre a terra".
Saiu Noé com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos, e todas as
espécies de animais selvagens, todos os répteis, todas as aves, tudo o que se
move sobre a terra, deixaram a arca, cada um de acordo com sua espécie.
Fonte: ARENHOEVEL. Diego. Assim se formou a Bíblia. São Paulo: Edições Paulinas, 1978.