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4. FENÔMENOS FÍSICOS................................................................................................................... 23
8.1. DEFINIÇÃO.................................................................................................................................... 51
8.2. DETERMINAÇÃO DOS ESFORÇOS INTERNOS .......................................................................................... 52
8.3. ESQUEMATIZAÇÃO DOS ESFORÇOS INTERNOS ....................................................................................... 52
8.4. REPRESENTAÇÃO............................................................................................................................ 53
8.5. CLASSIFICAÇÃO DOS ESFORÇOS ......................................................................................................... 53
8.6. CONVENÇÃO DE SINAL .................................................................................................................... 55
8.7. DIAGRAMA DOS ESFORÇOS – LINHAS DE ESTADO .................................................................................. 56
8.8. DETERMINAÇÃO DOS ESFORÇOS PARA O TRAÇADO DOS DIAGRAMAS – MÉTODO DAS EQUAÇÕES .................... 57
8.9. RESUMO DOS ESFORÇOS .................................................................................................................. 58
8.10. VIGAS GERBER .............................................................................................................................. 58
8.11. VIGAS INCLINADAS ......................................................................................................................... 59
8.12. CARREGAMENTOS DISTRIBUÍDOS AO LONGO DAS PROJEÇÕES................................................................... 60
8.13. CARREGAMENTOS DISTRIBUÍDOS AO LONGO DA VIGA INCLINADA ............................................................. 62
APÊNDICE
1. DEFINIÇÕES DE ESTRUTURA
1.1. Introdução
Estrutura é sistema de diversos elementos conectados para suportar uma ação ou
conjunto de ações.
• Projeto de Edificações:
Projeto Arquitetônico;
Projeto Estrutural;
Projeto de Fundações;
Projeto de Instalações;
Projetos Complementares.
• Estrutura:
Segurança;
Estética;
Comportamento em Serviço;
Economia;
Durabilidade;
Aspectos Ambientais.
▪ Concepção da Estrutura;
▪ Pré-Dimensionamento;
▪ Análise estrutural;
Ações;
Vinculações;
Resultados;
▪ Modificações.
2. Elementos Estruturais
2.1. Introdução
Os elementos estruturais são classificados como: lineares, de superfície e de volume.
Estes elementos, em função das suas três dimensões externas principais, podem ser
divididos em três categorias:
•à Qua doà duasà di e sões são da mesma ordem de grandeza e bem menores que a
terceira dimensão, tem-se o elemento estrutural linear, cujo mais comum é o denominado
barra (retas ou curvas), são vigas, colunas, pilares, escoras, tirante, nervuras etc., ditos
elementos unidimensionais;
•à Qua doà duasà di e sõesà s oà daà es aà o de à deà g a dezaà eà e à aio esà ueà aà
terceira dimensão, tem-se o elemento estrutural de superfície. Dentre os existentes, podem
ser mencionados os elementos de superfície denominados folha, placa, chapa e casca;
As estruturas formadas por uma ou mais barras são denominadas de estruturas lineares.
Destacam-se entre elas:
Vigas;
Pilares;
Treliças;
Arcos;
Pórticos;
Grelhas.
Nas estruturas de concreto armado dos edifícios corrente, as vigas são elementos
estruturais que suportam as ações oriundas das lajes e das paredes, e são apoiadas nos pilares
que transmitem as referidas ações às fundações. As treliças consistem em outro tipo de
estrutura linear, e são usualmente construídas com madeira, aço ou alumínio. São largamente
empregadas em coberturas, em pontes e em passarelas.
▪ Eixo de uma barra: trajetória do centro de gravidade da figura geradora de uma barra.
▪ Seção transversal de uma barra: seção da barra, resultante da sua intersecção por um plano
normal ao seu eixo.
▪ Barra reta e barra curva: barras com eixos retilíneo e curvilíneo, respectivamente.
▪ Barra prismática: barra reta de seção transversal constante.
→ Tirantes:
→ Vigas:
São estruturas lineares, dispostas horizontalmente ou inclinadas, com um ou mais apoios.
Os principais tipos de vigas são:
→àVigas: aplicações em diversos tipos de estrutura como edifícios, estádios, pontes, etc...
•àBidimensionais:
Estruturas bidimensionais são aquelas que duas de suas dimensões prevalecem sobre a
terceira. Exemplos de estruturas bidimensionais: laje, parede, cascas. As lajes e as paredes,
embora geometricamente semelhantes, recebem denominações deferentes em função da
direção das ações. Nas lajes as forças atuantes são perpendiculares ao plano da estrutura e nas
paredes as forças atuantes permanecem ao plano da estrutura. Como a maioria das forças que
atuam nas edificações advém da ação da gravidade sobre os corpos, as lajes são elementos
estruturais horizontais ou inclinados e as paredes são elementos estruturais verticais.
•àTridimensionais:
Tração
Compressão
Carregamento
Estrutura
(Ações externas e reações)
▪ Força Normal
▪ Momento Torsor
Tensões e
Deformações
Resistência Rigidez
•à dosàesfo çosàsoli ita tesài te osà – o que é feito na Análise Estrutural ou Estática das
Construções;
Forças externas: são decorrentes de ações de agentes externos sobre os corpos em análise.
São inteiramente responsáveis pelo comportamento externo dos corpos rígidos, causando-lhes
movimento ou os mantendo em repouso. As forças externas, para efeito de determinação, são
divididas em forças ativas e forças reativas.
Forças internas: são os esforços provenientes das tensões desenvolvidas pelos materiais que
constituem os corpos rígidos. As forças internas são responsáveis por manterem unidos os
vários pontos materiais que constituem um corpo rígido.
Forças externas ativas: as estruturas arquitetônicas sempre são construídas com a finalidade
de fechar e delimitar espaços, para torná-los úteis às diversas funções humanas, como abrigo,
proteção, trabalho, cultos e lazer, entre outros.
Finalidades diferentes exigem espaços diferentes; porém todos estão sujeitos à ação de
diversos fenômenos físicos impostos pela Natureza (gravidade, ventos, temperatura, abalos
sísmicos e neve, entre outros), aos quais atribuímos o nome de cargas e, sem restrições, as
estruturas devem absorvê-las, resistir a elas e transmiti-las de um ponto a outro até que
cheguem ao solo. As interações entre os corpos também são consideradas forças externas
ativas.
Cargas estáticas: são as cargas mais importantes que atuam nas formas arquitetônicas. Por
não sofrerem mudanças bruscas, suas variações acontecem em longos períodos de tempo.
Constituem a base para projeto estrutural. Podem ser classificadas em permanentes,
acidentais, excepcionais e térmicas.
Cargas permanentes: são cargas fixas, aquelas cuja estrutura está submetida o tempo
todo, como também o seu próprio peso e quaisquer dispositivos fixos que fizerem parte
da estrutura ou que compõem o espaço arquitetônico. Muitas vezes, a estrutura tem
como principal fator a considerar, no cálculo estrutural. Um dos grandes desafios dos
especialistas em cálculo estrutural é projetar com o mínimo de material possível. Para
determinar essas cargas, é necessário que se conheçam as dimensões dos elementos
estruturais e as características dos materiais estruturais, mais especificamente, o seu peso
específico. A fim de simplificar a determinação dessas cargas, a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), pela NBR 6120, regulamentou os valores dos pesos específicos a
serem considerados.
Cargas acidentais: Também conhecidas como cargas de utilização, são incertas e incluem
todos os pesos móveis que fazem parte ou que compõem o espaço construído, peso de
pessoas, animais, máquinas, carros, móveis, acessórios, etc. a fixação dos valores dessas
cargas para o cálculo estrutural, a exemplo das cargas permanentes, é feita mediante
códigos de edificações já criados e regulamentados pela NBR 6120, da ABNT. A
classificação foi feita de acordo com o uso a que o espaço é destinado.
Cargas térmicas: estão relacionadas com a variação das dimensões provocadas por
dilatação ou contração, decorrentes das trocas bruscas de temperatura que acontecem
do dia para a noite, ou mesmo com os ciclos mais prolongados das estações do ano.
Depe de doàdaà egi o,àasàte pe atu asàpode àva ia àdeà ˚Càaà ˚Càe àape asà àho as.
Cargas dinâmicas: todas as cargas consideradas até aqui mudam lentamente com o tempo,
quer dizer, não sofrem mudanças de intensidade e, portanto, atuam estaticamente, exceção
feita às cargas excepcionais, que, dependendo da situação, podem ser consideradas cargas
dinâmicas, caso da ação dos ventos. As cargas cujos valores mudam com rapidez e se aplicam a
formas bruscas são denominadas cargas dinâmicas e podem ser muito perigosas se não forem
consideradas com atenção pelo projeto estrutural. As cargas dinâmicas são subdivididas em
dois tipos de carga: cargas de impacto e cargas ressonantes. Em uma grande variedade de
casos práticos, os efeitos das cargas dinâmicas são iguais ao dobro dos efeitos causados por
cargas estáticas.
Cargas de impacto: são provocadas por um golpe instantâneo e produzem forças sumamente
grandes, chegando, muitas vezes, a valores destrutivos. Um golpe de martelo e a explosão de
uma bomba são exemplos de cargas de impacto. As cargas de impacto se caracterizam por um
tempo de aplicação prolongado e rítmico.
Cargas higroscópicas: são cargas provenientes da expansão da água quando congelada. Essas
cargas são verificadas em estruturas que, pelas características do material que as compõem,
absorvem umidade. As cargas higroscópicas só são consideradas em locais onde as estruturas
atingem temperaturas abaixo de zero.
Forças externas reativas: são as forças que atuam nas posições vinculares, ou seja, nos pontos
de união entre os elementos estruturais e nos pontos de ligação da estrutura com o solo. São
as forças que reagem às forças externas ativas, de modo a manter o corpo rígido em equilíbrio.
As forças externas reativas agem sobre os corpos rígidos, impedindo movimentos de
translação e de rotação. Muitas vezes, é desejável impedir certos movimentos da estrutura e
liberar outros. Para tanto, usam-se dispositivos que possibilitam o controle dos movimentos da
estrutura como um todo e de cada uma de suas partes. Esses dispositivos são chamados de
vínculos.
Ações ambientais:
▪ Força do vento;
▪ Variação da temperatura.
O primeiro passo para traçar um DCL é destacar o elemento escolhido para análise de
qualquer outro elemento e do solo, representando o contorno do elemento isolado.
Vk = V0 . S1 . S2 . S3
Cabe destacar que o vento, em determinadas estruturas, tais como edifícios altos,
pavilhões industriais ou torres, é a ação predominante.
As cargas verticais que se consideram atuando nos pisos são supostas uniformemente
distribuídas (por metro quadrado de piso). Alguns valores mínimos de cargas verticais constam
na Tabela 3.2.
Ainda na mesma Norma técnica podem ser encontrados o peso específico aparente e o
ângulo de atrito interno de diversos materiais de armazenagem, como produtos agrícolas e
materiais de construção.
2 2 2
Figura 3.7 – Carga distribuída por metro quadrado (kgf/m , kN/m , tf/m ).
4. Fenômenos físicos
4.1. Estrutura
O que é estrutura? No caso de edificações, a estrutura é um conjunto de elementos:
Lajes;
Vigas;
Pilares.
Que se inter-relacionam:
Suponha-se que, em uma praça qualquer, se queira apoiar uma estátua sobre uma
estrutura adequada.
Uma solução poderá ser econômica no consumo de materiais, mas poderá ser feia e de
execução demorada.
- econômica;
- bonita;
- fácil execução.
Bloco:
Barra:
Utilizada para pendurar cargas, como um cabo, para apoiar cargas, como um pilar, ou
vencer vãos, como uma viga.
As barras podem ser associadas, criando sistemas estruturais mais complexos capazes de
vencer grandes vãos, como as que compõem a estrutura de uma treliça.
Peso do mobiliário;
Peso de veículos;
Peso de equipamentos;
Força do vento.
Para fins de análise e de projeto, a grande maioria das estruturas pode ser considerada
como de estruturas planas sem que haja perda de precisão. Para essas estruturas, que
normalmente são admitidas no plano xy, a soma das forças nas direções x e y e a soma dos
momentos em torno do eixo perpendicular ao plano devem ser iguais a zero (Caso Plano).
5.2. Estaticidade
Quando o número de reações de apoio (incógnitas do problema) é igual ao número de
condições de equilíbrio (equações), conduz à resolução de um sistema determinado. No
entanto, nem sempre essa relação será observada. Assim, a determinação das reações de
apoio de uma estrutura deve ser precedida pela classificação desta com relação à quantidade e
à disposição dos vínculos ou, em outras palavras, à estaticidade. Segundo essa classificação,
uma estrutura pode ser designada como hipostática, isostática ou hiperestática.
Quando todos os esforços da estrutura podem ser determinados a partir das equações de
equilíbrio a estrutura é estaticamente determinada (isostática).
R = 3n, isostática
Os vínculos estão dispostos em números e de tal forma que todos os movimentos estão
restritos. É aquele cujo número de apoios (vínculos) é o estritamente necessário, isto é, o
número de equações é igual ao número de incógnitas (reações).
Cabe observar que, nas estruturas hipostáticas, a relação entre número de reações e
número de equações (R – EQ) é condição suficiente para que se defina a estaticidade, ao passo
que, para as estruturas isostáticas e hiperestáticas, esta relação aponta apenas uma condição
necessária. A classificação da estrutura implica também o estudo da disposição dos vínculos,
os quais devem garantir que todos os movimentos sejam efetivamente impedidos. Apesar do
número de vínculos serem igual ou superior ao necessário, não existe restrição ao movimento
horizontal. Logo, ambas são hipostáticas, pois o equilíbrio é instável.
Para evitar o giro foi criado outro suporte. A barra não irá movimentar-se na vertical e
nem girar.
Para evitar o movimento horizontal pode ser colocado num dos suportes uma trava.
O equilíbrio estático no seu plano é condição necessária que ele não se desloque na
vertical, na horizontal e nem gire.
5.2.2. Vínculos
São dispositivos estruturais que têm por função restringir certos movimentos e permitir
outros. Os vínculos são classificados de acordo com o grau de liberdade (gl) que possibilitam.
▪ São vínculos:
Os vínculos podem ou não permitir movimentos relativos entre os elementos por eles
unidos.
O vínculo que permite apenas o giro relativo e impedem dois movimentos de translação é
denominado vínculo articulado fixo (ou rótula).
Com um apoio articulado móvel, as dilatações térmicas não influenciam os pilares, sem
aplicar forças horizontais aos pilares.
Portanto, a estrutura em uma construção tem como função prioritária garantir a forma
espacial idealizada para a mesma assegurar sua integridade pelo período de tempo que for
julgado necessário.
Figura 6.2 – Transmissão das forças aos apoios através de: A) ponto, B) elemento tracionado, C)
elemento comprimido, D) treliça, E,F,G H) pórticos diversos.
{
{
{
{ {
• Qua to à posição
Fixas: cargas que não mudam de posição, ou que podem ser consideradas como tal. As cargas
normalmente consideradas nas edificações podem ser dadas como exemplos.
Móveis: cargas que mudam de posição. As ações dos veículos nas pontes e viadutos são
exemplos de cargas móveis.
• Qua to à duração
Permanentes: ações permanentes sobre estruturas, tais como o seu peso próprio.
Acidentais: são as provenientes de ações que podem ou não agir sobre as estruturas.
Exemplos: sobrecarga (peso de pessoas, móveis etc., em uma residência) e a aço do vento.
• Qua to à variação do te po
Estáticas: são aquelas que, para efeito do comportamento estrutural, podem ser consideradas
como não variando com o tempo.
Dinâmicas: quando a variação da ação ao longo do tempo tem que ser considerada. Exemplos:
as ações do vento, de correntes marítimas, de explosões, de impacto e de terremotos.
Cargas
{
{
{
As barras (ou elementos) são definidas por um nó inicial e um nó final. As barras podem
ser de eixo reto ou de eixo curvo e de seção transversal constante ou variável.
Os nós que permitem rotação relativa de elementos a eles conectados são denominados
nós articulados, e os que não permitem rotação relativa são denominados nós rígidos.
Todo e qualquer sistema pode ser substituído pela ação de duas forças que, em relação a
um ponto qualquer, venha a produzir o mesmo efeito que o sistema dado. Estes efeitos são a
resultante e o momento resultante.
A resultante é a soma vetorial das projeções das forças do sistema e capaz de produzir
translações, segundo a direção do seu suporte.
Uma força ⃗ quando aplicada a um corpo rígido impõe a este uma tendência
deslocamento linear, ou translação. Um momento ⃗⃗⃗ quando aplicado a um corpo rígido impõe
a este uma tendência de deslocamento angular, ou rotação.
•àDi eç o;
•à“e tido;
•àI te sidade;
•Po toàdeàapli aç o.
•àMo e toàTo so : que age no sentido de torcer ou girar a seção em relação ao eixo;
6.7. Vínculos
As equações traduzem as condições de equilíbrio, constituindo dois sistemas de forças
equivalentes e opostos. Os vínculos terão a finalidade de localizar este sistema de forças que
vai impedir os movimentos de translação e rotação.
A. Apoio Móvel
Figura 6.12 – Vínculo de primeiro gênero: impedem uma translação deixando livre a outra translação e a
rotação em torno de um eixo normal ao plano das cargas.
B. Apoio Fixo
Figura 6.13 – Vínculos de segundo gênero: impedem as translações deixando livre a rotação em torno
do um eixo normal ao plano das cargas.
C. Engaste
Figura 6.14 – Vínculos de terceiro gênero: impedem os três movimentos, as duas translações e a rotação
em torno de um eixo normal ao plano das cargas.
Pelo fato de ter sido introduzida uma ligação de segundo gênero que liberta o sistema,
segundo uma direção, criando mais uma equação, os triarticulados e as vigas articuladas são
sistemas isostáticos.
e) Resolver o sistema;
f) Manter o sentido das reações positivas e inverter o sentido das reações negativas.
+
Eixo X (Esforços Horizontais)
7. Lista de exercícios:
1. Determine o grau de estaticidade das estruturas dadas, e sugira duas alternativas de
modificações da mesma, para torná-la em estruturas isostáticas, caso necessário:
Para o cálculo de reações de apoio (equilíbrio das forças externas), não foi considerada a
capacidade de resistência dos elementos, ou seja, partiu-se do pressuposto de que a estrutura
efetivamente possuía capacidade de transmitir as ações ao meio exterior. O objetivo da análise
da estrutura consiste justamente em permitir o dimensionamento dos elementos para
propiciar essa transmissão.
A ocorrência de danos aos elementos não estruturais (tais como fissuração das
alvenarias e mau funcionamento de esquadrias);
A sensação de insegurança quanto à estabilidade da estrutura (decorrente de
vibrações perceptíveis ou deslocamentos visíveis);
O comprometimento do perfeito funcionamento (como a drenagem de água em
coberturas e varandas).
Solicitação é todo esforço ou conjunto de esforços que devido às ações se exerçam sobre
uma ou mais seções de um elemento da estrutura.
Tensões Normais;
•àCompressão;
• Tração;
Tensão de Cisalhamento.
As forças internas geralmente são distribuídas de forma complexa sobre as seções, mas,
no entanto, as condições de equilíbrio são satisfeitas para cada parte separadamente. Isto
significa que a resultante das forças internas na seção genérica S, pode ser obtida tanto na
parte esquerda quanto na direita do corte imaginário.
8.4. Representação
V (Esforço Cortante) – Tende a fazer uma seção deslizar em relação à outra. Também
conhecido com esforço cisalhante. A figura representa a convenção usual para sentido
positivo do esforço cortante, na qual o binário formado pelas componentes de V gira
no sentido horário.
Passo 2: serão constituídos trechos entre pontos de descontinuidades; por exemplo, três
pontos constituirão dois trechos, quatros pontos, três trechos, e assim por diante;
Passo 3: os esforços internos solicitantes na barra, serão analisados por trecho, pois em cada
trecho teremos esforços diferentes. Ou seja, teremos de efetuar a análise para cada trecho
distintamente;
Passo 4: para isso, analisamos, no trecho es olhido,à u aà seç oà ge i aà dista teà deà x à daà
extremidade direita ou esquerda. Ou seja, o lado considerado fica a critério do analista, já que
o resultado da análise deverá ser o mesmo para qualquer que seja o lado escolhido.
É efetuado o traçado de um diagrama específico para cada esforço. Para isso, cada valor
calculado é marcado a partir de uma linha representativa do eixo de cada elemento. Esses
valores de esforços são desenhados perpendicularmente à linha, com efeitos positivos e
negativos representados de lados opostos do eixo, segundo a convenção adotada.
Cabe destacar que a situação ilustrada na figura consiste numa simplificação, na qual não
foram consideradas, entre outras, as armaduras de cisalhamento, as ancoragens e as
armaduras construtivas.
Figura 8.5 – Viga de concreto armado (simplificação): correspondência entre momento fletor e
disposição da armadura longitudinal.
Esse procedimento, conhecido como Método das Equações, pode ser descrito pelas
seguintes etapas:
1) Verificar a estaticidade;
2) Calcular as reações de apoio;
3) Separar a estrutura em trechos característicos, limitados por mudanças na
distribuição do carregamento ou incidência de carga concentrada (força ou
momento);
O método trabalha com seções variáveis ao longo da estrutura, sendo que uma única seção em
cada trecho é capaz de representar qualquer das infinitas seções desse mesmo trecho.
Os dentes Gerber nada mais são do que rótulas (Mrot = 0) convenientemente introduzidas
na estrutura de forma a, manter a sua estabilidade, torná-la isostática. As vigas Gerber podem,
portanto, ser consideradas como uma associação de vigas simples (biapoiadas, biapoiadas com
balanços ou engastadas e livres), de maior complexidade, porém, igualmente isostáticas.
Nestas, elementos sem estabilidade própria apoiam-se em outros elementos com estabilidade
própria, de modo a formar um conjunto estável. A transmissão das ações externas de um
trecho a outro se dá através de rótulas.
Como uma rótula constitui um ponto de momento nulo (ou seja, não transmite tendência
de giro de um elemento para outro elemento adjacente), essa informação pode ser
empregada como uma equação adicional na verificação das condições necessárias ao
equilíbrio.
A verificação da estabilidade não é efetuada de forma tão direta como para vigas simples,
devendo-se, para tanto, analisar inicialmente as vigas sem estabilidade própria, de modo a
verificar se estas podem efetivamente transmitir aos trechos estáveis as forças necessárias ao
seu equilíbrio e, portanto, ao equilíbrio do conjunto. Dessa forma, verificadas as condições
necessárias, procede-se ao estudo da estabilidade. Por exemplo, para a estrutura anterior:
Nas vigas inclinadas surge, em geral, a necessidade de se trabalhar com dois sistemas de
eixos referenciais: um global (para a determinação das reações de apoio) e um local (para a
A direção da viga inclinada, expressa pelo ângulo α que a viga faz com a horizontal;
As orientações dos apoios e das respectivas forças reativas;
A direção dos carregamentos aplicados;
A forma de representação do carregamento distribuído;
• Ao longo das projeções horizontais Lh e/ou verticais Lv ou;
• Ao longo do comprimento inclinado L da viga.
Observar que o sistema local pode ser utilizado para determinação das reações de apoio,
mas os esforços internos solicitantes são, obrigatoriamente, referidos aos sistemas locais.
Horizontal (LH):
Figura 8.6 – Viga inclinada com carregamento vertical distribuído q ao longo da projeção horizontal L H.
Figura 8.7 – Carregamento distribuído referido ao sistema local. Duas componentes: uma na direção do
eixo (direção x-local) e outra na direção perpendicular ao eixo (direção y-local).
Vertical (LV):
Figura 8.9 – Viga inclinada com carregamento horizontal distribuído q ao longo a projeção vertical L V.
Figura 8.10 – Carregamento distribuído referido ao sistema local. Duas componentes: uma na direção do
eixo (direção x-local) e outra na direção perpendicular ao eixo (direção y-local).
Figura 8.11 – Viga inclinada com carregamento vertical distribuído ao longo do comprimento
inclinado L da viga.
Figura 8.12 – Carregamento distribuído referido ao sistema local. Duas componentes: uma na
direção do eixo (direção x-local) e outra na direção perpendicular ao eixo (direção y-local).
9. Pórticos planos
9.1. Introdução
Os pórticos, ou quadros, assim como as vigas, podem consistir em estruturas simples ou
na associação destas, gerando estruturas compostas.
Os pórticos planos são estruturas formadas por elementos (ou barras) cujos eixos, com
orientações arbitrárias. Pertencem todos a um único plano (plano da estrutura). O
carregamento atuante pertence também ao plano da estrutura. Os nós que interconectam os
elementos dos pórticos podem ser rígidos ou articulados.
Nos nós rígidos há transmissão de momentos entre as barras. Os nós rígidos das
estruturas deformadas apresentam rotação absoluta sendo, porém nula a rotação relativa
entre os elementos conectados. Na estrutura indeformada, os ângulos entre os elementos,
permanecem os mesmo após a aplicação do carregamento e a consequente deformação da
estrutura.
Nos nós articulados não há transmissão de momentos entre as barras. Os nós articulados
permitem a rotação relativa entre os elementos conectados. O momento fletor na rótula é
sempre nulo.
Com relação aos esforços, a análise também recai no caso de vigas. No entanto, pelo fato
de os elementos que concorrem num mesmo nó poderem possuir orientações distintas, os nós
internos também devem ser associados a pontos de transição. Dessa forma, para efeito de
análise podem-se isolar as barras do pórtico, desde que se apliquem nos nós intermediários os
esforços atuantes, de modo a manter o equilíbrio de cada barra.
Também a exemplo das vigas simples, a vinculação que pode resultar numa estrutura
isostática é bastante limitada. Nesse contexto, os pórticos possíveis são:
Biapoiado
Engastado e livre
Triarticulado
A convenção de sinais para os esforços segue o que foi definido no início deste estudo. No
entanto, necessitará ser complementada, para os elementos de eixo com orientação diferente
da horizontal, por uma convenção que indicará como o pórtico de convenções será
posicionado em relação ao eixo.
2. Verificar os que têm estabilidade própria e os que não têm estabilidade própria;
Pórticos superpostos:
Pórticos múltiplos:
Várias barras podem ser rotuladas em um nó. Como regra geral tem-se que, quando n
barras rotuladas em um mesmo nó, a estrutura comporta-se como tendo n – 1 rótulas
distintas neste nó (isto é, as rótulas fornecem n -1 equações).
Número de reações = 10
Semicírculo de raio R:
Para a viga biapoiada definida por um semicírculo de raio R e submetida a uma força
concentrada P, determinar os esforços internos em uma seção genérica S. a seção S é definida,
em coordenadas polares, pelo raio R e pelo ângulo θ formado com a horizontal. A
determinação dos E.I.S, em qualquer seção de uma barra de eixo curvo, fica bastante
simplificada seguindo o seguinte procedimento:
Nas barras de eixo curvo, para uma seção S qualquer no trecho 1ª da figura, tem-se:
Os diagramas dos E.I.S, marcados a partir do eixo curvo da barra, podem ser observado na
figura a seguir:
Observar:
Numa estrutura plana simétrica com carregamento simétrico os diagramas dos momentos
fletores e dos esforços normais são simétricos e o dos esforços cortantes é assimétrico.
O traçado dos diagramas dos esforços internos em barras curvas fica bastante
simplificado se seus valores forem marcados a partir de uma linha reta (reta 1-2 ligando os
extremos da barra) o diagrama obtido anteriormente, se marcado a partir da reta 1-2 seria
convenientemente representado por uma função linear do valor (R-Rcosθ). Isto corresponde a
uma mudança de eixos do sistema local onde x e y são tangentes e normais em cada ponto,
correspondente às coordenadas polares R-θ,à pa aà u à ei oà ’- ’,à o ào ige à e à ,à se doà ’
horizontal e obtido como:
’à=àRà(1 – cosθ)
Seja, por exemplo, a obtenção do DMF de uma barra curva definida por uma função
qualquer y = f(x) e submetida a uma força concentrada unitária no nó 2. Considerando-se que:
M = -1 . y
O seu traçado a partir da reta 1-2 é imediato sendo este delimitado pelo próprio eixo da barra,
conforme ilustrado na figura.
A determinação dos esforços internos em uma barra curva fica bastante simplificado
quando decompõem-se os carregamentos em:
Arcos Isostáticos: possuem dois apoios fixos com uma articulação (rótula) entre os apoios,
ou seja, são triarticulados;
Arcos hiperestáticos:
•à Atirantado: possui um apoio fixo e um apoio móvel, ambos ligados por uma barra
tracionada (tirante); é uma vez hiperestático (internamente).
•àCom uma articulação: biengastado com uma articulação intermediária; é duas vezes
hiperestático.
Como as barras são rotuladas nos nós (pontos de momento fletor nulo), tem-se que:
MA = MB = MC = 0
Sendo as cargas aplicadas apenas nos nós, tem-se das relações diferenciais que o
momento fletor varia linearmente ao longo de cada elemento. em consequência, os
momentos nulos nos nós resultam em momentos nulos em toda a estrutura.
A estrutura da figura constitui o modelo de treliça. Uma treliça ideal pode ser definida
como uma estrutura constituída por ligações rotuladas, cargas aplicadas apenas nos nós e
indeformável (executando-se a variação de comprimento dos elementos).
A eficiência de uma treliça esta diretamente relacionada à forma como seus elementos
estão associados, buscando reduzir o caminho das cargas atuantes até os apoios. No entanto,
a determinação da melhor configuração para cada situação não constitui tarefa simples, pois
pode existir um número virtualmente ilimitado de configurações possíveis para um mesmo
objetivo. Como referencia, algumas configurações usuais de treliça podem ser empregadas.
Com relação às uniões das barras da treliça, sabe-se que não existe rótula perfeita.
Porem, caso os elementos sejam dispostos com seus eixos concorrentes em um mesmo ponto,
a união comporta-se como rótula. Dessa forma, os elementos poderão ser parafusados,
rebitados ou mesmo soldados em um chapa de ligação (chapa Gusset), uma vez que as forças
aplicadas nesses pontos não tenderão a produzir rotação relativa entre as barras da treliça.
O arranjo dos elementos da treliça deve ser efetuado de modo a constituir uma estrutura
indeformável, executando-se, como já frisado, a variação no comprimento de cada elemento.
Nesse sentido, cabe observar que o único polígono fechado indeformável é o triângulo.
A lei de formação básica das treliças planas estabelece que: se a qualquer treliça básica
isostática (sistema indeformável isostático) acrescenta-se um nó (duas equações) e interliga-se
este nó a dois nós indeslocáveis entre si por meio de duas novas barras (duas incógnitas), a
nova estrutura continua a ser uma treliça plana isostática simples. Este procedimento pode ser
repetido várias vezes e segundo a imaginação d projetista. Os nós indeslocáveis podem ser nós
de apoio ou os nós inicial e final de uma barra de treliça já existente.
Esta lei de formação é fundamental para a análise da estabilidade das treliças simples.
De uma forma mais geral, uma treliça será isostática (condição necessária) se o número
de barras e de vínculos externos for o mínimo necessário à estabilidade. Considerando que as
barras estarão submetidas somente a esforço axial (e, portanto, um único esforço na barra), o
numero de incógnitas será constituído do somatório do número total de barras e de reações
de apoio. Uma vez que os eixos das barras são concorrentes nos nós e as cargas também são
aplicadas apenas nos nós, o equilíbrio de cada nó fornece apenas as equações relativas ao
somatório de forças.
Tem-se, portanto, que a condição necessária a ser atendida por uma treliça plana seja
isostática pode ser escrita como:
2n = b + r
onde:
b = número de barras que compõem a treliça, que é igual ao numero de esforços normais N
(incógnitas internas);
Uma treliça pode ser classificada como simples quando obedece à lei de formação. Já a
treliça composta, consiste na união de duas treliças simples, internamente isostáticas, através
de três barras, nem paralelas nem concorrentes entre si, ou de um nó e uma barra. Em ambos
os casos, a condição necessária é atendida.
Uma treliça complexa não se enquadra em nenhum dos casos anteriores. Apesar de
atender à condição necessária, a determinação analítica dos esforços não é efetuada de
maneira simples. Podem ser analisadas pelo método de Henneberg, o qual consiste na troca
de posição de uma barra de modo a transformar a treliça complexa em simples.
Atenção
Estaticidade e estabilidade
Estas hipóteses conduzem ao conceito de Treliça Ideal, a qual é uma simplificação para
efeito de cálculo. Na prática, os nós das treliças, de aço, madeira ou qualquer outro material,
são aparafusados, soldados, ou rebitados (não mais empregados) não sendo, portanto, rótulas
perfeitas. Em geral, pequenas cargas (peso próprio e outras) encontram-se também aplicadas
ao longo de seus elementos. No entanto, para efeito de cálculo, as hipóteses acima conduzem
a resultados suficientemente precisos. Na prática, todos os nós das treliças são projetados
através de ligações, de forma que todos os eixos das barras que se conectam num nó sejam
convergentes num único ponto. Para efeito de cálculo, as barras submetidas somente a
esforços normais N, formam um sistema de forças concorrentes em equilíbrio.
Cabe destacar que as seções podem ter formas quaisquer, desde que sejam contínuas e
atravessem a treliça, de modo a separá-la efetivamente em duas partes.
O Método de Ritter permite a fácil obtenção dos esforços em barras situadas num ponto
qualquer da estrutura. No entanto, quando se busca a obtenção dos esforços em todos os
elementos da treliça, torna-se bastante trabalhoso, por exigir um número grande de seções de
corte.
Observar:
Arbitrando-se todos os esforços normais como de tração, os sinais obtidos das equações
de equilíbrio conduzem a:
• Sinal positivo (+) → tração;
• Sinal negativo (-) →à o p ess o.
O método das seções apresenta a vantagem de não transpor erros de uma parte da
estrutura a outras, como ocorre com o método do equilíbrio dos nós;
O método das seções é particularmente útil quando se deseja determinar os esforços
normais em algumas barras.
Tantas seções, quantas forem necessárias, devem ser consideradas quando se deseja
determinar os esforços normais em todas as barras;
Na resolução das treliças, o mais conveniente é utilizar dois métodos: das seções e dos
nós. Recomenda-se, entretanto, dar preferencia ao método das seções, utilizando o
método dos nós somente para conclusões localizadas dos cálculos.
Estaticidade:
Reações de apoio:
ΣFH = 0 →
ΣFV = 0 →
ΣMA = 0 →
Ou:
ΣMB = 0 →
Verificação:
ΣMC = 0 →
Seção S1:
ΣFV = 0 →
ΣMD = 0 →
ΣFH = 0 →
Verificação:
ΣMC = 0 →
- Seção S2:
ΣME = 0 →
ΣMF = 0 →
ΣFH = 0 →
Verificação:
ΣFV = 0 →
Uma vez que o método emprega os valores obtidos no equilíbrio dos nós anteriores,
qualquer engano cometido, por exemplo, no sentido de um esforço, faz com que o erro se
reflita em todo o restante da análise. Assim, é interessante que, uma viga equivalente de alma
cheia, de modo que se possa antever, se não a magnitude dos esforços, ao menos o sinal
destes.
ΣFx = 0
ΣFy = 0
Por consequência, para determinar os esforços normais das barras que convergem no nó
é necessário que não se tenha mais do que duas incógnitas por nó.
Observar:
A determinação dos esforços normais em algumas barras exige o cálculo dos esforços em
outras barras. O método dos nós apresenta o inconveniente de transmitir erros de um nó
para os seguintes;
Quando o objetivo é determinar os esforços normais em apenas alguns elementos
recomenda-se utilizar o método das seções.
O Método dos Nós e das seções podem, e devem ser usados intercalados.
O Método dos Nós possui uma forma gráfica de resolução, em crescente desuso,
conhecida como Método de Maxwell-Cremona.
Para que uma estrutura esteja em equilíbrio todas as suas partes devem também estar
em equilíbrio. Assim sendo:
A notação de Bow, que consiste em identificar por meio de letras as regiões delimitadas
pelas forças externas (ativas e reativas) e internas (normais N nas barras).
Iniciar o traçado por um nó no qual se tenha somente duas forças desconhecidas;
Escolher um sentido de giro (horário ou anti-horário) que será mantido ao longo de todo
o traçado;
Iniciar sempre o traçado pelas forças conhecidas, observando as direções e os sentidos
das forças, obedecendo sempre uma escala convenientemente escolhida;
Identificar as forças pelas letras das regiões que ela delimita, obedecendo ao sentido de
giro adotado (exemplo ab se a força delimita as regiões A e B).
Fornecem facilmente os esforços normais em todas as barras permitindo uma visão global
da estrutura e visualizando o equilíbrio (polígono fechado).
Desvantagem:
Conclusão:
Exemplo: Empregando o Método dos Nós, determinar os esforços nas barras da treliça:
Estaticidade:
Reações:
ΣFH = 0 →
ΣFV = 0 →
ΣMA = 0 →
Ou:
ΣMB = 0 →
Verificação:
ΣMB = 0 →
Nó A:
ΣFV = 0 →
ΣFH = 0 →
Nó C:
ΣFV = 0 →
ΣFH = 0 →
Nó D:
ΣFV = 0 →
ΣFH = 0 →
Nó B:
ΣFV = 0 →
ΣFH = 0 →
Nó E (verificação):
ΣFV = 0 →
ΣFH = 0 →
Uma linha de influência expressa certo efeito elástico (reação, esforço seccional ou
deslocamento) em determinado ponto de uma estrutura, devido a uma força unitária móvel.
Já, um trem-tipo é uma combinação de forças móveis usualmente estabelecidas em normas de
projeto. E com a suposição de comportamento linear, é válido o princípio da superposição, de
maneira que o efeito elástico de um trem-tipo em atuação em determinada posição é obtido
através da soma dos produtos de suas forças pelas correspondentes ordenadas da linha de
influencia do efeito elástico em estudo, sendo necessário, contudo, identificar as posições do
trem-tipo que conduzem aos máximos e mínimos efeitos.
Se uma estrutura deve ser projetada com segurança, devemos dimensionar suas barras e
nós de modo que a força máxima em cada seção, produzida pela sobrecarga e pela carga
permanente, seja menor ou igual à capacidade admissível da seção. Para estabelecer as forças
de projeto máximas nas seções críticas, produzidas por cargas que se movem, frequentemente
construímos linhas de influência.
12.3. Trem-tipo
Um trem-tipo é um conjunto de forças móveis, concentradas e/ou distribuídas, de
valores constantes e de distancias relativas fixas entre si, que representam a combinação
prevista mais desfavorável de veículos e de pessoas que atravessarão a estrutura,
usualmente definida em norma de projeto.
No Brasil, essas forças são estabelecidas pela Norma NBR 7188:2013 – Carga móvel
rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas e pela Norma
NBR 7189:1985 – Cargas móveis para projeto estrutural de obras ferroviárias. E o nome trem-
tipo é alusão às obras ferroviárias para as quais E. Winkler apresentou o conceito de linhas de
influência.
2. Para estabelecer onde se deve posicionar a carga móvel em uma estrutura para
maximizar uma função específica, sem avaliar as ordenadas da linha de influencia.
Uma vez estabelecida a posição crítica, fica mais simples analisar diretamente certos
tipos de estruturas para a carga móvel especificada do que desenhar a linha de
influência.
3. Para determinar a localização das ordenadas máximas e mínimas de uma linha de
influência, para que apenas algumas posições da carga unitária precisem ser
consideradas quando as ordenadas da linha de influência forem calculadas.
Como terceiro exemplo, é analisada a linha de influência do momento fletor na seção 1-1
da viga. Esse diagrama pode ser obtido cortando-se a viga no ponto em questão e aplicando-se
momentos imediatamente à esquerda e imediatamente à direita da seção de corte.
As cargas podem ser transmitidas para as treliças através dos nós superiores ou inferiores.
Se a carga é aplicada nos nós da corda superior, a treliça é conhecida como treliça de estrado
superior. Alternativamente, se a carga é aplicada nos nós da corda inferior, é denominada
treliça de ponte.
Se uma estrutura for carregada com uma carga uniformemente distribuída variável e não
mais do que uma carga ou duas cargas concentradas móveis, as posições críticas das cargas
ficarão evidentes com o traçado das linhas de influência. Entretanto, se a estrutura precisar
suportar uma série de cargas concentradas de vários valores, como grupos de caminhões ou
de rodas de trens, o problema não ficará tão simples. A linha de influência fornece uma
indicação das posições aproximadas para a colocação das cargas, porque é razoável admitir
que as cargas mais altas devam estar agrupadas em um local próximo às maiores ordenadas do
diagrama.
Uma única carga atuando em uma viga produz um diagrama triangular de momentos cuja
ordenada máxima ocorre diretamente sob a carga. À medida que uma carga concentrada se
move por uma viga com apoios simples, o valor do momento máximo diretamente sob a carga
aumenta de zero, quando a carga está em um dos dois apoios, até 0,25PL, quando a carga está
no meio do vão. A linha tracejada, denominada envelope do momento, representa o valor
máximo absoluto do momento de carga móvel produzido pela carga concentrada que pode se
desenvolver em cada seção da viga com apoios simples.
Figura 12.3 – Envelope do momento de uma carga concentrada sobre uma viga com apoios simples.
Para maximizar o cortante em uma seção B-B específica, a linha de influência indica que a
carga deve ser colocada somente em um lado da seção e no lado mais distante do apoio. Por
exemplo, se a viga suporta uma carga móvel uniformemente distribuída de comprimento
variável, para maximizar o cortante na seção B, a carga móvel deve ser colocada entre B e C.
Figura 12.5 – Cortante máximo em uma viga com apoios simples: (a) sentido positivo do cortante
em B; (b) linha de influência de RA; (c) linha de influência do cortante na seção B.
Se uma viga com apoios simples suporta uma carga móvel uniforme de comprimento
variável, talvez o projetista queira estabelecer o cortante de carga móvel crítico nas seções ao
longo do eixo da viga, construindo um envelope do cortante máximo. Um envelope aceitável
pode ser produzido passando-se uma linha reta entre o cortante máximo no apoio e o apoio é
igual a wL/2 e ocorre quando o vão inteiro está carregado. O cortante máximo em meio vão é
igual a wL/8 e ocorre quando a carga é colocada em uma das metades do vão.
Pórtico espacial:
Pórticos planos:
Grelha e pilares:
Vigas e pilares:
Normalmente, salvo raras exceções, as cargas atuantes nas lajes se resumem em cargas
permanentes (peso próprio) e cargas acidentais (cargas decorrentes do uso do espaço). A
carga total atuante será o somatório dessas duas cargas.
Exemplo 1: Determinar a carga total e a carga total por unidade de medida de área de uma
laje quadrada de lado 10 m, sabendo-se que:
Os ângulos α e β são dados de acordo com o tipo de vinculação da laje com os pontos de
apoio. Se as vinculações forem iguais nos quatro lados, os ângulos serão iguais, portanto, 45°.
Se dois lados forem engastados em dois apoios simples, então, do lado engastado, o ângulo
será de 60°, e o do lado simplesmente apoiado será de 30°.
Exemplo 2: Determinar o valor de carga nas extremidades de uma laje de forma retangular,
executada em concreto armado, sabendo-se que será utilizada como sala de aula.
Exemplo 3: Determinar a carga total atuante em uma viga de concreto armado, sobre a qual se
apoia uma parede de tijolos furados e sobre uma laje, cuja carga distribuída na borda é de 10
kN/m
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