Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Atualização em
Estruturas
Apostila em desenvolvimento
Revisão 29/04/2021
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................................... 8
INTRODUÇÃO AO CYPECAD ............................................................................................................................................. 8
1. PROJETANDO UMA PEQUENA CASA COM O CYPECAD ................................................................................................ 9
1.1. PREPARAÇÃO DO ARQUIVO DE PROJETO DWG .................................................................................................................. 9
1.2. INICIANDO UM NOVO PROJETO NO CYPECAD................................................................................................................... 11
1.2.1. Configurações de primeira utilização do CypeCad ......................................................................................... 11
1.2.2. Configurando para Norma NBR 6118:2014 ................................................................................................... 12
1.2.3. Configurando o padrão do Sistema de Unidades........................................................................................... 12
1.3. O LANÇAMENTO DOS PILARES E VIGAS E LAJES DOS PAVIMENTOS NO CYPECAD ........................................................................ 13
1.4. MODELAGEM DA ESTRUTURA ...................................................................................................................................... 13
1.4.1. Configurando a altura do Térreo................................................................................................................... 13
1.4.2. Visualizando o arquivo de AutoCad no CypeCad ........................................................................................... 14
1.4.3 Lançamento dos Pilares ................................................................................................................................. 16
1.4.3.1. Configurando a ferramenta de captura ............................................................................................................................ 16
1.4.3.2. Escolha da dimensão inicial dos pilares ............................................................................................................................ 16
1.4.3.3. Lançamento dos pilares no CypeCad ................................................................................................................................ 17
1.4.3.4. Desligando Cotas ............................................................................................................................................................... 18
1.4.4. Lançamento de Vigas e Lajes ........................................................................................................................ 19
1.4.4.1. Ajustando a ferramenta de captura para lançamento de vigas ...................................................................................... 19
1.4.4.2. Procedimento prático para o lançamento das vigas........................................................................................................ 20
1.4.4.3. Comando para lançar vigas ............................................................................................................................................... 20
1.4.4.4. Lançando lajes ................................................................................................................................................................... 23
1.4.4.5. Lançando vigas e lajes nos demais pavimentos ............................................................................................................... 24
1.4.4.5. Considerações a respeito dos lançamentos de cargas de parede sobre lajes e pisos.................................................... 25
1.4.5. Lançamento das fundações .......................................................................................................................... 26
1.4.5.1. Configurando a tensão admissível do solo no CypeCad .................................................................................................. 27
1.4.6. Carregamentos na estrutura......................................................................................................................... 27
1.4.6.1. Lançando as cargas de paredes ........................................................................................................................................ 28
1.4.6.2. Corrigindo Carregamento ................................................................................................................................................. 30
1.4.6.3 Lançando o peso do Telhado ............................................................................................................................................. 30
1.4.6.4 Sobrecarga da Cobertura ................................................................................................................................................... 31
1.4.6.5. Peso da Caixa d’água na Cobertura .................................................................................................................................. 31
1.4.7. Salvando o modelo em arquivo para compartilhar........................................................................................ 32
1.4.8. Calculando o modelo .................................................................................................................................... 33
1.5. ERROS DE CÁLCULOS NA ESTRUTURA E OTIMIZAÇÕES ........................................................................................................ 33
1.5.1. Entendendo os erros apresentado pelo programa ........................................................................................ 34
1.6. OTIMIZAÇÃO COMPLETA DO PROJETO DA CASA POPULAR.................................................................................................... 37
1.6.1. Vistas ........................................................................................................................................................... 37
1.6.1.1. Vistas da máscara (desenho da arquitetura).................................................................................................................... 37
1.6.1.2. Referências visíveis ............................................................................................................................................................ 38
1.6.2. Otimização das Sapatas ............................................................................................................................... 39
1.6.2.1. Alterando o diâmetro e espaçamento do aço usado na armação das sapatas .............................................................. 39
1.6.2.2. Prática pessoal do professor em seus projetos................................................................................................................ 42
1.6.2.3. Alterando o espaçamento e o comprimento das dobras da armação ............................................................................ 43
1.6.2.4. Igualando Sapatas. ............................................................................................................................................................ 44
1.6.2.5. Editando o nome dos pilares. ........................................................................................................................................... 44
1.6.3. Preparando a Planta de locação e a Planta de armação das sapatas ............................................................ 45
1.6.3.1. Editando a planta............................................................................................................................................................... 48
1.6.3.2. Preenchendo os dados do carimbo na planta .................................................................................................................. 49
1.6.4. Salvando os arquivos de planta de locação e sapata ..................................................................................... 49
1.6.5. Otimização das Vigas ................................................................................................................................... 50
1.6.5.1. Retirando o alerta de duas dobras na configuração padrão do Cype ............................................................................. 51
1.6.5.2. Por que otimizar? .............................................................................................................................................................. 51
1.6.5.3. Gráfico de áreas de armadura .......................................................................................................................................... 52
1.6.5.4. Otimizando a armação da viga entre os pilares P1, P2 e P3 (V1) .................................................................................... 52
1.6.5.5. Mantendo um padrão de qualidade dos seus projetos ................................................................................................... 54
1.6.5.6. Adicionando a planta de armação de vigas ...................................................................................................................... 55
1.6.5.7. Otimizando a armação da viga entre os pilares P4, P5 e P6 (V2) .................................................................................... 57
1.6.5.8. Otimização máxima ........................................................................................................................................................... 59
1.6.5.9. Alterando o espaçamento entre estribos ......................................................................................................................... 60
1.6.5.10. Ancoragem de armaduras em vigas ............................................................................................................................... 60
1.6.5.11. Alongando barras em vigas ............................................................................................................................................. 61
1.6.5.12. Otimizando as vigas da cobertura. ................................................................................................................................. 61
1.6.5.13. Adicionando a planta de formas das vigas ..................................................................................................................... 63
1.6.6. Armação das Lajes........................................................................................................................................ 65
1.6.6.1. Otimizando a armação de lajes. ........................................................................................................................................ 66
1.6.6.2. Adicionando a planta de armação de lajes....................................................................................................................... 67
1.6.7. Armação de Pilares ....................................................................................................................................... 68
1.6.7.1. Adicionando a planta de armação de pilares ................................................................................................................... 68
1.7. CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA AÇÃO DO VENTO ............................................................................................................ 69
2. CASA MULTIFAMILIAR EM DOIS PAVIMENTOS E ESCADA DE ACESSO ....................................................................... 70
2.1. CONSIDERAÇÕES E CONFIGURAÇÕES INICIAIS PARA UM NOVO PROJETO .................................................................................. 71
2.1.1. Roteiro para iniciar um novo projeto ............................................................................................................ 71
2.1.2. Lançando os pilares a partir do térreo .......................................................................................................... 74
2.1.3. Compatibilização com o pavimento superior ................................................................................................ 75
2.1.4. Renumerando os pilares ............................................................................................................................... 76
2.1.5. Movendo o pilar de posição .......................................................................................................................... 76
2.1.6. Entrando com os pavimentos........................................................................................................................ 78
2.1.7. Copiando os lançamentos de outro pavimento ............................................................................................. 79
2.1.8. Verificando interferências coma arquitetura................................................................................................. 80
2.1.9. Visualizando o modelo em 3D ....................................................................................................................... 81
2.2. LANÇANDO OS CARREGAMENTOS ................................................................................................................................. 82
2.2.1. Carregamentos do pavimento térreo ............................................................................................................ 82
2.2.2. Carregamento do primeiro pavimento .......................................................................................................... 83
2.2.2.1. Lançando carga linear sobre laje ...................................................................................................................................... 83
2.2.3. Carregamento do pavimento cobertura ........................................................................................................ 83
2.2.3.1. Localização e lançamento do peso das caixas d’água...................................................................................................... 84
2.2.3.2. Peso do telhado colonial (Carga permanente) ................................................................................................................. 84
2.2.3.3. Sobrecarga da cobertura ................................................................................................................................................... 84
2.2.3.4. Lançando o peso da caixa d’água ..................................................................................................................................... 84
2.2.4. Configurando a sobrecarga e o peso próprio do modelo ............................................................................... 84
2.3. CALCULANDO O MODELO............................................................................................................................................ 85
2.4. INSERINDO A ESCADA................................................................................................................................................. 85
2.4.1. Procedimento para configurar e lançar uma escada ..................................................................................... 85
2.4.2. Vendo o detalhamento da escada ................................................................................................................ 88
2.5. INSERINDO AS FUNDAÇÕES.......................................................................................................................................... 89
2.6. RETIRANDO ERROS NO DIMENSIONAMENTO .................................................................................................................... 89
2.6.1. Verificando o erro nas vigas do primeiro pavimento ..................................................................................... 90
2.6.1.1. Ativando a aba Deformada ............................................................................................................................................... 90
2.6.2. Aumentando a altura das vigas .................................................................................................................... 91
2.6.3. Relatório da obra.......................................................................................................................................... 92
2.7. TRABALHANDO UMA SEGUNDA SOLUÇÃO ....................................................................................................................... 93
2.7.1. Inserindo um novo pilar à esquerda do P6 .................................................................................................... 93
2.7.1.1. Inserindo um novo pilar à direita do P6 ........................................................................................................................... 95
2.7.2. Recalculando o projeto ................................................................................................................................. 95
2.8. COMPARAÇÃO COM O MODELO ANTERIOR...................................................................................................................... 96
2.9. A MENSAGEM DO CYPECAD PARA FLECHA EM LAJES .......................................................................................................... 97
2.9.1. Aba Isovalores .............................................................................................................................................. 97
3. PROJETO VIVIENDA .................................................................................................................................................... 99
3.1. PREPARAÇÃO DO ARQUIVO DE PROJETO DWG ................................................................................................................ 99
3.2. INICIANDO UM NOVO PROJETO NO CYPECAD................................................................................................................. 101
3.2.1. Configurações de primeira utilização do CypeCad ....................................................................................... 101
3.2.2. Configurando para Norma NBR 6118:2014 ................................................................................................. 102
3.2.3. Configurando o padrão do Sistema de Unidades......................................................................................... 103
3.2.3. Configuração da tensão admissível do solo ................................................................................................. 103
3.3. A ESTRUTURA DO CYPE PARA MODELAGEM DA ESTRUTURA ............................................................................................... 103
3.3.1. Configurando o número de pavimentos e suas alturas ................................................................................ 104
3.3.2. Inserindo as mascaras da planta baixa no CypeCad .................................................................................... 105
3.4. CONSIDERAÇÕES PARA O LANÇAMENTO DOS PILARES, VIGAS E LAJES. .................................................................................. 106
3.4.1. Lançando Pilar ............................................................................................................................................ 107
3.4.1.1. Renumerando os pilares ................................................................................................................................................. 108
3.4.1.2. Desligando Cotas ............................................................................................................................................................. 108
3.4.2. Lançamento de Vigas ................................................................................................................................. 108
3.4.2.1. Consideração sobre algumas vigas do modelo .............................................................................................................. 109
3.4.4.2. Lançando lajes ................................................................................................................................................................. 110
3.4.2.3. Apagando trechos de pilares .......................................................................................................................................... 110
3.4.2.4. Visualizando o modelo em 3D ........................................................................................................................................ 110
3.4.3. Lançando a fundação ................................................................................................................................. 111
3.4.6. Carregamentos na estrutura....................................................................................................................... 111
3.4.6.1. Peso da alvenaria de vedação ......................................................................................................................................... 111
3.4.6.2. Lançando o peso da alvenaria ......................................................................................................................................... 112
3.4.6.3. Sobrecarga ....................................................................................................................................................................... 113
3.4.6.4. Carga permanente ........................................................................................................................................................... 113
3.4.6.5. Peso da Caixa d’água na laje da saída da escada ........................................................................................................... 114
3.5. CALCULANDO O MODELO.......................................................................................................................................... 114
3.5.1. Análise geral do processamento ................................................................................................................. 115
3.5.2. Analisando os resultados ............................................................................................................................ 115
3.5.2.1. Resolvendo a viga V15 do primeiro pavimento ............................................................................................................. 115
3.5.2.2. Resolvendo a viga V15 da cobertura .............................................................................................................................. 116
3.5.2.3. Resolvendo a viga V3 do térreo ...................................................................................................................................... 116
3.6. INSERINDO A ESCADA............................................................................................................................................... 117
3.6.1. Procedimento para configurar e lançar uma escada ................................................................................... 117
3.6.2. Vendo o detalhamento da escada .............................................................................................................. 120
3.7. FORÇAS DEVIDO AO VENTO EM EDIFICAÇÕES ................................................................................................................. 120
3.7.1. Configurando os dados de vento no Cype ................................................................................................... 121
3.7.1.1. Velocidade básica do vento ............................................................................................................................................ 121
3.7.1.2. Categoria e Classe do vento ............................................................................................................................................ 121
3.7.1.3. Fator probabilístico ......................................................................................................................................................... 121
3.7.1.4. Fator topográfico ............................................................................................................................................................. 121
3.7.1.5. Largura de faixa ............................................................................................................................................................... 121
3.7.1.6. Coeficientes de arrasto ................................................................................................................................................... 122
3.7.1.7. Configuração do vento para o projeto Vivienda ............................................................................................................ 123
3.7.1.8. Reprocessando o modelo após configuração do vento ................................................................................................. 123
3.8. OTIMIZAÇÃO DOS ELEMENTOS CALCULADOS.................................................................................................................. 123
3.8.1. Otimizando as sapatas de fundação ........................................................................................................... 124
3.8.2. Otimizando as Vigas do Térreo ................................................................................................................... 124
3.8.2.1. Otimizando a viga V1 ....................................................................................................................................................... 125
3.8.2.2. Otimizando a viga V2 ....................................................................................................................................................... 129
3.8.2.3. Otimizando a viga V3 ....................................................................................................................................................... 130
3.8.2.4. Otimizando a viga V4 ....................................................................................................................................................... 130
3.8.2.5. Otimizando a viga V5 ....................................................................................................................................................... 130
3.8.2.6. Otimizando a viga V6 ....................................................................................................................................................... 131
3.8.2.7. Otimizando a viga V7 ....................................................................................................................................................... 132
3.8.2.8. Otimizando a viga V8 ....................................................................................................................................................... 132
3.8.2.9. Otimizando a viga V9 ....................................................................................................................................................... 133
3.8.2.10. Otimizando a viga V10................................................................................................................................................... 133
3.8.2.11. Otimizando a viga V11................................................................................................................................................... 134
3.8.2.12. Otimizando a viga V12................................................................................................................................................... 134
3.8.2.13. Otimizando a viga V13................................................................................................................................................... 135
3.8.2.14. Otimizando a viga V14................................................................................................................................................... 135
3.8.2.15. Otimizando a viga V15................................................................................................................................................... 136
3.8.3. Otimizando as Vigas do primeiro pavimento............................................................................................... 137
3.8.3.1. Otimizando a viga V1 ....................................................................................................................................................... 137
3.8.3.2. Otimizando a viga V2 ....................................................................................................................................................... 137
3.8.3.3. Otimizando a viga V3 ....................................................................................................................................................... 138
3.8.3.4. Otimizando a viga V4 ....................................................................................................................................................... 139
3.8.3.5. Otimizando a viga V5 ....................................................................................................................................................... 139
3.8.3.6. Otimizando a viga V6 ....................................................................................................................................................... 140
3.8.3.7. Otimizando a viga V7 ....................................................................................................................................................... 140
3.8.3.8. Otimizando a viga V8 ....................................................................................................................................................... 140
3.8.3.9. Otimizando a viga V9 ....................................................................................................................................................... 141
3.8.2.10. Otimizando a viga V10................................................................................................................................................... 141
3.8.2.11. Otimizando a viga V11................................................................................................................................................... 142
3.8.2.12. Otimizando a viga V12................................................................................................................................................... 142
3.8.2.13. Otimizando a viga V13................................................................................................................................................... 143
3.8.2.14. Otimizando a viga V14................................................................................................................................................... 144
3.8.2.15. Otimizando a viga V15................................................................................................................................................... 144
3.8.4. Otimizando as vigas da cobertura e do teto da escada ............................................................................... 145
3.8.5. Otimizando o comprimento do arranque das sapatas ................................................................................. 146
3.9. PRANCHAS PARA A OBRA .......................................................................................................................................... 149
3.9.1. Introdução dos eixos de locação ................................................................................................................. 149
3.9.2. Pranchas de fundação ................................................................................................................................ 150
3.9.3. Preenchendo os dados do carimbo na planta .............................................................................................. 152
3.9.4. Salvando a planta em arquivo DGW ........................................................................................................... 152
3.9.4.1. Mudando o estilo fonte do texto das pranchas do Cype ............................................................................................... 153
3.9.4.2. Inserindo notas e detalhes genéricos no arquivo DWG ................................................................................................ 153
3.9.4.2. Biblioteca de desenhos genéricos do CypeCad .............................................................................................................. 154
3.9.5. Pranchas de vigas ....................................................................................................................................... 154
3.9.5.1. Vigas do Térreo ................................................................................................................................................................ 155
3.9.5.2. Vigas do primeiro pavimento .......................................................................................................................................... 156
3.9.5.3. Vigas da cobertura e do teto da escada ......................................................................................................................... 156
3.9.6. Pranchas de Lajes ....................................................................................................................................... 157
3.9.6.1. Lajes do primeiro pavimento .......................................................................................................................................... 157
3.9.7. Pranchas de fôrmas .................................................................................................................................... 158
3.9.7.1. Melhorando o desenho ................................................................................................................................................... 158
3.9.7.2. Inserindo cortes ou cotas ................................................................................................................................................ 160
3.10. ESTILO DE PLOTAGEM PARA OS DESENHOS .................................................................................................................. 160
3.10.1. Gerando arquivos de desenho em PDF ...................................................................................................... 161
3.10.2. Visualizando o arquivo com CTB no CAD ................................................................................................... 162
3.10.3. Ajustando as Layers com o CTB ................................................................................................................. 163
3.11. LAJES ................................................................................................................................................................. 165
3.11.1. Exibindo a armação das lajes .................................................................................................................... 165
3.11.2. Tabela de barras para armaduras de Lajes ............................................................................................... 166
3.11.3. Retirando ou inserindo diâmetros de barras para lajes na tabela de aço do Cype. .................................... 167
3.11.4. Editando manualmente o diâmetro das barras das armaduras das lajes .................................................. 168
3.11.4.1. Utilizando a planilha de equivalência de barras .......................................................................................................... 169
3.11.5. Otimizando armação de Lajes ................................................................................................................... 170
3.11.5.1. Ajustando a distribuição das barras ............................................................................................................................. 170
3.11.5.2. Modificando o comprimento de ancoragem ............................................................................................................... 171
3.11.5.3. Otimizando a armadura longitudinal superior (negativa) ........................................................................................... 172
3.11.5.4. Padronizando o comprimento das barras longitudinais superior (negativa) ............................................................. 172
3.11.5.5. Otimizando a armadura transversal superior (negativa) ............................................................................................. 173
O professor Leonardo Bastos é engenheiro civil pela UFJF, mestre e doutor pela UERJ e consultor da empresa
Calculus Projetos e Estruturas.
Bastos possui 30 anos de experiência em cálculo estrutural, com escritório estabelecido na cidade do Rio de
Janeiro onde realiza projetos de engenharia civil para cálculo de estruturas de concreto armado e de estruturas
metálicas. Também, ministra disciplinas de graduação em engenharia civil e possui um grande portfólio de
cursos de estruturas em seu escritório e em plataforma online que podem ser encontrados nos links
https://cursoslbastos.eadplataforma.com/ e https://www.facebook.com/groups/932286373560051
Esta apostila traz seus capítulos em uma sequencia fiel a linha do tempo das aulas ministradas no pacote de
cursos 2021, iniciando com uma introdução mais voltada a utilização do programa Cypecad e depois
avançando na elaboração de modelos de estruturas dos mais simples aos mais complexos
Alguns projetos de arquitetura mais simples foram obtidos com buscas na Internet, para serem apresentados
de forma bem didática. Outros projetos reais do trabalho do escritório do professor Bastos serão apresentados
do decorrer do curso, aumentando a complexidade aos poucos.
Introdução ao CYPECAD
O módulo CypeCad é um pacote de software CYPE e trabalha as disciplinas de desenho, cálculo e
dimensionamento de estruturas em concreto armado e metálicas compostas por: pilares, paredes e cortinas;
vigas de concreto, metálicas e mistas; lajes de vigotas (genéricas, armadas, pré-tensionadas, in situ, metálicas
de alma cheia e treliçadas), lajes alveolares, lajes mistas, lajes nervuradas e lajes maciças; lajes e vigas de
fundação, sapatas e blocos sobre estacas; obras de CYPE 3D integradas (perfis de aço, alumínio e madeira)
com 6 graus de liberdade por nó, incluindo o dimensionamento e otimização de seções.
1. Projetando uma pequena Casa com o CypeCad
Neste capítulo do curso vamos abordar os conceitos básicos para projetar e preparar as plantas para
construção de uma casa popular. Serão tratados os procedimentos básicos para preparar o arquivo de
desenho em AutoCad e usa-lo no programa de cálculo estrutural CypeCad.
Feito o cálculo estrutural, serão abordados os procedimentos básicos para otimização da estrutura e
preparação das plantas em tamanho A1 para serem usadas na execução da obra.
O primeiro arquivo proposto para este treinamento, foi obtido por busca na internet. Trata-se de uma casa
popular bem simples conforme ilustrado a seguir, com dois quartos, sala, cozinha e uma pequena varanda.
Desta forma, foi simulado que o cliente interessado na construção do imóvel, contratou o arquiteto e na
sequencia um engenheiro civil para desenvolver o projeto estrutural
O projeto possui a planta baixa, as fachadas, cortes e locação, porém com muitas informações que não são
necessárias para o lançamento estrutural.
Precisamos do desenho da planta baixa bem simplificado para facilitar a visualização no CypeCad.
Este desenho simplificado, no CypeCad, vai funcionar como um pano de fundo, uma máscara sobre a qual o
projetista estrutural pode trabalhar no lançamento da estrutura de concreto armado.
Para melhor abordagem das funcionalidades do CypeCad, foi adicionado uma laje abaixo de toda cobertura
do telhado, embora na prática, não é função do engenheiro fazer modificações na arquitetura, sendo esta
modificação apenas para efeitos didáticos.
No AutoCad, vamos selecionar e copiar apenas a planta baixa para um novo arquivo, salvando com um novo
nome para importação no CypeCad.
A planta baixa copiada deve ser simplificada, retirando cotas, mobiliário, textos, etc, mantendo apenas a
posição de paredes, portas, janelas e possíveis pilares previstos pelo arquiteto.
Feito isto, o próximo passo é verificar se as medidas do projeto da planta baixa estão em metros, para ficar
compatível com o CypeCad. Para esta verificação, basta observar a medida de um objeto conhecido, como por
exemplo uma porta. Medindo uma porta com o comando DI temos 0,8 o que só pode ser 0,8 metros ou 80
cm.
Caso não esteja com as medidas em metro, é necessário usar o comando SCALE para ajustar todo desenho.
Por fim, vamos definir a origem do desenho, ou seja, qual ponto de desenho está no eixo (0,0).
Como nossa arquitetura de exemplo tem apenas dois pavimentos, o piso e a laje, a definição da origem não
será utilizada, mas em um projeto com vários pavimentos, as plantas baixas de cada pavimento devem estar
perfeitamente alinhadas em um ponto de origem comum a todos os pavimentos.
No AutoCad, basta selecionar o eixo cartesiano e arrastar para o ponto de origem desejado na planta baixa.
Por fim, salve o desenho de AutoCad com um novo nome, por exemplo, salvar como Térreo Casa Popular
Observações:
1- Como estamos trabalhando com o Cype na versão 2016, é necessário que o arquivo de AutoCad seja
salvo para versão 2016 ou anterior de Auto Cad.
2- Após a limpeza do desenho no AutoCad, execute o comando PURGE para limpar tudo que não está
sendo usado no desenho como layer, etc.
Visto isto, clique no botão Examinar e escolha ou crie uma pasta para que o novo projeto seja
salvo.
Ainda é conveniente nomear o novo projeto com uma marcação de revisão. Por exemplo o nome escolhido
para este exemplo foi CypeCad Casa Popular R00, onde a revisão R00 será incrementada a cada avanço do
projeto. Isso é útil, pois durante o trabalho de desenvolvimento pode ocorrer alguma falha grave e o arquivo
do projeto ficar corrompido impossibilitando sua abertura. Neste caso, tendo as versões anteriores não se
perde todo o trabalho.
Clicando no botão Aceitar para avançar nas etapas de criação de um novo projeto, temos uma
variedade de opções para o novo arquivo, como ler arquivos do Cype 3D, arquivos DWG ou IFC,
que é um modelo de arquivo padrão para compatibilidade
entre software de diversos fabricantes.
Certificar que a Norma NBR6118 seja a versão 2014. Para isso, clique no botão das Normas e faça o ajuste.
Neste ponto é emitido um alerta da não utilização de medidas para combater a ação do vento na estrutura.
Clique em aceitar, pois será visto mais adiante.
O CypeCad trabalha com uma estrutura de abas na parte de baixo da tela de entrada
Na aba Entrada de Pilares, informamos o número de pavimentos, a altura entre os pavimentos (pé direito) e
o lançamento dos pilares. Na aba Entrada de pavimentos, faz-se o lançamento das vigas e das lajes. Nas demais
abas temos os resultados dos cálculos feitos pelo software.
Para este projeto didático, vamos imaginar que após feito o ensaio de SPT e obtido a tensão admissível de 200
kN/m2 do solo, podemos trabalhar com uma profundidade de 1,50 metros para a base da sapata. Então
definimos a altura do térreo com 1,50 metros.
Do projeto de arquitetura temos uma altura do pavimento de 2,50 metros, ou seja, do nível do piso até nível
da laje.
Nesta etapa vamos carregar o desenho da planta baixa no CypeCad fazendo a seguinte sequencia de comando
Após escolher o arquivo e clicar em Aceitar, o CypeCad mostra uma prévia do desenho com algumas opções
para escolha de Layer do AutoCad. É possível neste ponto escolher apenas as Layer que serão utilizadas no
lançamento. Porém, como já limpamos o desenho da planta baixa no AutoCad, não será necessário escolher
as Layer neste caso.
Clique em Aceitar novamente para finalizar a importação do desenho para o CypeCad. Feito estes
procedimentos, o desenho da planta baixa foi vinculado ao arquivo de AutoCad.
Este desenho importado não pode ser modificado no CypeCad, pois fica apenas como uma máscara para
orientação dos lançamentos. Contudo, caso seja necessária alguma alteração no desenho da planta baixa, esta
poderá ser feita com o AutoCad e será refletida no CypeCad de forma automática. Após a alteração no
AutoCad, o CypeCad identifica a modificação e pergunta se você quer atualizar a modificação para o CypeCad.
1.4.3 Lançamento dos Pilares
Não existe uma regra rígida para o lançamento dos pilares. Hipoteticamente, o projetista poderia lançar
apenas quatro pilares, um em cada canto da casa, mas os grandes vãos vão exigir uma estrutura cara e
desnecessária, e possivelmente com vigas muito altas
invadindo a posição das janelas e portas. O projetista
precisa ter em mente estas implicações que serão vistas
no decorrer do curso.
No decorrer do curso vamos abordar algumas recomendações da norma NBR 6118 no que se refere a pilares.
A Norma recomenda que pilares não podem ter a menor dimensão com menos de 14 cm e, em qualquer caso,
com seção menor que 360 cm2.
Como nesta arquitetura as paredes possuem 15 cm de espessura, vamos usar pilares com seção inicial de
15x25 cm. De acordo com os resultados dos cálculos, podemos diminuir ou aumentar as dimensões para
otimização do projeto.
1.4.3.3. Lançamento dos pilares no CypeCad
Observação: O CypeCad, por padrão, aceita a menor dimensão até 12 cm, mesmo estando abaixo dos 14 cm
exigidos pela Norma.
Feito isso, podemos lançar os pilares clicando nos extremos do desenho onde se
deseja o pilar. Basta aproximar o cursor do ponto extremo até que a captura seja
acionada, clicando com o mouse imediatamente na direção onde se deseja que o
pilar fique encaixado na parede.
É importante observar se os pilares não estão invadindo posições de portas e janelas. Por exemplo, o pilar P3
está muito próximo da posição de boneca da porta e pode dificultar o trabalho do carpinteiro. Neste caso
podemos alterar as medidas do pilar de 15x25 para 25x15 usando o comando
Introdução/Editar e depois clicando no pilar que se deseja editar.
Durante o lançamento dos pilares, cotas automáticas vão sendo adicionadas, mas neste momento elas apenas
poluem o desenho. Podemos desligar as cotas no menu Vistas/Cotas/Cotas visíveis
1.4.4. Lançamento de Vigas e Lajes
Para o lançamento das vigas e laje nos pavimentos, precisamos avançar para segunda aba Entrada de
Pavimentos, localizada na parte inferior da página.
Nesta aba teremos novos botões de comando, como por exemplo o conjunto de setas
para baixo e para cima que permite a
navegação entra os pavimentos. No nosso
projeto, fundação. Térreo e cobertura.
• Primeiro lança-se um pequeno trecho de viga entre os pilares sem preocupação precisa do
alinhamento;
• Segundo, faz-se o alinhamento preciso das vigas;
• Finalmente, faz-se o prolongamento da viga até os pilares
Vamos iniciar pela cobertura e para isso use as setas de navegação para avançar para
cobertura.
Agora use o comando Vigas/Paredes/ Ajustar para alinhar as vigas na direção dos vãos. Apenas dê um clique
próximo dos trechos de vigas e das linhas do desenho que o CypeCad vai fazer o alinhamento.
Finalmente, prolongue os trechos de vigas. Para isto,
escolha o comando Prolongar viga, dê um clique na viga
que será prolongada, posicione o cursor sobre o pilar até
que apareça uma bolinha vermelha e dê mais um clique
para confirmar o prolongamento. Repita o procedimento
em ambos os lados das vigas.
Na sequência, repete-se o procedimento de lançamento de vigas no pavimento térreo. Não teremos lajes no
térreo, pois o piso será apoiado diretamente no solo compactado. Neste caso, para apagar as interrogações
deve-se escolher a opção Apagar laje.
Uma observação a respeito de se usar ou não laje no piso térreo vai depender das condições do terreno ou do
nível do piso em relação ao solo. Em locais de solo firme, apenas uma compactação será suficiente para
suportar o peso do piso diretamente sobre o solo. Caso o solo não seja bom o suficiente para aceitar
compactação, ou esteja em um nível elevado necessitando de muito aterro, considera-se o lançamento de
laje.
A seguir temos os lançamentos do nível térreo e a visualização do modelo em 3D.
1.4.4.5. Considerações a respeito dos lançamentos de cargas de parede sobre lajes e pisos.
Neste projeto exemplo não teremos paredes sobre as lajes da cobertura. Contudo, nos casos da necessidade
de paredes sobre alguma região da laje, este não seria um problema para lajes maciças, desde que as cargas
das paredes sejam consideradas no cálculo.
No caso de lajes pré-moldadas, não será possível a construção de paredes sobre estes tipos de laje.
Neste projeto será adotado fundações do tipo sapata, que são suficientes para este
projeto de casa popular. Contudo, o programa permite o lançamento dos mais diversos tipos de fundação
que fogem ao escopo do curso.
Após a escolha do tipo, clique no botão Aceitar e faça o lançamento clicando nos pilares onde teremos sapata.
Inicialmente o Cype coloca todas as sapatas com dimensões 100x100 cm. Após o processamento do modelo,
as dimensões das sapatas serão alteradas de acordo com a tensão admissível do solo e proporcional ao
carregamento que chega de cada pilar.
1.4.5.1. Configurando a tensão admissível do solo no CypeCad
botão de Fundação.
Os carregamentos são os pesos da alvenaria, a sobrecarga, telhado, caixa d’água, etc. e vamos iniciar
adicionando o peso da alvenaria sobre as vigas e lajes consultando a Norma NBR 6120, na Tabela 2 –
Alvenarias, página 17.
Na Norma, em alvenaria de vedação (parede de tijolo com reboco), encontramos o peso por metro quadrado
da alvenaria construída com bloco cerâmico vazado.
Vamos adotar para este projeto o tijolo de 9 cm de espessura com reboco de 2 cm em ambos os lados, cujo
peso conforme a norma é 1,6 kN/m2.
Para lançar o peso dessa alvenaria sobre a viga, temos que saber a altura da parede para calcular o peso linear
da alvenaria. Sendo o pé direito é 2,5 m, descontamos a altura da viga de 30 cm, ou da laje de 10 cm.
Na prática podemos usar o maior valor, ficando a favor da segurança, mas para efeitos didáticos, vamos usar
os valores exatos.
Começando pelo pavimento térreo, desligue a máscara do desenho da planta baixa usando o botão editar
Feito isso, acesse o menu Cargas/Cargas lineares em vigas, configure o valor da carga e lance sobres as vigas
onde teremos estas cargas, usando como referência o desenho de arquitetura.
Observe que o Cype coloca uma indicação com o valor da carga que foi lançada sobre a viga.
O lançamento anterior foi aplicado em toda extensão da viga e agora é necessário ajustar o carregamento, ou
seja, retirar o carregamento de parte da viga onde não se aplica. Usamos o comando Cargas/Mover para fazer
este ajuste, dando um clique para selecionar a carga, movendo e
dando um segundo clique para reposicionar a carga.
Observando o corte da arquitetura, temos um pequeno muro de 30 cm para apoio do telhado, e temos um
muro pouco maior na parte central com 1,10 m, também para suporte do telhado.
Caso tenha sido feito algum carregamento errado, basta ir em Cargas, preencher com o novo valor e usar o
botão Atribuir. Ao clicar sobre as cargas já lançadas, o novo valor será atribuído.
O telhado previsto na arquitetura é do tipo cerâmico tipo germânica e colonial, sobre estrutura de madeira e
com pouca inclinação. Para lançar o peso deste telhado, devemos recorrer à Norma NBR 6120 e encontramos
na página 13 o peso 0,85 kN/m2 para este tipo.
A Norma determina que o peso do telhado deve ser lançado diretamente sobre a área da laje como carga
permanente.
Observação: Nos casos de um telhado muito sofisticado, não encontrado na norma, o valor do peso do metro
quadrado deve ser calculado pelo projetista.
A laje da cobertura neste projeto terá acesso de pessoas apenas para manutenção, sem contra piso ou
revestimento. Neste caso a Norma recomenda uma sobrecarga de apenas 1 kN/m 2.
No projeto a caixa d’água tem 500 litros, que corresponde a uma carga de 5 kN, que serão lançados sobre uma
determinada área da laje. Esta área de influência possui 1,70 m 2 de acordo com o posicionamento no projeto
de arquitetura. Assim teremos uma carga de 5000 N / 1,70 m2 = 2,94 kN/m2.
Para efetuar este lançamento, usamos menu Cargas/Cargas, mas agora, com a opção Superficial/Nova
Para compartilhar o modelo, a primeira opção é criar uma pasta com nome exclusivo e salvar nesta nova pasta.
Depois basta compactar todos os arquivos gerados pelo Cype nesta pasta e enviar o arquivo pela mídia de
preferência.
Como segunda opção, o Cype possui uma função de compactação do modelo em arquivo único para
possibilitar o compartilhamento.
O Cype vai gerar um arquivo do tipo .cyp compactado que pode ser compartilhado para ser usado em outro
computador.
Terminado a construção do modelo da estrutura, com inclusão dos pilares, vigas e carregamentos, é o
momento solicitar ao CypeCad processar os cálculos da estrutura.
Caso o modelo construído contenha erros, como vigas posicionadas fora de pontos de apoio sem conexão,
cargas sem ponto de apoio, etc, o Cype interrompe o processamento e emite relatórios para que o projetista
possa efetuar as correções.
Após o processamento, caso o Cype não encontre erros no modelo construído pelo projetista, será
apresentado o relatório com os elementos onde a estrutura não passa na verificação dos esforços.
Neste ponto, o projetista concluiu o trabalho de modelagem da estrutura e a partir de agora pode concentrar
os esforços para solução dos erros de dimensionamento e na otimização para obter economia de material e
uma melhor trabalhabilidade para o carpinteiro e armador na montagem das formas e armaduras da
estrutura.
Para iniciar a depuração dos erros de cálculos encontrados pelo programa, precisamos fazer a leitura dos
relatórios, identificando os pontos de erros e efetuando as correções e otimizações. São muitas possibilidades
de erros e otimizações que podem acontecer por uma infinidade de combinações em que o projetista tem
para trabalhar. Veremos no decorrer do corso as mais comuns e como podemos
resolver.
Agora podemos reprocessar o modelo e verificar se o erro foi corrigido, porém o erro ainda persiste e
precisamos olhar um pouco mais no detalhe para entender o erro. Assim novamente acionamos a aba
Resultados, entrar no menu Editar Vigas e escolher o botão para verificação de ELU e ELS. Depois dê um clique
no ponto com a indicação de erro para que seja aberta a memória de cálculo do programa. Role para baixo
até a linha com o problema e clique para selecionar.
Podemos ver que a flecha não passou por uma diferença muito pequena, 8,89 para 8.50 milímetros. O
projetista pode escolher entre desconsiderar este erro por ser muito pequeno, ou buscar alguma otimização
para melhorar a rigidez da viga.
Nos capítulos seguintes do curso vamos estudar como solucionar muitos destes problemas e outros que
serão apresentados. Porém, para efeito de ilustração, vamos alterar um pouco a bitola do aço usado pelo
programa e verificar o resultado.
O botão aciona outros botões de edição de armaduras. Vamos usar e para mudar a bitola de
algumas barras e excluir outras clicando na indicação de número de barras e bitolas para abrir a janela de
edição.
Nos próximos capítulos vamos aprofundar mais sobre a depuração de erros, otimizações das armações,
elaboração de formas e detalhamento das armações, pranchas para impressão com carimbo para envio ao
cliente.
Vamos trabalhar a otimização do projeto desta casa popular e apresentar mais dois projetos, sendo uma
casa maior, com dois pavimentos de moradia e escadas e depois um modelo mais sofisticado de um prédio
comercial com 6 pavimentos.
Até aqui calculamos a estrutura do projeto da casa popular e eliminamos o único erro de flecha em uma das
vigas. É certo que em projetos maiores teremos uma gama muito maior de erros a serem verificados e isso faz
parte da interação do projetista com o programa.
Na prática, é comum a obra começar antes mesmo da entrega do projeto final, principalmente em projetos
maiores. Dessa forma, o projetista deve iniciar as otimizações no que se refere às fundações e assim, caso o
cliente já queira iniciar a obra, o projetista poderá enviar a planta de locação e armação das sapatas.
1.6.1. Vistas
Para facilitar a visualização do desenho, algumas informações que aparecem no desenho podem ser ligadas
ou desligadas.
Usamos o Menu Grupo/Referências visíveis para ligar ou desligar outros tipos de texto informativo como
dimensão da sapata, nome e dimensão dos pilares, etc
1.6.2. Otimização das Sapatas
Para trabalhar a otimização das sapatas, devemos acessar a aba resultados do CypeCad e utilizar as setas para
descer até o nível da fundação. Depois, no menu Fundações escolhemos a opção Editar e clicamos na sapata
do pilar P1.
No lançamento das fundações, deixamos todas as sapatas com dimensões de 1 x 1 metro e após o
processamento, o CypeCad calculou a carga que chega de cada pilar sobre as sapata e tendo a tensão
admissível do solo, o programa ajustou as dimensões da sapata conforme a necessidade, calculando a área
necessária para resistir ao esforço.
Por isso, como já mencionado, o projetista não pode abrir mão de ter o ensaio de SPT e o cálculo da tensão
admissível do solo, pois este é um dos parâmetros que o CypeCad usa para dimensionar as sapatas.
Com o procedimento anterior de edição, podemos ver que o CypeCad calculou uma armação com 3 barras de
10 mm e espaçamento de 26 cm. Também podemos observar que para o arranque, o programa calculou 4
barras de 12,5 mm.
Quatro barras de 12,5 mm parece muito para uma obra pequena de casa popular, e de fato é muito. Isto
acontece porque o CypeCad não prevê barras de 10 mm em sua configuração inicial para pilares.
Precisamos alterar a tabela de aço que pode ser usada pelo CypeCad no dimensionamento, de forma que o
CypeCad use estas bitolas quando for necessário.
Para isso, acessamos o menu Obras/Dados gerais clicamos no botão da opção Aço/Barras. Na nova janela
Usamos o botão de edição para incluir os diâmetros comerciais que desejamos, incluindo ∅10 para
longitudinais e ∅5 para transversais, conforme segue.
Clicando em Aceitar, retornamos na tela anterior onde observamos que os diâmetros incluindo ∅10 para
longitudinais e ∅5 foram incluídos na tabela de combinações.
Nesta tabela devemos indicar a combinação que o CypeCad deve usar no dimensionamento para armaduras
de cantos, faces e estribo. Lembrando que armaduras de face são aquelas que ficam entre os cantos quando
necessário.
Configure conforme abaixo para informar ao programa que pode combinar aço de 10 mm nos cantos e nas
faces, ou então, aço de 12,5mm nos cantos com aço de 10 mm nas faces, ambos com estribos com aço de 5
ou 6,5 mmX.
Para prosseguir, o programa emite um alerta para que seja configurado o novo diâmetro para pilares
circulares. Embora não vamos usar pilares circular neste projeto, o programa exige que seja configurado.
Configure conforme abaixo e siga com aceitar.
Após o processamento, podemos ver que agora o CypeCad utilizou barras com diâmetro de 10 mm no
arranque, pois agora estão disponíveis.
Observação. Um problema do CypeCad é que esta configuração não se torna padrão após todo este processo
e ao iniciar um novo projeto, este procedimento deve ser repetido, configurando novamente as dimensões
desejadas.
Uma prática para maior vida útil da obra é reduzir o espaçamento máximo entre barras para 20 cm. Dessa
forma, adiciona-se uma maior margem de segurança contra microfissuras e oxidação do aço por infiltração.
Também, é prudente gastar um pouco mais de aço nas dobras alterando todas para um mesmo comprimento,
evitando assim, erros no trabalho do armador.
1.6.2.3. Alterando o espaçamento e o comprimento das dobras da armação
Na aba resultado/Menu Fundação /Elementos de fundação/Editar, clicamos na sapata que será editada e
depois no botão , alterando conforme segue.
Clicando em aceitar, o programa faz as alterações, dando opção de verificar com o botão e exibir
relatórios de memória de cálculo.
Observação: Após estas edições, caso seja necessário recalcular o projeto, os valores padrão do Cype serão
restaurados.
1.6.2.4. Igualando Sapatas.
O CypeCad possui uma facilidade de copiar o dimensionamento de uma sapata para qualquer outra sapata do
projeto. Esta função será útil, pois podemos igualar a sapata que otimizamos com outras sapatas do projeto.
Isso pode ser feito, pois apenas a sapata central tem uma dimensão maior e a sapata P7 é um pouco menor.
Vamos igualar todas as sapatas, exceto a central, onde faremos uma otimização particular. Isso não é comum,
mas neste caso o projeto está muito simétrico e foi possível.
Para isto vamos usar o menu Fundação/Elementos de fundação, botão Igualar. Depois clique na sapata origem
e depois clique nas sapatas que serão igualadas com a origem.
Para sair do comando Igualar, clique em Editar. O programa recalcula e se tiver algum erro vai indicar a sapata
em vermelho.
A sapata centrai não pode ser igualada com as outras, pois ficaria abaixo da dimensão necessária. Neste caso
vamos otimiza-la de forma particular mudando o espaçamento e o comprimento da dobra.
É uma boa prática que os pilares estejam com seus nomes de forma numerada e em sequência para facilitar a
leitura do projeto na obra. Caso algum pilar esteja com nome numerado fora de sequência, podemos utilizar
o menu Introdução/Pilares/Editar. Depois clique nos pilares para editar seus nomes no quadro referências.
Feito as otimizações das sapatas de fundação, podemos preparar as plantas de locação para enviar ao cliente,
de forma que ele possa iniciar a obra. Para melhorar a visualização, desligue linhas de cotas e máscaras
conforme já explicado no item 1.6.1. Vistas
Para iniciar este procedimento, é necessário voltar para aba Entrada de Pilares e inserir os eixos. Para isto,
usamos o menu Introdução/Linha de referência, opções: Introduzir linha horizontal ou Vertical.
Iniciamos com as linhas horizontais, nomeando de forma numérica, 1, 2, 3, etc. clicando próximo do pontinho
preto que indica uma extremidade. Dessa forma, a linha horizontal vai passar exatamente neste ponto. É uma
boa prática que o eixo esteja na face de todos os pilares desta linha.
Feito as linha horizontais, inserimos agora as linhas verticais com nomenclatura alfabética, a,b,c, etc.
Observe que após a entrada de linhas horizontais, o menu apresenta mais opções como Apagar linha.
Agora que as linhas horizontais e verticais foram inseridas, podemos iniciar a elaboração das plantas clicando
no botão e acessando o menu Desenhos para ajustar o tamanho do papel. Neste primeiro momento
podemos deixar apenas o tamanho A1, pois é o melhor tamanho de papel para trabalhar em obra.
Vamos apagar todos mantendo somente o A1. Caso seja necessário, podemos inserir novamente outras
dimensões, bastando clicar no botão . As margens podemos alterar para 10 cm.
Feito isto, vamos gerar o desenho clicando no botão de desenho no canto direito superior e escolher um
Lembrando que o grupo indica o pavimento do projeto, conforme já explicado no item 3.4.2. Lançamento de
Vigas, onde o grupo zero é a nossa fundação.
Adicionamos o desenho de forma do pilar. Agora podemos adicionar, com o botão , mais um desenhos
para melhor aproveitamento do papel. Neste caso vamos adicionar o detalhamento da armação da fundação,
escolhendo escolher um desenho do tipo plantas/Detalhamento fundação. Assim ficamos com dois desenhos
na impressão da prancha.
Também, marcamos tabela de ferros e tabela resumo para que estas tabelas sejam apresentadas. Clicando
em aceitar, será apresentado um esboço da planta.
Para visualizar os desenho completo, temos que clicar no botão , Detalhe de todos os desenhos.
Também podemos usar o botão , Mover desenho para organizar a apresentação da planta. Com o botão
scroll do mouse, acionados o zoom para visualizar os detalhes.
Quando o Cype gera o desenho das plantas, alguns textos de cotas ou nome dos elementos podem ficar
sobrepostos, dificultando a visualização. Para corrigir este problema, usamos o botão Editar desenho e
arrastamos a parte do texto sobreposta para uma outra posição. Ao clicar no elemento, será aberta uma nova
janela de edição onde será possível fazer a alteração. Use o botão scroll do mouse para ampliar a seção do
desenho.
Para ter acesso a edição do carimbo é necessário acionar o botão Carimbo da caixa de Seleção de plantas e
mudar o item Carimbo para CYPE. Com isso, após acionar o botão Aceitar, uma caixa de edição do carimbo
será apresentada.
Para salvar os arquivos de planta, usamos os botões Imprimir todos ou Imprimir Selecionados. O Cype abre
uma janela para que seja informado o novo e o local para salvar o arquivo. É uma boa prática que cada projeto
tenha uma pasta exclusiva, com subpastas para cada tipo de arquivo, mantendo a organização.
O Cype tem como padrão a pasta C:\CYPE Ingenieros\Desenhos em DWG\CYPECAD\, mas manter todos os
trabalhos em uma mesma pasta será uma grande confusão.
Agora, ainda na aba resultados, subimos para o pavimento térreo (grupo 1) e vamos executar a otimização das
vigas. Para isso acessamos o menu editar Vigas/Paredes e depois escolhemos a primeira viga para editar
clicando sobre ela. Na nova janela que se abre temos o detalhamento dos cálculos, com a informação da
posição e número de barras de aço, estribos, dimensões, etc. Também temos o detalhamento, em forma de
gráfico, representando a taxa de armadura necessária e a taxa de armadura disponível ao longo da viga.
Observação: Pode acontecer de não aparecer a opção Editar vigas. Isto acontece porque o Cype não tem os
cálculos da viga por algum motivo. Neste caso será precisao recalcular o projeto.
1.6.5.1. Retirando o alerta de duas dobras na configuração padrão do Cype
Primeiramente vamos enterder a informação de aviso dada pelos círculos em laranja que aparece no meio dos
vãos. Eles indicam que o Cype dobrou a barra duas vezes para para fazer a ancoragem.
Se o projetista desejar que o programa não mostre esta indicação, deve acessar o menu Obras/Dados Gerais
na aba Entrada de pavimentos, e entrar nas configurações de Aço para alterar o padrão de dobra do Cype.
Observação: Esta configuração só vai ser efetiva após recalcular o projeto ou clicar no botão , Atualizar
informações de erros
Isso é perfeito nos cálculos, mas na prática gera dificuldades construtivas para o armador, pois será necessário
efetuar muitos cortes ou trabalhar com muitos diâmetros de barras na obra.
Em muitos casos é possível estender barras que foram cortadas, trocar diâmetros, etc, em alguns trechos na
viga de forma que será gasto uma quantidade um pouco maior de aço, mas em contrapartida, facilitar e
economizar tempo na obra para o trabalho de montagem das armaduras.
Para exemplificar, pode-se citar o fato que empresas que trabalham com corte e dobra possuem tabelas de
preços que podem quase dobrar de valor quando o projeto possui muitos cortes e muita variação de diâmetro
das barras.
O Cype, dentro do menu Editar vigas, mostra de forma gráfica a área de aço necessária e a área de aço
disponível de acordo com a barra de aço que foi usada. É possível observar que no início da viga onde temos
um momento negativo, o Cype colocou duas barras de 6,3 mm resultando em uma taxa de armadura em torno
de 0,6 cm2, representada pela linha verde. Para o mesmo trecho, o Cype coloca em vermelho a taxa de
armadura necessária para combater o momento, ou seja, 0,5 cm2.
Como não existe uma barra padrão que seja exatamente o necessário, sempre teremos a linha verde indicando
que existe um pouco um pouco mais de aço que o necessário.
O que não pode ocorrer é a linha de armadura vermelha cruzando a linha de armadura verde. Isso indica que
não foi possível colocar a quantidade de aço necessária nesta região da viga e o programa vai indicar um erro.
Nos vãos, o momento é positivo e o Cype coloca o mínimo de armadura superior e colocou duas barras
mínimas de 5 mm de apenas para amarração dos estribos. Para armadura positiva, o Cype calculou duas barras
de 6,3 mm e indicou de forma gráfica. Neste caso as barras positivas foram estendidas por toda a viga porque
a Norma NBR assim determina.
Feitas estas análises, por experiência na obra, o engenheiro chega a conclusão que não vale o esforço de cortar
as barras superiores de 6,3 mm para colocar no lugar as barras de 5 mm, pois representa mais tempo e
trabalho do armador. Neste ponto podemos substituir a barra de 5 mm por uma barra contínua de 6,3 mm,
pois o pequeno aumento do custo de aço será compensado com a redução do custo da mão de obra do
armador.
Assim, vamos estender a barra superior de 6,3 mm ao longo de toda a viga e excluir as barras de 5 mm. Para
isso usamos o botão para habilitar os controles de edição de armaduras. Para saber a função dos botões,
mantenha o cursor do mouse sobre eles que uma mensagem explicativa será exibida. Vamos usar o botão Unir
e o botão apagar .
Clique no botão unir e depois clique nas duas barras que serão unidas e finalize com o botão aceitar. Repita o
processo para unir mais barras.
Após a união já podemos excluir as duas barras de 5 mm, pois ficaram desnecessárias para amarração dos
estribos.
No gráfico de área de armaduras observamos que a taxa necessária continua envolvida pela taxa disponível
indicando que não temos erros de dimensionamento.
Para certificar que não temos erros, podemos acionar o botão , atualizar informações de erros
Feitas as otimizações, é bom fechar o cadeado, para o programa não recalcular esta viga num eventual
reprocessamento do projeto.
Observação:
Com a popularização dos softwares de cálculo estrutural, muitos engenheiros não se preocupam ou não sabem
a importância da otimização de um projeto estrutural após o processamento dos programas. Nada impede
que o projeto de armadura seja enviado para obra exatamente como calculado pelo programa, porém, é certo
que o armador terá dificuldade durante a montagem gastando muito tempo e com infinitas possibilidades de
erros.
Por isso é importante manter um padrão de qualidade dos projetos, deixando claro para o cliente que um
projeto de baixo custo, sem nenhuma análise crítica de um engenheiro experiente, pode resultar em um
grande custo de mão de obra durante a execução, além de erros e desperdício de material.
A qualidade não se resume apenas na otimização das armações. Para entregar um bom projeto, o engenheiro
deve-se preocupar com o desenho, melhorar a visualização acertando legendas sobrepostas ou muito
aglomeradas, verificar se o dimensionamento não está exagerado, retirando complexidades construtivas que
podem terminar em erros, etc.,
1.6.5.6. Adicionando a planta de armação de vigas
Como já abordado no item 1.6.3. Preparando a Planta de locação e a Planta de armação das sapatas, podemos
incluir uma planta de vigas. Clique no botão de desenhos, acrescente um novo elemento Desenho de vigas
com o botão escolhendo o grupo térreo a alterando a escala para 1/50.
Após aceitar, vamos editar o carimbo colocando a nova data se necessário, alterando o nome da planta e o
número do desenho. Depois, organize o desenho em apenas uma folha usando o botão mover, conforme
já abordado e exclua a folha vazia com o botão apagar.
Observação:
Por padrão o Cype posiciona o detalhe do estribo acima do detalhe da armação da viga, mas no Brasil é usual
esse detalhe ficar ao lado direito do desenho da armação. Como não pode ser movido de forma individual,
precisamos acessar as configurações de pranchas para fazer esta modificação no desenho.
Retorne ao botão de desenho, selecione o desenho de vigas, dê um duplo clique no elemento ou clique
no botão editar elemento, e marque as opções mostradas abaixo.
1.6.5.7. Otimizando a armação da viga entre os pilares P4, P5 e P6 (V2)
Para esta ação, repita os passos do item 1.6.5.4. Otimizando a armação da viga entre os pilares P1, P2 e P3
(V1)clicando na viga V2. No detalhamento que se abre podemos observar que o programa utilizou muitos
cortes com barras de 5, 6,3 e 8 mm.
Se queremos facilitar o trabalho de armação na obra, podemos pensar em trocar todas estas barras superiores
e inferiores por barras de 6 mm, pois isso facilita muito o trabalho do armador reduzindo o tempo de mão de
obra sem aumentar muito o custo e consumo de aço.
Para união de barras, observe que quando tentamos a união de grupos com uma barra e grupos de duas barras
o Cype informa que não é possível, por isso apenas os grupos de duas barras da parte superior foram unidos.
Também podemos observar que a sequência de barras para união informa ao Cype qual diâmetro queremos
manter, ou seja:
Se clicamos primeiro na barra de 6.3 mm e depois na barra de 8 mm, o resultado será uma barra de
6.3 mm.
Se clicamos primeiro na barra de 8 mm e depois na barra de 6.3 mm, o resultado será uma barra de
8mm.
Também, a qualquer momento é possível modificar o diâmetro das barras clicando no botão editar e
depois na indicação de quantidade e diâmetro, por exemplo . Será aberta uma nova janela onde é
possível escolher um novo diâmetro.
Com o prolongamento das barras de 6,3 mm, podemos excluir as barras de 5 mm, pois não são mais
necessárias para amarração dos estribos.
Agora, olhando o gráfico de área de armadura, observamos dois pontos de erros onde uma barra de reforço
não está suficiente. Vamos usar o botão editar e depois na indicação de quantidade de barras vamos
alterar de uma para duas barras.
Clicando no botão atualizar informações de erros tudo OK, pois nenhum erro foi encontrado após as
modificações, conforme já previsto como auxílio do gráfico de área de armaduras.
Para finalizar, podemos ajustar o comprimento das barras de reforço para que não ocorra erro de inversão
entre lado maior e menor no momento da montagem na obra. Vamos fazer este ajuste usando o botão
editar e clicando no texto que indica o comprimento da barra e o comprimento da cota, para alterar o valor
No primeiro reforço, vamos alterar a simetria das barras tornando o reforço simétrico, e no segundo caso
vamos encostar o início da barra no pilar P5, para minimizar erros na obra.
Cada barra de reforço inserida gera um grande trabalho manual de amarração na obra. Isso acontece porque
na maioria das obras, o trabalho de amarração ainda é manual e o armador deve amarrar com arame recozido
cada estribo nas barras longitudinais. Dependendo das condições de tempo de execução e custo de mão de
obra o projetista pode considerar uma otimização eliminando ao máximo o trabalho do armador. Assim, pode
ser conveniente alterar todas as barras para um diâmetro de 10mm e eliminando todos as barras de reforço
da viga.
Ao recalcular a viga com todos as barras de 10 mm, ao contrário do esperado olhando o gráfico de área de
armadura, ficamos com dois círculos indicando erros. Passando o cursor sobre os erros, temos a indicação de
erro relacionado ao cortante na viga. Este erro será visto mais adiante no decorrer do curso. Por ora, vamos
entender que a barra de 10 mm precisa de mais estribos por adicionar mais peso na viga e vamos corrigir
fazendo uma pequena alteração no espaçamento dos estribos.
Para alterar o espaçamento entre estribos usamos o botão armaduras transversais para abrir as
ferramentas de edição de estribo. Na caixa de armaduras transversais ativamos o botão editar armaduras
e clicamos a posição dos estribos onde o cortante não passou nas verificações, próximo aos pilares onde o
cortante é máximo.
São muitas as possibilidades de otimização e cada projetista terá seus critérios com base em sua experiência
e necessidades da obra.
Em alguns casos após unir barras em uma viga, estendendo por toda a viga, ficamos com apenas um dos lagos
ancorados. Isso não está errado e o Cype ancorou apenas onde foi necessário. Porém, pode acontecer alguma
confusão e a ancoragem ficar do lado errado da viga causando problema na obra.
É uma boa prática prevenir que erros aconteçam e ancorar os dois lados da barra. Para isso, use o botão editar
e clique bem no final da barra no lado em que se deseja ancorar e o Cype vai colocar a ancoragem.
1.6.5.11. Alongando barras em vigas
Caso seja necessário alongar alguma barra sem muita precisão, é possível com o botão editar, clicar e arrastar
a barra para fazer o alongamento. É bem semelhante ao item anterior, a diferença é que precisamos colocar
o cursor do mouse um pouco à frente da barra. Quando aparecer a setinha dupla , clique sobre
ela e arraste até o ponto desejado.
Os mesmos procedimentos devem ser repetidos para otimização das vigas do pavimento cobertura. Vamos
pegar como exemplo a viga V5 onde uma otimização nas armaduras positivas resultou em um erro de
assimetria na viga. Neste exemplo, o diâmetro das duas barras de baixo foi alterado para 8 mm, na tentativa
de eliminar a barra de reforço.
Com estas modificações, o gráfico de áreas de armadura já mostrou que ficou insuficiente. Neste caso,
clicamos no botão retornar retornar e apenas alteramos a quantidade de barras do reforço para apenas
uma barra.
Ficamos ok com o gráfico de áreas de armaduras, mas ao atualizar a as informações de erros no botão ,
aparece um erro na viga. Este erro acontece porque a armação da viga não ficou simétrica com uma única
barra de 6,3 mm na segunda camada. Podemos ver isto ampliando a área do perfil da viga, rolando o botão
scroll do mouse.
Para solucionar este problema, vamos descer esta barra para a primeira camada usando o botão , colocar
em outra camada. Após clicar no botão, dê um clique na barra para selecionar e depois clique como botão
contrário para abrir o janela de camadas conforme mostrado a seguir.
Escolha a camada e clique em aceitar para que a barra seja posicionada na primeira camada. Com isso a
mensagem de erro foi eliminada.
Como já visto no item 1.6.3. Preparando a Planta de locação e a Planta de armação das sapatasvamos adicionar
os desenhos de formas na lista de pranchas. Seguindo a sequência de comandos, escolha Desenho formas com
a opção por piso de 1 a 2. Por ser uma obra pequena, podemos deixar os pisos térreo e cobertura em uma
mesma folha.
O Cype coloca duas folhas, mas podemos reorganizar o desenho usando o botão mover para que fiquem todos
em uma única folha.
Observação: neste ponto podemos incluir a planta de armadura das vigas da cobertura repetindo os
procedimentos do item
1.6.5.6. Adicionando a planta de armação de vigas
Para verificar o que o programa dimensionou para lajes, devemos estar na aba resultados do pavimento
cobertura e acionar o menu Lajes/Vistas onde temos uma grande variedade de configuração para vistas.
Com a configuração de vistas podemos escolher quais informações queremos, das quais podemos destacar:
• Armadura de reforço
• Longitudinais
• Transversais
• Inferior
• Superior
Devemos escolher uma combinação para visualização em tela, pois exibir tudo ao mesmo tempo é confuso
para leitura.
Por exemplo, queremos exibir a armadura inferior (positiva) na extensão longitudinal. Então marcamos estas
opções para exibição em tela.
Com isso o Cype vai mostrar que calculou 56 barras com diâmetro de 5 mm a cada 13 cm, cada barra com um
comprimento de 360 cm.
Podemos, da mesma forma que fizemos em vigas, editar as armações que o Cype calculou. Na nova janela que
se abre temos uma enorme possibilidade de alterações. Por exemplo, vamos visualizar a armadura transversal
superior e editar o agrupamento clicando em alterar agrupamento e clicando no primeiro agrupamento. Na
janela de alterar agrupamento, podemos mudar, por exemplo, para barras de 6,3 mm a cada 15 cm.
O grande problema de alterar armação de lajes é que o Cype não identifica se a alteração resultou em algum
erro como vimos em vigas. Por isso temos que recorrer a uma tabela para saber se a taxa de armadura se
alterou para a favor da segurança ou de forma desfavorável.
No caso, alteramos de barras de 4,2 mm para 6,3 mm e o espaçamento de 10 cm para 15 cm. Estávamos com
uma taxa de armadura de 1,4 e passamos para 2,1, ficando a favor da segurança. Poderia até ser com
espaçamento de 20 cm que ainda estaríamos a favor da segurança com uma taxa de 1,6.
Estas modificações seguem a mesma metodologia de facilitar o trabalho de armação na obra com um menor
número de barras e amarrações.
Como já visto no item 1.6.3. Preparando a Planta de locação e a Planta de armação das sapatasvamos adicionar
os desenhos de armação de lajes na lista de pranchas. Seguindo a sequência de comandos, escolha Desenho
de plantas com a opção grupo 2 ao grupo 2, pois queremos apenas a cobertura. Para lajes é preciso escolher
as quatro combinações de armaduras, uma de cada vez. Deixe marcado a opção tabela de ferros e tabela
resumo.
1.6.7. Armação de Pilares
Quando a obra é pequena, geralmente não acontece erro nos pilares. Podemos visualizar o que o Cype
calculou para pilares indo na aba resultados e acessando o menu Pilares/Paredes/Editar e clicando em algum
pilar e podemos observar que não ocorreu nenhum erro no cálculo dos pilares.
No decorrer do curso, em outros projetos, vamos abordar alguns erros em pilares e os vários parâmetros
visualizados abaixo.
Como visto anteriormente, para incluir a planta de pilares, precisamos escolher a opção desenho de pilares
escolhendo a opção todos os pisos e detalhe do pilar em toda a sua altura.
1.7. Considerações a respeito da ação do Vento
Em uma estrutura de concreto armado com poucos pavimentos, um, dois, ou até mesmo três andares, a ação
do vento é quase insignificante, pois a estrutura concretada se torna muito rígida. Mesmo com um vento
muito forte, pode acontecer de janelas se quebrarem, o teclado ser arrancado, mas a estrutura de concreto
não sofrerá nenhum impacto.
Para estruturas mais altas, o Cype pode calcular a ação do vento, mas a configuração dos parâmetros da Norma
NBR 6123 de ações do vento, está fora do escopo deste curso.
A título de informação, para configuração das cargas horizontais de vento, podemos acessar o menu
Obras/Dados gerais e selecionar Com ação de vento na caixa de Ações. Será aberto uma nova janela para
configuração dos parâmetros de vento.
2. Casa multifamiliar em dois pavimentos e escada de acesso
Neste capítulo vamos lançar a estrutura de uma casa de dois pavimentos com uma escada para acesso ao piso
superior. O projeto de arquitetura previu um telhado cerâmico sem laje, mas para efeitos didáticos do
procedimento, vamos lançar uma laje maciça sob o telhado.
Como já abordado no primeiro capítulo, é preciso limpar o desenho da arquitetura, retirando cotas, mobília,
textos, etc, pois precisamos apenas do desenho da alvenaria para lançar a estrutura.
Abaixo temos o projeto de arquitetura e os arquivos térreo, superior e cobertura já “limpos” para os trabalhos
no CypeCad.
Lembrando que é sempre necessário deixar vínculos nas intercessões de alvenaria para facilitar o lançamento
dos pilares com a ferramenta de captura.
Caso seja da preferência do projetista, as cores das linhas dos desenhos podem ser alteradas a qualquer
momento no AutoCad, sendo carregadas de forma automática pelo Cype.
2.1. Considerações e configurações iniciais para um novo projeto
Conforme já visto no início do primeiro capítulo, para iniciar um novo projeto 3. é preciso verificar algumas
configurações iniciais do CypeCad, parâmetros de obra como por exemplo, o fck do concreto e a tensão
admissível do terreno, e carregar o desenho de arquitetura que servirá como uma máscara para o lançamento
dos elementos estruturais.
Vamos seguir o seguinte roteiro, já visto de forma mais detalhada no primeiro capítulo.
a) Se o cliente vai produzir o concreto para obra em betoneira, usamos 20 MPa, pois é pouco
provável que se tenha um concreto superior.
b) Se o concreto será usinado, normalmente se escolhe o concreto em torno de 30 MPa, pois a
variação de preço é mínima entre 20 e 30 MPa. Um concreto de maior resistência em obraa
pequenas é desnecessário.
c) Em obras maiores, já podemos pensar em um concreto mais resistente de acordo com a
necessidade. Por exemplo, se for necessário retirar o escoramento de forma antecipada, o
concreto de maior resistência é uma opção.
d) É muito raro usar dois ou mais tipos de concreto na mesma obra, pois exige um controle muito
rigoroso na distribuição dos vários tipos de concreto para os elementos estruturais.
a. Nas opções do Cype, para 30 MPa temos algumas variantes, mas não usadas no Brasil. Neste
caso vamos escolher o 30 MPa Em Geral.
b. Colocamos 30 MPa para todos os elementos, pilares, lajes, pisos, etc.
a. É importante ter uma avaliação correta do solo para que não ocorram problemas na obra;
b. Para este nosso modelo vamos assumir que o ensaio de SPT foi feito e a resistência do nosso
solo é 0,15 MPa
5- Habilitar o ferro de 10 mm e também 5 mm para os estribos conforme visto no item 1.6.2.1. Alterando
o diâmetro e espaçamento do aço usado na armação das sapatas
6- Obter a medida do pé direito do pavimento.
a. No projeto de arquitetura obtemos o valor de 2,90 metros e vamos usar nos dois pavimentos
b. Estamos assumindo uma laje no segundo pavimento para e um pé direito também de 2,90
metros para fins didáticos. Na prática, o projeto estrutural não deve mudar a arquitetura sem
o pleno acordo com o arquiteto.
c. Inserir os pisos e os valores iniciais de sobrecarga e carga permanente conforme visto no item
1.4.1. Configurando a altura do Térreo
d. Após inserção dos pisos, clique em editar piso para ajustar a profundidade da base da sapata,
colocando -1.50 metros para a cota do nível de fundação.
7- Agora vamos introduzir as máscaras, conforme visto no item 3.3.2. Inserindo as mascaras da planta
baixa no CypeCadporém, neste projeto os pavimentos não são iguais e teremos que carregar uma
máscara para cada pavimento.
a. Pode ser feito selecionando os dois arquivos de forma simultânea ou fazendo o processo duas
vezes.
b. Depois de inseridas as máscaras dos pavimentos, temos o Cype oferece a opção de selecionar
qual pavimento será visível em tela, ou mesmo todos usando o botão , editar vistas. Para
janela Seleção de Vistas
Após a inicialização de um novo projeto e configurações iniciais, vamos lançar os pilares a partir do nível térreo,
lembrando que para isto devemos estar na aba entrada de pilares do Cype e com a ferramenta de captura
configurada para ponto extremo ligado.
No desenho de arquitetura temos um pilar de 20x20 cm na varanda, mas por ser uma edificação de apenas
dois pavimentos, podemos iniciar com as dimensões mínimas exigidas pela norma, ou seja, 19x19 cm nestes
pontos. Caso necessário após os cálculos, podemos aumentar.
Nos pontos onde temos as paredes, vamos lançar pilares com dimensões de 15x25 cm, para que fiquem
escondidos na parede.
Agora, sobre a máscara do desenho da alvenaria, lançamos os pilares usando o menu Introdução/Pilares...
conforme já abordado no item 3.4. Considerações para o lançamento dos pilares.
Em alguns casos, o arquiteto pode desenhar as posições de pilares se baseando em práticas de arquitetura,
mas é função do engenheiro civil escolher os melhores posicionamentos dos pilares evitando, contudo,
interferir ou modificar a arquitetura.
O engenheiro deve sempre não interferir com a arquitetura lançando pilares fora das paredes, aparentes ou
interferindo com aberturas, portas ou janelas. Para isso, deve sempre compatibilizar o lançamento entre os
pavimentos, pois é melhor que um pilar seja contínuo passando por todos os pavimentos.
A menos que seja imprescindível ou antieconômico, modificações na arquitetura podem ser negociadas com
o arquiteto, para uma solução mais viável.
Durante a fase de cálculos da estrutura, o posicionamento dos pilares pode ser alterado para buscar a melhor
otimização da estrutura.
É uma boa prática trabalhar com vãos entre 3 ou 4 metros sempre que possível. Seguindo, teremos os
lançamentos conforme ilustração a seguir.
Assim ficamos com o seguinte lançamento inicial, sem muita preocupação com a numeração, pois será
renumerado depois.
Agora precisamos analisar o pavimento superior para verificar compatibilização com este pavimento. Basta
acessar o botão editar vistas e habilitar o pavimento superior, desabilitando o térreo.
Feito isto, identificamos alguns problemas. Os pilares P1, P5, P8, P19 e P20, ficaram aparentes no piso superior
e o pilar P21 passou por uma janela.
O pilar P21, que passou por uma janela pode ser deslocado para esquerda, os pilares P1, P5 e P8, de seção
quadrada serão modificados para retangular e os pilares P19 e P20 serão girados.
O pilar P6 também será deslocado para esquerda para acompanhar o deslocamento do P21.
2.1.4. Renumerando os pilares
Para renumerar pilar, entramos no menu Introdução/Pilares... e escolhemos Modificar referência. Preencha
com a numeração inicial e escolha a opção numerar consecutivamente. Depois vamos clicando nos pilares em
sequência para a renumeração.
Para mover o pilar, entramos no menu Introdução/Pilares... e escolhemos Mover. Clique no pilar e arraste
para posição desejada.
2.1.6. Entrando com os pavimentos
Na aba entrada de pavimentos, vamos lançar as vigas, as lajes e os carregamentos, começado pelo térreo.
Vamos lançar todas as vigas iniciando com 15x30 cm, lembrando de trabalhar com a captura o mais próximo,
seguindo o procedimento já abordado no item 3.4.2. Lançamento de VigasO lançamento ficará conforme
segue.
Um ponto de observação é próximo ao pilar P7, onde a viga não encontrou com o pilar sendo uma situação
muito complicada para o carpinteiro na montagem da fôrma. Podemos aumentar a seção deste pilar para
15x35 cm para resolver esta situação.
As interrogações, como já abordado, são as áreas fechadas entre vigas que precisamos definir se terão laje ou
se ficarão abertas. Como é o piso térreo, vamos seguir o mesmo conceito do projeto anterior, lançando o piso
sobre o solo compactado. Podemos usar o botão como atalho para opção apagar laje, clicando nas
interrogações para indicar ao Cype que não teremos laje neste pavimento. O X tracejado indica piso sem laje.
Agora repita os lançamentos das vigas no pavimento superior, ou faça a cópia de um pavimento para o outro.
Podemos lançar manualmente as vigas no próximo pavimento ou copiar tudo de outro pavimento. Para copiar,
subimos para o próximo pavimento e usamos o comando Grupo/Copiar de outro grupo. Na janela que se abre
selecione o pavimento térreo e clique em aceitar para fazer a cópia.
Vamos deixar a região acima da escada sem laje, pois é a abertura para acesso da escada e excluir ou adicionar
vigas não comuns ao pavimento copiado.
Observando o piso inferior, podemos notar que temos uma área e cozinha e área de estar com um conceito
aberto (sem paredes). Mas o lançamento das vigas no piso superior ficou aparente, exigindo rebaixamento
para esconder as vigas.
Olhando novamente o modelo em 3D de um outro ângulo podemos ver como uma viga ficará aparente
interferindo na arquitetura sem necessidade.
Podemos eliminar esta viga, pois estamos usando laje maciça que pode suportar paredes sem a necessidade
de vigas, desde que uma carga de parede seja inserida no local para o cálculo do Cype.
Agora vamos copiar o lançamento de vigas para a cobertura e apagando algumas que não serão necessárias,
pois trata-se de uma cobertura de forro com acesso apenas para manutenção.
Agora podemos ligar o 3D e orbitar um pouco observando a estrutura por vários ângulos. Visualmente parece
ter uma quantidade grande de pilares e, portanto, vamos eliminar o P6 e o P10. Caso o cálculo resulte em
vigas de seções muito grandes, podemos retornar com estes pilares
2.2. Lançando os Carregamentos
Vamos iniciar o lançamento dos carregamentos pelo nível térreo seguindo o mesmo raciocínio do item 1.4.6.
Carregamentos na estrutura. A única diferença é que agora temos uma altura de parede diferente da obra
anterior.
Com o pé direito é 2,9 m, descontamos a altura da viga de 30 cm ou da laje de 10 cm e temos o peso linear
de parede com o seguinte cálculo:
As linhas em amarelo indicam onde temos carregamento sobre as vigas do piso térreo e o texto 4.2 ao lado
de cada viga indica o peso linear da alvenaria em kN/m. Observe que sobre a viga V9 temos uma carga menor
por ser apenas uma mureta de um metro para separação dos ambientes.
2.2.2. Carregamento do primeiro pavimento
Usaremos o mesmo raciocínio para o primeiro pavimento, acrescentando apenas um novo procedimento de
lançamento de carga linear sobre laje.
a) O peso linear da alvenaria será o mesmo usado no térreo, ou seja, 4,2 kN/m
b) Sobrecarga; para edifício residencial com dormitórios, sala, copa, cozinha, sanitários, etc.,
conforme tabela 10, página 26 da NBR 6120-2019 será de 1,5 kN/m2.
c) Carga permanente; o revestimento do piso será com a espessura usual de 5 cm, adicionando
um peso de 1 kN/m2.
Para lançar uma carga linear sobre laje acessamos o menu Cargas configurando as opções conforme abaixo.
Com o cursor do mouse clique no ponto inicial e no ponto final para o lançamento da carga.
Para o carregamento do piso cobertura devemos considerar o peso do telhado e o peso das caixas d’água. O
peso do telhado obtemos da norma, conforme já visto no projeto anterior. Não foi previsto caixas d’águas no
projeto de arquitetura, mas vamos assumir que teremos duas caixas d’águas de 1000 litros.
2.2.3.1. Localização e lançamento do peso das caixas d’água
Como não foi previsto na arquitetura, assumimos que o melhor lugar para posicionar as caixas d’água é na
região central da cobertura, sobre o pilar P07. Para isso foi feito um desenho retangular de 2x1 m no projeto
de CAD para usarmos uma área de 2 m2 como referência.
Vimos na norma que para um telhado colonial com telhas cerâmicas e estrutura de madeira, a carga é de 0,85
kN/m2.
No caso de laje de cobertura com acesso apenas para manutenção, a sobrecarga recomendada pela norma é
de 1 kN/m2.
O peso da caixa d’água é superficial, então temos que acessar o menu Cargas/Cargas e escolher a opção
superficial. Usamos o botão Nova e delimitamos a área clicando nos extremos de referência, sendo o
fechamento com o botão contrário do mouse.
Para ser mais exato, para o peso da caixa d’água poderíamos descontar a sobrecarga na laje que, neste caso
de acesso apenas para manutenção, é de 1 kN/m2 e lançar apenas 9 kN/m2 no valor para caixa d’água.
Para o térreo, qualquer valor preenchido será indiferente, pois não temos laje no térreo. Caso o terreno seja
muito mole ou por qualquer outro motivo seja necessário fechar com uma laje, devemos considerar a
sobrecarga, inclusive com o adicional para o piso da garagem que deve ser de 3,0 kN/m 2.
A melhor prática para inserir uma sobrecarga apenas para garagem é manter todo o pavimento com 1,5 kN/m 2
e adicionar uma carga superficial em lajes de 1,5 kN/m2, totalizando 3,0 kN/m2 na área de garagem.
Ainda não lançamos as fundações, mas já é possível calcular o modelo para verificar se a modelagem está sem
erros. Se existir algum erro de modelagem, como por exemplo uma viga lançada sem apoios, o processamento
será interrompido e uma mensagem de erro será exibida. Do contrário, o Cype exibira um relatório final com
os possíveis erros de dimensionamento para que sejam revistos pelo calculista.
Para o lançamento da escada precisamos voltar ao projeto original de arquitetura no AutoCad e obter as
medidas geométricas. Feito isto, temos:
Para dimensionar uma escada devemos acionar o botão escadas e escolher a opção Novo núcleo de
escada.
Em seguida será apresentado o modelo para entrada das dimensões da escada. Inserimos as medidas da
geometria e para carga vamos alterar o guarda-corpos para 0,3 kN/m, pois este é de estrutura de alumínio e
seu peso é muito pouco.
Agora vamos para aba Tramos para configurar o desenho da escada. Clicamos no botão para adicionar um
novo elemento e depois no botão editar para mudar de escada reta para escada de dois lances.
Vamos editar os diversos itens da escada com os seguintes valores do quadro abaixo onde:
O primeiro lance tem 7 degraus, mais três degraus no patamar e mais 7 degraus no segundo lance, totalizando
os dezesseis degraus, vencendo os 2,90 metros de piso a piso. Também ajustamos para 0,15 a largura de
bomba da escada e a largura entre os lances.
Agora está tudo pronto para lançar a escada no local da edificação e para isso vamos seguir com a seguinte
sequência de procedimentos.
Observações:
O desenho 3D do Cype não mostra os degraus do patamar e, de fato, eles não serão construídos em concreto,
pois é muito mais prático trabalhar com o concreto em perfis retos e planos e construir os degraus em leque
no patamar com tijolos e enchimento.
Também não é necessário ter uma viga para suportar o patamar da escada, basta uma pequena parede de
tijolo comum para apoiar a escada, pois é muito mais prático que a construção de uma viga.
Clicando no botão escada e acionando a opção ver detalhamento, clicamos na escada e teremos todo o
detalhamento para construção da escada.
2.5. Inserindo as fundações
Como visto no item 1.4.5. Lançamento das fundações, na aba entrada de pavimentos, no piso térreo, podemos
lançar os elementos de fundação e finalmente calcular todo o modelo.
Após calcular o modelo, o Cype exibe em vermelho os elementos que não passaram em alguma verificação de
cálculo. Assim, iniciamos os procedimentos para exibir e retirar estes erros para posterior otimização da
estrutura. Para melhor visualização, podemos desligar toas as vistas de arquitetura e carregamento.
No primeiro pavimento temos um erro nas vigas V1, V2 e V3 e na cobertura temos um erro na viga V3.
2.6.1. Verificando o erro nas vigas do primeiro pavimento
Vamos iniciar as verificações pelo pavimento cobertura, para viga V3. Para isto, na aba resultado entramos no
menu Viga/Paredes/Editar vigas e clicamos na viga com erro. Será exibido o detalhamento de armação da viga,
o gráfico de área de aço. A descrição do erro será exibida passando o cursor do mouse sobre o círculo laranja.
Uma informação mais detalhada pode ser obtida com o botão , clicando sobre o círculo do erro.
Como já era esperado, por ter um vão muito grande a viga ficou com problema de deformação além do limite
estabelecido pela norma.
Na aba deformada, temos o pórtico em 3D do modelo, onde as linhas são apresentadas com uma deformação
e em escala de cores para indicar o grau de deformação. A curvatura das linhas foi exagerada por um fator,
que pode ser modificado, para possibilitar a visualização. O código de cores é a exibição dos extremos máximo
e mínimo com suas variações intermediárias, portanto, não se trata de indicativo de problema.
Ainda é preciso entender que a deformação indicada é a deformação imediata, após a retirada dos
escoramentos. Temos a deformação ao longo do tempo que também vamos precisar avaliar.
Como já vimos, a melhor forma de reduzir flecha é aumentando a altura da viga, mas se por algum motivo
altura da viga não puder ser aumentada, pode-se tentar modificar a armação como alternativa para
deformações pouco acima do limite. Vale lembrar que quando a deformação estiver muito superior ao limite,
provavelmente a viga já estará muito armada e aumentar ainda mais pode não ser possível.
Sempre antes de aumentar a altura de uma viga, é necessário verificar se não teremos problema de
compatibilização com a arquitetura. Temos que verificar se a viga não vai invadir a abertura de portas ou
janelas. Vamos aumentar apenas 10 cm, o que não será um problema par arquitetura.
É uma boa prática alterar a seção de toda viga e não apenas do trecho com problema.
Para aumentar a altura da viga, voltamos para aba Entrada de pavimentos e acionamos o menu Vigas/Paredes
escolhendo a opção Editar. Depois clicamos na viga e fazemos a alteração da altura.
Feito isto, recalculamos o modelo e verificamos que ainda temos um erro no trecho entre o pilar P6 e P7 do
primeiro pavimento.
Na aba resultados com o botão e clicando no círculo laranja indicativo do erro, temos a memória de cálculo
do trecho da viga onde podemos observar que ainda estamos com uma deformação de 12 mm para um
máximo de 10 mm.
Após aumentar a altura para 50 cm, verificamos que o erro na viga central foi resolvido, mas precisamos
observar um outro detalhe. O Cype está usando barras muito robustas de diâmetro 16 e 25, e isto não é viável
para obras pequenas onde o armador não tem equipamento necessário para dobrar essas barras. Temos que
considerar uma boa otimização ou inserção de mais pilares para melhorar o resultado.
2.6.3. Relatório da obra
Podemos obter um relatório da obra com os quantitativos de madeira, concreto e aço. Vamos fazer isto e
guardar as informações do relatório para comparar com outra solução a ser desenvolvida para o mesmo
projeto.
Para gerar o relatório, clique no botão e depois na opção Quantidades da obra para que o relatório seja
gerado. Escolha por grupo e resumo, de fundação até cobertura e clique em aceitar para gerar o relatório,
ignorando a mensagem de não inclusão da fundação.
O que nos interessa neste momento, para efeitos de comparação, é o Total obra conforme mostrado na
figura.
Agora vamos gerar o relatório da fundação clicando novamente no botão e escolhendo a opção
Relatório de Fundação. Neste caso, nos interessa o resumo final.
Feito isto, vamos guardar estas quantidades para comparação com uma segunda solução.
Para uma segunda solução vamos lançar mais dois novos os pilares à esquerda e à direita do pilar P6 e excluir
o P6. Para o novo pilar da esquerda podemos passar de forma simétrica entra a boneca das duas portas,
enquanto que para o pilar da direita, temos uma boa área de parede para passar com o pilar.
Para que o pilar não fique aparente na parede do pavimento térreo, precisamos usar um artifício para que
fique simetricamente encaixado com sua maior dimensão entre as bonecas da porta. Assim vamos inserir o
pilar e depois gira-lo para que fique corretamente encaixado.
Na aba entrada de pilares, entre no menu Introdução/Pilares... Novo pilar e lance o pilar.
Depois entre novamente no menu Introdução/Pilares... Ajustar e faça o ajuste para baixo e para direita.
Agora precisamos mudar o ponto de referência antes de girar o pilar. O ponto de referência é o ponto que
não se move. Vamos mudar para o meio da face superior do pilar.
Entre novamente no menu Introdução/Pilares... Alterar ponto fixo e clique no ponto conforme a figura e
clique no pilar.
Clique com o botão contrário para sair e em seguida selecione Editar para inverter as dimensões do pilar
para 20x15 cm.
2.7.1.1. Inserindo um novo pilar à direita do P6
Na aba entrada de pilares, entre no menu Introdução/Pilares... Novo pilar , lance o pilar já deitado e faça o
ajuste do pilar para que fique encaixado dentro da viga. Depois exclua o pilar P6, ficando conforme a seguir:
Observe que já podemos redimensionar a altura da viga central para 30 cm antes de recalcular.
Como esperado, a inserção de novas vigas possibilitou redimensionar a viga central com altura de 30 cm sem
os problemas anteriores de deformação excessiva da viga.
Porém, agora temos um alerta ainda não visto até agora. Trata-se da armadura de punção que pode ser
entendida como um estribo dentro da laje.
Para verificar melhor onde o Cype calculou a necessidade de armadura de punção, podemos desligar as
vistas de carregamento e máscaras.
Precisamos assegurar que está habilitado a vista de armadura por tensões tangenciais acionando na aba
resultado, o menu Lajes maciças/nerv e ligar a opção Armadura por tensões tangenciais e Diâmetro.
Também vamos alterar a cor que o Cype desenha as barras de 5 mm, pois a armadura de punção
normalmente usa barra fina.
Com isso verificamos que a armadura de punção está na região esquerda do pilar P12 do primeiro
pavimento.
Para obras pequenas é interessante não ter esse tipo de armadura de punção, pois o pedreiro ou armador
podem nem nunca terem visto este tipo de solução de armadura.
Uma causa da punção pode ser vigas desalinhadas, mas esse não é o nosso caso.
Outra causa pode ser o ponto fixo do pilar, que está relacionado com a matriz de elementos finitos que o Cype
utiliza. Se movermos o ponto fixo para o outro extremo do pilar, pode ser que não mais aconteça a punção.
Vamos fazer isso na aba Entrada de pilares, menu Introdução e alterar ponto fixo, conforme já visto no item
2.7.1. Inserindo um novo pilar à esquerda do P6
Feito este procedimento e recalculando a obra, o Cype não calculou mais a necessidade de armadura de
punção.
Comparando com o relatório do modelo anterior, item 2.6.3. Relatório da obravimos uma pequena redução e
agora é preciso avaliar se é vantajoso usar o segundo modelo, considerando trocar uma viga por duas implica
em escavação de duas sapatas. Porém é sempre conveniente estudar mais de uma solução para apresentar o
melhor projeto para o cliente.
2.9. A mensagem do CypeCad para flecha em lajes
Sempre que é feito um processamento do modelo, o Cype apresenta uma mensagem de não verificação
automática da limitação de flecha em lajes e precisamos tratar este alerta.
Entrando na aba isovalores, o Cype desenha as curvas de deslocamentos e esforços que atual nas lajes do
modelo e uma série de verificações podem ser feitas.
Primeiro podemos ajustar o padrão de cores usadas pelo Cype para uma boa visualização. Para isto, acesso o
Habilite a
Para analisar flecha, precisamos do deslocamento em Z com combinação de PP+CP+Qa. Os valores das
isolinhas representam a deformação imediata, porém o Cype não calcula a flecha ao longo dos anos e neste
caso precisamos executar estes cálculos e verificar se passa na flecha ao longo dos anos.
O processo teórico matemático é trabalhoso, resultando em valores entre 1,5 a 2,5. Neste caso, uma boa
prática é usar um valor conservador como 2,5 que estará a favor da segurança. O limite normativo será o
comprimento do menor vão da laje dividido por 350 multiplicado pelo fator 2,5.
Para habilitar uma ferramenta de medição no Cype, clique no botão , introdução por coordenadas, para
ativar, depois clique no botão para marcar o início e leve o cursor do mouse até o outro extremo da laje
para obter a medida no campo dXY.
Vão = 3,55 m
Isso significa que a espessura da laje em 10 cm está ok, pois a deformação ao longo dos anos está menor que
o limite máximo normativo.
3. 1Projeto Vivienda
O projeto Vivienda foi obtido por busca aleatória na Internet. Não é um projeto completo na forma que deve
ser apresentado para aprovação na prefeitura e será usado neste capítulo para abordar o lançamento da
estrutura de concreto armado com a utilização do Cype. É uma casa composta de quatro pavimentos, sendo
um térreo com garagem, salas, cozinha, banheiro, lavanderia. Uma escada dará acesso ao segundo pavimento
onde teremos quartos, banheiros e sala, e mais um acesso de escada para a cobertura onde teremos uma área
de lazer. O quarto pavimento é apenas a laje da escada que chega na cobertura.
Vamos simular que o cliente interessado na construção do imóvel, contratou o arquiteto e na sequência um
engenheiro civil para desenvolver o projeto estrutural.
Projeto Vivienda
1
Aula online 09/2/2021
Como todo projeto em planta baixa, este também possui muitas informações que não são necessárias para o
lançamento estrutural, trazendo textos, desenho representando a posição de móveis, eletrodomésticos e
lavanderia. Precisamos do desenho da planta baixa bem limpo e simplificado para facilitar a visualização no
CypeCad.
Este desenho simplificado, no CypeCad, vai funcionar como um pano de fundo, uma máscara sobre a qual o
projetista estrutural pode trabalhar no lançamento da estrutura de concreto armado.
Usando o AutoCad, vamos selecionar e copiar apenas as partes de interesse da planta baixa para um novo
arquivo, salvando com um nome escolhido para importação no CypeCad.
A planta baixa copiada deve ser limpa, retirando cotas, mobiliário, textos, etc., mantendo apenas a posição de
paredes, portas, janelas e possíveis pilares previstos pelo arquiteto.
3- Como estamos trabalhando com o Cype na versão 2016, é necessário que o arquivo de AutoCad seja
salvo para versão 2016 ou anterior de Auto Cad.
4- Após a limpeza do desenho no AutoCad, execute o comando PURGE para limpar tudo que não está
sendo usado no desenho como layer, etc.
5- Para ajustar a origem no Autocad, basta selecionar o eixo cartesiano e arrastar para o ponto de origem
desejado na planta baixa.
Visto isto, use o botão Examinar para escolher a pasta ou crie uma nova pasta para que o novo projeto seja
salvo.
É uma boa prática nomear o novo projeto com uma marcação de revisão. Por exemplo, o nome escolhido para
este modelo foi Vivienda R00, onde a revisão R00 será incrementada a cada avanço do projeto. Isso é útil, pois
durante o trabalha de desenvolvimento pode ocorrer alguma falha grave e o arquivo do projeto ficar
corrompido impossibilitando sua abertura. Neste caso, tendo as versões anteriores não se perde todo o
trabalho.
Prosseguindo com o botão Aceitar, temos a tela de configuração inicial. São diversas configurações, como a
classe do concreto, os tipos de aço usados que serão abordadas no decorrer do curso dependendo da
necessidade de cada modelo e de forma bem prática. Lembrando que, quando necessário, podemos voltar
nestas configurações e alterar qualquer parâmetro.
3.2.2. Configurando para Norma NBR 6118:2014
Certificar que a Norma NBR6118 seja a versão 2014. Para isso, clique no botão Normas e faça o ajuste.
Neste ponto é emitido um alerta da não utilização de medidas para combater a ação do vento na estrutura.
Clique em aceitar, pois será visto mais adiante.
Para este modelo inicial, vamos assumir que já temos o ensaio de SPT e podemos trabalhar com uma
profundidade de 1,50 metros para base da sapata, onde a tensão admissível do solo é de 250 kN/m2. No
decorrer do curso iremos abordar os detalhes de como definir a profundidade e a tensão admissível do solo a
partir do ensaio de SPT e outros estudos de Geotecnia.
Para configurar a tensão admissível do solo, retorne ao menu Obra/Dados gerais e escolha a configuração de
fundação, alterando os campos Combinações fundamentais e Combinações sísmicas e acidentais para
0,25MPa.
O Cype trabalha com uma estrutura de abas fixas na parte de baixo da tela conforme visto abaixo.
Na aba Entrada de Pilares, informamos o número de pavimentos, a altura entre os pavimentos (pé direito) e
o fazemos o lançamento dos pilares. Na aba Entrada de pavimentos, faz-se o lançamento das vigas e das lajes
e nas demais abas temos os resultados dos cálculos feitos pelo software.
3.3.1. Configurando o número de pavimentos e suas alturas
Entrar com a seguinte sequência de comandos até a opção Independentes ou Agrupados entre si.
Após Aceitar as configurações anteriores, na nova janela que se abre escolha a opção Editar pisos para ajustar
a altura da cota do piso para que o Cype coloque o térreo na cota zero e, consequentemente, a base da sapata
fique a 1,5 m de profundidade.
Mude a cota do nível da fundação de 0,00 para -1,50
Se por algum motivo a caixa Piso e grupos foi fechada, use o menu Introdução/Pisos/Grupos para abrir
novamente.
Este desenho importado não pode ser modificado no CypeCad, pois fica apenas como uma máscara para
orientação dos lançamentos. Contudo, caso seja necessária alguma alteração no desenho da planta baixa,
poderá ser feito no AutoCad sendo atualizada no CypeCad de forma automática. Após a alteração no AutoCad,
o CypeCad identifica a modificação e pergunta se você quer atualizar para o modelo.
É importante conferir se as três plantas estão com
seus pontos de origem perfeitamente alinhados uns
sobre os outros. Usando o botão Editar vistas e
habilitando todas as vistas, certifique que estes
pontos estão sobrepostos no modelo.
Não existe uma regra para o lançamento das vigas. Hipoteticamente, o projetista pode lançar apenas quatro
vigas, uma em cada canto da casa, mas os grandes vãos vão exigir uma estrutura cara e desnecessária, e
possivelmente com vigas muito altas invadindo a posição das janelas e portas. O projetista precisa ter em
mente estas implicações que serão vistas no decorrer do curso.
Inicialmente o projetista pode iniciar com o lançamento dos pilares observando que os vãos fiquem em torno
de 3 a 4 metros, podendo ser mudados de posição, eliminados ou adicionados conforme a necessidade em
função dos cálculos.
Uma questão muito comum em pequenos projetos é o uso de pilares de 10 cm contradizendo a dimensão
mínima normativa. Do ponto de vista do Engenheiro, deve-se sempre seguir a recomendação da Norma, ou
seja, pilar com dimensão mínima de 14 cm e seção mínima de 360 cm 2 e com os cobrimentos conforme
exigidos em função da classe de agressividade.
O CypeCad, por padrão, aceita a menor dimensão até 12 cm, mesmo estando abaixo dos 14 cm exigidos pela
Norma.
Para este projeto vamos iniciar com pilares de 15x25 cm para que fiquem embutidos dentro das paredes. De
acordo com os resultados dos cálculos, podemos diminuir ou aumentar as dimensões para otimização do
projeto.
Para vigas, vamos iniciar com dimensões de 15x30 cm, lembrando que a Norma permite vigas de 12 cm ou,
ainda, 10 cm quando com controle rigoroso do concreto.
3.4.1. Lançando Pilar
Para lançar pilares “deitados” ou “em pé”, altere a dimensão do pilar entre 25x15 e 15x25 antes do
lançamento. É importante observar se os pilares não estão invadindo posições de portas e janelas nos demais
pavimentos, usando para isso o menu Vistas.
Para o lançamento do pilar P8 será necessário ligar a vista do 1º pavimento, pois no pavimento térreo não
possui um bom ponto de referência.
Para o lançamento das vigas nos pavimentos, precisamos avançar para segunda aba Entrada de Pavimentos,
localizada na parte inferior da página.
Nesta aba teremos novos botões de comando, como por exemplo o conjunto de setas para baixo
e para cima que permitem a navegação entre os pavimentos. Observe que a informação do pavimento
corrente aparece no canto inferior da página.
No pavimento térreo teremos piso lançado diretamente sobre o solo compactado. Neste caso não podemos
subir a alvenaria sobre o piso diretamente sobre solo, por isso foi preciso lançar as vigas V5, V13 e V14. Observe
que no primeiro pavimento estas vigas não são mais necessárias, pois temos laje maciça.
Em lajes maciças podemos ter paredes diretamente sobre a laje, bastando lançar a carga linear de parede nos
locais onde teremos paredes, para que o Cype inclua o esforço no cálculo.
A viga V11 foi colocada para servir de apoio para base da escada, pois pelo mesmo motivo da alvenaria, não
podemos apoiar a escada diretamente no piso sobre o solo compactado.
Observe que a viga V14 precisou ser estendida até a viga V2 para evitar torção na viga V3. Isto é necessário
porque vigas esbeltas não tem muita resistência à torção.
Após o lançamento das vigas, o CypeCad identifica a possibilidade de existência de laje inserindo uma
interrogação em um círculo amarelo para que o projetista faça a definição.
Ainda pode ser usado a opção Modificar inicio e fim para alterar apenas
com um clique sobre o pilar.
Ações: são influências externas que causam tensões e/ou deformações e podem ser permanentes, variáveis
e excepcionais
Solicitações: São os esforços decorrentes das ações, exemplo: Flexão, compressão, tração, cisalhamento, etc
O peso da alvenaria de vedação, as paredes, são cargas lineares e vamos iniciar seu lançamento no nível
térreo da edificação, avançando até a cobertura.
Consultando a Norma NBR 6120, na Tabela 2 – Alvenarias, página 17, em alvenaria de vedação (parede de
tijolo com reboco), encontramos o peso por metro quadrado da alvenaria construída com bloco cerâmico
vazado.
Vamos adotar para este projeto o tijolo de 9 cm de espessura com reboco de 2 cm em ambos os lados, cujo
peso conforme a norma é 1,6 kN/m2.
Para lançar o peso dessa alvenaria sobre a viga, temos que saber a altura da parede para calcular o peso
linear da alvenaria. Sendo o pé direito 2,9 m, descontamos a altura da viga de 30 cm, ou da laje de 10 cm.
kN
Peso Linear da Platibanda = (1 m) ∗ 1,6 = 1,6 kN/m
m2
Estando no pavimento térreo, no menu Cargas/Cargas lineares em vigas, configure o peso linear calculado
de 4,2 kN/m e clique em Acrescentar. Agora clique em todas as vigas que vão ter o carregamento da alvenaria.
Depois use o menu Cargas/Cargas – Mover para estender ou reduzir o alcance das cargas sobre a viga.
É uma boa prática do engenheiro, sempre que possível trabalhar a favor da segurança no lançamento de cargas
de paredes sobre viga, lançando carga mesmos nos trechos onde o arquiteto não previu parede. Isso porque
em uma eventual necessidade do cliente estender a parede, não será um problema para a estrutura.
No primeiro pavimento temos alvenaria sobre laje. Para este lançamento use o menu Cargas/Cargas – Nova,
configurando o valor para carga e a opção Linear.
Na cobertura temos a platibanda com um
metro de altura e vamos lançar a carga linear
como 1,6 kN/m. Apenas uma exceção no
entorno da saída da escada, onde a parede
sobe até a laje, sendo uma carga de 4.2 kN/m 2.
3.4.6.3. Sobrecarga
Para o primeiro pavimento, a carga permanente será o peso do contrapiso mais o revestimento. Na pág. 12,
tabela 4 da NBR6120-2019, encontramos para revestimento de até 5 cm um peso de 1 kN/m 2.
Para cobertura teremos revestimento com impermeabilização com manta asfáltica com espessura de 10 cm.
O peso previsto na norma para esta situação é de 1,8 kN/m2. Vamos adotar 2kN/m2, pois ainda teremos um
porcelanato sobre o revestimento.
Para o teto da saída da escada, temos apenas a impermeabilização sem revestimento, ou seja, carga de 1,8
kN/m2.
Tendo esta informação, vamos alterar os valores na tabela de carga de grupos, menu Cargas/Cargas grupo.
3.4.6.5. Peso da Caixa d’água na laje da saída da escada
Vamos adotar duas caixas d’água de 1000 litros para este projeto,
totalizando uma carga de 20 kN/m2. A área do teto da escada é de
3,80 x 2,10 = 7,98 m2, então temos uma carga de 2,5 kN/m2.
Terminado a construção do modelo da estrutura, com inclusão dos pilares, vigas e carregamentos, é o
momento solicitar ao CypeCad processar os cálculos da estrutura.
Caso o modelo construído contenha erros, como vigas posicionadas fora de pontos de apoio sem conexão,
cargas sem ponto de apoio, etc, o CypeCad interrompe o processamento e emite relatórios para que o
projetista possa efetuar as correções.
Após o processamento, caso o CypeCad não encontre erros no modelo construído pelo projetista, será
apresentado o relatório com os elementos onde a estrutura não passa na verificação dos esforços.
Neste ponto, o projetista concluiu o trabalho de modelagem da estrutura e a partir de agora pode concentrar
os esforços para resolver os erros de dimensionamento e na otimização para obter economia de material e
uma melhor trabalhabilidade para o carpinteiro e armador na montagem das formas e armaduras da
estrutura.
3.5.1. Análise geral do processamento
No pavimento térreo temos a viga V3 com problema. Para ver o detalhamento, use o menu Vigas/Paredes –
Editar Vigas e clique na viga com problema. Passando o cursor do mouse na indicação do erro sobre a viga,
temos uma prévia do tipo de erro informando que não passa na flecha ativa.
Clicando no botão Verificações ELU e ELS no ponto desfavorável, temos o detalhamento onde vemos que
a deformação está em torno de duas vezes o máximo. Provavelmente a solução para esta viga será aumentar
a seção.
Subindo para o primeiro pavimento temos a viga V15 com problema de flecha. Como a deformação não está
muito acima da máxima (12 para 9), podemos tentar alterar um pouco a armação, pois em alguns casos isto é
suficiente.
Na cobertura temos também a viga V15 com problema de flecha, semelhante a viga do pavimento anterior.
Ainda é possível otimizar um pouco mais, trocando as barras de 6,3 por duas de 10mm, facilitando ainda mais
o trabalho do armador.
Ainda é possível aumentar a altura da viga para padronizar com a viga V15 da cobertura.
Na cobertura, a viga V15 está com mais carga em relação a viga V15 do 1º pavimento por causa o peso adicional
de impermeabilização e do revestimento de porcelanato, por isso aumentar a armação não será suficiente.
Nesse caso teremos que aumentar a seção da viga para 15x40cm.
No térreo não é muito prático aumentar a altura da viga V3, porque ela está apoiada na viga V12 e vamos ficar
com um desnível entre estas vigas, mas podemos aumentar a sua largura de 15 para 20 cm e também
aumentar a taxa de armadura.
Mas temos uma particularidade que podemos lançar mão para justificar que essa deformação é apenas um
resultado de cálculo do programa e não vai acontecer na prática. Isto porque trata-se de uma viga baldrame
que está apoiada em solo compactado, servindo como um apoio para viga.
Para dimensionar uma escada devemos acionar o botão Escadas e escolher a opção Novo núcleo de escada.
2
Aula online 11/02/2021
Agora vamos para aba Tramos para configurar o desenho da escada. Clicamos no botão para adicionar um
novo elemento e depois no botão Editar para mudar de escada reta para escada de dois lances.
Vamos editar os diversos itens da escada com os seguintes valores do quadro abaixo onde:
O primeiro lance tem 7 degraus, mais os três degraus no patamar e mais 7 degraus no segundo lance,
totalizando os dezesseis degraus, vencendo os 2,90 metros de piso a piso. Também ajustamos para 0,10 a
largura de bomba da escada e a largura entre os lances.
Agora está tudo pronto para lançar a escada no local da edificação e para isso vamos seguir com a seguinte
sequência de procedimentos.
Observações:
Também não é necessário ter uma viga para suportar o patamar da escada, basta uma pequena parede de
tijolo comum para apoiar a escada, pois é muito mais prático que a construção de uma viga.
3.6.2. Vendo o detalhamento da escada
Clicando no botão escada e acionando a opção ver detalhamento, clicamos na escada e teremos todo o
detalhamento para construção da escada.
Para o projeto Viviendas, no Estado do Rio de Janeiro, vamos usar 35 m/s, pois estamos entre as linhas 30 e
35 m/s.
Estes valores de categoria e classe do vento são obtidos da tabela da norma NBR 6123, que considera a
rugosidade do terreno.
Temos 5 categorias descritas no item 5.3.1 da norma. Para o projeto Viviendas, o enquadramento é na
categoria IV, que são terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona florestal,
industrial ou urbanizada.
Também temos três classes, que estão relacionadas com a maior dimensão da estrutura, descrita no item 5.3.2
da norma. As dimensões são até 20 m, entre 20 e 50 m e acima de 50, sendo as classes A, B e C
respectivamente.
Para o projeto Viviendas, nenhuma das três dimensões é maior que 20 m, sendo uma estrutura classe A.
São coeficientes que consideram a topografia do terreno no local da construção, que veremos adiante em
capítulo específico para o item 5.2 da Norma. Para este projeto vamos considerar o fator topográfico igual a 1
em todas as direções, parte plana das cidades.
O coeficiente de arrasto é a pressão do vento nas direções x e y, que são os campos Ação do Vento x e y no
Cype. Os valores são positivos e negativos, para indicar os dois sentidos possíveis em cada eixo.
Na página 20 da norma NBR 6123 encontramos o ábaco que precisamos usar para calcular os coeficientes de
arrasto conforme veremos a seguir.
• y = 8,6
• x = 7.30
• h = 5,80 m
• l1 = y e l 2 = x
• l1 = x e l 2 = y
l2 = x = 7,30 e l1 = y = 8,60
l2 = y = 8,60 e l1 = x = 7,30
O coeficiente de arrasto é a curva que mais se aproximar do cruzamento das linhas l1/l2 e h/l1, no caso, a curva
Cy = 1,0.
3.7.1.7. Configuração do vento para o projeto Vivienda
Com o processamento após inserir as ações do vento, foram verificados alguns erros de dimencionamento.
No erro do primeiro pavimento, bastou retirar o cadeado da otimização anterior e recalcular o portico. Isto
aconteceu porque foi colocado o cadeado após a otimização e o Cype não pôde colocar as armaduras
necessárias com a ação do vento.
O outro erro aconteceu no pavimento cobertura, com duas vigas com devormação excessiva. Neste caso,
como a deformação era pequena, bastou aumentar um pouco o diâmetro das barras para melhorar a rigidez.
A seguir vamos otimizar as armaduras com o propósito de reduzir a quantidade de cortes e, por consequência,
reduzir o trabalho do armador na obra.
Também vamos otimizar as sapatas com o propósito de reduzir o número de sapatas com tamanhos
diferentes, pois isto facilita o trabalho na obra e evita erros e retrabalho.
3.8.1. Otimizando as sapatas de fundação
No menu Obra/Dados gerais – Fundações, configuramos que a tensão admissível do solo da obra é de
250kN/m2. Após o processamento, o Cype calculou e definiu as dimensões das sapatas de acordo com a carga
que chega em cada pilar e com a resistência admissível do solo, chegando à área de base necessária para cada
sapata.
Para trabalhar a otimização das sapatas, devemos acessar a aba resultados do CypeCad e utilizar as setas para
descer até o nível da fundação. Depois, no menu Fundação/Elementos de fundação escolhemos a opção
Editar e clicamos na sapata do pilar P1.
No lançamento das fundações, deixamos todas as sapatas com dimensões de 100x100 cm e após o
processamento, o CypeCad calculou a carga que chega de cada pilar sobre as sapatas e tendo a tensão
admissível do solo, o programa ajustou as dimensões da sapata conforme a necessidade, calculando a área
necessária para resistir ao esforço.
Por isso, como já mencionado, o projetista não pode abrir mão de ter o ensaio de SPT e o cálculo da tensão
admissível do solo, pois este é um dos parâmetros que o
CypeCad usa para dimensionar as sapatas.
P2 → Alterar de 85x85cm para 90x90cm. Para isto, no menu Fundação/Elementos de fundação usamos a
opção Editar e clicamos na sapata do pilar P2. Depois usamos o botão Geometria, para alterar a largura da
sapata para 90 cm.
P1, P3, P9, P10, P11 → Igualar à sapata P2. Para isto, no menu Fundação/Elementos de fundação usamos a
opção Igualar e clicamos na sapata do pilar P2 para copiar e depois nas sapatas P1, P3, P9, P10, P11, para que
elas fiquem com dimensões e dimensionamentos iguais à sapata P2.
Caso o projetista queira uma padronização ainda maior na obra, entendendo que isto vai compensar o
aumento de gasto de concreto e aço, poderá igualar mais sapatas, lembrando sempre de fazer a verificação
dos requisitos mínimos usando o botão Verificação.
Abrindo o editor de vigas podemos notar que existe apenas uma curva de momento. Temos uma envoltória
de momentos com duas curvas. Isto acontece quando estamos aplicando a carga de vento que são esforços
horizontais variáveis. As combinações dos esforços do vento com os esforços verticais geram momentos
variáveis na viga, com um máximo e mínimo indicados pelas envoltórias. O Cype vai armar a estrutura para
resistir a todos estes esforços em todas as combinações.
A seguir temos um exemplo de modelo calculado com e sem a ação do vento, demostrando como as curvas
de momento são alteradas. Perceba que o Cype aplica a carga de vento e plota uma envoltória de momentos,
pois a carga de vento é variável.
Não existe nenhum problema com a armação da viga V1, mas podemos observar que foram usados vários
cortes e diferentes diâmetros de barras. O processo de corte é um passo a mais na montagem da armadura e
consome tempo e recurso. Caso o engenheiro projetista entenda que um gasto maior de aço vai resultar um
uma redução de gasto na obra que compense, pode lançar mão dos procedimentos a seguir para modificar a
armação.
Como o objetivo é reduzir o número de cortes, podemos pensar em manter na armação superior apenas duas
barras ao longo de toda a viga, incluindo as dobras, e uma barra de reforço para o momento negativo na parte
central da viga.
Depois vamos apagar as barras 1∅6.3 C=165, a 2∅5 C=145, e a outra 2∅5 C=145, usando o botão .
Para alterar o comprimento mínimo vamos acionar o menu Obra/Dados gerais, depois vamos acessar a
configuração de Aço com o botão . Na janela seguinte, acesse a configuração Em Vigas, acesse
Dimensionamento /Verificação, nos botões Armadura Positiva e Armadura Negativa, altere o comprimento
mínimo no botão Comprimento dos ganchos.
Nesta configuração vamos alterar o comprimento mínimo para 20 cm e dessa forma o Cype só vai usar duas
dobras onde for necessário por resultado dos cálculos de ancoragem mínima.
Feito isto, basta acionar o botão , Armaduras longitudinais e na caixa de ferramentas que se abre, escolher
a ferramenta de edição , clicar sobre o número que indica o comprimento da dobra e alterar para 20 cm
conforme ilustrado a seguir.
3.8.2.2. Otimizando a viga V2
Na parte inferior da viga V2 não temos opções de otimização, pois alterar para duas barras de 10mmcom o
propósito de eliminar a barra de reforço traria um grande custo adicional de aço.
Na parte superior temos algumas opções, juntando e eliminando barras para redução do número de cortes.
Vamos juntar e eliminar barras de forma a ficar apenas com um reforço no pilar da esquerda e um reforço
no pilar central, mais as duas barras ao longo de toda a viga.
Uma observação a ser feita é que não é possível unir barras de reforço com barras de base. Antes é
necessário editar, modificando alguma para base ou reforço.
Para a viga V3 não será necessária a otimização, pois as disposições já estão boas. Como visto anteriormente,
temos um erro de flecha, mas como esta viga está apoiada no solo compactado, vamos ignorar este erro, pois
o programa não leva em conta o apoio no solo.
Para a viga V4 podemos fazer algumas modificações. Na parte inferior vamos mudar as duas barras de 8mm
para duas de 10mm e excluir a barra de reforço.
Na parte superior, vamos unir as barras, excluindo o porta estribo e mantendo o reforço do lado esquerdo,
todas as barras de 10mm.
Para viga V6 vamos mudar para barras de 10 mm e apagar os reforços, mantendo apenas o reforço da direita
superior. , pois não é uma boa otimização estender uma barra de 10 mm por toda a viga onde não precisa.
Nesta viga vamos apenas excluir o reforço e aumentar o diâmetro de 6.3 para 10 mm.
Mesmo procedimento, alterando diâmetros e excluindo reforços. Um detalhe são os estribos à esquerda com
16 cm e à direita com 15 cm. Vamos apagar o lado esquerdo que o Cype prolonga o espaçamento de 15cm.
3.8.2.11. Otimizando a viga V11
Nada a ser feito, pois já está com otimização máxima. Apenas vamos alterar
a dobra para 20 cm
A viga V12 é longa e tem possibilidade de várias otimizações. Na parte inferior vamos deixar apenas duas
barras de 8 mm. Na parte superior podemos mudar tudo para duas barras de 10 mm.
Também vamos alterar os estribos, ficando todos com espaçamento de 15 cm, para isto basta apagar a
seção com estribos de 16 que o Cype prolonga os estribos de 15 cm.
Para viga V15 vamos deixar duas barras de 10 mm na parte inferior, alterar o reforço de 12 para 10 mm e
excluir as demais barras.
Na parte superior temos um reforço com barras de 12 mm que vamos eliminar. A ideia é deixar duas barras
de 10mm na direita com mais duas barras de 10mm como reforço na segunda camada. No lado esquerdo
podemos colocar 3 barras de 10 mm e manter o porta estribo de 5mm. Para o erro que aparece de cortante,
vamos reduzir o espaçamento do estribo para 15 cm.
3.8.3. Otimizando as Vigas do primeiro pavimento
A otimização das vigas do primeiro pavimento segue o mesmo procedimento aplicado ao Térreo, com os
mesmos objetivos de reduzir o tempo de mão de obra do armador.
Para viga V1 podemos apenas mudar a barra de 8mm para 10mm e apagar o reforço e reduzir a dobra de 25
para 20 cm, lembrando de colocar o cadeado no final para que o Cype não altere.
Para viga V2 vamos mudar para 2 barras de 10mm no negativo e no positivo, apagando as barras de reforços
e o porta estribo.
3.8.3.3. Otimizando a viga V3
Vamos colocar duas barras de 10 mm na parte inferior. Na parte superior vamos tentar usar 3 barras de 10
mm na esquerda e 4 barras de 10 mm no centro para não precisar usar barras de 12,5 mm. A menos que
apareça mais necessidade de barras de 12,5 em outras vigas, devemos evitar entrar com barras de 12,5 na
obra.
O gráfico de área de
armaduras mostra uma taxa
quase no limite e por isso não
foi possível retirar as duas
dobras no lado direito das
barras superiores.
Possivelmente, os esforços
calculados pelo Cype, nos
modelos dos alunos, podem
ficar ligeiramente diferentes
em função de pequenas
diferenças nos lançamentos
das cargas. Nestes casos o
Cype pode apresentar um erro
de dimensionamento.
Para viga V4, nas barras positivas vamos retirar o reforço e alterar para duas de 10 mm. Na parte superior
vamos alterar para apenas duas barras de reforço de 8 mm e manter as barras porta estribo.
Para viga V5 vamos trabalhar com duas barras de 10 mm na parte inferior e um reforço na parte central. Na
parte superior, uma possibilidade é estender três barras de 10 mm por toda viga e colocar uma segunda
camada de reforço nos lados esquerdo e direito, onde temos momentos.
3.8.3.6. Otimizando a viga V6
Seguindo o mesmo raciocínio de manter um menor número de cortes, vamos colocar barras de 10 mm
apagando as barras de reforço.
3.8.3.9. Otimizando a viga V9
Para viga V9 vamos colocar duas barras de 10 mm para os momentos positivos e duas barras de 8 mm para os
momentos negativos.
Seguindo o raciocínio, vamos alterar para barras de 10 mm apagando reforços, exceto na parte superior, onde
vamos manter o porta estribos, pois não temos nenhum momento negativo na região direita da viga.
3.8.2.11. Otimizando a viga V11
Vamos alterar apenas na parte superior, trocando para barras de 10 mm e apagando o reforço.
A viga V13 é longa e está com muitos cortes e até uma barra de 12.5 mm. Vamos alterar deixando apenas
barras de até 10 mm
Um erro que pode acontecer é quando deixamos a disposição das barras de forma assimétrica. Por exemplo,
a barra de reforço de 8 mm ficou na segunda camada, apenas de um lado da viga como vemos no detalhe do
corte. Devido a assimétrica da taxa de armadura, o Cype calcula um estado limite de ruptura e para solucionar
devemos passar a barra para a primeira camada, ficando centralizada entre as barras de 10 mm.
Uma outra possibilidade é estender as barras de 10 mm também na parte superior, eliminando o porta
estribos. Porém isso vai implicar em um consumo adicional de quase 4 metros de barras de 10 mm.
Para viga V15 vamos fazer algumas alterações seguindo o mesmo raciocínio de reduzir cortes e diversos
diâmetros das barras.
Como não está interessante usar barras de 12,5 mm, vamos trocar estas barras por diâmetros de 10 mm e
unificar ao longo de toda viga quando possível. Uma otimização possível seria como mostrado a seguir.
Uma dificuldade nesta viga esta na extremidade direita onde deixamos uma diferença de altura da viga na
parte em balanço.
Podemos igualar toda viga, mas isto vai deixar um degrau entre esta viga e a próxima. Após igualar, será preciso
recalcular o modelo para que o Cype considere as novas dimensões.
O processo é uma repetição dos procedimentos anteriores e para não ficar redundante, a partir deste ponto
vamos ilustrar apenas as vigas que apresentem algum detalhe ainda não visto nas otimizações anteriores.
3.8.5. Otimizando o comprimento do arranque das sapatas
Após escolher a opção Editar, clicamos em algum pilar e uma nova tela será exibida apresentando todos os
pilares e suas informações.
Os detalhes dessa janela serão abordados no decorrer do curso. Por ora vamos abordar apenas os
procedimentos para alterar o comprimento da barra de arranque da sapata. Para isto vamos acionar a
segunda aba Edição sobre quadro de pilares.
Vamos seguir uma sequencia de emissão de plantas de acordo com o cronograma da obra, ou seja, primeiro
as fundações e na sequencia os pilares, vigas e lajes.
Para preparar as plantas de locação para enviar ao cliente, de forma que ele possa iniciar a obra é necessário
inserir os eixos de locação na aba Entrada de Pilares. Para isto, estando na aba Entrada de pilares, usamos o
menu Introdução/Linha de referência, opções - Introduzir linha horizontal ou Vertical.
Iniciamos com as linhas horizontais, nomeando de forma alfabética, A, B, C, etc. e clicando próximo do
pontinho preto que indica o ponto fixo. Dessa forma, as linhas horizontais vão passar exatamente nestes
pontos. Depois inserimos as linhas verticais, nomeando de forma numérica.
Agora que as linhas horizontais e verticais foram inseridas, podemos iniciar a elaboração das plantas clicando
no botão Configuração e acessando o menu Desenhos para
ajustar o tamanho do papel. Neste primeiro momento podemos
deixar apenas o tamanho A1, pois é o melhor tamanho de papel para
trabalhar em obra.
Usando o botão . Vamos inserir o detalhamento das fundações neste mesmo papel.
Por exemplo, no escritório LBastos é usado um padrão do tipo número da obra _ número do desenho _ nome
da obra _ tipo de desenho _ revisão. Neste caso, 01_01_Viviendas_Locação e Fundação_R00.
O tipo de letra padrão do Cype exige uma impressora com cabeçotes em perfeitas condições, pois usa a fonte
Romans que possui linhas muito finas. É possível configurar o Cype para usar um tipo de letra com um estilo
mais encorpado, como por exemplo a fonte Arial.
Com a linha DWG selecionada, use o botão Editar elemento selecionado na lista para alterar o tipo de letra
de romans para arial. (usar letras minúsculas)
Após estas modificações, é necessário repetir os processos anteriores para gerar os desenhos com o novo tipo
de letra.
O Cype possui uma biblioteca de desenhos genéricos que podem ser acessados pelo projetista para adicionar
ao desenho de planta. Escolha um dos desenhos da lista de pranchas e uso o botão Editar elemento
selecionado na lista. Na janela que se abre, clique no botão Det. Típico no canto inferior esquerdo para acessar
a lista de elementos genéricos disponíveis com o botão
Escolha Desenho de vigas, configure Seleção de grupo e escolha de térreo até térreo e configure escala 1/50.
Vamos repetir o mesmo procedimento anterior, mas dessa vez já temos um desenho de viga e vamos partir
deste desenho para adicionar o desenho das vigas do 1º pavimento.
Acione o botão de Desenhos e dê um duplo clique na linha do desenho de vigas, onde vamos adicionar os
desenhos do primeiro pavimento.
Temos quarto tipos de armaduras para lajes. As longitudinais superior e inferior e as transversais superior e
inferior. Por isso, precisamos gerar quatro desenhos de lajes, um para cada combinação.
Escolhendo o Tipo de desenho, Desenho de plantas, vamos gerar os quatro desenhos para laje do primeiro
pavimento, escolhendo grupo 2 a 2, e marcando Tabela de ferros e de resumo.
Utilizamos procedimento semelhante aos anteriores para gerar os desenhos de fôrmas e na opção Tipo de
desenho, agora escolhemos Desenho de fôrma.
Algumas cotas, textos dos nomes dos elementos ficam sobrepostos no desenho dificultando a visualização.
Nestes casos é possível editar o desenho do Cype usando o botão Editar desenho.
Ao clicar neste botão será aberta uma nova janela onde os textos podem ser movimentados arrastando com
o mouse.
Embora o Cype tenha este recurso, é mais prático fazer esta otimização de sobreposição de textos no
AutoCad, pois os recursos são mais práticos.
3.9.7.2. Inserindo cortes ou cotas
Feitos os cortes ou cotas, eles serão exibidos nos desenhos das pranchas.
O AutoCad possui uma ferramenta específica para conversão de cores e espessuras do projeto para a
impressão. Isto significa que podemos definir quais corres e espessuras serão impressas, independente das
cores que foram utilizadas pelo projetista. Esta função é importante para ajustar a impressão com a
capacidade da impressora ou plotter usada.
Outra opção é usar o arquivo CTB Monocromático, já disponível por padrão no AutoCad, que fornece bons
resultados quando não for exigido um padrão muito alto de impressão.
É muito comum usar arquivos em PDF para enviar os desenhos para uma empresa especializada em plotagem.
Dessa forma não há necessidade de configurações adicionais no momento da impressão e os desenhos dos
arquivos não podem ser alterados.
Para gerar um arquivo de desenho do AutoCad em PDF usando um CTB podemos usar o menu Print/Plot ou
usar o ícone de atalho na barra superior do AutoCad.
Vamos usar os seguintes procedimentos:
• É necessário ter um gerador de PDF instalado, como PDFCreator para ter opção de tamanho de
papel A0, A1 e A2;
• Escolher um tamanho de papel;
• Desmarcar Fit to paper, para o desenho não ficar fora de escala;
• Usar Window para selecionar a porção do desenho CAD que será impressa;
• Usar Landscape;
• Escolher um arquivo CTB;
• Clicar em Preview para visualizar o arquivo que será gerado.
• Clicando em OK, o programa pede a definição de um nome e local do arquivo.
O arquivo gerado pelo Cype possui as Layers padrão do programa. Podemos alterar estas Layers ou alterar a
configuração do arquivo CTB.
Assim, para identificar a Layer de uma linha e fazer sua alteração podemos usar os seguintes procedimentos:
Vamos ajustar todos os textos para amarelo, com uma espessura um pouco mais forte.
Também vamos mudar o contorno das vigas, pois ficaram muito apagados;
Lembrando que qualquer outra Layer pode ter sua cor modificada para apresentar uma espessura adequada
com o CTB.
3.11. Lajes
No primeiro pavimento, diferente do térreo onde teremos o piso direto sobre o solo compactado, temos a laje
do tipo maciça e neste capitulo vamos ver as armações e possíveis otimizações.
As cores podem ser alteradas e são uma forma de visualizar o diâmetro das barras por código de cores
diretamente na tela.
O aluno pode experimentar as outras combinações como Longitudinais Superior, Transversais Inferior e
Superior ou ainda todas.
No exemplo anterior, onde as barras longitudinais inferiores foram apresentadas, podemos ver que o Cype
calculou 22 barras com diâmetro de 5 mm com um espaçamento de 13 cm. Não há nada errado neste
dimensionamento, exceto pelo fato que não está otimizado para o trabalho do armador, pois terá que amarrar
22 barras a cada 13 cm.
Da mesma forma que em vigas, o Cype possui uma tabela de diâmetros de barras que serão usadas para o
cálculo das lajes. Podemos alterar estas tabelas, por exemplo, retirando da lista as barras de 4.2 ou 5 mm.
Dessa forma o Cype não usará estes diâmetros. Isto força o programa a usar barras mais grossas e
consequentemente com um espaçamento maior.
Esta configuração também é essencial quando o cliente não possui, ou por falta no mercado, não estão
disponíveis alguns diâmetros de barras para o uso na obra.
O modelo precisa ser recalculado para que os novos diâmetros de barras sejam usados.
3.11.3. Retirando ou inserindo diâmetros de barras para lajes na tabela de aço do Cype.
Como fizemos em vigas, no menu Obra/Dados gerais, na seção de Aço temos o botão de atribuição de
elementos. Acionando este botão, entramos nas ferramentas para alteração das tabelas das bitolas de aço
que podem ser usadas. Temos a opção de alterar tanto par as barras superiores quanto para as barras
inferiores de forma independente.
Fazemos isto clicando no botão ao lado direito dos tipos Negativos e Positivos.
Neste momento o Cype mostras os diâmetros que estão em uso e também podemos entrar com as alterações
clicando na barra de diâmetros utilizados, desabilitando o diâmetro que não será usado e clicando em Aceitar.
O processo inverso não é trivial como simplesmente selecionar novamente os diâmetros que foram retirados.
Podemos até selecionar novamente os diâmetros que foram excluídos que eles serão mostrados na barra
Diâmetros usados, mas eles não entram efetivamente na tabela que será usada pelo Cype no
dimensionamento.
3.11.4. Editando manualmente o diâmetro das barras das armaduras das lajes
Podemos editar o diâmetro e o espaçamento das barras das armaduras das lajes, mas é preciso um maior
cuidado em relação ao que fizemos na otimização de vigas. Isto porque o Cype não verifica se os valores
editados manualmente atendem aos esforços na laje.
Mais adiante vamos estudar como fazer este cálculo. Por ora vamos utilizar a planilha de cálculo de
equivalência de barras disponibilizada para este fim.
3.11.4.1. Utilizando a planilha de equivalência de barras
Na primeira aba da planilha temos um índice para os diversos cálculos que podem ser encontrados. Vamos
utilizar o botão Seções de Aço para encontrar equivalência de barras.
Na opção Para lajes colocamos os diâmetros e espaçamento na 1º opção e os valores desejados na 2º opção.
A planilha calcula á área total de aço em cm2/m.
Tudo que temos que fazer é encontrar na 2º opção, um espaçamento que resulte em uma área de aço igual
ou ligeiramente superior ao da 1º opção.
Para fazer a alteração do diâmetro e espaçamento no Cype, vamos no menu Lajes maciças/nerv-Modificar
armaduras – Alterar agrupamento. Clicar sobre a linha vermelha que representa a barra e alterar o diâmetro
e espaçamento para ∅6,3c/20 e clique em aceitar.
Assim editamos o diâmetro da barra e o espaçamento de acordo com a equivalência de área de aço. O
complicador aqui é que o Cype não verifica se a nova área de aço editada atende aos esforços e o projetista
deve tomar muito cuidado para não errar nestas modificações.
Observe que este método é bom para editar algumas poucas barras quando necessário, mas para editar uma
grande quantidade de barras ou mesmo de toda a obra, a opção do item 3.11.3. Retirando ou inserindo
diâmetros de barras para lajes na tabela de aço do Cype.é, de longe, a mais indicada, pois todos as dimensões
e espaçamentos serão calculadas pelo programa.
Esta otimização deve ser feita em todas as lajes onde o Cype separou grupos
de barras com mesmo diâmetro e espaçamento.
O Cype faz uma ancoragem mínima das barras de armadura da laje dentro da viga. Para evitar erros na obra,
uma boa prática é aumentar esta ancoragem. Isto é feito porque as barras serão cortadas no comprimento
indicado pelo Cype (C=370 no exemplo) e na obra pode acontecer pequenos erros no posicionamento
prejudicando a ancoragem.
Como foi visto no item 3.2. Iniciando um novo projeto no CypeCad do projeto Viviendas, vamos iniciar um
novo projeto, menu Arquivo/Novo... e carregar as máscaras no CypeCad e iniciar os procedimentos de
dimensionamento.
Vamos continuar usando concreto de 30 MPa e manter a tensão admissível do solo em 0,200 MPa, menu
Obra/Dados gerais.
Por fim ajustamos a cota da fundação para 1,2 m, que é a profundidade da base da sapata.
Agora vamos carregar as duas máscaras, botão Editar máscaras e depois no botão Acrescentar novo
elemento à lista , para escolher e carregar os arquivos de CAD no Cype.
O Cype aceita seleção múltipla, então podemos selecionar o térreo e o primeiro pavimento para carga
simultânea.
Use o botão Editar vistas para habilitar todas as vistas e certificar que os pontos
fixos estão sobrepostos no modelo. Isto é importante, pois as máscaras devem estar
perfeitamente sobrepostas.
4.2. Lançando pilares
No caso do pilar P2 vivos que ele não pode ter uma prumada constante do térreo até a cobertura. Vamos fazer
uma transição no segundo pavimento de forma que o pilar inicia (nasce) na fundação e termina (morre) no
térreo. Um novo pilar, deslocado para direita sobre uma viga de transição
vai nascer no térreo e morrer na cobertura.
Para executar este lançamento temos que editar o pilar P2, informando ao
Cype que ele morre no segundo pavimento. Depois, vamos lançar um outro
pilar (P13), iniciando mais à direita, começando no segundo pavimento e
terminando na cobertura. Também temos que marcar a opção Sem
vinculação exterior.
Temos que usar a mesma solução para o pilar P10, fazendo ele morrer no térreo e lançando um novo pilar
mais à direita.
Na arquitetura temos muros na frente e nos fundos da casa e precisamos lançar mais alguns pilares para dar
suporte às vigas baldrame que servirão de base para estes muros. Estes pilares nascem na fundação e morrem
no térreo e vamos configurar o lançamento do pilar dessa forma.
Como já visto no item 3.4.2. Lançamento de Vigas, vamos lançar as vigas do térreo e do segundo pavimento,
ficando o lançamento inicial conforme figuras a seguir.
Para o segundo pavimento, use o comando copiar no menu Grupos/Copiar de outro grupo e depois apague as
vigas dos muros.
Os pilares P19 e P20 não podem ser girados, pois ficariam para fora da parede e no
caminho da porta. Porém, como teremos uma viga entre estes pilares para suportar
o peso da parede neste local, este problema será naturalmente eliminado. Faremos
isso prolongando a viga do pilar P15 até o pilar P19. Com isso podemos apagar a viga
entre os pilares P6 e P9.
Na laje entre os pilares P20, P10, P12 e P13 temos que lançar mais vigas para suportar as paredes. Vamos
lançar apenas para os dois trechos maiores de paredes. A pequena parede do banheiro nos vamos forçar um
cálculo sobre a laje pré-moldada, pois é uma carga bem pequena.
Com o lançamento dessas duas vigas, podemos apagar a viga do P12 ao P13, pois não será mais necessária.
De acordo com o projeto de arquitetura, a escada possui 15 degraus para vencer uma altura de 2,80 metros.
Assim, cada degrau sobe 18,6 cm e temos três degraus logo abaixo da viga. Isso resulta em uma distância de
1,94 m entre o topo do terceiro degrau e a parte inferior da viga e isso é pouco para uma pessoa mais alta.
Uma solução para isso é conversar com o arquiteto e estudar a possibilidade de deslocar esta abertura na laje,
30 cm para direita. Assim teremos uma altura de 2,20 m entre o segundo degrau e a parte inferior da viga.
Uma outra solução seria usar laje maciça com borda livre no local da viga sobre a escada. O lançamento de
uma viga de borda livre é igual ao lançamento de vigas retangulares, apenas alteramos a família e o tipo de
viga. Não vamos usar esta solução pois o escopo deste projeto é usar laje pré-moldada.
O Cype não possui um catálogo de lajes pré-fabricadas no cadastro, por isso vamos, primeiro, cadastrar uma
laje de vigota para utilizarmos no nosso modelo.
No campo Referência é uma boa prática padronizar os nomes, por exemplo, incluindo a espessura da laje no
nome;
A medidas a, b, c e d são características da laje conforme os padrões usados no mercado de engenharia civil.
Observe que o desenho do Cype está um pouco confuso para a Largura da nervura (d), mas neste campo
preenchemos com a largura da vigota (12 cm);
A Largura longitudinal é a largura do tijolo, medido na parte inferior, excluindo as “dobras” de encaixe na
vigota;
O Incremento da largura da nervura será usado (três) para blocos de concreto e (zero) para os demais tipos
(cerâmica, isopor, recuperável).
O Lançamento é feito clicando na área da laje e depois na viga do menor vão, para informar o Cype a direção
das vigotas.
Caso seja necessário, o alinhamento de vigotas de lajes adjacentes pode ser feito com o comando Alterar
ponto de passagem, no menu Lajes/Dados de Lajes. Clique em uma vigota e depois da vigota adjacente para
que o Cype faça o alinhamento.
4.4.1. Lançamento da laje na região da escada
Vimos no item 4.3.2. Altura entre os degraus da escada e a viga do andar superiorque temos um problema de
altura entre o terceiro degrau e a viga sobre a laje, cujas soluções já abordadas foram um rearranjo da
arquitetura em acordo com o arquiteto ou a utilização de bordo livre com laje maciça.
Como o escopo desse capítulo é trabalhar somente com lajes pré-moldadas, vamos adotar uma solução de
bordo livre para vigotas, escolhendo a opção Nervura não estrutural. Então procedemos normalmente com o
lançamento.
Para cobertura vamos copiar todos os lançamentos feitos no segundo pavimento. O único ajuste necessário
será na laje sobre a escada, pois não teremos mais a abertura. Então vamos apagar a viga de bordo livre para
estender a laje até o canto esquerdo.
O processo de apagar vigas que separam uma laje de uma abertura é feito em dois cliques, um sobre a viga e
outro sobre o lado que se deseja manter, para informar ao Cype se é para estender a laje ou a abertura.
Como já visto no item 3.4.6. Carregamentos na estruturapara edifícios residenciais vamos consultar a Norma
NBR 6120:2019. Lembrando que o piso será sobre o solo compactado no térreo e os valores de sobrecarga e
carga permanente não se aplicam.
Uma observação que pode ser feita é que os valores normativos são recomendações de valores mínimos e
não há nenhum impedimento para o engenheiro projetista usar valores mais favoráveis à segurança.
4.5.1. Sobrecarga
Para o segundo pavimento temos quartos e sanitários, sendo a sobrecarga de 1,5 kN/m 2 conforme pág. 20,
tabela 10 da norma.
Para a cobertura teremos um telhado colonial de madeira e cerâmica, sendo a sobrecarga de 1 kN/m 2
conforme pág. 19, tabela 10 da Norma, quando o acesso for apenas para manutenção.
Para o segundo pavimento vamos trabalhar com revestimento de piso com 5 cm de espessura, sendo o valor
1,0 kN/m2 conforme pág. 12, tabela 4 da Norma
Para a cobertura de telhado colonial de madeira e cerâmica, o peso próprio de 0,85 kN/m2 conforme pág. 13,
tabela 6 da Norma.
4.5.3. Possibilidades de futuras cargas adicionais na obra
Para efeito de exercício, vamos imaginar que o cliente queira fazer uma ampliação futura, transformando a
cobertura em uma área de lazer. Assim será necessário prever um revestimento e sobrecarga adicional para
estrutura.
Agora a sobrecarga será um pouco maior, pois se caracteriza área de uso comum, sendo 3,0 kN/m2 conforme
a norma.
O peso próprio será o revestimento de 1,0 kN/m2, mais 0,85 kN/m2 do peso do telhado colonial, resultando
em 1,85 kN/m2.
Agora vamos configurar a tabela de cargas de grupo no Cype usando o menu Cargas/Carga Grupo conforme
segue.
Consultando a Norma NBR 6120, na Tabela 2 – Alvenarias, página 11, em alvenaria de vedação (parede de
tijolo com reboco), encontramos o peso por metro quadrado da alvenaria construída com bloco cerâmico
vazado.
Vamos adotar para este projeto o tijolo de 9 cm de espessura com reboco de 2 cm em ambos os lados, cujo
peso conforme a norma é 1,6 kN/m2.
Para lançar o peso dessa alvenaria sobre a viga, temos que saber a altura da parede para calcular o peso
linear da alvenaria. Sendo o pé direito 2,8 m, descontamos a altura da viga de 30 cm.
4.6. Fundações
Neste projeto estamos trabalhando na divisa do terreno e por isso vamos precisar utilizar
sapatas de divisa nestas regiões.
Lance as sapatas de divisa com um clique sobre o pilar e outro clique para o lado para dentro do terreno.
As sapatas de divisa possuem excentricidade e geram momentos que precisam de vigas de equilíbrio para
combater estes momentos.
Um dos efeitos de não utilizar estas vigas de equilíbrio é o Cype dimensionar uma sapata muito grande, muito
além da necessidade de tensão admissível do solo. Isso acontece porque o programa calcula a dimensão da
sapata para resistir ao esforço de momento causado pela excentricidade.
Posteriormente veremos mais detalhes do menu de opções de vigas de equilíbrio e travamento. Por ora vamos
apenas lançar as vigas com a opção padrão.
Lance as sapatas centrais normalmente como já visto no item 3.4.3. Lançando a fundação.
Após o cálculo do modelo, o Cype informa alguns erros que já conhecemos, como verificações não compridas
em algumas vigas e novos erros referentes ao uso de vigotas para lajes. Vamos estudar estes erros e propor
as soluções.
Vamos acionar o menu Vigotas/Erros e clicar sobre as vigotas marcadas em vermelho para verificar a
informação do erro.
O Cype informa que temos momentos positivo no apoio das vigotas. Isto acontece porque a viga V4 se
deformou muito e parte do carregamento se transferiu para estas vigotas, ou seja, a vigota está ajudando
segurar a viga.
Quando temos vigotas apoiadas sobre vigas, o esperado é que ocorra momento zero nestes apoios por se
tratar de viga bi-apoiada. Porém, após a concretagem da laje forma-se uma estrutura rígida no encontro das
vigotas proporcionando uma rigidez suficiente para suportar um pequeno momento negativo.
Na prática, esta situação é desejável e é usual colocar barras de reforço negativo para melhorar o engaste de
uma vigota na vigota adjacente.
As vigotas padrão são montadas com barras de aço finas, de 4 ou 6,3 mm e na maioria das obras será
necessário inserir barras de aço de reforço. O reforço pode ser inserido nas vigotas durante a fabricação, sob
encomenda ao fabricante, ou deve ser inserido na obra antes da concretagem da laje.
O Cype não faz o cálculo das barras de reforço, sendo necessário que o projetista defina manualmente a
armação de reforço. Iremos estudar mais adiante como efetuar estes cálculos de forma manual.
Por ora vamos usar a planilha de trabalho do professor Leonardo, onde encontramos uma função já pronta
para este procedimento. Nesta planilha vamos na aba Pré-Lajes e preenchemos com os dados de projeto para
encontrar a armação de reforço necessária.
Por exemplo, para laje entre os pilares P5, P8, P19 e P20 temos um vão de 2,9 metros. Entramos na planilha
com os dados da nossa laje B12 e com um concreto de 20 MPa.
No lado direito da planilha vamos alterar o número de armaduras de reforço e o diâmetro até obter a
informação que atende ao ELU.
O Cype possui alguns tipos de escadas padronizados e também a possibilidade de montar uma estrutura livre
fora dos padrões, porém nem sempre é possível modelar uma escada para o projeto. Neste caso o
carregamento de escada na estrutura precisará ser feito à parte ou com adaptações no modelo da escada no
Cype.
Para o lançamento da escada precisamos voltar ao projeto original de arquitetura no AutoCad e obter as
medidas geométricas.
Como as informações de medidas e desenho da escada, vamos configurar a escada no Cype conforme segue:
4.8.2. Editando o Tramo da Escada
Como já dito, nem todos os projetos arquitetônicos de escadas podem ser modelados plenamente no Cype.
Neste nosso projeto, não foi possível inserir dois degraus nos patamares. Sem estes dois degraus, a altura do
espelho ficou com 21 cm. Segundo a norma NBR 9050:2020, o espelho deve ter entre 16 e 18 cm.
Vamos lançar a escada para que o Cype inclua o carregamento na estrutura, porém o desenho da escada não
poderá ser usado como projeto.
Também, na cobertura é necessário ajustar a viga de bordo livre para que a carga da escada não fique sem
apoio.
Agora que lançamos todas as cargas, incluindo as escadas, vamos retirar os erros de vigas e pilares do modelo.
Em alguns casos, pode ocorrer de uma viga que deveria ser contínua não ficar contínua no modelo do Cype,
por alguma particularidade no momento do lançamento/edição.
Podemos apagar a viga e lançar novamente ou usar o menu de ferramentas de vigas contínuas
Vigas/Paredes/Vigas Contínuas.
Usamos Gerar vigas contínuas para que Cype faça a união de todas as
vigas;
Na cobertura vamos alterar a altura das vigas V9, V4 e como a V4 se apoia na V10, ela também será alterada
para ficar com a mesma altura, todas para 15x40 cm.
No segundo pavimento vamos alterar a altura das vigas V2, V4 e V10 e na cobertura vamos alterar a viga V9,
todas para 15x40 cm.
A viga V3 do segundo pavimento recebe uma carga muito grande por ser uma viga de transição e apoio da
escada. Mesmo com uma altura de 40 cm ainda fica no limite da deformação. Por isso vamos aumentar
também a altura de base para 20 cm, e para que ocorra um encaixe com os pilares será melhor apagar e
reinserir esta viga.
Como premissa inicial, vamos considerar que as vigotas são elementos perfeitamente bi apoiados,
desconsiderando a rigidez adquirida com qualquer tipo de continuidade sobre vigas. Com isso efetuamos um
cálculo simples e a favor da segurança.
1. Do comprimento dos vãos das vigotas medidos a partir dos eixos das vigas.
2. Do carregamento sobre esta vigota.
No Cype podemos inserir as cotas dos vãos usando o menu Grupos/Cortes – Opção Introduzir Cotas. Lance as
cotas com a ferramenta ortogonal ligada.
Nesta figura a seguir temos a identificação das lajes do segundo pavimento e suas cotas, lembrando que
vamos adicionar os 7,5 cm para cada lado nas vigotas, parte que se apoia sobre as vigas.
5.1.2. Carregamento sobre as vigotas do segundo pavimento
O carregamento sobre as vigotas é uma distribuição linear da área de abrangência da laje sobre as vigotas.
Precisamos ter o peso da laje e definir a distribuição desse peso sobre as vigotas.
É possível calcular o peso da capa de concreto, dos tijolos e do aço por metro quadrado, mas a maioria dos
fabricantes informam qual é o peso, de acordo com a espessura e do material utilizado (tijolo, blocos, EPS).
Em geral, o peso varia entre 1,95 e 2,00 kN/m 2.
Agora precisamos encontrar o peso linear sobre cada vigota para calcular o momento.
Podemos assumir que o peso sobre cada vigota será da metade de cada lado, que é a distância entre eixo de
uma vigota até a outra. Para nossa laje B12, esta distância é de 37 cm (12 + 25 cm).
𝑘𝑁
𝑞𝑣 = 4,45 ∗ 0,37𝑚 = 1,65 𝑘𝑁/𝑚
𝑚2
Para este vão, as vigas possuem 2,78 + 0,15 m = 2,93 m e o momento máximo no meio da viga e é dado pela
𝑞𝑙2
equação e então majoramos o momento com o fator γc = 1,4
8
2,932
𝑀 = 1,65 ∗ = 1,77 𝑘𝑁𝑚
8
Vamos usamos a tabela Kc/Ks para calcular a área de seção de aço necessária.
A tabela Kc é fornecida em cm2/kN e por isso e é necessário converter o momento Md de kNm para kNcm
(multiplicar por 100).
Uma observação a ser feita é que a tabela Kc/Ks foi desenvolvida para uso em vigas retangulares. As vigotas,
após a concretagem da laje, possuem tem um perfil tipo T.
Porém, no caso das lajes de vigotas, a linha neutra fica acima das lajotas cerâmicas e podemos considerar este
perfil T equivalente a uma viga de perfil retangular, para o cálculo do momento positivo.
Linha Neutra
Acima da linha neutra temos compressão do concreto e abaixo da linha neutra temos tração, que é combatida
pela armação de aço na base da vigota. Por este motivo podemos considerar que nossa vigota possui um perfil
retangular equivalente de 37 por 12 cm.
Estamos, portanto, em acordo com a teoria do cálculo de momento em vigas, considerando o braço de
alavanca entre Rc e Rs e podemos usar a tabela Kc/Ks.
A dimensão d é a altura h menos a capa de cobrimento da armação. Para vigotas, a norma permite um
cobrimento menos rigoroso e vamos considerar que temos 1,5 cm de cobrimento. Assim nosso d será 10,5
cm.
bw ∗ d2 37 ∗ 10,52
Kc = = = 16,44
Md 2,48 ∗ 100
E usamos a tabela para encontrar o Ks para um concreto de fck=30, que foi usado na obra.
No grupo à direita, encontramos o valor de Ks para o Aço usado na obra, o CA-50. Ks = 0,023. Embora as barras
das vigotas pré-fabricadas sejam de aço CA-60, na obra o aço mais comum é o CA-50. Assim vamos usar sempre
o Ks para CA-50, ficando a favor da segurança.
Precisamos de uma seção de aço de 0,54 cm2 para resistir ao momento positivo na vigota, que em sua
construção padrão possui duas barras de 4,2 mm ou 5 mm.
Precisamos de 0,54 cm2 e temos 2*0,139 = 0,278 cm2, uma diferença de 0,26
cm2. Olhando na tabela de aços, precisamos de adicionar uma barra de 6,3 mm
nesta vigota, ficando levemente a favor da segurança.
Precisamos de 0,54 cm2 e temos 2*0,198 = 0,396 cm2, uma diferença de 0,14
cm2. Olhando na tabela de aços, precisamos de adicionar uma barra de 4,2 mm
nesta vigota. Um pouco abaixo do necessário, mas considerando que calculamos
para aço CA-50 e as duas barras da vigota são CA-60, ainda estamos 20% a favor
da segurança.
Podemos utilizar a planilha de cálculo do professor Bastos para encontrar facilmente a quantidade de barras
necessárias para o reforço nas vigotas.
Na aba Pré-lajes vamos entrar com os parâmetros da nossa laje pré, dimensão do vão e
Obs. Na planilha é usado uma cobertura de 2 cm, portanto, ´d = 10 cm para esta laje.
Agora, no lado direito da planilha temos as opções de escolher o diâmetro e quantidade de barras de aço, até
obter um As total igual ou maior que o necessário (As nec). No caso, uma barra de 6,3 mm foi suficiente.
Para passar a necessidade de compra ao cliente vamos anotar na planta de laje a necessidade adicional de aço
par o momento positivo nas vigotas.
O ideal é que as vigotas sejam construídas pelo fabricante, já com o reforço, mas na impossibilidade dessa
opção, as barras podem ser colocadas durante a obra, devidamente apoiadas sobre a base das vigotas para
posterior concretagem.
+1∅6,3 +1∅6,3
O detalhe de como será colocado a barra de reforço nas vigotas deve ser incluído no desenho do projeto
enviado ao cliente.
5.2. Contra flecha
PP = 1,95 kN/m2
SC = 1,5 kN/m2
fck = 20 MPa
5.2.1. Laje L1 e L3
As lajes 1 e 3 possuem um vão de 2 metros e entrando com os valores na planilha não temos necessidade de
reforço.
Também não será necessário usar contra flecha, pois temos um limite de 0,8 cm e estamos com 0,14 cm.
O valor 0,66 negativo significa que não é necessário utilizar contra flecha.
5.2.2. Laje L2
Para laje L2 temos um vão de 3,5 m e entrando com os valores na planilha de cálculo, encontramos uma
necessidade de 2 barras de 6,3 mm.
Estamos com uma flecha no tempo de 3,33 cm, superior à flecha limite de 1,4 cm. Neste caso vamos usar uma
contra flecha de 1,93 cm para que laje fique dentro do limite de deslocamento.
Nos casos de necessidade de CF acima de 2 cm, podemos tentar uma armação de reforço maior, mas isso
inviabiliza o custo/benefício para este tipo de laje.
5.2.3. Laje L4
Para laje L4 temos um vão de 4,2 m, que resulta em uma CF de 3,78 cm, bem acima do máximo de 2 cm. Neste
caso este vão não pode ser superado com essa vigota de 12 cm usando o recurso de contra flecha.
O projetista precisa redimensionar o modelo, diminuindo o vão, utilizando uma laje de maior espessura ou
dando continuidade à vigota se for possível.
5.3. Adicionando continuidade às vigotas
Adicionar ao cálculo a continuidade entre vigotas adjacente é uma opção para reduzir o momento positivo e
a flecha em vigotas. Isto é feito incluindo barras superiores para combater os esforços de momento negativo
que não consideramos anteriormente quando trabalhamos com a premissa de vigotas bi apoiadas, a favor da
segurança.
Agora vamos levar em consideração que em algumas situações após a concretagem, a vigota possui uma
continuidade entre uma laje e outra, que é o caso das vigotas na laje L3 e L4 desse nosso modelo.
A rigidez proporcionada pela concretagem da capa da laje proporciona momento negativo na laje, que
podemos utilizar adicionando aço na parte superior da laje, ao longo da junção das vigotas, para reagir ao
esforço de tração e reduzir o momento positivo na laje.
O cálculo da área de aço necessária para combater o momento negativo precisa ser feito manualmente com
auxílio das tabelas Kc/Ks (desde que feitas as considerações para o perfil não retangular da vigota), ou com
auxílio da planilha de cálculo do prof. Leonardo Bastos.
O cálculo de deformação (flecha) e dos diagramas de momentos se tornam extensos e demorados, além do
escopo deste curso. Por isso vamos usar o programa Ftool, que é uma ferramenta gratuita desenvolvida pelo
professor Luiz Fernando Martha, associado da PUC-Rio.
Temos muitos tutoriais no YouTube e também na plataforma de cursos do Prof. Leonardo Bastos explicando
como utilizar o Ftool, que é bem fácil e intuitivo.
Um detalhe que devemos atentar é que precisamos usar a inércia fissurada, pois se difere muito da inércia
bruta quando trabalhamos com perfis de vigas muito baixo.
Como já sabemos, quando temos uma viga bi apoiada podemos calcular o momento máximo que acontece no
centro da viga, resultando em uma compressão na parte superior do perfil acima da linha neutra e uma tração
abaixo da linha neutra.
A tração provoca microfissuras no concreto reduzindo a sua rigidez (EI), que é um componente do nosso
cálculo de deformação da viga. A rigidez da vigota é função direta do momento de inércia pelo modulo de
elasticidade do concreto.
A fissuração reduz o momento de inércia do perfil do concreto, resultando em uma deformação maior, como
podemos deduzir da equação de deformação de vigas bi apoiadas com carga distribuída e uniforme.
5 P ∗ lx 4
∆i= ∗
384 EI
5.3.2. Calculando o diagrama de momentos
No Ftool precisamos modelar o perfil das vigotas da laje L3 e L4, considerando que agora elas possuem uma
continuidade.
E temos o seguinte diagrama de momentos, com um momento negativo máximo de 2,7 kN/m e um momento
positivo máximo de 2,4 kN/m.
Podemos ainda observar a redução do momento positivo quando comparado com o diagrama de momentos
sem considerar a continuidade.
Para calcular a deformação utilizando o Ftool, precisamos considerar a fissuração do concreto, pois já vimos
que a fissuração causa uma redução da rigidez bastante elevada em perfis muito baixos.
Também precisamos modelar o perfil da viga T em suas dimensões práticas, pois não temos um comprimento
de base igual a 12 cm de forma uniforme.
Agora vamos aplicar a fissuração, ou seja, calcular a inércia fissurada e ajustar a informação no perfil T. No
Ftool vamos utilizar uma seção genérica, com as propriedades definidas pelo usuário: Section
Properties/Generic/Integral Properties.
Área do perfil: é a soma das áreas dos dois retângulos do perfil T, considerando a
redução de 12 para 9 cm na base por causa do apoio do tijolo;
d: é a altura da laje;
A dificuldade aqui está em calcular a inércia fissurada, pois envolve uma formulação extensa e demorada como
veremos mais adiante. Por ora retiramos valor (Inércia média) da planilha de cálculo do professor Leonardo.
Observação: O cálculo da inercia fissurada feito pela planilha considera o fck, as armações de reforço e as
dimensões da vigota.
Ainda precisamos multiplicar pelo coeficiente de deformação com o tempo. Este coeficiente é em torno de 2
a 2,5, mas novamente vamos utilizar o valor calculado na planilha de 2,16
𝐶𝐹 = 1 𝑐𝑚
Como já fizemos anteriormente, vamos usar o método Kc/Ks para calcular a necessidade de área de aço para
o reforço positivo e negativo. Não podemos usar a planilha de cálculo porque ela é apenas para viga bi apoiada.
Do diagrama de momentos temos que M+ = 2,4 kN/m2 e Md+ = 2,4*1,4 = 3,36 kN/m.
bw ∗ d2 37 ∗ 10,52
Kc = = = 12,9
Md 3,16 ∗ 100
A vigota comercial já possui duas barras de aço ∅4,2 CA-60, ou seja, 2 x 0,139 cm2 = 0,27 cm2, equivalente a
0,33 cm2 de CA-50, pois o CA-60 possui 1,2 vezes a resistência do CA-50
Chegamos a conclusão que ainda faltam 0,44 cm2 de área de aço na vigota (0,77 – 0,33 = 0,44).
Na tabela de aços, encontramos que uma barra de 8 mm possui 0,50 cm 2 de seção de aço, que é suficiente
para o reforço de momento positivo.
Aqui temos uma inversão do que foi explicado no item 5.1.3.1. Aço para combater o momento positivo nas
vigotas e o perfil T estará invertido em relação a área comprimida e a área tracionada. Para o momento
negativo temos tração nos 37 cm da capa de concreto e compressão nos 12 cm da base da vigota. Temos que
usar bw = 12 cm, pois agora, essa é a área comprimida.
Alguns autores adotam uma redução de (2x1,5) cm por conta da borda do tijolo que reduz a área de concreto
nesta região. Isso resulta em um leve aumento na área de aço para o reforço.
Do diagrama de momentos temos que M- = 2,7 kN/m2 e Md- = 2,7*1,4 = 3,78 kN/m.
bw ∗ d2 12 ∗ 10,52
Kc = = = 3,5
Md 3,78 ∗ 100
Observação importante:
Para o momento positivo, nos usamos as duas barras ∅4,2 da base da vigota como parte do aço para combater
o esforço de momento positivo.
No caso do momento negativo, a barra da parte superior da vigota não pode fazer parte do aço de resistência
à tração porque ela não está posicionada na capa de concreto.
A barra para o momento negativo precisa estar acima da linha neutra bem próximo da superfície da laje.
Portanto, a armação da vigota não será considerada para compor a necessidade de aço para o momento
negativo.
No desenho de planta vamos detalhar com a informação de barras adicionais de momentos positivos e
negativos e o valor de contra flecha a ser usado.
O tamanho das barras de momento negativo pode ser calculado de forma simplificada como ¼ do maior vão.
Neste caso, 4,2/4 = 1 metro para cada lado.
5.4. 3Segundo exemplo de reforço em laje de vigotas
Seguindo o que foi apresentado nos itens 5.2. Contra flecha e 5.3. Adicionando continuidade às vigotas, vamos
calcular mais uma laje com uso de vigotas, encontrando a necessidade de barras de reforços para momentos
positivos e negativos e os valores de contra flechas.
Laje B12
Peso da laje 1,95 kN/m2
Revestimento 1,0 kN/m2
Sobrecarga 1,5 kN/m2
fkc 25 MPa
Vamos calcular a carga total por metro quadrado e distribuir para cada vigota.
O peso sobre cada vigota será da metade de cada lado, que é a distância entre eixo de uma vigota até a outra.
Para nossa laje B12, esta distância é de 37 cm (12 + 25 cm).
𝑘𝑁
𝑞𝑣 = 4,45 ∗ 0,37𝑚 = 1,65 𝑘𝑁/𝑚
𝑚2
5.4.2. Laje L1
As vigotas da L1 não possuem uma continuidade longitudinal com as vigotas da laje L2 ou L3 e só podemos
trabalhar com estas vigotas de forma bi apoiada.
Relembrando que para vigota B12 temos as seguintes dimensões, conforme visto no item 5.1.2. Carregamento
sobre as vigotas do segundo pavimento:
d=10,5 cm
bw=37 cm
𝑙2 2,502
M = q∗ = 1,65 ∗ = 1,29 kNm
8 8
3
Aula online 1/4/2021
Md = M ∗ γ = 1,29 ∗ 1,4 = 1,80 kNm
bw ∗ d2 37 ∗ 10,52
Kc = = = 22,6
Md 1,80 ∗ 100
Considerando que a vigota já possui duas barras ∅4,2 de aço CA-60, já temos uma área de equivalente ao CA-
50 de 0,33 cm2. Para completar o que falta, podemos usar apenas mais uma barra de 4,2 mm. Podemos até
desconsiderar, pois faltou apenas 0,06 cm2 de área de aço e já temos os coeficientes de segurança e valores
conservadores de carregamento.
Para deformação vamos usar a planilha de cálculo do professor, pois como já visto, os cálculos envolvem
equações grandes que serão vistos à parte no curso.
Entrando com os valores na planilha temos que não precisamos de usar contra flecha.
5.4.3. Laje L2
As vigotas da L2 também não possuem continuidade longitudinal com outras vigotas. Também vamos
trabalhar com a vigota de forma bi apoiada.
𝑙2 2,802
M = q∗ = 1,65 ∗ = 1,62 kNm
8 8
bw ∗ d2 37 ∗ 10,52
Kc = = = 17,97
Md 2,27 ∗ 100
Considerando que a vigota já possui 0,33 cm2 de área de aço equivalente ao CA-50, ainda precisamos de mais
0,19 cm2 de área de aço. Isso corresponde a mais uma barra de ∅5.0 que vamos precisar detalhar na planta.
Para deformação, há necessidade de uma contra flecha de 0,12 cm que vamos desconsiderar.
5.4.4. Laje L3 e L4
As vigotas da L3 e L3 estão alinhadas de forma longitudinal. Neste caso vamos poder usar a continuidade entre
as lajes para reduzir os esforços de momento positivo e a flecha.
Aproveitar a continuidade entre as lajes exige um processo construtivo mais rigoroso, pois as vigotas precisam
estar bem alinhadas no sentido longitudinal e o posicionamento de aço adicional para os momentos positivos
e negativos precisam ser seguidos com maior rigor. O Engenheiro precisa ter o bom senso em avaliar se estas
condições mais criteriosas serão cumpridas durante a obra.
Primeiro vamos calcular o vão bi apoiado e depois considerando a continuidade para avaliar as diferenças.
𝑙2 3,502
M = q∗ = 1,65 ∗ = 2,53 kNm
8 8
bw ∗ d2 37 ∗ 10,52
Kc = = = 11,52
Md 3,54 ∗ 100
Considerando que a vigota já possui 0,33 cm2 de área de aço equivalente ao CA-50, ainda precisamos de mais
0,48 cm2 de área de aço. Isso corresponde a mais uma barra de ∅8.0 que vamos precisar detalhar na planta.
A contra flecha obtida na planilha de cálculo é 1,78 cm e vamos adotar uma contra flecha de 1,5 cm.
Para laje L3, apenas uma barra de 8 mm foi suficiente para cobrir o vão e podemos optar em não considerar
o momento negativo pelos seguintes motivos.
É comum surgirem fissuras no apoio dos vãos e normalmente já é usual colocar barras ∅4,2 ou ∅5 em todos
os encontros de laje com vigas para que estas fissuras sejam reduzidas.
Uma malha pop (tela soldada) pode ser usada sobre a laje para trabalhar da redução de microfissuras.
É uma prática usar tela pop com adição de barras de negativos sobre vigas, deixando apenas as periferias das
lajes sem barras de negativo.
Uma consideração a ser feita é a respeito do custo do aço no mercado, pois a laje nervurada pode ficar
antieconômica com todas estas adições.
5.4.4.3. Considerando a continuidade da vigota entre L3 e L4
Para facilitar nossos cálculos vamos usar o Ftool para encontrar os momentos e os deslocamentos, pois os
cálculos manuais são extensos e demorados. Teríamos que utilizar método das forças ou métodos dos
deslocamentos para calcular pórticos hiperestáticos.
bw ∗ d2 37 ∗ 10,52
Kc = = = 20,5
Md 1,99 ∗ 100
Considerando que a vigota já possui 0,33 cm2 de área de aço equivalente ao CA-50, ainda precisamos de
mais 0,10 cm2 de área de aço. Isso corresponde a mais uma barra de ∅4,2 mm.
bw ∗ d2 9 ∗ 10,52
Kc = = = 2,8
Md 3,54 ∗ 100
Observação: (bw = 12 ou 9) - Ver item 5.3.4.2. Reforço para o momento negativo. Alguns autores recomendam
usar 9 cm pela redução de 1,5 cm de cada lado da área comprimida por conta do apoio do tijolo nesta região.
Isto vai resultar em um leve aumento da área de aço de reforço.
Para Kc =2,8 temos Ks = 0,027
Para o momento negativo, não podemos considerar o aço que a vigota já possui na parte superior da treliça,
pois esta barra não está na posição correta dentro da laje. Assim vamos precisar usar 2 barras de ∅8 mm
para o momento negativo.
Conclusão: sem usar o negativo, estávamos com uma barra de ∅8 mm no positivo. Usando o momento
negativo precisamos de 2 barras de ∅8 mm no negativo mais uma barra de ∅4,2 no positivo. A vantagem
será uma necessidade menor de contra flecha.
Precisamos considerar a fissuração e a redução de perfil de concreto conforme visto no Item 5.3.3.3.
Deformação considerando a redução de perfil e a fissuração. Usamos a planilha de cálculo para obter a inércia
média e o Ftool para obter a deformação imediata. Com isso temos as seguintes deformações imediatas:
Observação: A norma recomenda usar a inercia média que é uma relação ponderada entre a inercia bruta e a
inercia fissurada.
Encontramos uma deformação imediata de 0,8 cm, mas ainda precisamos calcular a deformação no tempo
infinito multiplicando pelo coeficiente 2,16.
Como já vimos, temos que colocar as informações de armação adicional e de contra flecha no desenho de
planta da seguinte forma:
+1∅5,0
+1∅5,0
CF = 0
CF = 0
SR SR
CF = 0 CF = 0
+2∅8 p/vigota
Agora vamos modelar o exemplo anterior no Cype e comparar os resultados. Para isto vamos iniciar um novo
projeto no Cype e lançar uma estrutura de três grupos: O térreo (fundações), o primeiro pavimento e a laje.
O que nos interessa nesse modelo é apenas a laje com a sobrecarga de 1,5 kN/m2 e a carga permanente de
1,0 kN/m2, conforme adotamos no exemplo anterior.
4
Aula online 13/4/2021
No menu Introdução/Pisos/Grupos/Editar Pisos, configuramos a altura da fundação para -1,50 metros
Diferente do que fizemos em outros modelos, não vamos utilizar o recurso de máscara do projeto de
arquitetura, pois este é um modelo muito simples e
podemos lançar os pilares, vigas e lajes diretamente no
ambiente de CAD do Cype.
Feito o lançamento do primeiro pilar, vamos clicar um pouco mais a frente sobre a linha de
referência para o lançamento do segundo pilar. Com isso o Cype abre uma pequena caixa
solicitando a distância do primeiro pilar. Informe a distância de 3,5 metros e clique na marca
verde.
Repetimos este procedimento para todos os pilares, informando as distâncias nos eixos x e y do plano e
depois renumeramos os pilares para ficar conforme segue.
Indo para segunda aba do Cype, vamos lançar as vigas de 15x40 e a laje de vigotas. As vigas podem ser
lançadas exatamente nos centros dos pilares para facilitar nosso modelo.
Este é o nosso térreo onde não temas lajes. Vamos informar ao Cype que não temos laje neste pavimento,
subir um pavimento e copiar as vigas.
5.4.6.2. Lançando a laje de vigotas
Vamos lançar a laje B12 com no exercício anterior, adicionando suas medidas com o uso do botão ,
conforme já visto no item 4.4. Lançando laje pré-fabricada (vigota)
Também podemos observar que o Cype não indicou necessidade de contraflecha, caso contrario, teria
marcado a vigota de vermelho indicando a necessidade da contraflecha.
Podemos informar o Cype para desconsiderar totalmente o engaste entre as vigotas adjacentes. Para isto, na
aba entrada de pavimentos, acionamos o
menu Viga/Paredes/Engastamento.
Calculando novamente o modelo, observamos que o Cype não considera mais os momentos negativos e
todas as vigotas ficaram com flecha excessiva.
O Cype retirou a barra negativa, mas manteve o reforço de borda de 8 mm. Isso causou uma flecha maior,
indicando a necessidade de usar contraflecha de pelo menos 1,5 cm
5.4.7. Alinhando as vigotas
No caso de as vigotas não estarem alinhadas entre duas lajes quando lançadas na mesma direção, podemos
usar o menu Laje/Dados laje/Alterar ponto de passagem. Depois clique em uma laje e depois sobre alguma
vigota da outra laje para que fiquem alinhadas.
No botão de desenho vamos adicionar as pranchas que necessitamos para impressão. Vamos adicionar
desenho de fôrmas para o grupo 2 até 2 (1º pavimento) e desenho de plantas para armaduras longitudinal e
transversal, superior e inferior, também para o grupo 2 ate 2. Em todos os casos de armadura, vamos incluir a
opção tabela de ferros e tabela resumo.
Aceitando estes desenhos vamos verificar que o Cype não mostra armaduras inferior, pois não calcula
armaduras positivas. Também observamos que o Cype repete o desenho de armadura longitudinal e
transversal superior (negativas).
Visto isso, podemos desmarcar alguns desenhos, mantendo apenas fôrmas e uma armadura inferior e
superior.
Possivelmente, o Cype pode ainda não mostrar as armaduras superiores (negativas). Neste caso verifique nas
configurações do desenho de planta superior (negativo), botão configurar, Arm. Pré-fab, opção Armadura
negativa e deixe marcado para Armadura negativa.
Para as armaduras inferiores (positivas), deixe desmarcado para o Cype não duplicar a tabela de aço com a
mesma informação
O resultado será como segue e devemos exportar para um arquivo DWG usando o botão imprimir.
Feito a exportação dos desenhos, ainda teremos mais um trabalho a fazer, usando o AutoCad para adicionar
mais informação como a necessidade de contraflecha, barras de reforço positivo, informações adicionais da
vigota, do concreto usado, adção de malha pop, etc,
Exemplo modelo com informações adicionadas que devem ser adicionadas com AutoCad nos desenhos de
planta gerados no Cype. Estas adições dão um aspecto mais profissional ao trabalho e sobretudo, fornece
informações imprescindíveis para a execução da obra.
• Por fim é preciso rever as tabelas de aço, pois adicionamos aço não contabilizado pelo Cype.
5.4.8.1. Considerações finais
Mostramos que é possível incluir barras de reforço no positivo ou aproveitar os efeitos de continuidade entre
as lajes utilizando barras negativas. No primeiro caso, incluímos barras de ∅ 8,0 mm no positivo e uma
contraflecha de 1,5 cm. No segundo caso utilizamos duas barras de ∅ 8,0 mm no negativo e utilizamos uma
contraflecha menor, ficando a critério do projetista uma solução ou outra ou ainda um mix das duas,
favorecendo a segurança.
Em ambos os casos, é necessário utilizar a malha POP para evitar pequenas fissurações na laje, principalmente
sobre as lajotas cerâmicas, entre uma vigota e outra.
Podemos entender essa região como uma pequena laje de apenas 4 cm de expessura, pois o tijolo cerâmico
ou EPS oferece pouca ou nenhuma resistência. A Norma exige a utilização de malha pop para evitar fissuração
nesta região por falta de armação.
5
Aula online 15/4/2021
Planta baixa do térreo e tipo
Escadas e reservatórios
Como já visto de forma mais detalhada nos capítulos anteriores, precisamos de uma sequência de ações antes
de iniciar a modelagem no Cype:
• Copiar o desenho de planta do térreo para um novo arquivo e salvar com nome 00_TERREO;
• No Autocad, limpar as cotas do desenho e outras informação que não serão usadas como máscara;
• Conferir a escala do desenho;
• Escolher um ponto fixo, que pode ser um ponto da escada normalmente comum a todos os andares;
• Passar todo projeto para um único layer, (layer 0);
• Excluir os layer não utilizados com purge;
• Escolher uma cor para o térreo e salvar;
• Repetir o procedimento para o desenho de pavimento tipo, escolher uma cor diferente e salvar com
nome 01_TIPO;
• Repetir o procedimento de limpeza para o pavimento de casa de máquinas, sem esquecer de ajustar
o ponto fixo e salvar com nome 02_CASA DE MAQUINAS;
• Repetir o mesmo procedimento para o reservatório.
Após a preparação dos arquivos de máscara teremos o seguinte aspecto:
6.3. Iniciando a modelagem no Cype
Vamos entrar no menu Arquivo/Novo... e depois dar um nome e descrição para o projeto. Configura o novo
modelo com as seguintes premissas:
• fkc de 30 MPa;
• NBR ABNT 6118:2014;
• Terreno de fundação 0,20 MPa;
• Número de pisos sendo 13 (piso do térreo mais 8 lajes mais teto do oitavo andar mais 3 lajes para casa
de máquinas, reservatório e cobertura do reservatório).
• Preencher valores de SCU e CP conforme a utilização.
Em Introdução/Pisos/Grupos/Editar
pisos, configurar a cota do nível da
fundação como -1,50 m.
Lembrando que os arquivos de CAD precisam estar salvos em versão de CAD anterior a versão do CYPE usado.
Utilizando os procedimentos já vistos em capítulos anteriores, vamos lançar os pilares, inicialmente com
dimensões de 20x50 cm nas posições desejada pelo arquiteto.
É importante ter em mente que não existe uma posição correta para locação dos pilares. Também não temos
que nos preocupar com suas dimensões iniciais. O que vai determinar se as posições ou as dimensões estão
corretas será o cálculo do modelo, após os quais vamos redefinir e otimizar conforme a necessidade.
Obviamente que a habilidade e experiência do engenheiro projetista será determinante para evitar que um
lançamento muito discrepante torne o trabalho de otimização mais dispendioso que o necessário, ou seja,
evitando pilares ou vão exagerados, que certamente vão exigir uma estrutura desproporcional.
O lançamento deve ser feito seguindo a sequência de exemplo abaixo utilizando o menu Introdução/Pilares.
Vamos lançar vigas de 20 x 40 seguindo o mesmo raciocínio usado para pilares no aspecto das dimensões. Os
ajustes e otimizações serão feitos após o cálculo do modelo completo.
O lançamento deve ser feito seguindo a sequência de exemplo abaixo utilizando o menu Vigas/Entrar viga
lembrando que para lançar vigas é necessário estar na aba Entrada de pavimento.
Desligando a máscara:
Agora podemos subir para o grupo 2 (próximo pavimento) e copiar as vigas do grupo 1 para o grupo 2. Use a
seta de navegação utilize o comando Grupo/Copiar de outro grupo para executar a cópia das vigas
do térreo.
Observe que temos paredes nas áreas de banheiro caso seja utilizado laje pré-moldada, será necessário lançar
mais vigas para suportar o peso das paredes. Neste exemplo vamos trabalhar com laje maciça e não
precisamos de vigas nestas regiões.
É até recomendável usar laje maciça em edificações altas, pois contribui para estabilidade global melhorando
a rigidez onde todos os elementos contribuem em conjunto para combater deslocamentos horizontais.
A arquitetura colocou as varandas laterais utilizando um tipo de laje de bordo livre, mas estas estruturas não
são recomendadas, pois não deixam opções para instalação de drenagem de águas pluviais ou rebaixamento
do nível em relação a laje interna da edificação.
Para efeitos didáticos, vamos lançar esta laje de bordo livre para visualização em 3D. Depois vamos apagar e
seguir com o lançamento de laje sobre vigas.
Para aplicar um desnível na laje vamos usar o menu Grupos/Lajes inclinadas/Desníveis e vamos criar um novo
desnível utilizando o botão . Escolha um nome para o desnível, informe o desnível como -0,05 m (5 cm) e
clique em aceitar.
Feito isto, o Cype criou um novo plano com um desnível de 5 cm para baixo (negativo).
Clique no botão Atribuir e depois clique sobre as lajes do modelo onde desejamos o rebaixamento, no caso,
as lajes das varandas. Finalize clicando com o botão contrário do mouse e depois no botão Aceitar.
Agora estamos com um desnível apenas da laje, formando uma pequena barreira no contorno para que a água
não escorra pelas laterais.
Para o lançamento de cargas de paredes, usamos o menu Cargas/Cargas lineares em vigas e configuramos
com 4,5 ou 4,8 kN/m
As linhas amarelas representam os locais onde temos carga linear, com a informação do valor em kN/m logo
abaixo da linha.
Apenas os pilares P3, P4, P9, P10, P13, P14, P17 e P18 avançam além da cobertura, para suportar a casa de
máquinas e o reservatório. Os demais pilares precisam ser finalizados na cobertura.
No topo temos a casa de máquinas e o reservatório para modelar. Vamos iniciar pela casa de máquinas,
seguindo para o fundo do reservatório e depois o topo.
Vamos subir para o próximo pavimento, grupo 11 (Casa de máquinas), ligar a máscara Casa de máquinas e
copiar o andar de baixo. Depois vamos apagar os carregamentos e vigas excedentes. Dessa forma as vigas
ficarão exatamente alinhadas com as de baixo.
Ainda precisamos apagar algumas vigas e lançar a laje da casa de máquinas conforme figura, ficando com um
pequeno trecho em balanço.
Lembrando que precisamos consultar a norma para encontrar a recomendação mínima de lajes para casa de
máquinas. Neste nosso edifício, a recomendação e de uma laje com no mínimo 15 cm de espessura.
No topo temos uma laje final que cobre o reservatório e a casa de máquinas, lembrando que agora podemos
usar uma laje de 10 cm.
Para facilitar o trabalho, também podemos copiar do pavimento cobertura e apagar os elementos excedentes.
Um outro detalhe é que podemos já iniciar a otimização da estrutura, retirando os pilares P13 e P14 deste
pavimento. Visualmente, percebe-se que está exagerado manter este pilar. Para isso, vamos retornar na aba
Entrada de pavimentos e modificar onde estes dois pilares morrem.
Podemos utilizar as vigas do topo do reservatório de forma que elas sirvam de parede no entorno do
reservatório. Porém, como estas vigas precisam chegar até a posição das vigas da laje do reservatório, temos
que excluir as vigas desta posição, pois o Cype não permite sobreposição de vigas.
As figuras a seguir ilustram esta operação no pavimento Fundo do reservatório, (grupo 12).
Agora precisamos rever a arquitetura para obter a altura entre o topo e o fundo do reservatório. Temos 1,55
metros do fundo do reservatório até o topo mais a espessura da laje de 0,15 cm. Nossa viga vai precisar ter
1,70 metros.
Vamos retornar ao pavimento topo do reservatório e alterar a altura destas quatro vigas para 1,70 metros.
Embora a viga do topo do reservatório esteja com uma altura de 1,70 m, chegando até o pavimento fundo do
reservatório, ela ainda não pode ser vista no pavimento abaixo, fundo do reservatório. Para isto, é necessário
informar ao Cype que a viga é comum a dois níveis.
Estando no nível topo do reservatório, vamos usar o menu Vigas/Paredes/Viga comum a dois níveis/fazer
viga comum.
Gire levemente o botão scroll do mouse para que a viga não fique vermelha e então efetue o clique sobre a
viga para torna-la comum a dois pavimentos.
Após tornar a viga comum, ela vai ficar com uma linha traço-ponto no centro e já poderá ser vista no
pavimento inferior.
O próximo passo será lançar uma laje de 15 cm, que será o fundo do reservatório, seguindo os procedimentos
já conhecidos, e podemos observar em 3D que o topo e o fundo estão prontos.
A laje que cobre o topo do reservatório deve possuir impermeabilização, pois está exposta à chuva. A
impermeabilização representa um carregamento adicional de 1,8 kN/m 2, que é o material impermeabilizante
mais o contrapiso de proteção mecânica, conforme especificado na NBR 6120 para Impermeabilizações em
coberturas com manta asfáltica e proteção mecânica sem revestimento.
A laje do fundo do reservatório também possui impermeabilização e uma sobrecarga do volume de água com
uma coluna d’água de 1,5 metros de altura, o que é equivalente a 15 kN/m2 e também precisamos ajustar a
carga de grupo para o fundo do reservatório.
A NBR 6120 especifica para elevadores de passageiros com velocidade de até 1,0 m/s, uma sobrecarga de 30
kN/m2 para laje da casa de máquinas. Como a laje deste pavimento é exclusiva para casa de máquinas,
podemos lançar em carga de grupo.
Caso fosse uma laje compartilhada, seria necessário utilizar a opção de carga superficiais em lajes, lançando
esta carga de 30 kN/m2 apenas na região delimitada para está utilização.
Nesta região não existe necessidade de impermeabilização e podemos manter a carga permanente como 1
kN/m2.
Na cobertura temos o telhado em uma área com acesso apenas para manutenção, sem revestimento. Para
este projeto vamos assumir que será usado telha de alumínio com estrutura de aço, com um peso de 0,3
kN/m2, sendo a sobrecarga de 1 kN/m2.
Ainda temos uma região central da cobertura, entre a escada e o shaft do elevador que terá piso e contrapiso.
Nesta região vamos lançar uma carga superficial de 1 kN/m2, como carga permanente.
No menu Cargas/Cargas superficiais em lajes, configure o valor 1 kN/m2 e a hipótese Carga permanente
Precisamos ter uma abertura no topo do reservatório para manutenção assumindo uma abertura de 0,6x0,6m
no centro do reservatório. Com a abertura já está representada na máscara, vamos lançar quatro vigas de
borda livre e apagar a laje central, formando uma abertura.
Este exemplo não exigiu muita complexidade, pois possui uma forma simétrica e regular que facilitou muito a
modelagem. Não nos preocupamos muito com a localização dos pilares e com as dimensões dos elementos e
lançamos suas dimensões ligeiramente maiores que o necessário. Por isso, após executar o processamento da
estrutura, o Cype não apresentou nenhum erro de dimensionamento.
Como se trata de uma estrutura esbelta, que possui uma relação alta entre sua altura e uma de suas dimensões
em planta, antes de iniciar o próximo passo de otimização da estrutura devemos aplicar o esforço causado
pelo vento.
Para entrada dos parâmetros de vento, vamos utilizar o menu Obra/Dados gerais /Ações, e marcar a opção
“Com ação do vento”, para acessar o menu de entrada de acordo com os parâmetros da norma NBR 6123.
6.12.1 Forças devido ao vento em edificações
Para o projeto deste prédio de oito andares vamos considerar que estará localizado na cidade do Rio de
Janeiro. A seguir vamos obter e calcular todos os parâmetros para configuração do vento no modelo do Cype.
Para o Rio de Janeiro estamos entre as linhas 30 e 35 m/s e consideramos o maior valor, 35 m/s.
6.12.2.2. Categoria
Para este projeto, o enquadramento é na categoria IV, que são terrenos cobertos por obstáculos numerosos
e pouco espaçados, em zona florestal, industrial ou urbanizada.
6.12.2.3. Classe
Na imagem, toda a região plana e densa da Tijuca possui um fator topográfico igual a 1, porém, nas encostas
este fator topográfico precisa ser calculado
6.12.2.6. Largura de faixa
O coeficiente de arrasto é a pressão do vento nas direções x e y, que são os campos Ação do Vento x e y no
Cype. Os valores são positivos e negativos, para indicar os dois sentidos possíveis em cada eixo.
Na página 20 da norma NBR 6123 encontramos o ábaco que precisamos usar para calcular os coeficientes de
arrasto conforme veremos a seguir.
• x = 16.6
• y = 7.05
• h = 31,4 m
• l1 = y e l 2 = x
• l1 = x e l 2 = y
O coeficiente de arrasto na direção X é a curva que mais se aproximar do cruzamento das linhas l1/l2 e h/l1,
no caso, a curva Cx = 1,0.
O coeficiente de arrasto na direção Y é a curva que mais se aproximar do cruzamento das linhas l1/l2 e h/l1,
no caso, a curva Cy = 1,4.
Precisamos usar o ábaco para encontrar as curvas de coeficientes de arrasto mais próximas dos cruzamentos
das linhas, conforme ilustrado, ou, caso esteja no meio, podemos usar uma fração para sermos mais precisos.
O conceito deste coeficiente pode ser entendido como um acrescimo ou redução da força execida na área da
fachada da edificação devido a pressão do vento na direção em estudo.
A seguir veremos que a pressão do vento calculada pelo Cype, será multiplicada pelos coeficientes de arrasto
para as duas direções do vento.
6.12.2.8. Cálculos adicionais executados pelo Cype
Quando introduzimos os dados de vento (Vo), o Cype executa os cálculos adicionais que veremos a seguir:
O valor da velocidade do vento (Vx) para cálculo em função das caracteristicas da da edificação é dado por
equações determinadas pela norma.
Vk = S1*S2*S3*Vo onde:
A força do vento sobre a edificação é calculara fazendo área da fachada do pavimento vezes a a pressão do
vento no pavimento.
O Cype distribui esta força de forma proporcional para cada pilar de acordo com a área de influência no pilar.
6.12.2.9. Configuração do vento para o projeto Vivienda
Os efeitos do vento causam esforços horizontais e momentos de primeira ordem, resultantes da força aplicada
no braço de alavanca, dado pela altura da edificação.
Também temos os momentos causados pelos efeitos de segunda ordem que são resultantes da deformação
da estrutura. Quanto mais esbelto for a estrutura, maior será a importância em considerar os efeitos de
segunda ordem no cálculo.
MT = M1°orden + M2ºorden
Um outro exemplo, pode ser demostrado na figura ao lado, onde a carga no pilar
causa uma deformação, que causa um momento secundário, que causa mais
deformação, que causa mais momento em parcelas cada vez menores até que
sejam desprezíveis no somatório.
M1ºorden
No Cype temos a opção de considerar ou não no cálculo, os efeitos de segunda ordem, possivelmente para
reduzir processamento de máquina durante fases do projeto em edificações muito complexas. Porém, para o
processamento final é sempre necessário incluir
os efeitos de segunda ordem.
A norma determina um limite de deslocamento do topo, que não pode ultrapassar o valor de uma relação de
h/1700, ou altura do topo por 1700. Porém, a norma permite uma redução na velocidade do vento por um
fator 0,3 pois considera que são ventos normais do dia-a-dia.
O Cype trabalha com normas Europeias, calculando o limite como h/500, sem considerar redução do vento.
Na prática os resultados são os mesmos, pois 1700*0,3 = 510, com uma diferença irrelevante para os valores
de deslocamento.
Visto isto, o deslocamento máximo para o nosso edifício de oito andares será:
31,4
𝐷𝑙𝑖𝑚 = = 62,8 𝑚𝑚
500
Atenção
Observe que os deslocamentos de todos os pilares de um mesmo pavimento são muito próximos porque a
laje maciça contribui com o travamento horizontal e quando um pilar se movimenta, todos os demais precisam
se movimentar junto.
6.13. Otimizando o modelo
Agora que aplicamos o vento, recalculamos o modelo e verificamos não haver problemas de deslocamento
horizontal nos limites estabelecidos pela norma, podemos iniciar a etapa de otimização no sentido de
economia de material.
Como já visto inicialmente no item 1.6.7. Armação de Pilares, na aba resultados acessamos o menu
Pilares/Paredes/Editar e alteramos a dimensão do pilar. Com isto o Cype já recalcula as necessidades do pilar
e informa possíveis erros no dimensionamento.
Iniciando com a redução da dimensão dos pilares de 20x50 para 15x50 cm já nos deparamos com erros em
quase todos os pilares dos dois pavimentos iniciais e podemos entender que o modelo não está com muita
folga.
Uma possibilidade seria trabalhar com uma redução de seção a partir do terceiro pavimento. Porém, isso causa
mais dificuldade construtiva na obra e não se traduz em uma economia de concreto tão significativa.
Ainda é necessário verificar se a redução de seção de pilares não resulta em maior necessidade de aço. O
engenheiro precisa estudar as varias possibilidades e tomar a decisão se é vantajoso ou não esta
descontinuidade de seção.
Para este modelo vamos manter as dimensões iniciais dos pilares. No caso de eventuais modificações, será
preciso reprocessar o modelo para que o Cype recalcule os pesos devido as alterações de dimensão.
Iniciamos o modelo com vigas de 15x40 cm e vamos verificar se uma redução para 15x30 cm passa no
dimensionamento.
No momento em que fazermos a redução, o Cype pode mostra vários erros, mas clicando no botão
Rearmar o Cype recalcula as armações para o novo perfil de viga, sem erros. Como isso podemos entender
que é possível reduzir as alturas das vigas para 15x30 cm nos pavimentos.
Contudo, alterar a altura de viga por viga será um processo muito demorado e podemos usar a um outro
recurso para isto.
6.13.2.1. Alterando altura de vigas em lote
Com este procedimento todas as vigas foram alteradas para altura 15x30 com poucos cliques, de forma bem
rápida.
6.13.3. Comparações
Reduzimos a dimensão de uma grande quantidade de vigas e agora vamos verificar se tivemos uma redução
significativa de gasto de material.
Concluímos que tivemos uma redução de volume de concreto e madeira, mas tivemos um aumento do mesmo
percentual na quantidade de aço. Podemos concluir que o trabalho de otimização não foi muito efetivo, ainda
mais se considerarmos os altos preços do aço para construção civil. Por isso vamos retornar todas as vigas
para dimensão inicial de 15x40.
Já vimos geração de desenhos no item 3.9. Pranchas para a obra. Agora vamos revisitar estes procedimentos
com algumas informações adicionais.
É comum que a fundação seja executada por outra empresa, setor ou outro projetista. Neste caso podemos
imprimir um desenho dos pilares com as informações de suas cargas que serão usadas como entradas para o
dimensionamento das fundações.
Como podemos ver, com escala 1:50 as tabelas dos pilares ficaram sobrepostas. Vamos alterar a escala para
1:25 editando em Seleção de Pranchas com o botão Editar elemento selecionado na lista.
Agora temos uma disposição otimizada dos desenhos.
Nota:
Uma outra forma de fazer é editando as posições dos elementos no desenho clicando no botão Editar posição.
Na janela que se abre é possível arrastar e reposicionar os elementos.
Quem for dimensionar as fundações deve fazer a seguinte leitura dessas informações de carga axial:
Atenção:
Estes valores de cargas informados pelo Cype nos desenhos são valores característicos, ou seja, não estão
majorados e o projetista da fundação deverá adicionar a majoração.
Como já vimos, precisamos inserir as linhas de referência. Estando na aba Entrada de pilares, usamos o menu
Introdução/Linha de referência, opções - Introduzir linha horizontal ou Vertical.
Já vimos no item 3.9.7.2. Inserindo cortes ou cotas, como inserir estes elementos no desenho. Usamos o
menu Grupos/Cortes/Introduzir cortes e Grupos/Cortes/Introduzir cotas para introduzir os cortes e algumas
cotas conforme ilustrado.
6.14.4. Agrupando pavimentos tipo
Podemos agrupar pavimentos tipo para evitar repetição de muitas plantas iguais. O programa permite agrupar
até 4 pavimentos tipo, sendo que por recomendações de norma não podemos agrupar o primeiro pavimento
e a cobertura.
Agora podemos gerar apenas duas plantas para o 3º pavimento até o oitavo, pois estão agrupados nos
grupos 3 e 4.
Em elaboração...............
Revisão teórica
Estruturas de Concreto
O projeto de estrutura de concreto é normatizado pela NBR 6118 cuja versão mais atual é a terceira edição de
29/4/2014.
Alguns termos e definições são apresentados pela norma os quais podemos citar alguns dentro do escopo do
curso:
• Elementos de concreto simples estrutural - elementos estruturais elaborados com concreto que não
possuem qualquer tipo de armadura, ou que a possuem em quantidade inferior ao mínimo exigido
para o concreto armado (ver 17.3.5.3.1 e Tabela 17.3);
• Elementos de concreto armado - aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre
concreto e armadura, e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da
materialização dessa aderência;
• Elementos de concreto protendido - aqueles nos quais parte das armaduras é previamente alongada
por equipamentos especiais de protensão, com a finalidade de, em condições de serviço, impedir ou
limitar a fissuração e os deslocamentos da estrutura, bem como propiciar o melhor aproveitamento
de aços de alta resistência no estado-limite último (ELU);
• Armadura passiva - qualquer armadura que não seja usada para produzir forças de protensão, isto é,
que não seja previamente alongada;
• Armadura ativa (de protensão) - armadura constituída por barras, fios isolados ou cordoalhas,
destinada à produção de forças de protensão, isto é, na qual se aplica um pré-alongamento inicial.
• O produto final do projeto estrutural é constituído por desenhos, especificações e critérios de projeto.
As especificações e os critérios de projeto podem constar nos próprios desenhos ou constituir
documento separado;
• Os documentos relacionados devem conter informações claras, corretas, consistentes entre si e com
as exigências estabelecidas na norma.
• O projeto estrutural deve proporcionar as informações necessárias para a execução da estrutura. São
necessários projetos complementares de escoramento e fôrmas, que não fazem parte do projeto
estrutural;
• Com o objetivo de garantir a qualidade da execução da estrutura de uma obra, com base em um
determinado projeto, medidas preventivas devem ser tomadas desde o início dos trabalhos. Essas
medidas devem englobar a discussão e a aprovação das decisões tomadas, a distribuição destas e
outras informações aos elementos pertinentes da equipe multidisciplinar e a programação coerente
das atividades, respeitando as regras lógicas de precedência.
Vale aqui observar a NBR6118 propõe uma separação de responsabilidade bem definida entre projetos de
escoramento e fôrma e projeto estrutural. Assim, o projeto complementar de escoramento e fôrmas deve ser
contratado a parte, principalmente em obras de maior porte.
Uma outra característica prevista na NBR6118 se refere ao cobrimento das armaduras e a classe de
agressividade do ambiente.
Esta característica é abordada com diretrizes para garantir a durabilidade da estrutura reduzindo os efeitos de
envelhecimento e deterioração provocados por diversos itens, principalmente pela agressividade do
ambiente.
A NBR 6118 prevê quatro classes de agressividade ambiental em sua tabela 6.1
Tabela 6.1
Com base nesta tabela, são definidas as necessidades do fator água cimento do concreto e classe do concreto,
tabela 7.1, e a espessura do cobrimento das armações, tabela
Tabela 7.1
Tabela 7.2
Observe que a escolha da classe do concreto está mais para a necessidade de atender às necessidades de
durabilidade e não para a necessidade de resistência do concreto.
Estas informações, uma vez determinadas pelo engenheiro, tem que constar no projeto em atendimento as
necessidades de documentação.
Módulo de elasticidade
A NBR6118 detalha o módulo de elasticidade (E) do concreto que é uma propriedade mecânica do concreto,
fornecendo uma tabela pronta e a formulação para se chegar aos valores da tabela.
Revendo o conceito, o módulo de elasticidade de um material e a relação entre a tensão aplicada sobre um
material e a sua deformação específica durante o comportamento elástico, nos informando a rigidez do
material.
𝜏 = 𝐹/𝐴
A deformação é dada pela relação entre a variação do comprimento pelo comprimento da peça em uma
determinada direção.
𝜀 = ∆𝐿/𝐿
Dado essas duas relações traçamos, no plano cartesiano, a curva de tensão - deformação específica, que
resulta em uma quando o material se comporta de forma linear e em uma curva quando o material se
comporta de forma não linear.
A unidade do módulo de elasticidade (E) é o Pascal e por ser um valor elevado, normalmente é expressa em
MPa ou GPa.
Um determinado material submetido a um ensaio de esforço de tração ou compressão resiste de acordo com
suas características dúctil ou frágil, variando seu formato ou rompendo-se rapidamente.
O aço possui um comportamento dúctil enquanto o concreto possui um comportamento mais complexo e não
linear, por ser composto de diversos materiais.
Pode-se admitir que o comportamento do concreto é linear para tensões inferiores a 0,5 fck.
A ABNT NBR 8522:2017 propõe a realização de ensaio por duas metodologias para obter o módulo de
elasticidade do concreto:
• Eci - Tangente da curva entre a deformação causada por uma tensão de 0,5 MPa e por uma tensão
de 0,3 fck, que é aproximado à tangente no ponto de tensão 0,3fck;
• Ecs – Obtida por uma reta secante entre o ponto de tensão 0,5MPa e a tensão requerida para o
concreto em estudo.
Quando não forem realizados ensaios, a NBR 6118 permite estimar os valores de módulo de elasticidade com
as seguintes expressões:
Sendo
Como já vimos na parte prática, o módulo de elasticidade é imprescindível no cálculo de deformação das
estruturas. Por exemplo, o cálculo teórico da deformação de uma viga bi apoiada, dado pela equação:
5qL4
∆=
384EI
Dimensões limites
A NBR 6118 estabelece limites mínimos de seção transversal para os elementos estruturais.
Pilares
Para pilares, este limite é de 19 cm, permitindo uma flexibilização até 14 cm, desde que os esforços sejam
acrescidos por um coeficiente adicional. Porém, em qualquer caso, a área da seção transversal não pode ser
menor que 360 cm2
Exemplo:
Para um pilar de 14x26 cm, temos uma área de 364 cm2, acima do limite de área mínima, porém, por ter uma
dimensão com 14 c, devemos aplicar o coeficiente adicional de 1,25 à carga aplicada no pilar.
Esta exigência está relacionada com a necessidade de cobrimento das armações, que é no melhor dos casos
de agressividade do ambiente, 2,5 cm.
Lajes
Nas lajes maciças devem ser respeitados os seguintes limites mínimos para a espessura:
No dimensionamento das lajes em balanço, os esforços solicitantes de cálculo a serem considerados devem
ser multiplicados por um coeficiente adicional γn, de acordo com o indicado na Tabela 13.2.
Vigas
A seção transversal das vigas não pode apresentar largura menor que 12 cm e a das vigas-parede, menor que
15 cm. Estes limites podem ser reduzidos, respeitando-se um mínimo absoluto de 10 cm em casos
excepcionais, sendo obrigatoriamente respeitadas as seguintes condições:
• Alojamento das armaduras e suas interferências com as armaduras de outros elementos estruturais,
respeitando os espaçamentos e cobrimentos estabelecidos nesta Norma;
• Lançamento e vibração do concreto de acordo com a ABNT NBR 14931.
Sapatas
A norma exige sapatas com dimensões mínimas de 60 cm na sua base e a pelo menos 1,5 metros de
profundidade, exceto quanto sobre rocha.
Deslocamentos limites
Os deslocamentos limites tem em sua principal classificação a aceitabilidade sensorial, caracterizado pelo
efeito desagradável quando visto pelos usuários da estrutura.
Por exemplo, para aceitabilidade sensorial, o deslocamento máximo não deve ser maior que l/250 mm.
A norma classifica estes efeitos em quatro tipos em sua tabela 13.3, que deve ser consultada pelo projetista.
Observações:
Em lajes, o comprimento considerado deve ser do menor vão, porém, se existir paredes sobre a laje ao logo
do maior vão, então, o maior vão deverá ser considerado, além dos deslocamentos a considerar para paredes,
que no caso será l/500 mm.
Resistência do concreto
A resistência do concreto é dada pelo seu fck, porém é necessário minorar esta resistência por um fator e
considerar o efeito Rusch.
O efeito Rusch é uma característica na qual o concreto perde um pouco de sua resistência ao ser submetido a
um esforço por longo período. Por questões de segurança a norma estabelece um fator de redução de 0,85
(ou 15% do fck)
Como já vimos, o comportamento do concreto pode ser estudado com ensaios aplicando uma tensão
crescente sobre um corpo de prova e realizando as medições de deformação específica.
O peso específico do concreto é de 2400 kg/m3. Já para o concreto armado, considera-se um peso de 2500
kg/m3.
Resistência do aço
O gráfico a seguir ilustra os valores limites admitidos para deformação do aço (eyd) dentro do concreto em
esforços de tração e de compressão, sendo o eyd a tensão de início de escoamento do aço, em torno de
2,07‰ para o CA-50.
O peso específico do aço é da ordem de 7850 kg/m3, sendo seu módulo de elasticidade em torno de 210 GPa
Bordas engastadas formam um ângulo de 60° com as linhas de fissuração quando a outra borda foi apoiada.
Entre bordas de vínculos iguais, o ângulo será de 45° e quando houver um bordo livre, o ângulo será de 90°
O peso sobre cada viga será a distribuição linear da carga da laje, proporcional a área formada entre as linhas
de fissuração.
Ás áreas formadas entre as fissuras podem ser calculadas manualmente por geometria ou com o uso do
Autocad ou Revit.
PPlaje = γc ∗ h = kN/m2
Considerando a viga Vx, o peso da porção de laje da área Ax distribuído ao longo da viga será:
Plaje
q Vx = [kN/m]
ly
Observações:
Para prosseguir com os cálculos de dimensionamento da viga Vx, ainda será necessário acrescentar o peso
próprio da viga e o peso de possíveis alvenarias sobre a viga.
Não podemos considerar laje engastada em viga, pois essa situação gera uma força de torção que a viga não
suporta. Isso acontece porque a base da viga é muito fina e seria necessário uma base muito maior para
suportar a torção.
O engaste só será considerado quando houver continuidade da laje de forma adjacente. Dessa forma, a laje
estará engastada na outra laje sem causar torção na viga.
Quando lajes adjacentes não possuem um mesmo comprimento, haverá uma pequena diferença de
momentos causando uma pequena torção na viga. Porém, esta torção é pequena e a norma permite que seja
desconsiderada.
Domínios de deformação
Já vimos na revisão de concreto e aço que estes materiais possuem suas deformações máximas de utilização
em projeto dadas por uma relação de deformação por mil, (símbolo ‰ ou permilagem).
O concreto trabalha a compressão, podendo sofre uma deformação máxima de ec = 3,5 ‰, enquanto o aço
trabalha em a tração, podendo ser uma deformação máxima de εa = 10‰. Isso significa uma deformação de
3,5 unidades de comprimento por mil e 10 unidades de comprimento por 1000, respectivamente.
Tendo em mente estes valores característicos, podemos abordar o conceito de domínio de deformação em
uma viga de concreto armado.
O primeiro domínio caracteriza uma situação em que toda seção está submetida a uma força de tração.
Os domínios 2, 3 e 4 caracterizam uma situação possível para vigas onde podemos observar a delimitação
entre o domínio 2 e 3 marcado pelo início da deformação de escoamento do aço, em torno de 2 ‰.
O domínio 5 caracteriza uma situação para pilar, onde toda seção está submetida á compressão.
Domínio 1
A seção está totalmente tracionada (ecd = 0), sendo a armadura a única fonte de resistência. Porém, a tração
não é uniforme, pois a deformação varia, na borda superior, de 10 ‰ a 0 (10 ‰ ≤ eyd ≤ 0). Na armadura
inferior, a deformação permanece em 10 ‰ (eyd = 10
‰).
Domínio 2
É quando o concreto começa a sofrer deformação causado pela compressão. Em decorrência desta
deformação, o domínio 2 é subdividido em duas partes:
Assim, classifica-se o domínio 2 como dimensionamento à seção sub armada, uma vez que a armadura
tracionada é aproveitada ao máximo, com esd = 10 ‰, mas o concreto comprimido não, com ecd ≤ 3,5 ‰
(como se houvesse desperdício de concreto, ou seja, é como se houvesse mais concreto do que o necessário,
pois a ruína acontece pelo alongamento do aço.
Domínio 3
No início deste domínio, o dimensionamento também está no modo inicialmente sub armado.
Na borda superior, o concreto continua na ruptura, comprimido no valor máximo de 3,5 ‰. O aço, porém,
não atinge o escoamento, e considera-se este domínio como seção superarmada: a deformação de
alongamento na armadura tracionada varia de zero até eyd, ou seja, a tensão na armadura é menor que a
máxima permitida, fyd.
A altura da linha neutra avança ainda mais para baixo na viga, até atingir a altura útil, delimitando o fim do
domínio 4, dando início ao domínio 4a
Domínio 4a
Domínio 5
Para cada domínio temos uma relação equivalente para altura da linha neutra em relação a d (altura da face
superior até o centro geométrico da armadura positiva. A NBR 6118:2014 estabelece um limite máximo de
altura de linha neutra de 0,45d, ou seja, limite do domínio 3.
Equacionando os conceitos de domínio
Agora vamos utilizar os conceitos de domínios de deformação apresentados para encontrar uma formulação
que nos permita encontrar a
quantidade de aço necessária para
armar uma viga submetida a uma
determinada carga.
• Existe uma força de reação que é igual a tesão na região comprimida do concreto vezes a área;
• Existe uma força de reação das barras de aço;
• Os centros dessas contrárias estão separados por uma distância ‘Z’;
• Podemos calcular o momento gerado por estas duas forças de reação.
𝑅𝑎 = 𝐴𝑠 ∗ 𝜎𝑠 (2)
A viga está em equilíbrio pois recebeu o carregamento, deformou um pouco e resistiu a carga aplicada. Rc
precisa ser igual a Ra como resultado deste equilíbrio. Temos então uma terceira equação:
𝑅𝑐 = 𝑅𝑎 (3)
Ainda precisamos encontrar a distância ‘Z’, braço de alavanca para cálculo do momento interno da viga que
devera ser igualado ao momento externo, ou seja, que foi aplicado na viga.
Exemplo 1
Seja uma viga com 6 metros de vão e seção de 15x60 submetida a um carregamento distribuído de 18 kN/m.
Vamos calcular a área de aço necessária, considerando aço CA50 e concreto com fck de 25 MPa.
Solução analítica
𝑞𝑙2 18 ∗ 62
𝑀= = = 81 𝑘𝑁/𝑚
8 8
25
𝑓𝑐𝑑 = = 17,85 𝑀𝑃𝑎
1,4
𝑍 = 𝑑 – 0,4𝑥 (5)
Agora precisamos calcular a distância da altura útil ‘d’ que é a distância da face superior da viga até o centro
das barras de aço. Temos a altura da viga e vamos descontar o cobrimento, a dimensão transversal do estribo
e metade da dimensão transversal das barras positivas.
Precisamos estimar um valor inicial para estribos e barras positivas e vamos considerar estribos de 6,3 mm e
barras positivas de 10 mm. Assim:
10
𝑑 = 60 – 3 – 0,63 – = 55 𝑐𝑚
2
Uma outra forma é iniciar a estimativa com um valor de 90% da altura, ou seja, d = 0,9 h = 54 cm. Na prática
pode-se usar 90% de h quando h for maior ou igual a 30cm
𝑅𝑐 = 1821 ∙ 103 ∗ 𝑥
𝑀𝑖 = 𝑅𝑐 ∗ 𝑧 = 𝑀𝑑 = 113,4 𝑘𝑁/𝑚
𝑥 ∗ (𝑑 − 0,4𝑥) = 0,062
𝑥 ′ = 0,124 𝑚 𝑒 𝑥 ′′ = 1,25 𝑚
Descartamos a segunda solução, pois está maior que a viga, portanto a posição da linha neutra é 12,4 cm e
vamos substituir nas equações de
1. O concreto está submetido a uma deformação máxima de 3,5‰ e vamos encontrar a deformação do
aço.
2. O aço está com deformação máxima de 10‰ e vamos encontrar a deformação do concreto.
3,5 𝜀𝑎
=
12,4 55−12,4
𝜀𝑎 = 12,02 ‰
Esta solução não é válida, pois significa uma ruptura da viga por
deformação maior que a máxima.
𝜀𝑐 10
=
12,4 55 − 12,4
𝜀𝑐 = 2,9 ‰
Estamos usando um aço CA-50 que possui fya = 500 MPa e vamos obter
a área de seção de aço da seguinte forma:
fya 500
fyd = = = 434,7 MPa
1,15 1,15
𝑅𝑎 225𝑘𝑁
𝐴𝑠 = = = 5,17 ∙ 10−4 𝑚2 = 5,17 𝑐𝑚2
𝜎𝑠 434,7𝑀𝑃𝑎
Estamos trabalhando com a possibilidade de usar barras de ∅10 mm. Estas barras possuem uma seção de
0,785 cm2, de onde podemos calcular a quantidade de barras.
Uma dessas tabelas é a tabela Kc/Ks, onde calculamos um coeficiente Kc e encontramos na tabela o valor Ks
correspondente para calcular a área de seção de aço.
bw ∗ d2
Kc =
Md
Ks ∗ Md
As =
d
Donde obtemos:
bw ∗ d2 15 ∗ 552
Kc = = =4
Md 113,4 ∗ 100
Lembrando que a tabela foi elaborada para valores em centímetros, por isso precisamos multiplicar o Md por
100 para transformar em cm.
Na tabela, procuramos o valor mais próximo de 4 e obtemos Ks de acordo com o fck e o aço utilizado. No nosso
caso, para o aço CA-50 temos um Ks=0,025
Conclusão:
Chegamos a um valor de área de aço de 5,15 cm2 usando a tabela e 5,17 cm2 usando a solução teórica e a
quantidade de barras de aço ∅10 será a mesma.
5,15
𝑄𝑑𝑒 = = 6,57
0,785
Com isso, também determinamos que a viga vai precisar de 7 barras de ∅10
Exemplo 2
No exemplo anterior, após o estudo analítico, determinamos que a viga trabalhou no domínio 2 de
deformação. Neste exemplo teremos um caso no domínio 3.
Concreto de 20 MPa; cobrimento de 3 cm, dimensões de 15x30 cm, M =23,6 kN/m, estribos com ∅6,3 e
barras com ∅10mm, aço CA-50.
Solução analítica
20
𝑓𝑐𝑑 = = 14,28 𝑀𝑃𝑎
1,4
𝑍 = 𝑑 – 0,4𝑥
10
𝑑 = 30 – 3 – 0,63 – = 26 𝑐𝑚
2
𝑅𝑐 = 1456,56 ∙ 103 ∗ 𝑥
𝑀𝑖 = 𝑅𝑐 ∗ 𝑧 = 𝑀𝑑 = 33,04 𝑘𝑁/𝑚
𝑥 ∗ 𝑧 = 0,02268
𝑥 ∗ (𝑑 − 0,4𝑥) = 0,02268
𝑥 ′ = 0,1038 𝑚 𝑒 𝑥 ′′ = 0,546 𝑚
Descartamos a segunda solução, pois está maior que a viga, portanto a posição da linha neutra é 10,38 cm e
vamos substituir nas equações de
3,5 𝜀𝑎
=
10,4 26−10,4
𝜀𝑎 = 5,25 ‰
Esta solução é válida, pois significa que o aço está trabalhando abaixo
da deformação máxima. Podemos verificar que estamos no domínio 3,
pois estamos com uma deformação do concreto em 3,5 ‰ e uma
deformação do aço de 5,25 ‰.
Para efeitos didáticos, vamos calcular o segundo caso
𝜀𝑐 10
=
10,4 26 − 10,4
𝜀𝑐 = 6,66 ‰
Esta solução não é válida, pois o concreto está com uma deformação
maior que o limite máximo.
Observação:
Estamos usando um aço CA-50 que possui fya = 500 MPa e vamos obter a área de seção de aço da seguinte
forma:
fya 500
fyd = = = 434,7 MPa
1,15 1,15
𝑅𝑎 151,48𝑘𝑁
𝐴𝑠 = = = 3,48 ∙ 10−4 𝑚2 = 3,48 𝑐𝑚2
𝜎𝑠 434,7𝑀𝑃𝑎
Estamos trabalhando com a possibilidade de usar barras de ∅10 mm. Estas barras possuem uma seção de
0,785 cm2, de onde podemos calcular a quantidade de barras.
Podemos observar o mesmo resultado para As em termos práticos, quando usamos a tabela Kc/Ks
bw ∗ d2 15 ∗ 262
Kc = = = 3,069
Md 33,04 ∗ 100
Durante o lançamento do concreto sobre as formas com as armações, caso os espaçamentos entre as barras
não esteja adequado, o agregado graúdo ficará retido, impossibilitando o preenchimento das formas.
Um outro problema que pode acontecer é a dificuldade de introdução da ponteira do vibrador entre as barras,
prejudicando o adensamento.
Estes problemas podem causar a formação de espaços vazios no interior da estrutura ou retenção do agregado
graúdo entre as barras, em ambos os casos, reduzindo a eficiência do concreto e podendo levar a estrutura ao
colapso.
2 cm;
ev = { ∅l (diâmetro da barra ou feixe de barras;
0,5 ∅ do agregado
2 cm;
eh = { l (diâmetro da barra ou feixe de barras;
∅
1,2 ∅ do agregado
Exemplo 1
Vamos considerar a parte superior de uma viga com 15 cm de largura, armada com estribos de 6,3 mm e barras
longitudinais de 10 mm e cobertura de 3 cm, e concreto com brita #1 (malha entre 9,5 e 19 mm)
𝑒ℎ = 15 − 3 − 3 − 0,63 − 0,63 − 1 − 1
𝑒ℎ = 5,74 𝑐𝑚
Que é um espaçamento muito maior que o mínimo
estabelecido por norma.
2 cm;
eh = { l (0,63);
∅
1,2 ∅ do agregado (1,2 ∗ 1,5 = 1,8 cm)
Exemplo 2
15 − 3 − 3 − 0,63 − 0,63 − 1 − 1 − 1
𝑒ℎ =
2
𝑒ℎ = 2,55 cm
Com isso podemos deduzir uma equação prática para o espaçamento horizontal
𝑏 − 2𝑐 − 2∅𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠 − 𝑛 ∙ ∅𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑒ℎ =
𝑛−1
Exemplo 3
15 − 2 ∗ 3 − 2 ∗ 0,63 − 4 ∗ 1
𝑒ℎ = = 1,24 𝑐𝑚
3
Como não é possível, por ter um espaçamento menor que o mínimo estabelecido, temos que avançar para
uma segunda camada de barras longitudinais.
Podemos colocar apenas uma barra na segunda camada, com o espaçamento vertical estabelecido pela
norma, ou podemos colocar duas barras na segunda camada de forma simétrica. Em ambos os casos, com o
espaçamento horizontal estabelecido pela norma.
Ftool
Apostila em
desenvolvimento, não
finalizada