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EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
PAGAMENTO
Sendo que, em se tratando de lançamento por homologação, só se considera extinto o crédito se o pagamento for
homologado.
COMPENSAÇÃO
A compensação é uma forma de extinção da obrigação tributária, uma forma de pagamento. Crédito e débito se
compensam quando houver credor e devedor simultaneamente.
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso
atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários líquidos e certos, ven-
cidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública
Art.. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial
pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. (Redação dada pela LC
104/2001).
Súmula 212 - A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar
cautelar ou antecipatória
Súmula 213 - O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação
tributária.
TRANSAÇÃO
Mediante disposição expressa em lei. Só a lei pode autorizar a transação entre o contribuinte e a fazenda.
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REMISSÃO
Perdão, indulto: art. 172, do CTN: A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho funda-
mentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
Aqui estamos diante do instituto da remissão como forma de extinção da obrigação de do crédito tributário. A anistia,
que está no capítulo da exclusão do crédito tributário, exclui a penalidade, a multa e deve ser antes da constituição
do crédito tributário. Se a lei da anistia exclui a multa, permanece devido o tributo. A anistia é só mediante lei.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Prescrição: Art. 174, do CTN: A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco (cinco anos), conta-
dos da data da sua constituição definitiva.
B) Decadência: Art. 173, do CTN. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5
(cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II – da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente
efetuado.
Do fato gerador ao lançamento é prazo decadencial. Com o lançamento que constitui o direito da Fazenda a cobrar
começa a prescrição.
Decadência - cinco anos- regra: começa a contagem no primeiro dia do exercício seguinte aquele que deveria ter
ocorrido o lançamento.
No lançamento por homologação conta cinco anos do fato gerador para decadência. Exceção: Salvo quando houver
fraude, dolo ou simulação ou ausência de pagamento! O prazo prescricional pode ser interrompido, o despacho do
juiz que determinar a citação do devedor zera e volta a contar novamente. Não é com a citação válida. (Art.. 150,
parágrafo 4º.)
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Exclusão do Crédito Tributário – Art. 175 do CTN
Consistem em causas de inibição do Lançamento do tributo, previstas no Art. 175 do CTN. Portanto, ocorre o fato
gerador, porém não haverá o lançamento. Com isso, é possível concluir que a isenção e a anistia têm início antes
do lançamento e surgem após a ocorrência da obrigação tributária.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias depen-
dentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente.
Art. 175 do CTN, há o estabelecimento de que, ainda que exista o direito à isenção ou anistia, o contribuinte
deverá cumprir as obrigações acessórias
Isenção - A lei concede a isenção, para que determinada situação ou pessoa não está obrigado de pagar o tributo.
Ocorre que, a isenção não observa o princípio da anterioridade, do exercício, nem o da nonagesimal, porque a
revogação da isenção não configuraria uma instituição ou majoração do tributo.
No CTN, em seu art. 104, prevê revogação de isenção, cujo o imposto é sobre renda ou sobre o patrimônio, essa
lei só produzirá efeitos no primeiro dia do exercício seguinte:
Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os
dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
O art. 177 do CTN, estabelece que a concessão de isenção não se estende às taxas e contribuição de melhoria,
bem como aos tributos que venham a ser criados ou instituídos posteriormente à lei que cria a isenção.
A lei que estabelece isenção deve ser interpretada literalmente, nos termos do art. 111 do CTN. Portanto, no caso
de tributos que venham a ser criados ou instituídos posteriormente à lei que cria a isenção, não serão abrangidos
pela isenção.
Em relação à não extensão da isenção às taxas e contribuição de melhoria, deve-se observar que esses tributos
são criados em virtude de uma contraprestação direta, por isso, não há embasamento para se estender determinada
isenção concedida em lei para estes tributos, salvo disposição de lei em contrário.
Sobre a revogação, existe uma exceção, nos termos do art. 178 do CTN e na Súmula 544 do STF, que consiste nos
casos de isenção por prazo determinado ou por determinadas condições onerosas.
CTN - Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser
revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 24, de 7.1.1975)
STF - SÚMULA Nº 544: Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimi-
das.
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ANISTIA - Trata-se de perdão, concedida por lei, das penalidades pecuniárias, de forma a abranger os créditos
tributários anteriores ao lançamento. Importante destacar que a anistia poderá abarcar apenas os tributos, cujos
fatos ocorreram anteriores à lei, nos termos do art. 180 do CTN.
A anistia não poderá ser concedida em casos de crimes ou contravenções, praticados com dolo, fraude ou simula-
ção do sujeito passivo, bem como às infrações resultantes de conluio de outras pessoas.
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a
concede, não se aplicando:
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam
praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurí-
dicas.
Esse perdão pode ser geral ou limitado, conforme dispõe o artigo 181 do CTN.
As garantias são prerrogativas que a Fazenda Pública dispõe, para fazer com que o sujeito passivo efetue o paga-
mento do tributo, este direito está amparado pelo Princípio da Supremacia do Interesse Público. Já os Privilégios
do crédito tributário consistem na ordem de preferência dos créditos tributários, numa posição de vantagem quanto
aos demais. As Garantias e Privilégios possuem previsão nos Arts. 183 a 193 do CTN.
As garantias constantes no CTN não são taxativas, são meramente exemplificativas, conforme previsão no art. 183
do CTN.
Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras que
sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se
refiram.
Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza deste nem a da
obrigação tributária a que corresponda. (Grifo nosso)
Uma questão importante consiste em saber quais são as garantias que o Fisco goza para receber seus créditos
tributários.
Para definir essa questão, pode-se afirmar que as Fazendas possuem muitas garantias para o recebimento, pois a
totalidade dos bens do sujeito passivo responde para a satisfação do crédito tributário. Quando se fala em todo o
patrimônio, deve-se incluir os bens particulares gravados com cláusula de impenhorabilidade, independentemente
da data de sua constituição. A única hipótese em que os bens não serão dados em garantia para o pagamento da
dívida tributária, são os considerados absolutamente impenhoráveis pela legislação, conforme consta no art. 184
do CTN a seguir:
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Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde
pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito
passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou
impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e
rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.(grifo nosso).
No tocante à Lei 8.009/90, que estabelece sobre o bem de família, bem como sobre a impenhorabilidade destes
bens, vale mencionar que, referente ao crédito tributário relacionado ao imóvel familiar, há uma exceção, conforme
dispõe no inciso IV, do art. 3º da Lei 8.009/90, transcrito a seguir:
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, tra-
balhista ou de outra natureza, salvo se movido:
I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias;
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite
dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
III -- pelo credor de pensão alimentícia;
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel
familiar;
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar;
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento,
indenização ou perdimento de bens;
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.
Portanto, a Lei nº 8.009/90 permite que os tributos relacionados ao bem imóvel familiar (IPTU, ITR, contribuições de
melhorias ou taxas do imóvel) sejam objeto de penhora para assegurar o pagamento do crédito tributário.
Presume fraudulenta a alienação realizada por sujeito passivo regularmente inscrito em dívida ativa, que dilapidar
seu patrimônio de forma não resguardar bens suficientes para pagamento da dívida tributária, conforme consta no
art.185 do CTN.
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo
em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor,
bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
Ressalta-se que não se aplica a súmula 375 do STJ, uma vez que a súmula em questão foi instituída para créditos
não tributários. Após a edição da LC 118/05 para caracterizar a fraude à execução fiscal, não é necessário o registro
da penhora do bem, objeto do negócio jurídico entre particulares, bastando que a alienação leve o contribuinte
devedor do tributo (inscrito em dívida ativa) à insolvência.
Ainda com relação à Lei Complementar 118/2005, informa-se que houve a inclusão do Art. 185-A do CTN, que
também veio a favorecer a Fazenda, que assim se descreve:
Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no
prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direi-
tos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros
de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado
bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
§ 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível, devendo o juiz determinar
o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite.
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§ 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste artigo enviarão imediata-
mente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houverem promovido. (Incluído pela
Lcp nº 118, de 2005)
Portanto, por este dispositivo conclui-se que poderá haver a determinação do Juiz (de forma ponderada), por meio
eletrônico, de comunicar cartórios e instituições financeiras a fim de que possa bloquear bens e direitos do contri-
buinte, sendo claro que esse bloqueio apenas deverá ser feito até o montante da dívida, não podendo em nenhuma
hipótese ser bloqueado montante superior ao valor da dívida tributária.
Súmula 560-STJ: A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN,
pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando
infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos registros públicos
do domicílio do executado, ao Denatran ou Detran.
STJ. 1ª Seção. Aprovada em 09/12/2015. DJe 15/12/2015.
EXERCÍCIOS
1. (PCPI – Delegado de Polícia Civil – NUCEPE) Assinale a alternativa que não contempla hipótese de extin-
ção do crédito tributário expressamente prevista no Código Tributário Nacional:
A) Remissão;
B) Compensação;
C) Isenção;
D) Dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei;
E) Decisão judicial passada em julgado.
2. (TRERJ – Analista – CONSUPLAN) A dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições esta-
belecidas em lei, constitui espécie de:
A) é instituto de direito civil acolhido pelo Código Tributário Nacional, como forma de extinção do crédito tributário,
mediante a entrega de bens móveis e imóveis, no modo e condições estabelecidos em lei.
B) é instituto de direito civil acolhido pelo Código Tributário Nacional, como forma de extinção do crédito tributário,
mediante a entrega de bens imóveis, no modo e condições estabelecidos pela lei.
C) é instituto de direito civil não expressamente acolhido pelo Código Tributário Nacional, mas que pode ser admitido
pela legislação específica dos entes tributantes como forma de extinção do crédito tributário, mediante a entrega de
bens.
D) é instituto de direito civil acolhido pelo Código Tributário Nacional, como forma de extinção do crédito tributário,
mediante a entrega de bens, no modo e condições estabelecidos em decreto do Chefe do Poder Executivo da pessoa
jurídica de direito público credora.
4. (Procurador/SE – CESPE) Uma lei estadual indicou autoridade competente para estabelecer condições
que possibilitassem ao contribuinte e à fazenda pública estadual negociar o encerramento de litígios judici-
ais e administrativos acerca de determinada questão tributária. A referida norma estabeleceu que as partes
deveriam fazer determinadas concessões mútuas com o objetivo de alcançar a extinção do crédito tributá-
rio. A negociação objeto da situação hipotética apresentada é um exemplo de:
A) compensação.
B) anistia.
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C) moratória.
D) remissão.
E) transação.
5. (Pref. Porto Ferreira/SP – Procurador Jurídico – VUNESPE) De acordo com o que dispõe o Código Tribu-
tário Nacional, a lei pode facultar, nas condições que estabeleça, objetivando o término do litígio com a
consequente extinção do crédito tributário, que os sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária, mediante
concessões mútuas, celebrem:
A) compensação.
B) conversão do depósito em renda.
C) dação em pagamento.
D) transação.
E) parcelamento.
6. (Delegado de Polícia/PE – CESPE) No que diz respeito aos institutos da prescrição e da decadência, assi-
nale a opção correta.
A) A prescrição e a decadência estão previstas no CTN como formas de exclusão do crédito tributário.
B) O direito de ação para a cobrança do crédito tributário decai em cinco anos, contados da data da sua constituição
definitiva.
C) O protesto judicial é uma forma de interrupção da prescrição.
D) O direito de a fazenda pública constituir o crédito tributário prescreve após cinco anos, contados do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
E) As normas gerais sobre prescrição e decadência na matéria tributária devem ser estabelecidas por meio de lei
ordinária.
8. (Pref. Santa Cecília/SC – Advogado – NUBES) A extinção do crédito tributário, trata instituto que põe fim
a exigência tributária, desta forma, quais são estes institutos enumerados no Código Tributário Nacional:
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D) A decisão judicial passada em julgado, a isenção e a moratória são hipóteses de suspensão da exigibilidade do
crédito tributário.
10. (Pref. Juazeiro/BA 2016 – Advogado – AOCP) Assinale a alternativa que apresenta três modalidades de
extinção do crédito tributário descritas no Código Tributário Nacional.
GABARITO:
1-C
2-A
3-B
4-E
5-D
6-C
7-A
8-C
9-C
10 - D
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