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IPTU – Art. 156, I da CF e Arts. 32 a 34 do CTN
A posse deflui do conceito de possuidor, como sendo todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de
algum dos poderes inerentes à propriedade (art. 1.196 do Código Civil).
Segundo entendimento dos Tribunais Superiores, quem deve pagar o IPTU é o proprietário, possuidor ou detentor
de domínio com animus domini.
Exceção!!!! Se o imóvel estiver dentro da zona urbana, mas tiver destinação econômica rural será devido o ITR,
nos termos do art. 15 do DL 57/66:
Art 15. O disposto no art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange o imóvel de que, comprova-
damente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial, incidindo assim,
sôbre o mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados. (Revogação suspensa pela RSF nº 9, de 2005)
Critério Temporal:
Critério Espacial:
Critério Pessoal:
Sujeito Ativo: Município em que estiver localizado o imóvel.
Sujeito Passivo: proprietário, possuidor ou detentor de domínio com animus domini.
Critério Quantitativo:
Base de cálculo: Valor venal do imóvel, nos termos do art. 33 do CTN:
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Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.
Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em
caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou co-
modidade.
Alíquotas:
ITBI:
Art. 156, II da CF
Arts. 35 a 42 do CTN
Critério Material: “transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aqui-
sição
Hipóteses de Incidência: Compra e venda, dação em pagamento, permuta (troca), mandato em causa própria
com poderes equivalentes para a transmissão de bem imóvel, arrematação, adjudicação, valor do imóvel que na
divisão de patrimônio comum ou na partilha, forem atribuídos a um dos cônjuges separados ou divorciados, uso e
fruto.
Hipóteses de Não Incidência: Usucapião, desapropriação, servidões, contratos de promessa de compra e venda
(haja vista tratar-se de contrato que poderá ou não se concretizar em contrato definitivo, este sim ensejador da
cobrança do aludido tributo).
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Imunidades Específicas do ITBI:
Art. 184, § 5º CF –
§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desa-
propriados para fins de reforma agrária.
Súmula nº 111 STF: É legítima a incidência do imposto de transmissão "inter vivos" sobre a restituição, ao
antigo proprietário, de imóvel que deixou de servir a finalidade da sua desapropriação.
Critério Temporal: No momento da transmissão do Bem Imóvel. (art. 1.245 do Código Civil)
Ocorre com o registro do Imóvel em Cartório.
Súmula 108 STF: É legítima a incidência do imposto de transmissão "inter vivos" sobre o valor do imóvel
ao tempo da alienação, e não da promessa, na conformidade da legislação local.
Súmula 420 STF: O imposto de transmissão "inter vivos" não incide sobre a construção, ou parte dela,
realizada, inequivocamente, pelo promitente comprador, mas sobre o valor do que tiver sido construído
antes da promessa de venda.
Súmula 656 STF: É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de trans-
missão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do imóvel.
ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – Art. 156, III da CF e LC nº 116/03
1) Serviço
2) Que não seja de Competência dos Estados e DF, ou seja, de incidência do ICMS
3) Tenha previsão em Lei Complementar
A Lista anexa à LC nº 116/03 é taxativa, porém pode ter interpretação extensiva para serviços congêneres.
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15 – Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive aqueles prestados por instituições financeiras
autorizadas a funcionar pela União ou por quem de direito.
15.01 – Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres, de carteira
de clientes, de cheques pré-datados e congêneres.
15.02 – Abertura de contas em geral, inclusive conta-corrente, conta de investimentos e aplicação e caderneta de
poupança, no País e no exterior, bem como a manutenção das referidas contas ativas e inativas.
1. Conforme a orientação desta egrégia Corte Superior, é taxativa a Lista de Serviços anexa ao Decreto-lei
406/68, para efeito de incidência de ISS, admitindo-se, em ampliação aos já existentes, apresentados com outra
nomenclatura, o emprego da interpretação extensiva para serviços congêneres (interpretação extensiva, observa-
do, contudo, a natureza dos serviços).
(AgRg no REsp 1260079/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em
24/04/2012, DJe 07/05/2012)
Súmula 424 STJ - É legítima a incidência de ISS sobre os serviços bancários congêneres da lista anexa ao
DL n. 406/1968 e à LC n. 56/1987.
Súmula 274 STJ - O ISS incide sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-se neles as refeições,
os medicamentos e as diárias hospitalares.
Súmula 163 STJ - O fornecimento de mercadorias com simultânea prestação de serviços em bares, restau-
rantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da opera-
ção.
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EMENTA : CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONFLITO ENTRE IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUAL-
QUER NATUREZA E IMPOSTO SOBRE OPERAÇÃO DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E DE SERVIÇOS
DE COMUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL. PRODUÇÃO DE EMBALA-
GENS SOB ENCOMENDA PARA POSTERIOR INDUSTRIALIZAÇÃO (SERVIÇOS GRÁFICOS). AÇÃO DIRETA
DE INCONSTITUCIONALIDADE AJUIZADA PARA DAR INTERPRETAÇÃO CONFORME AO O ART. 1º, CAPUT
E § 2º, DA LEI COMPLEMENTAR 116/2003 E O SUBITEM 13.05 DA LISTA DE SERVIÇOS ANEXA. FIXAÇÃO
DA INCIDÊNCIA DO ICMS E NÃO DO ISS. MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA.
Até o julgamento final e com eficácia apenas para o futuro (ex nunc), concede-se medida cautelar para interpretar
o art. 1º, caput e § 2º, da Lei Complementar 116/2003 e o subitem 13.05 da lista de serviços anexa, para reconhe-
cer que o ISS não incide sobre operações de industrialização por encomenda de embalagens, destinadas à inte-
gração ou utilização direta em processo subsequente de industrialização ou de circulação de mercadoria. Presen-
tes os requisitos constitucionais e legais, incidirá o ICMS.
(ADI 4389 MC, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 13/04/2011, PROCESSO ELE-
TRÔNICO DJe-098 DIVULG 24-05-2011 PUBLIC 25-05-2011 RDDT n. 191, 2011, p. 196-206 RT v. 100, n. 912,
2011, p. 488-505)
Súmula 156 STJ - A prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda, ainda
que envolva fornecimento de mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS.
Depreende-se da vontade do legislador contida no art. 156, II da CF, que seu objetivo é fazer incidir o ISS sobre o
esforço humano que alguém presta a terceiro como um fim a ser alcançado pelo bem que recebeu o serviço. Não
há, na norma constitucional, espaço para se estender como tributável a atividade-meio do prestador de serviço,
isto é, o esforço humano que é realizado, a pedido de terceiro, como sendo ação intermediária para algo a ser
feito, a consecução desse “fazer” não está sujeita ao ISS.
Os serviços-meio destinados a atingir a execução dos serviços-fim não estão sujeitos à incidência do ISS. São
serviços de intermediação, portanto, elementos constitutivos dos principais.
Serviço X Industrialização
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EXERCÍCIOS
1) Nos termos do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta sobre o Imposto sobre a Pro-
priedade Predial e Territorial Urbana – IPTU:
A) Não poderá ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
B) A base do cálculo do imposto é o valor de mercado do imóvel.
C) Contribuinte do imposto é sempre o proprietário do imóvel.
D) Tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel localizado na zona urbana do
Município.
2) Uma lei municipal concedeu isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) a proprietários de
imóveis urbanos, de determinado bairro, que sofreram danos estruturais provocados por furacão que as-
solou a localidade. Tomando conhecimento do benefício, um proprietário de um imóvel, localizado em
bairro próximo, ingressa com ação buscando se beneficiar da referida isenção. Segundo as normas ex-
pressas no Código Tributário Nacional, o pedido será:
3) Para fins de instituição e cobrança do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU, o
Código Tributário Nacional exige a implementação por parte do Poder Público Municipal de, pelo menos,
dois melhoramentos ali elencados.
4) Determinado Estado da Federação cedeu um imóvel de sua propriedade à pessoa jurídica de direito
privado ABC, para que esta exerça atividade econômica com fins lucrativos, no local do imóvel.
Em relação à cobrança de Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) do imóvel, assina-
le a afirmativa correta.
A) É vedada a cobrança do IPTU do imóvel, tendo em vista a imunidade recíproca das pessoas de direito público,
princípio garantidor da Federação e cláusula pétrea.
B) É vedada a cobrança do IPTU do imóvel, tendo em vista que o Estado é isento do pagamento do IPTU de imó-
veis de sua propriedade.
C) O IPTU é devido e o Estado, contribuinte do imposto, deve realizar o pagamento.
D) O IPTU não é devido, uma vez que o Estado não é sujeito passivo da exação.
E) O IPTU é devido e a pessoa jurídica de direito privado é a responsável tributária e quem deve realizar o paga-
mento.
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5) Segundo o Código Tributário Nacional, o lançamento é o procedimento pelo qual a autoridade adminis-
trativa verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, determina a matéria tributável, calcula
o montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalida-
de cabível.
I. O envio do carnê de IPTU ao endereço do contribuinte configura a notificação presumida do lançamento do tri-
buto.
II. O lançamento pode ser revisto de ofício pela Fazenda Pública, se constatado erro em sua feitura, enquanto não
extinto o direito de lançar.
III. Ocorrendo o pagamento antecipado do ICMS por parte do contribuinte, o prazo decadencial para o lançamento
de eventuais diferenças é de cinco anos a contar do fato gerador.
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
6) Por decreto do prefeito, de agosto de 2014, o município de Manaus atualizou a base de cálculo do IPTU
e sua planta de valores imobiliários, para a cobrança do tributo em 2015. Na atualização, foi usada como
referência a taxa SELIC para títulos federais, índice oficial para cálculo dos encargos pela mora dos tribu-
tos federais. Nessa situação hipotética,
A) o ato é válido, pois, tendo o decreto sido editado no ano de 2014 para surtir efeitos em 2015, foi observado o
princípio da anterioridade.
B) o ato é inválido, pois apenas lei municipal poderia indicar a SELIC como índice de correção monetária no muni-
cípio.
C) o ato é inválido, por implicar acréscimo real, e não mera correção.
D) o ato é válido, pois sendo o IPTU um tributo extrafiscal, a ele não se aplica o princípio da legalidade.
E) o ato é válido, pois a taxa SELIC é índice oficial, não constituindo a sua aplicação, para correção da base de
cálculo do IPTU, majoração de tributo.
7) O estudo dos tributos municipais, das imunidades tributárias e dos princípios que regem essa matéria
indica que:
A) o local de pagamento do Imposto sobre serviços de qualquer natureza é o município onde ocorreu a prestação
do serviço.
B) a elevação progressiva da base de cálculo de IPTU, conforme os ditames da Lei 10.257/2001, requer a neces-
sidade de lei específica para cada aumento, com a devida observância da anterioridade clássica.
C) ainda quando alugados a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades
referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição Federal, desde que o valor dos alugueis seja aplicado nas atividades
para as quais tais entidades foram constituídas.
D) o município pode, hodiernamente, por lei específica, conceder isenção tributária em relação ao Imposto sobre
serviços de qualquer natureza.
8) Leia a seguinte notícia: “É uma das principais fontes de receita próprias do município e gera investi-
mentos sociais para o cidadão, como a manutenção de ruas, iluminação pública, recolhimento de lixo,
limpeza urbana, entre outros serviços. A falta de pagamento acarreta, entre outras consequências, a apli-
cação de multa, juros, atualização monetária, inscrição no cadastro de inadimplentes da Prefeitura, inscri-
ção na Dívida Ativa, instauração de processo de execução fiscal e, em última instância, pode levar o imó-
vel a leilão para satisfação do crédito tributário. A Lei nº 4.416/2015 concedeu desconto de 30% nesse no
imposto 2016, para quem pagou até o dia 29 de janeiro.” (Fonte: texto adaptado – www.viamao.rs.gov.br).
A notícia acima se refere ao imposto municipal pago anualmente por pessoas que possuem propriedades
urbanas. Qual o nome desse imposto?
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A) ICMS.
B) INSS.
C) IPVA.
D) IPTU.
E) ISS.
9) Para os efeitos de cobrança de IPTU, entendese como “zona urbana” a definida em lei municipal, obser-
vado o requisito mínimo de pelo menos dois elementos da lista de melhoramentos previstos no CTN,
construídos ou mantidos pelo Poder Público. Assinale a alternativa que NÃO compõe um desses elemen-
tos:
10) Em relação às contribuições previstas na Constituição Federal de 1988, marque V para as afirmativas
verdadeiras e F para as falsas.
A) F, V, F, V
B) F, F, V, V
C) V, F, V, F
D) F, F, V, F
E) V, V, F, V
GABARITO:
1–D
2–A
3–B
4–E
5–E
6–C
7–C
8–D
9–D
10 – B
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