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15/02/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.

IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL URBANA

1) Critério material

O IPTU, tributo de competência dos Municípios, está previsto pela CF/88 no seu art. 156, I:

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

I — propriedade predial e territorial urbana;

A regra-matriz do IPTU tem por critério material “ser proprietário, ter o domínio útil ou ser
possuidor de bem imóvel”, conforme artigo 32 do CTN:

Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.

Para bem definirmos tal critério, é preciso se fazer uma incursão em alguns conceitos típicos de
direito civil. O primeiro deles é o conceito de propriedade.

O art. 1.228 do Código Civil dispõe que:

Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do
poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

Já o domínio útil é o direito de utilização, fruição e disposição, inclusive o de alienação, decorrente


do regime de enfiteuse. O regime de enfiteuse configura-se um direito real sobre coisa alheia, na qual o
proprietário atribui a outrem o domínio útil do imóvel, mediante recebimento de pensão, foro, laudêmio.
Apesar deste instituto não estar mais previsto no Novo Código Civil, as enfiteuses estabelecidas
anteriormente a esta norma permanecem vigentes.

Por fim, cumpre conceituarmos o conceito de posse. A posse está prevista no art. 1196 do CC nos
seguintes termos: “considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum
dos poderes inerentes à propriedade”.

Há que sublinhar, no entanto, que somente a posse ad usucapionem, ou seja, aquela que tem o
ânimo de ser proprietário, é que pode ser configurada como critério material do IPTU.

Ainda sobre o critério material, o bem a que se refere a propriedade, domínio útil e posse deve ser
um bem imóvel, de acordo com art. 79 do CC: “São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar
natural ou artifi cialmente”.

Ou seja, o IPTU recai somente sobre aqueles bens incorporados de forma permanente ao solo que
possam servir de habitação ou para o exercício de quaisquer atividades, em condições de habitabilidade.

2) Critério espacial

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O critério espacial do IPTU tem a peculiaridade de ser apenas uma parte do território do Município:
a zona urbana. Assim, somente os imóveis localizados dentro dos limites da zona urbana de determinado
Município poderá ser gravado pelo IPTU, pois os demais (localizados na zona rural), serão tributados pelo
ITR — Imposto Territorial Rural — de competência da União.

Mas como se pode definir o que é zona urbana? O art. 32, § 1° e 2° do CTN, traz elementos para a
definição de zona urbana. Segundo este artigo, há que haver a presença de no mínimo dois dos
melhoramentos elencados:

§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal;
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos
incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:

I — meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;

II — abastecimento de água;

III — sistema de esgotos sanitários;

IV — rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;

V — escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel
considerado.

Assim, será urbana a área dotada de equipamentos, tais como hospitais, centro de saúde, escolas,
redes de água, luz, esgoto, etc.

O § 2º do artigo 32 defi ne que “a lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou
de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à
habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas defi nidas nos termos do
parágrafo anterior”.

Assim, permite o CTN que os Municípios considerem como urbanas as áreas nas quais não
necessariamente existam os melhoramentos indicados no § 1º, mas que sejam consideradas como
urbanizáveis ou de expansão urbana.

O STJ73 também tem adotado o entendimento de que quando se tratar de imóvel localizado em
zona considerada urbana, mas que tenha finalidade agrícola, pecuária ou agroindustrial incidirá o ITR e não
o IPTU. Este entendimento fundamenta-se no artigo 15 do DL 57/66 que dispõe:

Art 15. O disposto no art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange o imóvel de
que, comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-
industrial, incidindo assim, sôbre o mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados.

3) Critério temporal

O critério temporal do IPTU dependerá da lei de cada município. Normalmente se elegem os dias 31
de dezembro ou 1° de janeiro de cada ano para se considerar ocorrido o critério material do imposto e, por
conseguinte, efetuar a cobrança da exação.

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Com relação ao critério temporal, cumpre salientar, na linha do que afirma Aires Barreto, que são
irrelevantes alterações físicas ou de titularidade ocorridas após o marco temporal de incidência do imposto
definido pela lei municipal. Ou seja, o que importa, para fins de IPTU é a existência da propriedade,
domínio útil ou posse naquela data. Assim, a imposição não se modifica por fato superveniente no decorrer
do exercício, tais como demolição ou desaparecimento do prédio, venda e mudança de proprietário, etc.

Eventuais mudanças ocorridas após a data indicada por lei só valerão para o próximo exercício.

4) Critério pessoal

Por fim, passemos a análise do consequente da Regra Matriz do IPTU.

Temos como sujeito ativo os Municípios e como sujeito passivo, segundo o art. 34 do CTN, o
proprietário do imóvel, titular de seu domínio útil ou possuidor a qualquer título:

Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu
possuidor a qualquer título.

Proprietário é aquele que tem a propriedade do imóvel, ou seja, a faculdade de usar, gozar e dispor
do bem, conforme vimos no critério material.

Importante salientar que a propriedade somente se prova mediante o registro do Registro de


Imóveis. O titular do seu domínio útil, por outro lado, é aquele que mantém um regime de enfiteuse face o
imóvel. Já o possuidor é aquele que exerce uma das prerrogativas inerentes à propriedade e tem o animus
domini, ou seja, a vontade de ter o bem como seu (posse ad usucapionem).

Com relação ao contribuinte do IPTU, questões controvertidas podem surgir no que diz respeito, por
exemplo, à situação do locatário, arrendante, comodatário, usuário e titular do direito de habitação, bem
como do promitente comprador.

Com relação ao locatário, arrendante, comodatário, Paulsen afirma que estes, por somente possuírem a
posse direta do bem e não tendo a possibilidade de transferir, locar ou ceder a terceiros, não podem ser
considerados contribuintes.

O STJ também entende neste mesmo sentido. Mesmo que o contrato de locação preveja que o
pagamento do IPTU será feito pelo locatário, tal cláusula não terá efeito perante o fisco, tendo em vista o
artigo 123 do CTN77.

O usuário e o titular do direito de habitação igualmente não podem ser considerados contribuintes,
vez que “apenas usam a coisa e percebem seus frutos quando o exigirem as necessidades suas e de sua
família; e habitam gratuitamente casa alheia e não possuem a titularidade do imóvel e sequer a posse”.

Por fi m, com relação à possibilidade do promitente comprador do imóvel ser contribuinte do IPTU,
a doutrina diverge entre duas posições. A primeira defende que o promitente comprador somente poderá ser
contribuinte do IPTU quando se tratar de “promessa irretratável de venda, houver pago todas as parcelas
contratuais e se encontrar habilitado a lavrar escritura”.

Já a segunda corrente defende que sempre o promitente comprador poderá ser alçado como sujeito
passivo do IPTU, vez que este detém a posse com o animus domini. Neste sentido é o entendimento do STJ

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que já decidiu a questão na sistemática do recurso repetitivo:

TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E


VENDA DE IMÓVEL. LEGITIMIDADE PASSIVA DO POSSUIDOR (PROMITENTE
COMPRADOR) E DO PROPRIETÁRIO (PROMITENTE VENDEDOR).

1. Segundo o art. 34 do CTN, consideram-se contribuintes do IPTU o proprietário do imóvel, o


titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título.

2. A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que tanto o promitente comprador


(possuidor a qualquer título) do imóvel quanto seu proprietário/promitente vendedor (aquele que
tem a propriedade registrada no Registro de Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo
pagamento do IPTU.

(...)

4. Recurso especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543- C do CPC e da Resolução STJ
08/08.

(REsp 1110551/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado
em 10/06/2009, DJe 18/06/2009)”

5) Critério quantitativo

O critério quantitativo tem como base de cálculo o valor venal do imóvel, segundo o art. 33 do
CTN:

Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.

Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis
mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização,
exploração, aformoseamento ou comodidade.

O valor venal do imóvel é o valor de mercado, de venda da propriedade.

O valor venal do imóvel é periodicamente apurado pela Prefeitura, através de normas e métodos
específicos e em função de diversos elementos (preço de mercado, custo de produção, profundidade, idade,
padrão, esquina, encravamento, etc.), restando consignado na “planta genérica de valores”.

Com relação à base de cálculo, ressalta-se que a atualização do valor venal, pela correção
monetária, não constitui majoração da base de cálculo do IPTU, podendo ser feita, por conseguinte,
mediante ato do poder executivo e não exclusivamente por lei.

As alíquotas do IPTU serão estabelecidas em lei municipal. O Município, no entanto, não pode fixá-
la em valores exorbitantes, devendo respeitar o princípio da capacidade econômica e do não-confisco. Após
a EC 29/00 é possível estabelecer alíquotas progressivas em razão do valor, da localização e do uso do
imóvel, assunto que passaremos a ver a seguir.

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2) PROGRESSIVIDADE NO IPTU

A Emenda Constitucional nº 29 de 2000, ao modificar o § 1º do artigo 156 da CF, inseriu


expressamente a possibilidade de progressividade do IPTU em razão do valor, localização e uso do imóvel:

§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto
previsto no inciso I poderá:

I — ser progressivo em razão do valor do imóvel; e

II — ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

De acordo com o entendimento do STF, a progressividade do IPTU só foi possível com a Emenda
29/2000, que introduziu este dispositivo na Constituição.

Antes disso, a progressividade somente era permitida para fins de cumprimento da função social da
propriedade, tal como prevista no art. 182 § 4º da CF/88. Neste sentido é a súmula 668 do STF:

Constitucionalidade — Lei Municipal — Alíquotas Progressivas — IPTU — Função Social —


Propriedade Urbana —

É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional

29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da


função social da propriedade urbana.

(STF Súmula nº 668 — 24/09/2003 — DJ de 9/10/2003, p. 4; DJ de 10/10/2003, p. 4; DJ de


13/10/2003, p. 4)

Assim, a partir da EC 29/2000, o IPTU poderá ser cobrado de forma progressiva em três casos:
quanto maior o valor do imóvel maior poderá ser a alíquota, tal como acontece na sistemática do Imposte
de Renda — Pessoa Física ou pode ter alíquotas diferenciadas em função da localização do imóvel (imóveis
localizados em áreas nobres teriam alíquotas maiores e localizados em bairros de classe baixa, menores) e
em função do modo de utilização dos mesmos (diferenciação de alíquotas entre imóveis residenciais,
comerciais, destinados a certos fins, etc).

Em sua redação original, a CF/88 já previa, no art. 182 § 4º, a progressividade do IPTU no tempo
como um instrumento de política urbana:

“Art. 182 § 4º — É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída
no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:

(...)

II — imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;”

A progressividade no tempo permite um agravamento da carga tributária ao proprietário que não


promover um adequado aproveitamento do imóvel ao longo do tempo. Este instituto tem uma finalidade
extrafiscal, com intuito de desestimular a manutenção de imóveis sem a devida utilização e destino.

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De um modo sistemá co podemos apresentar o Imposto sobre propriedade predial e territorial


urbana (IPTU), da seguinte forma:

Competência

Ao distribuir as competências tributárias a constituição determina que:

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

Função

A função do imposto sobre propriedade predial e territorial urbana é fiscal, vale dizer, o objetivo do
legislador ao cobrar este tributo é arrecadar dinheiro para o município. Inegável ressaltar a possibilidade de
ter também a função extrafiscal, conforme os ditames constitucionais:

Art. 156.

...

§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º,


inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)

I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 29, de 2000)

II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do


imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000).

Importante verificar a ideia do dispositivo citado da constituição federal:

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público


municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus
habitantes.
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...

§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área


incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

...

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

Fato Gerador

O fato gerador do imposto sobre propriedade predial e territorial urbana está no artigo 32 do Código
tributário Nacional:

Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e


territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de
bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil,
localizado na zona urbana do Município.

§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei
municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados
em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder
Público:

I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;

II - abastecimento de água;

III - sistema de esgotos sanitários;

IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição


domiciliar;

V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três)


quilômetros do imóvel considerado.

§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão


urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados
à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas
definidas nos termos do parágrafo anterior.

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Os critérios para determinação da zona urbana são bastante elucidativos, sendo importante compreender
outros conceitos do dispositivo legal em análise para o exato entendimento do fato gerador do imposto
sobre propriedade predial e territorial urbana ANAN Jr e MARION (2009: 111):

O fato gerador do IPTU é a propriedade, o domínio útil ou a posse do bem imóvel,


localizado na zona urbana do município, e por ficção legal inicia no primeiro dia do
ano civil – 1º de janeiro.

Para fins de melhor elucidar vamos definir:

Propriedade: gozo jurídico pleno, abrange o uso, a fruição e disposição do bem


imóvel;

Domínio útil: um dos elementos do gozo jurídico da propriedade – exemplo


enfiteuse, usufruto;

Posse: quando alguém age como se fosse titular do domínio útil, caracterizada pelo
usucapião.

Base de Cálculo

O imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como base de cálculo o valor venal do
imóvel, conforme dispõe o artigo 33 do Código Tributário Nacional:

Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.

Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos


bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito
de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.

Reitera-se, mais uma vez, o que nunca é demais lembrar, que o valor venal não pode ser superior ao valor
de mercado do imóvel.

Alíquota

As alíquotas do imposto sobre a propriedade predial territorial urbana são percentuais aplicados sobre o
Valor Venal do Imóvel e poderá variar de acordo com a localização e uso do imóvel, nos termos do artigo
156, § 1º, II, da constituição federal:

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Art. 156.

...

§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º,


inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)

...

II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do


imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000).

Contribuinte

Os contribuintes do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana estão apresentados no artigo 34
do Código Tributário Nacional:

Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu


domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.

Lançamento

O lançamento do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana é de ofício, uma vez que, o
município já tem todos os elementos necessários para praticá-lo.

Exercício 1:

O fato gerador do IPTU é:

A)

a posse, somente

B)
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a transmissão da propriedade

C)

a posse e a propriedade

D)

o aluguel

E)

o empréstimo do imóvel

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Exercício 2:

O IPTU possui característica predominantemente:

A)

nacional

B)

legal

C)

abrangente

D)

retroativa

E)

fiscal

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Exercício 3:

A progressividade do IPTU é:

A)

impessoal

B)

moral

C)

pública

D)

sancionatória ou em razão do valor do imóvel

E)

depositária

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Exercício 4:

A progressividade do IPTU em razão do valor venal do imóvel é:

A)

extrafiscal

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B)

fiscal

C)

alternativa

D)

suprafiscal

E)

parafiscal

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Exercício 5:

O imóvel urbano sujeito ao IPTU deve cumprir sua:

A)

anterioridade

B)

supralegalidade

C)

meta fiscal

D)

transmissibilidade

E)

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função social

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Exercício 6:

Segundo lei específica, para imóvel incluído no plano direitor:

A)

pode ser determinado o adequado aproveitamento

B)

devem ser feitas reformas úteis

C)

pode haver demolição

D)

deve haver construção

E)

pode haver mudanças de estrutura

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Exercício 7:

A base de cálculo do IPTU é:

A)

a área construída

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B)

o valor venal do imóvel

C)

o valor das benfeitorias

D)

o valor de compra

E)

o valor da construção

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Exercício 8:

A progressividade do IPTU pode ser:

A)

federal

B)

atual

C)

sancionatória

D)

construtiva

E)

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legalizada

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Exercício 9:

O IPTU deve cumprir sua:

A)

legalidade

B)

anterioridade

C)

parafiscalidade

D)

adequação

E)

função social

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Exercício 10:

O fato gerador do IPTU é a(o):

A)

renda

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B)

comercialização

C)

venda e compra do imóvel

D)

posse e propriedade

E)

aluguel

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Exercício 11:

A falta de cumprimento da função social do imóvel gera a(o):

A)

confisco

B)

invasão

C)

desapropriação

D)

demolição

E)

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usucapião

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Exercício 12:

Entende-se como imóvel em zona urbana aquele que tiver dois dos seguintes
melhoramentos:

A)

canalização de águas e escola a 3 km

B)

esgoto e fossa

C)

luz e estrada

D)

asfalto e calçamento

E)

postes de luz e rodovia

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Exercício 13:

O Chefe do Executivo do Município X editou o Decreto 123, em que corrige o valor venal dos
imóveis para efeito de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de acordo com os
índices inflacionários anuais de correção monetária. No caso narrado, a medida

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A)

fere o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo somente pode ser realizada
por meio de lei em sentido formal.

B)

está de acordo com o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo do IPTU
dispensa a edição de lei em sentido formal.

C)

está de acordo com o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do
IPTU pode ser realizada por meio de decreto.

D)

fere o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do IPTU não
dispensa a edição de lei em sentido formal.

E)

fere o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do IPTU não
dispensa a edição de lei em sentido material.

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Exercício 14:

A Constituição Federal prevê, para o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
(IPTU), a progressividade em razão do valor do imóvel e também a progressividade no tempo
como forma de dar efetividade à função social da propriedade. Estas progressividades
destacadas caracterizam-se, respectivamente, pela:

A)

Parafiscalidade e extrafiscalidade.

B)

Fiscalidade e extrafiscalidade.
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C)

Extrafiscalidade para ambas.

D)

Fiscalidade e capacidade contributiva.

E)

Parafiscalidade e fiscalidade.

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Exercício 15:

De acordo com o Código Tributário Nacional, o imposto de competência dos Municípios sobre a
propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a
posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na
zona urbana do Município. A respeito do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana, assinale a alternativa correta segundo o Código Tributário Nacional.

A)

o valor venal do imóvel.

B)

o valor fundiário do imóvel.

C)

o valor de avaliação do imóvel.

D)

o valor arbitrado ou presumido do imóvel.

E)

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sujeita à alíquota específica.

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Exercício 16:

Quem deve pagar o IPTU? Indagou Mário Schneider. Cíntia lembrava, vagamente, que o
contribuinte do IPTU poderia ser:

I. proprietário do imóvel;

II. titular do seu domínio útil;

III. seu possuidor a qualquer título.

Nesse contexto,

A)

está correto o item I, apenas.

B)

estão corretos os itens I e II, apenas.

C)

estão corretos os itens II e III, apenas.

D)

estão corretos os itens I, II e III.

E)

estão corretos I e III, apenas.

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Exercício 17:

Em fevereiro do corrente ano, 2017, um Município nordestino efetuou o lançamento de ofício do


IPTU, cujo fato gerador ocorreu no dia 1º de janeiro do mesmo exercício. O referido lançamento
foi feito em nome do Sr. Aníbal de Oliveira, que, segundo informações constantes do cadastro
municipal, seria o proprietário do referido imóvel, na data da ocorrência do fato gerador.

Em março de 2017, depois de devidamente notificado do lançamento realizado, o Sr. Aníbal de


Oliveira apresentou, tempestivamente, no órgão municipal competente, impugnação contra o
lançamento efetuado, alegando que, em 15 de dezembro de 2016, havia formalizado a doação
do referido imóvel a seu filho, Sérgio de Oliveira, e que, em razão disso, não seria devedor do
crédito tributário referente ao IPTU 2017. A impugnação estava instruída com cópia da escritura
de doação e de seu respectivo registro, ainda em 2016, no Cartório de Registro de Imóveis
competente. O doador esclareceu, ainda, na referida impugnação, que o órgão municipal
competente não foi comunicado, nem por ele, nem pelo donatário, da transmissão da
propriedade do referido imóvel, pois a legislação local não os obrigava a prestar tal informação.

Sérgio de Oliveira, a seu turno, foi corretamente identificado como contribuinte do ITCMD devido
em razão da doação por ele recebida, e pagou crédito tributário devido.

Considerando os dados acima, bem como as regras do Código Tributário Nacional e da


Constituição Federal acerca do lançamento tributário, constata-se que

A)

o lançamento de ofício do IPTU poderá ser revisto, mas por órgão competente do Estado em que
se localiza o referido Município, em obediência ao princípio constitucional da duplicidade
instâncias de lançamento, e desde que obedecido o prazo prescricional.

B)

não poderá ser feito lançamento de IPTU contra Sérgio de Oliveira, em 2017, por ele já ter sido
identificado, no ano anterior, como contribuinte do ITCMD incidente sobre a doação recebida.

C)

o princípio constitucional da anterioridade nonagesimal (noventena) impede o lançamento e a


cobrança do IPTU antes de transcorridos 90 (noventa) da ocorrência de fato gerador do ITBI ou
do ITCMD.

D)

o lançamento do IPTU, antes de decorrido um ano do lançamento do ITCMD, constitui


bitributação, bem como violação do princípio do não confisco e da anterioridade nonagesimal
(noventena).

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E)

o lançamento de ofício do IPTU poderá ser revisto pelo Município, ainda em 2017, pois, embora a
doação tenha ocorrido antes de 1º de janeiro de 2017, a Fazenda Pública não teve conhecimento
de tal fato antes de o contribuinte apresentar sua impugnação.

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Exercício 18:

Considere a situação hipotética: Pedro figura no polo passivo da execução fiscal ajuizada pelo
Município X para a cobrança do montante de R$ 50.000,00, a título de Imposto Predial e
Territorial Urbano (IPTU) relativo a imóvel de sua propriedade referente aos anos de 2008, 2009
e 2010. Em sua defesa, Pedro pretende alegar que os débitos já foram alcançados pela
prescrição antes mesmo da propositura da execução fiscal. Quanto aos meios de defesa que
podem ser empregados pelo executado na cobrança de crédito tributário, é correto afirmar:

A)

a alegação de prescrição não pode ser veiculada sem prévia garantia do juízo, qualquer que seja
o meio de defesa escolhido pelo executado.

B)

é cabível exceção de pré-executividade no caso para que o magistrado reconheça a ocorrência de


prescrição, visto que a matéria não requer dilação probatória.

C)

a discussão judicial da dívida ativa da Fazenda Pública somente é admissível em execução fiscal,
mediante oposição de embargos, na forma e nos termos da lei.

D)

é cabível oposição de embargos, independentemente de garantia do juízo, suspendendo-se


automaticamente a execução fiscal, com fundamento no novo Código de Processo Civil.

E)

a alegação de prescrição e decadência somente pode ser veiculada por ação anulatória própria,
precedida do depósito preparatório do valor do débito monetariamente corrigido e acrescido dos

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juros e multa de mora e demais encargos.

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