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IMPOSTO DO SELO

1
INCIDÊNCIA OBJETIVA

O Imposto do Selo incide sobre:


(art.º 1º, nº 1 do CIS)

A aquisição gratuita de quaisquer bens por


doação, herança ou usucapião
(TGIS, Verba 1.2).

2
Transmissões Gratuitas
( art.º 1º, nº 3 do CIS)

Para efeitos da verba 1.2 da Tabela Geral, são


consideradas transmissões gratuitas, designadamente
as que tenham por objeto:

 Direito de propriedade ou figuras parcelares desse


direito sobre bens imóveis, incluindo a aquisição por
usucapião;

 Bens móveis sujeitos a registo, matrícula ou inscrição;

3
Transmissões Gratuitas
( art.º 1º, nº 3 do CIS)

 Participações sociais, valores mobiliários e direitos de


crédito associados, títulos e certificados da dívida
pública

 Valores monetários ainda que objeto de depósito em


contas bancárias;

 Estabelecimentos comerciais, industriais ou agrícolas;

4
Transmissões Gratuitas
( art.º 1º, nº 3 do CIS)
 Direitos da propriedade industrial, direitos de autor e
conexos;

 Direitos de crédito de sócios sobre sociedades


(suprimentos, empréstimos, prestações suplementares
de capital, etc.) ;

 Aquisição derivada de invalidade, distrate, renúncia ou


desistência, resolução ou revogação da doação,
relativamente aos bens e direitos que se encontram
sujeitos.
5
Transmissões Gratuitas
( art.º 1º, nº 3 do CIS)

 Os valores distribuídos em resultado


da liquidação, revogação ou extinção
de estruturas fiduciárias a sujeitos
passivos que não as constituíram.
 (Aditado pela Lei 82-E/2014, de 31/12; ver norma
de delimitação negativa de incidência de IRS –
art.º12º, n.º8 do CIRS)

6
Transmissões Gratuitas
( art.º 1º, nº 4 do CIS)

São consideradas simultaneamente como aquisições a


titulo oneroso e gratuito as constantes do artigo 3º do
Código do Imposto Municipal Sobre as Transmissões
Onerosas de Imóveis (CIMT).

7
Transmissões Gratuitas
( art.º 1º, nº 4 do CIS)

Para haver lugar à liquidação simultânea de Imposto do


Selo e IMT é necessário:
1. Que se transmitam imóveis;

2. Seja criada uma obrigação para o beneficiário a favor


do doador ou de terceiro;

3. Não pode envolver diretamente a constituição de


direitos a favor de terceiro
(nesse caso cai no regime normal do n.º3 do art.º 1.º do CIS )

8
Factos não sujeitos
( art.º 1º, nº 5 do CIS )

Não são sujeitas a imposto do selo, as


seguintes transmissões gratuitas:

• Abono de família em dívida à morte do titular,


os créditos provenientes de seguros de vida
e as pensões e subsídios atribuídos por
sistemas de segurança social pensões e
subsídios da segurança social;

9
Factos não sujeitos
( art.º 1º, nº 5 do CIS )
 Os valores aplicados em fundos de:
– poupança‑reforma;
– poupança‑educação;
– poupança‑reforma‑educação;
– fundos de poupança‑acções;
– fundos de pensões ou fundos de investimento
mobiliário e imobiliário

10
Factos não sujeitos
( art.º 1º, nº 5 do CIS )

• Donativos efetuados nos termos da Lei do Mecenato (v.


artigos 61º a 66º do EBF);

• Donativos conforme os usos sociais, de bens ou


valores até ao montante de 500 Euros;

• Transmissões a favor de sujeitos passivos de


IRC, ainda que dele isentos;

• Bens de uso pessoal ou doméstico.

11
INCIDÊNCIA SUBJETIVA
(art.º 2º, nº 2 do CIS)

Nas transmissões gratuitas, são sujeitos


passivos do imposto as pessoas singulares
para quem se transmitam os bens, sem
prejuízo das seguintes regras:

12
INCIDÊNCIA SUBJECTIVA
(art.º 2º, nº 2 do CIS)

Sucessões por Morte

 O Imposto é devido pela Herança,


representada pelo Cabeça de Casal, e pelos
Legatários

13
INCIDÊNCIA SUBJECTIVA
(art.º 2º, nº 2 do CIS)

Restantes Transmissões Gratuitas (incluindo as


aquisições por usucapião)

 O Imposto é devido pelos Beneficiários da


Transmissão

14
TERRITORIALIDADE
(art.º 4º, nº 3 e nº 4 do CIS)

Nas transmissões gratuitas, o imposto é


devido sempre que os bens estejam situados
em território nacional.

15
TERRITORIALIDADE
(art.º 4º, nº 3 e nº 4 do CIS)

Factos Sujeitos Localização em Território Nacional

 Direitos sobre Bens  Localização Física


Móveis e Imóveis

 Bens Móveis  Registo, Matrícula ou Inscrição

 Direitos de Créditos ou  Residência, sede, direção efetiva


Direitos Patrimoniais ou estabelecimento estável do
sobre pessoas singulares devedor e domicílio do
ou colectivas
adquirente

16
TERRITORIALIDADE
(art.º 4º, nº 3 e nº 4 do CIS)
Factos Sujeitos Localização em Território Nacional

 Partes Sociais  Sede, direção efetiva ou estabelecimento


estável da sociedade participada e do
adquirente

 Valores  Sede, direção efetiva ou estabelecimento


monetários
estável da instituição onde os valores se
depositados
encontram depositados

 Valores
 Domicílio, sede, direção efetiva ou
monetários não estabelecimento estável do autor da
depositados transmissão

17
TERRITORIALIDADE
(art.º 4º, nº 3 e nº 4 do CIS)

Factos Sujeitos Localização em Território Nacional

 Direitos de Propriedade  Registo


Industrial, Direitos de
Autor e Conexos

Nas Transmissões Gratuitas, consideram-se domiciliadas em


território nacional as pessoas referidas no artigo 16º do Código do
I. R.S. - ( art.º 4º, nº 5 do C.I.S.)

18
Nascimento da Obrigação nas Transmissões
Gratuitas
(art.º 5º do CIS)
 Nas sucessões por morte: na data da abertura da
sucessão;

 Nas aquisições por usucapião: na data em que transitar


em julgado a ação de justificação judicial ou for
celebrada a escritura de justificação notarial ou em que
se tornar definitiva a decisão proferida no processo de
justificação (art.º 116º e segs. CR Predial);

 Nas restantes transmissões gratuitas: na data da


ocorrência dos factos.

19
Isenções nas Transmissões Gratuitas
(art.º 6º, alínea e) do CIS)

São isentos de Imposto do Selo nas transmissões


gratuitas (verba 1.2) quando este constitua seu
encargo:

● O Cônjuge;
● Os Descendentes;
● Os Ascendentes;
● Os Unidos de facto (Lei 7/2001, de 11.05)

20
VALOR TRIBUTÁVEL
(art.º 9º a 21º do CIS)

Regra Geral (art.º 9º, nº 1 do CIS)

O valor tributável do Imposto do Selo é o que


resultar da Tabela Geral, sem prejuízo do
disposto nos números e artigos seguintes.

21
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)

Valor Tributável dos Bens Imóveis (art.º 13º do CIS)

 Imóveis Inscritos na Matriz - art.º 13º, nº 1 CIS

• O Valor Patrimonial Tributário determinado nos termos do CIMI


à data da transmissão ou,

• O Resultante de Avaliação, nos casos de prédios omissos ou


inscritos sem valor patrimonial

22
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)

 Outros imóveis e direitos não inscritos - art.º 13º, nº 2


do CIS

• O Valor Declarado ou o Resultante de Avaliação, consoante o


que for maior.

 Bens expropriados antes da liquidação - art.º 13º, nº 3


do CIS

• O Montante da Indemnização

23
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)

 Na determinação dos valores patrimoniais tributários de bens


imóveis ou de figuras parcelares do direito de propriedade,
seguem-se as regras previstas no CIMT para as transmissões
onerosas - art.º 13º, nº 4 do CIS.

 Os interessados podem requerer a avaliação de imóveis, quando o


seu valor seja considerado excessivo, no prazo para a
apresentação da participação a que se refere o artigo 26º - art.º 13º,
nº 5 do CIS.

24
EXEMPLO
 Através de testamento o António deixou à
sua empregada Bernardete, a qual tem 64
anos, o usufruto da fração autónoma
designada pela letra “C” do prédio sito na
freguesia da Lapa, concelho de Lisboa, sob
o artigo 876, com o VPT de 320.000 € e a
nua-propriedade ao seu filho Carlos

25
EXEMPLO

 Cálculo do usufruto:
320.000 x 35% = 112.000

 Cálculo da nua-propriedade:
320.000 – 112.000 = 208.000

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Artigo 13.º do CIMT- tabela
IDADE % A DEDUZIR
Menos de 20 anos 80
Menos de 25 anos 75
Menos de 30 anos 70
Menos de 35 anos 65
Menos de 40 anos 60
Menos de 45 anos 55
Menos de 50 anos 50
Menos de 55 anos 45
Menos de 60 anos 40
Menos de 65 anos 35
Menos de 70 anos 30
Menos de 75 anos 25
Menos de 80 anos 20
Menos de 85 anos 15
85 ao mais anos 10
27
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)

 Propriedade transmitida separadamente


do usufruto quando ocorre a
consolidação
 diferença entre o valor patrimonial do
prédio constante na matriz e o valor da
sua propriedade considerado na
respectiva liquidação

28
EXEMPLO
 Em 2008 recebeu a raiz do prédio e o valor da
propriedade, separada do usufruto, é 40.000,00 €
sobre o qual pagou IS.

 Em 2015 dá-se a consolidação e o VPT constante da


matriz é 100.000,00 €

 Pagará IS sobre a diferença entre:


100.000,00 - 40.000,00 = 60.000
 
29
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)
Valor Tributável dos Bens Móveis (art.º 14º do CIS)

 Regra Geral – art.º 14º, nº 1 do CIS

O valor dos bens móveis de qualquer natureza que não seja


determinado por regras específicas previstas no presente Código
é o dos valores oficiais, quando existam, ou o declarado pelo
cabeça-de-casal ou pelo beneficiário, consoante o que for maior,
devendo, tanto quanto possível aproximar-se do valor de
mercado.

30
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)

 Automóveis, Motociclos, Aeronaves de Turismo e


Barcos de Recreio – art.º 14º, nº 2 do CIS

Valor de mercado ou o determinado nos termos do artigo 24.º,


n.º 7 do CIRS, consoante o que for maior.

(Portaria 383/03 de 14 de Maio)

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TABELA (PORT.383/2003)
ART.º24.º N.º7 DO CIRS
Idade do veículo Desvalorização Desvalorização
anual
(anos) acumulada
0 0,00 0,00
1 0,20 0,20
2 0,15 0,35
3 0,10 0,45
4 0,10 0,55
5 0,10 0,65
6 0,05 0,70
7 0,05 0,75
8 0,05 0,80
9 0,05 0,85
32
10 0,05 0,90
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)
 Objetos de Arte, Objetos de coleção e Antiguidades -
art.º 14º, nº 3 do CIS

Determina-se pela seguinte ordem:

● Por avaliador oficial;

● Pelo valor de 60% do valor de substituição ou perda fixado em contrato


de seguro que incida sobre esses bens, caso tenha sido celebrado e
esteja em vigor à data da transmissão ou até 30 dias anteriores e seja
apresentado com a participação;

● Pelo valor do contrato de seguro acima referido, caso seja a


administração fiscal a obter os seus dados junto das companhias de
seguros;

● Por avaliação promovida pela administração fiscal, a qual, para o efeito,


obterá o necessário parecer de perito idóneo e independente

33
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)

 Ouro para investimento, títulos que comportem um


direito de propriedade ou de crédito sobre o mesmo e
moedas de ouro - art. 14º, nº 4 do CIS

Valor de aquisição que serviu de base à liquidação do imposto


sobre o valor acrescentado, ainda que dele isento, ou o valor
declarado, consoante o que for maior.

34
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)

Valor Tributável de Participações Sociais e Títulos de


Crédito (art.º 15º do CIS)

 Quotas ou Partes em Sociedades que não sejam por ações


 Estabelecimentos com contabilidade organizada
( art.º 15º, nº 1 e nº 2 do CIS)

 O valor do último balanço, ou o valor atribuído em partilha ou liquidação ;

 O valor que tenha sido fixado no Contrato Social, quando as sociedades não
continuem no sucessor ou donatário do sócio falecido;

 O valor resultante das correções efetuadas ao último balanço, quando este


for corrigido (v. Circular 11/2007);
35
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)
 Ações, títulos e certificados da dívida pública e outros
papéis de crédito - art.º 15º, nº 3 do CIS

 Cotação na data da transmissão ou, não a havendo nesta data,

 O da última cotação mais próxima dentro dos seis meses


anteriores

 Na falta de cotação oficial  O Valor das Acções corresponde


ao seu valor nominal se este for < = 500 Euros (relativamente
às ações transmitidas de cada sociedade participada) e,

 Nos restantes casos, o que resultar da aplicação das fórmulas


do art.º 15.º nº 3, alíneas a), b) e c) do C.I.S.

36
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)
 Ações, títulos e certificados da dívida pública e outros
papéis de crédito - art.º 15º, nº 4 do CIS - Regras
Especiais

 Sociedades Liquidadas ou Partilhadas


 O valor das ações é o que lhes for atribuído na partilha;

 O valor da partilha é confrontado com o que resulta da aplicação da fórmula da


alínea a) do nº 3 do artigo 15.º, prevalecendo o maior, se a partilha for
extrajudicial.

 Títulos Representativos de Capital nas Cooperativas


 O Valor Nominal

 Ações que apenas conferem direito a Participação nos Lucros


 (Dividendo médio dos dois anos anteriores ao da transmissão) X (Factor f
mencionado na alínea a) do nº3 do art.º 15º do CIS)

37
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)

 Valores monetários - art.º 15º, nº 5 do CIS

 O valor tributável dos valores monetários corresponde ao


montante existente à data da transmissão;

 Tratando-se de moeda sem curso legal em Portugal, é


determinado de acordo com o disposto no art.º 10º deste Código,
aplicando-se as taxas de câmbio à data da transmissão.

38
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)
Valor Tributável dos estabelecimentos sujeitos a IRS sem
contabilidade organizada (art.º 16º do CIS)

 Inventário organizado para o efeito, que, com referência à data da


transmissão, inclua as respectivas existências, os bens de
equipamento, créditos, valores de patentes, de marcas de fabrico e
de direitos conexos, bem como os respetivos débitos, de acordo
com as regras que originarem maior valor:

 Valor atribuído pelo Cabeça - de - Casal ou Beneficiário, ou, se


superior,

 Valor de Trespasse

(art.º 16º, nº 1, alíneas a) e b) CIS)


39
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)

 Valor de Trespasse (art.º 16º nº 2 do CIS)

Multiplicação do rendimento tributável médio dos últimos três


anos em IRS por um fator entre 5 e 10, em função da localização
do estabelecimento (art.º 42º do CIMI).

Coeficiente de zonamento até 1,2 Fator 5


Coeficiente de zonamento de 1,2 a 1,8 Fator 7
Coeficiente de zonamento de 1,8 a 3 Fator 10
Não localizados em imóveis urbanos Fator 5

40
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)
 Valor Tributável dos estabelecimentos sujeitos a
IRS sem contabilidade organizada – art.º 16º, nº 3
e nº 4 do CIS) – Regras especiais
 Estabelecimentos Liquidados ou Partilhados

 O valor do estabelecimento é o que lhe for atribuído na partilha;

 O valor da partilha é confrontado com o valor de trespasse para


determinar o maior.

 Tributação Autónoma de Imóveis e Veículos

 De acordo com as regras de determinação do valor tributável que lhes são


aplicáveis

41
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)

Valor Tributável das Sociedades de transparência fiscal e


estabelecimentos afetos a profissões liberais (art.º 17º do
CIS)

 Valor de trespasse declarado pelo Cabeça - de - Casal ou Beneficiário

OU

 Valor de trespasse determinado pela aplicação dos fatores de


localização previstos no nº 2 do art.º 16º deste Código, consoante o
que for maior.

42
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)
Aplicação de Avaliação Indireta (art.º 18º do CIS)

 Estabelecimentos com contabilidade organizada e Sociedades


Comerciais que não sejam por ações
 Quando ocorram os pressupostos do art.º 88º da LGT

 Estabelecimentos sujeitos a IRS Sem Contabilidade Organizada

 Quando nos 3 exercícios anteriores ao da transmissão já apurados,


apresentem uma média negativa de rendimento tributável para efeitos de
IRS.

O valor tributável é determinado pela aplicação dos Factores de Localização


previstos no nº 2 do art.º 16º a um rendimento presumido para esse efeito.

43
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)
Transmissão Gratuita da Propriedade ou do Usufruto com
Encargo de Pensão ou Renda (art.º 19º do CIS)

 Quando a propriedade for transmitida com o encargo de pensão


ou renda vitalícia ou temporária a favor de terceiro, o imposto
relativo à aquisição da propriedade incide sobre o valor dos bens
deduzido do valor atual da pensão.

 Idem, se o pensionista suceder ao proprietário ou se este lhe doar


a propriedade

44
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)

 Quando o Usufruto for transmitido com o encargo de pensão ou


renda vitalícia ou temporária a favor de terceiro, o imposto relativo
à aquisição do usufruto incide sobre:

 Valor igual ao da propriedade deduzido do valor atual da pensão 


Usufruto Vitalício

 (1/20 do valor da propriedade) X( n.º de anos de duração do


usufruto – sem que exceda 20), deduzido do valor atual da pensão
 Usufruto Temporário

45
Valor Tributável nas Transmissões Gratuitas
(art.º 13º a 21º do CIS)

Dedução de Encargos (art.º 20º do CIS)

Ao valor da transmissão de bens deduzem-se:

 Encargos e dívidas, constituídos até à data da abertura


da sucessão, que onerem os bens transmitidos;

 Impostos cujo facto tributário tenha ocorrido até àquela


data.

46
TAXAS (art.º 22º do CIS)

 As taxas do imposto são as constantes da


Tabela anexa em vigor no momento em que
o imposto é devido.

 No caso da transmissão gratuitas a taxa a


aplicar é de 10% (verba 1.2. da Tabela)

47
LIQUIDAÇÃO (art.º 25º C.I.S.)

 Se residir em território nacional:


– no SF da área de residência do autor da
transmissão ou usucapiente.
 Se residir fora do território nacional:
– 1. SF da residência do cabeça-de-casal ou
do beneficiário;
– 2. Havendo vários beneficiários:
– SF onde estiverem bens de maior valor
– SF do beneficiário de maior idade

48
LIQUIDAÇÃO (art.º 25º C.I.S.)

 Vários doadores, todos ou alguns


domiciliados em território nacional:
 SF do doador residente neste território que
dispôs de bens de maior valor;
 Se os bens forem de igual valor, pelo SF de

qualquer dos locais em que residir o doador de


mais idade.
 Se todos os doadores residirem fora de
território nacional, aplicam-se as regras
já enunciadas no slide anterior
49
PARTICIPAÇÃO DA TRANSMISSÃO DE BENS
(art.º 26º CIS)
 O cabeça-de-casal e os beneficiários de qualquer transmissão gratuita
são obrigados a participar ao Serviço de Finanças competente:

 a doação;

 o falecimento do autor da sucessão;

 a declaração de morte presumida ou a justificação judicial do óbito;

 a justificação judicial ou notarial da aquisição por usucapião;

 qualquer outro ato ou contrato que envolva transmissão de bens.

(art.º 26, nº 1 do CIS)

 Seja ou não devido imposto, é sempre obrigatório prestar as


declarações e relacionar os bens, ainda que haja lugar a isenção.

(art.º 28, nº 1 do CIS)

50
Art.º 2080.º do Código Civil
1. O cargo de cabeça-de-casal defere-se pela ordem seguinte:

– Ao cônjuge sobrevivo, não separado judicialmente de pessoas e bens, se


for herdeiro ou tiver meação nos bens do casal;
– Ao testamenteiro, salvo declaração do testador em contrário;
– Aos parentes que sejam herdeiros legais;
– Aos herdeiros testamentários;

2. De entre os parentes que sejam herdeiros legais, preferem os mais


próximos em grau.

3. De entre os herdeiros legais do mesmo grau de parentesco, ou de


entre os herdeiros testamentários, preferem os que vivam com o
falecido há pelo menos um ano à data da morte.

4. Em igualdade de circunstâncias, prefere o herdeiro mais velho.

51
PARTICIPAÇÃO DA TRANSMISSÃO DE BENS
(art.º 26º CIS)

 A participação é de modelo oficial e identifica:

 O autor da sucessão ou da liberalidade;

 As respectivas datas e locais;

 Os sucessores, donatários, usucapientes ou beneficiários, as relações de


parentesco e respetiva prova;

 Os bens transmitidos com indicação dos valores que devam ser


declarados pelo apresentante, nos casos em que seja aplicável .

(art.º 26, nº 2 do CIS)

52
PARTICIPAÇÃO DA TRANSMISSÃO DE BENS
(art.º 26º CIS)

 Prazos

● A participação deve ser apresentada no Serviço de Finanças


competente para promover a liquidação, até final do terceiro mês
seguinte ao do nascimento da obrigação tributária;

● Os prazos são improrrogáveis, salvo alegando-se e provando-se


motivo justificado, caso em que o Chefe de Finanças pode
conceder um adiamento até ao limite máximo de 60 dias.

(art.º 26. nº 3 e nº 5 do CIS)

53
PARTICIPAÇÃO DA TRANSMISSÃO
DE BENS (art.º 26º , n.º11 CIS)

 Ficam dispensados da participação


(mod.1) no caso de doações de valores
monetários, ainda que objeto de
depósitos em contas bancárias, os
beneficiários isentos (parte final do n.º 1
do art.º 28º do CIS)

54
SUSPENSÃO DA LIQUIDAÇÃO
(art.º 34 e 35º CIS)
com simultânea suspensão do prazo de caducidade (nº3, art.º39º do CIS)
 Por Litígio Judicial (art.º 34º do CIS) :

● Acerca da Qualidade de Herdeiro;


● Acerca da Validade ou Objeto da Transmissão;
● Expropriação por Utilidade Pública dos Bens Transmitidos;

 O cabeça-de-casal, o testamenteiro ou os donatários podem requerer a


suspensão do processo de liquidação , apresentando certidão do estado da
causa;

 A suspensão refere-se apenas aos bens em litígio ;

 Transitada em julgado a decisão , devem os interessados declarar o


facto dentro de 30 dias no Serviço de Finanças competente juntando certidão
da decisão, prosseguindo o processo de liquidação, ou reformando-se no que
for necessário, conforme o que houver sido julgado.

55
SUSPENSÃO DA LIQUIDAÇÃO
(art.º 34 e 35º CIS)
com simultânea suspensão do prazo de caducidade (nº3, art.º39º do CIS)
 Por Exigência de Dívidas Activas (art.º 35º do CIS)

● Quando penda ação judicial a exigir dívidas ativas pertencentes às


herança ou doação;
● Quando ocorra ou esteja pendente processo de Insolvência ou
Falência contra os devedores;

 O cabeça-de-casal, o testamenteiro ou os donatários podem requerer a


suspensão do processo de liquidação, apresentando certidão do estado da
causa;

 Enquanto durar o processo, os requerentes da suspensão devem


apresentar nova certidão do seu estado, no mês de janeiro de cada ano;

 À medida que as dívidas forem sendo recebidas , os responsáveis pelo


imposto devem declarar o facto no serviço de finanças competente, dentro
dos 30 dias seguintes, a fim de se proceder à respectiva liquidação.

56
PAGAMENTO
(art.º 45º do CIS)

 O imposto liquidado nas transmissões gratuitas é pago pela


totalidade até ao fim do segundo mês seguinte ao da notificação
ou durante o mês em que se vence cada uma das prestações;

 Se o imposto for pago pela totalidade até ao fim do segundo


mês seguinte ao da notificação, haverá lugar a um desconto de
0,5% ao mês calculado sobre a importância de cada uma das
prestações em que o imposto tivesse de ser dividido, com
exclusão da primeira;

(art.º 45, nº1 e nº2 do CIS)

57
PAGAMENTO
(art.º 45º do CIS)
 Regras do pagamento em prestações:

● O imposto, quando > € 1.000, é dividido em prestações iguais (valor


mínimo de cada prestação  € 200 e número máximo de prestações  10)
acrescendo à primeira as frações resultantes do arredondamento de todas
elas, assim como os juros compensatórios e o IMT que sejam de liquidar
no processo.

● Vencimento das prestações:


 1ª  segundo mês seguinte ao da notificação;
 restantes  seis meses após o vencimento da anterior;
 Não sendo paga qualquer das prestações, no prazo de vencimento,
começam imediatamente a correr juros de mora, que abrangem todas
as prestações vincendas, que para o efeito, se consideram logo
vencidas.

(art.º 45, nº 3, 4 e 5 do CIS)

58
Exemplo:
 Montante do Imposto: € 1.360
 Número de prestações: 6 (1.360/6 = 226,66 sendo a primeira
226,70)
 Desconto pelo pronto pagamento:
 1.ª prestação – 226, 70€ (não tem desconto)
 2.ª prestação - 226,66 x 3% = 6,80
 3.ª prestação - 226, 66 x 6% = 13,60
 4.ª prestação - 226, 66 x 9% = 20,40
 5.ª prestação - 226, 66 x 12% = 27,20
 6.ª prestação - 226, 66 x 15% = 34,00
 total do desconto 102,00 €

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Tabela Prática
N.º Prestações em que o imposto % aplicável sobre a prestação
deva ser dividido correspondente
1 -
2 3
3 9
4 18
5 30
6 45
7 63
8 84
9 108
10 135
60
IMPOSTO DO SELO
(Fim da Apresentação)

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