DOSSIER DE IMPRENSA

Maria Gonçalves Anastácio

10ºC1
Nº9

1
ÍNDICE

Introdução…………………………………….. 3

A população………………………………….. 4

Os recursos naturais…………………. 7

Os recursos hídricos…………………. 10

Os recursos marítimos…………….. 13

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 INTRODUÇÃO

Este dossier de imprensa consiste na apresentação de várias notícias sobre

os diversos temas do programa de 10º ano de geografia de Portugal, os
temas apresentados são:
a população (evolução e distribuição), os recursos naturais (recursos do
subsolo e radiação solar), os recursos hídricos (clima e disponibilidades) os
recursos marítimos.
As notícias estão relacionadas com a realidade portuguesa, são
acompanhadas de um comentário e estabelecem relação com os
conteúdos lecionados.

A POPULAÇÃO

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NOTÍCIA:

https://www.dn.pt/dinheiro/portugal-trava-queda-da-populacao-ativa-a-custa-dos-
estrangeiros-11391528.html

COMENTÁRIO:
Nesta notícia podemos observar que os movimentos migratórios têm influenciado a
evolução demográfica e tendo em consideração a tendência de redução do
crescimento natural, o saldo migratório tem sido o principal componente do
crescimento efetivo da população. A população estrangeira tem também tido um
efeito positivo no que toca ao rejuvenescimento da população graças ao reforço de
jovens adultos na estrutura etária e á positiva influência na natalidade.
O défice de qualificação da população ativa também é potenciador do desemprego,
porque dificulta a adaptabilidade e a reconversão profissional reduzindo a dinâmica de
aprendizagem ao longo da vida, daí os estrangeiros participarem mais no mercado de
trabalho do que os portugueses pois são mais qualificados que nós e apesar da
evolução positiva das últimas décadas, os níveis de formação escolar e qualificação
profissional em Portugal ainda se situam abaixo dos níveis comunitários e de outros
países desenvolvidos. Para mudar esta situação é importante promover as políticas de
emprego que contemplam a formação e a reabilitação profissional, numa lógica de
aprendizagem ao longo da vida, de modo a permitir a diversificação de competências
profissionais que confiram uma maior adaptabilidade e assim maior empregabilidade.

NOTÍCIA:

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https://www.dn.pt/vida-e-futuro/portugal-com-10-milhoes-de-habitantes-vai-deixar-de-ser-
assim-daqui-a-15-anos-10188257.html

COMENTÁRIO:
O número de habitantes em Portugal está a diminuir constantemente graças á
diminuição da proporção de jovens por efeito da redução da natalidade e da
fecundidade (que se dá graças ao aumento da taxa de atividade feminina, ao
prolongamento da escolaridade obrigatória e ás dificuldades de inserção na vida ativa,
ao adiamento do casamento e do nascimento do primeiro filho, ao aumento da
exigência e das despesas com a educação dos filhos, entre outros fatores) e ao
aumento da proporção de idosos, devido á redução da mortalidade e consequente
prolongamento da esperança média de vida (que se dá graças á melhoria das
condições de vida, da assistência médica, da proteção social do nível económico e de
vida da população).
Este aumento do número de idosos e a redução da natalidade dificultam a
sustentabilidade social e económica, uma vez que o aumento das despesas com saúde,
os serviços de apoio aos idosos e, principalmente, com as pensões de reforma, não é
compensado pelas contribuições da população ativa, que tendem a diminuir,
conduzindo a um desequilíbrio crescente das contas da Segurança Social.

NOTÍCIA:
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 https://www.dn.pt/vida-e-futuro/lisboa-esta-mais-jovem-proporcao-de-idosos-e-menor-que-
no-resto-do-pais-9778048.html

COMENTÁRIO:
O elevado número de nascimentos na região de Lisboa deve se ao facto de a maioria
das mães serem jovens e terem mais tendência a se descolarem para lá pois há um
maior dinamismo económico e social e melhores acessibilidades ao contrario do
interior que tem menores oportunidades de emprego, esta tendência intensificou se
com o êxodo rural que embora em muito menor escala continua a verificar se
atualmente, e que associado á emigração levou ao progressivo despovoamento do
interior, a imigração também é um fator que influencia este aspeto pois os imigrantes
tendem a fixar se nas áreas urbanas do litoral sobretudo na região de Lisboa. Esta
variação da população evidencia as tendências de litoralização (concentração da
população e das atividades económicas no litoral, com perda demográfica no interior)
e de bipolarização (elevada densidade populacional nas duas áreas metropolitanas que
se destacam pelo se maior desenvolvimento). Isto levanta problemas que se associam,
no litoral, á concentração excessiva de pessoas e atividades e no interior, ao fraco
dinamismo demográfico, económico e social.
A progressiva perda e envelhecimento da população nas regiões do interior deve se a
fatores menos favoráveis que se traduzem num menor desenvolvimento e em menos
oportunidades de trabalho, comparativamente com o litoral, em muitas áreas urbanas
do litoral a excessiva concentração de pessoas e atividades económicas ultrapassa a
capacidade de carga humana surgindo problemas como, o desordenamento do
território; a sobrelotação de equipamentos, infraestruturas e serviços; a degradação
ambiental e desqualificação social e humana. Para esta situação mudar deve ser feita a
promoção do desenvolvimento do interior, o ordenamento do território, a melhoria
das acessibilidades, a implementação de serviços de apoio á população, a educação e
qualificação da mão de obra, o desenvolvimento das atividades económicas incluindo
as que se associam á agricultura e a criação de parques industriais e tecnológicos.

OS RECURSOS NATURAIS
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NOTÍCIAS:

https://www.dn.pt/sociedade/portugal-esgota-hoje-recursos-naturais-de-2018-e-comeca-a-
usar-cartao-de-credito-ambiental-9473887.html#media-1

COMENTÁRIO:
Muitos dos recursos naturais são renováveis ou seja são repostos á medida que vão
sendo consumidos, exceto se forem utilizados a um ritmo superior ao da sua
capacidade que foi o que aconteceu no caso de Portugal em 2018 e por isso mesmo
que sejam considerados recursos renováveis tiveram de começar a utilizar os recursos
que deveriam ser apenas utilizados no inicio do ano que se iria seguir. Isto tudo deve
se ao ritmo superior da utilização destes recursos ou seja ao aumento do consumo que
se deve principalmente á maior exigência do consumidor em relação á quantidade que
se consome.
Este aumento do consumo da população pode levar ao esgotamento das reservas, á
degradação ambiental pois graças ao elevado consumo destes recursos vai se dar uma
maior poluição atmosférica e acumulo de lixo em quantidades imensas, e dependência
externa ou seja faz com que o nosso país, Portugal, dependa de outros países para
poder aceder a este tipo de recursos.

NOTÍCIA:

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https://www.dn.pt/pais/pais-em-risco-muito-elevado-de-exposicao-a-radiacao-uv-braganca-
vai-chegar-aos-38-graus-11104549.html

COMENTÁRIO:
Como podemos observar na notícia a cima as regiões mais afetadas são
maioritariamente as regiões na faixa oriental junto á Espanha e nas vertentes
soalheiras que é onde a variação territorial tem maior intensidade tal como no sul, já
no norte, no litoral ocidental a norte do tejo e nas vertentes umbrias é onde esta
variação territorial tem menor intensidade. A quantidade de energia solar que atinge
uma região varia ao longo do ano devido ao movimento de translação da Terra que faz
variar o ângulo de incidência da radiação solar e a duração dos dias e das noites; em
Portugal no solstício de junho a radiação global é maior pois a luz do Sol incide
perpendicularmente sobre o trópico de câncer, atingindo o território português com
menor obliquidade e os dias têm maior duração, no solstício de dezembro a radiação
global é menor pois a luz do Sol incide na vertical sobre o trópico de capricórnio,
atingindo com maior obliquidade o território português e os dias têm menor duração.
Alguns fatores explicativos da variação da temperatura são: a influência da latitude, a
temperatura diminui à medida que amenta a latitude graças ao progressivo aumento
do ângulo de incidência; a influência do relevo, a diferenciação norte-sul é acentuada

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pelo relevo, as áreas de montanha registam uma temperatura média anual mais baixa
do que as regiões circundantes; a influência atlântica, em Portugal a proximidade ou
afastamento do mar é um fator muito relevante, devido ao efeito moderador das
massas de ar marítimo que impedem valores de temperatura muito elevados no verão
e muito baixos no inverno, esta influência atlântica é maior em todo o litoral ocidental.
Nas Regiões Autónomas a insularidade acentua a influência marítima na temperatura
do ar, pelo que a amplitude de variação térmica anual é baixa.

NOTÍCIA:

https://www.dn.pt/lusa/aproveitamento-de-recursos-geologicos-aumenta-em-portugal---
governo-9034140.html

COMENTÁRIO:
Portugal dispõe de um apreciável potencial de recursos hidrominerais dos quais águas
minerais, de nascente e termais, graças á grande diversidade hidroquimica associada á
complexa e variada geologia do país.
Como é referido na notícia esta passaria a ser a principal unidade termal a norte de
Lisboa isto porque as águas termais ocorrem principalmente nas regiões Norte e
Centro, na sua maioria em áreas do Maciço Hespérico.
As estâncias termais de um modo geral localizam se em áreas pouco industrializadas e
como é referido na notícia "uma grande oportunidade para [o concelho] voltar a
ganhar centralidade em termos regionais" e "uma grande oportunidade para o turismo
do Centro" as estâncias termais são um fator de desenvolvimento regional dada a
importâncias do turismo de saúde.

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 OS RECURSOS HÍDRICOS

NOTÍCIA:

https://www.dn.pt/pais/onze-albufeiras-com-mais-de-80-de-agua-e-12-com-40-no-final-de-
janeiro-10531148.html

COMENTÁRIO:
As albufeiras são reservatórios de água doce construídos pelo ser humano que
armazenam água para minimizar os problemas de escassez e a irregularidade dos
recursos hídricos isto graças á construção de barragens.
Existem mais barragens no norte e centro do país pois é onde há melhores condições
para a produção de energia graças ás características do relevo e da rede hidrográfica
com caudais mais abundantes. Como também é referido na notícia a cima a bacia do
Guadiana é aquela que regista maior capacidade de armazenamento.
As albufeiras são essenciais para uma melhor gestão da água nomeadamente no que
se refere ás reservas para usos domésticos e agrícolas, principalmente no sul do país
onde o período seco estival é mais acentuado.

NOTÍCIA:

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https://www.rtp.pt/noticias/pais/portugal-esta-a-consumir-mais-agua-do-que-deve_n1176156

COMENTÁRIO:
A irregularidade da precipitação é um condicionante das disponibilidades hídricas. A
rede hidrográfica apresenta se mais densa no norte e como a notícia diz “atenção para
as crescentes "situações estruturais de escassez" de água, especialmente no sul do
país”, apesar de o caudal dos rios ser irregular em todo os país essa irregularidade é
maior no sul. O homem pode intervir na rede hidrográfica construído barragens que
regularizam o caudal dos rios e armazenam água em albufeiras de modo a garantir o
abastecimento ao longo do ano que é um fator dependente das disponibilidades
hídricas.
A irregularidade da precipitação torna difícil a gestão dos recursos hídricos e devido a
esta irregularidade no nosso país podem ocorrer períodos de seca mais ou menos
prolongados com graves consequências para as atividades económicas e para a
população que também é algo referido na notícia.
O aumento do consumo de água agravou os problemas de gestão dos recursos hídricos
e é importante que se faça uma gestão adequada satisfazendo as necessidades
crescentes e garantindo a sustentabilidade dos recursos hídricos pois a água é um
recuso indispensável á vida e um fator condicionante das atividades produtivas e para
isso é necessário um planeamento cuidadoso que permita um melhor conhecimento
dos recursos existentes, o seu melhor aproveitamento e a sua proteção, a gestão dos
recursos hídricos em Portugal também exige a cooperação com Espanha.

NOTÍCIA:
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https://pt.euronews.com/2019/11/10/agricultura-sofre-com-seca-e-ma-gestao-de-recursos-
hidricos

COMENTÁRIO:
Há muitos rios cujo seu percurso se estende por mais de um Estado o que obriga a que
os países que dividem as suas águas se entendam e definam formas de cooperação de
modo a garantir a partilha e a gestão da água desses rios sem conflitos pois a água é
um bem comum que não pode ser contido por fronteiras politicas. No caso da
Península Ibérica em que Portugal e Espanha partilham as bacias hidrográficas de
vários rios, foi assinado em 1998 a Convenção de Albufeira cujo o objetivo é proteger
as águas superficiais e subterrâneas e os ecossistemas aquáticos e terrestres deles
diretamente dependentes, esta Convenção aplica se ás bacias hidrográficas dos rios
Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana.
A regulamentação e o cumprimento das normas comunitárias relativamente á partilha
de bacias hidrográficas internacionais e dos acordos estabelecidos na Convenção de
Albufeira é mais importante para Portugal pois é ao nosso território que afluem as
águas vindas de Espanha como é referido na notícia “nós somos um país de jusante, ou
seja, a água vem de Espanha e Espanha controla o caudal que entra para Portugal” o
que pode levar a problemas como: a redução dos caudais em tempo de seca; a
poluição das águas espanholas que vêm refleti se em Portugal; a construção de novas
barragens ou de transvases em Espanha o que pode reduzir os caudais; o agravamento
de situações de cheias, quando as barragens espanholas fazem descargas volumosas.
Para isto não acontecer ambos os países devem ter respeito e cooperação.

OS RECURSOS MARÍTIMOS
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NOTÍCIA:

https://www.cmjornal.pt/portugal/cidades/detalhe/pescadores-de-albufeira-contestam-
aquacultura

COMENTÁRIO:
A aquicultura constitui uma forma alternativa de obtenção de pescado que ajuda a
reduzir a pressão sobre os stocks marinhos favorecendo a sua recuperação além de
permitir recuperar espécies em risco de extinção e repovoar os habitats naturais e isso
vai prejudicar a pesca e as atividades envolvidas nela como é referido na notícia "Essa
aquacultura vai colidir com as atividades da pesca artesanal e do turismo náutico e
com o tráfego marítimo, porque fica no caminho para a entrada do porto" e por este
motivo a Câmara de Albufeira e os pescadores locais também referidos na notícia a
cima são contra a instalação de uma exploração de aquacultura no mar.
Em Portugal a aquicultura tem vindo a crescer e predominam os estabelecimentos de
água salobra e marinha.

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NOTÍCIA:

https://www.publico.pt/2014/06/13/economia/editorial/o-arrasto-e-a-pesca-sustentavel-
1639694

COMENTÁRIO:
A frota portuguesa embora atue em pesqueiros externos efetua a maior parte das suas
capturas em águas nacionais, a pesca contribui de uma maneira bastante relevante
para a economia nacional apesar de ter vindo a decrescer. O volume de desembarque
de pescado nos portos nacionais nos últimos anos evidencia uma ligeira tendência
crescente, a principal espécie capturada é a sardinha tanto em volume como em valor
e por isso ser referido na notícia que o cerco para a captura da sardinha já tem um selo
de arte de pesca sustentável conferido por uma organização internacional.
Atualmente o processo de venda direta realiza se através de um sistema eletrónico e
informático que garante maior rapidez e transparência o que contribui para preservar
a qualidade do pescado.
A pesca de arrasto de fundo pode levar a vários problemas e nomeadamente pôr
espécies em perigo, algo que também é referido na notícia “capaz de transformar o
leito marinho num autêntico deserto, destruindo tudo o que encontra pela frente” e
para que isto mude é necessário usar uma técnica mais moderna, restringir certos
tipos de capturas entre outras medidas que devem ser tomadas.

NOTÍCIA:
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https://www.andardemoto.pt/moto-news/348-portugal-nao-aproveita-recursos-maritimos/

COMETÁRIO:
Portugal tem uma extensa linha de costa e é nas áreas mais abrigadas que se situam ao
principais portos de mar. Portugal encontra se em desvantagem face aos países da
Europa pois os recursos piscatórios são menos abundantes graças á extensa linha de
costa como é referido na notícia “de acordo com o documento, as águas portuguesas
rendem apenas dois por cento do PIB, quando noutros países europeus esses números
chegam até aos seis pontos percentuais”, porém a presença de correntes marítimas
favorece a abundância de algumas espécies. O nosso país tem um grande potencial de
recursos naturais e de oportunidades que o mar oferece mas é importante conhecer,
preservar e valorizar.
A costa portuguesa é pouco recortada em grande parte da sua extensão e a sua
configuração depende muito das formações rochosas do litoral. As características da
linha da costa resultam da ação que o mar exerce sobre ela sendo continuamente
modificada pela erosão marinha que desgasta e fragmenta as formações rochosas do
litoral, de transporte e acumulação desses fragmentos, o poder erosivo das ondas é
reforçado pela areia e por fragmentos que vão ser projetados pelas ondas provocando
uma intensa erosão mecânica que leva ao recuo das arribas .
A configuração da linha da costa também é influenciada por movimentos tectónicos e
alterações climáticas que provocam regressões marinhas, quando o mar recua e
transgressões marinhas, quando o avança sobre áreas continentais constituindo costas
de submersão. Por vezes dá se o assoreamento formando se restingas e barreiras de
areia e seixos.
Apesar do enorme potencial da costa marítima portuguesa não é bem aproveitado
como é afirmado na notícia.

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