Você está na página 1de 57

Tratamentos Preservativos em

Madeiras Estruturais

Prof. Tobias Ribeiro Ferreira


Disciplina: Estrutura de Madeira
Discentes

• Ana Paula Aparecida de Faria;


• Lavínia Apolyane Costa;
• Mariana Lara Oliveira;
• Samuel Henrique Oliveira Lima.
Introdução

● Madeira

○ esquadrias;

○ formas de elementos estruturais;

○ pisos;

○ forros;

○ decoração

3
Introdução

● Segundo Cruz e Nunes (2012 p.2) a madeira é um material de


origem biológica, formado por uma matéria heterogênea e
anisotrópica elaborada por um organismo vivo, que é a árvore.

4
Introdução

● Deterioração da madeira

Figura 1: Bolor de coloração escura em madeira de Pinus sp.


Fonte: Castro et. al (2016)

5
Introdução

● Métodos de tratamento preservativo

○ Simples

○ Sofisticados

6
Introdução

● Métodos de tratamento preservativo

○ pincelamento;

○ imersão da madeira seca;

○ tratamento por capilariade;

○ subsituição da seiva;

7
Introdução

● Métodos de tratamento preservativo

○ pulverização;

○ aplicação de graxa;

○ banho quente-frio;

8
Métodos de Tratamento da Madeira
● Métodos simples ou com baixo custo de investimento;

● A madeira requer tratamento para prevenir a degradação dos


agentes biológicos do material;

● Nem sempre é convencional utilizar tratamento com vasta


tecnológica;

● Utiliza-se métodos simples realizados in loco;


9
Tratamento por Pincelamento
● Madeira seca e é um método simples;

● Produto líquido é dissolvido em solvente e aplicado a superfície


da peça;

● Características da madeira e quantidade de produtos são


informações importantes a se atentarem;

10
Tratamento por Pincelamento
● Produtos oleossolúveis ou oleosos diluídos em solventes
orgânicos finos têm maior capacidade de penetração na
madeira por unidade de tempo;

● Produtos hidrossolúveis não têm a mesma facilidade de


penetração na madeira que a de produtos diluídos em
solventes orgânicos finos;

● Quanto maior a profundidade de penetração do produto


preservativo, mais produto é utilizado;
11
Tratamento por Pincelamento
● Aplicar várias camadas de tratamento não significa em um
resultado mais efetivo, a superfície ficará super tratada,
entretanto a parte interna não ficará protegida dos agentes
biológicos;

Figura 2: Tratamento por pincelamento


Fonte: https://bit.ly/30pi2or

12
Tratamento por Pulverização
● Madeira seca, parecido com o tratamento por pincelamento,
diferença que utiliza o pulverizador para alcançar locais
inacessíveis e o risco de contaminação é maior ;

Figura 3: Tratamento por pulverização


Fonte: https://bit.ly/30BNMXA

13
Encharcamento da Madeira
● Madeira seca e peça esteja permeável o suficiente para garantir
a penetração da solução;

● Tempo de tratamento varia de segundos, horas ou dias, vai


depender do tipo de solução, espécie da madeira e a
profundidade do tratamento;

● A solução recomendada é oleossolúveis de baixa viscosidade;

14
Encharcamento da Madeira
● Soluções nas quais a viscosidade não seja baixa, a viscosidade
pode ser reduzida pela elevação de temperatura, desde que
não coloque em risco o aquecimento necessária ;

Figura 4: Encharcamento da madeira


Fonte: https://bit.ly/3qEH3a5

15
Tratamento com Aplicação de Graxas

● Madeira seca, peça instalada e de difícil acesso, neste caso


pode ocorrer escorrimento do produto;

● É utilizado graxas que contenham algum tipo de produto tóxico


a agentes xilófagos;

● O aplicador precisa somente de luvas para aplicação;

16
Tratamento com Aplicação de Graxas

Figura 5: Tratamento por graxas


Fonte: https://bit.ly/3opXLaw

17
Tratamento por Capilaridade ou
Transpiração Radial
● Madeira verde, substitui parcialmente a água ou a seiva original
da madeira, de arvores recém cortadas, por soluções
hidrossolúveis;

● É utilizado madeira roliça de pequeno diâmetro, recém abatida


e descascada, normalmente destinada para usos como estacas
e mourões;

● Parcialmente mergulhada na solução até onde a madeira ficará


em contato direto com o solo úmido e aerado;
18
Tratamento por Capilaridade ou
Transpiração Radial

Figura 6: Tratamento por capilaridade


Fonte: https://bit.ly/3kHLBZo

19
Tratamento pelo Processo Boucherie
Modificado

● Madeira verde, substitui parcialmente a água ou a seiva original


da madeira, de árvores recém cortadas, por soluções
hidrossolúveis;

● Tem por objeto a preservação de madeira verde na forma de


tora, normalmente para utilização como postes;

20
Tratamento pelo Processo Boucherie
Modificado

Figura 7: Instalação para o tratamento pelo Processo Boucherie modificado


Fonte: https://bit.ly/3Hp19uO

21
Tratamento por Difusão Simples
● Utiliza produtos hidrossolúveis concentrados, ao entrarem em
contato com a superfície da madeira no estado verde,
diluem-se na água existente da madeira e transferem
gradualmente para o seu interior;

● Imergi a madeira verde na solução por tempo suficiente para


haver a penetração na profundidade interna da madeira;

22
Tratamento por Difusão Dupla

● Utiliza produtos hidrossolúveis concentrados, ao entrarem em


contato com a superfície da madeira no estado verde,
diluem-se na água existente da madeira e transferem
gradualmente para o seu interior;

● A diferença é que são utilizados dois produtos hidrossolúveis


aplicados na madeira verde em tempos diferentes;

23
Tratamento por Difusão Dupla
● Alcança boa profundidade de penetração e retenção dos
produtos na madeira com maior rapidez;

● Os reagentes que constituem os produtos que formam a


madeira, resultam em compostos insolúveis em água;

● Se os dois produtos forem colocados na mesma solução, eles


reagem entre si e se precipitam a solução, antes de penetrar na
madeira;
24
Tratamento Temporário da Madeira
● Exclusivo para proteção da madeira verde na forma de toras ou
recém serrada e úmida à deterioração, até que a mesma seque
a níveis de teor de umidade inferiores, para que não fique em
estado vulnerável ao ataque de fungos e insetos;

● Consiste em aplicar uma solução preservativa na superfície da


madeira úmida e posteriormente passar pelo processo de
difusão, no qual ocorrerá a penetração dos ingredientes ativos;

25
Tratamento Temporário da Madeira
● O aspecto negativo é a eficiência do tratamento, pois não
depende do tempo em que a madeira fica imersa ou sob um
sistema de aspersão da solução preservativa, mas da eficiência
dos ingredientes ativos do produto da solução;

Figura 8: Esquema do tratamento temporário em túnel de aspersão


Fonte: https://bit.ly/3Hp19uO

26
Tratamento Banho Quente - Banho Frio

● Este tratamento normalmente é utilizado para preservar


madeira de pequenas dimensões no estado seco, com produtos
preservativos de natureza oleosa;

● Tratamentos de peças de madeira de maiores dimensões, são


utilizados produtos oleossolúveis, ou hidrossolúveis que
permaneçam estáveis em soluções aquecidas;

27
Tratamento Banho Quente - Banho Frio
● Consiste em mergulhar a madeira descascada no estado seco
em produto preservativo aquecido e logo após substituí-lo
rapidamente por produto à temperatura fria;

Figura 9: Tratamento Banho Quente-Frio


Fonte: https://bit.ly/3npnqkt

28
Tratamento da Madeira em AutoClave

● É utilizado uma autoclave, no qual consiste basicamente de um


vaso que possa ser hermeticamente fechado, robusto o
suficiente para resistir esforços do vácuo e/ou pressão exigidos;

● Equipamentos auxiliares são utilizados para efetuar o


tratamento, como serpentinas de aquecimento, bombas de
vácuo e de pressão;

29
Tratamento da Madeira em AutoClave
● A madeira a ser tratada deverá estar descascada e no seu
estado seco em 20% a 25% de teor de umidade;

● Qualquer tipo de produto preservativo poderá ser utilizado,


como oleoso, oleossolúvel ou hidrossolúvel;

Figura 10: :Tratamento por Autoclave


Fonte: https://bit.ly/3ouep8Y

30
Resistências
● Comparação entre a madeira tratada e a madeira não tratada,
através de um estudo bibliográfico com base no artigo
ANÁLISE COMPARATIVA DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
DA MADEIRA TRATADA E MADEIRA NATURAL;

● Para os ensaios foi utilizada a madeira Eucalyptus citriodora;

31
Resistências
● Vigas para o ensaio de flexão estática à quatro pontos

Figura 11: :Representação das vigas


Fonte: SOUZA e VITO(2014) p.7

32
Resistências
● Corpos de prova para ensaios de tração, compressão e dureza
Janka.

Figura 12: :Representação


Fonte: SOUZA e VITO(2014) p.7

33
Resistências
● Ensaio de Unidade
○ A madeira não tratada apresentou um teor de umidade de
28,45%, enquanto a madeira tratada apresentou um teor de
umidade de 23,94%;

● Ensaio de Dureza Janka


○ Pode-se constatar que a madeira sem tratamento químico
apresentou valores de resistência à penetração superiores
aos valores encontrados para a madeira com tratamento.

34
Resistências
● Ensaio de Compressão
○ Madeira tratada apresentou um valor de tensão máxima de
42,39 MPa, enquanto a madeira sem tratamento apresentou
um valor de 42,72 MPa, ou seja apenas 1,5 % de diferença;

● Ensaio de Tração
○ Encontrou-se uma resistência para a peça não tratada de
56,87 MPa, enquanto que a peça que passou pelo
tratamento apresentou uma resistência de 97,36 MPa;

35
Resistências
● Ensaio de Flexão estática à quatro pontos

Figura 13: Resultados ensaio de flexão à quatro pontos


Fonte: SOUZA e VITO(2014) p.11

36
Normas Técnicas
● NBR 16143 – Preservação de madeiras – Sistema de
categorias de uso

● NBR 6232 – Penetração e retenção de preservativos em


madeira tratada sob pressão

● NBR 7190- Estruturas de madeira.

37
Custo — Aspectos Econômicos

● Concluiu-se que é de extrema importância a realização do


tratamento preservativo da madeira, visto que ocasiona o
aumento da vida útil da mesma;

● A fase de elaboração de projeto auxilia na escolha do


tratamento preservativo da madeira;

38
Custo — Aspectos Econômicos

Figura 14: Fluxograma de preservação


Fonte: Calil (2019)

39
Custo — Aspectos Econômicos

● Após a tomada de decisão se será utilizado ou não o


tratamento preservativo, então adota-se o tratamento adequado
conforme o tipo de madeira escolhido;

● É necessário sempre buscar a otimização de todo o processo,


buscando sempre o custo-benefício;

● O tipo de tratamento escolhido afetará diretamente no custo do


empreendimento;

40
Custo — Aspectos Econômicos

● Há duas categorias de procedimentos e tratamentos


preservativos;

○ Processos industriais;

○ Processos não industriais;

● A escolha da madeira, o tipo de processo e até mesmo se irá


optar ou não pelo tratamento preservativo, são fatores que
impactam diretamente no que tange ao custo do tratamento
escolhido e também na durabilidade da estrutura em questão

41
Custo — Aspectos Econômicos

● De acordo com Galvão (2004), um índice de simples para o


aspecto econômico do tratamento preservativo, é o custo médio
de uma peça por ano de uso ou serviço prestado;
● É necessário ressaltar que ao comparar um material tratado
com um não tratado, que cada substituição trará novos gastos,
sendo que, o custo de substituição será sempre maior do que o
da instalação;

42
Custo — Aspectos Econômicos

● Para melhor compreensão, convém exemplificar um estudo de


caso;
○ Exemplo: Considere se é conveniente ou não a escolha
do tratamento preservativo para a utilização de mourões
de eucalipto para cerca.

43
Custo — Aspectos Econômicos

44
Custo — Aspectos Econômicos

● Existem diversos tipos de tratamento, mas de modo a comparar


aspectos econômicos, destacaremos um tratamento com alto
custo e outro com baixo custo;
○ O cromato de cobre ácido (ACC - Celsure) faz parte da
categoria de hidrossolúveis, sendo o seu custo bastante
elevado, dessa forma, fazendo com que sua utilização seja
reduzida;

45
Custo — Aspectos Econômicos

○ O método de banho quente-frio encaixa-se na categoria de


métodos não industriais, sendo considerado como um
método de baixo custo;

● Há uma grande utilização dos tratamentos não industrial devido


sua à facilidade de aplicação e dos baixos custos provenientes
da utilização do mesmo;

46
Manutenção e Durabilidade

● Embora a madeira seja passível ao apodrecimento e ao ataque


de organismos xilófagos em determinadas circunstâncias, ela
tem sua durabilidade natural prolongada quando a mesma é
previamente tratada com substâncias preservativas;
● Porém, mesmo sendo tratada, a madeira necessita de cuidados
de manutenção, mesmo que sejam menos intenso se
comparado com a madeira sem tratamento

47
Manutenção e Durabilidade

● Caso a madeira seja utilizada em ambientes externos, deve-se


buscar a realização de um projeto bem elaborado para evitar a
exposição excessiva aos raios solares e a umidade proveniente
da água da chuva;
● Para uma maior durabilidade é necessário que sejam previstos
todos os detalhes construtivos que garantirão a maior
durabilidade para a madeira empregada;

48
Manutenção e Durabilidade

● Lembrando que, é de grande importância deixar orientações em


relação à manutenção da madeira em questão para haver uma
maior durabilidade da peça em questão;

49
Manutenção e Durabilidade

● Um exemplo de manutenção que pode ser demonstrado é a


manutenção em residências de madeira;

Figura 15: Casa de Madeira


Fonte: Site Stan (2021)

50
Manutenção e Durabilidade

● É recomendado que a manutenção externa ocorra pelo menos


a cada 4 anos, aplicando um verniz de base aquosa em toda a
área externa;

Figura 16: Parte externa casa de madeira


Fonte: Rede Social - Casas Tangran (2021)

51
Manutenção e Durabilidade

● o mesmo deve ocorrer a cada 20 anos para a área interna;

Figura 17: Parte interna casa de madeira


Fonte: Site - Habitissimo (2021)

52
Conclusão

● Concluiu-se que é de extrema importância a realização do


tratamento preservativo da madeira, uma vez que ocasiona o
aumento da vida útil da mesma.

53
Referências

● ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR


16143 – Preservação de madeiras – Sistema de categorias
de uso. Rio de Janeiro, 2013.

● ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR


6232 – Penetração e retenção de preservativos em madeira
tratada sob pressão. Rio de Janeiro, 1990.

● ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR


7190 – Projeto de Estruturas de Madeira. ABNT. Rio de
Janeiro. 1997.

54
Referências

● CASTRO, Vinicius Gomes de el al. Deterioração e


preservação da madeira. Mossoró: EdEFERSA, 2018.

● CRUZ, Helena. NUNES, Lina. A madeira como material de


construção. Disponível em:
http://docplayer.com.br/22259591-A-madeira-como-material-de-
construcao.html. Acesso em: 13 nov 2021.

55
Referências

● FLORESTAL, Central. Secagem e Preservação de Madeiras.


2019. Disponível em:
http://www.centralflorestal.com.br/2017/05/secagem-e-preserva
cao-de-madeiras.html. Acesso em: 14 nov. 2021.

● GALVÃO. A. P. Processos práticos para preservar a


madeira. Colombo: Embrapa Florestas, 2004. 49 p.

● MORESCHI, João Carlos. Biodegradação e preservação da


madeira. 4ª ed. Paraná. Departamento de Engenharia e
Tecnologia Florestal da UFPR, 2013.

56
Referências

● RAVASSI, Roger. Métodos de Preservação da Madeira e


Seus Preservativos. São Gabriel - RS. 2011. Disponível em:
https://dspace.unipampa.edu.br//bitstream/riu/4408/1/M%c3%a9
todos%20de%20preserva%c3%a7%c3%a3o%20da%20madeir
a%20e%20seus%20preservativos.pdf. Acesso em: 16 nov.
2021.

● SOUZA, Thaís dos Santos; VITO Marcio. Análise Comparativa


das Propriedades Mecânicas da Madeira Tratada e Madeira
Natural. UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense.
2014 Disponível em
:<http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/3016/1/Tha%C3%ADs
SantosSouza.pdf> Acesso em 13 nov. 2021
57

Você também pode gostar