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Assembléia Geral: o que é e como se faz?

Um dos órgãos integrantes de uma Associação é a Assembléia Geral, cuja


função é deliberativa. É por meio deste órgão que os associados de uma
ONG poderão deliberar sobre assuntos de elevada importância para a
entidade. Portanto, para que este órgão exerça sua função deliberativa,
necessário é que os associados reunam-se e votem sobre os assuntos
apresentados.

Essa reunião dos associados em Assembléia Geral deve seguir uma série
de regras e formalidades para que seja válida, conforme passaremos a
estudar.

1) Modalidades de Assembléias Gerais

As assembléias gerais podem ser ordinárias, quando convocadas para


tratar de assuntos ordinários, ou seja, previstos, já estabelecidos,
determinados no estatuto, ou podem ser extraordinárias,
quando tratarem de assuntos outros, que não os determinados no
estatuto, ou ainda, concomitantemente, ordinárias e extraordinárias,
conforme o assunto a ser deliberado.

O Estatuto disporá sobre os assuntos a serem deliberados em assembléia


geral ordinária. Os demais assuntos, que não precisam estar enumerados
no estatuto, serão deliberados em assembléia geral extraordinária.

Para melhor organização das associações, recomenda-se que a Assembléia


geral ordinária seja convocada para tratar dos seguintes assuntos:

• tomar as contas da administração, examinar, discutir e votar as


demonstrações financeiras;

• analisar o orçamento e definir o plano de ação;

• eleger os administradores e os membros do Conselho Fiscal, quando for


o caso.

2) Realização da Assembléia

Para a realização de uma Assembléia Geral é necessário seguir as regras


dispostas no estatuto da entidade para sua convocação e instalação.
O primeiro passo é determinar se a Assembléia será ordinária,
extraordinárioa ou ordinária e extraordinária, conforme o assunto tratado.

Definida a assembléia, o próximo passo é convocar os associados ou


interessados a participar. Esta convocação é feita por meio de um Edital,
afixado na sede da entidade, publicado em jornal ou de outra forma, de
acordo com o estabelecido no estatuto da entidade.

O edital deve ser emitido com antecedência, de forma a permitir que os


associados ou interessados compareçam na Assembléia. O Estatuto da
Associação ou da Fundação deve trazer o período de antecedência para
emissão deste documento.

Na data de realização da Assembléia, uma lista de presença deve ser


assinada por todos os presentes, com o fim de formalizar que aquelas
pessoas que a assinaram compareceram e participaram da Assembléia.
Este documento também será importante para a verificação do quorum
de instalação e de deliberação da Assembléia.

3) Quorum das Assembléias

É importante que o Estatuto da associação seja específico e inequívoco


quanto ao quorum de instalação e de deliberação da Assembléia Geral.

O quorum de instalação é aquele apurado antes do início da Assembléia


Geral, com o fim de verificar se o número de associados que ali estão é
suficiente para iniciar a Assembléia. Já o quorum de deliberação informa o
número de associados necessário, dentre as presentes, para que seja
possível deliberar sobre os assuntos propostos.

O estabelecimento do quorum de instalação, em regra, é definido em uma


fração ou porcentagem do total de associados e o de deliberação, definido
por maioria dos presentes.

Recomenda-se que o Estatuto estabeleça um quorum de instalação e um


de deliberação para assuntos gerais e um quorum diferenciado de
instalação e de deliberação para assuntos de maior relevância para a
associação, como alteração do estatuto, eleição de membros, extinção da
entidade etc.
Destaca-se, ainda, que, as assembléias gerais podem ocorrer em primeira
chamada ou em segunda chamada, estabelecendo-se um intervalo de 30
minutos a uma hora entre a primeira e a segunda chamada.

Na hora designada para a realização da assembléia geral, verificando-se a


insuficiência de associados, aguarda-se o intervalo e novamente se faz a
verificação. Sendo possível a instalação, é iniciada a Assembléia, passando
a verificar-se, quando da oportunidade dos votos, o quorum para
deliberação.

4) Recomendações

Recomenda-se datar e usar papel timbrado da entidade em todos os


documentos pertinentes à Assembléia, inclusive no edital de convocação e
lista de presença, bem como destacar, no início da página, o nome e o
CNPJ da entidade. Estas recomendações, se seguidas, garantem segurança
e transparência aos integrantes da entidade, a terceiros interessados em
contratar com a entidade e, especialmente previnem problemas no
registro do ato no Registro Civil das Pessoas Jurídicas.

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