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Hécate

Hécate, na mitologia grega, é uma deusa, naturalizada na Grécia micénica ou


na Trácia, mas oriunda das cidades cárias de Anatólia, região onde se atestam a maioria
dos seus nomes teofóricos, como Hecateu e Hecatomno, e onde Hécate era vista
como Grande Deusa em períodos históricos, no seu inigualável lugar de culto em Lagina.
Deusa das terras selvagens e dos partos, era geralmente representada segurando duas
tochas ou uma chave, e em períodos posteriores na sua forma tripla. Estava associada a
encruzilhadas, entradas, fogo, luz, a lua, magia, bruxaria, o conhecimento de ervas e
plantas venenosas, fantasmas, necromancia e feitiçaria. Ela reinara sobre a terra, mar e
céu, bem como possuía um papel universal de salvadora (Soteira) e a Alma do Mundo
Cósmico. Ela era uma das principais deidades adoradas nos lares atenienses como deusa
protetora e como a que conferia prosperidade e bênçãos diárias à família.
Hécate pode ter origem entre os Carianos na Anatólia, onde variações do seu nome são
usadas para dar nome a crianças. William Berg observa, "Como as crianças não recebem
nomes de espectros, é seguro assumir que os nomes carianos envolvendo hekat- referem-
se a uma deidade principal livre da escuridão e de ligações com o submundo e bruxaria
associadas à Hécate da Atenas clássica." Ela também parece associada à deusa
romana Trivia, com a qual foi identificada em Roma.
Hécate é descrita como de "cabelos dourados".

Nome
A etimologia do nome Hécate (Ἑκάτη, Hekátē) não é conhecida, e existem algumas
sugestões para a mesma:

• Da palavra grega que significa 'vontade'.


• de Ἑκατός Hekatos, um epíteto obscuro de Apolo[carece de fontes]. Neste caso é
traduzido como "a que opera à distância", "a que remove ou move", "a que
alcança longe" ou "a que lança dardos longe".
• o nome da deusa egípcia do nascimento, Heket.

Representações
As representações gregas mais antigas mostram a deusa com apenas uma face, e não
com a forma tripla. Farnell aponta "a evidência dos monumentos em relação ao caráter e
significância de Hécate é quase tão completa quanto da literatura. Mas é só no período
mais tardio que ela começa a expressar sua natureza múltipla e mística".
O monumento mais antigo conhecido é uma pequena terracota encontrada em Atenas,
com uma dedicação a Hécate, no estilo de escrita do século VI a.C. A deusa aparece
sentada em um trono com uma grinalda em torno de sua cabeça, mas sem qualquer
atributo ou caractere, e o único valor desta obra, que é de um tipo evidentemente geral e
tem uma referência especial e nome meramente da inscrição, é que ela prova que a forma
simples como sendo a mais antiga, e datando seu conhecimento em Atenas para antes da
invasão persa.
O viajante do século II d.C. Pausânias declarou que Hecate foi representada em triplicata
pela primeira vez pelo escultor Alcâmenes, no período Grego Clássico do final do século V
a.C., em uma estátua que foi colocada em frente à deusa Nike Áptera. As convenções
antropomórficas gregas resistiram à representação dela com três faces, uma escultura
votiva da Ática do século III a.C. (ilustração à direita) mostra três imagens simples contra
uma coluna, em torno da qual dançam as Graças. Algumas representações clássicas
mostram ela como uma triplicata de deusas segurando uma tocha, uma chave, serpentes,
adagas e vários outros itens. Representações tanto de uma deusa simples e com formato
triplo, bem como descrições com quatro cabeças continuaram a surgir pela história.
Wicca
A Deusa é amplamente adorada por wiccanos, estes que a adoram em sua forma tripla, a
Donzela, a Mãe e a Anciã. Hécate sendo representante das forças do Sagrado Feminino,
juntamente com o Deus Cornífero wiccano, representante das forças do Sagrado
Masculino.

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