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Quatro Fortes Âncoras Para as Tempestades Da Vida

Atos 27:12-37

Visto que o porto não era próprio para passar o inverno, a maioria decidiu que
deveríamos continuar navegando, com a esperança de alcançar Fenice e ali passar o
inverno. Este era um porto de Creta, que dava para sudoeste e noroeste.
Começando a soprar suavemente o vento sul, eles pensaram que haviam obtido o que
desejavam; por isso levantaram âncoras e foram navegando ao longo da costa de Creta.
Pouco tempo depois, desencadeou-se da ilha um vento muito forte, chamado Nordeste.
O navio foi arrastado pela tempestade, sem poder resistir ao vento; assim, cessamos as
manobras e ficamos à deriva.
Passando ao sul de uma pequena ilha chamada Clauda, foi com dificuldade que
conseguimos recolher o barco salva-vidas.
Levantando-o, lançaram mão de todos os meios para reforçar o navio com cordas; e
temendo que ele encalhasse nos bancos de areia de Sirte, baixaram as velas e deixaram
o navio à deriva.
No dia seguinte, sendo violentamente castigados pela tempestade, começaram a lançar
fora a carga.
No terceiro dia, lançaram fora, com as próprias mãos, a armação do navio.
Não aparecendo nem sol nem estrelas por muitos dias, e continuando a abater-se sobre
nós grande tempestade, finalmente perdemos toda a esperança de salvamento.
Visto que os homens tinham passado muito tempo sem comer, Paulo levantou-se diante
deles e disse: "Os senhores deviam ter aceitado o meu conselho de não partir de Creta,
pois assim teriam evitado este dano e prejuízo.
Mas agora recomendo-lhes que tenham coragem, pois nenhum de vocês perderá a vida;
apenas o navio será destruído.
Pois ontem à noite apareceu-me um anjo do Deus a quem pertenço e a quem adoro,
dizendo-me:
‘Paulo, não tenha medo. É preciso que você compareça perante César; Deus, por sua
graça, deu-lhe as vidas de todos os que estão navegando com você’.
Assim, tenham ânimo, senhores! Creio em Deus que acontecerá do modo como me foi
dito.
Devemos ser arrastados para alguma ilha".
Na décima quarta noite, ainda estávamos sendo levados de um lado para outro no mar
Adriático, quando, por volta da meia-noite, os marinheiros imaginaram que estávamos
próximos da terra.
Lançando a sonda, verificaram que a profundidade era de trinta e sete metros; pouco
tempo depois, lançaram novamente a sonda e encontraram vinte e sete metros.
Temendo que fôssemos jogados contra as pedras, lançaram quatro âncoras da popa e
faziam preces para que amanhecesse o dia.
Tentando escapar do navio, os marinheiros baixaram o barco salva-vidas ao mar, a
pretexto de lançar âncoras da proa.
Então Paulo disse ao centurião e aos soldados: "Se estes homens não ficarem no navio,
vocês não poderão salvar-se".
Com isso os soldados cortaram as cordas que prendiam o barco salva-vidas e o
deixaram cair.
Pouco antes do amanhecer, Paulo insistia que todos se alimentassem, dizendo: "Hoje faz
catorze dias que vocês têm estado em vigília constante, sem nada comer.
Agora eu os aconselho a comerem algo, pois só assim poderão sobreviver. Nenhum de
vocês perderá um fio de cabelo sequer".
Tendo dito isso, tomou pão e deu graças a Deus diante de todos. Então o partiu e
começou a comer.
Todos se reanimaram e também comeram algo.
Estavam a bordo duzentas e setenta e seis pessoas.

Paulo sai do porto da Judeia para a Itália como prisioneiro (acusado pelos Judeus de


pertencer à seita dos nazarenos e pregar contra a Lei de Moisés) a fim de se
apresentar ao Imperador Romano Júlio César.
No trajeto, uma grande tempestade se levanta e por vários dias ficam à deriva sendo
levados de um lado para o outro pelo vento e pelo mar agitado.
Para que o navio não arrebentasse em uma rocha, em um esforço para salvar o navio
e suas próprias vidas, eles lançaram quatro âncoras no mar. Infelizmente, essas
âncoras se mostraram ineficazes contra a tempestade e o navio acabou por se perder.

No entanto, a bordo desse navio estava um homem chamado Paulo. Ele era um


homem especial por várias razões:
1. Ele era um filho de Deus;
2. Ele era um homem em uma missão;
3. Ele era um homem de fé;
4. Ele estava em comunhão com Deus.
Por causa de quem ele era, Paulo estava ancorado no meio daquela
tempestade, mesmo que o navio não estivesse!
Aqueles marinheiros jogaram quatro âncoras no mar na tentativa de firmar o
navio. Essas âncoras falharam. Ao ler este texto, percebo que Paulo também tinha
quatro âncoras. Essas âncoras o firmaram durante a tempestade. Mesmo que o navio
tenha sido abalado e danificado, Paulo conseguiu permanecer firme e forte.

I – A FORTE ÂNCORA DA PRESENÇA DE DEUS (v. 23)


A. Mesmo no meio da tempestade, Paulo descobriu que não estava sozinho. O
Senhor veio a ele para ministrar paz ao seu coração.
B. Independentemente da tempestade que atire sua vida e a minha, se tivermos a
mesma confiança que Paulo teve em seu relacionamento com o Senhor, v. 23, então
podemos ter fé em Sua promessa de estar sempre conosco – Mat. 28:20; Heb. 13:
5 (III. Davi – Salmo 23: 4).
C. Que incentivo é saber que nunca enfrentaremos um instante de vida por conta
própria! Todo passo, todo vale, toda montanha será agraciada por Sua presença!
“Porque vós sois o templo do Deus vivo, como Deus disse: Eu habitarei neles e
andarei entre eles; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.” (2 Coríntios 6:16b
KJF)
D. Seria uma bênção se desfrutássemos da presença manifesta do Senhor como
Paulo. Mas, mesmo quando você não pode vê-Lo, Ele ainda está lá: agindo, presente,
protegendo, sendo Deus em nossas vidas.
 
II – A FORTE ÂNCORA DAS PROMESSAS DE DEUS (v. 24, 25)
A. Quando Paulo enfrentou aquela longa e terrível tempestade, o Senhor veio a ele
com uma promessa preciosa. Ele lembrou a Paulo que ele estaria diante de César e
que todos os que estavam no navio deveriam ser poupados também. Para
Paulo, apenas ter uma palavra de Deus era suficiente para ancorá-lo e dar-lhe
segurança necessária.
B. Suas promessas são firmes e verdadeiras!
“..sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso…” (Romanos 3:4)
“…é impossível que Deus minta…”(Hebreus 6:18)
“seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra do nosso Deus permanece para
sempre.”(Isaías 40:8)
C. A Bíblia contém um total de 8.810 promessas.
 Existem 7.487 promessas de Deus para o homem (cerca de 85% de todas as
promessas da Bíblia).
 Existem 991 instâncias de uma pessoa fazendo uma promessa a outra pessoa.
 Existem 290 promessas do homem para Deus.
 Existem 29 promessas feitas pelos anjos, a maioria delas encontradas em Lucas.
 Existem 9 promessas feitas por “aquele velho mentiroso, o diabo”. (Por
exemplo, sua promessa de dar a Jesus todos os reinos do mundo, se ele cair e
adorá-lo.)
 2 promessas são feitas por um espírito maligno.
 2 são feitos por Deus Pai para Deus Filho.
O capítulo mais destacado no que diz respeito às promessas está no Salmo 37.
Praticamente todo verso é uma promessa maravilhosa. Veja os versos 3, 4 e 5.
“Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra e, verdadeiramente, serás
alimentado.
Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração.
Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará.” (Salmos 37:3-5)
No filme evangélico clássico, “O PEREGRINO”, de Bunyan, o personagem chamado
Desespero (um gigante) se aproximou do personagem chamado Cristão, capturou-o,
bateu nele e o aprisionou na masmorra do Castelo da Dúvida, com suas grossas
paredes negras.
O Desespero o vencia sem piedade, e ele ficava mais fraco a cada dia. Por
fim, Cristão encontrou em sua cela uma corda, uma faca e uma garrafa de veneno
(ferramentas de um suicídio), e, por um momento, ele ficou tentado a acabar com sua
vida.
Mas, numa noite, por volta da meia-noite, ele começou a orar e … um pouco antes do
dia raiar, o bom Cristão, meio que espantado, interrompe esse discurso apaixonado (a
oração): “Que idiota sou eu, para me deitar numa masmorra fedorenta, quando
posso também andar em liberdade! Tenho uma chave no meu peito, chamada
Promessa, que, com certeza, abrirá qualquer tranca no Castelo da Dúvida. “
Sim. Usando a chave das promessas de Deus, o Cristão escapou, para nunca mais
cair nas garras do Desespero Gigante ou do Castelo da Dúvida.
D. Reivindique as promessas de Deus como uma âncora para sua alma ao navegar
pela história nos mares da vida! Elas destravam as prisões do desespero nas quais o
diabo procura acorrentá-lo!
III – A FORTE ÂNCORA DA PROVIDÊNCIA DE DEUS (v. 24)
“Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César”
A. Deus estava dizendo: “Paulo, eu providenciei a tua viagem aqui e tudo quanto
aconteceu vai te conduzir ao seu destino, ao imperador de Roma. E você, Paulo, está
debaixo da minha vontade.”
“todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a
Deus” (Romanos 8:28)
B. Esse é o tipo de confiança que permitirá que você grite na face do diabo, mesmo
enquanto a tempestade ainda se agrava:
“Então Jó se levantou, e rasgou as vestes, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra,
e adorou.
E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o
Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor.” (Jó 1:20, 21)
C. Mesmo diante da promessa de Deus, v. 21-26, os homens no navio lutaram,
temeram e se preocuparam no meio da tempestade. Havia apenas um homem a
bordo que estava curtindo a viagem: Paulo!
Por quê? Porque ele creu em Deus! Ele sabia que Deus estava trabalhando e usou
essa verdade como uma âncora!
Vivemos um dia em que os homens estão abandonando o navio a um ritmo
alarmante! As tempestades da vida os atacam e eles fogem da igreja, o velho navio de
Sião. Posso lembrá-lo de que o melhor lugar para se estar nas tempestades da vida é
no navio, onde o Senhor quer que você esteja. Se você deixar o navio, poderá
enfrentar a fúria da tempestade por conta própria. Se você ficar onde o Senhor o
plantou, pode ter certeza de que o trabalho providencial dele em sua vida será
realizado até o fim!
IV –  A FORTE ÂNCORA DO TRABALHAR DE DEUS (v. 44)
A. O que o Senhor disse a Paulo e o que Paulo acreditava que aconteceria
aconteceram: todos chegaram em segurança à costa. Deus guardou Sua Palavra! Ele
poupou todas as vidas!
“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com
os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera.” (Isaías
64:4)
B. Deus é capaz de resolver tudo isso! Ele irá levá-lo através de sua tempestade!
Pode parecer que o barco vai afundar. Pode parecer que as tempestades da vida vão
prevalecer. No entanto, quando as ondas se acalmarem, quando os ventos cessarem
de soprar, quando as chuvas cessarem, quando as nuvens de tempestade se afastarem
para o horizonte: você verá que Deus estava no controle o tempo todo!
Eu posso ter a certeza disso: nenhuma tempestade nesta vida será capaz de afastá-lo
do curso que Deus determinou para sua vida! Ele o protegerá durante a tempestade e
o entregará com sucesso ao porto seguro de Sua glória!
O fato é que Ele não salvou você para perder o domínio dEle em uma
tempestade. Não! Ele salvou você para levá-lo para casa, para a glória. E é
exatamente isso que Ele fará:
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou
preparar-vos lugar.
E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo,
para que onde eu estiver estejais vós também.” (João 14:1-3)
CONCLUSÃO
Você está com suas âncoras lançadas no Senhor? Se tiver, poderá resistir as
tempestades da vida. Caso contrário, esteja preparado para ser assoprado pelos
ventos da adversidade. Gostaria de encorajá-lo a se apresentar a Ele e dizer algo
como:
” Senhor, não posso consertar minha situação. Não posso acalmar os mares revoltos
da minha vida e não posso ainda conter os ventos que sopram contra mim. Preciso
de ajuda hoje. Pela fé, eu coloco as âncoras da Sua presença, das Suas promessas,
da Sua providência e do Seu trabalhar no meu mar revolto. Estou decidido a confiar
em Ti para caminhar na minha tempestade e falar de paz quando for Sua vontade
fazê-lo. Não temerei, não me preocuparei e não lutarei. Confiarei em Ti para fazer o
melhor para mim.”
Quando você chega a um lugar de total confiança diante do Senhor em sua
tempestade, isso chama a atenção Dele. E tenha certeza de que Ele fará algo por você!
Atos 27:38-44

Depois de terem comido até ficarem satisfeitos, aliviaram o peso do navio, atirando todo
o trigo ao mar.
Quando amanheceu não reconheceram a terra, mas viram uma enseada com uma praia,
para onde decidiram conduzir o navio, se fosse possível.
Cortando as âncoras, deixaram-nas no mar, desatando ao mesmo tempo as cordas que
prendiam os lemes. Então, alçando a vela da proa ao vento, dirigiram-se para a praia.
Mas o navio encalhou num banco de areia, onde tocou o fundo. A proa encravou-se e
ficou imóvel, e a popa foi quebrada pela violência das ondas.
Os soldados resolveram matar os presos para impedir que algum deles fugisse, jogando-
se ao mar.
Mas o centurião queria poupar a vida de Paulo e os impediu de executar o plano. Então
ordenou aos que sabiam nadar que se lançassem primeiro ao mar em direção à terra.
Os outros teriam que salvar-se em tábuas ou em pedaços do navio. Dessa forma, todos
chegaram a salvo em terra.

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