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EMAS

Declaração Ambiental
2002

Celbi
2

Preâmbulo
O desempenho ambiental da nossa empresa, assente no
princípio da melhoria contínua, tem-se pautado pela
escrupulosa observação da Política Ambiental assumida e
divulgada. Ele é considerado como componente da
estratégia para o desempenho global da actividade da
empresa, e constitui, com a responsabilidade social e a
vertente económica, um dos pilares do desenvolvimento
sustentável em que decididamente apostamos.

Os resultados e as tendências dos indicadores ambientais,


e que são resultantes da filosofia assumida de prevenção
e de melhoria, evidenciados nesta Declaração, são motivo
de orgulho, mas também um desafio para o futuro, em que
se pretende um comportamento, se possível, ainda melhor.

Introdução
Esta é a quarta Declaração Ambiental publicada pela Celbi,
em cumprimento do estabelecido no regulamento do Sistema
de Eco-Gestão e Auditoria da União Europeia (EMAS).
A primeira Declaração, relativa ao desempenho ambiental
em 1999, foi publicada depois de verificada e validada, em
Abril de 2000, pelo verificador acreditado Lloyd´s Register
Quality Assurance (número de acreditação UK-V-005).
Foram elaboradas e publicadas declarações intercalares
referentes a 2000 e 2001.
Ao longo deste período de 3 anos, centenas de exemplares
de cada uma das publicações anuais, têm sido distribuidas
por um amplo conjunto de partes interessadas,
designadamente clientes, empregados, autoridades locais,
regionais e nacionais, associações ambientalistas e
empresariais.
A Declaração anual tem proporcionado, a todos estes
parceiros, informações detalhadas sobre o desempenho
ambiental da unidade industrial da Celbi e sobre o seu
Sistema de Gestão Ambiental.
A próxima Declaração Ambiental EMAS validada, será
publicada em Abril de 2004.
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A StoraEnso e a Celbi
- políticas e princípios

A StoraEnso é um dos maiores grupos mundiais de produtos florestais.


A capacidade total de produção, em 2002, era de aproximadamente 15 milhões de toneladas de produtos de papel e cartão.
Cerca de 43.000 pessoas estavam empregadas, em mais de 40 países.
O total de vendas em 2001 ascendeu a cerca de€ 13,5 biliões de Euros.
O Grupo encontra-se estruturado em áreas de negócio englobando a produção de papeis finos, papeis para revistas,
papel de jornal e cartão de embalagem, encontrando-se a Celbi integrada na Divisão de Papeis Finos.

A Visão, a Missão, os Valores e as operações da Celbi são orientados pelos Princípios do Grupo StoraEnso

VISÃO

Seremos a empresa de produtos florestais líder no mundo.


- Somos líderes no desenvolvimento da indústria.
- Somos escolhidos pelos clientes pelo valor que criamos.
- Atraimos investidores pelo valor que criamos.
- Os nossos empregados têm orgulho em trabalhar conosco.
- Somos um parceiro atractivo para os nossos fornecedores.

Celbi
Ser o melhor produtor europeu de pastas de fibra curta.
- Satisfazer o mais possível os nossos clientes, conquistando a sua fidelidade.
- Ter uma imagem de Excelência no mercado e na comunidade envolvente.
- Manter os nossos produtos e processos como referências nos sectores de papel e pasta.
- Atrair e motivar os profissionais mais competentes.
- Criar nos nossos trabalhadores um espírito de identificação e orgulho com a empresa.
- Atrair e motivar os profissionais mais competentes.

MISSÃO

Promovemos a comunicação e o bem estar, convertendo fibras renováveis


em papel, embalagens, e materiais obtidos de transformação de madeira.

Celbi
Fornecer pastas de eucalipto, que produzimos de forma
económica e ambientalmente sustentável, satisfazendo os requisitos e
expectativas dos nossos clientes.

VALORES

- Focalização no cliente. Somos a primeiria escolha do cliente.


- Desempenho. Fornecemos resultados.
- Responsabilidade. Cumprimos os princípios do desenvolvimento sustentável.
- Ênfase nas pessoas. Pessoas motivadas criam sucesso.
- Focalização no futuro. Estamos na vanguarda.

Celbi
- Orientação para os resultados e para a Qualidade Total.
- Focalização nas necessidades e expectativas dos clientes.
- Empenho na defesa do meio ambiente.
- Sentido de responsabilidade social.
- Espírito de abertura face aos desafios e à mudança.
- Versatilidade e polivalência profissional.
- Ambição para melhorar, inovar e estar na vanguarda.
- Descentralização e responsabilização.
-ž Informalidade no relacionamento pessoal.
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Política de responsabilidade Social e Ambiental

Actuação responsável
É compromisso da Stora Enso desenvolver a sua actividade de forma sustentável, nos planos ambiental, social
e económico. Estes objectivos são, reconhecidamente, compartilhados por todos no grupo Stora Enso, permitindo
um processo de melhoria contínua das nossas operações.

Perspectiva ecológica
Constitui objectivo da Stora Enso fornecer aos seus clientes produtos e serviços que satisfaçam diversas
necessidades relacionadas com a comunicação impressa, a embalagem e a construção civil. Estes produtos
são principalmente produzidos a partir de matérias primas renováveis, sendo recicláveis e seguros quando
utilizados.
O conceito de ciclo de vida do produto é considerado como orientador das nossas actividades no plano
ambiental, e proporciona enquadramento aos nossos esforços de melhoria.
Esperamos idêntico empenhamento por parte dos nossos fornecedores e parceiros, de modo que, em cada
fase desse ciclo, desde a matéria prima até ao produto final, o impacte sobre o meio ambiente seja minimizado.

Respeito social
Com actividade à escala internacional, a Stora Enso está ciente do seu papel como empresa exemplar na
sociedade, a nível global, nacional e local. O nosso procedimento será caracterizado pelo respeito pelas
culturas, costumes e valores das pessoas
e dos grupos dos países onde operamos.
A fim de ganhar credibilidade no
desenvolvimento da nossa actividade, CELBI
cumpriremos as regras e a legislação
nacionais e, sempre que possível,
POLÍTICA AMBIENTAL INDUSTRIAL
visaremos níveis de desempenho mais
elevados. A Celbi elegeu como objectivo estratégico prosseguir com a melhoria do seu desempenho ambiental
e da sua eco-eficiência, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e cumprindo as suas
obrigações para com a comunidade, os seus trabalhadores, os seus clientes e os seus accionistas.
Relação transparente
Por isso, na sua actividade industrial a CELBI, compromete-se a:
Para continuamente consolidarmos as
nossas actividades, e cumprirmos as 1. Desenvolver, produzir e comercializar produtos com qualidade, minimizando o respectivo
impacte ambiental, adoptando prioritáriamente medidas internas consistentes com as melhores
nossas responsabilidades ambientais e técnicas disponíveis economicamente viáveis.
sociais, de forma sustentada, a Stora Enso 2. Promover as acções necessárias para que, progressivamente, a madeira utilizada seja proveniente
de florestas exploradas de forma responsável, compatível com a sua sustentabilidade.
considera fundamental manter um 3. Adoptar critérios de minimização de riscos e impactes ambientais, na escolha dos processos,
dos produtos químicos e consumíveis, e dos meios de transporte.
modelo de comunicação e de 4. Considerar, na selecção e avaliação de fornecedores, os seus desempenhos na defesa do meio
ambiente e na protecção da saúde e segurança dos seus trabalhadores.
relacionamento abertos com todos as
5. Promover a redução do consumo de energia, de água e dos outros recursos naturais, dando
partes interessadas, governamentais e prioridade à utilização de fontes renováveis de energia.
6. Cumprir a legislação ambiental, fixando objectivos que permitam, sempre que possível,
não governamentais. ultrapassar os requisitos legais.
7. Adoptar processos que reduzam a quantidade de resíduos, promovendo a sua valorização
interna ou externa.
8. Prevenir a ocorrência de acidentes ambientais, e manter um estado de prontidão operacional
para fazer face a emergências.
9. Estimular a participação de todos os trabalhadores na melhoria contínua do desempenho
ambiental, e na consecução dos objectivos ambientais, promovendo a sua sensibilização e
formação técnica sobre questões ambientais.
10. Adoptar uma atitude de activa colaboração com todas as partes interessadas, para a defesa
do meio ambiente.

Figueira da Foz, 26 de Junho de 2002


Ed. 5

(Administrador-Delegado)
5

Alguns dados históricos...


A Celbi é uma empresa integrada, com actividades florestal e industrial.
Foi fundada em 1965, tendo como maior accionista (71% do capital) a Billerud AB, ao
tempo uma empresa sueca líder na Suécia na produção de pastas de madeira. O nome
inicial era Celulose Billerud SARL, o qual deu origem ao acrónimo CELBI, que mais tarde
daria origem ao nome de Celulose Beira Industrial, de sabor mais português.

A fábrica da Celbi está situada na Leirosa, uma localidade do Concelho da Figueira da


Produção de pasta, t pasta/ano
Foz, a 12 km para Sul desta cidade e a cerca de 1 km do Oceano Atlântico.
300000
A instalação da Celbi representou um marco histórico no desenvolvimento da Figueira da
Foz, que se tornou num centro industrial de significativa importância, convivendo em
boa harmonia com as suas tradicionais actividade e imagem turísticas.
No início da sua laboração, em 1967, a capacidade de produção era de 80.000 ton/ano
de pasta solúvel a partir de madeira de eucalipto, utilizada para produzir rayon e seda
artificial. A fábrica estava também preparada para produzir, em alternativa, 120.000
ton/ano de pasta para papel.
A produção de pasta solúvel terminou em 1970, devido à deterioração deste mercado,
com quebras acentuadas na procura e nos preços. Desde então, o negócio concentrou-
se na produção de pasta de papel, destinado essencialmente a papeis finos e especialidades.

200000
Ao longo dos anos foram realizados vários investimentos com o objectivo de modernizar
97 98 99 00 01 02
a fábrica e aumentar a produção. A meio dos anos 90 os investimentos foram sobretudo
orientados para a protecção ambiental, nomeadamente na adopção de medidas internas.
Foi esse o caso da instalação de pré-branqueamento da pasta com oxigénio, o qual veio
a permitir a produção de pasta ECF e reduções significativas no CQO e no CBO5 do efluente
líquido final.
Foi realizado também um grande investimento num novo digestor e numa instalação de
branqueamento, completamente renovada, que entraram em operação em Outubro de 1999.

Sistema de gestão ambiental


- um componente do sistema integrado de gestão

As operações levadas a cabo no estabelecimento industrial da Celbi são desenvolvidas com enquadramento num Sistema
de Gestão Ambiental, certificado segundo a Norma ISO 14001, em 1999, bem como verificado e validado em conformidade
com o EMAS em Abril de 2000, pelo verificador acreditado Lloyd´s Register Quality Assurance.

Foi assim possível o registo do estabelecimento industrial da Celbi no EMAS, aceite pelo Instituto do Ambiente (orgão
competente do EMAS em Portugal) no início de 2001.

A instalação do Sistema de Gestão Ambiental implicou, por parte da Celbi, o compromisso de :

- adoptar uma Política Ambiental


- identificar os aspectos ambientais significativos, em função de critérios internamente especificados
- cumprir, no mínimo, toda a legislação ambiental aplicável
- estabelecer objectivos e metas ambientais
- formalizar programas de acção
- preparar instruções de trabalho
- promover a formação dos empregados em questões ambientais
- documentar e registar o seu trabalho no domínio ambiental
- exercer influência junto dos seus fornecedores, empresas de transporte e empreiteiros no sentido de assumirem
preocupações ambientais nas suas actividades.
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EMAS / ISO 14001

EMAS é uma abreviatura para “Eco-Management and Audit Scheme” (Sistema de


Eco-Gestão e Auditoria).
O EMAS é um regulamento da União Europeia, actualizado em 2001 (Regulamento
CE nº 761/2001), que as organizações podem adoptar num regime voluntário.
O objectivo do EMAS é a promoção da melhoria contínua do comportamento
ambiental das organizações.
A Norma ISO 14001 define os requisitos do Sistema de Gestão Ambiental do EMAS.
A principal diferença é que o EMAS coloca uma grande ênfase no cumprimento da
legislação ambiental, na participação dos trabalhadores, numa atitude de
transparência perante as partes interessadas e na melhoria contínua, exigindo a
publicação de uma Declaração Ambiental anual, para demonstração destes requisitos.

A estrutura do Sistema de Gestão Ambiental está inserida no pré-existente Sistema de


Gestão da Qualidade, certificado no início de 1995, segundo a Norma ISO 9002: 1994.
Os Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental constituem actualmente um corpo
integrado.

A “abordagem por processos” foi a metodologia já adoptada quando da construção do


Sistema de Gestão da Qualidade. A identificação e mapeamento dos processos e das suas
inter relações foi um passo essencial para colocar em prática aquela abordagem, da qual
a implementação do Sistema de Gestão Ambiental veio a retirar vantagens.
O diagrama seguinte mostra uma visão global do papel desempenhado pelo Sistema de
Gestão Ambiental da fábrica em todo o negócio integrado da empresa, englobando as
actividades industrial e florestal.

Requisitos

Os processos crítico e chave (Produtos e serviços)

Concepção, melhoria dos produtos e


relacionamento com os clientes

Produção e
Cliente abastecimento de O processo crítico Cliente
madeira Fabricação e entrega dos produtos

Concepção e melhoria dos processos de fabrico

Aprovisionamento Gestão Ambiental


de químicos, Manutenção do Estabelecimento
materiais e serviços Industrial
Processos
de suporte
Gestão de Gestão de Saúde Gestão Gestão de
Recursos e Segurança Financeira Sistemas de
Humanos no Trabalho Informação
7

O processo chave de produção de pasta


- descrição dos sub-processos

Água do processo
1. Abastecimento e 14. Gestão de Resíduos
Água Bruta tratamento de água Aterro Controlado

4. Lavagem
2. Preparação 6. Secagem 7. Armazém
Madeira 3. Digestor Crivagem 5. Branqueamento
de madeira de pasta da pasta
Oxigenio

Licor negro Licor branco


Químicos Energia Electrica

10. Caustificação 12. Turbogerador


8. Evaporação
Forno da Cal Vapor Produção de energia

Materiais 9. Caldeira de 11. Caldeira de 13. Tratamento de


Licor negro recuperação Licor verde Biomassa águas residuais

Vapor

1. Abastecimento e tratamento de água


A água bruta tem duas proveniências distintas:
água subterrânea de poços e água superficial do Rio
Mondego. O tratamento consiste essencialmente numa
floculação seguida de sedimentação e filtração em filtros
de areia

2. Preparação de madeira
Os toros de madeira são descascados e destroçados em
estilhas, que depois são armazenadas numa pilha exterior.
A casca que é removida dos toros é queimada na caldeira
de biomassa. Uma pequena parte de resíduos de madeira,
contaminados com areias e pedras, são depositados no
Aterro Controlado de Resíduos

3. Digestor
As estilhas e licor branco (químicos para cozimento) são
alimentadas a um digestor contínuo. Os químicos dissolvem
a lenhina, a substância responsável pela agregação das fibras,
com a libertação destas. Este processo decorre sob pressão,
a cerca de 140 ºC, dele resultando a chamada pasta crua.
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4. Lavagem crivagem e pré-branqueamento com oxigénio.
A pasta crua é lavada, para remover produtos residuais, orgânicos e inorgânicos, resultantes do processo
de cozimento, e submetida a operações de crivagem, para remoção de partículas incozidas e outras
impurezas. Depois destas operações, a pasta crua é submetida a um pre-branqueamento com oxigénio,
do qual resulta uma pasta semibranqueada, de tonalidade amarelada.

O pré-branqueamento com oxigénio foi uma medida interna adoptada com vista à redução do CQO e CBO5
no efluente final, uma alternativa preferida à instalação de um tratamento secundário. Os licores contendo
substâncias orgânicas, resultantes do pré-branqueamento com oxigénio, podem desse modo ser recirculados
e misturados com o licor negro fraco para a evaporação, o que não é possível quando o branqueamento é
feito com compostos contendo cloro.

5. Branqueamento
À entrada da instalação de Branqueamento, a pasta contém ainda compostos residuais, resultantes da
decomposição da lenhina, que são gradualmente removidos na sua quase totalidade através de reacções
químicas, em 4 torres verticais, com agentes branqueadores como o oxigénio, a água oxigenada e o
dióxido de cloro. No final desta fase, a pasta apresenta-se sob a forma de uma suspensão espessa, de
côr completamente branca.
Os gases provenientes dos respiros das instalações da lavagem, branqueamento e produção de dióxido de
cloro, são recolhidos e lavados com uma solução alcalina no lavador de gases, antes de serem enviados para
a atmosfera através de uma chaminé suportada por uma estrutura metálica simulando uma folha de uma
árvore.

6. Secagem da pasta e formação da folha


A suspensão de pasta branqueada é submetida a uma
crivagem e depuração finais, sendo depois lançada sobre uma
tela em movimento onde lhe é retirada grande parte da água,
por acção de vácuo. A seguir, é prensada e seca por contacto
com um grande número de cilindros aquecidos interiormente
com vapor. Após a secagem, a folha final é cortada em folhas
mais pequenas. Estas são empilhadas em fardos de 250 kg
cada, os quais seguem para o Armazém da Pasta.

7. Armazém da Pasta
Os fardos são agrupados com arames em unidades de
8 fardos. São depois empilhados e posteriormente
carregados para camiões que os transportam para o
Porto comercial ou directamente para o cliente.

8. Evaporação
O licor negro descarregado do digestor, resultante do cozimento das estilhas de madeira, e sob a forma
diluída, é concentrado até se obter um espesso bio-combustível, o licor negro concentrado.
Os condensados que resultam da evaporação passam por um processo de purificação num “stripper”, do qual
resulta metanol e gases não condensáveis que são posteriormente incinerados. Os condensados limpos são
utilizados na lavagem da pasta e na caustificação. Os derrames acidentais de licores ou condensados são
recuperados e misturados com o licor negro fraco, sendo esta mistura posteriormente evaporada.
9
9. Caldeira de Recuperação
Este bio-combustível é queimado, gerando vapor de alta pressão, ao mesmo tempo que do seu leito inferior
se retira um material fundido, constituído por produtos químicos inorgânicos, que são dissolvidos em
água, formando-se o chamado licor verde, constituído por uma grande fracção de carbonato de sódio e
por sulfureto de sódio.
Os gases resultantes da queima são tratados em precipitadores electrostáticos para remoção de poeiras e são lavados
num lavador de gases para minimizar as emissões de gases de enxofre antes de serem lançados nas chaminés. As
emissões gasosas (poeiras, SO2, TRS e NOx) são medidas por instrumentos em linha e análises laboratoriais.

10. Caustificação e forno da cal


Ao licor verde é adicionada cal viva (óxido de cálcio), no chamado processo de caustificação, uma
reacção química que dá origem ao licor branco (hidróxido de sódio e sulfureto de sódio) e a carbonato
de cálcio. Este, em suspensão, é retirado e seco, sendo depois novamente transformado em cal viva no
Forno da Cal. Fechando um ciclo, o licor branco regenerado na caustificação vai ser de novo utilizado
no processo de cozimento.
Os gases resultantes passam por precipitadores electrostáticos para remoção de poeiras e são lavados num
lavador de gases para minimizar as emissões de gases de enxofre antes de serem lançados nas chaminés. As
emissões gasosas (poeiras, SO2, TRS e NOx) são medidas por instrumentos em linha e análises laboratoriais.

11. Caldeira de biomassa


A produção de vapor da caldeira de recuperação é complementada com o vapor gerado numa caldeira
auxiliar que utiliza como combustível biomassa. O fuel óleo com baixo teor em enxofre e o gás natural
são usados como combustíveis fósseis complementares.
Os gases resultantes passam por precipitadores electrostáticos para remoção de poeiras. As emissões gasosas
(poeiras, SO2 e NOx) são medidas por instrumentos em linha.

12. Produção de energia - Turbogerador


O vapor de alta pressão proveniente das duas caldeiras
é expandido num turbogerador, produzindo energia
eléctrica para todo o processo e para toda a fábrica.
O excesso de energia eléctrica é vendido à rede nacional.

13. Tratamento de águas residuais


Existem duas redes separadas de esgotos internos: uma
para efluentes contendo fibras de madeira e outra para
efluentes sem fibras de madeira. Ambos passam por um
tratamento primário para remoção de sólidos suspensos
em dois sedimentadores distintos. Os sedimentos contendo
fibras, são vendidos como matéria prima para produção
de papéis e cartão de baixa qualidade. Os dois efluentes
tratados são misturados numa câmara e finalmente
descarregados no Oceano Atlântico, a 1,5 km da costa,
através de um emissário submarino.

14. Aterro Controlado de Resíduos


A grande parte dos resíduos sólidos produzidos, é
depositada no aterro controlado de resíduos da fábrica
(ACR), que entrou em operação no final de 1998.
O aterro é composto por duas células separadas: uma
para inertes e outra para resíduos industriais banais
(RIB’s). Os lixiviados são utilizados para diluir e neutralizar
cinzas dos precipitadores electrostáticos do forno de cal.
A monitorização dos lixiviados é feita de acordo com um
detalhado programa de ensaios.
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Sistema de Gestão Ambiental


- o trabalho corrente

Medição e inspecção
A operação industrial corrente é monitorizada quanto às emissões mais relevantes, de acordo com rotinas e procedimentos
internos, dos quais muitos resultam de legislação ambiental aplicável.
Algumas das emissões líquidas mais significativas são monitorizadas pelo Laboratório da Celbi, através de ensaios
diários feitos sobre amostras compostas.
O laboratório da Celbi está acreditado para aqueles ensaios, de acordo com a Norma NP EN ISO/IEC 17025: 2000.
Outros parâmetros das águas residuais (caudais e pH), bem como as emissões gasosas mais significativas (poeiras,
SO2, TRS e NOx), são medidas por instrumentos “em linha”, cujas leituras e tendências são disponibilizadas aos
operadores das instalações, em computadores, através de diagramas de fluxo e diagramas.
Este equipamento em linha é periódicamente verificado e calibrado, de acordo com rotinas estabelecidas.

Formação
A Celbi dispõe de uma área orgânica responsável pelo treino e formação técnica dos seus empregados, particularmente
sobre matérias relacionadas com a protecção ambiental e com a melhoria da sua sensibilização ambiental.
Formação sobre esta matéria é também proporcionada a trabalhadores dos empreiteiros.
Programas específicos de formação são preparados para os novos empregados, bem como para aqueles que mudam
de função dentro da empresa. Estes programas incluem sempre uma parte abordando questões ambientais e sobre
saúde e segurança no trabalho.
Durante 2002, o esforço total de formação naquelas matérias foi de 3607 horas.pessoa, desdobrado da forma seguinte:
- 2610 horas.pessoa para empregados da empresa
- 997 horas.pessoa para empregados dos empreiteiros

Auditorias ambientais internas


O Sistema de Gestão Ambiental é regularmente auditado, para garantir a sua permanente eficácia. Por ano, realizam-
se normalmente duas auditorias ambientais internas, por auditores internos, os quais receberam a necessária formação
para o efeito.
Nos finais de 2002, 18 empregados da Celbi, de diversas áreas, estavam registados como auditores ambientais internos.

Uso de produtos químicos


Os produtos químicos em uso no processo de produção de pasta, bem como noutras operações realizadas no
estabelecimento industrial devem ser aprovados por um grupo de trabalho interno (GAIAQ – Grupo de Avaliação do
Impacte Ambiental dos Químicos) antes de ficarem registados numa “lista positiva”. Apenas os produtos que constarem
desta lista poderão ser adquiridos. Aquele grupo de trabalho avalia os produtos químicos dos pontos de vista ambiental
e de saúde e segurança no trabalho.
Para suportar este trabalho, é utilizada uma aplicação (“Chemsoft”) disponível na Intranet da StoraEnso.

Metas de desempenho anual


São habitualmente estabelecidas algumas metas anuais de desempenho para parâmetros ambientais mais significativos,
expressas em valor por tonelada de pasta, tais como consumos de produtos químicos e emissões. De acordo com
procedimento do Grupo StoraEnso, a quantificação de um bonus anual monetário depende, em grande medida, das
taxas de consecução daquelas metas.

Participação dos empregados


Os empregados são solicitados e motivados a apresentarem sugestões, em particular para a introdução de melhorias de
natureza ambiental, no âmbito do programa INOVAR, de acordo com um procedimento e informação que foram amplamente
distribuidos, e que se encontram disponíveis na Intranet da Celbi. Desde que o programa foi iniciado, foram já recebidas
e preliminarmente apreciadas 4 sugestões de conteúdo ambiental. Está previsto que, sempre que as sugestões conduzam
a melhorias efectivas, os seus autores recebam um prémio, como aconteceu com uma das sugestões já apresentadas.
Representantes das organizações sindicais dos empregados têm assento na Comissão de Segurança, à qual cabe abordar
e apreciar questões relacionadas com a segurança e a saúde no trabalho.
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A Celbi num relance, em 2002

Capacidade nominal de referência, t pasta/ano 290 000


Produção anual em 2002, toneladas de pasta 287 300
um novo recorde anual
Número de empregados em 31 Dezembro 2002 423
dos quais na actividade industrial 313
dos quais no estabelecimento fabril da Leirosa 371
Património florestal total, hectares 50 500
dos quais plantados com eucalipto 43 000
Vendas totais, milhões de Eu€ros 133,5
das quais relativas à pasta exportada 127
Total de impostos directos liquidados, milhões €de Euros 13,8
dos quais para o Município da Figueira da Foz 1,3
Foi preparada e publicada uma nova versão da Politica Ambiental
A Celbi foi premiada pela EXAME como a melhor empresa do sector de pasta e papel
A Celbi recebeu o prémio do melhor relatório ambiental publicado em 2002
da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas
Realizou-se um segundo seminário interno para auto avaliação TQM
O consumo específico de água foi o mais baixo registado desde sempre
A armazenagem de SO2 na fábrica foi totalmente eliminada
Foi construida e arrancou uma instalação de armazenagem exterior de aparas
A ligação à rede eléctrica externa foi reforçada com uma nova sub-estação 60/10 kV
A acreditação do Laboratório foi renovada
Não foram recebidas reclamações ambientais

Investimentos de motivação ambiental em 2002 (valores contabilizados)

Investimentos mil Euros


Substituição do SO2 por bissulfito de sódio 25
Impermeabilização do pavimento no armazém de químicos 9
Substituição de extintores contendo halon 30
Novo medidor de caudal para o efluente ácido 18
Novo sistema de filtração de condensados contaminados (branqueamento) 1
Modificação do sistema de alimentação de condensados à caustificação 79
Novos separadores de óleos de unidades hidráulicas (máquina de secagem) 20
Reparação de um esgoto interno 90
Novas selagens mecânicas em equipamento diverso 29
Novas torres de arrefecimento de água 119
Queima de emissões difusas 45
TOTAL 465
12

Balanço de uma tonelada de pasta Celbi


Valores médios em 2002

Para o ar

SO2 0,6 kg SO2


NOx 1,5 kg NO2
TRS 0,04 kg H2S
Partículas 0,7 kg

Matérias Primas

Madeira 2,8 m3 sol.eq


Água 40 m3
Químicos processuais 151 kg Produtos
Material de embalagem 5 kg
Biocombustível 159 kg Pasta 1 t (seca ar)
Fuelóleo 70 kg Electricidade vendida 17 kWh
Gás Natural 7 Nm3
Propano 0,1 kg
Gasóleo 1,4 kg
Electricidade comprada 13 kWh

Para o Oceano Atlântico Resíduos Sólidos (a.s.)

Caudal efluente 38 m3 Depositados no ACR:


SST 2,4 kg Preparação de madeiras 10 kg
CBO5 4,9 kg O2 Cinzas secas 6 kg
CQO 18,6 kg O2 Cinzas húmidas 5 kg
AOX 0,08 kg Cl2 Res. Licor verde 13 kg
Fósforo 0,18 kg P Diversos 2 kg
Azoto 0,16 kg N
Total 36 kg
P/valorização externa 9 kg
13

Principais impactes ambientais


Consumos
Madeira
Conquanto a madeira seja um recurso natural renovável, é da maior importância ambiental e social que seja consumida numa
perspectiva de desenvolvimento sustentável.
A Direcção Florestal da Celbi é responsável pela produção de madeira em matas próprias, assim como pela procura e compra
de madeira a fornecedores externos, sendo deste modo o fornecedor exclusivo da fábrica. Estas operações são realizadas no
quadro de um Sistema de Gestão Ambiental Florestal, certificado segundo a Norma ISO 14001.
A taxa de auto-abastecimento (percentagem de madeira de matas próprias) foi de 45% em 2002 (42% em 2001 e 49% em 2000).
Não se verificam, presentemente, restrições sérias na oferta de madeira para fabrico de pasta.
Aquela taxa apresenta por isso oscilações anuais, que resultam da adopção de uma estratégia de optimização e racionalização
dos custos de transporte, traduzida na venda de madeira cortada de matas próprias a outras fábricas nacionais de pasta,
em função das suas localizações, compensada com maior recurso à rolaria proveniente de fornecedores externos.

Água
A água é um bem natural reconhecido como escasso e precioso para a vida humana. Por isso, as quantidades de água
utilizadas para qualquer finalidade deverão limitar-se às estritamente necessárias, sendo indispensável um continuado
esforço de optimização do seu uso, qualquer que ele seja. No caso da fábrica da Celbi, o consumo específico de água
foi reduzido de 55 m3/t pasta em 1998 para 40 m3/t pasta em 2002. Este decréscimo deveu-se essencialmente à
modernização da linha de pasta em 1999 e aos consecutivos programas de redução de água levados a cabo desde
1999 (ver Programa CEAG40)

Consumo de água, m3 ptp

60

30
Consumos específicos e proveniência da água
Consumos específicos, m3 / t pasta
Proveniência
2000 2001 2002
Poços 19 19 13
Rio Mondego 23 22 27

0
Total 42 41 40
97 98 99 00 01 02

A proporção de água subterrânea no abastecimento total em 2002 foi de 33%, consideravelmente mais baixa do que
a registada no ano passado (46%).
14

Produtos químicos
A solução de dióxido de cloro (ClO2 )para branqueamento da pasta passou a ser abastecida por uma empresa da
especialidade, nos termos de um contrato de parceria oportunamente celebrado.
Desse modo, desde a paragem anual de Novembro de 2002, a solução de ClO2 é produzida sob a responsabilidade
daquela empresa, nas instalações de produção de ClO2 já existentes, por um novo processo no qual o dióxido de
enxofre (SO2) é substituido como agente redutor, pelo peróxido de hidrogénio.
Este facto permitiu eliminar o armazenamento de SO2 gasoso na fábrica.
A partir de 2003 não haverá mais consumo de SO2, e os consumos dos químicos de branqueamento serão apenas
calculados e referidos para oxigénio, peróxido de hidrogénio, soda cáustica e dióxido de cloro.
O elevado risco que existia anteriormente, de ocorrer uma emergência ambiental devido ao transporte e armazenamento
de SO2 foi assim totalmente eliminado.

Consumos específicos, kg/t pasta


2000 2001 2002
Oxigénio 23 22 21
Soda cáustica (100%) 21 19 18
Clorato de sódio 21 20 21
SO2 liquido 10 9 10
Peróxido de Hidrogénio 4,6 5,1 6,8

Os consumos específicos de químicos de branqueamento em 2002 não diferem significativamente dos valores de 2001,
excepto no que diz respeito ao peróxido de hidrogénio.
Este acréscimo no consumo de peróxido de hidrogénio pode ser explicado pela necessidade de realizar o cozimento da
madeira com um rendimento mais elevado. Como consequência, a operação da Caldeira de Recuperação é feita com
uma carga mais reduzida, o que permite uma operação mais estável da mesma. Esta situação é desejável, uma vez
que esta é, neste momento, uma instalação cuja capacidade é limitante de um aumento de produção.
Por outro lado, aumentou a procura de pasta com maior brancura, o que obviamente obriga à utilização de cargas
mais elevadas de químicos de branqueamento.
15

Emissões líquidas

A grande agitação que o oceano Atlântico apresenta ao longo de toda a costa ocidental portuguesa confere-lhe uma
grande capacidade de oxidação e diluição natural dos compostos orgânicos que contribuem para as emissões líquidas
mais relevantes, quantificadas através dos parâmetros de SST, CQO, CBO5 e AOX.
Não obstante, a operação industrial deve cumprir determinados limites legalmente fixados, expressos em unidades de
peso por tonelada de pasta produzida.

Os valores médios anuais das referidas emissões específicas foram, em 2002, sensivelmente idênticos aos registados em
2001, cumprindo todos os limites fixados na legislação ambiental aplicável, existindo todavia determinação em fixar como
objectivos internos, e sempre que possível, limites ainda mais exigentes que a própria legislação (ver Programa CQO15).
Um eventual risco de contaminação bacteriológica das águas costeiras encontra-se actualmente reduzido ao nível de
insignificante (ver Programa MEFABI)
Registaram-se aumentos marginais nos valores de SST e CBO5, o que pode ser explicado pela desactivação da lagoa
de homogeneização.
Para além do sedimentador já existente para o efluente com fibras, foi instalado um segundo sedimentador, em 2001,
para tratamento primário do conjunto do efluente da área do parque de madeiras, do efluente doméstico e do pequeno
volume de águas de lavagem dos filtros de areia da estação de tratamento de água industrial. Verificaram-se também
reduções nas emissões de azoto e de fósforo, para as quais não foi possível encontrar explicações significativas.

Quando da construção do exutor submarino, houve necessidade de efectuar intervenções no sistema dunar adjacente,
com alterações da sua morfologia. O processo de reposição das condições anteriores àquela intervenção, que constitui
dever da Celbi, não pôde ainda ser dado por concluido, em particular devido a acções de erosão da vertente oceânica
da duna, problema de resto comum a uma grande parte da costa ocidental portuguesa. (ver Programa REDUNA)

2000 2001 2002 Limite Legal


SST, kg ptp 2,3 2,3 2,4 3,0
CQO, kg O2 ptp 18 19 19 50
CBO5, kg O2 ptp 4,5 4,8 4,9 6,0
AOX, kg Cl2 ptp 0,10 0,10 0,08 1,5
Azoto, kg N ptp 0,20 0,21 0,16 -
Fósforo, kg P ptp 0,22 0,23 0,18 -

SST no efluente final, kg ptp CQO no efluente final, kg O2 ptp AOX no efluente final, kg Cl2 ptp

60

VMA 2,0
6
50

VMA
40 1,5

4
30
VMA
1,0

20
2
0,5
10

0 0 0,0
97 98 99 00 01 02 97 98 99 00 01 02 97 98 99 00 01 02
16

Emissões Gasosas

A legislação ambiental fixa valores limites de emissão (VLE’s), expressos em massa por unidade de volume, para as
emissões de poeiras, SO2, H2S e NOx nos fumos das principais chaminés. Os valores registados por equipamento de
medição em linha têm de ser regularmente comunicados às autoridades ambientais competentes.
Todos os valores médios anuais de 2002 foram inferiores àqueles VLE’s fixados especificamente na legislação para o
sector industrial de pasta para papel.
No período de Fevereiro a Novembro de 2002, a Caldeira de Biomassa utilizou fuel óleo como combustível complementar
principal, enquanto que o gás natural foi queimado em quantidades marginais. Esta foi uma decisão estratégica,
emergente do facto de se ter concluído que o número elevado de paragens devido a fugas no seu sobreaquecedor, se
devia à utilização de gás natural como combustível, numa caldeira com um sobreaquecedor tão fragilizado.
Os valores médios anuais das emissões de SO2 e NOx nos gases foram, por esta razão, mais elevados do que nos anos
anteriores, todavia cumprindo integralmente os limites legais.
Durante a paragem geral anual, em Outubro, o sobreaquecedor da Caldeira de Biomassa foi completamente renovado,
sendo depois possível voltar a consumir gás natural em proporções mais elevadas. Como consequência de melhoramentos
levados a cabo, o valor médio anual das poeiras nos mesmos gases apresenta, em 2002, uma redução significativa
relativamente aos anos anteriores. (ver Programa SOSCAC)
De um modo geral, as emissões gasosas das chaminés da Caldeira de Recuperação e do Forno da Cal são dos mesmos
níveis dos anos anteriores.

Com vista a dar cumprimento ao que legalmente está estipulado quanto à eliminação do uso de CFC’s, cuja libertação
para a atmosfera é alegadamente causadora do empobrecimento da camada de ozono, tem sido dada continuidade
à gradual substituição daqueles compostos por outros alternativos, considerados como menos nocivos para aquele
efeito (ver Programa PROTOZO)
NOx nas emissões gasosas,
kg NO2 ptp
Emissões de NOx (mg NO2/m3 N seco, a 8% O2 ) 2,0

2000 2001 2002 Limite legal


Caldeira de Recuperação 116 166 129 450
1,5
Caldeira de Biomassa 164 177 202 653
Forno da cal 184 279 212 1500
1,0

Emissões de TRS (mg H2S/m3 N seco, a 8% O2 )


0,5
2000 2001 2002 Limite legal
Caldeira de Recuperação 1,4 2,0 2,1 10
Forno da cal 20 21 20 50 0,0
97 98 99 00 01 02

Enxofre total nas emissões Poeiras nas emissões


gasosas, kgs ptp gasosas, kg ptp
Emissões de poeiras (mg partículas/m3N seco, a 8% O2 )
2,0 1,5
2000 2001 2002 Limite legal
Caldeira de Recuperação 63 59 60 150
1,5 Caldeira de Biomassa 90 58 42 87
1,0 Forno da cal 58 69 76 150

1,0

Emissões de SO2 (mg SO2/m3N seco, a 8% O2 )


0,5
2000 2001 2002 Limite legal
0,5
Caldeira de Recuperação 7 10 9 500
Caldeira de Biomassa 107 74 124 1733
0,0 0,0
Forno da cal 10 14 10 2700
97 98 99 00 01 02 97 98 99 00 01 02
17

Resíduos sólidos

Conquanto a fábrica disponha de um aterro controlado de resíduos (ACR) próprio, de consideráveis dimensões, é obviamente
inevitável que, a prazo mais ou menos longo, se venha a esgotar a sua capacidade de recolha de resíduos sólidos.
É por isso do maior interesse, ambiental e económico, dilatar o mais possível aquele tempo de vida útil do ACR, através
de um continuado esforço de redução das quantidades depositadas, que a Celbi tem vindo a desenvolver (ver Programas
CISEC5 , ECONOVA e RESTEMP).
Em 2002 verificou-se uma redução da ordem de 10% na quantidade de resíduos sólidos depositados no aterro controlado
de resíduos da Celbi, relativamente ao ano de 2001. Foi necessário corrigir os valores previamente apresentados nas
Declarações Ambientais de 2001 e 2002, respectivamente 41 e 37 kg/t pasta. A razão desta discrepância foi um mal
entendido quanto ao modo como eram interpretados os registos relativos aos contentores de recolha de resíduos.
Uma vez detectado o erro, foi ainda possível recuperar os registos primários da contagem dos contentores, e os valores
anuais das quantidades de resíduos foram recalculados.
Uma parte considerável dos resíduos do tratamento primário, com elevada composição fibrosa, é regularmente cedida
a um fabricante de cartão, para tal tendo contribuído o aumento da sua qualidade, conseguida através da melhoria
da pavimentação do parque onde é feita a sua armazenagem temporária.
A rede de contentores de recolha de resíduos urbanos é agora extensiva a diferentes tipos de resíduos, tais como papel,
vidro, plástico, lâmpadas fluorescentes, baterias, tinteiros e toners de fotocopiadoras. O total de resíduos enviados em
2002 para valorização no exterior, foi de 9,0 kg a.s./t pasta s.a, valor idêntico ao de 2001.

Resíduos sólidos depositados


em aterro, kg a.s ptp

90

60

Resíduos depositados no aterro (kg a.s. ptp)


Tipo/Proveniência 2000 2001 2002
Preparação de madeiras 11 11 10
30
Cinzas da Caldeira de Biomassa 15 12 11
Resíduos do licor verde 16 15 13
Diversos 3 3 2
0
Total 45 41 36
97 98 99 00 01 02
18

Energia

O consumo específico de fuel inverteu a sua tendência decrescente dos últimos anos, enquanto se verificou uma
diminuição do consumo de gás natural, quando comparando 2002 e 2001.
Estas tendências são consistentes com o aumento das emissões de SO2 e NOx nos gases da Caldeira de Biomassa,
registadas durante o longo período em que esta consumiu elevadas quantidades de fuel óleo, pelas razões explicadas
anteriormente para as emissões gasosas.

Consumos de combustíveis fósseis


2000 2001 2002
Fuel óleo, kg/t pasta 61 55 70
Gás natural, m3N/t pasta 7 26 7
Propano, kg/t pasta 1,0 0,1 0,1
Gasóleo, kg/t pasta 1,4 1,5 1,4

Energia primária gerada internamente


2001 2002
Combustíveis
GJ ptp GJ ptp %
Licor negro 14,3 13,9 71
Casca e resíduos de madeira 2,5 2,3 12
Não Fósseis
Metanol e GNC´s 0,2 0,2 1
Total 17,0 16,4 84
Fuel óleo 2,2 2,8 14
Gás natural 1,0 0,3 2
Fósseis Propano e gasóleo <0,1 <0,1 <0,1
Total 3,2 3,1 16
Totais 20,2 19,5 100

Nota: Valores calculados com base nos totais anuais e nos poderes caloríficos dos combustíveis.

Balanço de energia eléctrica (em kWh ptp)


2000 2001 2002
Produzida internamente 579 620 610
Adquirida à rede nacional 27 8 13
Fornecida à rede nacional 12 27 17
Consumida 594 601 606
Balanço de electricidade para a rede nacional - 15 + 19 +4

Verificou-se uma redução da quantidade de energia produzida internamente e consequentemente da fornecida à rede
nacional, relativamente ao ano anterior, devido à operação instável da Caldeira de Biomassa durante um longo período
de 2002 no qual ocorreram várias paragens originadas por fugas no seu sobreaquecedor.
O ligeiro acréscimo do consumo específico de energia ficou a dever-se à instabilidade de operação mencionada e também
ao novo equipamento instalado na armazenagem exterior de aparas.

A Celbi encontra-se neste momento numa fase intermédia de um processo de implementação de duas novas directivas
da União Europeia, que promovem a produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis de energia.
Estas directivas foram convertidas para duas leis portuguesas, segundo as quais um produtor de energia eléctrica pode
ser certificado como gerador de energia verde e como co-gerador de energia eléctrica e térmica. A Celbi tem como objectivo
obter esta certificação, no decorrer de 2003, o que permitirá obter substanciais benefícios nas tarifas da electricidade.
19

Ruído

É regularmente realizada a monitorização dos níveis de ruído nas áreas adjacentes ao perímetro fabril, e em algumas
zonas residenciais que o rodeiam.
No primeiro tipo de ensaios, a diferença entre os valores medidos com a fábrica em operação e quando completamente
parada, é inferior a 10 dB (A), em todos os casos.
No segundo tipo, os níveis de ruído, determinados durante o dia, ou durante a noite, situaram-se abaixo dos níveis
legais, que são 65 dB (A) e 55 dB (A), respectivamente.
Refira-se, como termo de comparação, que uma conversação normal tem um nível de ruído de 60 dB (A).
Por outro lado, as diferenças entre os níveis de ruído medidos apresentaram valores abaixo dos limites legais.
Um grupo de 3-4 casas, próximas da portaria principal e da estrada nacional, foi colocado sob mais atenta observação,
no tocante às diferenças medidas de níveis de ruído, o qual se deve essencialmente ao tráfego local e aos camiões de
transporte de madeira.

Cheiros
Os desagradáveis cheiros habitualmente associados às fábricas de produção de pasta ao sulfato, são provocados
essencialmente por compostos de enxofre tais como o sulfureto de hidrogénio e gases orgânicos de enxofre.
Estes exprimem-se, em geral, como gases de TRS (enxofre total reduzido), e são, em muito pequenas concentrações,
emitidos através das chaminés principais, ou nas emissões difusas provenientes dos condensados contaminados e dos
tanques contendo licores de cozimento aquecidos.
Na fábrica da Celbi, as emissões difusas mais diluidas são recolhidas e posteriormente purificadas em lavadores de
gases, ou queimadas na caldeira de recuperação, enquanto que os gases mais concentrados são queimados numa
pequena caldeira dedicada.

Emergências
A fábrica dispõe de um plano de emergência interna, contemplando diversos cenários possíveis de incidentes ou acidentes
ambientais. Destes últimos, os que apresentam maior risco potencial de poderem vir a degenerar em acidentes mais
graves, são actualmente os de incêndios no parque de madeiras e no armazém da pasta. Estas áreas, aliás como todas
as outras, estão equipadas com uma rede de água de incêndios, com alta pressão, e com um grande número de bocas
de incêndio.
O corpo interno de bombeiros recebe regularmente acções de formação, reciclagem e treino prático específicos.
Os reduzidos riscos de contaminação do solo, devidos à armazenagem de combustíveis, licores alcalinos e outros
produtos químicos, encontram-se ainda mais minimizados pela existência, no controlo operacional corrente, de medições
de nível em linha, alarmes e tanques de derrames, bem como de bacias de retenção de derrames nos casos, por exemplo,
de fuel óleo, ácido sulfúrico, soda cáustica e peróxido de hidrogénio. (ver Programa DERRAMA)
20

Objectivos e programas ambientais


- desenvolvimento e situação actual

Objectivo Objectivo
Reduzir o consumo específico de água para um valor Reduzir a emissão específica de CQO no efluente
médio trimestral máximo de 40 m3/t pasta. final para um valor médio trimestral máximo de
Prazo: 1º trimestre de 2002 15 kg O2/t pasta.
Prazo: 4º trimestre de 2001
Programa CEAG 40
Durante 2002, foram concretizadas as seguintes acções: Programa CQO15B
- instalação e arranque de uma nova torre de Foi finalmente concluído não ser possível alcançar o objectivo
arrefecimento de água na área do digestor; fixado, demasiado ambicioso para as actuais condições
- instalação de uma nova torre de arrefecimento de água de operação. Uma determinante razão é que o novo
na área da máquina de secagem de pasta; equipamento instalado para a lavagem de lamas de cal,
- redução da água fria consumida na preparação de na unidade de Caustificação, tem uma eficiência mais
solução de ClO2 ; elevada do que o esperado e, por conseguinte, requer
- ligeiro aumento da capacidade de recirculação de menores volumes de águas de lavagem. Consequentemente,
água no Sector de Licores e Energia. os condensados que havia a intenção de usar na lavagem
Para 2003, estão planeadas algumas outras acções para têm de ir para esgoto, acrescentando compostos
redução do consumo de água, com economias estimadas consumidores de oxigénio ao efluente final. Outra razão,
em 2 a 3 m3 por tonelada de pasta. Uma destas acções é é que a esperada utilização daqueles condensados na
a instalação, já em curso, de um filtro para condensados lavagem da pasta na unidade de branqueamento não
contaminados, a serem posteriormente utilizados na pôde ser concretizada, por não ter sido encontrado
unidade de branqueamento. equipamento adequado para a sua purificação. Além disso,
como a lagoa de homogeneização foi desactivada, deixou
de desempenhar a sua anterior função de oxidação residual
Objectivo do carbono orgânico dissolvido (responsável pelo CQO).
Reduzir o valor médio mensal dos sólidos em Em face de todo este conjunto de razões, foi decidido
suspensão nos fumos da chaminé da caldeira de renunciar a este objectivo, de momento, e por conseguinte
biomassa para um máximo de 70 mg/m3 N (a 8% o programa foi interrompido.
de oxigénio)
Prazo: 1º trimestre de 2002
Objectivo
Programa SOSCAC Recuperação do sistema dunar da área vizinha do
Na paragem geral da fábrica, em Outubro de 2002, uma emissário submarino
empresa especializada procedeu a uma inspecção aos Prazo: final de 2001
electrofiltros da caldeira de biomassa, bem como a outro
equipamento do sistema de exaustão de gases. Programa REDUNA
Na sequência destas inspecções, várias acções de As condições muito adversas verificadas no mar durante
manutenção e de melhoria foram realizadas, o que conduziu 2001, e a regressão da orla costeira (uma preocupação
a uma redução das poeiras dos fumos da chaminé, para generalizada a toda a costa portuguesa, e em particular
valores cumprindo inteiramente a legislação aplicável. nas áreas situadas a sul da Figueira da Foz) causaram
No decurso da mesma paragem, o sobreaquecedor da danos no flanco oceânico da duna, comprometendo os
caldeira foi substituído, o que criou condições para um resultados dos trabalhos realizados em 2000. Em todo o
mais elevado consumo de gás natural, em substituição de caso, o flanco terrestre da duna continuou a ser
fuel óleo, sem colocar em risco a estabilidade operacional monitorizado, nos termos de um protocolo acordado com
da caldeira. o Instituto do Mar, da Universidade de Coimbra.
O objectivo estabelecido foi alcançado e por conseguinte Prosseguiram contactos com as autoridades visando
o programa foi encerrado. implementar uma solução técnica mais duradoura para
recuperar o flanco oceânico.
21

Objectivo Objectivo
Construção de sistemas de retenção de derrames, Reduzir ao nível de insignificante o risco das águas
em redor de tanques, por forma a minimizar o risco costeiras sofrerem contaminação bacteriológica
de contaminação do solo causada pelo efluente fabril.
Prazo: final de 2001. Prazo: final de 2001

Programa DERRAMA Programa MEFABI


Foram construidas bacias de retenção de derrames Em face das alterações introduzidas na rede dos esgotos
acidentais para os tanques de armazenagem de ácido internos, e das conclusões retiradas dos estudos de
sulfúrico e soda cáustica. No tocante a sistemas de retenção caracterização dos efluentes internos e final, o programa
de derrames nos tanques da caustificação e de licor negro foi encerrado cerca do final de 2001. O seu objectivo foi
fraco, apenas se realizaram estudos de viabilidade e atingido, como ficou confirmado por uma nova
estimativas de custos. Devido às dificuldades de natureza caracterização das águas das praias e do oceano próximas
construtiva que foram identificadas, conclui-se ser necessária do exutor submarino, realizada pelo INETI (Instituto
uma abordagem mais agregada. O programa foi portanto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial), durante
encerrado, tendo sido aberto um novo programa para a época balnear de 2002. Este estudo concluiu, mais uma
estudo de uma solução abrangente de todo o conjunto vez, não existirem contaminações bacteriológicas causadas
daquelas instalações, considerando diferentes alternativas pela descarga do efluente da Celbi, susceptíveis de serem
e a renovada rede de esgotos internos. detectadas. O programa foi por isso definitivamente
encerrado.

Objectivo
Reduzir a quantidade de cinzas secas da caldeira Objectivo
de biomassa depositadas em aterro, de 11-12 kg Valorizar resíduos sólidos orgânicos em duas
as/t pasta sa, para um valor médio anual de 5 kg vertentes: de produção de energia e compostagem
as/t pasta sa, a partir do ano 2002, através de para produção de solos orgânicos.
valorizações externas, designadamente como Prazo para o estudo prévio: Junho de 2003
condicionador de solos florestais ou agrícolas
Prazo: ano de 2002 Programa ECONOVA
Foi estabelecido um acordo de parceria com a empresa
Programa CISEC 5 sueca ECONOVA, especializada na matéria, para a produção
Durante 2002 foi significativamente reduzida a quantidade de bio-combustível e de solos orgânicos, a partir de misturas
de cinzas secas fornecidas ao operador que as utiliza como de resíduos sólidos do parque de madeira, lamas de fibras
aditivo cálcico para inertizar resíduos industriais perigosos. e cinzas secas da caldeira de bio-massa.
Após ter sido recebida a necessária autorização das Foram iniciadas experiências num campo de ensaios situado
autoridades competentes, as cinzas foram utilizadas num dentro do perímetro fabril, após terem sido obtidas as
ensaio realizado numa das áreas florestais da Celbi. necessárias autorizações das autoridades competentes.
O principal objectivo foi avaliar os custos e as condições Até ao momento, os trabalhos não tiveram todavia os
logísticas das operações de espalhamento. Foram também desejados avanços, devido a adversas condições
realizados alguns ensaios no Centro Técnico do Vidro e da meteorológicas e a problemas técnicos ocorridos com
Cerâmica, que demonstraram ser bastante fácil produzir equipamento da ECONOVA.
grânulos das cinzas. O programa necessita de prosseguir,
e por conseguinte o prazo de conclusão foi adiado. Objectivo
Adoptar alternativas aos CFC’s
prazo: final de 2001
Objectivo
Reestruturar e reordenar o Parque de empreiteiros, Programa PROTOZO
adequando-o às necessidades da laboração normal Foi concluída a substituição da única unidade que ainda
da fábrica e visando melhorar a sua utilizava R12 como refrigerante.
operacionalidade. Todo o novo equipamento de ar condicionado adquirido
Prazo: final de 2003 durante 2002 utiliza gás cumprindo inteiramente a
legislação aplicável.
Programa RESTEMP Foi adquirido e instalado um segundo lote de 48 extintores
Em Janeiro de 2003, foi efectuado um levantamento prévio portáteis, com agente químico alternativo ao halon.
da actual situação e um inventário das necessidades e Para 2003, prevê-se substituir os restantes equipamentos
requisitos. O planeamento do trabalho e a estimativa de contendo halon, do sistema fixo de extinção de fogo do
custo serão baseados no relatório daquele levantamento. edifício principal dos escritórios.
22
23

Glossário
ACR Aterro Controlado de Resíduos
AOX Sigla correspondente à designação inglesa de “adsorbable organic halogens”.
Parâmetro que serve para avaliar o conteudo em organo-clorados de um efluente líquido.
a. s Absolutamente seco.
CBO5 Carência bioquímica de oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte ambiental de um efluente líquido
sobre o meio receptor, causado pela oxidação bioquímica dos compostos orgânicos.
CQO Carência química de oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte ambiental de um efluente líquido
sobre o meio receptor, causado pela oxidação química dos compostos orgânicos.
CFC’s Clorofluorcarbonatos; gases considerados como responsáveis pelo empobrecimento da camada de ozono.
ECF Sigla correspondente à designação inglesa de “elemental chlorine free”. Usa-se para indicar uma pasta ou um
processo de branqueamento em que não foi utlizado cloro elementar.
ETAR Estação de tratamento de águas residuais.
GNC’s Gases não condensáveis.
Licor branco Solução alcalina utilizada no cozimento da madeira, contendo hidróxido de sódio e sulfureto de sódio
Licor negro Licor resultante do cozimento da madeira, contendo matéria orgânica, e utilizado como combustível na caldeira
de recuperação.
Licor verde Licor alcalino, proveniente da caldeira de recuperação e que, na unidade de caustificação é convertido em licor branco.
m3 sol.eq Metro cúbico sólido equivalente.
NOx Designação geral dos óxidos de azoto formados durante a queima de um combustível.
Pode dar origem a chuvas ácidas e ser responsável pela acidificação dos solos e reservas de água doce.
ptp Por tonelada de pasta.
RIB’s Resíduos industriais banais.
SO2 Dióxido de enxofre. Gás formado na combustão de combustíveis contendo enxofre.
Por oxidação e reacção com a humidade da atmosfera, pode dar origem a chuvas ácidas.
SST Sólidos suspensos totais. Parâmetro que mede a quantidade de materiais sólidos em suspensão num efluente líquido.
TCF Sigla correspondente à designação inglesa de “total chlorine free”. Usa-se para designar uma pasta ou um
processo de branqueamento em que não se utiliza qualquer composto de cloro.
TQM Total Quality Management ( em português, Gestão pela Qualidade Total).
TRS Sigla correspondente à designação inglesa “total reduced sulphur”. Parâmetro que mede a quantidade de
gases de enxofre, na forma reduzida (isto é, susceptíveis de serem oxidados/queimados), nas emissões gasosas
de uma instalação ou de uma chaminé.
VLE Valor limite de emissão.
VMA Valor máximo admissível.

Contacto

Celulose Beira Industrial (CELBI), S.A.


Manuel Saraiva Santos

Leirosa
3081-853 Figueira da Foz
Portugal
Telef: 233 955 600
Fax: 233 955 648
e-mail: saraiva.santos@storaenso.com
A verificação de conformidade com o Regulamento do Sistema de Eco-gestão e Auditoria da União Europeia, foi realizada
por uma equipa constituida pelo Engº Paul Smith, verificador ambiental, e pelo Engº Vitor Gonçalves, da Lloyd’s Register
Quality Assurance, com supervisão de técnicos do Instituto do Ambiente e do Instituto Português da Qualidade

A proxima Declaração Ambiental será publicada em Abril de 2004

StoraEnso Fine Papers


Celbi
Leirosa
3081-853 Figueira da Foz
Portugal
Tel + 351 233 955 600
Fax + 351 233 955 648
www.storaenso.com

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