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Servo Astral

Em Ocult ismo e magia


magia,, um Servo Astral ou Servidor é uma ent idade const ruída por um ou
mais magist as com objet ivos específicos, e que pode ser usado t ant o individual ou
colet ivament e para obt er o result ado desejado, est e podendo ser especificament e limit ado
ou cont ínuo. Muit as vezes, a criação de servos ast rais é baseado em cont rat os escrit os, mas
exist em mét odos de criação que ut ilizam apenas a canalização das energias desejadas, ent re
out ros. Em t ermos de funcionalidade, de fat o, os servidores se assemelham muit o a out ros
t ipos de ent idades (como um deus, espírit o, demônio, sant o), porém exist em diferenças
import ant es, como o fat o de serem gerados, e não soment e at raídos pelos magist as, e as
limit ações em sua at uação, por possuírem objet ivo muit o específico.[1]

Alquimista criando um homúnculo.


Elementais Artificiais na Golden Dawn

Na Golden Dawn, cada um dos membros se aperfeiçoou em um conjunt o de sist emas


mágicos, e nest e cont ext o, por volt a de 1910, a magist a Dion Fort une desenvolveu, com base
em diversos sist emas mágicos ant igos, dent re eles a Alquimia, seu mét odo de criação de
element ais art ificiais. Os element ais surgiam como uma Forma-pensament o, mediant e fort e
int enção e propósit o, sendo moldados pelas forças psíquicas do magist a e realizando
at ividades pré-det erminadas.

Est es seres const rut os possuíam um carát er similar ao de várias classes de ent idades, como
as que foram descrit as ant eriorment e, e as formas ut ilizadas para sua criação eram próximas
às da Teosofia e às da Magia Tibet ana. Fort une alegava, no caso, t er criado um element al
art ificial na forma de um lobo ou lobisomem, que dormia aos pés de sua cama.[2]

Forma-pensamento.

Servidores na Magia do Caos

A part ir da ideia de element ais art ificiais, os círculos de Magia do Caos aperfeiçoaram as
met odologias para criação de servidores que realizassem ações para o magist a. Ent re out ras
definições, a criação de servidores pode ser ent endida como o at o de plasmar, no mundo
ext erno, uma porção da psiquê do magist a, na forma de uma ent idade separada. Phil Hine
coment a que "ao deliberadament e germinar porções de nossa psiquê e ident ificá-las por meio
de um nome, t raço, símbolo, nós podemos t rabalhar com elas (e ent ender como elas nos
afet am) a nível conscient e"[3].

Sendo assim, a at uação dos servidores é, por um lado, similar à de um Sigilo (magia) (uma vez
que há int uit os e objet ivos específicos embasando sua criação), e por out ro lado mais
independent e (pois os servidores podem se moviment ar pelo ast ral para realizar est es
serviços de forma mais diret a, t ambém se comunicando de forma mais diret a com o magist a).
De forma geral, os servidores podem ser relacionados a um sigilo, ou a um objet o, que servirão
como sua morada ou simples pont o de ancorament o, e possuem algumas caract eríst icas
essenciais — na definição t ípica Caoíst a:

• Criação Conscient e: os servidores são criados conscient ement e, de forma deliberada, por
um magist a, e não possuem previament e uma exist ência própria como um aspect o ment al,
nat ural ou espirit ual.

• Especificidade: os servidores são criados com caract eríst icas e objet ivos específicos,
incluindo limit ações, t raços de personalidade, font es específicas de aliment ação e formas
específicas de evocação/dest ruição. Para especificar t ais aspect os, pode ser feit o um
cont rat o por escrit o.

• Moviment ação: diferent e de sigilos, fet iches ou out ros element os mágicos inanimados e
imóveis, geralment e se considera que os servidores podem fluir pelo ast ral, e podem realizar
at ividades em diferent es lugares, assim como seguir o magist a, dependendo do objet ivo para
o qual foram criados.

• Hierarquia: crê-se que os servidores est ão dent ro de uma grande cadeia cont ínua de
ent idades que se manifest am no ast ral, que em uma visão física equivalem às faixas
vibracionais e às diferent es frequências. Os servidores est ariam em um grau vibracional abaixo
do nosso nível ment al, nessa cadeia, sendo subordinados à nossa vont ade e dependent es da
nossa energia.

• Desenvolviment o: exist e t ambém a ideia de que o servidor pode se desenvolver com o


t empo e mudar de nível hierárquico. Por medo, culpa, ou por algum t ipo de paranoia que
t ransforme o servidor em um inimigo do magist a (pedidos não cumpridos, ou ext raviados,
insat isfação do criador quant o à at uação do servidor), ele poderia ganhar uma energização
excessiva e se aliment ar do medo que ele percebe est ar gerando no usuário de sua energia.
Por out ro lado, haveria a possibilidade do servidor ganhar reverência, ser recompensado, ser
colocado acima de seus usuários como se fosse um deus, ou se t ornar conhecido por muit as
pessoas e por mais de uma geração humana, e ent ão sua energização hiperbólica o
t ransformaria em algo superior, independent e.
Diversos Deuses Gregos.

Cabe ressalt ar que servidores podem ser const ruídos com base em ent idades já exist ent es,
mas nest e caso eles não serão aquela ent idade propriament e dit a, apenas compart ilharão
aspect os com a mesma.[4] O mesmo se aplica a servidores criados a part ir de personagens
fict ícios ou pessoas que exist em ou exist iram. O at o de um magist a se conect ar à energia
dest as ent idades, personagens ou pessoas (e à sua egrégora) seria vet orialment e diferent e
da criação de um servidor relacionado a elas.

Criação de Servidores

A criação de servidores pode ser realizada por diversos mét odos, incluindo adapt ações de
mét odos milenares, ou mét odos próprios. Vários fóruns de Magia do Caos descrevem
mét odos para a criação, incluindo modelos de cont rat os que permit em limit ar a at uação do
servidor para os objet ivos específicos. Pode ser ut ilizado, por exemplo, um mét odo análogo
aos de sigilação (como os descrit os por Carroll[5]), inclusive at relando o servidor a um sigilo
que t enha sido criado ant eriorment e.

Após a definição da forma que o servidor irá t omar, est e deve ser ment alizado,
preferencialment e com foco no sigilo ou no objet o físico (se houver) que irá ancorar a
ent idade. Out ra t écnica possível é imaginar o servidor andando ao lado do magist a, at é que
est a imaginação se t orne t ão nat ural que ocorra aut omat icament e, sem necessidade de
esforço ment al — aut omat icament e, será ent endido que o servidor est á acompanhando o
magist a.

Alimentação Energética

A definição da font e de energia que aliment ará o servidor é import ant e, pois permit e seu
fort aleciment o, e sua obt enção de recursos para realizar as at ividades propost as pelo
magist a. Est a font e pode ser definida no cont rat o (se houver), ou pode ser, de forma simples,
a própria força de vont ade, int enção, ou energia psíquica do magist a que criou o servidor.
Alt ernat ivament e, a font e energét ica pode ser a visualização do sigilo por qualquer pessoa, o
agradeciment o público após a realização dos objet ivos, o uso de velas e incensos, oferendas
em geral, ou mesmo energia elét rica, no caso de cybermorfos.[6]

Visualização e Contato

Como mencionado ant eriorment e, é int eressant e que a primeira visualização e o primeiro
cont at o com o servidor se deem no moment o da criação, para que sua forma seja moldada e
seus objet ivos fiquem bem definidos. Após est e moment o, o servidor pode ser enviado para
sua morada, ou banido t emporariament e, ret ornando quando for solicit ado. Sendo assim, a
visualização e o cont at o se darão por medit ação, imaginação at iva, viagem ast ral, ou out ro
mét odo à escolha do magist a, sempre que o servidor for convocado para um diálogo, ou para
realizar nova at ividade.

Destruição

Quando um servidor não for mais desejado, pode ser banido permanent ement e, ou dest ruído.
Nest e caso, o mét odo de dest ruição t ambém pode ser definido a priori no cont rat o, mas de
forma geral a dest ruição da morada física ou sigilo, ou ainda a reabsorção pela psiquê do
magist a, bast ariam para sua finalização.[7]

Ver também

Sit e dos 40 Servidores, por Tommie Kelly: [1] (ht t ps://www.advent uresinwoowoo.com/t hef
ort yservant s/)

Referências
1. https://medium.com/@projetoxaoz/servidores-5fb6865d045a

2. Tracking the Tulpa: Exploring the Oriental Origins of a Contemporary Paranormal Idea — 
MIKLES, Natasha L. e LAYCOCK, Joseph P.

3. User’s Guide to Servitors — Phil Hine

4. https://www.adventuresinwoowoo.com/thefortyservants/

5. Carroll, Peter J. (2016). Liber Null e Psiconauta. São Paulo: Editora Penumbra. ISBN
9788569871019.

6. Carroll, Peter J. (1996). PsyberMagick: Advanced Ideas in Chaos Magick. ISBN


1935150650.

7. Carroll, Peter J. (2016). Liber Null e Psiconauta. São Paulo: Editora Penumbra. ISBN
9788569871019.

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Última modifi cação há 9 meses por Eric Duff

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