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A Corrente Dourada

“Um estudo da Tipologia da Transmissão Iniciática dentro da Tradição


Sabática”. Por Andrew D. Chumbley

Iniciação, a “Passagem de Poder”, o caminhar do homem mortal através


do limiar dos Deuses, o ouvir da palavra passe, a recepção do livro, o
sonho imaginado e saboreado[1] a meia-noite[2], o solitário ponto do
coração selvagem….muitas são as formas de indução para o Círculo do
Sabá, muitos são as marcas deste caminho – muitos são os momentos
de realização, que leva o espírito através da espiral de todas as
maneiras ao ecstasy!!!

Na sua essência, iniciação é a entrada de um indivíduo em um


Mistério e a penetração deste Mistério no indivíduo; é simultaneamente
rarefação[3] e reificação[4]; uma união nupcial do Ego e Outros[5], no
espelho[6] do círculo da Gnose. Embora a essência da questão possa ser
“pontuada” pelo descrito acima, a verdade acerca da iniciação é
necessariamente um segredo que não pode ser divulgado; é o Grande
Arcanum, o “Mysterium” que sempre habita o além… Em um fundo e
profundo silêncio. E, no entanto, considerando a aparência externa na
iniciação, as formas que ela assume em termos de manifestação
perceptível, nós podemos entrar em discussão e esforçar-nos para
chegar a uma compreensão de seus diversos “Arcanos”.

Se justiça será feita para a sutileza das diversas e complexas “formas”


de iniciação, como as existentes dentro da praxis[7] de Cunning
Craft[8]contemporânea, que merece um amplo e detalhado estudo (não
sabemos). Nas páginas seguintes tentaremos fazer isto, para distinguir
entre os “tipos” de iniciação que pode ocorrer para um Buscador no
Caminho da Arte Antiga, e, além disso, para definir as várias vertentes
de transmissão mágica que podem ser considerados como “linhagens”
ou “Correntes da Gnose” em si mesmas. Na tentativa de fazer isso
estarei utilizando diretamente minha própria experiência,
especialmente, a que ganhei como o atual Magister da Cultus Sabbati.
Por conseguinte, uma subjetiva delimitação do tema é inevitável. Com
efeito, devido à “Tradição” da Velha Arte, ser de tantas maneiras e
variadas localidades, nenhuma descrição definitiva do processo

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iniciatório pode ser defensável. Sem dúvida omissões e generalizações
irão ocorrer e para tais eu peço desculpas antecipadamente. Não
obstante, espera-se que um grande esquema conforme indicado abaixo,
sirva para esclarecer e aprofundar o conhecimento do assunto até agora
inexplorado. Com este propósito, este artigo é oferecido como um
degrau na escalada para um futuro mais sábio dentro Caminho.

PASSANDO ATRAVÉS DA MARCA DE FOGO DE TUBALO-LUCIFER

RITUAL DE INICIAÇÃO.

O método usual de ingresso na Tradição Sabática é via formal o ritual


de indução. Iste pode assumir várias formas, variando do ato mais
simples do ritual de “autorização” até a denominada ‘Ordem Principal’
da cerimônia Sabática plena. Dentro do Cultus Sabbati há vários fluxos
lineares simultâneos (de linhagens), e é a partir deste exemplo que eu
vou estabelecer a discussão abaixo. A fundação da linhagem da Cultus
é a da “The Red Snake[9]”, que descende diretamente de uma corrente
de Praticantes de Cunning-craft e folk magic de Buckinghamshire[10].
Em termos de sua expressão visível suas práticas mudaram com cada
uma das sucessivas gerações, mas em seu núcleo, um corpo de
princípios de feitiçaria é mantido, é com base neste “Alfabeto Arcano”,
que cada geração “elabora”o seu próprio modo particular de prática.

Em termos específicos para o ritual de iniciação, os princípios gerais do


processo são: observação, dedicação, ensino formal e foco ritual. Na
manifestação estes princípios combinam em um processo com uma
duração mínima de vinte e um meses, culminando no foco apoteótico de
uma cerimônia iniciática final. Desde o anterior Magister desta
linhagem fui ensinado que um candidato é escolhido através de sinais e
presságios, e que era proibido para qualquer estranho pedir iniciação
diretamente. O Candidato é escolhido por presságio e primeiramente
“Vigiado” por um período de tempo, não inferior a nove meses lunares.
Durante esse tempo, denominado “A gestação”, o candidato é observado
para indicações claras das habilidades requeridas e características que
o Caminho exigirá. Se for considerado adequado, o candidato é
convidado a submeter-se a uma cerimônia chamada “O Rito de

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Dedicação”. Este reconhece formalmente a sua aspiração e
magicamente ele “coloca os seus pés” no Caminho. (Ordália)

Após o rito de Dedicação, um período de instrução formal de um ano e


um dia começa. Durante este tempo, o noviciado e o iniciador
embarcam numa peregrinação que conduz ambos ao círculo-pleno ao
redor do horizonte dos Mistérios Sabáticos. Para o candidato, o ato de
caminhar no círculo se torna uma viagem ao redor do perímetro da
alma, um microcósmo de questionamentos para Todos os Possíveis
encantos de sua própria auto-existência[11]. Tendo êxito, atravessado o
período de instrução e as diversas ordálias e austeridades que se exige,
o noviciado é “convocado” formalmente a submeter-se ao rito de
iniciação.

O Rito de Iniciação é o “Selo de Mistérios” e serve como um contexto


focalizador de tudo o que se passou entre o aspirante e o Poder
Iniciador (o iniciador, em todas as suas formas: o professor físico, o
Guia Espiritual, O Familiar e Espírito Guardião do Caminho, as
diversas lições de práxis, os Sonhos, Visões, e realizações solitárias, e
outros). Tudo aquilo constitui “O Iniciador” que confronta o Buscador
como o Verdadeiro guia no Círculo do Arte Mágica.

No ato singular mágico chamado “A Passagem do Poder” tudo é tirado


dentro de Um: são alinhados o Iniciando, o Iniciador e os Mistéris do
próprio Rito para abrir o caminho para o “recém-nascido do Sangue-
Bruxo[12]”’. O ato de “Passagem” confere o “poder” de toda a Tradição,
os seus conhecimentos, costumes e Arte. Quando este poder é recebido,
é tarefa para o recém-nascido iniciado realizar o Arcano para si mesmo
– para realizar a sua própria autonomia e ir em frente de acordo com os
sinais e augúrios do caminho.

Em resumo, esta é a maneira pela qual a iniciação ocorre dentro do


nosso próprio círculo de praticas. Os detalhes exatos desse processo
variarão indubitavelmente de uma circunstância[13] para outra, mas os
princípios fundamentais são mantidos; porque são a própria maneira
pela qual “O Fogo Acesso[14]” é transmitido de uma geração para o
outra. No cumprimento da sua “criação” o iniciado é ritualmente

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“autorizado” a agir como um praticante autônomo e representante da
Tradição. O seu nome é inscrito no Livro de linhagens e os nomes dos
irmãos da mesma categoria são comunicados.

Dentro do âmbito da linhagem em que o referido processo é acionado


não há nenhuma categoria ou grau além do principal ritual de
iniciação, embora deva ser declarado que algumas linhagens
tradicionais tais como “The Black Boar e The Serpent-Cross”[15] utilize
graduações em suas estruturas. No caso da linhagem do “The Black
Boar”, por exemplo, um sistema de Três Graus é operado, amplamente
fundado em Aprendiz, Artífice e Mestre, e graus de Maçonaria e Guildas
Medievais de Construtores. Neste sistema o Primeiro Grau corresponde
ao Rito de Dedicação; o Segundo Grau assinala uma fase de meio
caminho – adequado se alguém que não possui a habilidade requerida
para receber a autorização completa; e o Terceiro Grau corresponde ao
Rito final de Iniciação.

Embora se possa afirmar que no Cultus Sabbati não há graus de


iniciação que se aplicam a todos os indivíduos, paradoxalmente, deve-se
afirmar que uma hierarquia rígida e uma divisão de papéis são
tradicionalmente explorados. O Serviço de Elder[16], Magister,
Dama[17], Sacerdote, Sacerdotisa, Conjurador[18], Profeta ou Profetisa,
Mestre de Cerimônias[19], Cronista e Tutor[20], são baseadas
completamente nas habilidades que os indivíduos possuem e
demonstram; a “elevação” de um individuo para qualquer posição está
sujeita ao consentimento dos Irmãos e dos Protetores Espirituais.

Como foi dito acima, dentro do Cultus diferentes “linhagens” de


observância da Arte operam simultaneamente, às vezes se cruzando,
por vezes ainda categoricamente distintas.

O que é que distingue uma linhagem da outra?

É primariamente o conhecimento particular e costumes característicos


de uma corrente especifica de transmissão Mestre-Pupilo, que
diferencia uma da outra. Devido a isto, um único Praticante pode
estudar com diferentes Mestres para receber diferentes corpos de

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conhecimento e para receber “poder” de caminhos lineares distintos da
Gnosis Sabática. Enquanto cada linhagem é apreciada pela sua própria
integridade e autonomia, um indivíduo pode possuir autoridade num
número de diferentes correntes sem compromisso. Uma ampla base
experiencial é recomendável, mas é a transmissão única (veja abaixo),
que valida o caminho de um Buscador.

De todos os diversos aspectos envolvidos no processo de Iniciação


formal, é papel do Rito apoteótico final de Iniciação e a sua capacidade
de ação central, a “Passagem”, que age como o “Selo de Poder” em todas
as relações da iniciação, tornando-se assim um ato de suma
importância. Para aqueles do Caminho, o recebimento ou recepção do
“Poder” ativa o sangue espiritual[21]: o legado da marca de fogo dos
Deuses Anciões, desde o Antigo Tubalo, o Portador de Luz, através da
Raça dos Vigilantes e da Associação com as Fadas, estabelecendo uma
corrente dourada, passado de uma mão para outra sucessivamente, até
os dias de hoje.

O RELÂMPAGO DA MEIA-NOITE:

A VISÃO DA TRANSMISSÃO DA LINHAGEM ÚNICA.

Um Sinistro Raio de Luz nas mãos dos Deuses Demoníacos: uma


intercessão que transpassa destinos, uma revelação que faz nascer na
Carne à ligação entre o visível coração do homem e o invisível coração
dos Mistérios; Assim é o Relâmpago da Meia-Noite!

O Espírito concede a visão da revelação de si mesmo para a mente do


Buscador e inicia a passagem do poder para a linhagem, o que podemos
chamar: “Transmissão Única”. Se dentro dos Conclaves de uma cadeia
ritual formal de iniciação ou na sutil “caverna” solitária de práticas, se
chamado por meio de intenção, ou por meio de uma súbita
manifestação de epifania dos Deuses, o Poder da Revelação é dado
exclusivamente para o seu veículo escolhido, e nele se “Encarna” – como
um dom, que abre diretamente o olho interno para compreensão dos
Mistérios.

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Em algumas indivíduos, há uma capacidade inata de compreender os
mistérios do Caminho Witanico[22], ou seja, de entender sem
aprender[23]. Isso pode ser uma indicação de renascimento
“transcarnacional”[24] dentro da linhagem de Sangue-Bruxo, ou um
sinal da nova dispensação: através de um Mestre Solitário da
Estrada[25]. Para alguns todos os Ritos Externos são uma benção; uma
confirmação daquilo que foi atingido por uma disposição interior. Tais
indivíduos desfrutam uma conexão com os Deuses e possuem uma
clareza de visão que não pode ser aprendida ou ensinada, essas almas
nascem na Casa de Caim e trazem dentro de si a marca dele.

Momento a momento, o Caminho do Relâmpago da Meia Noite é um


tortuoso caminho para os seus aderentes. É Um depender do favor
divino e da abertura do coração para manter a continuidade da
inspiração e ainda suas bênçãos superam largamente a sua ruína.
Existe uma Solidão neste Caminho, “um Matrimônio que se divorcia de
todos Outros”, onde a perfeição de Toda Solidão pode ser completada.

No âmbito da “Transmissão Única” considera-se que um determinado


indivíduo pode receber todo um corpo de conhecimentos, ou seja, todos
os Ritos e Mistérios. Em tais casos, a autoridade ritual para ele ensinar
a outros e iniciar uma linhagem de um corpo de conhecimentos
específicos é divinamente sancionada[26]. Embora qualquer homem ou
mulher possa reivindicar ter recebido uma “visão”, os motivos de tal
reivindicação devem ser manifestos por meios de certos sinais
exteriores; como ensina o Evangelho:”Devemos testar todas as coisas e
reter apenas o que é bom”. Se o caminho conduz a reunião com um
verdadeiro observador dos mistérios, um iniciado sem intercessor
mortal, então considere-se realmente abençoado. Aprender de tal
pessoa poderia revelar muito mais da Arte que o acumulado por
qualquer loja de conhecimento durante anos. Por experiência eu
aconselho precaução e prudência, mas se a verdade for encontrada
(com estes) então eu acredito que nós deveríamos respeitar esses que
ganharam o favor do Divino.

Para falar corajosamente, considero que a linhagem de “Transmissão


Única”, se inicia por intermédio de um Ego-Reconhecimento[27] com a
inata “semente de luz”, sendo um pré-requisito para todos os que
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praticam a Arte Mágica. Talvez todos os seres possuam aquela centelha
dentro de si mesmos, mas o rubicão[28] entre iniciado e não iniciado é o
Ego-Reconhecimento daquela semente espiritual. A menos que o
embrião da vida mágica desperte para si mesmo não pode haver
nenhum crescimento, nenhum despertar[29] da alma de fogo. A
“Transmissão Única”, é antigo destino abençoado: O segredo do
relacionamento entre os Deuses e Alma; nenhum outro tem permissão
de falar dele. Seus sinais externos são inspiração e conhecimento, um
casamento de estado indefinível pelo qual um homem se torna
Mage[30].

Dentro da Cultus Sabbati “o Caminho da Tocha Flamejante” e “O


Caminho do Relâmpago” são conhecidos como “Os Chifres do
Dragão”. É considerada uma inspiração digna quando um “Viajante”
realiza a união de Dois (em UM): do caminho não-dual do duplo
caminho. Por causa desta ênfase dual, considera-se que apenas aqueles
com a capacidade para receber ensinamentos e suportar as
marcas[31] da “Transmissão Única” – qualquer que seja o grau de
manifestação – deveria ser convidado para a Irmandade formal. Uma
Bruxa nascida para o Caminho ainda pode passar muitos anos lutando
para tornar evidente aquilo que está dentro de si e contudo por virtude
dos Ritos Tradicionais um destino incomum pode ser
dominado[32] rapidamente. Em tais indivíduos, o processo de instrução
é na verdade um Caminho de Recordação: uma recuperação do Antigo
direito de nascimento[33].

RITOS DE MISTÉRIO

AS LINHAGENS DO MAGISTER

Uma demonstração habitual de “Atingindo os Chifres do Dragão” (A


união da “Transmissão Única” e Autorização Linear) é dado para um
iniciado para compor um Grande Mistério ou Mistério-rito. Tais ritos
são compostos de “diversas” expressões vocais “oraculares”, Ordálias
mágicas e “estados” específico e altamente especializados de iniciação e
de relacionamento com poderes mágicos e entidades. O Autor de um
Rito de Mistério é conhecido como seu Mestre ou Mestra. É a seu pedido

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que o ritual é realizado ou sua forma textual é transmitida para outras
pessoas. Em si mesmos, os Mistérios deste tipo são Grande Iniciações
servindo para transmitir as linhagens de determinadas entidades
espirituais ou técnicas mágicas.

Dentro do mais alto corpo de nosso conhecimento mágico, conhecido


como “A Gnosis do Caminho Tortuoso”, existem inúmeros exemplos de
tais trabalhos avançados. Por exemplo, O “Rito do Turnskin[34]”. Este é
um procedimento Iniciatório quando se pretende a entrada do aspirante
no círculo de Atavismo therionico[35]: As Formas de Vida do Zodíaco.
Ao passar através das suas ordálias e transcender a pele[36] a Arte fica
impressa[37] na carne; a ascendência bestial de um indivíduo é
“elevada”, feita Auto-consciente nos seus sentidos[38] físicos[39]: O
Deus que tem cabeça animal é identificado!.

Outro exemplo notável é “A Máscara do Diabo”: o rito de iniciação


de Draku-Ezhu, O “Principal Famulus[40]” Instrutor[41] do Caminho
Tortuoso. Este Rito de Mistério particular conquista a reunião, de alma
para alma, entre o Aspirante e a Deidade.

No fluxo de descendentes de Sabedoria Sabática de “Yelda Paterson”


através de “Zos vel Thanatos” (Austin Osman Spare), existe uma linha
de transmissão facilitada pela “Passagem” de um Espírito Familiar. Em
sua manifestação contemporânea este arcanum se tem “manifestado”
através de um Médium de Mistério-Rito; “o Rito da Águia Negra[42]”
simplesmente nomeando, depois, o espírito a si mesmo. Este exemplo
serve, por si só, para ilustrar que um certo tipo de linhagem mágica é
principalmente transmitida através da herança de espíritos-familiares.
Podemos considerar que o animal-totem, seja Águia, Cobra, Raposa ou
Javali, funciona como uma “máscara” para informar a senciência[43] de
tais tradições. Rito de Mistério, em si mesmos, comunicam as linhagens
do Magistério e servem para transmitir os “estados” de conhecimentos
mágicos necessários para a contínua realização das suas diversas e
específicas correntes. A absorção de pensamento, palavra e ação tudo é
consumido no processo de tais rituais (muitos sendo de grande duração
e complexidade processual) facilita a saturação do ego mundano com o
ambiente de um estado mágico ou entidade. Nisto a impressão do
Iniciador Invisível[44] sobre a Matriz[45] ou “Mente” do Senciênte é mais
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poderoso e eficaz. Na prática, Os Rito de Mistério, comportam “graus”
adicionais, zonas adjuntivas[46]de autorização[47], para que um
aspirante tenha acesso e em qual, ele ou ela, pode ganhar autoridade.

A AUTO-INICIAÇÃO
Se através de predileção a pessoa é conduzida à Arte e o único meio de
entrada é, por conseguinte, pela realização de uma auto-iniciação,
então deixe aquele portão aberto e escolha justamente. Se o indivíduo
for conduzido para lá por sonhos e presságios, e lhe é revelado por
esses meios como executar um rito, um Caminho de Transmissão Única
é revelado. Se a pessoa realiza essa tarefa, então eu não considero que
ninguém – alto ou baixo – tem o direito de duvidar o que essencialmente
não lhes diz respeito. Na verdade, é mais sensato para nós respeitarmos
aqueles que entram no caminho por esses meios, pois o coração do
Sangue-Bruxo pode ser alcançado por muitas vias.

Distinção deve ser feita entre as pessoas com visão e aqueles sem. Se
uma pessoa está sem sinais ou orientação interior, e somente se ocupa
de uma fórmula prescrita de auto-indução de acordo com as ordens de
alguma outra autoridade mortal, então de onde a autorização aparente
dela deriva?

Se uma fórmula prescrita ou texto é usado, então a pessoa


deve envolver verdadeiramente a sua essência espiritual e esforçar-se
para estabelecer uma conexão interior. Realizar tão somente um
processo ritual externo[48] não é nenhuma iniciação; a menos que a
ligação interior entre Ego e Outro (se aquele Outro é o Homem, Deidade
ou Espírito) seja atingida, não existe iniciação. Se uma fórmula
prescrita é usada e sinais acontecerem, em seguida, uma ligação é
assegurada, mas será melhor se um rito de Auto-Iniciação for
construído, principalmente, em acordo com conhecimento divinamente-
recebido.

Auto-iniciados podem iniciar outros?

Se a base de sua auto-iniciação é de uma linhagem direta e revelação


única, e se um corpo de ensinos deriva de tal epifania, então nós

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devemos ser confiantes, e afirmar a habilidade dele para ensinar outros,
para passar o que os Deuses têm revelado, para ajudar um estudante a
obter a auto-iniciação para eles. Se os Deuses se revelam, então está
com uma coragem que iguala a bênção deles, e nós temos de afirmar a
nossa própria autoridade espiritual e de legitimação (para eles). A
verdade de nossa visão é testada habilmente por esta necessidade por
coragem; para levantar sozinho, sem nenhum Senhor ou Mestre, Um
entre os homens, é um destino mais raro. Lembre-se uma árvore se
conhece pelos seus frutos; inspiração comunicável é a prova de
autorização espiritual.

TRANSMISSÃO IMAGINÁRIA

Às vezes subitamente encontramos auto-iniciados “Inventando” uma


história para sua própria legitimação, contos curiosos de ensinos
hereditários ou de reuniões que ocorreram com estranhos “sem nomes”.
Em vez de desconsiderar tais alegações peremptoriamente, seria mais
sensato para nós, encorajar essas pessoas a trabalharem com as suas
imaginações e descobrirem o que é que está tentando se manifestar
através dele. A “falsidade” pode, em alguns casos, ser algo mais do
esboço interior, mas em primeiro lugar, tais indivíduos devem ser
alertados sobre o processo interior em que a fantasia assume a
aparência de realidade histórica. Um refinamento do método é
requerido, para nós reconhecermos a prefiguração imaginal da presença
espiritual. Como foi dito, inspiração comunicável é o sinal mais simples
de veracidade.

Onde uma genuína atividade interior é pressagiada e imagem foca-se


em fantástica invenção, vamos considerar que a Divina Imaginação
contém os seus próprios habitantes, os “mensageiros” do Deus-
Mascarado[49], as sombras disso pode impressionar a si mesma em
“tipos” conducentes para a percebedora compreensão.

A mente aberta, assim observa o sussurro do Daimon como um


antepassado – um antepassado ancião, ou como um estranho, um
‘Homem de Preto’ ostentando um curioso livro, besta, ou unguento
secreto. O Sabá é um conclave astral, um estado de gnose em ecstasy,
sua impressão na Mente está além da conta de todas as avaliações. Se
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nós podemos guiar bem em exemplos onde sua atividade é pressagiada
no jogo de imaginação, um indivíduo pode ganhar insight e conseguir
sucesso estabelecendo uma ligação interior com a corrente, acima e
além do mero espetáculo externo de um aparente “história”.

Transmissão Imaginária pode servir então como um meio de atingir


uma linhagem direta da revelação. Por razões de precaução, talvez seja
sensato para nós, falar claramente: onde uma genuína inspiração está
ausente e altas estórias abundam, nós temos que nos precaver. Por
outro lado aconselho certo grau de análise mais aprofundada, Eu
considero que esses que fazem um pretexto deliberado de
proveniência iniciática de qualquer modo ou forma são um perigo para
si mesmos, para investigadores ingênuos, e, no sentido mais lato, para
a compreensão histórica da Arte como um todo. Para essas pessoas a
maldição deve ser a sua própria vocação.

OS RITOS DE UM
INICIAÇÕES SOLITÁRIAS

Ao falar da auto-iniciação, nós somos de certo modo culpados de usar


um termo errôneo. A iniciação é sempre uma questão de relação, se
entre Mestre e Aprendiz ou entre um Indivíduo e as Deidades e poderes
dos Mistérios. Assim sendo, um ritual executado sozinho, nunca é na
verdade realmente assim, para os Deuses e Poderes que são chamados,
na União, do outro para nosso Self: os Deuses são o “corpo da
iniciação”. Sempre há uma relação entre nós mesmos e aquele que
encobre os mistérios. E ainda pode-se dizer que estamos sozinhos na
carne, e, neste sentido chamamos de processos de Ego-Indução os
“Ritos de Um” ou iniciações solitárias.

Com a exceção dos ritos solitários que se manifestam pela via de


“Transmissão Única”, há certos ritos da Arte que têm fórmulas
prescritas rígidas e que devem, necessariamente, ser executados
solitariamente. O Rito dos Homens-Sapos chamado de “As Águas da
Lua” é um exemplo famoso. Isto exige que um homem ache um sapo,
empalar ele com um espinheiro-negro[50]e depois disso deixar seu
corpo ser devorado[51]por formigas. Em seguida, levando seus ossos

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para um córrego em uma noite de lua cheia, o candidato que deseja ser
um Homem-Sapo[52] devem lançar os ossos na água. Todo ao seu redor
vai gemer e gritar [53] e clamar, buscando distrair a atenção para um
osso que se moverá contra a corrente; este é seu osso encantado, que
tem poder sobre os animais. Depois disso o homem deve levar este osso
e mantê-lo consigo. As próximas três noites ele deverá ficar sozinho em
um cemitério, buscando o poder da magia. Na terceira noite, se diz que
o “Diabo” virá e tentará levar o osso para longe do seu possuidor. Se o
Diabo tiver sucesso, o rito falhou. Se você manter o osso não importa
que recompensa é oferecida, você então se torna um iniciado do Rito
dos Homens-Sapos.

Como pode ser visto este não é um procedimento simples, ele colocará
seu operante, inevitavelmente, em uma posição que requer
independência e coragem. Dentro do mesmo princípio, considera-se um
Mistério-rito solitário do Caminho Tortuoso, o rito chamado “A Coroa
dos Sete Crânios Risonhos”. Isto exige que o praticante busque (o poder)
deliberadamente sozinho e em lugares assustadores, e de lá chama os
“demônios” que produzem a sensação de terror e de perigo. Esses
demônios são então confrontados ritualmente, a tarefa a ser praticada é
transformar o aparente “veneno” ou a mal alinhada sensiência em
direção ao “néctar” ou benéficos estados potentes da gnose mágica: para
a realização da União da Pureza e perfídia.

INICIAÇÃO ONÍRICA E TRANSMISSÃO

A CORRENTE DE PRATA E A VIA VERDE

A principal forma pela qual o conhecimento é transmitido dentro do


cultus é através de sonhos. Muitos dos nossos Ritos são obtidos pelos
métodos meio lúcido ou sonhando de olhos abertos[54]; as suas
mensagens são “Elaboradas[55]” usando as bases de estruturas de
rituais tradicionais, mas, reforçados e desenvolvidos conforme ditado
pelo sonho. Realmente é considerado um talento e uma bênção dos
Deuses se alguém tem o poder para sonhar vivido – sonhar verdade,
com uma mente feita verde[56], “fértil como Antigo Edén”.

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Tal como na questão da Transmissão Única, se alguém recebe um
sonho de iniciação nos Mistérios Sabáticos, então é considerado que
aquele sonho dá a sua própria transmissão linear: a Linhagem da
Corrente de Prata. Não comporta a mesma capacitação que o ritual
formal de indução, porém, nenhum Ritual Formal exerce o mesmo
poder como um sonho em que a pessoa se encontra com Deuses face a
face. Muitas vezes, essas questões se sobrepõem e fornecem insights
sobre o “outro”. No entanto, deve-se afirmar que sonho-iniciação é
considerado como um modo válido de indução e como citado, constitui
o seu próprio caminho de autorização. Sempre que sonho-ensinamentos
estão em curso, lá pode ser dito para o peregrino “Percorra a Via Verde”:
o caminho da Elphame. É considerado um sinal de veracidade mágica
se o nome mágico da pessoa foi sonhado, por si mesmo ou a pessoa é o
professor. Igualmente, uma origem onírica para um Mistério-Rito é
realmente de grande estima e considerado um garantidor da sua
proveniência espiritual como uma dádiva dos Deuses Fiéis, do Pai das
Bruxas e da Sábia Mãe do Sangue Bruxo.

INICIAÇÃO DE ENTEOGENICA

A CÉIA DA BRUXA

Outra forma de iniciação é a que é dada através do uso sacramental de


enteógenos ou agentes psicotrópicos. Dentro da Arte Tradicional esta
observância é um método de transformação psíquica usado
principalmente por Adeptos experientes como parte de sua iniciação
solitária contínua dentro dos Mistérios. Aqui é forçoso reconhecer que o
uso dessas substâncias é de responsabilidade do indivíduo e que essas
práticas devem ser realizadas com o devido respeito e cautela.
Igualmente, o uso de tais substâncias é confinado ao consumo
reverente e sacramental.

A extensão das combinações toxicológicas da farmacopéia é tão ampla


quanto o vasto mundo em si mesmo. Na prática, diferentes Praticantes
desenvolvem um relacionamento com diferentes espíritos-plantas e
estes se tornam seus conselheiros especiais e aliados no sonho. Entre
as mais usadas plantas-familiares são as que habitam as Bagas de

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Beladona, Cânhamo, Arruda Síria[57], Heléoboro Negro[58], bem como
outras formas de enteógenicas micotropicas[59] tais como “Psilocybe
semilanceata e Amanita Muscaria [60]”, coletivamente conhecidos
como “O Pão do Corvo”. Também conhecido é o Unguentum Sabbati ou
a Pomada do Diabo. Este é um ungüento usado pelo Praticante “para
deixar a carne[61]” e “viajar para Caça Selvagem”.

Em ritos comunais vinho e pão são comumente utilizados como


o “Sacramento do Primeiro Assassinato”. Estes são consumidos como a
carne e sangue de Abel, o corpo de profanação que deve ser
ressuscitado ou re-integrado no corpo de Cain ou o Ego-Initiatico. A
incorporação de elementos mais potentes na Ceia das Bruxas depende
inteiramente do rito e de sua assembléia. Em ritos solitários, sabe-se
que, em algumas formas da Velha Arte um elixir enteogenico às vezes é
usado para ajudar na criação da apoteose iniciatória: “O Aspirante,
depois de ser mentalmente preparado pelo seu Professor, e bebendo da
poção, é deixado sozinho para passar a noite junto a um suporto [62]de
três pedras[63] cobertas[64] de ervas no centro da floresta[65] [66]“.
Isto é algo que faz lembrar da poção Mediaval Alpina Iniciatória a qual
provocava ao “ser bebida a sensação de receber e manter dentro de si a
imagem da nossa arte, e os rituais principais da seita[67]”. Acredita-se
que aqueles que possuíam a necessária capacidade mágica para fazer
com que uma planta-familiar pudesse revelar-se – contendo dentro de si
“presente” estado de consciência a memória prévia das experiências de
todo todos os praticantes anteriores: a folha retém os contos dos
peregrinos, uma vez aprovados. Isto é de grande utilidade onde um
corpo específico de conhecimento tornou-se fragmentado e deve ser
restaurados utilizando técnicas mágicas.

MEIOS SEXUAIS DE SUCESSÃO LINEAR

O AGAPAE DO SÁBIO

Em algumas Tradições da Velha Arte dizem que iniciação no ‘”corpo


familiar” ou Clã era primeiramente praticada através da relação sexual
entre o Aspirante e o Antigo iniciado do gênero oposto. Nós podemos
conjeturar sobre a veracidade disto. Ele pode ter sido utilizado para

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“ligar” um individuo no grupo de parentesco, para o fazer uma pessoa
do Sangue. Desnecessário dizer, que nós temos que exibir grande
cautela em questões onde facilmente pode haver abusos.

Independentemente da origem histórica, se união sexual é empregada


como um meio geral para indução depois de um ano e um dia de
instrução, então confiança absoluta deve ser uma condição prévia e
todas as partes devem ver através do seu empenho, sem dúvida ou
hesitação. Entretanto, a meu ver, iniciação por via sexual em geral, deve
ser restringido aos “Altos Ritos” operados entre indivíduos que sejam
Adeptos-Iniciados[68]. Para escrever a partir da minha experiência, Eu
fui ensinado que um Magister pode “passar” o seu poder através de
meios sexuais apenas uma vez em sua vida. Tal pessoa pode ser
escolhida para ser a sucessora do Magister, se for do sexo feminino, ou
para ser a sua própria Consorte na Arte.

Temos de considerar também que a iniciação sexual pode ocorrer no


estado-sonho de modo que o “consentimento” do aspirante é uma
consideração irrelevante. É mais um caso de sacrifício pessoal para a
Divindade. De meu conhecimento, na Antiga Artiga, os Deuses podem e
tomam Amantes, Adeptos homem e mulher, e pelos seus “elixires”
transmitir estranhos conhecimentos, muito além do alcance das
aspirações de um mortal. Além disso, temos também uma reflexão para
a “Trasmissão da Gnose” entre adeptos através dos seus próprios
fluidos sexuais. Um consorte completamente autorizado é um veículo
para a corrente mágica, o seu sangue e fluidos corporais são meios de
comunicação para os poderes da Arte e suas Deidades Protetoras. Em
ritos executados por altos Adeptos dos Mistérios Sabáticos a Ceia das
Bruxas é literalmente de “Carne e Sangue” – de sêmen e elixires
vaginais. Portanto sabe-se que as estações da Lua são
refratados[69] através do vaso da Sacerdotisa e que a emissão de sua
boca[70]sexual contém os segredos (secretos-íons) [71] da gnose em
um hipóstase[72] fluídica. De igual modo, a semente de um sacerdote é
o numinoso veículo transmissor para os poderes da divindade e para a
oculta radiância do Sol. Em ritos que utilizam Profetas, como os
chamados “Oráculos Ofídios”, um Estado-transe é acionado por
Cunnilingus[73] e o sonho lúcido pós-orgasmicos da Sacerdotisa é
guiado à passagens externas por manudução e conjurações verbais.

15
Como pode ser visto, se a pessoa considera isto profundamente, tais
questões não podem ser exploradas eficazmente entre Aspirantes
inexperientes. Como tal, concluo que é melhor que essas questões,
continuam a ser preservadas por aqueles capazes de mobilizar os seus
arcanos com o conhecimento e amor.

TRANSMISSÃO TEXTUAL
O CAMINHO DO LIVRO

Embora nós possamos trocar textos por dinheiro, dinheiro, por si só,
nunca compra iniciação, tão pouco qualquer texto sozinho vai nos
permitir entrar no Sabá. E, no entanto, se a pessoa é possuidora da
capacidade adequada, a linhagem pode ser dada por meio de Texto
Formal de Transmissão. Nesse exemplo, as páginas de um rito formal
são dadas por um Mestre ou Mestra para um Aspirante e os Guardiães
Espirituais do Livro são dados como familiares ou guias para o novo
dono do Livro.

Em casos onde instrução cara a cara não pode ser realizada, uma
pessoa por vezes utiliza o modo de transmissão textual, na maioria das
vezes, acompanhada por um laço psíquico entre o doador e receptor. A
linhagem da Serpente é externamente um exemplo de uma linhagem
sabática com base na transmissão textual e, internamente, ampliada
através conectividade psíquica. No seu caso, a motivação original da
linhagem é oniricamente derivada e seu método de implementação está
em acordo com sonhar-instrução.

Quando o Caminho Solitário nos guia, para o “Livro Negro” – O Grimório


Desconhecido – ele é revelado como um tomo de trabalho de Algum
“Mage” e da própria mão dele é passado para outro, aqui deixou passar
todo o poder do espírito, pelas folhas do livro.

PRESSÁGIO E ELEMENTAL

A TRANSMISSÃO DO ESPÍRITO DO CONHECIMENTO POR ACASO OU


CIRCUNSTÂNCIA

16
Além dos contextos acima referidos, a transmissão iniciática de outro
tipo pode ser adquirida através súbito eventos do “Acaso”. Talvez, só
aqueles, que experimentaram isso diretamente, possuirão um indicio do
que estou a tentando transmitir, mas às vezes, o mais sutil dos eventos
– a queda de uma pena, o cair de uma folha, a abertura de um livro –
pode mostrar diante da pessoa a presença de um guia espiritual e trazer
à luz um retorno iminente ao caminho.

As reuniões entre o Homem e Espírito não pode ser limitadas às


circunstâncias formais de um rito e de uma cerimônia; a interação irá
ocorrer onde os caminhos da cruz do destino e do Aspirante forem
receptivos, quer ele ou ela conheça ou não. Além de presságios,
iniciações mágicas de um tipo especial podem ser concedidas pela
sujeição ou experiência de imersão do ego em poder elemental. Para
passar sobre o fogo é a aprender o segredo da forja. Para cair no meio
das apressadas águas e ser poupado é uma bênção das Ondinas. Para
caminhar pela noite através dos vendavais e tempestade, para ascender
a um grande cume de pedras áridas; cada um possui o seu próprio
arcano. Nós podemos nos submeter a nós mesmos à tais experiências
vitais e procura-las com um intrépido coração. Para o Mestre do
Caminho Solitário tais ordálias são aliadas, companheiras e
conselheiras sob o caminho, mas com alguns compatriotas mortais.

CONCLUSÃO

INICIAÇÃO É UMA PONTE COM UM FIM

Embora seja evidente que existe uma ampla gama na tipologia de


iniciações sabáticas como as observadas no Cunning-craft
contemporâneo, tal diferenciação não adere às fronteiras artificiais; tipo
não é separado estritamente de tipo. Na realidade da prática, uma
forma sobrepõe a outra e numinosas combinações surgem de acordo
com as circunstanciais exigidas. Todavia, uma consciência de tipos
diferentes nos é permitida para ganharmos uma compreensão mais
refinada – uma discriminação sutil entre as forças miríades atuando
através de uma situação, permite-nos assim, estabelecer com maior

17
clareza o estado de nossa proveniência e de nosso próprio trabalho
espiritual.

Embora a iniciação obtenha maior intensidade quando focalizada por


um único evento principal, se isso é um ritual ou uma visão, o processo
de iniciação é um evento contínuo, um tortuoso caminho ou “Caminho
Tortuoso” ligando momento a momento, êxtase a êxtase, em uma
continuidade do ser. Dentro do complexo global deste “continuum”
poderemos definir linhas específicas que se combinam para facilitar a
transmissão de gnose para o indivíduo.

1. A Transmissão Linear de Pensamento: Cada nuance do


continuum mental que tem o fruto da realização obedece a linhagem de
pensamento entre a “Mente Primordial” – o Crânio de Cain – é a “Mente
Presente”, o Crânio-Calice do Iniciado. Os pensamentos que conduzem
um homem sobre o caminho, os pensamentos que guiam e servem na
tomada de sua escolha, o pensamento que transformam o mundano na
substância de Ouro Praeter natural[74] da Alquimia Mental, os
pensamentos que re-cognise[75] o Estado que é nosso em eternidade, os
pensamentos que brotam em súbito ardor como um relâmpago e
incentiva o homem a subir o cimo da inspiração; estes e uma infinidade
de outros são os portais da Sabedoria de Liliya.
2. A transmissão Linear da Palavra: A respiração que carrega a
palavra-passe no rito formal de indução é literalmente considerada a
mesma respiração que é transmitida para a linhagem através dos
corpos de cada um dos sucessivos Mestres ou Mestras; ele é o
“Pneuma[76]”, o ar vital de vida luminosa; é a “Respiração Única”, que
os hiperbóreos insuflam em Cain e em seus descendentes. Em
atenuação, este Mistério é transmitido através de cada palavra a cada
ato falado, quer seja em vigília, visão, imaginação ou sonhando que se
transmite a gnose da Arte Mágica a cada um dos aspirantes.
3. Transmissão Linear de Ação: toda ação é uma interação entre o
Ego e o Outro, é, portanto, uma potencial transação entre o Aspirante e
o Iniciador. A abertura dos olhos, o deslocar dos pés, o deslocar-se de
vai-e-vem entre direções, o passar pelas etapas, a Jornada, o vôo, o
trabalho, etc…todos podem mostrar a partir deste ponto o trabalho das
mãos Mahazhael’s;

18
4. A Grande Linhagem: o Caminho do Verdadeiro Sangue-Bruxo:
Parentesco, rito, visão ou eleição divina assim é feita uma ”Sábia
Bruxa”, seja pelo nascimento sanguíneo ou pelo nascimento solitário
que é escolhida e marcada com o sinal da Liberdade: a ”Marca de Cain”.
Somente aqueles cujos aethyr suporta este selo de poder participam de
Uma Verdadeira Linhagem de ‘Sangue-Bruxo’. Embora seu destino seja
moldado, contudo inúmeras maneiras, será sempre o caminho dela.

5. A força do Iniciador, o Espírito de Realização Gnóstica Perfeita, está


agindo perpetuamente sob domínio do campo da consciência. Naquele
grande panorama que nós chamamos “Mente” a impressão do Poder
Iniciador é percebido em momentos de revelação direta; o “Espírito de
Cain” materializa-se[77] na “Estrada em Cruz[78]” de possibilidades
fatais, em momentos axiais[79] corta transversalmente a fronteira do
espírito e da carne. Quando todos e cada momento, por si só, estiver
ligado em um continuum de concordância gnóstica com a força que
ingressa na Corrente Mágica, então teremos atingido a maestria sobre o
Caminho, mas até esse momento, temos de aproveitar cada
oportunidade e transformar cada oportunidade em um encontro entre a
alma do homem e o Espírito de Iniciação; do sem Nome, que assim seja!

Andrew D. Chumbley é um Prestigiado Magister do Cultus Sabbati e é


um Iniciado em Kaula-Tantrika of the Uttara Kaula Sampradaya. Ele o
Autor de The Azoetia: a Grimoire of the Sabbatic Tradition (Xoanon,
1992 and Fulgur, 2000), Qutub: the Point (Fulgur, 1995). e The Dragon-
Book.(Private, 1997). A nova Edição do The Azoetia logo estará
disponível para BCM Fulgur.London, WC1N 3XX. The author may be
contacted at:P.O.Box 1821,Chelmsford,CM1 3UE.
Fonte original do artigo: www.orakels.org/media/occult/…
Golden_Chain_and_the_Lonely_Road.pdf

Lexico:
[1]Sonhar consciente, o sonho do sabbat, entendido como, uma série de
imagens mentais e as emoções que ocorrem durante o sono.
[2]As imagens sonhadas que são sorvidas a meia-noite.
[3]RAREFAÇÃO: ra.re.fa.ção sf (rari+lat factione) 1 Ato ou efeito de
rarefazer. 2 Estado do que se acha rarefeito. 3 Diminuição do peso e da
densidade de um corpo, conservando o mesmo volume. R. do

19
ar:produção de vácuo; ou RAREFAZER: ra.re.fa.zer (lat
rarefacere) vtd 1Produzir aumento de volume em, com diminuição da
densidade; tornar menos denso ou menos espesso; dilatar (opõe-se a
condensar): “O calor rarefaz a água” (Constâncio). vpr 2 Diminuir de
densidade; tornar-se menos denso ou menos espesso; adelgaçar-se,
dilatar-se, expandir-se: Os gases se rarefazem, desde que haja espaço
para se dilatarem. vpr3 Desaparecer, diluir-se, sublimar-se: As nuvens
rarefazem-se ao sopro da brisa. vpr 4 Tornar-se menos compacto ou
menos numeroso: Pouco a pouco se rarefaz a multidão de curiosos.
Verbo irregular; conjuga-se como fazer;
[4] REIFICAÇÃO: re.i.fi.ca.ção sf (reificar+ção) Filos O momento, dentro
do processo de alienação, em que a característica de ser uma “coisa” se
torna típica da realidade objetiva.
[5] Outro, refere-se a: Homem ou Mulher (Magister/Iniciador), Deidade
ou Espírito;.
[6] O autor usa a palavra: Mirror’d: reflexo, espelho; imagem; modelo;
exemplo, espelhar, refletir.
[7] PRAXIS: o uso de uma teoria ou uma convicção de um modo prático;
a união da teoria com a prática; teoria colocada na prática como
atividade transformadora e criativa em que teoria e ação constituem um
único movimento; conjunto de atividades que criam condições para a
ação prática.
[8]CUNNING CRAFT: Arte Sábia – FOLK MAGIC – Magia Popular ou
Folclórica; Sabedoria-Popular; Dizia-se que os denominados Cunning
Man ou Cunning Woman, eram pessoas versadas na pratica de magia
popular, ou, segundo algumas definições, na pratica da Feitiçaria, o
termo foi aplicado até fins do século 20, aos praticantes desta Arte .
Essas pessoas eram também frequentemente conhecidas em toda a
Inglaterra como “assistentes”, “sábios” ou “mulheres sábias” ou, no sul
da Inglaterra e País de Gales, como “conjuradores”. Em Cornwall foram
muitas vezes referidos como ” expulsor, banidor”, que alguns sugerem,
refere-se à prática de expulsar espíritos malignos. Os Folcloristas
muitas vezes utilizavam para estes homens e mulheres o termo “Bruxo
ou Bruxa Branco”, embora isso raramente foi utilizado entre os
cidadãos comuns, porque o termo “bruxa” tinha conotações geral do
mal.
[9]“Serpente Vermelha”.

20
[10] BUCKINGHAMSHIRE, é um Condado ou distrito no sul da
Inglaterra.
[11] Ou “Uma microcósmica onde se encanta com todas as
Possibilidades de sua própria auto-existência”.
[12] Sangue-Bruxo.
[13] De um modo de práticas para outro, de um Grupo para outro, de
uma tradição para outra.
[14] FIREBRAND: tição, um pedaço de madeira ardente em chamas, a
tocha, a brasa acessa, a energia ígnea, agitador.
[15]Linhagem: o Javali Negro e a Serpente-Cruz.
[16]Anciões.
[17] Donzela, Virgem, Anciã.
[18]Oficiante na Feitiçaria, Praticante da Justiça, Oficial responsável
pela Justiça. .
[19] Ou VERDELET é uma mistura de maitre e coordenador. Na
Bruxaria histórica ele era considerado o Mestre de Cerimônias no
inferno, e também sobre quem recai a responsabilidade de assegurar a
existência ou permanência de Bruxas na Terra e organizar o Sabá, é
também o seu dever de assegurar que todos os servidores estejam
concluindo as suas tarefas de uma maneira eficiente para a cerimônia.
[20]Corresponde ao “ESCRIBA”.
[21]Ativa a Linhagem espiritual, Consaguineidade Espiritual, a Herença
Espiritual, a Linhagem.
[22]WITANIC: WYTCHA, Sábio; Uma das várias demonimações da
Bruxaria Tradicional, também uma dos Ramos ou Tradição da Arte
Tradicional, cujo corpo de conhecimento deriva diretamente da
experiência gnóstica de fórmulas Sabáticas.
[23]No sentido de nunca ter sido ensinado ou Guiado, ou Iniciado
formalmente na via WITANICA.
[24]TRANSCARNACIONAL: Refere-se ao renascimento, reencarnação, de
alguém que trás a marca ou sangue Bruxo, fora de uma linhagem
formal ou tradição, invalidando de vez a teoria de que verdadeiros
Bruxos necessariamente precisam nascer dentro da linhagem ou serem
iniciados por outro de uma determinada linhagem. Vejamos porque:
a) TRANS: Exprime a idéia de além de, através, para trás, para além
de: b) CARNAÇÃO: Representação do corpo humano natural; c)
ENCARNAÇÃO: en.car.na.ção sf (lat ecles incarnatione) 1 Ato de tomar
forma carnal. 2.Ato pelo qual os seres a que se atribui divindade tomam

21
corpo. 3 Cada uma das existências do espírito, quando unido ao
corpo.4. Personificação; d) REENCARNAÇÃO: (re+encarnação) 1 Ato ou
efeito de reencarnar. 2 Segundo muitas seitas orientais e segundo o
espiritismo, fenômeno em que a alma humana, desligada do corpo pela
morte, vai, após tempo mais ou menos longo, alojar-se em outro corpo
humano..
[25]Um O Dhulqarnen, Líder do Coventiculo ou “O Lord dos dois
Séculos” que após a sua existência depois da morte (física), resolveu
reencaranar fora de sua linhagem (transcarnacional), por motivos que
só a ele caberia explicar ou por desígnios dos Deuses Anciões, trazendo
de forma intriseca, todo o corpo de mistérios e práticas, bem como, a
marca de fogo de Túbalo (witchblood)..
[26] Idem ao 21, 22, 23 e 24.
[27] Ou Self-Identificação.
[28] RUBICAO: limite ou fronteira; ponto o qual uma decisão foi levada é
que já não pode ser mudado e que influenciará eventos futuros
fortemente; “pensar grande”; ultrapassar fronteiras; defrontar-se com
um caminho sempre difícil e desconfortável; arriscar-se em território
desconhecido, sem resultados prometidos ou calculados; ultrapassar os
limites da zona de segurança; ir além da segurança aparente do já
conhecido, impelidos pela constatação de que não são as nossas defesas
pessoais que garantem nossa segurança, mas um poder que vai muito
além da nossa débil encenação de Eu.
[29] No texto a palavra “DESPERTAR” deve ser entendida no sentido de
“primeiros movimentos de um bebê no útero”, pois o autor usou a
palavra: QUICKENING: apressar, acelerar; ressuscitar, acordar,
despertar; apresentar sinais de vida..
[30]Mago, Magister..
[31]Sinal; mancha; cicatriz; alvo..
[32]No sentido de “apreender ou tomar posse”..
[33]Do ponto de vista da Dispersão Transcarnacional.
[34]TURNSKIN Pode ser traduzido como “Trocar a Pele ou Virar a pele”,
talvez conforme o rito mostra (atavismo) uma alusão a fazer nascer a
nova pele (personalidade) de serpente.
[35] Acredito que pelo significado isolado de cada uma das palavras
(ATAVISMO, THERIONICO), o investigador poderá com facilidade
antever nas entrelinhas a essência da cerimônia: a)
ATAVISMO: reaparecimento de uma certa característica no organismo

22
depois de várias gerações de ausência. O termo é usado correntemente
para referir-se a semelhanças físicas e/ou psicológicas entre seres e
seus ancestrais mais distantes; Reaparição, em um descendente, de
certos caracteres vindos de um antepassado, e que não se haviam
manifestado nas gerações intermediárias; “reversão a um tipo remoto”.
Aplicado aos seres humanos, atavismo é o ressurgimento das
características de um certo ancestral (ou ancestrais) após um lapso de
tempo que pode ser de várias gerações. As implicações são quase
sempre de algo incompleto e assustador. Em um sentido mais amplo, o
termo atavismo é usado por ocultistas para designar a reaparição de
características que vêm de tanto tempo que chegam a constituir
reencarnações, ou incorporações frescas, de uma consciência pré-
humana. Coisas vindas do tempo de criaturas semi-humanas e semi-
bestiais. Atavismos deste tipo são muito raros, e nem sempre emergem
espontaneamente: b)THERIONIC; tradução: THERIONICO,
sinônimos: THERIACA, TERIACA, TERIAGA, TRIAGA: de forma simples
é o nome da uma panacéia farmacológica que alcançou fama universal
do Seculo I a.c a fins do Século XVIII d.c, acreditava-se que tinha as
propriedades de um antídoto para venenos, constituía-se de
uma pomada ou ungüento usada no tratamento contra picadas de
animais peçonhentos, mas notoriamente a cobra e o escorpião, bem
como contra todos os tipos de infecções, febres, pestes e doenças. Um
dos constituintes mais importantes era o ópio, um alcalóide, que
tinham um efeito analgésico, benéfico em mordeduras de cobras e
alguns tipos de envenenamento. Foi o médico romano Andrómaco que
acrescentou à mistura mais de uma dezena de componentes vegetais;
mas a inovação mais importante foi a introdução da carne de cobra, que
se acreditava ser imune aos venenos. Pretendia-se pois, transferir para
a mistura essa propriedade, ou esse espírito da carne de cobra.. A carne
de cobra era fervida durante muitas horas ou mesmo calcinada, até se
transformarem pó. Estes pós de cobra eram conservados em frascos
para utilização futura. Foram usados em outras preparações, para
aplicação local. Eram misturados com gordura, sob a forma de
unguento. O nome popular desta espécie de pomada era a banha da
cobra. Os pós de cobra foram muito divulgados, e durante alguns
séculos tiveram o favor público. Finalmente, foi também a sabedoria
popular que os transformou no paradigma da ineficácia e do desengano.
Tratando-se de um medicamento exótico, muito análogo às antigas

23
poções mágicas, ele adquire grande popularidade e as suas indicações
terapêuticas alargam-se para todas as doenças em que se considerava
haver alguma forma de envenenamento..
[36] O autor usa a palavra: SKIN-LEAPER’S, o único sentido encontrado
para a palavra no contexto é: SAIR DO CORPO E TRABALHAR SUA
MAGIA, ou seja, transcender a carne.
[37] Como um selo ou carimbo ou um código ou codificada na carne.
[38] SENTIENT: consciente, sensível, percebido, sentido..
[39] PHYSICALITY: preocupação com satisfação e apetites físicos;
animalismo; qualidade de “ser físico” (fisicalidade), em detrimento de ser
emocional ou espiritual; manifestação física de algo em detrimento de
algo emocional ou espiritual. Sensação..
[40] FAMULUS, latin: fa.mu.lus masculino, cujo feminino é famula;
significados: a)criado doméstico; b) servo; c) escravo;
d) : Sinônimo:servus – ser.vus nominativo masculino
singular (plural: servi, feminino:serva, plural feminino: servae).
[41] TEACHINGS: a). A profissão de um professor; b). Uma doutrina que
é ensinada; c) As atividades de educar ou instruir; d) atividades que dão
conhecimento ou habilidades.
[42]“THE BLACK EAGLE RITE”.
[43] SENCIÊNCIA: é a capacidade dos animais sentirem dor, medo,
prazer, alegria, estresse, saudades, expressarem etc… Não inclui,
necessariamente, a autoconsciência; Senciência, portanto, pode ser
entendida como é a capacidade de sentir animal ou do animal que sente
ou tem sensações; sensível. No texto acredito que se aplica as sensações
transmitidas por totem ou Familiar da corrente (poderes e mistérios) de
uma tradição a um (Buscador).
[44] Espírito Familiar ou Totém: Oculto, Invisível. .
[45] MATRIX; Tradução: MATRIZ: 1. Que dá origem. 2 Superior,
principal, primordial. 3 Estrututa Física; 4. Modelo para série (no
sentido de primeiro que dará origem a outros iguais – Linhagen de
Transmissão única) – Gael. .
[46] ADJUNCTIVE:
Tradução: ADJUNTIVO: ad.jun.ti.vo adj(adjuntar+ivo) Que adjunge;
associativo, secundário. – Gael. .
[47] No sentido de ortogação ou delegação de poderes. – Gael. .

24
[48]Sem envolver verdadeiramente a sua essência espiritual e esforçar-
se para estabelecer uma conexão interior, não tem valor e não
estabelece conexão com o coração dos Mistérios (Gael);.
[49] GODHOOD: Qualidade do Sagrado, Dinidade; Deus encapuzado,
Deus Escondido.
[50]ABRUNHEIRO – Prunus spinosa – Rosaceae: Características-
Arbusto que forma matagais impenetráveis devido a uma multiplicação
intensa através de rebentos radicantes. Os ramos espinhosos
apresentam diminutas folhas ovaladas e pecioladas, de implantação
alterna. As flores são brancas, pentâmeras, e desabrocham antes do
aparecimento das primeiras folhas. Os frutos são drupas azul-escuras:
os abrunhos. O abrunheiro-bravo cresce sobre vertentes secas e
ensolaradas, em suportes pobres e pedregosos. É conhecido desde a
Antiguidade como planta medicinal e alimentar.
[51]FLENSED: Esquartejado, esfolar .
[52]TOADSMAN. Homens sapos
[53]Ou Rugir, uivar.
[54]Por Sonhos Lúcidos ou Induzidos ou ainda auto-induzidos.
[55]FLESHED OUT: elaborado, expandido, exposto.
[56]sobre o efeito de alteradores conscienciais, específicos e com “focus”.
[57]A ARRUDA SÍRIA (Peganum harmala). O uso normal da arruda síria
tem um efeito psico-farmacológico, por vezes a arruda síria é usada
para fortificar e prolongar de outras substâncias (plantas). Os efeitos de
doses leves chamam-se por vezes “titilo de harmala”, pois causa uma
sensação titilante pela cabeça e corpo. Esta é também a fase inicial para
a maioria das pessoas que tomam uma dose mais alta, embora se
desenvolva depois normalmente para efeitos mais fortes associados com
náuseas, dores de estômago, e vômitos. Ingredientes Os ingredientes
ativos principais na arruda síria são a harmina e a harmalina.
[58]HELÉOBORO NEGRO: Helleborus niger: Conhecido com os nomes
de erva-de-Natal , erva-do-inferno e rosa-do-fogo. É um purgante
violento, sendo além disso , vermifugo e emenagogo. Seu emprego
terapêutico é perigoso, pelo que o leigo não deve fazer uso dele.
O Heléboro negro é uma das plantas mais usadas pelos bruxos. Sua
raiz , colhida na hora de Saturno, é lançada sobre brasas vivas, quando
se evocam entidades infernais. Pendurado no pescoço duma criança,
um pedaço de sua raiz preserva-o do feitiço chamado mau-olhado. Se
estiver com mau-olhado, o sortilégio desaparecerá de pronto (Agrippa).

25
Além do heléboro negro existe o heleboro verde e o heleboro branco,
cujas propriedades não julgamos oportuno nem util detalhar..
[59]Fungos e Cogumelos: .
[60]LIBERTY CAP = Psilocybe semilanceata; FLY AGARIC = Amanita
muscaria: tipo de cogumelo tóxico de cápsula vermelha ou laranja com
pontos brancos.
[61]Sair do Corpo, desdobramneto, projeção..
[62]STANDE: lápides funerárias, barraca, bengaleiro, cabide, cavalete,
descanso, estante, mesinha, prateleira, arquibancada, bancada,
plataforma, tenda, suporte; verb: pôr-se de pé, pôr de pé, levantar-se,
estar de pé, agüentar.
[63]STONE: n. pedra; pedra preciosa, gema; caroço, semente; unidade
de medida de massa equivalente a 14 libras (aprox. 6,36 Kg); Verbo:.
apedrejar, endurecer, enrijecer; descaroçar. adv.
Totalmente: [tipografia]s. mármore, m. adj. pétreo; de pedra. v. lapidar;
esmerilhar; desgastar por meio de pedra ou de esmeril.
[64] OVERGROWN: adjective: cheio, coberto, repleto, adj. crescido em
excesso; coberto (ervas).
[65] WOOD: [geografia] s. mata, f.; floresta, f.; bosque, m.; selva, f. v.
prover de madeira ou de lenha; cobrir de mata.
[66] TALIESIN, UM FLORESTA NO PAÍS OCIDENTAL, publicado em “o
Pentagrama, Agosto, 1965..
[67] Ginzburg. C., Ecstasies: Deciphering the Witches’ Sabbath, 1989..
[68]ADEPTSHIP (Elevada/Liberação/Libertação/Autorizaçõ/Metas
Atingidas) refere-se ao processo onde o indivíduo aceita a Arte e faz
votos de estudar e aprender tudo o que for necessário para alcançar
liberação ou auto realização em uma determinada tradição e ser um
especialista. Mestre ou instrutor.
[69]REFRACTED: refratar: a) Desviar-se da sua primitiva direção (a luz,
o calor, o som) ao passar de um meio para outro. b) Refletir-se. Também
se refere a puxar a Lua para o corpo ou caverna da Sacerdotisa.
[70]MOUTH: boca, buraco, entrada, abertura, caverna, embocadura,
foz.
[71]SECRET-IONS: SECRET: secreto, segredo; ÍON (na física, na
química), uma partícula que é carregada (positivo ou negativo)
eletricamente; um átomo ou molécula ou grupo que perderam ou
ganharam um ou mais elétrons.

26
[72]HYPOSTASIS: Hipóstase, do grego hypostasis, significa
subsistência, realidade. Na filosofia de Plotino, Deus se deriva em três
hipóstases – uno, nous (inteligência) e alma -, que ele comparava,
respectivamente, à luz, ao sol e à lua. Mas o termo foi utilizado por
diferentes tradições filosóficas com significados totalmente diferentes
daquele adotado por Plotino. Na filosofia platônica, os princípios da
pessoa, da inteligência e da alma. Em metafísicas é a natureza essencial
ou realidade subjacente. Nos termos do pensamento moderno e
contemporâneo, isto é, um equívoco cognitivo que se caracteriza pela
atribuição de existência concreta e objetiva (existência substancial) a
uma realidade fictícia, abstrata ou meramente restrita à incorporalidade
do pensamento humano. Não se afirma, entretanto, a irrealidade da
materialidade fragmentada, mas sim que, caso não seja reconhecido o
traço comum na totalidade que aí subjaz, o diálogo se interdita e blocos
de verdades se oprimem, através de seus poderes possíveis,
impossibilitando qualquer projeto coletivo. Portanto designa um
equívoco cognitivo que consiste na atribuição de existência concreta a
uma realidade fictícia, abstrata, presente apenas na razão humana, ou
ainda, designa a União das naturezas divinas e humanas.
[73]CUNNILINGUS: Cunilíngua (cunnilingus), é uma prática de sexo
oral que consiste na estimulação da genitália feminina com a língua e
boca, principalmente o clitóris e a entrada da vagina. Em Portugal, esta
prática é vulgarmente conhecida como minete.
[74]Transpessoal.
[75]Reconhecer si mesmo, conhecer, ser ciente de si, ter conhecimento
sobre si, relembrar sua origem e saber quem é, de onde veio e qual o
seu destino.
[76]PNEUMA é a palavra grega para “respiração”, que metaforicamente
descreve um ser sem corpo físico ou espírito ou influência espiritual.
[77]REIFIES: REIFICAR: transformar algo em concreto..
[78]ENCRUZILHADA..
[79]AXIAL: a.xi.al (cs) adj m+f (axe2+al3) 1 Referente a eixo. 2 Que faz
as vezes de eixo. 3 Em forma de eixo. 4. Eixo Central.,

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