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Sumário
ASPECTOS GERAIS DA MONITORIA .............................................................................. 2
MONITORIA ACADÊMICA ................................................................................................... 7
MONITORIA DE ENSINO A DISTÂNCIA ......................................................................... 13
MONITORIA EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA ..................................................................... 19
MONITORIA EM CRECHE ................................................................................................. 25
MONITORIA EM RECREAÇÃO ......................................................................................... 31
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 39
ASPECTOS GERAIS DA MONITORIA
COMO SURGIU?
Foi na Idade Média que a Monitoria surgiu. O aluno escolhido pelo o professor
deveria defender o tema diante dos seus colegas, deveria apresentar
argumentos na hora do debate em sala de aula, os outros alunos e os demais
presente ouviam o debate com a atenção já que seria necessário para os
questionamentos que surgissem. No final o professor voltava ao assunto
escolhido e defendia seus argumentos e apresentava o tema de uma forma mais
ampla e profunda.
Meados dos séculos XII e XIII, foram formadas verdadeiras corporações pelos
os mestre livres que implantaram diversas formas de atividade escolar por meio
da gestão. Fazendo que acontecesse progressos na área da monitoria. Já no
século XIV os metres tinham um “monitor” que sempre auxiliava na
escolarização.
Segundo Miranda, 2019, no século XVI, surgiu uma nova referência para a
monitoria que veio dos Jesuítas, que fizeram práticas de acordo com as regras
contidas no Ratio Studiorum, os Jesuítas sentiram bastante dificuldades com a
rigorosidade das exigências que foram determinada para eles, com isso eles
acabavam precisando de ajuda dos melhores alunos, esses alunos ficaram
responsáveis por recolher os exercícios, tomavam as lições, eram responsáveis
com os outros, marcavam as faltas.
O que não esperava era que o surgimento desse método gerariam tanto alvoroço
entre os franceses, visto que instruía “que com um só mestre tinha mil alunos”
oferecendo auxílios "elementar às classes inferiores a custos módicos"
(Manacorda, 1989, p. 258). "Nos métodos individual e simultâneo, o agente de
ensino é o professor.
Tendo responsabilidades divididas entre professor e monitor o ensino mutuo visa
uma democratização entre as funções e demandas do ensinar. Cabendo ao
monitor auxiliar nos momentos de ensinar a escrever, calcular, ler e até mesmo
com as atividades.
Sem a existência de uma programa único, cada escola, instituição, tinha sua
própria organização do ensino mutuo que iam de acordo com a realidade de
cada um e de acordo com as necessidades que apareciam. A cada matéria que
ia ser ensinada era apresentado o ensino em grupos de alunos que se reuniam
em função da matéria e de como iam ensinar.
Com isso ele alcaçaria seus objetivos de ordem sociais que eram: o aumento da
educação de toda a população, principalmente a classe trabalhadora e a
explanação do ensino dos brasileiros.
TRABALHO DE UM MONITOR?
Um dos desafios dos monitores é que eles além das outras disciplinas
que ele estão matriculados, ele deve ter um bom tempo para preparar as aulas
junto com o professor da disciplina no qual ele se matriculou como monitor,
sendo necessário ter um contato prévio com tema que vai ser trabalhado em
sala de aula.
No Brasil a monitoria começou a ganhar força por meio da lei que foi
formada no ano de 1968. Em novembro no dia 28, a Lei a criada de n° 5.540,
que visa no ensino superior do Brasil. No artigo 41 visava a monitoria no nível de
graduação, onde os determinava que os monitores teriam que fazer provas
especificas, onde demostrariam a sua capacidade de desempenho da função de
monitor, para a realizações das atividades técnicas e didáticas em determinada
disciplina escolhida para monitoria.
No artigo 41 afirma que: As universidades deverão criar as funções de
monitor para alunos do curso de graduação que se submeterem a provas
específicas, nas quais demonstrem capacidade de desempenho em atividades
técnico-didáticas de determinada disciplina [...]. As funções de monitor deverão
ser remuneradas e consideradas título para posterior ingresso em carreira de
magistério superior.
Sendo assim o exercício da monitoria proporciona aos monitorados
aquisição de um conhecimento maior do teórico-prático, levando em
consideração a experiências de acompanhar as aulas teóricas r praticas que
serão ministradas e acompanhadas por ele, possibilitando a experiência de
novas vivencias.
A monitoria acadêmica contribuirá para o desenvolvimento da produção
do conhecimento, das competências pedagógicas, ajudar na compreensão do
acadêmico em relação a disciplina e conteúdo, sendo uma atividade extra classe
para o monitor que buscará resolver as dificuldades que encontrara na sala de
aula, onde poderá preparar medidas para ameniza-las e até mesmo resolver, a
monitoria também é uma atividade que forma o monitor para o ensino.
Neste mesmo artigo mostrava o que o monitor precisaria exercer na
universidade, o aluno que desejasse ser monitor na graduação teria que ter uma
capacidade intelectual, e ter habilidades para fazer as práticas pedagógicas
necessárias que a disciplina exige, a disciplina para a monitoria seria da escolha
do monitor. Por meio de avaliações seria detectado se o estudante tinha fato
condição para ser um monitor de graduação, na lei também dava ao monitor um
título para o mesmo entrar na carreira do magistério superior, mas isso só seria
possível no final da atividade do monitor.
No ano de 1969 no dia 11 de Fevereiro, o Decreto de Lei nº 64.086 foi
criado, a lei era voltada para o trabalho dos professores docente do ensino
superior federal trazendo novas providencias, entre elas estava relacionadas a
pratica das atividades de monitoria. No artigo 2° citava mil vagas criadas para
os monitores. No ano seguinte em 1970 criou-se o Decreto de Lei n° 66.315
que esclarecia as dúvidas em relação as atividades de monitoria no ensino
superior fazendo com a monitoria fosse cada vez mais acessível.
No decreto havia seis artigos, desses artigos cinco se referiam a
monitoria, neles estavam citados, os requisitos para exercê-la com um bom
desempenho e habilidades, a renumeração, as funções da monitoria, o
acompanhamento obrigatório e a supervisão de um professor e a carga horaria.
No ano de 1971 foi criado no dia 17 de Julho o decreto n°68.771 com esse
decreto foi alterado a decisão de alguns dos artigos do Decreto 66.315 de 13 de
março de 1970, a alteração foi sobre a carga horaria, os requisitos para se torna
um monitor e sobre a renumeração alterando o valor.
Apesar dessas mudanças ainda aconteceram outras mudanças com o
Decreto de n°85.862 estabelecido no dia 31 de março de 1981. Esse Decreto
findava que as instituição de ensino superior deveriam deixar fixo as condições
para o trabalho de monitor nas graduações e que a monitoria não tinha vinculo
de um trabalho normal.
Com isso, fica instituído o aproveitamento do estudante nas atividades de
ensino, extensão e pesquisa. Os Decretos obrigam as instituição de ensino
superior a normalizar todas as atividades de monitoria (BRASIL, 1981).
Por outro lado, os decretos delegam o recebimento de auxílios financeiros
para os monitores por meio de bolsa para os estudantes, além de confirmar a
modalidade de monitoria voluntaria onde o estudante opta pra ser monitor mas
sem o recebimento do auxílio financeiro, a monitoria de forma alguma deve ser
usada como substituição de qualquer atividade docente, deixando claro de que
o estudante monitor não é o professor em sala de aula, mas sim, um auxiliar, no
decreto também afirma outras resoluções informada pela Portaria nº 0112/82
(BRASIL, 1982).
De acordo com Dias (2007), na década de 1980 aconteceu uma
desfiguração dos programas ligados a monitoria, embora que neste período teve
um crescimento grande nas pesquisa das universidades brasileiras, fazendo
com que aumentasse as demandas de bolsas para a iniciação cientifica. Com
isso, a demanda pela busca da monitoria cresceu bastante entre os estudantes
de graduação e pós-graduação.
Depois desse período a monitoria voltou a monitoria voltou na década de
1990, quando em 1996 no dia 20 de Dezembro foi publicado a Lei de Diretrizes
e Base da Educação Nacional (Lei nº 9.394). No artigo 84 aponta que: “Os
discentes da educação superior poderão ser aproveitados em tarefas de ensino
e pesquisa pelas respectivas instituições, exercendo funções de monitoria, de
acordo com seu rendimento e seu plano de estudos”. Atualmente, as
regulamentações sobre monitoria são aprovadas pelos conselhos superiores das
universidades.
Com isso, os programas voltados para a monitoria assegurar os direitos e
os deveres de todos: aluno-monitor, o professor-orientador e a instituição de
ensino.
A monitoria pode ser feita e ocorrer em lugares diferentes, biblioteca, sala
de aula, residência, laboratório etc.- o lugar deve propor uma comunicação leve
e livre de sentimentos e expressões de ideias deve ter uma confiança mutua e a
colaboração e a cooperação. O tempo deve ser planejado para fora de classe,
sala de aulas u nos dois locais da preferência do monitor ou do professor
orientador.
FORMAÇÃO DO MONITOR ACADÊMICO
A formação para os monitores acadêmico é de suma importância tendo em vista
que os estudantes-monitores veem de um ensino médio ou técnico onde a
experiência de transmitir conhecimento e saberes não fazia parte do seu dia a
dia, além de levar em consideração a sua nova fase de estudante acadêmico.
De acordo com Coulon (2008), a chegada da vida acadêmica é como se
fosse um rito de passagem que caracteriza uma luta pelo o poder carregado com
sacrifícios. Segundo ele o rito de passagem é um processo feito em três tempos:
• O tempo do estranhamento: Um mundo acadêmico desconhecido onde o
estudante universitário entra em ambiente escolar totalmente diferente do ensino
médio/técnico. Ele acaba se auto desconhecendo, sem conhecer o espaço, as
regras do trabalho acadêmico e o nível intelectual. O tempo é novo e totalmente
modificado (aula, carga horária, ano letivo, ritmo de trabalho, sistemática de
avaliação, etc.).
• O tempo da aprendizagem: O momento que se percebe a aprendizagem, a
adaptação progressista e conformada a sua produção, a cultura do espaço
universitário, o processo de ensino de cada professor e etc.
• O tempo de filiação: A transgressão das regras do ambiente acadêmico e
universitário e a capacidade de compreensão.
Nesse processo de mudanças do ensino médio para o ensino superior,
como afirma Coulon (2008), o aluno compreende que para ter sucesso deve se
afilia a cultura universitária (incorporação das práticas e maneiras de
funcionamento da universidade) e quem consegue entrar no habito de estudar
ao ponto de ser reconhecido por isso.
O ensino superior tem a naturalidade da docência, do ensino e do saber,
por isso, a monitoria na graduação visa, despertar a carreira docente de uma
forma mais ampla.
Segundo Schneider 2006, o serviço da monitoria contribui de uma
maneira significativa muito grande para o desenvolvimento da produção do
conhecimento, para as competência pedagógicas, comas atividade formativa de
ensino e auxiliar os acadêmicos na apreensão.
Para o monitor é incentivo que precisa ter responsabilidade e
comprometimento. Além, de ser uma experiências que deixam marcas
significativas e positivas, é um privilégio que ficara impresso no intelecto de quem
vivência a realidade da monitoria.
Por isso, a importância da formação para os monitores para que o mesmo
desenvolva as habilidades necessárias para o cargo de monitor. Por tanto, é
necessário destacar os saberes pedagógicos no processo formativo na visão dos
decentes e dos monitores. Para os monitores a formação é essencial para:
• Aprender como planejar as aulas e como orientá-lo nas atividades e
ações escolares
• Aprender a responsabilidade da aprendizagem e do ensino
• Aprender a importância da interdisciplinaridade com os convívio das disciplinas
dos cursos,
• Aprender a autonomia profissional e estimular os outros alunos não monitores
a participar e se envolver com a aula.
• Aprender a Provocar diálogos pertinentes e práticas docentes construtivas,
interativa e reflexivas.
DA COSTA, Luiz Felipe Dias; PIMENTEL, João Henrique Correia; CRUZ, Maria
Lencastre Pinheiro de Menezes. Levantamento do Ensino de Engenharia de
Requisitos em cursos à distância no Brasil. Revista de Engenharia e Pesquisa
Aplicada, 2017, 2.2
DIAS, A. M. I. A monitoria como elemento de iniciação à docência: ideias para
uma reflexão. In: SANTOS, M. M.; LINS, N. M. A monitoria como espaço de
iniciação a docência: possibilidade e trajetórias. Natal, Rio Grande do Norte:
Edufrn, 2007. Cap. 9, p. 37-44.
FERLAND, F. O Modelo lúdico. O brincar, a criança com deficiência e a Terapia
Ocupacional. 3 ed. São Paulo Roca, 2006.
FRISON, L. M. B.; MORAES, M. A. C. As práticas de monitoria como
possibilitadoras dos processos de autorregulação das aprendizagens discentes.
Poíesis Pedagógica, Goiás, v. 8, n. 2, p. 126-146, ago./dez. 2010.