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Educar na
turbulência
Introdução
Nessa viagem que é a vida, como podemos aprender a lidar com a turbulência? Às
vezes, parece que a vida do(a) professor(a) se encontra em uma corrida constante contra
o tempo. E também parece que a bagagem está muito pesada. Teremos turbulências cada
vez mais constantes nessa viagem e não podemos ignorar esse fato! Então, o que podemos
fazer? Aprender a lidar com a turbulência em nosso dia a dia. Mais do que isso: precisamos
saber educar em tempos de turbulência!
Começaremos nosso curso com algumas reflexões importantes, para compreendermos
melhor os desafios de educar em um mundo inconstante impactado pelo ritmo de mudança
da sociedade. Vamos lá? Acesse o vídeo disponível em https://bit.ly/BNCC_mod1_video1.
O pensamento da “modernidade líquida” do sociólogo Zigmunt Bauman nos convida
a uma reflexão sobre o ritmo intenso das mudanças da sociedade ao mostrar que estamos
vivendo em tempos de liquidez, em que tudo muda muito rapidamente. Ao assistir a entre-
vista completa concedida pelo sociólogo ao programa Milênio, da Globo News, você terá a
oportunidade de ampliar sua visão sobre o conceito de “modernidade líquida”. Acesse o vídeo
disponível em http://bit.ly/BNCC_mod1_vid2.
Podemos dizer que vivemos em uma época de liquidez, de fluidez, de incerteza e inse-
gurança. Uma época em que as mudanças sociais são uma constante e a escola precisa ficar
atenta às tendências para fortalecer o seu potencial educativo. Partindo dessa ideia, introduzi-
mos um outro estudo sobre as mudanças geracionais do sociólogo espanhol Mariano Enguita
Painel de controle
Existe uma relação entre a agitação de uma sala de aula com um voo em plena turbu-
lência? Acesse o vídeo disponível em http://bit.ly/BNCC_mod1_vid3.
Temos que ficar atentos aos instrumentos da cabine de comando. Às vezes, é necessá-
rio desligar o piloto-automático! É fundamental, tanto para a condução do voo, quanto para a
coordenação da sala de aula, saber ler os sinais internos e externos. Os sinais são mensagei-
ros da realidade, nos ajudam a compreender o que está acontecendo. Tração, arrasto, peso
e sustentação. Aprendizagem, resistência, contexto social e conteúdo. Esses são elementos
fundamentais para o nosso voo da educação.
Tanto na cabine de um avião quanto na coordenação da sala de aula, é preciso apren-
der a interpretar os indicadores internos e externo para a tomada de decisão diante de
determinadas situações. Assim como o piloto de um avião precisa compreender alguns si-
nais para conduzir um voo em plena turbulência, o(a) professor(a) também precisa estar
preparado para interpretar os sinais que podem influenciar na sua prática pedagógica e na
aprendizagem dos estudantes. Aqui, destacamos a importância de saber identificar os si-
nais que estão dentro da sala aula (ritmo, emoção e esforço) e fora da sala de aula (aprendi-
zagem, resistência, contexto social e conteúdo), entendendo que esses sinais podem indicar
“...a experiência que não retifica nenhum erro, que é monotonamente verdadeira,
sem discussão, para que serve? A experiência científica é, portanto, uma experiência
que contradiz a experiência comum. Aliás, a experiência imediata e usual sempre
guarda uma espécie de caráter tautológico, desenvolve-se no reino das palavras e
das definições; falta-lhe precisamente esta perspectiva de erros retificados que ca-
racteriza, a nosso ver, o pensamento científico.” (BACHELARD, 1996, p. 12)
+ leituras
Para aprofundar sua visão sobre o pensamento científico
proposto por Gaston Bachelard, faça a leitura do livro
O Pensamento Científico. Acesse o material disponível em
http://bit.ly/BNCC_mod1_text4.